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A VISÃO PROFÉTICA PARA O SÉCULO 21 Dedico este livro á geração de meus pais, à minha geração e à geração de meus filhos. O sacrifício e a visão da geração espiritual de meus pais lançou o fundamento para o glorioso e final triunfo da verdade. Minha geração continuou o bom combate e contribuiu para preparar o mapa para o futuro. Será a geração de meus filhos que provavelmente lutará a última batalha pela verdade. Deus é o “Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó” – o Deus de todas as gerações. Em cada uma delas seus caminhos são maravilhosamente revelados. Reconhecimentos Este livro resulta basicamente da visão de Janet Thomas e de todo o esforço por ela despendido. Reunindo minhas mensagens, apresentou minha perspectiva profética para o futuro. Creio haver ela feito um trabalho melhor do que eu mesmo teria realizado. Parte 1 Como é que então viveremos? Capítulo 1 O chamado Uma importante profecia nos e dada em Atos 2:17,18: E acontecerá nos últimos dias — diz o Senhor — que derramarei do meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão. Nos últimos dias o Senhor derramará do seu Espírito sobre toda carne. Como resultado, a profecia fluirá por instrumento de todos os seus servos. Isso atingirá tanto homens como mulheres, idosos e jovens. Entretanto, esse derramar do Espírito e essa profecia não visarão apenas ao nosso próprio deleite, mas servirão também à necessidade que teremos de realizar o mandato divino do último dia para a Igreja. Eu mesmo tenho tido muitas experiências proféticas em minha vida. Após minha conversão em 1971 pude algumas vezes antever certos acontecimentos futuros com precisão, mas normalmente de uma forma bastante geral. Ocasionalmente tenho tido a revelação de, ao olhar para uma pessoa, saber de- talhes sobre ela, tais como problemas por que esteja passando, ou o chamado espiritual para a sua vida. Meu entendimento é que esta capacitação é o que a Bíblia chama de palavra de conhecimento e profecia. Embora compreenda a utilidade desses dons para ministrar às pessoas, não tive muito interesse pelas profecias bíblicas sobre os acontecimentos dos tempos do fim. Durante 18 anos, após minha conversão, não busquei ter vi sões, nem revelações, nem o conhecimento para compreender esses tempos. Permaneci quase que totalmente ignorante com respeito a todos os acontecimentos, tão populares, que sucederão no f im dos tempos, e são ensinados na igreja. Na verdade sempre fui bem mais voltado para a história da Igreja do que Para a busca de conhecimentos acerca de eventos futuros. Depois de vár ios anos num ministério de tempo integral, t ive a convicção de que eu era superf icial em meu relaciona mento pessoal com o Senhor, conseqüentemente também em meu ministér io. Sent i -me de fato como Marta, tão ocupado quanto ela, fazendo muitas coisas para o Senhor, mas sem realmente conhecê-lo. Minha falta de intimidade com ele fez com que dependesse mais de fórmulas e procedimentos do que da unção, essencial para dar vida à verdade. Em 1980 resolvi deixar o ministério até que recuperasse a simplicidade da devoção a Cristo. Eu exercia a profissão de pi loto; desse modo assumi o emprego de piloto da aeronave de uma empresa. Isso me trouxe muito tempo livre para estudo e oração. Encontre i uma igreja em que podia me sentar na últ ima f ileira e tão-somente desfrutar comunhão com as pessoas. Não me envolvi em ministério algum durante os sete anos se guintes. Também não recebi revelação profética alguma, nem exerci os dons do Espírito durante esse tempo. Em 1982 recebi um chamado específico para voltar ao minis tério. Ao mesmo tempo surgiu uma oportunidade para ter um negócio próprio. No entanto ainda me sentia sem condições e com uma vida espir itual sem profundidade para assumir um ministério. Além disso acabara de sofrer o maior ataque pessoal do inimigo em toda a minha vida. Esse ataque me levou a me sentir ainda bem mais despreparado para o ministério. Em ra zão disso resolvi aproveitar aquela oportunidade de negócios que me aparecera. Embora não houvesse caído na carnalidade ou no que pudesse ser considerado um pecado de conhecimento público, certamente me desviei do Senhor nos cinco anos subseqüentes, quando esgotei todas as minhas energias, dedicando - me a levantar meu negócio. Em 1987 o Senhor de novo me chamou para voltar ao mi nistério, dizendo-me que minha missão seria entregue a uma outra pessoa, caso eu não retomasse naquela hora. Na verdade eu nem sabia qual era a minha "missão". Estava contudo consciente de que não queria perdê-la, razão por que respondi imediatamente ao seu chamado. Tinha quase certeza de que meu chamado não era para vol tar a ser pastor, mas fosse como fosse eu não sabia o que fazer. Não lera sequer uma única revista cr istã, nem assist ira a nenhum programa evangélico por mais de sete anos. Tinha pouco conhecimento até mesmo do que estava acontecendo na Igreja como um todo. Entretanto escrevera, alguns anos antes, o livro There Were Two Trees in the Garden (Havia Duas Árvores no Jardim), e sua popularidade me proporcionou alguns convites para pregar. Fale i então com alguns pastores que conhecia, e com outros que haviam entrado em contato comigo por causa desse l ivro, informando -os de que me encontrava disponível para o ministério. Aproximadamente um mês depois voltei para casa ao concluir minha primeira viagem minister ial, ocorr ida após mais de sete anos. Sentia-me vazio e sem condições como nunca, e um tanto descompassado em relação ao que acontecia nas igrejas que vis i tara. Contudo, vi que estava bem mais perto do Senhor; meu desejo de servi - lo no ministério surpreendente- mente voltara. Na manhã seguinte ao dia em que chegara de volta a casa fui ao meu escritór io apenas com o objet ivo de pegar alguns pa péis e orar para ter uma revelação quanto ao que deveria fazer no ministério. Ao sentar -me ali senti a presença do Senhor de um modo que me tornou por completo. E foi assim que, depois de sete anos sem nenhuma revelação profética, t ive uma experiência profética que durou três dias, na qual me senti como se o Senhor tentasse me alcançar com tudo que não recebera naqueles anos! Foi então que escrevi A Colheita, que trata do presente estado da Igreja e dos acontecimentos que estão por acontecer. Desde então tenho tido outras visões e revelações que foram publicadas nos livros A Batalha Final e O Chamado. Algumas destas vieram na forma de visões abertas. Essas foram visões externas, visíveis, como se eu estivesse vendo um filme projeta- do numa tela. Outras foram visões internas, suaves, tal como a sensação de quem tem "os olhos do coração" abertos. Geralmente relaciono a palavra visão ao evento profético de ver cenas acontecendo, em meu interior ou fora de mim. Considero revelação o recebimento de conhecimento ou de entendimento de um modo que vai além da maneira natural de recebê-los. Agora tenho com freqüência visões e sonhos que são cheios de simbolismo e que requerem uma interpretação, como acontece com a maioria das visões bíblicas. Uma parte do que é compartilhado no presente livro não veio na forma de visões, mas de uma grande unção, com o dom da palavra de conhecimento. Simplesmente acontecia que de repente eu me inteirava de muitos detalhas sobre os eventos futuros como se eles houvessem sido despejados abundantemente dentro de mim. Em tudo isso tenho procurado determinar qual é o chamado de Deus para a minha vida e o propósito que ele tem para a Igreja. Pela compreensão de que a profecia é ainda algo que vemos como em espelho, obscuramente, e de que somente vemos em parte, tenho plena consciência de que o que estou compartilhando tem que ser acrescentado ao que outras pessoas estejam vendo, para que o quadrofique completo. Procurei repartir exatamente o que me foi dado ver ou compreender, mas devido ao fato de que o cânon das Escrituras está completo, creio que nenhum dom profético de hoje tem a qualidade dos dons que tinham aqueles que escreveram as Escrituras. Creio que é por isso que nos foi dada a instrução de que... tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem.' Não creio que alguém que esteja vivendo no dia de hoje seja infalível. Temos que julgar a profecia, não importando quem a esteja proferindo. Entrego pois este livro à ponderação, e para que seja considerado debaixo de muita oração. Creio que as ovelhas do Senhor conhecerão a sua voz, e saberão como discernir o que dele provém, descartando todo o resto. Uma das visões mais significativas para mim e para a minha compreensão da Igreja ocorreu em 1998, e foi publicada no livro O Chamado. O Chamado Nessa visão eu me encontrava numa alta montanha, vendo uma grande planície lá embaixo. Diante de mim um exército marchava, com uma grande linha de frente. Havia 12 divisões na vanguarda, que se destacavam claramente de uma grande multidão de soldados que as seguia. Essas divisões eram ainda divididas no que julguei que seriam regimentos, batalhões, companhias e pelotões. As divisões podiam ser identificadas por sua bandeira, e os regimentos distinguiam-se pelas cores diferentes do uniforme. Encontrava-me suficientemente próximo para que lhes pudesse ver o rosto. Eram homens e mulheres, idosos e jovens, de todas as raças. Havia uma impetuosa determinação na face deles. Contudo não pareciam tensos. Pairava um clima de guerra, mas nas tropas eu podia ver uma profunda paz. Sabia que não havia um soldado sequer que estivesse com medo de enfrentar a batalha que se avizinhava. A at mosfera espiritual que senti quando estava perto deles era tão imponente quanto sua aparência. Olhei então para o uniforme deles. As cores eram brilhantes. Cada soldado portava também insígnias e medalhas. Os generais e outros oficiais marchavam com os soldados nas fileiras. Embora fosse óbvio que aqueles com postos mais elevados esti- vessem no comando, ninguém parecia estar demasiado suscetível a seu posto. Do nível do posto mais elevado até o nível mais baixo, todos pareciam ser amigos íntimos. Era um exército que aparentava uma disciplina incrível, sem precedentes, contudo também lembravam apenas uma grande família. Analisando-os melhor, davam a impressão de ser abnegados, não por falta de identidade, mas por estar muito seguros de quem eram e do que faziam. Não estavam preocupados consigo mesmos; tampouco com a perseguição de reconhecimento. Não pude detectar nenhuma ambição e nenhum orgulho em toda a tropa. Era impressionante observar que toda aquela multidão multiforme guardava uma total harmonia e marchava num passo perfeito. Tinha 'certeza de que jamais houve na Terra um exército como aquele. Fiquei então atrás das unidades da linha de frente, olhando para um grupo muito maior, composto de centenas de divisões. Cada uma delas era de um tamanho diferente, com as menores tendo cerca de dois mil soldados, e as maiores centenas de milhares. Embora esse grupo não fosse tão bem delineado e colorido como o primeiro, em virtude do seu tamanho era também um exército imponente. Ele tinha também bandeiras, mas elas não eram nem de perto tão grandes e impressionantes como as do primeiro grupo. Todos tinham uniforme e seu posto no exército. No entanto fiquei surpreso ao ver que muitos deles não apresentavam a armadura completa, e muitos não carregavam armas. E mesmo as armaduras e as armas que possuíam não eram tão polidas e brilhantes como as do primeiro grupo. Olhando com mais atenção os que estavam nesse grupo, pude ver que todos estavam determinados e tinham um propósito, mas faltava-lhes a objetividade que caracterizava o primeiro grupo. Esses aqui pareciam ter mais consciência do próprio posto e dos postos dos que estavam ao seu redor. Senti que isso os perturbava um pouco, afetava seu objetivo. Pude ver também ambição e ciúmes na tropa, o que sem dúvida era mais um fator de perturbação. Mesmo assim percebi que essa segunda divisão tinha um alto nível de dedicação e propósito, mais do que qualquer exército na Terra. Essa era também uma força muito poderosa. Atrás desse segundo exército havia um terceiro, que marchava tão afastado atrás dos dois primeiros, que não saberia ao certo se até mesmo ele podia divisar os dois grupos que estavam à sua frente. Esse grupo era muitas vezes maior que o primeiro e o segundo juntos, sendo aparentemente composto de milhões e milhões de pessoas. Pelo que pude observar a distância, esse exército se movia em diferentes direções como um grande bando de aves, arremetendo-se primeiro por um caminho e depois por outro, nunca se movendo numa linha reta por muito tempo. Por causa desse movimento incerto ele se afastava mais e mais dos dois primeiros grupos. Chegando mais perto desse grupo vi que os soldados vestiam uniformes de cor cinza escuro, esfarrapados e sujos. Quase todos estavam ensangüentados e feridos. Alguns tentavam marchar, mas a maioria simplesmente ia na direção geral em que todos eram dirigidos. Lutas entre eles irrompiam constantemente nas tropas, provocando ferimentos. Alguns dos soldados procuravam manter-se perto das bandeiras esfiapadas que se espalhavam pelas tropas. Mesmo assim, até os que estavam perto das bandeiras não tinham uma identidade clara, pois ficavam mudando a cada passo de uma bandeira a outra. Nesse terceiro exército notei com surpresa que havia apenas dois postos: generais e soldados rasos. Somente alguns tinham uma peça da armadura. Tampouco vi arma alguma, exceto armas de brinquedo que eram levadas pelos generais. Os generais ostentavam essas armilas falsas como se pelo simples fato de possuí-las isso tornasse Os oficiais especiais. No entanto, até mesmo os que estavam nas tropas sabiam que elas não eram reais, o que era muito triste, porque era óbvio que toda a tropa ansiava desesperadamente encontrar alguém que realmente pudesse seguir. Parece que não havia ambição alguma, exceto entre os generais. Não era por haver entre eles desprendimento de si mesmos, como no caso do primeiro exército, e sim por não se preocuparem com quase nada. Considerei que pelo menos a ambição presente no segundo grupo seria bem melhor que a confusão que prevalecia no terceiro. Os generais desse grupo pareciam dedicar-se mais a falar sobre si mesmos e a lutar entre si, o que Os pequenos grupos em volta das bandeiras também não cessavam de fazer. Pude ver que as lutas dentro das tropas eram a causa dos grandes arremessos imprevisíveis, numa e noutra direção, que aconteciam nesse grupo e faziam com que de quando em quando ele mudasse de direção. Ao olhar para os milhões que havia no último grupo senti que apesar do seu grande número eles na verdade não acrescentavam força alguma ao exército, como um todo. Pelo contrário, o enfraqueciam. Numa batalha real eles seriam muito mais um peso morto do que um trunfo. Só o fato de ter que sustentá-los com alimento e proteção significaria muito mais despender recursos do que alcançar resultados que beneficiassem o exército em sua luta. Considerei que um soldado raso do primeiro ou do segundo grupo teria um valor muito maior que o de muitos generais do terceiro. Não conseguia entender a razão de os dois primeiros grupos permitirem que este Os seguisse em sua retaguarda. Era evidente que eles não eram verdadeiros soldados. Mais tarde eu estava diante do Hall do Julgamento, em frente ao Trono do Julgamento. O Senhor apareceu como Sabedoria, mas eu jamais o vira tão feroz, e nunca suas palavras foram tão pesadas: Você já viu este exército em seu coração muitas vezes. Os líderes que estou comissionando agora vão Estou enviando-o a muitos deles. O que você vai lhes dizer? Senhor, este é um grande exército, mas eu ainda estou aflito pela condiçãodo terceiro grupo. Não compreendo por que até mesmo lhe foi permitido participar do teu exército. Gostaria de dizer que, antes de prosseguirem, o primeiro e o segundo deveriam dar meia volta e dispersar esse terceiro grupo. Eles não passam de uma enorme turba. O que você viu hoje é ainda algo do futuro. Os ministros que estou para liberar reunirão este exército e vão equipá-lo para ser tudo o que você viu. Mas no momento presente quase todo o meu exército está na condição do terceiro grupo. Como então dispersá-los? Isso me assustou bastante, muito embora soubesse que nunca vira ninguém que, sendo do Senhor, estivesse em tão boa forma como até mesmo o segundo grupo desse exército. Senhor, sei que senti a tua ira em relação a esse grupo. Se quase todo o teu exército se encontra agora nessa situação, sou muito grato por não nos haveres destruído a todos nós. Quando observava esse terceiro grupo, senti que seu estado deplorável se devia a falta de treinamento, equipamentos e visão, bem como a uma falha em tomar a cruz que circuncida o coração. Algum tempo depois já não me encontrava defronte do trono do julgamento, e sim na montanha, tendo de novo a visão daquele exército. Aquele que tinha o nome de Sabedoria estava ao meu lado, e resoluto, sem no entanto lhe sentir a dor e a ira, tal como sentira antes. Eu lhe permiti ver um pouco do futuro - começou a dizer Sabedoria. - Eu o estou enviando àqueles que foram chamados para preparar meu exército e liderá-lo. Esses são os que vêm lutando a batalha na montanha; são os que se defrontaram com o exército do acusador e permaneceram fiéis; os que têm cuidado do meu povo e os têm protegido, arriscando até mesmo a própria vida. Eles são chamados para ser líderes no meu exército; lutarão na grande batalha final, e permanecerão sem medo diante de todos os poderes das trevas. Como você pode ver, esse exército está em marcha, mas haverá ocasiões em que eles acamparão. Permanecer acampados é tão importante quanto estar em marcha. É tempo de planejar, oferecer treinamento, desenvolver habilidades e preparar as armas. É também te/mip0 em que os que pertencem ao primeiro grupo andem entre os que estão no segundo, e os líderes do segundo andem em meio aos que estão no terceiro, com o propósito de encontrar os que possam ser chamados para passar ao nível seguinte. Faça isso enquanto puder, pois o tempo está próximo, quando Apocalipse 11:1 e 2 se cumprirá, e os que quiserem ser chamados por meu nome, mas não andarem nos meus caminhos, serão pisoteados. Antes da última grande batalha meu exército será santo, assim como eu sou santo. Vou remover aqueles que não forem circuncisos de coração, e também os líderes que não preservarem minha retidão. Quando a última batalha acontecer, não haverá o terceiro grupo, que você viu aqui. A Sabedoria prosseguiu, dizendo ainda: - Até agora, quando meu exército acampou, a maior parte do tempo foi desperdiçada. Assim como eu somente levo meu povo a prosseguir tendo um claro objetivo, da mesma forma, quando chamo meu exército para acampar, há um propósito. A força do exército que marcha resultará da qualidade do que for feito nesse acampamento. Quando chegar à hora de parar e acampar por algum tempo, será para ensinar meus caminhos ao meu povo. Um exército é um exército, quer esteja em batalha ou em paz. Será necessário que aprendam como acampar, como marchar e como lutar Nenhuma dessas coisas será bem feita, a menos que todas sejam bem feitas. E ele continuou: - Vocês chegarão a um tempo no futuro em que verão meu exército exatamente como é agora. Naquele dia vocês sentirão minha ira ardente. Saibam que não mais vou tolerar os que permanecerem na condição do terceiro grupo. Então interromperei a marcha de todo o exército, até que os que estejam nesse grupo hajam sido disciplinados para se tornarem soldados, ou sejam dispersos. Vou disciplinar os do segundo grupo para minar suas ambições más, de forma a viverem por mim e por minha verdade. Então meu exército prosseguirá marchando, não para destruir, mas para dar vida. Vou estar no meio deles para que pisem nos meus inimigos, que estarão debaixo dos pés desse exército. Estarei indo para ser o Capitão da Hoste! O Exército do Século Vinte e Um Creio que todo cristão estará marchando num desses três exércitos no século vinte e um. Um dos fatores que determinará onde cada um de nós estará é quão bem haja sido treinado para servir. Agora é o tempo em que estamos acampados. Agora é o tempo de planejamento, de treinamento, de aprimoramento das nossas habilidades, e adequação das nossas armas. Este livro é o que resultou de haver escutado o Senhor durante os últimos dez anos, tanto por meio de visões como de revelações. Espero que àqueles que estão dispostos a responder ao chamado de Deus para conhecer o Senhor e servi-lo nesses perigosos dias que estão por vir, ele sirva como um verdadeiro manual. O objetivo final de Satanás é encher o inferno. Sua maior aliada para alcançar esse objetivo é a morte, e o meio mais eficaz para provocá-la é a guerra. Uma de suas principais estratégias é portanto instigar a guerra de todas as maneiras possíveis, usando quem quer que consiga fazer com que lute. Ele vê cada guerra como uma vitória, e as mais destruidoras como suas maiores realizações. Assim como Jesus é o Príncipe da Paz, Satanás é o príncipe da guerra. Algumas "guerras justas" são lutadas por causas justas. Mesmo assim a Igreja deve considerar toda guerra como uma significativa derrota, mesmo que o lado da justiça prevaleça. São derrotas porque o Senhor investiu autoridade sobre a Igreja para travar guerra espiritual, que se exercida de maneira correta pode alcançar os objetivos da justiça sem a destruição que a guerra produz. Do mesmo modo que Jesus foi enviado para destruir as obras do diabo, fomos enviados ao mundo com a mesma missão. O conflito final entre a vida e a morte está prestes a entrar na sua batalha final, que será a maior de todas. Ela assolará de um extremo a outro da Terra, em toda cidade e vilarejo, em toda frente política, filosófica e social. Está chegando um tempo em que todo debate, toda campanha política e todo movimento social será visto como uma linha da batalha entre essas duas derradeiras forças espirituais. Não haverá campo neutro, não haverá tréguas, nem haverá paz nessa guerra. Será o tempo mais perigoso, como também o de maior oportunidade para o Cristianismo, como nunca houve antes. O Campo de Batalha Cada guerreiro nessa batalha recebeu posições a defender e posições a tomar do inimigo. Temos que defender nossas famílias, nossas congregações, e nossos locais de trabalho contra as palavras de morte. Ao mesmo tempo, ternos que trabalhar a cada dia para ampliar a extensão do reino de Deus. Nossos mapas de batalha são nossas listas de oração. Temos que ter alvos específicos. Temos que "lutar de modo a não f icar desferindo golpes no ar", mas sabendo o que estamos at ingindo. Quando conseguirmos ter domínio sobre nossos compromissos menores, receberemos maior autoridade para irmos de encontro a fortalezas maiores. Por exemplo, aqueles que tiverem domínio no âmbito de sua família receberão seus vizinhos e suas famílias. Os que tomarem sua vizinhança receberão o encargo de sua cidade. Joel descreveu o exército do Senhor: Correm como valentes; como homens de guerra, sobem muros; e cada um vai no seu caminho e não se desvia da sua fileira. Não empurram uns aos outras; cada um segue seu rumo; arremetem contra lanças e não se detêm no seu caminho (Joel 2:7, 8). Os cristãos têm que ver cada encontro com uma pessoa como uma oportunidade para semear vida. Isso não quer dizer que tenhamos que declarar o plano de salvação a cada funcionário que trabalha no caixa de um supermercado, ou a cada garçonete, e sim nos posicionar do lado do reino de Deus, mantendo resolutamente nossa posição em Cristo. Esta posição é sempre demonstrada pelo frutodo Espírito. Sempre que conseguirmos suportar as constantes provações e os injustos conflitos desta vida, sem comprometermos nossa posição no amor, na alegria, na paz, na paciência, na bondade, na benignidade, na fidelidade, na mansidão e no autocontrole, estaremos estendendo os limites do reino de Deus. Uma das maiores demonstrações do Espírito que já testemunhei não foi um milagre, mas uma situação ocorrida numa fila para aquisição de passagens de uma companhia aérea. Uma Demonstração do Reino de Deus Um dia, num aeroporto, devido a problemas com vôos que estavam chegando e outros em atraso, a fila para uma certa conexão crescera numa proporção que tornou impossível atender a todos no curto espaço de tempo que havia até a partida de um determinado vôo. Discussões e demonstrações de impaciência aumentavam tanto, que realmente pensei que a situação estava para sair fora do controle. Precisamente na hora mais imprópria, logo em seguida ao anúncio de mais um atraso, duas senhoras de certo porte, um tanto agitadas, cada uma levando duas enormes malas, forçaram a passagem, furando a fila, e foram até seu início. Não me lembro de haver presenciado uma conduta tão odiosa como aquela. Mesmo na condição de mulheres, eu estava certo de que alguém iria fazer com que parassem. Mas para meu espanto elas chegaram bem na frente, na fila onde estava um amigo meu. Enquanto outros começavam a empurrar as duas senho ras, meu amigo espontaneamente se dirigiu a elas, e perguntou se poderia- ajudá-las com as malas, ao mesmo tempo que lhes oferecia seu lugar, que estava bem próximo do início da fila. Essa atitude foi tão contrária ao espírito que prevalecia entre os demais, que todos ficaram pasmos. Um grande si lêncio tomou então conta do ambiente. Todos olhavam para meu amigo, vendo-o pegar suas malas e caminhar até o fim da fila, por haver cedido seu lugar. As duas mulheres, no iní- cio da fila, ficaram totalmente desconcertadas diante daquela amável atitude, tão inesperada e imerecida. Os comissários, que também haviam testemunhado a cena, subitamente se tornaram bem mais corteses, e por alguma razão o vôo foi retardado um pouco, dando tempo para que todos embarcassem. Já vi acontecer muitos milagres na minha vida, do nível dos que são registrados na Bíblia, mas aquela cena no aeroporto ainda sobressai como sendo uma profunda demonstração do reino de Deus. Uma vez que o inferno rapidamente ganhava controle naquela instável situação, que caminhava para uma séria contenda, Satanás pôs em cena duas poderosas armas, voltando-as diretamente sobre um cristão. Este, porém, depressa desarmou o inimigo e toda a sua hoste com apenas um verdadeiro ato de amabilidade. . A nós foi dado este mesmo poder, em cada situação. Quando surge uma contenda em nossa família ou no trabalho, podemos ficar no lado do inimigo ou no lado do Príncipe da Paz. A escolha que fizermos certamente determinará o resultado. Se apenas nós formos os que se alinharem com o Senhor, o resultado ainda será o mesmo: o mal será vencido pelo bem. Uma pessoa mais o Senhor sempre é uma maioria. Este livro é uma tentativa de ajudar os cristãos a fazerem este tipo de escolha no novo milênio. A DIREÇAO Dividi este livro em três seções principais. A Parte 1, que você está lendo agora, faz a seguinte pergunta: "Como é que vamos então viver?" A Parte 2 é um guia para cada crente no século vinte e um. Contêm muitas das ferramentas de ordem prática de que necessitaremos para desempenharmos nossa missão nos dias à frente. Começo com uma visão: "Campo de Sonhos ou de Pesadelos?" que prediz distúrbios econômicos nos próximos anos. Nessa seção consideramos nossa responsabilidade pessoal em nossas finanças, nosso relacionamento com outros cristãos, e a constante batalha contra o inimigo. Não poderemos servir no exército do Deus se não estivermos vivendo na retidão do Senhor. Vamos também considerar como lidar com as tempestades que estão à nossa frente, como conhecer o chamado de Deus à nossa vida, e como ouvir sua voz em meio a todos os sons dissonantes do mundo de hoje. A Parte 3 é um guia para cada cristão, como participante da Igreja, que significa todo o exército de Deus. Qual o chamado para a Igreja nos dias à frente? E por que parece que ela deixou de cumprir seu chamado no século vinte? Vamos considerar a es- tratégia do diabo em cegar o mundo mediante o movimento da Nova Era. Veremos por que ele avançou tanto no século vinte. Depois vou compartilhar uma visão, "Guerra e Glória", que descreve uma guerra civil dentro da Igreja. Tal como a guerra civil americana, essa guerra fará finalmente com que se chegue a uma união maior. Depois veremos uma nova onda de mudanças na Igreja. Essa percepção foi também inspirada por uma visão, "A Próxima Onda Está sobre Nós". Vamos apresentar a seguinte questão, e dar-lhe uma resposta: "Por que o avivamento tem se retardado?"; e vamos considerar a visão que tive em 1997: "Uma Ponte para o Avivamento". Finalmente, veremos como a Igreja pode se valer de binóculos espirituais para ver o que irá acontecer no século vinte e um. O objetivo final da Igreja é encher o céu. Nossa ferramenta é o evangelho da salvação, as palavras de vida eterna. O conhecimento da salvação é a dádiva mais preciosa que se pode ter, e a nós, a Igreja, isso nos foi confiado. A Igreja está por receber palavras de vida com um poder muito maior. Tais palavras serão como bombas e granadas de mão com o poder de destruir até mesmo as mais eficazes fortalezas do inimigo. Palavras que individualmente serão ditas pelos cristãos aos incrédulos terão o poder de desemaranhar as complexas redes de engano que o inimigo tem levado anos para tecer. Afirmações que os cristãos farão publicamente vão desfazer a propaganda do inimigo para a sua causa, propaganda essa que foi feita mediante milhares de livros, artigos e proclamações públicas durante todo o século vinte. Esse poder por meio das palavras não será ganho de forma fácil. Aqueles a quem houver sido entregue essa autoridade terão que fielmente lutar contra sua própria linguagem e seus indóceis pensamentos, levando-os à submissão do Espírito Santo. Águas puras têm de vir de fontes puras. O grau de pureza da nossa vida será o grau em que as águas da vida estiverem fluindo em nós: Sobre tudo o que se deve guardai; guarda o coração, porque dele procedem às fontes da vida. No final da visão de O Chamado, houve um momento em que vi a glória de todas as épocas. Vi a Terra e os céus como uma unidade. Vi miríades de anjos e miríades de pessoas que tinham maior glória do que qualquer outro anjo que vira até então. Todos serviam na casa do Senhor. É isso que buscamos: ver a glória do Senhor revelada por instrumento do seu povo. Minha oração é que mediante este livro você conheça melhor o chamado que há na vida de todo crente, e que entenda como esse chamado se relaciona com nosso tempo. A profecia bíblica é clara com respeito a uma coisa: antes do fim, a Igreja se tornará a gloriosa noiva que é chamada a ser, digna do nosso grande Salvador. Uma geração vai cumprir a profecia de Isaías 60:1-5. Por que não a nossa? Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a Terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o SENHOR, e a sua glória se vê sobre ti. As nações se encaminham para a tua luz, e os reis, para o resplendor que te nasceu. Levanta em redor os olhos e vê; todos estes se ajuntam e vêm ter contigo; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são trazidas nos braços. Então o verás, e serás radiante de alegria; o teu coração estremecerá e se dilatará de júbilo, porque a abundância do mar se tornará a ti, e as riquezas das nações virão a ter contigo. PARTE 2 O Cristão e o Século 21 Uma Visão Capítulo 1 Campo de sonhos ou de pesadelos? Num dia, quando estava orando em agosto de 1995, vi numa visão um campo. Lá nof im desse campo tudo estava debaixo de uma forte cerração. Não muito distante, dentro daquela cer ração, havia um precipício rochoso, muito íngreme. Nele havia um caminho estreito, sinuoso e com forte declive, que era como uma ponte que ia de cima para baixo. Nele havia a mesma grama do campo, e essa grama estava em todo aquele caminho, de cima até a parte mais baixa. Muitos dos que entravam naquele nevoeiro não encontra vam aquele caminho e caíam no despenhadeiro. Dentre eles, alguns morriam, mas havia redes mais em baixo que pegavam muitos deles. Entretanto, aquelas redes não se achavam lá para salvar as pessoas, mas sim para capturá-las. Alguns entravam na cerração com muita caute la, dobrando Os joelhos e buscando o caminho, que intu i t ivamente sab ia m que ex is t ia . Esses, na sua maioria, chegavam a encontrar o caminho, e com todo cuidado começavam a descer de joelhos. Alguns, bem poucos, t inham pára- quedas, e saltavam naquele precipíc io em meio à cerração. No sopé daquele penhasco havia um mar com quatro t ipos de navios no porto - navios de escravos, navios de guerra, luxuosos navios de turismo e navios-hospitais. A maioria dos navios eram navios de escravos. Em seguida, em maior número, eram os navios de guerra. Apenas cinco deles eram navios-hospitais, os quais se achavam junto a docas limpas e bem conser - vadas, na parte central do porto. Os dois luxuosos navios de turismo estavam ancorados nas duas extremidades do porto, um em cada ponta. Havia suprimentos em abundância nas docas em que estavam os navios luxuosos, mas tanto os navios como as docas tinham um aspecto imundo e tinham uma manutenção péssima. Nenhum dos navios de guerra estava junto às docas; eles ficam movendo-se de uni lado para outro ali nas águas do porto. As pessoas que caíam naquelas redes eram levadas para Os navios de escravos. A maioria dos que desciam por aquele íngreme caminho ia dar nos navios-hospitais, mas muitos chegavam nos navios de luxo. Alguns dos que iam para Os navios de luxo eram capturados e forçados a entrar num navio de escravos. Os navios luxuosos eram bem protegidos e obviamente estavam sob o controle dos navios de guerra. Estes de vez em quando tiravam pessoas dos navios de escravos e dos navios de luxo, e pegavam quem eles queriam; não havia como resistir a eles. Os que estavam nos navios-hospitais também pegavam pessoas dos outros navios, mas apenas tomavam os mais fracos ou os que estavam tão enfermos ou feridos que não tinham expectativa de vida. Os tripulantes dos navios-hospitais eram alvo de grande respeito, porque portavam brilhantes armaduras que pareciam surpreender os demais. Todas as pessoas que saltavam do despenhadeiro de pára- quedas aterrizavam nos navios-hospitais ou em suas docas. Um navio de escravos, quando ficava lotado, partia, fazendo manobras de um lado para outro, como se não soubesse para onde ir. Os navios de guerra faziam também muitas manobras, de forma que era impossível dizer para onde eles iriam em seguida. Qualquer navio que acontecesse de ficar no caminho de um navio de guerra era destruído e afundado. Quando os navios de guerra ficavam um à frente de outro, ambos começavam a atirar um no outro, até que um deles afundasse. Por causa do nevoeiro, muitos navios colidiam uns com os outros, e afundavam. O mar estava cheio de tubarões que rapidamente devoravam aqueles que caíam na água. A confusão, o desespero e o medo em todo o porto cresciam quando a cerração crescia. Quando, porém, o nevoeiro diminuía, uma esperança começava a surgir nas pessoas. Quando o nevoeiro dissipava-se a ponto de ser possível ver o mar alto, os navios começam a dirigir-se para lá. Os navios-hospitais eram Os únicos que partiam como se soubessem para onde estavam indo. Eles podiam partir imediatamente por causa do caos nas docas, indo ao mar alto, quando quisessem. Um ou dois deles em todo o tempo iam ao mar alto, desaparecendo por algum tempo, e depois retornavam. Então um outro navio- hospital saía e fazia o mesmo. Quando me pus a seguir com os olhos para onde um desses navios ia, de repente era como se eu estivesse na plataforma de comando daquele navio. Quanto mais nos afastávamos, mais o céu ficava claro. Logo tornou-se um azul como eu nunca ha- via visto, era como o azul que se vê quando num avião em vôo em elevada altitude. O céu me intrigava tanto que deixei de olhar para o mar. Mas quando voltei o olhar para as águas, o que vi foi que na verdade estávamos voando. Pensei que estávamos para entrar no espaço sideral, mas logo descemos em direção ao que parecia ser um mundo totalmente novo. Era composto de ilhas, cada uma delas habitada por um povo de uma cultura diferente. Os feridos que estavam em nosso navio-hospital eram colocados em diversas ilhas diferentes, de forma que cada pessoa ferida era levada para estar com os de sua própria cultura. Essas ilhas estavam em perfeita paz, e belas pontes as ligavam entre si, com um constante fluxo de pessoas atravessando- as. Em cada ilha estavam sendo lançadas as bases para a construção de grandes cidades. Embora cada uma das ilhas tivesse características próprias, distinguindo-se das demais, e sendo todas as ilhas totalmente diferentes de qualquer lugar que eu já tenha visto, senti-me imediatamente em casa, em cada uma delas. Eram como um Paraíso e, apesar de parecerem ser de um mundo diferente, eu sabia que elas de algum modo estavam muito perto do mundo de onde eu tinha acabado de partir. INTERPRETAÇÃO Nesta visão entendi que o fim daquele campo indicava que o fim da nossa prosperidade econômica está à vista. O que eu vi no fim era muito mais catastrófico do que eu jamais poderia ter pensado. Tempos muito difíceis estão à nossa frente, mas ao mesmo tempo todo um novo mundo está sendo construído bem em nosso meio, que é mais maravilhoso do que possamos imaginar. O tempo que nos foi dado até que isso aconteça tem o propósito de nos prepararmos para o que está para acontecer. Edifiquemos a nossa esperança e confiança no reino de Deus, que é o que não pode ser abalado. Aqueles que continuaram a andar no meio da cerração da mesma forma como tinham andado no campo a céu aberto - sem discernir ou reconhecer essa mudança de situação - ou pereceram ou caíram na escravidão. Os que logo caíram de joelhos tiveram como encontrar um caminho seguro de descida, mas era ainda um caminho descendente. Eles tinham que permanecer de joelhos em todo o percurso; não dava para ninguém ficar em pé naquele caminho inclinado, porque era muito íngreme e estreito. Ficar de joelhos refere-se à oração. Assim que virmos à cerração ou a confusão, teremos que orar a cada passo que tornarmos daí para a frente. Que não havia ninguém subindo mas, pelo fato de estarem todos descendo até o sopé daquele penhasco, isso me mostrou que a economia do mundo todo estava em queda. Muitos sobreviverão ao que está por vir, mas não no seu nível atual. Uma boa parte do nosso presente padrão de vida foi construída pelo crédito, emprestando do futuro, e o futuro está presente. Rapidamente estamos nos aproximando do tempo em que as nossas contas terão que ser pagas, e isso causará uma drástica redução em nosso nível de vida atual. Percebi que os navios de escravos eram bancos. Durante a Grande Depressão, os bancos foram de tal forma afetados que a maioria deles faliu. De algum modo eles agora se posicionaram de forma a não apenas sobreviver numa outra crise econômica, mas também tomaram medidas para poderem escravizar aqueles que se acham em débito com eles. Cada um dos navios de guerra era de um tamanho diferente, e senti que eles representavam vários níveis de poder. Suas ações não eram coordenadas, mas a impressão que dava era a de que eles estavam tão confusos como todo o mundo naquele lugar, e todos pareciam estar em guerra, uns contra os outros. Eles viviam às custas de saquear os navios de outros tipos, e também os demais navios de guerra. Creioque, nos dias que virão, pequenas guerras estarão pipocando em quase toda a parte, e sem razão. Quem quer que se interponha no caminho daqueles com algum poder acabará tendo problemas. Os navios de luxo eram tão imundos que estar num deles era apenas bem pouco melhor do que estar num navio de escravos ou de guerra. Era óbvio que o luxo no futuro não será como o conhecemos no dia de hoje. Além disso, os navios de guerra constantemente saqueavam os navios de luxo, tornando-os um lugar praticamente insuportável para se viver. No futuro, até mesmo qualquer coisa que seja um sinal de luxo poderá apenas servir para colocar-nos como alvo de ataques. Eu sabia que Os navios-hospitais eram a igreja. Eles resplandeciam de branco, e tinham cruzes vermelhas sobre si. Eram tão brilhantes e limpos que se destacaram tremendamente em minha visão. O branco fala de pureza, e as cruzes vermelhas me fizeram saber que eles estavam levando a cruz. O vermelho é também a cor do sacrifício. Esses navios eram tão belos que todo o mundo teria tido o desejo de estar num deles. A igreja tornar-se-á o lugar mais desejável para se estar no mundo; a igreja haverá de ser o instrumento puro que ela é chamada a ser quando assumir a cruz, consagrando-se a si mesma a uma vida de sacrifício. Nos tempos que virão à vida de sacrifício e de serviço aos outros será a vida mais desejável deste mundo. As pessoas que estavam nos navios-hospitais portavam brilhantes armaduras de prata. Elas, também, destacavam-se de forma impressionante, a cada vez que apareciam, e isso fazia que Os demais lhe tivessem um grande respeito, até mesmo os navios de guerra. Isso most rou -me que quando os crentes aprendem a portar a armadura, eles conquistarão o respeito de todo o mundo, e terão autoridade em decorrência disso. As docas dos navios-hospitais eram também totalmente limpas e estavam sobrecarregadas de suprimentos. Havia mais bens sobre elas do que nos navios de luxo, mas todos os bens estavam sendo usados para serviço, não como luxo. Como aque les que portavam as armaduras e também os navios-hospitais impunham um grande respeito, ninguém se aventurava a tentar pilhar os enormes estoques de suprimentos que eles tinham, apesar de que isso era evidente a todos. Quando um navio-hospita l passava entre dois navios de guerra que estavam lutando entre si, eles paravam de lutar e lhe entregavam os seus feridos. Um dos propósitos principais que esses navios t inham parecia então ser s implesmente in terromper a luta sempre que pudessem. Em meio ao caos daquele lugar, a dignidade, a resolução e o propósito com que os cr istãos e seus navios se moviam era a lgo impressionante. O maior sent imento de l iberdade que eu já sent i foi quando f iquei na p lataforma de comando do navio que part ira para alto mar. Assim que entramos em alto mar e estávamos fora do nevoe i ro, ascendemos a lugares celestiais. Quando descemos de volta, aparentemente era uma nova terra, embora de algum modo eu soubesse que era bem no meio de onde eu t inha part ido. O fato de encontrar uma l iberdade extraordinária naquele navio -hospital refere-se a que somente descobrimos a nossa verdadeira paz quando tomamos a nossa cruz para servir a outros. E se assim procedermos, passaremos a viver nos lugares celest iais. Então a visão que teremos da terra será totalmente diferente; veremos o que Deus está fazendo. Realmente senti que aquelas ilhas paradisíacas já estavam em nosso meio, mas apenas ainda não as conseguíamos ver. Na linguagem profética, o mar muitas vezes representa a população humana. Que o mar ao sopé daquele penhasco encon trava-se no mais terrível caos, isso representa a que os reinos deste mundo estão se dirigindo. As ilhas representam o Senhor estar lançando o fundamento do seu reino, bem em nosso meio, neste mesmo tempo. Por saber que essas i lhas estavam próximas do mar da confusão, isso me fez ver que o que o Senhor está por construir na terra está também bem próximo de nós. No mesmo tempo em que o mudo cair num terrível caos, o que provavelmente começará com o caos econômico, Deus es tará construindo pontes entre os povos que serão o fundamento de um glorioso futuro. O f im desta era é o começo de uma outra sobre a qual Cristo reinará. Em Apocalipse 17:15 somos informados de que: "As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos, multidões, nações e línguas." As pontes estão agora sendo construídas entre Os povos. Essas pontes eram para intercâmbio, e era óbvio para mim que cada uma das i lhas estava construindo algo maravi lhoso, o melhor que a sua cultura podia produzir, de modo a compart i lhar isso com as outras i lhas. O fato de que o fundamento de novas cidades estava sendo lançado representava todo um novo começo para a terra. O que agora está sendo construído para o Senhor, para a glória do seu reino, isso permanecerá e será um fundamento na era que está por vir. Capítulo 2 A marca de Deus ou a marca da besta? Muitos se perguntam como, afinal, os acontecimentos do livro do Apocalipse se apresentarão aos nossos olhos neste século vinte e uni. Virá o Anticristo e realizará grandes sinais neste mundo, enganando os que aqui viverem? Fará ele com que todas as pessoas recebam uma marca na testa e também na mão direita, para dessa maneira poderem comprar, vender e negociar? Muitos cristãos dedicam um tempo considerável procurando descobrir o que essa marca da besta será, de modo a não se enganarem quanto a ela. No entanto, muito pouca atenção tem sido dada ao fato de como receberemos a marca de Deus, mencionada em Apocalipse 7:1-3. Se realmente estamos no fim dos tempos, então Deus enviará quatro anjos que segurarão os quatro ventos da Terra até que a fronte de seus servos seja selada. ESCOLHENDO A MARCA DE DEUS OU A MARCA DA BESTA O único modo pelo qual teremos condições de resistir à marca da besta em nós é tomando a marca de Deus, que é dada a seus servos. A chave para entendermos esse selo de Deus está em compreendermos o sentido da palavra servo. Nas Escrituras, o servo, ou escravo, tinha o direito de se libertar após seis anos de serviço, mas se ele amasse muito seu senhor e preferisse permanecer como escravo pelo resto da sua vida, recebia uma marca permanente (ver Êxodo 21:3,6). Os servos, então, são aqueles que por sua autodeterminação estão a serviço do Senhor. Nem todos os que se declaram cristãos são servos como esses. Muitos afirmam haver entregue sua vida a Cristo, mas continuam vivendo para si mesmos. Os servos não têm dinheiro algum para ser gasto com eles mesmos. Portanto, não usufruem liberdade para gastar o que lhes foi entregue, posto que não lhes pertence. Seu tempo, e inclusive sua família pertencem a seu senhor. O compromisso de tornar-se um servo, assim como ensinado nas Escr i turas, não está simplesmente na aceitação inte lectual de certos princípios bíbl icos; ele signif ica o compromisso de assumir com toda a obediência um esti lo radical de vida. Tal servo já não vive para si, e sim para o Senhor. Transformar-se voluntar iamente num tal servo é o maior de todos os compromissos que pode ser feito neste mundo, e somente um tolo o assumiria sem que primeiro considerasse cuidadosamente a implicação disso. Para compreendermos a marca da besta, que é uma marca econômica, ternos de entender o que signif ica "adorar a bes ta". Mesmo que não amemos o dinheiro, muitas vezes deposi tamos nele nossa conf iança. O amor ao dinheiro, ou a conf iança depositada no dinheiro l ibera um dos maiores males no coração humano. No f im desta era uma de duas coisas vai acontecer: ou estaremos totalmente l ibertos disso, ou estare mos inteiramente escravizados a isso. Seremos ou escravos de Deus, ou do diabo. Embora tenhamos entendimento com respeito ao que é a marca de Deus, e ao que é a marca da besta, mesmo assim teremos que fazer uma escolha entre as duas alternativas. Podemos julgar que issoserá fáci l, uma vez que reconhecemos a importância dessa decisão, mas não tomaremos a at itude correta a menos que nosso coração esteja em retidão. E não há obediência sincera, a não ser que tenhamos a l i berdade de desobedecer: Deus pôs a Árvore do Conhecimento no jardim para que os homens escolhessem a quem serviriam. Não era sua intenção que caíssemos, como pensarão alguns, e sim que provássemos nossa devoção. Se tudo que o Senhor quer ia era obediência, ter ia sido bem melhor para ele haver criado computadores, programando-os para adorá-lo. Será que uma tal adoração seria aceitável a alguém? Que dizer então de nosso g lor ioso Cr iador?! Não, a verdadeira adoração, nasce do coração. Ela necessita de l iberdade. Do mesmo modo, os que estão a serviço do Senhor são aqueles que por sua vontade querem ser servos. O Jugo da Besta Provavelmente seja uma dívida financeira a razão número um por que os cristãos hoje não estão livres para responder ao chamado de Deus em sua vida. Quando há um chamado para fazer alguma coisa - desde a entrada num ministério de tempo integral, até o chamado para uma viagem missionária -, nossa primeira consideração geralmente é: "Será que vou ter condições financeiras?" Esta é uma clara indicação de que possivelmente estejamos tomando a marca da besta. As pessoas em nossa cultura se acostumaram com a idéia de que como seus pais conviveram com dívidas, têm, conseqüen temente que aceitar essa mesma realidade - o fantasma da dívida. No entanto, pensando bem, o que a Bíblia nos diz a respeito? Paulo advertiu-nos quanto a isso: E não vos conformeis com este século [com esta era, que segue e se adapta às suas práticas exteriores e superficiais mas transformai-vos [mudem a si mesmos] pela [plena] renovação da vossa mente, [com novas ideais e uma nova atitude], para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus [e até mesmo o que é bom, agradável e perfeito aos olhos de Deus para vocês]. (Romanos 12:2 - AMP) A dívida é um jugo de escravidão do qual a maioria das pessoas se tem tornado vít ima. Em quase todas as portas de esta belecimentos comerciais por onde você passa há a marca de um cartão de crédito nelas afixada. Creia você, ou não, ser verdade o que lhe digo, o fato é que um banco em Denver, Colorado, certa vez anunciou um plano para a emissão de car tões de crédito para crianças de 12 anos! Em menos de vinte anos os Estados Unidos, por exemplo, passaram da condição de nação mais credora do mundo para a situação de a nação mais devedora do planeta! (Em outras palavras: os americanos deixaram de ter as demais nações lhes devendo mais do que a qualquer outra naç ão, passando para a situação diametralmente oposta: agora eles devem às demais nações mais do que qualquer outro país.) Jamais, na história mundia l , aconteceu uma mudança tão grande e tão ráp ida na economia de um país! O que toma emprestado se torna servo de quem empresta. O país com dívidas (como acontece também com o Brasil) se encontra agora numa situação de escravidão perante seus credo res. O trágico é que os jugos estão se tornando cada vez mais pesados! Como-a Igreja é chamada a ser "a luz do mundo" e "o sal da Terra", temos a responsabilidade de nos manifestar contra essa grande transgressão. Contudo, como teremos autori dade para emitir tal opinião, se nós crentes - como todo o mundo - também estamos atolados em dívidas, tanto pessoalmente como em relação às nossas igrejas e ministérios? A expressão "o dinheiro compra tudo" é muito reveladora. Mais do que qualquer outra coisa, a forma como se gasta o dinheiro revela a quem se está servindo. Basta olhar para Os canhotos dos talões de cheques de alguém para se ter como escrever sua biograf ia. Dá para facilmente distinguir suas preferências e paixões (distinguindo-se as coisas pelas quais tem algum interesse e aquelas a que se entrega de fato). Jesus assim se expressou a esse respeito: ...onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. A Meta A Bíblia não af irma que é errado ter dinheiro. Na verdade, o dinheiro pode ser uma das dádivas de Deus, como está em 1 Timóteo 6:17 (SBTB): Deus, que nos dá todas as coisas para as desfrutarmos. Mas a questão de sempre é: Por que estamos sempre com pouco dinheiro? Temos a resposta no seguinte texto: Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado [vede bem o que vos tem acontecido]. Tendes semeado Muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis; mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. (Ageu 1:5, 6 - AMP) Esta escritura descreve com muita propriedade o modo pelo qual a maioria das pessoas vive, semana após semana, correndo até o banco para cobrir os cheques emitidos no dia anterior. Se habitualmente você se vê sem dinheiro suficiente, considere as seguintes questões: -Será que não empreguei bem, ou gastei demais o dinheiro que Deus me deu? - Será que tenho mesmo necessidade de mais, ou sou "excessivamente ambicioso"? - Tenho violado os princípios bíblicos de mordomia, com respeito ao dinheiro que o Senhor me confiou? - Será que, como as pessoas do livro de Ageu, tenho me preocupado mais em construir a minha casa do que a Casa de Deus? Mesmo que uma só das questões acima seja af irmativa em nosso caso, nossa resposta tem que ser arrependimento. Arre pendimento é mais do que simplesmente nos entr istecer por nossos erros; é mudar nosso comportamento. Como C. S. Lewis certa vez ressaltou, quando fazemos uma conversão e entramos numa estrada errada, esta nunca se tornará a estrada certa. O único modo pelo qual podemos pegar de novo a estrada certa é voltar ao ponto daquela conversão errada e fazer a conversão correta. A definição bíblica do que seja l iberdade f inanceira não é necessariamente ser rico. Nosso alvo deve ser o de nunca tornar uma decisão com base em considerações financeiras, e sim com base na vontade de Deus. Essa deve ser a meta financeira para cada um de nós. Normalmente pensamos que para sairmos de nossa situa ção o je i to é ganhar mais d inheiro. Entretanto, essa quase nunca é a resposta, e às vezes pode até tornar as coisas piores. O plano de Deus não requer que você ganhe mais dinheiro do que ganha agora - e isso não é porque ele vai lhe dar uma revelação, de modo que você acerte na loteria! As Escrituras nos dão claras instruções de que temos que sair das dívidas, de que precisamos urgentemente não nos endividar, tornando-nos financeiramente independentes. Não importa quão desastrosa seja sua atual situação financeira: você tem um modo bastante simples para escapar a ela - obediência! Esta é sua herança como filho (ou filha) do Rei. O Principio da Obediência O primeiro princípio para escapar de sua atual situação financeira é passar pela cura financeira. Passando Pela Cura Financeira O primeiro passo para a cura financeira é dar, e não ganhar. Se você se fechou diante desta afirmação, é então evidente que você tem uma ferida que precisa ser curada. Você tem retido seu dinheiro do Senhor? Infelizmente a Igreja tem sido financeiramente saqueada pelo engodo, pela manipulação, e às vezes pelo espírito de controle. A maneira de se ficar fora do alcance do jugo deste mundo é entrar no reino. Fazemos isso submetendo-nos, em primeiro lugar, ao Rei em tudo, e vivendo segundo a sua Palavra. Nossa primeira consideração ao tomarmos qualquer decisão importante tem de ser: descobrir qual é a vontade do Senhor. Um texto muito importante para a Igreja de hoje encontra- se no livro do profeta Malaquias: Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, dizo SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênçãos sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis 11177a terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos. (Malaquias 3:8-12) Você é assim tão abençoado financeiramente a ponto de sobrar dinheiro? Então traga "todo o dízimo" à casa do tesouro. Isso significa dar o dízimo pelo bruto (dizimar é dar os primeiros 10 por cento de toda a nossa renda ao Senhor). Além do que ele promete uma bênção tão grande que não dá para você imaginar! Muitos cristãos pensam que não têm condições de dar o dízimo, mas na verdade o que não podemos fazer é deixar de dá-lo! De modo geral, o que precisamos não é aumentar a nossa receita, e sim ter o devorador repreendido. O Senhor promete não apenas repreender o devorador, mas também abrir as janelas do céu. Aqui se encontra o único texto das Escrituras em que Deus nos pede que façamos prova dele. Faça prova dele a este respeito. Eu nunca soube de ninguém que haja dado fielmente o dízimo e não haja experimentado a fidelidade do Senhor em relação à sua Palavra. Contudo já vi muitos que continuaram a cair f inanceiramente pelo fato de haverem declarado: "Vou deixar de lado meus dízimos até que o Senhor me diga onde deverei entregá-los". Isso soa algo nobre, mas se o dinheiro ainda está em sua conta, você não o entregou. Às vezes pode ser sábio deixar reservado algum dinheiro numa conta especial, esperando o tempo e o lugar para dá-lo, mas isso deveria acontecer tão-somente com nossas ofertas. Ou seja: tudo que vai além do dízimo, e não o dizimo propriamente dito. A Palavra é clara quanto ao lugar onde entregar o dízimo: na casa do seu tesouro, ou seja, na sua igreja. Alguns julgam que não podem confiar nos líderes da sua igreja com respeito a um destino sábio do dinheiro. Entretanto, se não pudermos confiar nos líderes com relação ao nosso dinheiro, certamente seremos tolos em confiar nossa alma a eles. Nossa responsabilidade é obedecer, deixando o Senhor lidar com os que possam ser irresponsáveis. Entretanto, se a liderança demonstra uma séria irresponsabilidade financeira, teríamos que considerar que ela não tem capacidade tampouco para zelar por nossa alma. Já ouvi alguém dizer: "Não dou o dízimo, porque tudo que tenho é do Senhor". Este é outro engano trágico. Se tudo que tal pessoa tem é do Senhor, então ela deveria obedecer à Palavra de Deus, que manda dar o dízimo. O Senhor não é enganado por esse tipo de raciocínio viciado. Temos de compreender que Deus não precisa do nosso dinheiro. O mundo todo a ele pertence. Dizimar visa ao nosso bem, não ao dele. Nossas desculpas apenas ferem a nós mesmos. As mesmas verdades se aplicam à nossa igreja e ao nosso ministério. As Igrejas Também Deveriam Dizimar Como uma igreja é uma casa do tesouro de Deus, será que isso significa que a nossa igreja também deveria dizimar? Sim, dar é algo fundamental no Cristianismo. De igual forma Deus nos pede que assim procedamos para nosso próprio bem, e não para o bem dele. Deus procura pessoas fiéis, nas quais possa confiar para serem canais de seu suprimento. Não estamos buscando prosperidade para nós mesmos; procuramos ser servos fiéis, tal como aqueles da parábola dos talentos, que investiram bem o que lhes fora confiado, e depois disso seu patrão lhes confiou uma importância bem maior. Quando começamos nossa congregação, a Comunidade Morningstar (Estrela da Manhã) em Charlotte, Carolina do Norte, por um descuido deixamos de dar o dízimo da receita da igreja. Tivemos significativas perdas até o momento em que começamos a dizimar, quando imediatamente nossas finanças deram meia volta. Poderíamos dizer que teria sido uma coincidência. No entanto teríamos de estar mortos espiritualmente, para chegarmos a admitir isso. Quando damos o dízimo bíblico, que é tomar os "primeiros frutos" e dar ao Senhor, estamos afirmando que nele confiamos como nossa Fonte, não em nós mesmos, nem em nosso trabalho. Isso é importante para pessoas, para igrejas, e para ministérios para-eclesiásticos. Uma vez que você haja assumido o compromisso de dar o dízimo, você deve ainda se perguntar se não está sucumbindo a qualquer das três armadilhas do inimigo para mantê-lo escravizado ao sistema deste mundo. Três Armadilhas de Escravidão Financeira Em que grau estas três armadilhas o influenciam ou dominam? 1. Compulsão para Comprar Tudo que vemos nos jornais e na TV nos força a "ir atrás". Ganhe tanto quanto puder! Contudo Eclesiastes 4:8 nos lembra que os olhos nunca... se satisfazem com riqueza (SBTB). E Eclesiastes 5:10 explica ainda que: Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda. A compulsão para comprar é um sintoma do que Salomão está descrevendo nesses versículos. 2. Insatisfação A insatisfação é a doença de nunca julgar que se tem o suficiente: roupas bastantes, roupas certas, móveis suficientes, ou combinando entre si, penduricalhos, jóias, enfeites, mil e uma utilidades, cada vez mais sofisticadas e modernas... É uma fome insaciável de possuir mais e mais. Eclesiastes 5:11 diz: Onde os bens se multiplicam, também se multiplicam os que deles comem; que mais proveito, pois, têm os seus donos do que os verem com seus olhos? Já ouvi quem dissesse: "Queria ser um milionário para dar esse dinheiro ao Senhor". Você não precisa ganhar milhões para dar ao Senhor. Ele não é pobre. Tenha o cuidado de não disfarçar seus desejos com afirmações desse tipo. O Senhor disse: Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. 3. Preguiça Talvez você nunca tenha dinheiro bastante, porque você é preguiçoso. Salomão aconselhou o preguiçoso a considerar os caminhos da formiga: Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio prepara seu pão, na sega ajunta seu mantimento. O preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco para dormir, uni pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessi- dade, como de um homem armado. (Provérbios 6:6-11) O versículo 7 deste trecho é o mais interessante: ... não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante. Algumas versões traduzem esta última palavra por "dominador". Contudo no hebraico a palavra é mesmo comandante. Neste sentido a formiga é uma representação do crente nascido de novo. As formigas instinti- vamente sabem o que fazer. Pois do mesmo modo deveriam saber os cristãos; tais pessoas não precisariam ter uma fonte de motivação externa, uma vez que sua motivação vem de seu interior. Às vezes o crente precisa de um conselho, mas nossa meta tem de ser a de sempre termos a Palavra e os caminhos de Deus estabelecidos firmemente em nosso coração. Observe ainda o que Salomão diz sobre o sono. Todos temos a tendência de tocar no despertador, desligando o alarme para termos apenas alguns minutos a mais de sono. Este versículo nos adverte contra a natureza viciosa desse hábito. Se é hora de nos levantar, levantemos! Deus não vai derramar prosperidade sobre você enquanto você estiver na cama. Se somos servos do Senhor, nosso tempo também é dele. A Lei da Física e a Riqueza Há uma lei da Física que af irma que a energia jamais é destruída; ela simplesmente muda de forma. O mesmo é verdade com respeito à riqueza: ela nunca é destruída, mas com freqüência muda de mãos. Mesmo durante a Grande Depressão, a riqueza na verdade não se perdeu; ela apenas foi transferida para aqueles que se achavam em condições de tirar vantagem da situação. E os que se beneficiaram foram não só os que não tinham dívidas, como tinham dinheirodisponível naquela hora. Houve empresas que foram compradas por quantias muito baixas, chegando a 10% do seu real valor. Terras foram adquiridas por quantias ínfimas, chegando a 25% de dólar para cada mil metros quadrados, compradas daqueles que se haviam endividado. Estamos caminhando em direção a um transtorno econômico muito pior que o da Grande Depressão. Os que não estiverem preparados ficarão arruinados. O Senhor deseja que seu povo esteja prevenido para tais tempos, não apenas para que possam suportar tudo, ou para enriquecerem, mas para benefício do próprio evangelho. Como prometem as Escrituras, a riqueza das nações será dada àqueles que servem ao Senhor. Agora o Senhor está preparando seu povo para o que está para acontecer. Ele vem advertindo sua Igreja por mais de vinte e cinco anos, para que todos se livrem de dívidas. Já nos foi dado um tempo mais que razoável para isso. Entretanto, devido ao fato de que esses catastróficos problemas econômicos têm demorado a acontecer, muitos têm desprezado essas advertências. Ainda há tempo para arrependimento e para pormos as coisas em ordem, mas não dá para protelar mais! Capítulo 3 Acusadores dos irmãos Na primavera de 1995 Bob Jones, um amigo meu que é profeta, disse a alguns dentre nós que o time de beisebol Os Valentes de Atlanta ganharia o campeonato da Série Mundial, naquele ano, como uma mensagem para a Igreja. Essa profecia cumpriu-se, e de fato houve nela uma mensagem. Por muitos anos Os Valentes de Atlanta vinham sendo considerados "o time dos Estados Unidos". Esta nação é chamada de "o lar dos valentes". Valentes são guerreiros corajosos, e verdadeiros guerreiros são os que lutam até obter a vitória. Após anos de insucesso, Os Valentes de Atlanta finalmente conseguiram entrar na Série Mundial de 1992 e também em 1993, mas não foram campeões. Eles não desistiram, e em 1995 venceram o campeonato da Série Mundial, tal como Bob Jones havia profetizado. De maneira semelhante, a Igreja tem lutado por vários anos. Deus tem levantado grandes movimentos e ministérios para abençoar o mundo todo. Embora tenhamos tido muitos anos maravilhosos, já faz algum tempo que a Igreja como um todo não tem alcançado um verdadeiro avanço ou vitória sobre o inimigo. Como eu esperava que o time de Atlanta vencesse em 1995, em razão da palavra de Bob, também fiquei muito ansioso por conhecer a mensagem que havia nessa vitória. Para mim foi muito interessante o fato de que a vitória dos "Valentes" aconteceu no ano da saga de O. J. Simpson, que talvez haja sido o julgamento mais controvertido da história judicial dos Estados Unidos. Foi esse também o ano em que o incêndio de igrejas e a Marcha de Um Milhão de Homens foram manchetes dos principais jornais. Quando parecia que a justiça estava sofrendo o maior assalto da história americana, foi um jogador de nome Davi ou, mais precisamente, David Justice, que fez a jogada vencedora naquele jogo que deu a vitória ao "time a m e rica no”. Creio que foi muito significativo haver sido Davi quem fez aquela jogada final. Ele é um homem negro, e realmente espero que "Davis" jovens e negros surjam e matem os "Golias" espirituais que têm intimidado e retido o avanço dos exércitos de Deus. Penso ainda que esses grandes campeões virão em nome da justiça. Eles não apenas exigirão justiça para si mesmos, mas também a conquistarão Para outras pessoas. Nenhum de nós deseja justiça em relação a nossos pecados; o que desejamos é, isto sim, misericórdia e graça. Isso é pacífico. Entretanto, a justiça de Deus é mais do que isso. O Senhor evidentemente se preocupa muito com a eqüidade e com a jus- tiça na conduta dos homens. As Escrituras deixam bem claro que ...retidão e justiça são a base do seu trono, e que ...fazer justiça e julgar com retidão é mais aceitável ao Senhor do que oferecer-lhe sacrifício. Se a justiça é algo tão importante que é um dos dois pilares sobre os quais Deus estabeleceu seu trono, deve-se dar a ela uma prioridade muito maior. Como o Senhor falou pelo profeta: Mas, se deveras emendardes os vossos caminhos e as vossas obras, se deveras praticardes a justiça, cada um com O seu próximo; se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal, eu vos tirei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre (Jeremias 7:5-7). Tenho viajado muito por todo o mundo, e quanto mais viajo mais dou graças a Deus por viver na América. Por melhor que seja o sistema de justiça que há no mundo de hoje, esse sistema ainda não é tão bom quanto poderia ser. Não há justiça para todos. E há um crescente assalto à justiça por toda a estrutura social, indo da capacitação econômica a diferentes oportunidades educacionais. Contudo o que é mais assustador ainda é a quase completa falta de visão e de um sistema de justiça na Igreja Cristã. Como Paulo escreveu aos Coríntios: Para vergonha vo-lo digo. Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade? Poderemos descobrir que grande parte da vergonha que recentemente tem alcançado o corpo de Cristo é decorrente de não termos um verdadeiro sistema de justiça na igreja, de modo a nos julgar a nós mesmos, para que não sejamos julgados. Quando os israelitas perderam o senso de justiça, logo caíram na apostasia, porque a justiça é uma das bases do trono do Senhor em nosso meio. Deus teve que usar as nações pagãs que estavam em volta de Israel para disciplinar aquele povo até que ele se voltasse para o Senhor. De igual modo, Deus se viu obrigado a fazer uso da imprensa secular e de outros "pagãos" para disciplinar a Igreja. Entretanto, o Senhor não destacou jornalistas nem investigadores para julgarem a sua Igreja. Foi aos anciãos da Igreja que essa autoridade foi concedida. A falta de autoridade criada pela ausência de verdadeiros juízes continuará a ser compensada por aqueles que não são chamados, e que trarão muita confusão, até que os verdadeiros anciãos da Igreja assumam a autoridade que lhes foi concedida por Deus. Decaídos da Graça Na primavera de 1996, Bob Jones recebeu a palavra de que Os Valentes não venceriam novamente a Série Mundial naquele ano, e que isso seria uma mensagem. Quando me deram bilhetes de entrada para o quinto jogo da Série Mundial em Atlanta, eu sabia que o Senhor iria mostrar-me algo importante. E não me decepcionei. Quando Bobby Conner, Mike Dean e eu caminhávamos em direção ao estádio, Mike disse-nos que na primeira vez que Os Valentes foram participar desse campeonato, uma empolgação sem precedentes tomou conta de toda a cidade. Mais de cem mil pessoas foram até o estádio, mesmo sabendo que não teri am como entrar e que seriam obrigados a permanecer do lado de fora, dando de lá seu apoio ao time. Enquanto ele dizia isso, surpreendi-me ao ver o contraste que havia em relação àquela noite. Não havia ninguém do lado de fora para dar suporte à equipe. Os que entravam no estádio davam inclusive a impres são de estar indo desprovidos de todo entusiasmo. Aquele campeonato - a Série Mundial - era o ponto culminante do beisebol. O jogo acontecia entre uma das equipes mais populares, Os Valentes, contra um dos times de maior tradição, os Yankees de Nova York. Mesmo assim eu sentira mais ardor entre os torcedores dos t imes que haviam jogado num campeonato local sem importância do que o que estava acontecendo entre os torcedores que naquela noite se encontravam no estádio de beisebol Fulton County. O que eu sentia era, ao contrário, uma atitude de arrogância, que me dava uma sensação bastante desconfortável. Durante o jogo, quando os torcedores do At lanta começa ram a sol tar seu gr i to t íp ico para impuls ionar o t ime, que anter iormente era um gr i to de guerra que atemorizava o coração dos jogadores do t ime contrário, naquela noite ele saia bastantedesanimado: parec ia mais um gr i to de dor do que um brado de guerra. F iquei impressionado com o peso que havia no ar. Surpreendi -me ainda mais com os gr i tos de desaprovação que eram dados pelos torcedores quando Os Va lentes er ravam um lance , ou quando não consegu iam ter êxito numa jogada que, se concret izada com sucesso, ter ia sido por puro milagre. Os Valentes perderam aquele jogo, que era de extrema importância, porque um de seus jogadores perdera uma bola, o que não poder ia haver acontecido. Tudo parecia ajustar -se à s i tuação re inante. O peso que pairava sobre o t ime era tão grande que eu esperava que eles errassem em quase toda jogada. O que mudara naquela cidade, passando de uma situação em que as pessoas haviam permanecido até mesmo do lado de fora do estádio, dando apoio ao t ime, para uma situ ação em que os torcedores parec iam estar ir r i tados com os jogadores? Teria sido por causa do orgulho? Antes do início do campeonato daquele ano os jornalistas esportivos haviam feito o prog nóstico de que Os Valentes venceriam de novo. Uma tal previsão não seria necessariamente um fator negativo. Entretanto, juntando-se com a vitória que haviam alcançado no ano anterior, ela fez com que os jogadores e os torcedores ficassem ex- cessivamente arrogantes e orgulhosos. Não é o que a gente diz: "Estavam todos de salto alto..."? E quando as pessoas começam a reclamar de qualquer erro cometido, ou quando uma jogada não termina como esperam, isso traz uma grande pressão sobre os jogadores, o que mais cedo ou mais tarde acaba por fazer com que "percam a bola". Na manhã do dia seguinte mal dava para crer nas ultrajan tes palavras dos comentaristas sobre Os Valentes. Diziam que o t ime da casa provavelmente nunca jogara um jogo de beisebol a nível realmente prof issional, e muito menos sent ira a responsabil idade do que signif icava part icipar da Série Mundial. O veneno que foi lançado sobre aquele jogador q ue cometera aquele erro vi ta l foi então chocante. Até mesmo al guns que não eram da crônica esport iva f izeram comentários como se fossem especialistas que sabiam das coisas mais do que os própr ios dir igentes da equipe. Para mim não foi surpresa o fato de Os Valentes não vencerem depois uma única part ida jogada em casa no campeonato da Sér ie Mundial da quele ano. Para eles era bem mais fácil jogar fora de casa, uma vez que ganharam dois jogos em Nova York. Creio que essa mesma atitude é o que faz com que muitas igrejas, ministérios e pessoas caiam depois de apenas uma única vitória. Quando passamos por uma vitória, é bom forçar a situação, e até mesmo manter a fé de que continuaremos vencendo. Entretanto, quando as expectat ivas das pessoas são contaminadas pela arrogância, de modo que tudo o que não venha de encontro àquelas expectativas faça despertar críticas e não intercessão, uma derrota certamente sobrevirá. Salomão percebera isso centenas de anos antes, quando escreveu: A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda! É dif ícil, para quem não haja praticado esportes, imaginar quanto os torcedores inf luenciam um jogo, razão por que há uma clara vantagem no jogo em casa. Se os torcedores estão empurrando o time para a frente, os jogadores são inspirados a jogar além de suas possibilidades normais. En- tretanto, quando eles não apóiam o time, é como se os jogadores estivessem o tempo todo carregando um enorme peso. O mesmo se dá em nossas igrejas. Quando a liderança sente apoio dos membros, ela subirá e alcançará novas alturas. Quando no entanto ela é arrasada por críticas, torna-se difícil para ela até mesmo atuar. Uma das principais razões por que muitos líderes têm falta de unção de Deus é o fato de os membros da sua igreja não terem fome de Deus. Outro fator são as expectativas irrealistas que freqüentemente depositamos sobre eles. Temos a tendência de ser muito exigentes. Quando alguém tenta liderar-nos, de tal modo o atacamos que dá para se pensar como pode haver quem se disponha a ser pastor ou presidente do país. Assim como as críticas e os comentários pelo rádio em Atlanta naquela manhã foram formulados principalmente por aqueles que nunca haviam jogado uma partida de beisebol profissional (e muito menos participado da Série Mundial), as críticas feitas dentro da igreja, em sua maioria, nunca contribuíram para o bem dela, nem edificaram nada que fosse significativo. É impressionante o fato de haver quem dê ouvidos a esses comentários, e é ainda mais impressionante que até mesmo cristãos maduros estejam dando atenção àqueles que se têm posto como juízes sobre a Igreja. Todos temos liberdade para escolher a forma de nos relacionar com nossos líderes: poderemos participar de apenas um dos dois ministérios que existem diante do trono de Deus. Os Dois Ministérios Dois ministérios atuam incessantemente diante do trono de Deus: um é o ministério da intercessão; o outro é o da acusação. Jesus vive para interceder por seu povo. Conforme o grau em que habitarmos nele, Jesus nos usará para interceder pela Igreja, por outros e por nós mesmos. Sua Igreja é para ser uma Casa de Oração para todos os povos! Satanás, entretanto, é chamado de o acusador de nossos irmãos, e somos informados de que seu ministério prossegue de dia e de noite diante do trono de Deus. Como é que Satanás continua a acusar os santos diante de Deus, uma vez que foi lançado para fora do céu, e não mais tem acesso ao trono? A resposta a essa pergunta é: Satanás usa os santos, que realmente têm acesso ao trono, para fazer essa obra diabólica para ele. Ele é conhecido por muitos títulos, mas certamente o modo como atua mais eficazmente tem sido o de "acusador dos irmãos", dada a eficácia com que tem conseguido fazer com que irmãos se voltem contra irmãos. Promover a divisão é uma especialidade dele. A unidade da Igreja é a maior ameaça ao domínio satânico. O diabo sabe muito bem que Jesus deu autoridade a quaisquer dois crentes que estejam em concordância: o Pai lhes dará o que pedirem. A unidade não apenas aumenta nossa autoridade espiritual, como a multiplica. Um cristão pode pôr a correr mil demônios, mas dois em concordância põem a correr dez mil. Ironicamente, o acesso do acusador à maioria de nós acontece muitas vezes por nossa insegurança, o que nos põe em guarda sobre nosso território. Se estamos inseguros, somos ameaçados por qualquer coisa que escape ao nosso controle. Podemos citar doutrinas ou exibir uma nobre mas fingida de- terminação. São no entanto poucas as divisões na Igreja provocadas por algo diferente do desejo de manter nosso terri tório, ou seja, nosso âmbito de ação, o que finalmente resulta na perda exatamente do que queremos preservar a todo custo. Uma lei incontestável do espírito é esta: se procurarmos salvar a nossa vida, nós a perderemos; se perdermos a nossa vida por causa de Cristo, nós a acharemos. Isaías abordou esta questão de um modo bem sucinto: Então, romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda; então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso (Isaías 58:8,9 - ênfase acrescentada) Você está precisando ter mais luz na sua vida? Você invoca o Senhor, mas ele não lhe responde? A resposta é quase sempre a mesma: você tem um jugo no meio de você que é referido como ...o dedo que ameaça, o falar injurioso. Trata-se de um espírito de crítica. Deus promete que a sua vida sofrerá uma mudança radical se você remover esse jugo. A pessoa que tudo critica é aquela que comenta depreciativa e negativamente os outros, mas nunca se refere de maneira inferior a si mesma. Como afirmou o Senhor, tal pessoa passa o tempo todo tão ocupada à procura de um argueiro no olho alheio, que não consegue enxergar a trave no próprio olho,
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