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AULA 11 - CONSTITUCIONAL II

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AULA 12 – PODER EXECUTIVO 
1. Presidencialismo x Parlamentarismo:
Na lógica presidencialista, os chefes de Estado e Governo consistem na mesma pessoa (o Presidente da República).
Na lógica parlamentarista, a função de Chefe de Estado é confiado a uma pessoa e a função de Chefe de Governo, a uma outra pessoa (geralmente o 1º ministro). 
2. O modelo presidencialista:
Funções típicas (naturais, essenciais, inatas) 
Chefia de Estado (Presidencialismo brasileiro) 
· Representação do Estado (internacional);
· Corporificação da Unidade interna 
Chefia de Governo:
· Gestão dos negócios internos políticos (discussões sobre orçamento, juros, programas sociais, programas econômicos,...);
Chefia da Administração:
· Gestão dos negócios internos administrativos;
Funções atípicas
· Função legislativa: Medida Provisória (relevância e urgência)
· Função de julgar: Contencioso administrativo (ex: aplicação de uma multa por uma autarquia municipal proporciona o direito do multado de se defender dentro de um processo administrativo);
3. O Poder Executivo brasileiro: 
Exercício (art. 76 – CF): confiado ao Presidente da República.
Art. 76 – CF: O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 
Atribuições do Presidente da República: 
Art. 84 – CF: Compete privativamente ao Presidente da República:
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal, na forma da lei;
(Revogado)
VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X - decretar e executar a intervenção federal;
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;
(Revogado)
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União;
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
XXVIII - propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Não se trata de um rol taxativo (art. 84, XXVII – CF – “exercer outras atribuições previstas nesta Constituição”).
Delegação de poderes? 
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Condições de elegibilidade: 
· Brasileiro nato (art. 12, § 3º, I);
· Pleno exercício dos Direitos Políticos (art. 14, § 3º, II);
· Não ser inelegível;
· Ter mais de 35 anos;
· Filiação partidária (durante o mandato não é obrigatório, mas para a sua candidatura, sim); 
Funções: 
· Chefia de Estado (art. 84, VII, VIII, XIX, XX, XXII);
· Chefia de Governo (art. 84, I, III, IV, V, IX, X, XII, XIII, XIV, XV, XVI);
· Chefia da Administração (art. 84, II, VI, XXV, XXVI);
Processo eleitoral (art. 77): 
Art. 77 – CF: A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
Anteriormente (como na vigência da Constituição de 1946), se tinha uma eleição, separada, para Presidente e Vice-Presidente, podendo se ter um Presidente e um Vice-Presidente de partidos distintos. 
Art. 82 – CF: O mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) 
A eleição ocorre através do sistema majoritário: 
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
A eleição do vice-presidente é simultânea, conforme o art. 77, § 1º da nossa Constituição.
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. 
Por exemplo, quem votou em Dilma, votou, também em Temer. Quem votou em Bolsonaro, votou em Mourão. Quem for votar em Lula, votará, também, em Alckmin. 
4. Vice-presidente da República:
Superfluous Highness (Benjamin Franklin): O vice-presidente deve ser deixado escanteado, ou seja, “ficar no banco de reservas e ficar vendo o jogo, aguardando a oportunidade”; 
Quanto mais o vice-presidente ganha protagonismo e influência política, mais problemas se terão. Por isso, na história, diversos presidentes buscaram “limitar” a ascensão do vice-presidente.
Atribuições:
· Substituir o Presidente (art. 79);
· Suceder o Presidente (art. 80);
· Participar do Conselho da República e da Defesa; 
· Auxiliar o PR em missões especiais (art. 79);
· Outras atribuições em Lei Complementar (art. 79, p. único);Impedimento e vacância dos cargos: 
Art. 79 – CF: Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais.
Art. 80 – CF: Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
	SUCESSÃO
	SUBSTITUIÇÃO
	Ausência definitiva (trabalha-se na hipótese de vacância do cargo) 
	Ausência temporária/ momentânea (trabalha-se na hipótese de impedimento) 
 
Supondo que o Presidente tenha ficado doente e o Vice-Presidente viajou para representar o Brasil na ONU. Ter-se-á ocupação pelo Presidente da Câmara. Se esse se negar a ocupar o cargo, assumirá o Presidente do Senado. Se esse se negar a ocupar o cargo, assume o presidente do STF. 
Ordem dos substitutos legais:
PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE PRESIDENTE DA CÂMARA PRESIDENTE DO SENADO PRESIDENTE DO STF (ausência temporária)
Na hipótese de queda do avião que mate o Presidente e o Vice-Presidente, quem assumirá? 
Caso da dupla vacância (Presidente e Vice – art. 81) 
Art. 81 – CF: Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
· Dois primeiros anos Eleição direta em 90 dias, depois de aberta a vaga;
· Dois últimos dias Eleição Indireta pelo Congresso Nacional, em 30 dias, depois de aberta a vaga (“mandato tampão”) 
Art. 83 – CF: O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
Supondo que Bolsonaro queira passar 20 dias na Disney. Como se trata de um prazo superior a 15 dias, é necessária a autorização do Congresso Nacional, caso contrário o cargo é declarado vago. Nesse caso, o vice sucede o presidente. 
O fundamento do Golpe Militar (1964) consistiu em um dispositivo semelhante ao transcrito (vide a renúncia de Jânio e a viagem de Jango para a China). O golpe militar, juridicamente, se utilizou desse artifício da dupla vacância. 
5. Responsabilização do Presidente da República:
Crime de responsabilidade:
Infração político-administrativa cometida no desempenho da função pública por algumas pessoas (neste caso específico pelo Presidente da República) – art. 85, I a VV, CF/88. 
Art. 85 – CF: São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
A Lei nº 1079/50 lista as hipóteses possíveis de se enquadrarem em “crime de responsabilidade”. 
A análise do crime de responsabilidade é política, uma vez que todos os presidentes na história da República Federativa do Brasil cometeram pelo menos uma hipótese entre os crimes previstos na Lei nº 1079/50.
Dilma e Collor caíram após perderem o apoio do Congresso Nacional. 
Sanções (art. 52, p. único): Impeachment 
· Perda de cargo político;
· Inabilitação para exercício de função política por oito anos;
Procedimentos: 
	JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
	JUÍZO NATURAL PARA JULGAMENTO
	Ocorre na Câmara dos Deputados;
Acusação (art. 14, Lei nº 1079/50): apenas cidadãos no gozo dos direitos políticos (qualquer cidadão brasileiro desde que seja eleitor);
Apreciação da acusação:
· Ampla defesa e contraditório;
· 2/3 dos Deputados pra autorizar instauração do processo (art. 86, caput); 
	Tribunal de impeachment presidido pelo Presidente do STF – art. 52, p. único; 
Aceitação da denúncia e suspensão das funções por 180 dias (art. 86, § 1º, II):
· Retorno à presidência? (art. 86, § 2º); - se for absolvido no julgamento ou se decorrerem 180 dias sem conclusão do julgamento;
· Ampla defesa e contraditório;
· Condenação por 2/3 dos senadores;
· Sanção (art. 52, p. único): perda do cargo público e inabilitação para exercício de função pública por 8 anos; 
6. Caso Collor:
Collor renunciou visando a arquivar o processo de impeachment. Mesmo contrariando previsões constitucionais, o Senado, na ocasião, entendeu que as sanções previstas (perda de mandato e inabilitação por oito anos) eram independentes e, como ele havia renunciado, era necessário votar acerca da inabilitação por oito anos. O Senado votou favorável à inabilitação por oito anos para exercício de função pública por 8 anos. 
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
7. Caso Dilma:
O Senado decidiu pela perda do mandato, mas manteve o exercício de função pública. Dilma concorreu por senadora de MG nas eleições seguintes e não foi eleita. 
Em virtude da violação da Constituição, caso se considere o Caso Dilma como um golpe, o mesmo deverá acontecer com o Caso Collor. 
Referências:
· The king’s speech (filme); 
· Slides – Profº Diogo Guanabara;
· Curso de Direito Constitucional – Dirley da Cunha Jr;

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