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Trabalho de ADMII .... com diogo e antônio


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Conceito do ato adm – di pietro e cabm é mais restrito
De acordo com Antonio Carlos Cintra do Amaral : “ato administrativo é a norma jurídica concreta criada pelo Estado no exercício da função administrativa, que produz efeitos, diretamente na esfera jurídica dos particulares, fora, portanto, do âmbito do aparelho estatal” (AMARAL, Antonio Carlos Cintra do. Extinção do ato administrativo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1978, p. 8.)
Para Marcello Caetano ato administrativo representa uma “conduta voluntária de um órgão da Administração que, no exercício de um poder público e para a prossecução de interesses postos por lei a seu cargo, produza efeitos jurídicos num caso concreto” (CAETANO, Marcello. Manual de direito administrativo. Coimbra: Almedina, 2005-2008, p. 99.)
Hely Lopes Meirelles versa que, “o ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos seus administrados ou a si próprias.” (Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32º edição, editora. Malheiros Editores, Pag., 149. 2006).
Para José dos Santos Carvalho Filho, “o ato administrativo é a exteriorização da vontade dos agentes da Administração Pública ou de seus delegatórios que, sob-regime de direito público, visa à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público”. (Filho, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito administrativo, 20º edição. Ed. Lúmen Juris. Pag.,96. 2008)
Maria Sylvia Zanella Di Pietro diz que atos administrativos são: “a declaração do estado ou de quem o represente que criar, que produz efeitos imediatos, com observância da lei, sob o regime de direito público e sujeita a controle pelo poder judiciário”. (Alexandrino, Marcelo e Paulo, Vicente, Direito Administrativo Descomplicado, 19ª ed., Rio de Janeiro: Método, 2011, ob. Cit., p. 416).
Celso Antonio Bandeira de Mello traz que ato administrativo, de forma mais restrita, é uma “declaração unilateral do Estado no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante comandos concretos complementares da lei (ou, excepcionalmente, da própria Constituição, aí de modo plenamente vinculado) expedidos a título de lhe dar cumprimento e sujeitos a controle de legitimidade por órgão jurisdicional” (MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. São Paulo: Malheiros, 2009, p. 382.)
Marçal Justen Filho não concorda com Maria Di Pietro, Diogo Moreira Neto e Marcello Caetano, entendendo que: “O ato administrativo é uma manifestação da vontade, mas não em sentido idêntico ao que se passa no direito privado. A formação da vontade administrativa se subordina a uma procedimentalização e a regras formais não existentes no âmbito privado. Trata-se de submeter o exercício do poder estatal a restrições destinadas a impedir atos abusivos – vale dizer, atos que reflitam uma vontade arbitrária, prepotente e reprovável. A expressão “vontade administrativa” indica, então, a vontade que é objetivamente vinculada à satisfação das necessidades coletivas, formada segundo imposições de uma democracia republicana” (JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005, p.182-183.)
Ato administrativo é, assim, a manifestação unilateral de vontade da administração pública que tem por objeto constituir, declarar, confirmar, alterar ou desconstituir uma relação jurídica, entre ela e os administrados ou entre seus próprios entes, órgãos e agentes. (MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de direito administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2014, p. 236.)
“A manifestação de vontade do Estado, por seus representantes, no exercício regular de suas funções, ou por qualquer pessoa que detenha, nas mãos, fração de poder reconhecido pelo Estado, que tem por finalidade imediata criar, reconhecer, modificar, resguardar ou extinguir situações jurídicas subjetivas em matéria administrativa”. (CRETELLA JÚNIOR, José. Do ato administrativo. São Paulo: Bushatsky, 1977) 
No entanto, Lúcia Valle Figueiredo, conceitua ato administrativo da seguinte maneira:
Ato administrativo é a norma concreta, emanada pelo Estado, ou por quem esteja no exercício da função administrativa, que tem por finalidade criar, modificar, extinguir ou declarar relações jurídicas entre este (o Estado) e o administrado, suscetível de ser contrastada pelo Poder Judiciário. (FIGUEIREDO, Lúcia Valle. Curso de direito administrativo. 4. ed. rev. ampl. atual. São Paulo: Editora Malheiros, 2000, p. 151-152)
   Odete Medauar menciona em sua obra o seguinte conceito de ato administrativo:
O ato administrativo constitui, assim, um dos modos de expressão das decisões tomadas por órgãos e autoridades da Administração Pública, que produz efeitos jurídicos, em especial no sentido de reconhecer, modificar, extinguir direitos ou impor restrições e obrigações, com observância da legalidade. (MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. 4. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, p. 159.)
ELEMENTOS OU REQUISITOS:
Nesse sentido, pertinente o comentário de Régis Fernandes de Oliveira: Inicialmente, aponte-se que se tem feito verdadeira tormenta em torno dos elementos do ato administrativo, no tocante à terminologia empregada. Cada autor utiliza-se de determinado termo para significar uma coisa, sem atentar a que outro doutrinador dele se utilizou emprestando-lhe outra significação. Surgem, assim, verdadeiras discrepâncias de rótulo. Discute-se em torno de simples nome, sem que cada um atente ao que de real entende por aquilo e como os demais autores o trataram” (OLIVEIRA. Régis Fernandes de. Ato Administrativo. 5a. ed. , São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 73) 
Hely Lopes Meirelles menciona como sendo cinco os requisitos necessários à formação do ato: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. (MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Décio Balestero; BURLE FILHO, José Emmanuel. Direito administrativo brasileiro. 38. ed. atual. São Paulo: Editora Malheiros, 2012, p. 159)
Celso Antônio Bandeira de Melo faz uma divisão entre pressupostos e elementos do ato administrativo como a seguinte passagem: “[...] dois são realmente elementos, ou seja, realidades intrínsecas do ato. Em uma palavra, componentes dele, a saber, o conteúdo e a forma. [...] São pressupostos de existência o objeto e a pertinência do ato ao exercício da função administrativa. Os pressupostos de validade são: 1) pressuposto subjetivo (sujeito), 2) pressupostos objetivos (motivo e requisitos procedimentais); 3) pressuposto teleológico (finalidade); 4) pressuposto lógico (causa); e 5) pressuposto formalístico (formalização)” (MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. São Paulo: Malheiros, 2009, p. 386-387). 
                            Odete Medauar procura chamá-los de elementos e os classificam da seguinte maneira: agente competente, objeto, forma, motivo, fim. (MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. 4. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, p. 160.)
Romeu Felipe Bacellar Filho tem o mesmo entendimento de Odete Medauar e ainda acrescenta que: “(i) o agente capaz do ato jurídico transforma-se no agente competente do ato administrativo, (ii) o objeto do ato jurídico, objetivo do ato administrativo, que há de ser lícito e possível, já a forma, em princípio livre no ato jurídico (art.129 do CC de 1916 e art. 107 do Código Civil vigente),é absolutamente exigível no ato administrativo, pois prescrita em lei” (BACELLAR FILHO, Romeu Felipe. Direito administrativo e o novo código civil. Belo Horizonte: Fórum, 2007, p. 134.) 
Antonio A. Queiroz Telles, utiliza a nomenclatura elementos e os define como sendo: competência, objeto, forma, fim, causa ou motivo e mérito.( TELLES, Antonio A. Queiroz. Introdução ao direito administrativo. 2. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Editora Revistas dos Tribunais,2000, p. 70.) 
 Cretella Júnior os coloca como “o conjunto dos cinco elementos básicos constitutivos da manifestação da vontade da Administração, ou seja, o agente, o objeto, a forma, o motivo e o fim” (CRETELLA JÚNIOR, José. Do ato administrativo. São Paulo: Bushatky, 1977)
Falar do artigo 2º da Lei de ação popular – Lei 4.717/65
Nas palavras do professor Carvalho Filho: “Independente da terminologia, contudo, o que se quer consignar é que tais elementos constituem os pressupostos necessários para a validade dos atos administrativos. Significa dizer que, praticado o ato sem a observância de qualquer desses pressupostos (e basta a inobservância de somente um deles), estará ele contaminado de vício de legalidade, fato que o deixará, como regra sujeito anulação. Não há também unanimidade entre os estudiosos quanto aos elementos do ato administrativo, identificados que são por diversos critérios. Preferimos, entretanto, por questão didática, repetir os elementos mencionados pelo direito positivo na lei que regula a ação popular (Lei 4.717/65, art. 2º), cuja ausência provoca a invalidação do ato”.(CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 25. Ed. Ver., ampl. E atual. São Paulo: Atlas, 2012. P.104)
Para Maria Di Pietro: “Nessa matéria, o que se observa é a divergência doutrinária quanto à indicação dos elementos do ato administrativo, a começar pelo próprio vocábulo elementos, que alguns preferem substituir por requisitos. Também existe divergência quanto à indicação desses elementos e à terminologia adotada. Há um autor italiano, Humberto Fragola, que escrevendo sobre "Gli atti amministrativi'', fala, por analogia com as ciências médicas, em anatomia do ato administrativo, para indicar os elementos que o compõem; com isso ele pretende examinar os vícios que esses elementos possam apresentar sob o título de patologia dos atos administrativos. Cretella Júnior (1977:22) adota essa terminologia e define a anatomia do ato administrativo como "o conjunto dos cinco elementos básicos constitutivos da manifestação da vontade da Administração, ou seja, o agente, o objeto, a forma, o motivo e o fim". Quanto à diferença entre elementos e requisitos, ele diz que os primeiros dizem respeito à existência do ato, enquanto são indispensáveis para sua validade. Nesse caso, agente, forma e objeto seriam os elementos de existência do ato, enquanto os requisitos seriam esses mesmos elementos acrescidos de caracteres que lhe dariam condições para produzir efeitos jurídicos: agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não defesa em lei. No entanto, como a maioria dos autores, ele prefere empregar os vocábulos como sinônimos. É a orientação aqui adotada e que está consagrada no direito positivo brasileiro a partir da Lei nº 4. 717, de 29-6-65 (Lei da ação popular), .cujo artigo 2º, ao indicar os atos nulos, menciona os cinco elementos dos atos administrativos: competência, forma, objeto, motivo e finalidade. Apenas com relação à competência é preferível fazer referência ao sujeito, já que a competência é apenas um dos atributos que ele deve ter para validade do ato; além de competente, deve ser capaz, nos termos do Código Civil. Portanto, pode-se dizer que os elementos do ato administrativo são o sujeito, o objeto, a forma, o motivo e a finalidade. A só indicação desses elementos já revela as peculiaridades com que o tema é tratado no direito administrativo, quando comparado com o direito privado; neste, consideram-se elementos do ato jurídico (ou negócio jurídico, na terminologia do novo Código Civil) apenas o sujeito, o objeto e a forma. À semelhança do Direito Civil, alguns administrativistas costumam dividir os elementos dos atos administrativos em essenciais e acidentais ou acessórios; os primeiros são necessários à validade do ato e compreendem os cinco elementos já indicados; os segundos são os que ampliam ou restringem os efeitos jurídicos do ato e compreendem o termo, a condição e o modo ou encargo. Os elementos acidentais referem-se ao objeto do ato e só podem existir nos atos discricionários, porque decorrem da vontade das partes”. (Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo. ed. Atlas,2014 p. 211-212)
Para Diogo de Figueiredo Moreira Neto: “Esta é a concepção quíntupla dos elementos do ato administrativo, que, sobre ser a mais testada na doutrina e na experiência jurisprudencial, está positivada no Brasil no art. 2.º, da Lei n.º 4.717, de 29 de junho de 1965, que regulou a ação popular, de assento constitucional, desse modo os tendo relacionado: competência, finalidade, forma, motivo e objeto”. (Diogo de Figueiredo Moreira Neto – Curso de Direito Administrativo 16ª edição – GEN – Grupo Editorial Nacional – Editora Forense - Rio de Janeiro)
COMPETÊNCIA
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro. “A competência é definida como um conjunto de atribuições das pessoas jurídicas, órgãos e agentes, fixadas pelo direito positivo”. (Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo ed. Atlas, pág. 205, 24º edição. 2011).  
Segundo o entendimento de Hely Lopes Meirelles:[81]: “Entende-se por competência administrativa o poder atribuído ao agente da Administração para o desempenho específico de suas funções. A competência resulta da lei e por ela é delimitada. Todo ato emanado de agente incompetente, ou realizado além do limite de que dispõe a autoridade incumbida de sua prática, é invalido, por lhe faltar um elemento básico de sua perfeição, qual seja, o poder jurídico para manifestar a vontade da Administração”. (MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Décio Balestero; BURLE FILHO, José Emmanuel. Direito administrativo brasileiro. 38. ed. atual. São Paulo: Editora Malheiros, 2012, p. 159.).
Diogo Figueiredo Moreira Neto ensina que: “A competência é o elemento caracterizador do sujeito ativo do ato administrativo.
Para o ato jurídico, exige-se apenas a capacidade do agente, mas para a prática do ato administrativo não releva a noção de capacidade, pois o que importa é saber se a manifestação de vontade de Administração partiu de um ente, órgão ou agente ao qual a Constituição ou a lei cometeu a função de exprimi-la,vinculando-a juridicamente.
Competência é, portanto, uma expressão funcional qualitativa e quantitativa do poder estatal, que a lei atribui às entidades, órgãos ou agentes públicos, para executar sua vontade.
Observe-se que, neste conceito, não só existe menção à quantidade como à qualidade dessa expressão funcional do poder estatal empregado, uma vez que a competência poderá variar não só em grau, como em natureza. Variará, quase sempre, em grau, como ocorre, por exemplo, em razão da hierarquia administrativa, mas poderá variar em natureza, em razão de alguma especialização funcional, que seja acaso exigida para aprática de certos atos.” (. (Moreira Neto, Diogo de Figueiredo Curso de direito administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial /– 16. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : Forense,2014, página 238)
Odete Medauar entende que : “Agente competente significa o representante do poder público a quem o texto legal confere atribuições que o habilitam a editar determinados atos administrativos. No direito público, as atribuições de cada órgão ou autoridade recebem o nome de competência.” (MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. 4. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, p. 160.)
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro competência é: “o conjunto de atribuições das pessoas jurídicas, órgãos e agentes, fixadas pelo direito positivo” (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 18. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2005, p. 196).
Já para Antonio A. Queiroz Telles, a competência se desdobra em “ratione materiae”, “ratione loc” e “ratione personae”, para a execução de suas atividades. (TELLES, Antonio A. Queiroz. Introdução ao direito administrativo. 2. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Editora Revistas dos Tribunais, 2000, p. 70)
De acordo com José dos Santos Carvalho Filho o institutoda competência fundamenta-se “na necessidade de divisão do trabalho, ou seja, na necessidade de distribuir a intensa quantidade de tarefas decorrentes de cada uma das funções básicas (legislativa, administrativa e jurisdicional) entre os vários agentes do Estado [...]” (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 21. ed. rev., ampl. e atual. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p. 100) 
Para Lúcia do Valle Figueiredo, a competência administrativa corresponde “ao plexo de atribuições outorgadas pela lei ao agente administrativo para consecução do interesse público postulado pela norma” (FIGUEIREDO, Lúcia Valle. Curso de direito administrativo. 6. ed., rev., atual. e ampl. São Paulo: Malheiros, 2003, p. 183)
 Seabra Fagundes pontifica que “A competência vem rigorosamente determinada no direito positivo como condição de ordem para o desenvolvimento das atividades estatais, e, também, como meio de garantia para o indivíduo, que tem na sua discriminação o amparo contra os excessos de qualquer agente do Estado” (FAGUNDES, Miguel Seabra. O controle dos atos administrativos pelo poder judiciário. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 1984. p. 52).
FINALIDADE 
Para Hely Lopes Meirelles. “A finalidade do ato administrativo é definida em lei, assim não há liberdade de decisão do administrador público em determinar a finalidade do ato”. (Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 26º edição, ed. Malheiros Editores. Pág. 144, 2001). 
Friede leciona que a finalidade é o “requisito de validade do ato administrativo que se traduz pela satisfação e preservação do interesse público no ato administrativo como manifestação unilateral de vontade realizada pela Administração Pública” (Reis Friede. Lições objetivas de direito administrativo, ed. Saraiva. P. 21, 1999).
Segundo o Ilustre Doutrinador Diogo Figueiredo Moreira Neto: “A finalidade, está densamente informado pela legitimidade, princípio fundamental que, a par da legalidade e da moralidade, conforma a plena juridicidade de todo o agir do Estado
Assim, finalidade é o aspecto específico do interesse público, explícita ou implicitamente expresso na norma legal, que se pretende satisfazer pela produção dos efeitos jurídicosesperados do ato administrativo.” (Moreira Neto, Diogo de Figueiredo Curso de direito administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial /– 16. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : Forense,2014, página 239)
Para Odete Medauar, “o interesse público é a meta a ser atingida mediante o ato administrativo” (MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. 4. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, p. 160.)
Antonio A. Queiroz Telles traz a seguinte conceituação: “Finalidade, ou fim do ato administrativo, cotejado agora, nesta matéria refere-se, exclusivamente, ao resultado colimado, ao objetivo último a ser atingido pela Administração Pública.( TELLES, Antonio A. Queiroz. Introdução ao direito administrativo. 2. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Editora Revistas dos Tribunais, 2000, p. 73)
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, pode-se falar em fim ou finalidade em dois sentidos diferentes:
em sentido amplo, a finalidade sempre corresponde à consecução de um resultado de interesse público; nesse sentido, se diz que o ato administrativo tem que ter sempre finalidade pública;
em sentido restrito, finalidade é o resultado específico que cada ato deve produzir, conforme definido na lei; nesse sentido, se diz que a finalidade do ato administrativo é sempre a que decorre explícita ou implicitamente da lei.( DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 18. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2005, p. 203.)
Diogo Moreira Neto corrobora com o entendimento que: “não admite qualquer outra destinação que não seja o atendimento de uma finalidade pública, que estará sempre e obrigatoriamente expressa em lei” (MOREIRA NETO. Diogo de Figueiredo. Curso de direito administrativo. 14.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005. P.138)
Carvalho Filho entende que: “finalidade é o elemento pelo qual todo ato administrativo deve estar dirigido ao interesse público”. (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 25. Ed. Ver, ampl. E atual. São Paulo: Atlas, 2012. P.118).
FORMA
Para José dos Santos Carvalho Filho. “A forma é o meio pelo qual se exterioriza a vontade. À vontade, tomada de modo isolado, reside na mente como caráter meramente psíquico, interno. Quando se projeta, é necessário que o faça através da forma.” (Filho, José Dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 20º edição. 2008. Ed. Lúmen Juris. Pág. 106).
Diogo FIGUEIREDO MOREIRA NETO ensina que: “O terceiro elemento do ato administrativo é a forma, entendida como a exteriorização do ato, absolutamente necessária para assegurar a plena publicidade, sindicabilidade e estabilidade das relações jurídicas públicas. Se no Direito Privado prevalece o princípio da liberdade de forma, no Direito Público, inversamente, a regra é a formalidade.
A forma é, assim, a exteriorização material do ato administrativo, através da qual avvontade manifestada se expressa, permanece e se comprova no mundo jurídico.”(Moreira Neto, Diogo de Figueiredo Curso de direito administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial /– 16. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : Forense,2014, página 240)
Para o professor Bittencourt. “a forma é como a exteriorização do ato; e a concepção ampla do ato e todas as formalidades que obrigatoriamente devem ser observadas durante o procedimento de iniciação da vontade do administrador público”. , (BITTENCOURT, Marcus Vinicius Corrêa. Manual de Direito Administrativo. 1ª Edição. 2ª Tiragem. Belo Horizonte: Editora Fórum, 2005.)
Para Hely Lopes Meirelles. “O revestimento exteriorizado do ato administrativo constitui requisito vinculado e imprescindível à sua perfeição, chamado de Forma. Enquanto a vontade dos particulares pode manifestar-se livremente, quanto à vontade da Administração exige procedimentos especiais e forma legal para que se expresse validamente. Daí podermos afirmar que, se, no Direito Privado, a liberdade da forma do ato jurídico é regra, no Direito Público é exceção.Todo ato administrativo é, em princípio, formal. E compreende-se essa exigência, pela necessidade que tem o ato administrativo de ser contrasteado com a lei e aferido, frequentemente, pela própria Administração e até pelo judiciário, para verificação de sua validade.” (Meirelles, Hely Lopes, Curso de Direito administrativo brasileiro, atualizada em sua 18ª ed., por Eurico de Andrade Azevedo, Pág. 18).
Odete Medauar entende que: Forma do ato administrativo engloba tanto os modos de expressar a decisão em si, quanto a comunicação e as fases preparatórias, pois todos dizem respeito à exteriorização do ato, independentemente do conteúdo. Nessa linha, alguns autores denominam formas internas os aspectos do corpo ou texto do ato em si, como assinatura, data, forma escrita; e formas externas os aspectos exteriores ao corpo ou texto, como as medidas preparatórias, a publicação. (MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. 4. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, p. 160.)
Para Antonio A. Queiroz Telles, a forma é o revestimento, a aparência que “completa a trilogia dos componentes do ato jurídico, identificável, igualmente, no administrativo” (TELLES, Antonio A. Queiroz. Introdução ao direito administrativo. 2. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Editora Revistas dos Tribunais, 2000, p. 72.)
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, menciona que a doutrina divide a forma em duas concepções:
uma concepção restrita, que considera forma como a exteriorização do ato, ou seja, o modo pelo qual a declaração se exterioriza; nesse sentido, fala-se que o ato pode ter a forma escrita ou verbal, de decreto, portaria, resolução etc.;
uma concepção ampla, que inclui no conceito de forma, não só a exteriorização do ato, mas também todas as formalidades que devem ser observadas duranteo processo de formação da vontade da Administração, e até os requisitos concernentes à publicidade do ato. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 18. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2005, p. 203.)
Marçal Justen Filho entende que “A disciplina sobre a forma obedece ao princípio da proporcionalidade. Nas situações normais, os requisitos de forma serão mais severos, para assegurar a função de controle. Mas, se o cumprimento dos requisitos formais inviabilizar a satisfação dos interesses coletivos e colocar em risco os direitos fundamentais, dever-se-á atenuar a exigência” (JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 197.)
MOTIVO
Celso Ribeiro de Melo, “versa sobre a teoria dos motivos determinantes, que se os motivos que servem de suporte para a prática do ato administrativo, sejam eles exigidos por lei, sejam eles alegados facultativamente pelo agente publico, atuam como causas determinantes de seu cometimento. A desconformidade entre os motivos e a realidade acarreta invalidade do ato.” (Bastos, Celso Bastos. Curso de Direito Administrativo. 5º edição, ed., Saraiva. 2001. pág.111).
Segundo Hely Lopes Meirelles, “motivo ou causa é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato administrativo” (MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Décio Balestero; BURLE FILHO, José Emmanuel. Direito administrativo brasileiro. 38. ed. atual. São Paulo: Editora Malheiros, 2012, p. 161.)
     Para Antonio A. Queiroz Telles: Motivos são as razões por que o órgão administrativo tomou certa decisão e podem consistir em fundamentos de direito ou em fatos. Ou ainda, motivos são a série de representações psicológicas que condicionaram a vontade da autoridade à edição do ato. (TELLES, Antonio A. Queiroz. Introdução ao direito administrativo. 2. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Editora Revistas dos Tribunais, 2000, p. 74)
Já para Odete Medauar, “motivo significa as circunstâncias de fato e os elementos de direito que provocam e precedem a edição do ato administrativo”. (MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. 4. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, p. 162.)
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, conceitua motivo como “pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo”:
Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato. Pressuposto de fato, como o próprio nome indica, corresponde ao conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a Administração a praticar o ato.( DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 18. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2005, p. 203) 
Para Romeu Felipe Bacellar Filho “motivo se traduz nas circunstâncias de fato e nos elementos de direito que provocaram a produção do ato” (BACELLAR FILHO, Romeu Felipe. Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, p. 69-70)
Marçal Justen Filho, em posição diversa, entende que “o motivo do ato administrativo consiste não nos fatos propriamente ditos, mas na representação intelectual que o agente realiza a propósito deles, relacionando-a com o direito e atingindo uma conclusão. Esta representação conjuga os fatos e o direito aplicável e resulta em uma causa jurídica”. (JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 2. ed., rev. e atual São Paulo: Saraiva, 2006, p. 205) 
Diogo FIGUEIREDO MOREIRA NETO entende que: “O motivo poderá ser, todavia, tanto um fato, como um direito ou uma conjugação de ambos, neste caso, um motivo composto – fático e jurídico – desde que preexistentes ao ato administrativo e suficientes para sua justificação e suporte.
A distinção ganha suma importância se a lei prevê situação de fato e de direitocomo determinante da ação, pois o administrador público não poderá deixar de praticar o ato administrativo previsto, constituindo um motivo vinculado; mas, se a lei, explícita ou implicitamente, deixar ao administrador a possibilidade de escolha, dentro de um campo indeterminado de opções, quanto à oportunidade e à conveniência da atuação, tem-se o
motivo discricionário.
Formula-se, então, o conceito: motivo é o pressuposto de fato e de direito que
determina ou possibilita a edição do ato administrativo.” (Moreira Neto, Diogo de Figueiredo Curso de direito administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial /– 16. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : Forense,2014, página 241)
Antônio Carlos de Araújo Cintra afirma: “Entendemos, portanto, como motivos do ato administrativo, o conjunto de elementos objetivos de fato e de direito eu lhe constitui o fundamento. Isto significa que, para nós, os motivos do ato administrativos compreendem, de um lado, a situação de fato, que lhe é anterior, e sobre a qual recai a providência adotada, e, de outro lado, o complexo de normas jurídicas por ele aplicada àquela situação de fato”. (CINTRA, Antônio Carlos de Araújo. Motivo e motivação do ato administrativo. São Paulo: RT, 1979. p. 97)
Lucia Valle Figueiredo subdivide o motivo em dois momentos: “o pressuposto fático, ou acontecimento no mundo fenomênico, que postula, exige ou possibilita a prática do ato” e que “difere do motivo legal, que é o pressuposto descrito na norma” (FIGUEIREDO, Lucia Valle. Curso de direito Administrativo. 4.ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2000. P. 177)
Nas palavras de Carvalho Filho: “Pode-se, pois, conceituar o motivo como a situação de fato ou de direito que gera a vontade do agente quando pratica o ato administrativo”. (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 25. Ed. Ver., ampl. E atual. São Paulo: Atlas, 2012. P.111) 
OBJETO
Maria Sylvia Zanella Di Pietro ensina que, “o objeto deve ser lícito (conforme a lei), possível (realizável no mundo real e juridicamente), certo (definidos quanto aos destinatários, efeitos, tempo e lugar), e moral (em consonância com os padrões de comportamento aceitos pela sociedade)” (Di Pietro. Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24º edição, ed., Atlas, 2010 pág.204).
Segundo Hely Lopes Meirelles, “todo ato administrativo tem por objeto a criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação do Poder Público” (MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Décio Balestero; BURLE FILHO, José Emmanuel. Direito administrativo brasileiro. 38. ed. atual. São Paulo: Editora Malheiros, 2012, p. 162).
Diogo FIGUEIREDO MOREIRA NETO Pondera que: “É o quinto e último elemento do ato administrativo e o que exprime, afinal, a sua eficácia jurídica: é o resultado visado pelo ato, que será sempre a constituição, declaração, confirmação, alteração ou desconstituição de uma relação jurídica.
O objeto do ato administrativo tem sempre um conteúdo jurídico. Tal qual o motivo, ele poderá estar vinculado pela legislação – e, neste caso, a atuação da Administração só haverá de ter um resultado jurídico determinado – ou poderá ter sido deixado pelo
legislador, explícita ou implicitamente, à escolha do agente e, no caso, o resultado jurídico será determinável. Em suma: na primeira hipótese, tem-se o objeto vinculado, aquele inafastavelmente determinado pela lei, e na segunda, o objeto discricionário, que poderá ser determinável motivadamente pela administração
Em suma, retornado ao resultado jurídico, assim se o conceitua: o objeto do ato administrativo é a alteração jurídica que se pretende introduzir relativamente às situações e relações sujeitas à ação administrativa do Estado.”(Moreira Neto, Diogo de Figueiredo Curso de direito administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial /– 16. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : Forense,2014, página 243).
Para Antonio A. Queiroz Telles, “objeto é a prestação que deverá ser cumprida como consequência da situação jurídica criada pelo ato jurídico” (TELLES, Antonio A. Queiroz. Introdução ao direito administrativo. 2. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Editora Revistas dos Tribunais, 2000, p. 71)
Para Odete Medauar, “objeto significa o efeitoprático pretendido com a edição do ato administrativo ou a modificação por ele trazida ao ordenamento jurídico” (MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. 4. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, p. 161)
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “objeto ou conteúdo é o efeito jurídico imediato que o ato produz” (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 18. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2005, p. 199.) 
Para Lúcia Valle Figueiredo o conteúdo é: “o conteúdo é imanente ao próprio ato administrativo. É a disposição encontrada na norma concreta. O objeto é aquilo sobre o que o conteúdo dispõe.” (FIGUEIREDO, Lúcia Valle. Curso de direito administrativo. 4. ed. rev. ampl. atual. São Paulo: Editora Malheiros, 2000, p. 178.)
Celso Ribeiro Bastos classifica a forma de maneira sucinta: “aquilo que o ato determina” (BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito administrativo. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 108.)
Bandeira de Melo entende que há uma separação entre conteúdo e objeto e expõe da seguinte maneira: “Preferimos a expressão “conteúdo à expressão “objeto”, acolhendo o ensinamento de Zanobini, segundo quem conteúdo dispõe sobre alguma coisa, que é, esta sim, objeto do ato. Com efeito, quem decide, decide alguma coisa a respeito de outra coisa. O conteúdo e objeto seriam duas realidades perfeitamente distintas” (MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. São Paulo: Malheiros, 2009, p. 388)
José Cretella Júnior, fundeado nas lições de Bonnard e Alessio, assevera que o objeto do ato administrativo “é o efeito prático que, na órbita administrativa, o sujeito pretende alcançar através de sua ação direta ou indireta: é a própria substância do ato, seu conteúdo” (CRETELLA JÚNIOR, José. Do ato administrativo. 2.ed. São Paulo: José Bushatsky, 1977. P. 32)
Já Carvalho filho entende que: “Objeto, também denominado por alguns autores de conteúdo, é a alteração no mundo jurídico que o ato administrativo se propõe a processar. Significa, como informa o próprio termo, o objeto imediato da vontade exteriorizada pelo ato, a proposta, enfim, do agente que manifestou a vontade com vistas a determinado alvo”. (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 25. Ed. Ver., ampl. E atual. São Paulo: Atlas, 2012. P.108)