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Universidade Federal do Norte do Tocantins 
Campus Universitário de Araguaína - Cimba
Curso de Letras - Língua Portuguesa e Literatura
Disciplina: Literatura Portuguesa: do Trovadorismo ao Arcadismo
Docente: Elizabete Barros de Sousa Lima
O auto da barca do inferno - Gil Vicente
Discentes:
1. Deusilene Florinda
2. Josinelba Barbosa
3. Kelly Cristina
4. Nathalia Araujo
● Gil Vicente (1465-1536)
Ele foi um dramaturgo e poeta português, o 
representante maior da literatura renascentista 
de Portugal.
 "No mais, fez parte do Humanismo 
português — um movimento artístico e 
filosófico surgido no século XIV, na Itália, e 
inserido em um contexto histórico de transição 
entre a Idade Média e o Renascimento.
https://www.google.com/www.portaldaliteratura.com
● Gil Vicente e o Teatro
Gil Vicente é considerado o criador do teatro 
português. Isso porque ele fundou uma tradição teatral 
em Portugal e tudo indica que o autor não se restringia 
apenas a escrever suas peças, mas também atuava nelas e 
dirigia os atores. 
Era, portanto, responsável por todas as etapas da 
montagem do espetáculo teatral.
https://youtube.com
● Primeira Obra de Gil Vicente
O nome de Gil Vicente 
apareceu pela primeira vez, em 
1502, quando encenou a peça “Auto 
da Visitação” ou “Monólogo do 
Vaqueiro”, em homenagem ao 
nascimento do príncipe D. João, 
futuro D. João III, filho de D. 
Manuel I e de D. Maria de Castela.
Embora tenha vivido em pleno 
Renascimento, Gil Vicente não se 
deixou impregnar pelas concepções 
humanísticas, retratou através de 
suas peças, os valores populares e 
cristãos da vida medieval.
 Suas peças de teatro 
apresentam caráter moralizante, 
crítica social e personagens 
populares.
● Características da Obra de Gil Vicente
● Fases e Obras de Gil Vicente
A obra de Gil Vicente foi classificada em três fases:
● Primeira fase (1502-1508):
Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro
Auto Pastoral Castelhano
Auto de São Martinho
Auto dos Reis Mago
● Segunda fase (1508-1516): 
Quem Tem Farelos?
Auto da Índia
O Velho da Horta
Exortação da Guerra
● Terceira fase (1516-1536):
Farsa de Inês Pereira
Auto da Beira
O Clérigo da Beira
Auto da Lusitânia
Comédia do Viúvo
Trilogia das Barcas (Auto das Barcas do 
Inferno, Auto da Barca do Purgatório e Auto 
da Barca da Glória)
A Floresta dos Enganos (1536, sua última 
peça)
● Todas as obras de Gil Vicente
"Auto da visitação (1502)
 
Auto pastoril castelhano (1502)
 
Auto dos reis magos (1503)
 
Auto de São Martinho (1504)
 
Quem tem farelos? (1505)
 
Auto da alma (1508).
 
Auto da Índia (1509)
 
Auto da fé (1510)
 
Auto das fadas (1511)
 
Auto da sibila Cassandra (1511 ou 1513)
 
O velho da horta (1512)
 
 
Exortação da guerra (1513)
 
Comédia do viúvo (1514)
 
Auto da barca do inferno (1516)
 
Auto da Fama (1516)
 
Auto da barca do purgatório (1518)
 
Auto da barca da glória (1519)
Comédia de Rubena (1521)
 
Cortes de Júpiter (1521)
 
Farsa das ciganas (1521)
 
Tragicomédia de Dom Duardos (1522)
 
Pranto de Maria Parda (1522)
 
Auto pastoril português (1523)
https://www.google.com/www.vitantiqua.eu
Farsa de Inês Pereira (1523)
 
Frágua de amor (1524)
 
Farsa do juiz da Beira (1525)
 
Farsa do templo de Apolo (1526)
 
Auto da feira (1527)
 
Auto da história de Deus (1527)
 
Comédia sobre a divisa da cidade de Coimbra (1527)
 
Auto da nau dos amores (1527)
 
Tragicomédia pastoril da serra da Estrela (1527)
Farsa dos almocreves (1527)
 
Auto do triunfo do inverno (1529)
 
Farsa do clérigo da Beira (1529)
 
Auto da Lusitânia (1532)
 
Auto de Amadis de Gaula (1533)
 
Romagem de agravados (1533)
 
Auto de Mofina Mendes (1534)
 
Auto da cananeia (1534)
 
Floresta de enganos (1536)
https://www.google.com/.bertrand.pt
● Humanismo
O Humanismo nasceu na 
Itália durante o século XIV, 
portanto em um período de 
transição entre a Idade Média e 
o Renascimento. 
Por isso, o resgate dos 
valores da Antiguidade clássica 
que ele empreendeu ocorreu em 
um ambiente ainda marcado 
pela forte religiosidade 
medieval.
Gil Vicente escreveu também poemas ao estilo das 
cantigas dos Trovadores medievais que foram incorporadas 
em muitos de seus autos:
 “À barca, à barca, mortais,
barca bem guarnecida,
à barca, à barca da vida!
Vigiai-vos, pecadores, que depois da sepultura,
neste rio está a ventura
de prazeres ou de dores!
À barca, à barca, senhores
barca muito nobrecida, à barca, à barca da vida!"
● Trovadorismo
● Período histórico
Gil vicente fez parte do Humanismo português.
Um movimento artístico e filosófico surgido no século XIV, na Itália, e inserido em um 
contexto histórico de transição entre a Idade Média e o Renascimento. (Idade moderna) 
caracterizado pelas quebra de valores, antes teocentrismo: 
● Deus no centro;
E depois o alicerce, antropocentrismo nas artes: 
● Homem no centro
Trabalhos produzidos nesse período envolvem o teatro, a prosa e a poesia.
Em resumo, se necessário 
que se defina o humanismo, 
podemos dizer que o 
pensamento humanista 
nada mais foi do que uma 
mudança no 
comportamento humano, 
uma nova abordagem aos 
seres humanos, que antes 
eram vistos como seres 
incapazes, desprovidos de 
inteligência.
Apresentação da obra “Auto da Barca do Inferno” – Gil Vicente
Data de publicação: 1517
Período histórico: Idade Medieval x Renascimento
Personagens: Diabo, Companheiro, Anjo, Fidalgo, Onzeneiro, Joane (o parvo), 
Sapateiro, Frade, Brígida Vaz, Judeu, Corregedor e Procurador, Cavaleiro.
Sobre a obra: É um Auto que trata de aspectos morais a partir de uma perspectiva 
religiosa. Diante disso, a passagem da vida para a morte foi figurada como sendo a 
travessia de um rio feita por meio de dois batéis: um que leva para o Paraíso e o outro 
que leva para o Inferno.
 O Auto da Barca do Inferno é um grande clássico da literatura portuguesa. A 
obra apresenta diversas sátiras envolvendo a moralidade.
A partir da análise dos argumentos dos personagens é possível perceber que a 
obra faz uma crítica à sociedade portuguesa.
 Foi encenada em 1531 e faz parte da Trilogia das Barcas, ao lado do Auto da 
Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória. 
Resumo da Auto barca do inferno:
● O "Auto da Barca do Inferno" (c. 1517) representa o juízo final 
católico de forma satírica e com forte apelo moral,
● Personagens principais: Diabo e o Anjo,
● A cena passa-se num porto e portanto, um dos barcos vai em 
direção ao céu, e outro para o inferno,
● Os mortos começam a chegar. E o fidalgo é o primeiro, O diabo 
ordena ao fidalgo que embarque. Mas ele, arrogante, julga-se 
merecedor do paraíso, pois deixou muita gente rezando por ele. 
● Um agiota chega a seguir, também pede ao diabo que o deixe 
voltar para pegar a riqueza que acumulou.
● O terceiro indivíduo a chegar é o parvo.
● A alma seguinte é a de um sapateiro, com todos os seus 
instrumentos de trabalho.
● O frade é o quinto a chegar, ele chega com sua amante, e está todo cantante.
● Brísida Vaz, feiticeira e alcoviteira, é recebida pelo diabo, que lhe diz que seu o maior bem 
são "seiscentos virgos postiços".
● Judeu, que chega acompanhado por um bode. Encaminha-se direto ao diabo, pedindo para 
embarcar.
● Tal trecho faz-nos pensar em preconceito anti-semita. É necessário entender, porém, que 
durante o reinado de dom Manuel, de 1495-1521, muitos judeus foram expulsos de 
Portugal, e os que ficaram, tiveram que se converter ao cristianismo, sendo perseguidos e 
chamados de "cristãos novos". Ou seja, Gil Vicente segue, nesta obra, o espírito da época.
● O corregedor e o procurador, representantes do judiciário, chegam, a seguir, trazendo livros 
e processos.
● O próximo a chegar é o enforcado, que acredita ter perdão para seus pecados, pois em vida 
foi julgado e enforcado. Mas também é condenado a ir ao inferno por corrupção. 
● Por fim, chegam à barca quatro cavaleiros que lutaram e morreram defendendo o 
cristianismo. Estes são recebidos pelo anjo e perdoados imediatamente.
Sobre os personagens:É importante destacar que cada 
personagem representa um pecado 
cometido ou evitado.
Diabo: Capitão da barca do Inferno, 
comunica quem deve atravessar em seu 
barco.
Ajudante do Diabo.
Companheiro do diabo:
Anjo: Capitão da barca do Paraíso/Céu.
Fidalgo:
1. Adereços/símbolos cénicos que o 
caracterizam: Pajem: representa o 
desprezo, a exploração dos mais pobres e 
a tirania. 
Manto: representa a vaidade. Cadeira: 
simboliza a sua presunção e o poder 
(julgava-se importante e poderoso).
2. Personagem tipo: Tirano e representante 
da nobreza. Teve uma vida voltada para 
o luxo e vai para o inferno.
Onzeneiro:
1. Adereços/símbolos cénicos que o 
caracterizam: 
 Bolsão: representa a ambição, o apego ao 
dinheiro, a usura (materialismo). 
2. Personagem tipo: representa a 
burguesia.
O Parvo:
1. Adereços/símbolos cénicos que o 
caracterizam: Não traz símbolos cénicos, 
o parvo, pelas suas limitações mentais, 
não pode ser responsabilizado por 
nenhum destes aspetos. 
2. Personagem tipo: representa o povo (uma 
pessoa pobre de espírito). 
O sapateiro:
1. Adereços/símbolos cénicos que o 
caracterizam: 
 Avental e as formas de sapatos: simboliza a sua 
profissão e os seus pecados. 
2. Personagem tipo: representa o povo 
(artesãos)
O Frade:
1. Adereços/símbolos cénicos que o caracterizam: 
Hábito de frade, Equipamento de esgrima: escudo, 
capacete, espada; Moça (Florença) Representam: 
O desajuste entre a vida religiosa e a vida que ele 
levava (vida mundana); A vida de prazeres que ele 
levava, o que o afastava do seu dever - crítica à 
devassidão que acontecia entre os clérigos. 
2. Personagem tipo: representa o clero (mundano).
A Brízida Vaz
1. Adereços/símbolos cénicos que a 
caracterizam: Seiscentos virgos postiços 
(hímenes das virgens); Três arcas de 
feitiços; Três armários de mentir; Joias de 
vestir; Guarda-roupa; Casa movediça; 
Estrado de cortiça; Dois coxins. (Todos 
estes símbolos representavam a sua 
atividade de alcoviteira ligada à 
prostituição) 
2. Personagem tipo: Alcoviteira. 
Judeu
1. Adereços/símbolos cénicos que o 
caracterizam: Bode: representa a sua 
religião.
 2. Personagem tipo: representa os 
Judeus.
O Corregedor e o Procurador
1. Adereços/símbolos cénicos que os 
caracterizam: Corregedor: vara e 
processos; Procurador: livros jurídicos. 
2. Personagem tipo: Corregedor: Juiz 
corrupto; Procurador: “advogado”, 
funcionário judicial corrupto.
O enforcado;
1. Adereços/símbolos cénicos que o 
caracterizam: (corda que traz ao 
pescoço). 
2. Personagem tipo: Povo (criminoso 
condenado).
Os quatro cavaleiros:
1. Adereços/símbolos cénicos que os 
caracterizam: Hábito da ordem de Cristo; 
Espadas.
 2. Personagem tipo: representam os 
cruzados.
Semelhanças e diferenças dos personagens: 
Grande apego aos bens materiais e ao seu tipo de 
vida (exceções. Parvo, Cavaleiros); 
Não existe um arrependimento real, embora, por 
vezes, haja uma tomada de consciência do erro; 
Visão deturpada da religião; 
Fazem-se acompanhar de símbolos cénicos 
(exceção: Parvo).
 Percurso cénico 
Representatividade dos símbolos.
SIMBOLOGIA DO CENÁRIO 
 Cais - representa o tribunal no qual somos 
julgados segundo o nosso comportamento 
enquanto vivos. 
Barcas - simbolizam a partida para o outro 
mundo; 
 Rio - simboliza a divisão e a transição entre 
este mundo e o outro.
Referências bibliográficas:
1. jornalusp.com.br
2. educação.uol.com.br
3. cultura.genial.com
4. VICENTE, Gil. O Auto da barca do inferno. Belém do Pará.

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