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E-Book Meios de cultura

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MEIOS DE
CULTURA
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N
E
T
T
I
Biólogo, Especialista em
 G
estão de Q
ualidade, Controle de Q
ualidade e M
icrobiologia de Alim
entos CrBio 054637/01 D
Biólogo, Especialista em
 G
estão de Q
ualidade, Controle de Q
ualidade e M
icrobiologia de Alim
entos CrBio 054637/01 D
Introdução
Meios de cultura são uma parte essencial das análises microbiológicas
e que é vital para o sucesso delas, eles têm o objetivo de fornecer
todas as condições necessárias para crescimento dos microrganismos
fora do seu habitat natural. 
A história moderna dos meios de cultura teve início em 1860, quando
Pasteur foi o primeiro a cientista usar um meio de cultura para o
cultivo de bactérias em laboratório. 
Este meio de cultura era muito simples, consistia apenas em cinzas de
levedura, açúcar e sais de amónio. E ainda havia um grande
problema, nos dias mais quentes esses meios de cultura simplesmente
se liqüefaziam.
Em 1881, Walther Hesse, um médico alemão e assim como Pasteur,
também cultivava bactérias em seu laboratório mas enfrentava um
grande problema. Sempre que passavam por dias quentes os meios de
cultura no seu laboratório simplesmente se desmanchavam. E isso
causava um grande transtorno porque suas culturas se perdiam com
isso.
Foi que entrou em cena a genialidade feminina… Walther Hesse era
casado com Fanny Hesse, uma esposa maravilhosa e quituteira de
mão cheia! W. Hesse já havia percebido que os doces da sua esposa
não se desmanchavam nos dias quentes e um belo dia perguntou a ela
qual era o segredo para que os seus quitutes se mantivesses íntegros
mesmo nos dias de intenso calor.
Foi então que ela disse que usava agar-agar nas suas preparações e
sugeriu que seu marido fizesse o mesmo. Walther Hesse, então, usou
o ágar de sua esposa (considerado um alimento exótico) como agente
solidificante na formulação dos seus meios de cultura e os seus
problemas se acabaram!! Essa sugestão genial mudou completamente
a história da microbiologia e dos meios de cultura.
Se hoje temos os meios de cultura da forma com que os encontramos,
isso é graças a genialidade de Fanny Hesse.
É muito importante que o microbiologista tenha amplo conhecimento
em meios de cultura, suas características bioquímicas, seletivas e
diferenciais. Isso permite que todos aqueles que trabalham no
laboratório de microbiologia consigam compreender por completo o
processo das análises microbiológicas. 
Todo esse conhecimento fará que seja possível propor soluções
visando a máxima segurança analítica e eficiência diagnóstica, além
de promover uma análise muito mais sensível e produzir um laudo
confiável e robusto.
Existe uma grande variedade de meios de cultura utlizados na rotina
do laboratório de microbiologia, cada um apresentando características
próprias que permitem o desenvolvimento in vitro de microrganismos
e em alguns casos também auxiliam na identificação inicial. 
E esse e-book vem justamente para servir de guia sobre os principais
meios de cultura empregados na rotina de microbiologia, espero de
coração que este material traga relevância para sua carreira e seja
um diferencial na sua vida profissional!!
Biólogo, Especialista em
 G
estão de Q
ualidade, Controle de Q
ualidade e M
icrobiologia de Alim
entos CrBio 054637/01 D
São meios de cultura sem fontes de carbono ou nutrientes com a
função de manter viável os microrganismos durante o tempo pós
coleta até o processamento das amostras.
Ex.: Stuart, Amies, Cary-Blair, Ácido Bórico (urina)
e Salina Tamponada (para amostras de fezes)...
São empregados para promover o crescimento de microrganismos
em geral (toda carga microbiana da amostra).
Possuem nutrientes favoráveis ao crescimento de
 microrganismos presentes em amostras com
 baixa carga microbiana e/ou microrganismos
 de crescimento lento.
Ex.: Ágar Sangue, Ágar Chocolate, Ágar Triptona de Soja (TSA)...
São produtos preparados em laboratório que fornecem suporte e
condições para o crescimento de microrganismos fora do seu
habitat natural.
Podem ser líquidos (caldos), sólidos e semissólidos (ex. meio SIM,
usado para identificação de enterobacterales com base na
motilidade e produção de H2S – sulfito de hidrogênio).
Com base nos objetivos funcionais: enriquecidos
 seletivos, diferenciais e transporte.
Meios de Transporte:
Meios Enriquecidos:
Biólogo, Especialista em
 G
estão de Q
ualidade, Controle de Q
ualidade e M
icrobiologia de Alim
entos CrBio 054637/01 D
Classificação dos Meios e Controle de Qualidade
Informações Gerais 
Meios Diferenciais:
Promovem a diferenciação de microrganismos com base na
capacidade de metabolizar componentes específicos
do meio de cultura e na morfologia das colônias em placa.
 
Ex.: Ágar CLED, Ágar Sangue, Ágar MacConkey,
Ágar SS...
Imagem: https://www.bd.com/pt-br/about-bd
Imagem: https://www.bd.com/pt-br/about-bd
https://www.bd.com/pt-br/about-bd
https://www.bd.com/pt-br/about-bd
Biólogo, Especialista em
 G
estão de Q
ualidade, Controle de Q
ualidade e M
icrobiologia de Alim
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Meios Seletivos:
São empregados para isolamento de determinados grupos de
microrganismos, inibindo o crescimento de outros (isolamento
direcionado).
Ex.: Ágar MacConkey, Ágar SS, Ágar Entérico
de Hektoen, Caldo Rappaport Vassiliadis...
Controle de Qualidade:
Avaliar periodicamente os meios de cultura produzidos no
laboratório.
Qualidade do crescimento, seletividade,
 características bioquímicas diferenciais
 e características físicas.
Sempre testar 10% dos lotes preparados
 em estufa a 35°C +/- 1°C (controle de
 esterilidade).
Controle do crescimento através de 
 cepas ATCC® (teste de performance).
Semanalmente realizar controle microbiológico de qualidade nas
autoclaves.
Biólogo, Especialista em
 G
estão de Q
ualidade, Controle de Q
ualidade e M
icrobiologia de Alim
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Meios de Cultura para Transporte e Conservação
de Amostras 
Meios de transporte são inertes (não há fontes de carbono e nem
de energia), isto é, preservam a viabilidade dos microrganismos
nas amostras, preservam-nos contra a dessecação e evitam a
proliferação bacteriana (mantém a proporção e a quantidade dos
diversos MOs presentes).
Os meios de transporte podem ser líquidos ou ágar semissólido.
Alguns meios contém carvão: sua função é a de remover agentes
tóxicos presentes nas amostras, como ácidos graxos por exemplo
(toxicidade aos fastidiosos).
Como são meios que não possuem nenhuma fonte de energia e
nem de carbono, não há possibilidade de multiplicação bacteriana
durante o tempo de acondicionamento da amostra no meio
independente da temperatura.
Meios de Transporte:
Meios de Transporte Empregados na Rotina Microbiológica:
Swabs com Meio de Stuart ou Amies: empregados para
conservação e transporte de diversos materiais clínicos (inclusive
fezes e escarro).
O meio para colocar o swab pode ser líquido ou em forma de gel
(semissólido) e a composição pode ser de Stuart, Amies (com e
sem carvão) e Cary-Blair.
Swabs com Stuart ou Amies com carvão: coleta de materiais para
isolamento de bactérias aeróbias e anaeróbias facultativas,
preferencialmente gonococos, hemófilos e pneumococos. 
Biólogo, Especialista em
 G
estão de Q
ualidade, Controle de Q
ualidade e M
icrobiologia de Alim
entos CrBio 054637/01 D
Meios de Transporte Empregados na Rotina Microbiológica:
Meio de Cary-Blair: meio empregado como conservante de
fezes para isolamento de enteropatógenos (utilizado em frasco
universal ou em swabs), ao contrário do Stuart, sua
formulação contém salina balanceada de tampão fosfato
inorgânico e é ausente de azul de metileno.
Tubo com ácido bórico: tubos semelhantes a tubos de
 coleta de sangue e possuem como conservante ácido
 bórico liofilizado (armazenamento e transporte de
 amostras de urina sem refrigeração).
***Outra opção para transporte de fezes é a utilização de Salina
Tamponada (meio líquido tamponado que mantém a bactéria viável). 
Conhecendo melhoro Meio de Stuart e Meio de Amies:
Amies é uma modificação do meio de Stuart, no qual o
glicerofosfato de sódio foi substituído por um fosfato inorgânico.
O glicerofosfato presente no Stuart permitia que bactérias pouco
exigentes se multiplicassem (tais como microrganismos
contaminantes) alterando a proporção dos MOs presentes nas
amostras e dificultando a recuperação dos MOs mais fastidiosos.
E a adição do fosfato inorgânico ao meio elimina eventual
crescimento de contaminantes.
Meio para cultivo e contagem de fungos e leveduras (produtos
lácteos e alimentos).
Biólogo, Especialista em
 G
estão de Q
ualidade, Controle de Q
ualidade e M
icrobiologia de Alim
entos CrBio 054637/01 D
Ágar Batata Dextrose (PDA)
Meio seletivo para isolamento e diferenciação de gram-negativos
entéricos (Salmonella e Shigella, por exemplo).
Possui formulação que permite um melhor
 isolamento de Shigella.
Seletividade: desoxicolato de sódio
 (inibe gram�-positivos).
Diferenciador: citrato de amônia férrico para
 detecção de H2S.
Xilose e lisina: carboidratos fermentados pelas Salmonellas e
Shigellas.
Ágar XLD
Meios de Cultura para Crescimento e Isolamento 
Meio rico em açúcares simples (amido de
 batata e glicose), facilitando o crescimento
 de fungos.
Também empregado na identificação de fungos filamen
técnica de microcultivo em lâmina.
Pode ser suplementado com ácido tartárico.
Isolamento e quantificação de fungos e leveduras em amostras de
alimentos com atividade de água > 0,95.
Peptonas (nitrogênio, vitaminas e nutrientes), glicose (fonte de
Dicloran: adicionado com a finalidade de
Rosa bengala: suprime o desenvolvimento bacteriano e restringe
o tamanho e a altura das colônias dos bolores que poderiam ter
crescimento rápido e que poderiam se espalhar pela superfície do
meio.
Rosa bengala: é absorvido pelo bolores e leveduras, facilitando a
sua visualização e contagem. 
Cloranfenicol: adicionado como agente seletivo para inibir o
crescimento de bactérias presentes nas amostras.
 carboidratos), fosfato (agente tamponante), sulfato de magnésio
 (fonte de cátions bivalentes e sulfato).
 reduzir os diâmetros das colônias que se desenvolvem.
Biólogo, Especialista em
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ualidade, Controle de Q
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icrobiologia de Alim
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Ágar Dicloran Rosa Bengala Cloranfenicol (DRBC)
Meio nutritivo empregado para contagem e enumeração de
microrganismos ou manutenção de culturas (similar ao TSA).
Empregado na contagem total de aeróbios 
Metodologia que não diferencia tipos de bactérias, mas sim
fornece informações gerais sobre a qualidade microbiológica de
produtos, práticas de manufatura, matérias-primas, condições de
processamento, manipulação e vida de prateleira.
 mesófilos em placas ou Contagem Padrão 
 em Placas (método mais utilizado como
 indicador geral de populações bacterianas
 em alimentos, água, entre outros).
Biólogo, Especialista em
 G
estão de Q
ualidade, Controle de Q
ualidade e M
icrobiologia de Alim
entos CrBio 054637/01 D
Meio para cultivo empregado para fins gerais (cultivo tanto de
aeróbios como de anaeróbios) de cultivo e enumeração de
microrganismos diversos.
Plate Count Agar (PCA)
Empregado para avaliar contaminações 
 microbiológicas do ar e fluídos (monitor
 ar em salas limpas, por exemplo).
Utilizado para manutenção de culturas de 
 estoque, contagem de placas e isolamento 
 de microrganismos a partir de uma infinidade
 de amostras.
Também empregado para testar contaminantes 
 bacterianos em cosméticos.
Formulação contém a combinação de caseína
 de soja e peptonas de soja deixando o meio
 altamente nutritivo (nitrogênio orgânico, 
 particularmente aminoácidos e peptídeos).
Equilíbrio osmótico do meio pela adição de cloreto de sódio. 
Meios de Cultura para Crescimento e Isolamento 
Ágar Triptona de Soja (TSA)
Imagem da BioCen do Brasil
Imagem: BD
Meio recomendado para contagem de aeróbios mesófilos por
spread plate (plaqueamento em superfície) e pour plate
(plaqueamento em profundidade).
Adição de peptonas fornece aminoácidos
Extrato de levedura fornece complexo B e a 
O acréscimo de TTC (cloreto de tetrafenil-tetrazólico) possibilita
que as colônias que se desenvolvem no meio corem em uma
tonalidade vermelha, facilitando assim sua visualização.
 necessários para o crescimento bacteriano.
 dextrose provém uma fonte de energia. 
Ágar Cetrimide (PSA)
Meio seletivo para isolamento e identificação presuntiva de
Pseudomonas aeruginosa.
King et al primeiro desenvolveu o meio A (Tech Agar): aumento
da produção de piocianina pelas Pseudomonas.
O ágar cetrimide surgiu como uma variação do Tech Agar, com a
adição do cetrimide (brometo de cetiltrimetilamónio) para inibir
seletivamente outros microrganismos.
Largamente utilizado para pesquisa de
Sua formulação possui digesto pancreático de gelatina que
fornece a base nutricional do meio (nutrientes necessários para
suportar o crescimento da Pseudomonas).
Produção de piocianina: estimulada pelo cloreto de magnésio e
sulfato de potássio.
Cetrimide: detergente catiônico de amônio quaternário
 Pseudomonas em cosméticos, avaliar a eficácia 
 de desinfetantes e utilizado na análise 
 microbiológica de produtos farmacêuticos
 não-estéreis.
 que é inibidor de uma grande variedade de espécies
 bacterianas, incluindo espécies de Pseudomonas não
 aeruginosa.
Biólogo, Especialista em
 G
estão de Q
ualidade, Controle de Q
ualidade e M
icrobiologia de Alim
entos CrBio 054637/01 D
Plate Count Agar (PCA)
Imagem: BD
Meio para cultivo e contagem de bactérias heterotróficas em água
(membrana filtrante ou spread plate).
É um meio com baixa quantidade de nutrientes, que em
combinação com uma menor temperatura de incubação estimula a
recuperação e crescimento dos microrganismos estressados e
tolerantes ao cloro.
Extrato de levedura: fonte de 
Peptona e ácidos casamino:
Dextrose: fonte de carbono e de 
Amido: auxilia na recuperação de microrganismos lesados
absorvendo subprodutos metabólicos tóxicos.
Piruvato de sódio: aumenta a recuperação de células estressadas.
Fosfato de magnésio: equilíbrio de pH e fornecer fosfato ao meio.
Sulfato de magnésio: é fonte de cátions divalentes e sulfato.
 oligoelementos (micronutrientes)
 e vitaminas.
 fornecem nitrogênio, vitaminas,
 aminoácidos, carbono e minerais. 
 energia.
Biólogo, Especialista em
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icrobiologia de Alim
entos CrBio 054637/01 D
Ágar R2A
Nutrientes: triptose, digestão enzimática da caseína e extrato de
leveduras.
Lactose: fonte de carboidratos.
Lauril sulfato de sódio e
Indicador de pH: fucsina básica.
Colônias lactose-positiva: cor vermelha
O brilho metálico se dá pela produção de aldeídos através da
fermentação da lactose.
Não fermentadores formam colônias transparentes e incolores.
 desoxicolato de sódio: agentes
 seletivos (bactérias gram-positivas).
 pela reação do aldeído com o sulfito de sódio e a fucsina básica.
Ágar Nutriente
Meio rico e nutritivo empregado para análise de água e alimentos
(laticínios).
Exames bacteriológicos, isolamento de culturas 
Utilizado também para observação de
 puras, conservação e transporte de amostras 
 e manutenção de culturas. 
 esporulação de espécies de BGP
 (Bacilos Gram-positivos).
Biólogo, Especialista em
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icrobiologia de Alim
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Ágar m-ENDO
Contagem de coliformes em água através da filtração em membrana
Imagem: Natália Menezes
Imagem: Kasvi
Biólogo, Especialista em
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icrobiologia de Alim
entos CrBio 054637/01 D
Cultivo e isolamento de microrganismos em amostras de urina. 
A lactose presente na formulação possibilita
Deficiência de eletrólitos inibeformação
Cultura quantitativa de gram-positivos,
Diferenciação entre fermentadores e não fermentadores da
lactose (alteração na cor do meio de cultura de verde-azulado
para amarelo).
 diferenciação de fermentadores e não
 fermentadores da lactose.
 de véu em cepas de Proteus spp. 
 gram negativos e leveduras.
Ágar Chocolate
Ágar CLED – Cystine Lactose Electrolyte Deficient
Meio rico para isolamento de microrganismos exigentes
(fastidiosos): Haemophilus spp., Neisseria spp., Branhamella
catarrhalis e Moraxella spp.
Base do meio: sangue de cavalo, carneiro
Processo de “achocolatar”: lise das
Incubação em jarra de anaerobiose.
 ou coelho e levados para “achocolatar” em
 banho maria 80 a 85°C por 15 minutos.
 hemácias, liberando hematina e hemina
 (compostos essenciais para crescimento
 de fastidiosos).
Importante
Sempre aquecer o meio em estufa antes da semeadura: inocular
em meio gelado interfere no crescimento de fastidiosos e dos
demais microrganismos (orientação para TODOS os meios
cultura!!).
Se empregar sangue de carneiro ou coelho no lugar
 do sangue de cavalo: resfriar a base “achocolatada”
 para 50°C e adicionar ao meio suplementos a base
 de NAD (coenzima I) e cisteína).
Imagem: BD
Imagem: BD
Ágar Thayer-Martin Chocolate: meio rico
Contém antimicrobianos que inibem o
 para isolamento seletivo de Nesseria
 gonorrhoeae e Neisseria meningitidis.
 crescimento de Neisserias saprófitas e de outras
 bactérias (quando amostras coletadas em sítios contaminados).
Meio para isolamento seletivo de Salmonella e Shigella: amostra
de fezes.
Possui componentes que inibem o crescimento
Possui lactose na sua formulação: permite
Tiossulfato de sódio e citrato férrico: detecção de H2S
evidenciado pela formação de colônias negras no centro. 
 de gram-positivos: sais de bile, verde
 brilhante e citrato de sódio.
 diferenciar fermentadores de não fermentadores
 da lactose.
Caldo Selenito com Novobiocina
Enriquecimento e isolamento de Salmonella spp. e Shigella spp.
em amostras de fezes, urina e alimentos.
Inibe crescimento de coliformes e outras espécies 
 da flora intestinal como estreptococos,
 por exemplo. 
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Ágar Chocolate – Variação do Meio
Ágar Salmonella-Shigella (SS)
Imagem: BD
Imagem: BD
Imagem: Kasvi
Biólogo, Especialista em
 G
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icrobiologia de Alim
entos CrBio 054637/01 D
Caldo Tetrationato
Meio de enriquecimento para Salmonella spp (protocolos com
posterior subcultura em SS ou MacConkey).
Os sais de bile inibem microrganismos
 gram-positivos e a adição da solução de iodo e de
 verde brilhante inibem a flora normal de espécies
 fecais.
Caldo Tioglicolato
Indicado para detecção de microrganismos (inclusive
Sua formulação assegura o crescimento de
 anaeróbios) em materiais estéreis.
 fastidiosos que exigem baixo potencial de
 oxi-redução para crescimento (baixa concentração
 de O2). 
É um meio útil para determinação da presença de contaminação
em materiais biológicos e outros materiais, como produtos
farmacêuticos (testes de esterilidade) e em alimentos. 
Empregado em protocolos de detecção e contagem de Clostridium
perfringens.
Capacidade de neutralizar atividade antibacteriana dos compostos
de mercúrio.
Cor original do meio: amarelo claro.
Presença de crescimento: turvação do meio.
Ausência de crescimento: meio límpido, sem alterações.
Crescimento de anaeróbios: crescimento na extremidade inferior
do meio.
Crescimento de aeróbios: crescimento na superfície do meio.
Ausência de crescimento: meio límpido, sem alterações. 
Imagem: Kasvi
Imagem: Synth
Ágar MacConkey
Meio seletivo para bacilos gram-negativos (enterobactérias e não
fermentadores) e para verificar a fermentação ou não da lactose.
Cristal violeta inibe crescimento de gram-positivos, especialmente
enterococos e estafilococos.
Concentração de sais de bile baixa em comparação com outros
meios, por essa razão não é tão seletivo para Gram-negativos
como o Ágar SS, por exemplo.
Empregado em amostras clínicas
Colônias cor de rosa:
Colônias incolores:
 e alimentos.
 fermentadoras de lactose.
 não fermentadores de lactose. 
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Caldo Tioglicolato – Interpretação do Crescimento
Imagem: BD
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Meio rico, nutritivo que favorece o crescimento de
microrganismos não fastidiosos | Sangue de Carneiro ou Coelho.
A conservação dos eritrócitos íntegros
Empregado na Prova do Satelitismo (identificação presuntiva de 
Haemophilus spp.) e Teste de CAMP (Diagnóstico de
Alfa hemólise: formação de halo esverdeado ao redor das colônias
(lise parcial dos eritrócitos).
Gama hemólise: ausência de halo ao redor das colônias
(eritrócitos permanecem íntegros) 
 
 favorece a formação de halos de hemólise,
 úteis para diferenciação de espécies
 hemolíticas (Staphylococcus spp. e
 Streptococcus spp.).
 Streptococcus agalactiae).
Meio derivado de nutrientes de cérebro e coração, peptona e
dextrose.
Peptona e infusão: fontes de nitrogênio, carbono,
Dextrose: carboidrato utilizado para fermentação
 enxofre e vitaminas.
 pelo microrganismos. 
Caldo BHI (Brain Heart Infusion)
Ágar Sangue
Meio para cultivo de microrganismos em geral (estreptococos,
pneumococos, meningococos, enterobactérias, não fermentadores,
leveduras e fungos).
Preparo do inóculo para antibiogramas e subcultivos.
Realização do teste da coagulase em tubo.
Teste de crescimento bacteriano a 42 e 44ºC.
Pode ser empregado para:
Beta hemólise: presença de halo transparente
 ao redor das colônias (lise total dos eritrócitos).
Imagem: Jefferson Brendon
Imagem: Daniela Simião
Positivo: formação de colônias amarelas.
Negativo: ausência de crescimento.
Incubação: 60 dias a 35°C .
Meio para isolamento seletivo*** e primário das Micobactérias.
Ovos integrais e glicerol fornecem nutrientes necessários para o
crescimento das micobactérias (ácidos gordos e proteínas).
O ovo fornece também a consistência firme do meio para inoculação
dos materiais clínicos (coagulação da albumina durante processo de
fabricação do meio).
Contém na sua formulação verde de malaquita***: inibição parcial de
outras bactérias. 
Biólogo, Especialista em
 G
estão de Q
ualidade, Controle de Q
ualidade e M
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Caldo BHI (Brain Heart Infusion) - Interpretação
Meio Lowenstein-Jensen
Positivo: turvação do meio (crescimento bacteriano).
Negativo: ausência de turvação.
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Ágar Mycosel
Meio empregado para isolamento de fungos dermatófitos (ex.:
Trichophyton spp.).
Seletividade do meio é através da cicloheximida (crescimento seletivo
para dermatófitos).
Inibição de bactérias e alguns fungos filamentosos pela presença do
cloranfenicol. 
Após crescimento, seguir com identificação do microrganismo que
cresceu.
Ausência de crescimento não significa cultura negativa (alguns
fungos podem ter seu crescimento inibido neste meio).
Recomenda-se a utilização deste meio em tubos, pois a incubação
prolongada pode resseca-lo se empregado em placas de petri. 
Imagem: NewProv
Biólogo, Especialista em
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Ágar Sabouraud Dextrose
Meio nutritivo para crescimento de fungos leveduriformes e
filamentosos (amostras clínicas, alimentos e cosméticos).
Isolamento de fungos filamentosos e espéciesde Candidas,
particularmente associados à infecções superficiais. 
Permite a caracterização macroscópica do fungo filamentoso (colônias
gigantes).
Recomenda-se a utilização deste meio em tubos, pois a incubação
prolongada pode resseca-lo se empregado em placas de petri. 
Imagem: BioCen do Brasil
Biólogo, Especialista em
 G
estão de Q
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Referências Bibliografias 
1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Microbiologia Clinica
para o Controle de Infecção Relacionada a Assistência a Saúde.
Módulo 5: Descrição dos Meios de Cultura Empregados nos Exames
Microbiológicos. Brasília: Anvisa, 2013.
2. OPLUSTIL, C. P. et al. Procedimentos Básicos em Microbiologia
Clínica 4ª Ed. São Paulo: Sarvier, 2019.
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32345639; PMCID: PMC7188990.
Biólogo, Especialista em
 G
estão de Q
ualidade, Controle de Q
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icrobiologia de Alim
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Não deixem que os seus medos tomem o lugar dos
seus sonhos.
 
W a l t D i s n e y
Biólogo, Especialista em Gestão de Qualidade, Especialista
em Controle de Qualidade e Microbiologia de Alimentos,
Microbiologista há quase 20 anos, idealizador do Canal
Microbiologia Prática, Diretor Técnico e Consultor em
Microbiologia pela Diagnóstica Consultoria e Gestão.
"A minha carreira foi toda construída em laboratórios de
pesquisa, laboratórios clínicos e hospitais de grande porte.
Hoje atuo profissionalmente com consultorias, palestras,
treinamentos técnicos, eventos corporativos, mentorias e
produção de conteúdos digitais."
Durante a minha trajetória profissional realizei diversas
formações complementares em Qualidade, como:
Interpretação e Implementação ABNT NBR ISO/IEC
17025:2017
Controle de Qualidade no Laboratório de Análises Clínicas
Gestão de Qualidade e Metodologia 6 Sigma
Biossegurança e Gestão Laboratorial
Ferramentas da Qualidade
Auditor da Qualidade ISO 9001
Mais de 6.400 alunos e profissionais já foram impactados
através dos meus cursos.
Espero de coração que este e-book traga relevância e
qualidade à sua carreira e seja um diferencial na sua vida
profissional!
Com carinho, Bruno Brunetti
Biólogo, Especialista em
 G
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