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AQUICULTURA

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AQUICULTURA
Fundamentos Básicos 
PROF: DÉCIO ZAMPIÉR
SIGNIFICADO E ESPECIALIDADES DA AQUICULTURA
➢AQUICULTURA É O CULTIVO DE ORGANISMOS CUJO CICLO DE 
VIDA EM CONDIÇÕES NATURAIS SE DÁ TOTAL OU PARCIALMENTE 
EM MEIO AQUÁTICO.
➢Assim como o homem aprendeu a criar aves, Suínos e bovinos, bem como a 
plantar milho e trigo, também aprendeu a cultivar pescado.
➢Desta forma, assegurou produtos para o consumo com mais controle e 
regularidade.
➢A aquicultura é praticada pelo ser humano há milhares de anos. 
➢Existem registros de que os chineses já tinham conhecimentos sobre estas 
técnicas há muitos séculos e de que os egípcios criavam a tilápia há cerca de 
quatro mil anos.
➢A aquicultura pode ser tanto continental (água doce) como 
marinha (água salgada), esta chamada de maricultura.
➢A atividade abrange as seguintes especialidades:
▪ Piscicultura (criação de peixes, em água doce e marinha);
▪ Malacocultura (produção de moluscos como ostras, mexilhões, 
caramujos e vieiras). 
➢A criação de ostras é conhecida por Ostreicultura e a criação 
de mexilhão por Mitilicultura.
▪ Carcinicultura (criação de camarão em viveiros, ou ainda de 
caranguejo, siri...)
▪Algicultura (Cultivo de macro ou microalgas)
▪ Ranicultura (Criação de rãs)
▪ Criação de Jacarés
O POTENCIAL BRASILEIRO PARA A 
AQUICULTURA
Com 12% da água doce disponível do planeta, um 
litoral de mais de oito mil quilômetros e ainda uma 
faixa marítima, ou seja, uma Zona Econômica 
Exclusiva (ZEE), equivalente ao tamanho da Amazônia, 
o Brasil possui enorme potencial para a aquicultura.
Apenas com o aproveitamento de uma fração desta 
lâmina d’água é possível criar com fartura, de forma 
controlada, peixes, crustáceos (camarões etc.), 
moluscos (mexilhões, ostras, vieiras etc.) e algas, 
entre outros seres vivos.
➢ Mercado é o que não falta. O consumo de pescado está em alta no 
mundo inteiro.
➢ O pescado é um alimento saudável e cada vez mais procurado pela 
população, em todas as faixas de renda. Já as algas são um bom 
exemplo da diversidade de aplicação dos produtos e subprodutos do 
setor aquícola. 
➢ Elas são empregadas desde na alimentação à fabricação de 
produtos cosméticos e fármacos.
➢ A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo 
anual de
O Brasil, apesar do alto potencial de produção, ainda tem 
um consumo bem inferior à média mundial. 
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a 
Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), o consumo 
brasileiro é inferior a 15 kg/hab/ano, com tendências a 
crescimento.
De 2019 para cá, a média mundial variou entre 20kg/per 
capita/ano. No ano passado, a iniciativa proporcionou 
aumento de 30% na venda de pescado no varejo.
2019
• Os números da criação de peixes apontaram para 
uma nova realidade da piscicultura, que migrou do 
Norte, tradicional região de pescados e onde fica a 
maior bacia hidrográfica do país, para o Centro-
Oeste.
• Entre as espécies cultivadas no Brasil, a tilápia caiu 
no gosto popular e recebeu o nome de saint peter. 
Ela representa 50 % da piscicultura nacional graças 
a sua fácil adaptação a vários ambientes.
• A criação de peixes representa 66 % do total, 
seguida pela carcinicultura (cultivo de camarão), 
com 25%.
Produção brasileira de peixes em cativeiro
A previsão é de que até 2030 a demanda internacional de 
pescado aumente em mais 100 milhões de toneladas por ano, 
de acordo com a Organização das Nações Unidas para 
Agricultura e Alimentação (FAO). 
A produção mundial hoje é da ordem de 140 milhões de 
toneladas. 
O Brasil é um dos poucos países que tem condições de 
atender à crescente demanda mundial por produtos de 
origem pesqueira, sobretudo por meio da aquicultura.
Segundo a FAO, o Brasil poderá se tornar um dos maiores 
produtores do mundo até 2030, ano em que a produção 
pesqueira nacional teria condições de atingir 20 milhões de 
toneladas.
PARTICIPAÇÃO DA AQUICULTURA NO SETOR 
PESQUEIRO NACIONAL
➢Atualmente o País produz aproximadamente 1,30 
milhões de toneladas de pescado, sendo 42 % cultivados.
➢A atividade gera um PIB pesqueiro de R$ 7 bilhões, 
mobiliza 800 mil profissionais entre pescadores e 
aquicultores e proporciona 3,5 milhões de empregos 
diretos e indiretos. 
➢O potencial brasileiro é enorme e o País pode se tornar 
um dos maiores produtores mundiais de pescado.
➢Nos próximos anos os brasileiros deverão assistir a uma 
verdadeira “revolução” social e econômica, com o 
crescimento da atividade pesqueira, sobretudo por meio 
da aquicultura.
➢ Segundo levantamento estatístico divulgado pelo 
MAPA em 2019, essa atividade já apresentou significativo 
crescimento nos últimos anos, passando de 278 mil 
toneladas em 2003 para 600 mil em 2019, o que equivale 
a 55% de aumento na produção. 
➢ Já a produção da piscicultura atingiu 60,2% de 
crescimento apenas entre 2007 e 2019. Isoladamente a 
produção de tilápia aumentou 205% nesse período 
(2003-2019).
➢ Em conjunto, a aquicultura cresceu 65,0%, entre 2007 e 
2019, tornando a produção de pescado a que mais cresceu 
no mercado nacional de carnes no período
➢ Todos estes resultados demonstram a pronta resposta do 
setor 
➢ O Brasil possui condições extremamente favoráveis 
para incrementar a sua produção aquícola.
➢ Existem mais de 3,5 milhões de hectares de lâmina 
d’água em reservatório de usinas hidrelétricas
(ANEEL) e propriedades particulares no interior do 
país. 
➢ O País também conta com uma extensa área 
marinha passível de uso sustentável para a produção 
em cativeiro.
ESPÉCIES MAIS CULTIVADAS NO BRASIL
➢Atualmente cada região brasileira vem se 
especializando em determinados tipos de pescado. 
➢ Na Região Norte predomina peixes como o tambaqui e 
o pirarucu. 
➢ No Nordeste a preferência é pela tilápia e pelo camarão 
marinho. 
➢ No sudeste a tilápia tem grande presença na 
aquicultura. 
➢ No sul predominam as carpas, as tilápias, as ostras e os 
mexilhões. 
➢ Já no centro-oeste os destaques são o tambaqui, o pacu 
e os pintados.
➢ Nos parques aquícolas continentais, os peixes 
preferidos são a tilápia, o pacu, o tambaqui e a 
pirapitinga. 
➢A legislação brasileira limita a criação de espécies 
exóticas nos diferentes corpos de água, exceto quando 
a espécie já esteja comprovadamente detectada em 
uma bacia hidrográfica, de acordo com a Portaria do 
IBAMA n°145/N, de 29 de outubro de 1998.
http://www.mpa.gov.br/images/Docs/Ministerios/IBAMA/1998/PORTARIA_N_145_DE_29_DE_OUTUBRO_DE_1998.pdf
➢ Outras espécies nativas devem fortalecer a 
aquicultura nacional nos próximos anos, como é o 
caso do beijupirá (Rachycentron canadum), um peixe 
que já está sendo criado em cativeiro em alto mar na 
costa de Pernambuco, de alto valor no mercado 
internacional e o pirarucu (Arapaima gigas)
➢ Proveniente da Amazônia, considerado um dos 
maiores peixes de água doce do mundo, podendo 
alcançar até 10 quilos no primeiro ano de cultivo com 
rendimento de carcaça de aproximadamente de 50%.
➢ No caso da piscicultura, os peixes são cultivados em 
açudes, viveiros escavados, tanques de diferentes 
materiais, gaiolas flutuantes ou em tanques-rede. 
➢ O cultivo de peixes em viveiros escavados tornou-
se uma importante alternativa para os sistemas de 
produção agropecuária, principalmente para pequenos 
produtores rurais que trabalham com a agricultura 
familiar. 
TANQUE ESCAVADO
TANQUE REDE
TANQUE REDONDO
FLUXO CONTINUO - ESTUFA
➢ Uma das vantagens dessa atividade tem sido a 
agregação de renda à propriedade em áreas marginais 
com a utilização da mão de obra familiar que 
intensifica o uso da terra.
➢Além dessa modalidade de cultivo, a utilização de 
gaiolas ou tanques-rede tornou-se uma alternativa de 
investimento de menor custo e maior rapidez de 
implantação, por utilizar ambientes aquáticos já 
existentes, como o mar, estuários, rios, grandes 
reservatórios e lagos naturais para produção peixes, 
possibilitando melhor retorno zootécnico.BOAS PRÁTICAS DE MANEJO NA 
AQUICULTURA
➢A produção de pescado com qualidade é a principal 
exigência do mercado consumidor. 
➢ Para isto, as boas práticas de manejo precisam ser 
adotadas, como o atendimento das condicionantes 
ambientais, o controle da qualidade da água, a 
adequação da ração ofertada, a limpeza e manutenção 
das estruturas e petrechos de cultivo e a sanidade dos 
animais. 
➢ Todos estes aspectos são fundamentais para que a 
atividade seja economicamente e ambientalmente 
viável.
➢ Outros aspectos que os produtores também devem 
estar atentos referem-se à conservação, o 
beneficiamento, o transporte e a comercialização do 
pescado.
➢Assim sendo, os interessados devem seguir sempre 
a orientação dos técnicos em aquicultura, para obter os 
melhores resultados, além de embasar-se nas 
legislações vigentes.
Tabela 1. Produção de pescado (t) mundial dos trinta maiores produtores 
em 2019
Posição País 2019
Produção % Produção % 
1º China 57.827.108 40,64%
2º Indonésia 8.860.745 6,23%
3º Índia 7.950.287 5,59%
4º Peru 7.448.994 5,23%
5º Japão 5.615.779 3,95%
6º Filipinas 4.972.358 3,49%
7º Vietnã 4.585.620 3,22%
8º Estados Unidos 4.856.867 3,41%
9º Chile 4.810.216 3,38%
10º Rússia 3.509.646 2,47%
11º Mianmar 3.168.562 2,23%
12º Noruega 3.279.730 2,30%
13º Coréia do Sul 3.358.475 2,36%
14º Tailândia 3.204.293 2,25%
15º Bangladesh 2.563.296 1,80%
16º Malásia 1.757.348 1,23%
17º México 1.745.757 1,23%
18º Brasil 1.156.423 1,21%
Nome Popular
CACHARA
Nome Científico
Pseudoplatystoma fasciatum
Família
Pimelodidae
Distribuição Geográfica
Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata.
Descrição
Peixe de couro; corpo alongado e roliço; cabeça grande e achatada. A coloração é cinza escuro no dorso, 
clareando em direção ao ventre, sendo branca abaixo da linha lateral. Pode ser separada das outras espécies 
do gênero pelo padrão de manchas: faixas verticais pretas irregulares, começando na região dorsal e se 
estendendo até abaixo da linha lateral. Às vezes, apresenta algumas manchas arredondadas ou alongadas no 
final das faixas. Espécie de grande porte, pode alcançar mais de 1m de comprimento total.
Ecologia
Espécie piscívora, com preferência para peixes de escamas, mas, em algumas regiões, 
camarão também é um item importante na dieta. Ocorre em vários tipos de habitats
como poços no canal dos rios, praias, lagos e matas inundadas. Realiza migração 
reprodutiva rio acima a partir do início da enchente. É importante na pesca comercial e 
esportiva.
Nome Popular
CARPA CABEÇUDA
Nome Científico
Anstichtys nobilis
Família
Pimelodidae
Distribuição Geográfica
Europa Oriental e Ásia
Descrição
Alimenta-se de algas em colônias, rotíferos e pequenos microcrustáceos . Cresce bem junto a 
carpa prateada. Atinge cerca de 2,0kg com um ano de cultivo. Em lagos particulares e pesqueiros 
podem ultrapassar os 40kg.
Ecologia
A carpa cabeçuda apenas filtra a água para se alimentar. Os pequenos micro organismos 
da água é que fazem a sua dieta.
Equipamentos
Deve-se ultilizar uma vara de ação média-leve, varas de 20 a 40 libras, de 1,80 a 3,20m com capacidade para 
arremessar 200g. O molinete ou carretilha deve ter capacidade para 100 m de linha 0,35 a 0,40mm.
Iscas
Massas doces como banana, amendoim, leite em pó, batata doce.
Dicas
Peixe fisgado somente na superfície, onde são feitas grandes bolas de massas em um chuveirinho de anzois.
Nome Popular
CARPA CAPIM
Nome Científico
Ctenopharyngodon idella
Família
Pimelodidae
Distribuição Geográfica
Europa Oriental e Ásia
Descrição
É um peixe herbívoro que consome não somente as 
plantas aquáticas mas também gramas e capins verde 
e fresco (não seco). É um peixe de piracema. 
Excelente produtor de adubo orgânico - pode 
consumir diariamente de 30 a 80% do seu peso. 
Alcança cerca de 1,8kg com um ano de cultivo. Em 
lagos podem ultrapassar os 14kg.
Nome Popular
DOURADO
Nome Científico
Salminus maxillosus; Salminus. Brasiliensis
Família
Characidae
Distribuição Geográfica
Bacia do Prata (S. maxillosus) e bacia do São Francisco (S. brasiliensis).
Descrição
Peixes de escamas. S. brasiliensis e S. maxillosus são bastante semelhantes, sendo que o 
primeiro, além de ser maior, apresenta uma coloração dourada com reflexos avermelhados, 
enquanto o segundo é dourado com as nadadeiras alaranjadas. Cada escama apresenta um filete 
negro no meio, formando riscas longitudinais da cabeça à cauda, do dorso até abaixo da linha 
lateral. Podem alcançar mais de 1m de comprimento total e 25kg, mas exemplares desse porte são 
raros. S. maxillosus é o maior peixe de escama da bacia do Prata, conhecido como o rei do rio.
Ecologia
Espécies piscívoras, predadores vorazes, alimentam-se de pequenos 
peixes nas corredeiras e na boca das lagoas, principalmente durante a 
vazante quando os outros peixes migram para o canal principal. Nadam 
em cardumes nas correntezas dos rios e afluentes e realizam longas 
migrações reprodutivas. Têm grande importância comercial e esportiva.
Nome Popular
CARPA COLORIDA
Nome Científico
Cyprinus carpio
Família
Pimelodidae
Distribuição Geográfica
Europa Oriental e Ásia
Descrição
São peixes coloridos e qualificados sob certos padrões de cores. Existem 
atualmente de 13 a 17 variedades para efeito de julgamento em concursos. São 
originários do Japão, onde surgiram animais de coloração diferente que através 
de mutações, foram selecionados e acasalados
Ecologia
São peixes apenas para lagos ornamentais, porém também encontramos grandes 
exemplares em lagos para a pesca esportiva.
Nome Popular
CAT FISH
Nome Científico
Ictalurus punctatus
Família
Sciaenidae
Distribuição Geográfica
Espécie muito criada no Sul do Estados Unidos
Descrição
Responsável por boa parte da produção aquícola de água doce daquele país. É da 
família Ictaluridae, geralmente seu corpo é alongado com cabeça deprimida e coloração 
variada, apresenta nadadeiras peitorais e a dorsal com espinhos duros e pontiagudos, 
possui barbilhões arranjados em um padrão definido ao longo da região subterminal da 
boca, típicos da espécie. Considerado um peixe nobre, hábitos calmos, carne muito 
saborosa, filés sem espinhos e com baixo teor de gordura. São alimentados diariamente 
com uma taxa de alimento de 4 a 5% do peso de seu corpo. Em ambientes muito 
iluminado e com alta transparência de água, ficam bastante agitados.
Ecologia
No Brasil é criado em lagos particulares e pesqueiros, onde sua carne é muito 
apreciada.
Nome Popular
LAMBARI
Nome Científico
Astianax spp.
Família
Characidae
Distribuição Geográfica
Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins, São Francisco, Prata e Atlântico Sul.
Descrição
Peixes de escamas; de pequeno porte, raramente ultrapassando 20cm de 
comprimento total; corpo alongado e um pouco comprimido. A coloração é 
bastante variada; algumas espécies são muito coloridas.
Ecologia
Espécies onívoras, alimentam-se de vários itens alimentares vegetais e animais 
(flores, frutos, sementes, insetos, crustáceos, algas, detritos etc.); vivem em 
vários tipos de hábitats. Os menores e mais coloridos têm importância como 
peixe ornamental.
Nome Popular
TRAÍRA
Nome Científico
Hoplias malabaricus
Família
Erythrynidae
Distribuição Geográfica
Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins, São Francisco, Prata e do Atlântico Sul.
Descrição
Peixe de escamas; corpo cilíndrico; boca grande; dentes caninos, bastante afiados; olhos 
grandes; e nadadeiras arredondadas, exceto a dorsal. A cor é marrom ou preta manchada 
de cinza. Chega a alcançar cerca de 60cm de comprimento total e 3kg.
Ecologia
Predador voraz, solitário, que pode ser encontrado em águas paradas, lagos, lagoas, 
brejos, matas inundadas, e em córregos e igarapés, geralmente entre as plantas 
aquáticas, onde fica a espreita de presas como peixes, sapos e insetos. É mais ativo 
durante a noite. Apesar do excesso de espinhas, em alguma regiões é bastante apreciado 
como alimento.
Nome Popular
TILÁPIA
Nome Científico
Tilapia rendali, Oreochromisniloticus
Família
Cichlidae
Distribuição Geográfica
Espécies da África, introduzidas em quase todo o Brasil.
Descrição
Peixes de escamas; corpo um pouco alto e comprimido. Existem cerca de 100 espécies de tilápia, 
distribuídas em três gêneros, Oreochromis, Sarotherodon e Tilapia. No Brasil foram introduzidas 
três espécies: Oreochromis niloticus (tilápia do Nilo) que pode alcançar cerca de 5kg; Tilapia
rendali (tilápia rendali) com cerca de 1kg; Sarotherodon hornorum (tilápia zanzibar) de coloração 
escura e maxilas protráteis; e uma variedade desenvolvida em Israel, "Saint-Peters", que 
atualmente vem sendo cultivada.
Ecologia
As tilápias são espécies oportunistas, que apresentam uma grande capacidade de 
adaptação aos ambientes lênticos. Além disso, suportam grandes variações de 
temperatura e toleram baixos teores de oxigênio dissolvido. A alimentação pode variar 
dependendo da espécie: podem ser onívoras, herbívoras ou fitoplanctófagas. Algumas 
espécies se reproduzem a partir dos seis meses de idade, sendo que a desova pode 
ocorrer mais de quatro vezes por ano. Como protegem a prole, o índice de 
sobrevivência é bastante elevado.
Nome Popular
TAMBAQUI
Nome Científico
Colossoma macropomum
Família
Characidae
Distribuição Geográfica
Bacia amazônica.
Descrição
Peixe de escamas; corpo romboidal; nadadeira adiposa curta com raios na extremidade; 
dentes molariformes e rastros branquiais longos e numerosos. A coloração geralmente é 
parda/verde na metade superior e preta na metade inferior do corpo, mas pode variar 
para mais clara ou mais escura dependendo da cor da água. Os alevinos são cinza claro 
com manchas escuras espalhadas na metade superior do corpo. O tambaqui alcança 
cerca de 90cm de comprimento total. Antigamente eram capturados exemplares com até 
45kg. Hoje, por causa da sobrepesca, praticamente não existem indivíduos desse porte.
Ecologia
Espécie migradora, realiza migrações reprodutivas, tróficas e de dispersão. Durante a 
época de cheia entra na mata inundada, onde se alimenta de frutos/sementes. Durante a 
seca, os indivíduos jovens ficam nos lagos de várzea onde se alimentam de zooplâncton
e os adultos migram para os rios de águas barrentas para desovar. Nessa época, não se 
alimentam, vivendo da gordura que acumularam durante a época cheia. Uma das 
espécies comerciais mais importantes da Amazônia central.
PIRARUCU (Arapaima gigas)
PACU

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