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LIVRO DO PROFESSOR | FilosofiaLIVRO DO PROFESSOR | FilosofiaLIVRO DO PROFESSOR | Filosofia MÉDIO Curitiba 2020 2020 2ªSérie ENSINO PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 1 16/09/2019 14:48:48 © 2020 – SAE DIGITAL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. FICHA CATALOGRÁFICA S132 SAE, ensino médio: 1. série: filosofia: livro do professor : SAE DIGITAL S/A. - 1. ed. - Curitiba, PR : SAE DIGITAL S/A, 2020. 126 p. : il. ; 28 cm. ISBN 978-85-535-1136-5 1. Filosofia (Ensino médio) - Estudo e ensino. I. Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino. II. Sistema de Apoio ao Ensino: o passo a frente. CDD: 109 CDU: 316.7 Gerência editorial Luiz Henrique Pereira Mainardes Coordenação editorial Lúcia Chueire Edição Caroline Schlegel, Hector Molina Revisão Ana Paula Ferraz, Brunno Freire da Silva Neto, Camille Chiquetti, Gabrielle Varão da Costa, Igor Spisila, Juliana Basichetti Martins, Katieli da Silva, Marcela Vidal Machado, Pãmela Leal, Priscila de Jesus Sousa, Thainara da Silva Gabardo, Victor Truccolo Cotejo Andreia Aparecida Vidal, Igo Levir Souza Rabelo, Laura Akemi Oshiro Cocicov, Mariana Jarves Andrade Chaves, Mariana Rigo Passarin, Mellanie Silva Novais, Polyana Mayara Fonseca da Cruz, Sthefanie Lhorente Coordenação processos Erica Fujihara Processos Cleyton Dall’Agnol, Janio Junior, Raul Jungles Coordenação qualidade Vanessa Marques Cabral dos Santos Qualidade Bruna Ferreira Rodrigues, Everson de Lara Caetano, Henrique Sossélla, Marilene Wojslaw Pereira Dias Coordenação produção visual Mauricio Ragadalli Iconografia Antonio Sevilha Cartografia Júlio Manoel França da Silva Ilustrações Deny Machado, Rafael Chueire Arte da capa Rafael Chueire Projeto gráfico Evandro Pissaia, Rafael Chueire Diagramação André Lima, Evandro Pissaia, Bruno M. H. Gogolla, Gustavo Ribeiro Vieira, Jéssica Suelen de Morais, Jéssica Xavier, Juliana Hiromi Saito, Kássio Nery, Luisa Piechnik Souza, Maísa Leepkaln, Mariana Oliveira, Mikhael Gusso, Nadiny da Silva, Ralph Glauber, Silvia Santos, Tarliny da Silva, Thiago Figueiredo Venâncio Autores Fernanda Tavares Paulino, Josemar Soares Créditos da capa Rodphothong Mr.Patchara/Shutterstock | michaeljung/Shutterstock Todos os direitos reservados. SAE DIGITAL S/A. R. João Domachoski, 5. CEP: 81200-150 Mossunguê – Curitiba – PR 0800 725 9797 | Site: sae.digital Produção PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 2 16/09/2019 14:48:48 SUMÁRIO Pilares pedagógicos ........................................................................ IV Tecnologia digital relevante – SAE DIGITAL ..........................V Ensino Médio ...................................................................................... VI Conhecimentos de Filosofia ....................................................VIII PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 3 16/09/2019 14:48:48 PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP Pilares pedagógicos Os pilares pedagógicos do sistema de ensino do SAE Digital vêm ao encontro das habilidades espe- radas dos aprendizes, expostos a um ambiente que exige leitura plural do mundo, caracterizada por constantes mudanças nos campos científico, tecnológico e político. Os desafios da atualidade preveem uma formação que priorize a capacidade de refletir e in- terpretar as realidades local e global, bem como agir de acordo com as necessidades coletivas, por meio do desenvolvimento da empatia, da resiliência e do senso de cooperação. Para desenvolver habilidades que atendam a tão complexas necessidades, as estratégias do SAE Digital estão fundamentadas em quatro pilares do trabalho pedagógico: protagonismo, rigor concei- tual e conteúdo relevante, complexidade e saberes múltiplos e transformação da realidade. Protagonismo Uma prática pedagógica estruturada no protagonismo considera o estudante como centro do processo de sua aprendizagem. Tem como ponto de partida os conhecimentos prévios que ele possui para, a partir deles, promover o fortalecimento de sua identidade, a sua autonomia e o de- senvolvimento das habilidades necessárias à concretização de seu projeto de vida e sua atuação na sociedade com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Rigor conceitual e conteúdo relevante Esse pilar, que abarca duas ideias complementares, corrobora o entendimento de que a edu- cação deve sempre se pautar em bases conceituais do conhecimento acadêmico e científico. Na era da informação, a escola assume o papel de propulsora da pesquisa para a escolha, a apropria- ção e a produção do conhecimento por parte dos professores e dos estudantes, a fim de garantir a sistematização dos processos de ensino e de aprendizagem pautados na relevância do currículo e na precisão da cientificidade. Complexidade e saberes múltiplos O paradigma atual do conhecimento requer a superação da disposição estanque do currículo escolar. Trazemos como proposta para o trabalho pedagógico o pilar complexidade e saberes múltiplos visando ao desenvolvimento do pensamento complexo, que só se efetiva por meio de um trabalho inter e transdisciplinar. Promover a religação dos saberes com vistas à formação de leitores competentes e capazes de atuar em um cenário complexo é um dos compromissos impre- teríveis dos quais a escola não pode se eximir. Transformação da realidade Com base no entendimento da educação como agente transformador da realidade, o sistema de ensino do SAE Digital incorpora à sua proposta pedagógica um trabalho sistemático com te- mas contemporâneos de relevância social que afetam a vida humana em escala local, regional e global. Ao promover a consciência dos direitos e deveres de todo ser humano, o exercício pleno da cidadania e a tomada de decisões para iniciativas concretas de impacto socioambiental, visamos à manutenção do estado democrático de direito e à transformação da realidade. Matriz de pilares do SAE Protagonismo Rigor conceitual e conteúdo relevante Complexidade e múltiplos saberes Transformação da realidade Meu mundo Mundo da ciência e da tecnologia Mundo revisitado Mundo transformado Conhecimento de mundo Conhecimento científico Pensamento complexo Saberes ressignificados Conhecimento prévio Currículo escolar Inter e transdisciplinaridade Ações transformadoras Autonomia Compreensão Reflexão Iniciativa concreta IV FIL PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 4 16/09/2019 14:48:49 PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP Tecnologia digital relevante – SAE DIGITAL São recursos digitais – livros, atividades, jogos, realidade aumentada, vídeos, animações, apli- cativos, plataforma adaptativa, avaliações, ferramentas de gestão escolar, de gestão da aprendi- zagem e de desenvolvimento dos profissionais da Educação – concebidos com intencionalidade pedagógica, integração à proposta e aos conteúdos dos materiais impressos e dinâmica eficiente, a fim de que cumpram um papel efetivo no processo educativo, seja por meio a) da interação do aluno com o conteúdo digital, que tenha como propósito contribuir com a sua aprendizagem; b) da sensibilização/motivação do aluno para a aprendizagem; c) da promoção da apropriação de conceitos ou do desenvolvimento de habilidades e atitudes; d) do controle do desempenho e das adaptações e personalizações necessárias a uma aprendizagem significativa; e) da gestão do desempenho e aprendizagem do aluno; f ) da formação permanente do professor. Outras considerações a respeito de tecnologia digital relevante O projeto de Tecnologia Digital Relevante – SAE Digital também tem como enfoque aproxi- mar a produção do SAE Digital às metodologias contemporâneas da aprendizagem: ● Por desenvolver o conteúdo digital pro- duzido em consonância com o material impresso pode ser considerado como um modelo híbrido de ensino. ● Por promover a autonomia do aluno emseu processo de aprendizagem, os ob- jetos digitais podem ser considerados como metodologia ativa. ● Por promover o uso de diversas mídias digitais, os objetos digitais podem con- tribuir para o letramento digital. ● Por ofertar feedbacks do desempe- nho dos alunos, pode contribuir com a regulação e a autorregulação da aprendizagem. VFIL PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 5 16/09/2019 14:48:49 PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP Ensino Médio Há alguns anos os documentos oficiais que regulam a educação básica preveem o currículo do Ensino Médio organizado em quatro grandes áreas do saber: ● linguagem e suas tecnologias; ● matemática e suas tecnologias; ● ciências da natureza e suas tecnologias; ● ciências humanas e suas tecnologias. A integração dos componentes curriculares em quatro grandes áreas atende à necessidade educacional e social premente de superar a fragmentação do currículo escolar. Outras necessida- des da sociedade do século XXI também estão presentes no documento da BNCC, como o desen- volvimento de competências e habilidades e a formação integral dos estudantes. Essas e outras diretrizes são contempladas nos pilares pedagógicos SAE Digital – Protagonismo; Rigor conceitual e conteúdo relevante; Complexidade e saberes múltiplos; Transformação da rea- lidade – que estão presentes nos livros que compõem a coleção do Ensino Médio. Elas podem ser percebidas tanto no que tange à organização curricular integrada proposta pela BNCC, como também no que diz respeito aos objetivos de aprendizagem nesse documento, conforme consta no texto a seguir: “O Ensino Médio deve atender às necessidades de formação geral indispensáveis ao exercício da cidadania e construir àprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade contemporânea’, como definido na Introdução desta BNCC (p. 14; ênfases adicionadas). Para atingir essa finalidade, é necessário, em primeiro lugar, assumir a firme convicção de que todos os estudantes podem aprender e alcançar seus objetivos, independentemente de suas características pessoais, seus percursos e suas histórias. Com base nesse compromisso, a escola que acolhe as juventudes deve: ● favorecer a atribuição de sentido às aprendizagens, por sua vinculação aos desafi os da reali- dade e pela explicitação dos contextos de produção e circulação dos conhecimentos; ● garantir o protagonismo dos estudantes em sua aprendizagem e o desenvolvimento de suas capacidades de abstração, refl exão, interpretação, proposição e ação, essenciais à sua auto- nomia pessoal, profi ssional, intelectual e política; ● valorizar os papéis sociais desempenhados pelos jovens, para além de sua condição de estu- dante, e qualifi car os processos de construção de sua(s) identidade(s) e de seu projeto de vida; ● assegurar tempos e espaços para que os estudantes refl itam sobre suas experiências e aprendizagens individuais e interpessoais, de modo a valorizarem o conhecimento, confi a- rem em sua capacidade de aprender, e identifi carem e utilizarem estratégias mais efi cientes a seu aprendizado; ● promover a aprendizagem colaborativa, desenvolvendo nos estudantes a capacidade de tra- balharem em equipe e aprenderem com seus pares; e ● estimular atitudes cooperativas e propositivas para o enfrentamento dos desafi os da comu- nidade, do mundo do trabalho e da sociedade em geral, alicerçadas no conhecimento e na inovação.” (BNCC, 2018). VI FIL PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 6 16/09/2019 14:48:49 PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP Estrutura da coleção A coleção do Ensino Médio é composta de: 1.ª série ● 4 volumes do Livro do aluno. ● 4 volumes do Livro do professor por componente curricular. ● 1 volume Livro da coordenação. 2.ª série ● 4 volumes do Livro do aluno. ● 4 volumes do Livro do professor por componente curricular. ● 1 volume Livro da coordenação. Extensivo ● 4 volumes do Livro do aluno. ● 4 volumes do Livro do professor por componente curricular. ● 1 volume Livro da coordenação. SÉRIE 1.a série 2.a série Extensivo LIVRO PRINCIPAL – COMPONENTES CURRICULARES Livro principal em volume único – Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas Livro principal em volume único – Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas Livro principal em volume único – Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas LIVRO PRINCIPAL – NÚMERO DE MÓDULOS POR COMPONENTE CURRICULAR 32* 32* 48** MATERIAIS OPCIONAIS*** Língua Espanhola • Arte • Filosofia • Sociologia • Caderno Questões Enem • Agenda *Na 1.ª e na 2.ª série o componente curricular de Língua Portuguesa é organizado nas frentes: Texto e Gramática, Produção de texto e Literatura, totalizando 48 módulos por ano. Os componentes curriculares de Matemática, Física, Química e Biologia são organizados em frente A e frente B. Os componentes curriculares de Língua Inglesa, História e Geografia são organizados em frentes únicas. ** No Extensivo todos os componentes curriculares, com exceção de Língua Inglesa, são organizados em frente A, frente B e frente C. O componente curricular de Língua Inglesa é composto de 16 módulos no ano. ***Os livros de Língua Espanhola, Arte, Filosofia e Sociologia são anuais (1.ª série, 2.ª série e Extensivo), organizados sempre em frente única. NOVIDADES 2020 Para a coleção do Ensino Médio 2020, apresentamos atualizações que visam enriquecer o trabalho das escolas e dos professores. São elas: ● Nova programação para o componente curricular de Geografi a*. ● Conexões & Contextos por área de conhecimento para a 1.ª e 2.ª séries. ● Aplicativo da Plataforma Adaptativa. ● Cadernos digitais de atividades de Matemática e Física. ● Proposta de redação modelo Enem no Caderno de atualidades. ● Correção dos simulados bimestrais. ● Capas com interação digital. *A implantação da nova programação de Geogra� a será feita progressivamente: em 2020 – 1.ª série; 2021 – 2.ª série; 2022 – pré-vestibulares. VIIFIL PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 7 16/09/2019 14:48:49 PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP Conhecimentos de Filosofia Desde o seu nascimento com os gregos antigos, a Filosofia tenta responder àquelas perguntas mais profundas que fazemos a nós mesmos, por exemplo: De onde as coisas vêm? Qual o sentido da existência? O que é conhecimento? Como devo agir? Como devem proceder as ciências? O que é a verdade? A Filosofia é a aventura fascinante do ser humano de tentar conhecer a si mesmo e ao mundo; e essa é uma aventura que já atravessa muitos séculos, exigindo esforços de grandes pensadores, como Sócrates, Platão, Aristóteles, Descartes, Kant, Nietzsche, Foucault, Hannah Arendt, entre muitos outros. Este livro propõe um percurso pelas ideias de tais homens e mulheres mostrando que o que os move não são interrogações que habitam apenas a mente dos filósofos, mas sim questões que são, no fundo, de toda a humanidade. Estudar Filosofia ajuda a desenvolver nossa capacidade de compreensão do mundo, a qualificar o nosso senso crítico e a aplicar o que aprendemos intelectualmente no cotidiano. Tudo isso é essencial para os dias atuais, pois vivemos em um período complexo em que a globalização, a internet, o mercado de trabalho, a família, a sociedade e as relações inter- pessoais são só alguns dos elementos dos quais os jovens têm de dar conta. Entender esses elementos de um modo mais profundo certamente é essencial para se construir uma existência mais autônoma, crítica e responsável pelo aprimora- mento da própria sociedade. A Filosofia sempre teve implicações na trajetória da história humana. Cada período histórico, com suas grandes re- voluções, costumes, modos de pensar e de viver, teve como pano de fundo a fundamentação de grandes autores que pensavam sua própria época e que por vezes apontavam novos rumospara a história. Na primeira série, será estudada a origem da Filosofia na Grécia Antiga. A mitologia é o ponto de partida para entender o nascimento dessa ciência e, na sequência, estudar os grandes filósofos daquele período: os pré-socráticos, os sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles, os mais célebres nomes da Filosofia grega, e, por fim, o helenismo. Serão estudadas as con- siderações de Platão sobre a origem e o fundamento do conhecimento e a importância da educação para a formação do Estado, bem como os principais pontos do pensamento lógico, ético e político de Aristóteles. Será estudada, também, a Filosofia Medieval, analisando-se o fortalecimento da moral cristã com a fundamentação de Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, que tiveram influências diretas de Platão e Aristóteles, respectivamente. Por fim, serão estudados o humanismo renascentista e a revolução científica – extraordinário período que rompe com uma tradição de mais de mil anos com o surgimento da ciência moderna – abordando pensadores como Leonardo da Vinci, Maquiavel, Galileu e Isaac Newton. Na segunda série, será estudada a Filosofia da Idade Moderna à Contemporânea, iniciando com o estudo do racio- nalismo e empirismo, com os pensadores Descartes, Spinoza, Bacon, Locke e Hume, para fundamentar as bases de uma ciência metódica e objetiva. Também serão estudados os filósofos do contrato social, uma vez que muito do que se entende por Estado, por socie- dade civil, direito e liberdade vem da Idade Moderna, com Hobbes, Locke e Rousseau. As normas e as formas de organi- zação da sociedade foram defendidas, criticadas e influenciadas por esses brilhantes filósofos modernos. Também serão estudados os filósofos do idealismo, Kant e Hegel. No período do século XIX, será trabalhado o surgimento de correntes de pensamento, como positivismo, utilitarismo e marxismo, e a influência que ainda têm em nosso tempo. Depois, na passagem do século XIX para o século XX serão estudados filósofos como Schopenhauer, Nietzsche e Bergson. Por fim, serão estudados pensadores e ideias da Filosofia Contemporânea, como Husserl, Heidegger, Sartre, Hannah Arendt, Foucault, entre outros filósofos contemporâneos, além de pensar em crises ocorridas na atualidade, como as duas Guerras Mundiais, a Guerra Fria, os dilemas da globalização etc. Vive-se uma época conturbada em que se observa a relativização de hábitos e valores que por séculos foram os alicer- ces do comportamento humano. A razão moderna, as religiões, as ciências e o Estado não foram capazes de evitar tantas crises que atingem as esferas social, econômica e política no mundo todo. Estudar o pensamento desses filósofos nos faz entender melhor nosso próprio tempo, carregado de antagonismos, diversidade e incertezas. Por fim, será dedicada atenção à Filosofia da Ciência, à alguns aspectos da Filosofia da Arte e da Pós-modernidade. A terceira série tem caráter revisional, sendo abordados os conteúdos da primeira e segunda séries de modo mais sucinto, sem perder a característica reflexiva da Filosofia. VIII FIL PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 8 16/09/2019 14:48:50 PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP Filosofia – 2.a série Livro Módulo Frente única 1 1 Racionalismo e empirismo Origem e desafios do racionalismo moderno • René Descartes • Baruch Spinoza • Empirismo • Francis Bacon• John Locke • David Hume: o empirismo cético 2 Filósofos do contrato social Os contratualistas • Thomas Hobbes • John Locke • Jean–Jacques Rousseau 2 3 IdealismoImmanuel Kant • Georg W. F. Hegel 4 A filosofia no século XIX Contexto histórico • O positivismo de Auguste Comte • O utilitarismo de John Stuart Mill • O materialismo histórico de Karl Marx 3 5 A passagem do século XIX para o século XXArthur Schopenhauer • Friedrich Nietzsche • Henri Bergson 6 Fenomenologia e existencialismoFenomenologia • Existencialismo 4 7 Filósofos contemporâneos e a compreensão da democracia contemporânea Breve panorama da Filosofia nos séculos XX e XXI • Fundamentos filosóficos para a compreensão da democracia contemporânea 8 Filosofia da Ciência, Filosofia da Arte e estética, Pós-modernidade Introdução à Filosofia da Ciência • Investigações sobre o belo • Interpretação filosófica de grandes transformações IXFIL PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 9 16/09/2019 14:48:50 PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP Anotações X FIL PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 10 16/09/2019 14:48:50 PI _E M 20 _2 _F IL _L U_ LP M AT ER IA L DO AL UN O PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 11 16/09/2019 14:48:51 Desenvolvimento do conteúdo: após o momento de sensibilização, propomos o desenvolvimento do conteúdo por meio de um texto teórico construído alinhado aos pilares Rigor conceitual e conteúdo relevante e Complexidade e saberes múltiplos. Desenvolvimento do conteúdo: após o momento de sensibilização, propomos o desenvolvimento do conteúdo por meio de um texto teórico Arrase no Enem: sempre que o módulo trabalhar um tema recorrente no Enem, estará disponível por meio de QR Code uma videoaula do curso Arrase no Enem. Seção Start: As atividades propostas nas páginas de abertura têm por objetivo sensibilizar os alunos a res- peito do conteúdo a ser ex- plorado. Nelas são propostas leituras, observação de ima- gens e reflexões que servem como ponto de partida para a exploração do conteúdo e a apreensão de novos saberes e, também, para levantar os conhecimentos prévios dos alunos acerca do tema, garantindo o protagonismo do aluno em seu processo de aprendizagem. Terceira coluna: Nas colunas ex- ternas das páginas encontram-se as seções que complementam o desenvolvimento do conteúdo. Essa ampliação pode acontecer com indi- cações de filmes, sites e livros, intro- dução de exemplos, complementos e curiosidades, indicação de pontos de atenção, explicação de termos e conceitos e sugestões de reflexões de pesquisas. Estrutura didática Os livros da 1.ª e da 2.ª série apresentam uma organização de conteúdos e propostas de atividade que evidencia a sequência didática da coleção e oferece ferramentas para auxiliar a prática dos professores e o estudo dos alunos. Seção Disciplina & sociedade/arte/cultura/meio ambiente/ tecnologia: nas seções que finalizam a exposição teórica dos módulos são propostas atividades que propiciam a aplicação dos conceitos e, em muitos casos, a reflexão, a análise e a construção de novos saberes. As propostas podem indicar um trabalho coletivo com o objetivo de estimular a interação com a comunidade em que se vive, alinhando-se aos pilares de Complexidade e saberes múltiplos e Transformação da realidade. Atividades: Concluindo a sequência didática dos livros, os alunos são apresentados a um grupo de questões dos mais relevantes vestibulares e do Enem como forma de testar seus conhecimentos e como autoavaliação. Elas são organizadas em quatro seções: Resolvidos, Praticando, Desenvolvendo habilidades e Complementares. Dentro de cada uma das seções, as questões são organizadas por seu grau de dificuldade. Todas as seções apresentam questões fáceis, médias e difíceis. Na seção Desenvolvendo habilidades são indicadas as competências e habilidades do Enem exploradas em cada uma das questões. Na seção Complementares há um grupo maior de questões, dentre as quais encontram-se questões desafio, conexões e discursivas. Ainda na seção de atividades, você irá observar a presença de QR Codes nas questões das últimas provas do Enem. Esse QR code irá direcionar os alunos para um vídeo no qual as questões são comentadas. Por fim, os QR Codes presentes ao final da seção de atividades direcionam os alunos e os professores aos gabaritos das questões, e os professores a comentários de apoio e solucionários. PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 12 16/09/2019 14:49:00 Desenvolvimento do conteúdo: após o momento de sensibilização, propomos odesenvolvimento do conteúdo por meio de um texto teórico construído alinhado aos pilares Rigor conceitual e conteúdo relevante e Complexidade e saberes múltiplos. Arrase no Enem: sempre que o módulo trabalhar um tema recorrente no Enem, estará disponível por meio de QR Code uma videoaula do curso Arrase no Enem. Seção Start: As atividades propostas nas páginas de abertura têm por objetivo sensibilizar os alunos a res- peito do conteúdo a ser ex- plorado. Nelas são propostas leituras, observação de ima- gens e reflexões que servem como ponto de partida para a exploração do conteúdo e a apreensão de novos saberes e, também, para levantar os conhecimentos prévios dos alunos acerca do tema, garantindo o protagonismo do aluno em seu processo de aprendizagem. Terceira coluna: Nas colunas ex- ternas das páginas encontram-se as seções que complementam o desenvolvimento do conteúdo. Essa ampliação pode acontecer com indi- cações de filmes, sites e livros, intro- dução de exemplos, complementos e curiosidades, indicação de pontos de atenção, explicação de termos e conceitos e sugestões de reflexões de pesquisas. Estrutura didática Os livros da 1.ª e da 2.ª série apresentam uma organização de conteúdos e propostas de atividade que evidencia a sequência didática da coleção e oferece ferramentas para auxiliar a prática dos professores e o estudo dos alunos. Seção Disciplina & sociedade/arte/cultura/meio ambiente/ tecnologia: nas seções que finalizam a exposição teórica dos módulos são propostas atividades que propiciam a aplicação dos conceitos e, em muitos casos, a reflexão, a análise e a construção de novos saberes. As propostas podem indicar um trabalho coletivo com o objetivo de estimular a interação com a comunidade em que se vive, alinhando-se aos pilares de Complexidade e saberes múltiplos e Transformação da realidade. Atividades: Concluindo a sequência didática dos livros, os alunos são apresentados a um grupo de questões dos mais relevantes vestibulares e do Enem como forma de testar seus conhecimentos e como autoavaliação. Elas são organizadas em quatro seções: Resolvidos, Praticando, Desenvolvendo habilidades e Complementares. Dentro de cada uma das seções, as questões são organizadas por seu grau de dificuldade. Todas as seções apresentam questões fáceis, médias e difíceis. Na seção Desenvolvendo habilidades são indicadas as competências e habilidades do Enem exploradas em cada uma das questões. Na seção Complementares há um grupo maior de questões, dentre as quais encontram-se questões desafio, conexões e discursivas. Ainda na seção de atividades, você irá observar a presença de QR Codes nas questões das últimas provas do Enem. Esse QR code irá direcionar os alunos para um vídeo no qual as questões são comentadas. Por fim, os QR Codes presentes ao final da seção de atividades direcionam os alunos e os professores aos gabaritos das questões, e os professores a comentários de apoio e solucionários. AtividadesAtividades: Concluindo a sequência didática dos livros, os alunos são apresentados a um grupo de livros, os alunos são apresentados a um grupo de questões dos mais relevantes vestibulares e do questões dos mais relevantes vestibulares e do Enem como forma de testar seus conhecimentos Enem como forma de testar seus conhecimentos e como autoavaliação. Elas são organizadas e como autoavaliação. Elas são organizadas em quatro seções: em quatro seções: Resolvidos, Praticando, Desenvolvendo habilidadesDesenvolvendo habilidades e Complementares Dentro de cada uma das seções, as questões são Dentro de cada uma das seções, as questões são organizadas por seu grau de dificuldade. Todas as seções apresentam questões fáceis, médias e difíceis. Na seção Desenvolvendo habilidades indicadas as competências e habilidades do Enem exploradas em cada uma das questões. Na seção Complementares há um grupo maior de questões, dentre as quais encontram-se questões desafio, conexões e discursivas. Ainda na seção de atividades, você irá observar a presença de QR Codes nas questões das últimas provas do Enem. Esse QR code irá direcionar os alunos para um vídeo no qual as questões são comentadas. Por fim, os QR Codes presentes ao final da seção de atividades direcionam os alunos e os professores aos gabaritos das questões, e os professores a comentários de apoio e solucionários. PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 13 16/09/2019 14:49:09 CONHEÇA OS RECURSOS DIGITAISDIGITAISDIGITAIS PLATAFORMA ADAPTATIVA ENTENDEU A AULA DE HOJE? A plataforma adaptativa permite que você resolva exercícios encaminhados pelo professor e revise o conteúdo visto na semana. Veja como é fácil: COMO VOCÊ E SUA FAMÍLIA ACOMPANHAM SEU DESEMPENHO? Quando alguma atividade da plataforma adaptativa for agendada, aluno e responsável serão comunicados por meio de um aplicativo. Além de enviar um lembrete da tarefa ao aluno, essa ferramenta permite ao responsável o acompanhamento, em tempo real, do desempenho do estudante e o momento em que o exercício é concluído. As notificações serão enviadas quando: • uma atividade for encaminhada; • restarem 24 horas para o encerra- mento do período para a atividade; • os exercícios forem resolvidos; • a tarefa não foi realizada. DIGITAISDIGITAISDIGITAIS Selecione a disciplina disponível e resolva os 4 exercícios propostos na plataforma. Acesse o site ava.sae.digital e insira seu login e senha. Caso seu desempenho esteja abaixo do esperado, você deverá assistir a uma videoaula sobre o conteúdo. Após assistir à videoaula, 3 questões deverão ser respondidas para finalizar a tarefa e verificar seu aprendizado. 1 2 3 4 • Acesse a Play Store (Android) ou a App Store (IOS) de seu smartphone e faça o download do aplicativo SAE NOTIFICA. • No aplicativo, insira seu login e senha (aluno e responsável, conforme cadas- tro da escola). Acesse a Play Store (Android) ou a App Store (IOS) de seu smartphone e faça o SAE NOTIFICA. No aplicativo, insira seu login e senha (aluno e responsável, conforme cadas- D m i T ; O m el ch en ko ; p ho tk a; G ts ; G Ca pt ur e/ Sh ut te rs to ck SAE QUESTÕES ARRASE NO ENEM Em consonância com o Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos, declarado pela ONU, apresentamos como Objeto Digital um simulador da Tabela Periódica, que possibilita ao aluno e ao professor interagirem de forma dinâmica e interativa com os 118 elementos químicos. O QUE O ENEM ESTÁ AVALIANDO? Com o aplicativo SAE QUESTÕES você poderá aprimorar seus estudos solucionando as questões presentes nas edições da avaliação do ENEM. TEMAS DA ATUALIDADE Acessando o item “Atualidades” do aplicativo, é possível acompanhar o canal “DOBRADINHA SAE”, que traz, semanalmente, um professor de redação juntamente com um professor de outra disciplina debatendo temáticas da atualidade e dando dicas e sugestões de como escrever e estruturar uma boa redação. QRCODE NAS QUESTÕES ENEM As questões do ENEM possuem QR codes. Depois de resolver essas questões, confira o vídeo com a resolução comentada. Para isso, acesse o item “Leitor QRcode” do aplicativo e posicione a câmera de seu smartphone em frente ao código da questão. Para ter acesso a esse recurso, basta: 1. Baixar o aplicativo SAE QUESTÕES, disponível na Play Store (Android) e também na App Store (IOS). 2. Fazer um cadastro informando um e-mail válido e elaborar uma senha de acesso. SIMULADOR – TABELA PERIÓDICA Quer acessar centenas de aulas para arrasar no ENEM? Acesse a plataforma adaptativa com seu login e senha e clique em ARRASE NO ENEM. Você vai encontrar inúmeras videoaulas com conteúdo completo para o ENEM. E não acaba aí! Você poderá contar com roteiros de estudos em formato PDF presentes em cada videoaula disponível. Também é possível acessar as aulas pelos QRcodes presentes nas aberturas dos módulos. CONHEÇA OS RECURSOS PLATAFORMA ADAPTATIVA ENTENDEU A AULA DE HOJE? A plataformaadaptativa permite que você resolva exercícios encaminhados pelo professor e revise o conteúdo visto na semana. Veja como é fácil: COMO VOCÊ E SUA FAMÍLIA ACOMPANHAM SEU DESEMPENHO? Quando alguma atividade da plataforma adaptativa for agendada, aluno e responsável serão comunicados por meio de um aplicativo. Além de enviar um lembrete da tarefa ao aluno, essa ferramenta permite ao responsável o acompanhamento, em tempo real, do desempenho do estudante e o momento em que o exercício é concluído. As notificações serão enviadas quando: • uma atividade for encaminhada; • restarem 24 horas para o encerra- mento do período para a atividade; • os exercícios forem resolvidos; • a tarefa não foi realizada. Selecione a disciplina disponível e resolva os 4 exercícios propostos na plataforma. Acesse o site ava.sae.digital e insira seu login e senha. Caso seu desempenho esteja abaixo do esperado, você deverá assistir a uma videoaula sobre o conteúdo. Após assistir à videoaula, 3 questões deverão ser respondidas para finalizar a tarefa e verificar seu aprendizado. 1 2 3 4 • Acesse a Play Store (Android) ou a App Store (IOS) de seu smartphone e faça o download do aplicativo SAE NOTIFICA. • No aplicativo, insira seu login e senha (aluno e responsável, conforme cadas- tro da escola). D m i T ; O m el ch en ko ; p ho tk a; G ts ; G Ca pt ur e/ Sh ut te rs to ck SAE QUESTÕES ARRASE NO ENEM Em consonância com o Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos, declarado pela ONU, apresentamos como Objeto Digital um simulador da Tabela Periódica, que possibilita ao aluno e ao professor interagirem de forma dinâmica e interativa com os 118 elementos químicos. O QUE O ENEM ESTÁ AVALIANDO? Com o aplicativo SAE QUESTÕES você poderá aprimorar seus estudos solucionando as questões presentes nas edições da avaliação do ENEM. TEMAS DA ATUALIDADE Acessando o item “Atualidades” do aplicativo, é possível acompanhar o canal “DOBRADINHA SAE”, que traz, semanalmente, um professor de redação juntamente com um professor de outra disciplina debatendo temáticas da atualidade e dando dicas e sugestões de como escrever e estruturar uma boa redação. QRCODE NAS QUESTÕES ENEM As questões do ENEM possuem QR codes. Depois de resolver essas questões, confira o vídeo com a resolução comentada. Para isso, acesse o item “Leitor QRcode” do aplicativo e posicione a câmera de seu smartphone em frente ao código da questão. Para ter acesso a esse recurso, basta: 1. Baixar o aplicativo SAE QUESTÕES, disponível na Play Store (Android) e também na App Store (IOS). 2. Fazer um cadastro informando um e-mail válido e elaborar uma senha de acesso. SIMULADOR – TABELA PERIÓDICA Quer acessar centenas de aulas para arrasar no ENEM? Acesse a plataforma adaptativa com seu login e senha e clique em ARRASE NO ENEM. Você vai encontrar inúmeras videoaulas com conteúdo completo para o ENEM. E não acaba aí! Você poderá contar com roteiros de estudos em formato PDF presentes em cada videoaula disponível. Também é possível acessar as aulas pelos QRcodes presentes nas aberturas dos módulos. PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 14 16/09/2019 14:49:18 CONHEÇA OS RECURSOS PLATAFORMA ADAPTATIVA ENTENDEU A AULA DE HOJE? A plataforma adaptativa permite que você resolva exercícios encaminhados pelo professor e revise o conteúdo visto na semana. Veja como é fácil: COMO VOCÊ E SUA FAMÍLIA ACOMPANHAM SEU DESEMPENHO? Quando alguma atividade da plataforma adaptativa for agendada, aluno e responsável serão comunicados por meio de um aplicativo. Além de enviar um lembrete da tarefa ao aluno, essa ferramenta permite ao responsável o acompanhamento, em tempo real, do desempenho do estudante e o momento em que o exercício é concluído. As notificações serão enviadas quando: • uma atividade for encaminhada; • restarem 24 horas para o encerra- mento do período para a atividade; • os exercícios forem resolvidos; • a tarefa não foi realizada. Selecione a disciplina disponível e resolva os 4 exercícios propostos na plataforma. Acesse o site ava.sae.digital e insira seu login e senha. Caso seu desempenho esteja abaixo do esperado, você deverá assistir a uma videoaula sobre o conteúdo. Após assistir à videoaula, 3 questões deverão ser respondidas para finalizar a tarefa e verificar seu aprendizado. 1 2 3 4 • Acesse a Play Store (Android) ou a App Store (IOS) de seu smartphone e faça o download do aplicativo SAE NOTIFICA. • No aplicativo, insira seu login e senha (aluno e responsável, conforme cadas- tro da escola). D m i T ; O m el ch en ko ; p ho tk a; G ts ; G Ca pt ur e/ Sh ut te rs to ck SAE QUESTÕES ARRASE NO ENEM Em consonância com o Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos, declarado pela ONU, apresentamos como Objeto Digital um simulador da Tabela Periódica, que possibilita ao aluno e ao professor interagirem de forma dinâmica e interativa com os 118 elementos químicos. O QUE O ENEM ESTÁ AVALIANDO? Com o aplicativo SAE QUESTÕES você poderá aprimorar seus estudos solucionando as questões presentes nas edições da avaliação do ENEM. TEMAS DA ATUALIDADE Acessando o item “Atualidades” do aplicativo, é possível acompanhar o canal “DOBRADINHA SAE”, que traz, semanalmente, um professor de redação juntamente com um professor de outra disciplina debatendo temáticas da atualidade e dando dicas e sugestões de como escrever e estruturar uma boa redação. QRCODE NAS QUESTÕES ENEM As questões do ENEM possuem QR codes. Depois de resolver essas questões, confira o vídeo com a resolução comentada. Para isso, acesse o item “Leitor QRcode” do aplicativo e posicione a câmera de seu smartphone em frente ao código da questão. Para ter acesso a esse recurso, basta: 1. Baixar o aplicativo SAE QUESTÕES, disponível na Play Store (Android) e também na App Store (IOS). 2. Fazer um cadastro informando um e-mail válido e elaborar uma senha de acesso. SIMULADOR – TABELA PERIÓDICA Quer acessar centenas de aulas para arrasar no ENEM? Acesse a plataforma adaptativa com seu login e senha e clique em ARRASE NO ENEM. Você vai encontrar inúmeras videoaulas com conteúdo completo para o ENEM. E não acaba aí! Você poderá contar com roteiros de estudos em formato PDF presentes em cada videoaula disponível. Também é possível acessar as aulas pelos QRcodes presentes nas aberturas dos módulos. CONHEÇA OS RECURSOS PLATAFORMA ADAPTATIVA ENTENDEU A AULA DE HOJE? 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TEMAS DA ATUALIDADE Acessando o item “Atualidades” do aplicativo, é possível acompanhar o canal “DOBRADINHA SAE”, que traz, semanalmente, um professor de redação juntamente com um professor de outra disciplina debatendo temáticas da atualidade e dando dicas e sugestões de como escrever e estruturar uma boa redação. QRCODE NAS QUESTÕES ENEM As questões do ENEM possuem QR codes. Depois de resolver essas questões, confira o vídeo com a resolução comentada. Para isso, acesse o item “Leitor QRcode” do aplicativo e posicione a câmera de seu smartphone em frente ao código da questão. Para ter acesso a esse recurso, basta: 1. Baixar o aplicativo SAE QUESTÕES, disponível na Play Store (Android) e também na App Store (IOS). 2. Fazer um cadastro informando um e-mail válido e elaborar uma senha de acesso. SIMULADOR – TABELA PERIÓDICA Quer acessar centenas de aulas para arrasar no ENEM? Acesse a plataforma adaptativa com seu login e senha e clique em ARRASE NO ENEM. 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Há diferentes formas de organizar seu tempo para estudar além daquele em que você está na sala de aula com seus professores e colegas. Há quem prefira estudar assim que chega em casa (ou no am- biente destinado ao estudo), enquanto outros prefe- rem ocupar-se com outras atividades e iniciar o estu- do individual mais tarde. É uma opção pessoal. Entretanto, há determinadas atitudes que pode- rão ajudá-lo, independente de quaisquer variáveis. Inicialmente, observe sua postura em sala de aula, du- rante os trabalhos feitos em classe. Ao iniciar as aulas, faça um “aquecimento” do con- teúdo: enquanto o professor prepara o ambiente de trabalho, realize uma rápida leitura daquilo que será exposto na aula. Isso o ajudará a entender melhor os conteúdos e a sequência de ideias. Além disso, reco- menda-se usar um caderno de anotações. Anotar os apontamentos feitos pelo professor é indispensável para seu estudo posterior. Outra etapa essencial para seu estudo autônomo ocorre fora da escola: em casa ou em outro ambiente destinado a esse fim. Para esses momentos, aconselha- -se uma série de atitudes que poderão ser ajustadas e proporcionarão um aproveitamento ideal do seu tempo e energia. O local de estudo deve ser tranquilo e silencioso. Para que a sua concentração e a retenção do que se estuda sejam maiores. Evite sons, música, televisão ou quaisquer outras distrações. Embora não pareça, essas interferências podem atrapalhar, e muito, sua concentração. Para quaisquer áreas do conhecimento, inicie seu estudo com uma rápida revisão do que foi desenvol- vido em sala de aula, tanto recorrendo ao seu mate- rial do sistema SAE, quanto às anotações feitas em seu caderno. Dedique alguns minutos a isso. Em seguida, cumpra as atividades passadas pelos professores: as pesquisas da seção de fechamento dos capítulos (se houver) e, principalmente, os exercícios propostos. Procure fazer todas as questões ou atividades, pois a quantidade deles é programada para que haja a fixa- ção dos conteúdos. O tempo de estudo também é muito importante. Procure destinar ao menos meia hora de estudo em casa para cada aula dada em sala de aula. Com isso, os conteúdos a serem estudados não se acumulam e você evita trabalhos mais intensos e desgastantes nas datas que antecedem as avaliações. Lembre-se de que método de estudo é algo desen- volvido individualmente e pode passar por ajustes. Contudo nada substitui o trabalho feito pelo aluno so- mado àquele desenvolvido na escola. Bom estudo! PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 16 16/09/2019 14:49:27 SU M ÁR IO SU M ÁR IO • H1 – Interpretar historicamente e/ou geografi camente fontes documentais acerca de aspectos da cultura. • H2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. • H3 – Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos. • H4 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura. • H5 – Identifi car as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades. • H12 – Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades. • H23 – Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades. • H24 – Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades. Habilidades FI LO SO FI A 10 Racionalismo e empirismo 40 Idealismo 28 Filósofos do contrato social 53 A fi losofi a no século XIX 64 A passagem do século XIX para o século XX 84 Filósofos contemporâneos e a compreensão da democracia contemporânea 74 Fenomenologia e Existencialismo 100 Filosofi a da Ciência, Filosofi a da Arte e estética, Pós-modernidade LI VR O AN UA L PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 9 16/09/2019 14:49:28 EM 20 _2 _F IL _0 1 1. É possível conhecer sem os cinco sentidos? 2. A razão se basta a si mesma no processo de conhecimento? 3. O que é mais importante: o conhecimento sensível ou o co- nhecimento intelectual? 4. A dúvida esclarece ou confunde? Enquanto eu queria pensar que tudo era falso, era necessário que eu, ao pensar, fosse alguma coisa. E, con- tando que esta verdade “eu penso, logo existo” era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes supo- sições dos céticos não seriam capazes de a abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava. Depois, examinando com atenção o que eu era, vi que eu podia supor que não tinha corpo algum e que não havia qualquer mundo, ou qualquer lugar onde eu existisse; mas nem por isso podia supor que não existia. Vi, por fim, que, se tivesse parado de pensar, apesar de tudo o que eu já tivesse imaginado alguma vez como verdadeiro, não teria qualquer razão para crer que eu tivesse existido. Compreendi por aí que eu era uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar. Essa subs- tância, para ser, não necessita de nenhum lugar, nem depende de qualquer coisa material. Dessa maneira, esse “eu”, isto é, a alma pela qual sou o que sou, é inteiramente distinta do corpo e, mesmo, é mais fácil conhecer do que ele. Ainda que o corpo nada fosse, a alma não deixaria de ser tudo o que ela é. Davi Sales Batista/Shutterstock Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Leia o texto e responda às questões. As questões devem ser respondidas com base na experiência pessoal de cada aluno e naquilo que já foi estudado em Filosofi a. A ideia é que se pense como é possívelchegar ao conhecimento, iniciando uma investiga- ção sobre os processos do conhecer. (DESCARTES, René. Discurso do Método. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Col. Os Pensadores.) FIL Filosofia 01 S T A R T 10 Leia o texto e responda às questões. Filosofia 01 S T A R T Tr es t/ W .C om m on s mód. 01/08 EM 20 _2 _F IL _0 1 Racionalismo e empirismo Origem e desafi os do racionalismo moderno • René Descartes • Baruch Spinoza • Empirismo • Francis Bacon • John Locke • David Hume: o empirismo cético Filosofia moderna: o racionalismo de Descartes Filosofia moderna: o empirismo PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 10 16/09/2019 14:49:32 EM 20 _2 _F IL _0 1 Origem e desafios do racionalismo moderno Riv i/W .Co m m on s Astrônomo observa o céu com a utilização de um telescópio. A utilização dos sentidos para a busca do conhecimento torna-se marca da Filosofia da Idade Moderna. A revolução científica foi uma grande quebra de paradigmas na história do pensamento ocidental. A Matemática passou a ocupar um lugar central no pensamento filosófico, uma vez que ela é puramente objetiva e, por meio dela, seria possível deci- frar o mundo. Novas questões, então, surgiram. Simplesmente devemos ignorar os pensamentos e reflexões e passar a confiar exclusivamente naquilo que a experiência comprova? Analisar a possibilidade de utilização da razão humana de um modo con- fiável e de forma a não cometer os erros do passado – é esse o desafio do racionalismo moderno. Se o modo de pensar antigo já não é suficiente para dar con- ta de explicar um mundo cada vez mais complexo, buscam-se novos caminhos. Diante disso, surgiram duas grandes correntes filosóficas que se enfrentaram durante a Idade Moderna: o racio- nalismo e o empirismo. O racionalismo é a linha de pensamento que prioriza a razão como a única instância capaz de produzir um conhecimento seguro e confiável. O saber instituído no passado não permitia conhecer o real com o grau de segurança necessário para se alcançar a certeza no conhecimento e a verdade dos fatos. O racionalismo moderno tem como primeiro passo responder às seguintes questões: todo conhecimento confiável ruiu, então, em que confiar? Como construir o caminho ao saber de modo seguro? Os racionalistas afirmavam que era possível testar tudo aquilo que se percebe pelos sentidos. As experiências metódicas, ainda que aplicadas na prática por via da experiência, só são devida- mente comprovadas com uma adequada utilização da razão. Não basta a empiria: é preciso cál- culos matemáticos, raciocínios lógicos, que demonstrem que aquela experiência de fato resulta em algo correto. Portanto, é preciso aprimorar o modo de se utilizar a razão, para que ela possa explicar como determinado experimento trouxe uma verdade. Entre os principais nomes do racionalismo estão os filósofos René Descartes e Baruch Spinoza. Paradigma: padrão que serve como modelo a ser imitado ou seguido; modelo. Glossário Empiria: doutrina que pressupõe o conhecimento de dados, elementos e acontecimentos com base exclusiva na experiência, por meio unicamente das faculdades sensitivas (em oposição ao que é conheci- do por intermédio da lógica e da racionalidade). Glossário René Descartes A lógica clássica teve início com Aristóteles e representa o estudo de regras para conduzir o pensamento de forma adequada na elabo- ração do conhecimento. São estudados os raciocínios que devem ser feitos para se pensar com coerência. Descartes, avesso à lógica de Aristóteles, propôs uma nova maneira de conduzir a razão para se conhecer corretamente. A Matemática tornou-se imprescindível para a compreensão do mundo. Saiba mais René Descartes foi um pensador francês do século XVII, considerado por muitos estu- diosos o fundador da filosofia moderna. Essa afirmação decorre do fato de ele ter sido uma influência marcante e revolucionária no campo do pensamento, produzindo-a mediante suas críticas às heranças culturais, filosóficas e cien- tíficas deixadas pelos antigos e medievais. A filosofia de Descartes se tornaria uma das principais fundamentações da revolução científica. As descobertas iniciadas por Copérnico e continuadas por Galileu, Newton e outros grandes cientistas abriram as portas ao questionamento de ideias que até então eram consideradas incontestáveis. Inaugura-se um período de dúvidas, de incertezas, pois a antiga lógica clássica, que vinha desde Aristóteles, resultou insuficiente para compreender as novas complexidades do mundo. Era preciso repensar a Filosofia, os princípios do conhecimento e criar novos caminhos para que fosse possível compreender a realidade com maior grau de certeza e exatidão possíveis. HALS, Frans. Retrato de René Descartes (1596-1650). c. 1649-1700. Óleo sobre tela, 77,5 x 68,5 cm. Museu do Louvre, Paris (França). 11FIL PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 11 16/09/2019 14:49:33 EM 20 _2 _F IL _0 1 EM 20 _2 _F IL _0 1 Descartes foi o primeiro filósofo a propor um método seguro de investigação. Galileu já construíra um método científico, que exigia a observação e o questionamento rigorosos de dados co- lhidos pela experiência, porém faltava a construção racional para poder compreender esses dados. Descartes foi o filósofo que es- truturou o caminho mais seguro e preciso de investigação, conhe- cido como método cartesiano. Proveniente de família nobre, Descartes nasceu em 31 de mar- ço de 1596. O pensador foi educado em um colégio jesuíta com sólida formação filosófica e científica. Esses estudos lhe permiti- ram conhecer a filosofia escolástica da Idade Média, fato que in- fluenciaria seus pensamentos em relação ao desenvolvimento de temáticas referentes a Deus, tais como a busca pela comprovação da existência de Deus e o desejo de conciliar fé e razão. Os estudos das filosofias antiga e escolástica lhe ajudaram, ainda, a construir uma sólida formação em conceitos metafísicos, que seriam essen- ciais para o seu método. Descartes considerou a metafísica essencial por indicar quais temas os cientistas devem estu- dar, direcionando o que se deve procurar, quais os problemas que envolvem tal assunto e quais regras devem ser utilizadas para solucionar essas questões. O filósofo francês afirmava que o método, a física e a metafísica apresentam vínculos e fun- ções inter-relacionadas, sendo essa ideia apresentada em sua obra Princípios da filosofia. Nela, Descartes afirma que: Ve rsa til H om e Vid eo Descartes Ano: 1974 Diretor: Roberto Rossellini Sinopse: Roberto Rossellini realizou diversos fi lmes biográfi cos sobre fi lósofos como Sócrates e Agostinho. Nesse fi lme, apresenta os principais pensamentos de Descartes, sendo que alguns trechos dos livros do fi lósofo foram integralmente reproduzidos no fi lme. Filme “Assim, toda a filosofia é como uma árvore cujas raízes equivalem à metafísica, o tronco é a física e os ramos que saem deste tronco são todas as outras ciências, que se reduzem a três principais, a saber: a me- dicina, a mecânica e a moral; penso na mais elevada e mais perfeita moral, que, pressupondo um inteiro conhecimento das outras ciências, é o último grau da sabedoria. Ora, como não é das raízes, nem do tronco das árvores, que se colhem os frutos, mas somente das extre- midades dos seus ramos, assim a principal utilidade da filosofia depende daquelas partes que só se podem aprender em último lugar.” (DESCARTES, René. Princípios da Filoso� a. Porto: Areal Editores. p. 55.) Galhos: todas as outras ciências Tronco: física Raízes: metafísica Sup aw ad ee /S hu tte rst oc k O método cartesiano O método cartesiano é o conjunto de regras fáceis e certas que possibilitam a correta con- dução da razão na elaboração do conhecimento verdadeiro. Além disso, não se trata de conhe- cer a verdade simplesmente por conhecer, mas sim de um grandioso esforço empreendido por Descartes com o objetivo de construir um método aplicável à própriavida. O método cartesiano foi apresentado primeiramente na obra Regras para a orientação do espí- rito, na qual foram enumeradas 21 regras, as quais Descartes reduziu para quatro no Discurso do método. Essa simplificação decorreu do fato de Descartes ter entendido que as ações funcionam melhor se existirem poucas leis, sendo necessário que estas sejam seguidas rigorosamente. Capa de uma das primeiras edições do Discurso do método. Lu po /W .Co mm on s Desenho de Descartes, publicado em 1664, representando o percurso da sensação de dor no corpo humano. – O tema de análise da filosofia dos modernos é a questão sobre a validade do conhecimento e da forma correta de uso das faculdades que o ser humano possui para elaborá-lo. We llc om e Lib ra ry, Lo nd on 12 FIL PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 12 16/09/2019 14:49:34 EM 20 _2 _F IL _0 1 EM 20 _2 _F IL _0 1 Seguindo os passos de Galileu, Descartes via no mundo uma harmonia matemática, que pas- sou a ser concebida como a linguagem universal capaz de descrever e entender o mundo. Porém, para o filósofo francês, a matemática comum não era capaz disso, já que não havia um método que guiasse o pesquisador nas investigações, pois carecia de uma base sólida e segura que justifi- casse os resultados obtidos. Para atingir esse objetivo, Descartes formulou seu método. As quatro regras do método cartesiano 1) Regra da evidência: considerar como verdadeiro apenas aquilo que seja absolutamente evidente, isto é, sobre o qual não paire a menor dúvida, de modo que se evite a precipitação e a prevenção. 2) Regra da análise: indica a divisão de um problema complexo em parcelas mais simples, examinando cada parte de acordo com a regra de evidência. 3) Regra da síntese: ressalta a importância de se ordenar os pensamentos, classifi cando-os do mais simples ao mais complexo, lembrando de organizar também aqueles que não prece- dem naturalmente aos outros. Trata-se da síntese que reorganiza o objeto estudado, impon- do-lhe uma lógica de raciocínios que permite sua melhor compreensão, pois permite passar do conhecido ao desconhecido. 4) Regra da enumeração e revisão: consiste na revisão e enumeração de todos os passos dados no estudo do problema. Ao final dessas etapas, volta-se novamente à evidência, visto que só ao ultrapassar rigoro- samente essas regras se obterá um conhecimento claro e distinto. Não podemos simplesmente confiar em um conhecimento imediato, é preciso testá-lo, analisá-lo. Faz-se isso por meio do mé- todo dedutivo, que decompõe e confirma o conhecimento imediato. E é com a confirmação pela dedução que voltamos à evidência e que conduz ao ato intuitivo. O alcance da evidência ocorre por meio do ato intuitivo, visto que esse é um conceito da mente pura, decorrente apenas da razão, trazendo conhecimentos mais corretos do que a própria dedu- ção. O método dedutivo é realizado mediante raciocínios, portanto não pode ter a evidência de um conhecimento imediato como o intuitivo. A dedução procede por etapas, enquanto a intuição é instantânea e completa, ou seja, vai direto à coisa, tal como quando olhamos um objeto. Quando enxergamos algo, não o vemos por parte ou etapas, mas a figura inteira. Método indutivo é aquele que parte de premissas particulares verdadeiras para se alcançar uma conclusão universal provável. Por exemplo: Premissa particular 1: ao observarmos um corvo, constatamos que este é negro. Premissa particular 2: ao observarmos outro corvo, constatamos que este também é negro. Premissa particular 3: ao observarmos um terceiro corvo, constatamos que este também é negro. Ao observarmos um número “n” de corvos, constatamos que todos eles são negros. Logo, todo corvo é negro (conclusão). Método dedutivo é aquele que parte de uma premissa universal verdadeira para chegar a uma conclusão menor, que necessariamente deverá ser verdadeira. Ex.: Todo homem é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal (conclusão). A ideia de que Sócrates é mortal já se encontrava implicitamente na primeira afirmação. A primeira intuição é apenas imediata, não é capaz de entender o objeto em suas múltiplas par- tes, por isso é preciso que seja confirmada pela dedução. Até porque, como o próprio Descartes afirma, como podemos ter certeza de que tivemos uma intuição ou apenas má imaginação? A dúvida metódica Descartes estabelece a necessidade da existência de uma dúvida geral, a qual possa ser aplica- da a todos os conhecimentos, a todas as coisas, isto é, deve-se colocar tudo em dúvida. A dúvida me- tódica deve colocar em dúvida nossas certezas sobre as coisas, nossos hábitos, nossas relações etc. É preciso verificar tudo, e, a partir disso, tentar distinguir o que é verdadeiro do que é falso. “[...] nunca aceitar coisa alguma como verdadeira sem que a conhecesse evidentemente como tal; ou seja, evitar cuidadosamente a precipitação e a preven- ção, e não incluir em meus juízos nada além daquilo que se apresentasse tão clara e distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida.” (DESCARTES, René. Discurso do método. Tradução de: GALVÃO, Maria Ermantina. São Paulo: Martins Fontes, 2003.) Importante O primeiro objetivo de Des- cartes ao criar o método era conduzir bem a própria vida. Assim, antes de utilizá-lo para a busca da verdade e compreensão do mundo e dos fenômenos, era preciso verifi car se esse método fazia com que o fi lósofo vivesse da melhor forma possível. Observe Ato intuitivo (ou intuição): refere-se àquele momento em que temos uma evidência, uma constatação de forma instantânea sobre alguma coisa. Glossário A intuição não é fruto de sorte ou do acaso, mas sim de um grande esforço e estudo que vêm antes e que possibilita a intuição. Isaac Newton, por exemplo, jamais teria a intuição sobre as leis da gravidade ao ter a maçã caindo em sua cabeça se já não fosse um estudioso sobre o assunto. Observe 13FIL PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 13 16/09/2019 14:49:35 EM 20 _2 _F IL _0 1 EM 20 _2 _F IL _0 1 A dúvida metódica consiste em considerar como falso tudo aquilo que não se pode conhe- cer com certeza. Questiona-se se nada é ver- dadeiro e se tudo é falso. Mas se tudo é falso, qual a segurança que podemos ter de que é possível conhecer algo verdadeiro? Ou ainda, será que existe algo que seja indubitável? Descartes põe tudo em dúvida, passando a questionar desde a Matemática e todos os ou- tros saberes até colocar em xeque a própria existência. Quem garante que não estamos so- nhando nesse exato momento? Com base no argumento do sonho, Descartes concluiu que: Indubitável: é tudo aquilo de que não se pode duvidar. Descartes busca um funda- mento seguro para servir como base na busca pela certeza. Glossário St efa n Ho lm /S hu tte rst oc k O pensador, de Rodin. O ser pensante é a primeira evidência de existên- cia para Descartes, pois ainda que eu coloque a existência de tudo em dúvida, essa dúvida é um pensamento, e para isso ocorrer, é necessário que alguém esteja pensando. Portanto, “penso, logo existo”, pois não posso pensar sem existir. A ideia de negar tudo para então sair em busca do verdadeiro conhecimento é constante na história da Filosofi a. Como exemplo, podemos citar Sócrates com a máxima “Só sei que nada sei”. Observe “E enfim, considerando que todos os mesmos pensamentos que temos quando despertos nos podem tam- bém ocorrer quando dormimos, sem que haja nenhum, nesse caso, que seja verdadeiro, resolvi fazer de conta que todas as coisas que até então haviam entrado no meu espírito não eram mais verdadeiras que as ilusões de meus sonhos. Mas, logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos nãoseriam capazes de abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como primeiro princípio da Filosofia que procurava.” (DESCARTES, René. Discurso do método. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 91-92.) É importante assinalar que essa postura cartesiana de não aceitar nada como verda- deiro segue até hoje como um dos pilares do conhecimento científico. A resposta à questão só poderá ser aceita como verdadeira depois de devidamente comprovada. A primeira certeza fundamental alcançada pela aplicação do método é a intuição da cons- ciência de si mesmo como ser pensante. O co- gito ergo sum torna-se o princípio primeiro da filosofia de Descartes, a certeza fundamental que lhe garante uma base sólida para alcançar o conhecimento seguro e verdadeiro. Com a certeza do cogito cartesiano, o fun- damento da Filosofia não é mais Deus ou o Ser, mas a própria razão humana como consciência pensante que duvida. As ideias e as provas da existência de Deus Descartes já provou a existência do ser pensante. Agora, o pensador francês precisa provar se é certo que existe a árvore, o mundo, Deus etc. Existem várias ideias na mente do sujeito que precisam ser confirmadas, como as ideias de Deus e mundo. Para o filósofo francês, há três tipos de ideias: Tipo de ideias Inatas Adventícias Factícias Definição São ideias que existem em nós mesmos, que nascem com a nossa consciência; fazem parte do ser pensante. Ideias que vêm de fora e representam coisas completamente diferentes de nós. Ideias construídas por nós e que não são reais, ou seja, são imaginadas. Exemplos Ideia de Deus, de perfeição, de formas geométricas. Ideia de uma árvore, de um animal, de um carro. Seres mitológicos. ● se posso duvidar de minha própria existência, signifi ca que sou capaz de pensar. ● se sou capaz de pensar, quer dizer que posso afi rmar, negar ou duvidar que existo. ● se posso afi rmar, negar ou duvidar de minha própria existência, signifi ca que eu penso. ● se eu penso, eu existo: cogito ergo sum. Penso, logo existo. Descartes aceita qualquer argumento contrário, não importando se ele é fraco ou não. A regra é: se tem um argumento contrário, eu vou aceitá-lo, pois o objetivo é chegar a algo que não tenha nenhum argumento contrário. Atenção Ma th ias re x/ W. Co m m on s FORSBERG, Nils. Disputa de Rainha Cristina e René Descartes. 1884. Óleo sobre tela. Museu Nacional de Versalhes, França. (detalhe) – René Descartes na corte da Rainha Cristina, da Suécia. 14 FIL PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 14 16/09/2019 14:49:36 EM 20 _2 _F IL _0 1 EM 20 _2 _F IL _0 1 As ideias factícias não existem, são criações do sujeito. Resta então saber se as outras duas, as inatas e adventícias, possuem realidade. O que está em xeque é: o ser humano tem evidência de que existe, mas será que tem a evidência de que pode conhecer algo fora dele? A primeira e mais importante pergunta é acerca da existência de Deus. Para Descartes, a ideia de Deus é uma ideia inata na consciência humana. Todos nascem com a ideia de um ser infinito e eterno, que seja o princípio da criação. Descartes apresenta três provas para a existência de Deus: 1.ª prova Se existe em nós a ideia de um ser eterno e infinito, esse ser necessariamente precisa existir. 2.ª prova Se nenhum ser humano é perfeito, como pode ter a ideia de um ser perfeito? Ora, do nada, nada se faz; do ser imperfeito não pode surgir um ser perfeito. A simples ideia de um ser perfeito em nós revela que essa ideia nos foi inserida por um outro ser, um ser perfeito. 3.ª prova Nós não podemos sustentar a nossa existência. Sabemos que existimos, mas não de onde vie- mos ou por que existimos. Essa garantia de existência só pode provir de um ser maior, perfeito. A terceira prova é muito importante, pois garante a questão da fundamentação do método de pesquisa. Se o ser humano é sustentado por um ser perfeito e eterno, há uma certeza de que o ser humano pode conhecer algo certo e indubitável, pois conhece o mundo a partir da ordem estabelecida por esse ser perfeito e divino. A partir de tal ideia, Descartes entende que a razão humana é sustentada e iluminada pela garantia da verdade de seu criador. Portanto, ele também pode se dedicar ao estudo do mundo. Nesse aspecto, as considerações de Descartes são radicalmente opostas às dos medievais. A exis- tência de Deus não serve de pretexto para a obediência das normas prescritas nas Escrituras, mas para confirmar a possibilidade de o ser humano conhecer. O dualismo e mecanicismo cartesiano Segundo Descartes, há uma divisão entre o mundo imaterial, ou res cogitans (coisa pensante), e o mundo material, ou res extensa (coisa extensa), sendo que ambos os mundos são incomunicáveis. Descartes propõe, então, que tanto o corpo humano quanto os corpos no reino animal são regidos por leis físicas da mecânica. Descartes compara o corpo humano com um relógio: assim como o relógio pode funcionar mecanicamente, o corpo humano, que é considerado uma máquina, também funciona em conformidade com as leis físicas da mecânica. Com exceção do ser humano, todos os ou- tros seres vivos possuem apenas res extensa. No entanto, o dualismo corpo-alma está pre- sente no ser humano, pois além de ser “coisa extensa” (res extensa), o ser humano também é “ser pensante” (res cogitans). Descartes sinteti- za a separação entre corpo (res extensa) e alma (res cogitans) em sua obra Meditações metafísi- cas. O livro é composto de seis “meditações”. O cogito ergo sum foi a primeira evidência de Descartes. Porém, o cogito limita-se a verificar a existência do ser pensante, que é o verdadeiro eu ou alma para Descartes. A essência limita-se ao ser que pensa, de tal forma que o corpo não é essencial para definir a natureza humana. Esse ponto é fundamental como mudança de paradigma na história moderna, pois apresenta a cisão entre corpo e alma. Ambos devem ser analisados de forma diferente. O corpo é uma má- quina e, para ser entendido, deve seguir as leis físicas que regem a matéria. A alma é o ser que pensa, que, por não ser extenso, não pode ser analisado matematicamente. “E, primeiramente, porque sei que todas as coisas que eu concebo clara e distintamente podem ser produzidas por Deus tais como as concebo, basta que possa conceber clara e distintamente uma coisa sem a outra para estar certo de que uma é distinta ou diferente da outra, já que podem ser postas separa- damente, ao menos pela onipotência de Deus, e não importa por que potência se faça essa separação, para que seja obrigado a julgá- -las diferentes. E, portanto, pelo próprio fato de que conheço com certeza que existo, e que, no entanto, noto que não pertence necessariamente nenhuma outra coisa à minha natu- reza ou à minha essência, a não ser que sou uma coisa que pensa, concluo efetiva- mente que minha essência consiste somente em que sou uma coisa que pensa ou uma substância da qual toda a essência ou natureza consiste apenas em pensar. E embora talvez (ou, antes, certamente, como direi logo mais) eu tenha um corpo ao qual estou muito estreita- mente conjugado, todavia, já que, de um lado, tenho uma ideia clara e distinta de mim mesmo, na medida em que sou apenas uma coisa pensante e inextensa, e que, de outro, tenho uma ideia distinta do corpo, na medida em que é apenas uma coisa extensa e que não pensa, é certo que este eu, minha alma, pela qual eu sou o que sou, é inteira e verdadeiramente distinta de meu corpo e que ela pode ser ou existir sem ele.” (DESCARTES, René. Discurso do método; Meditações; Objeções e respostas; As paixões da alma; Cartas. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979. Coleção Os Pensadores.) Observe Di git al St or m /S hu tte rst oc k Ao comparar o corpo humano com um relógio, Descartes concluiu que, assim como o relógio, o corpo está condicionado às leis da mecânica. 15FIL PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 15 16/09/2019 14:49:37EM 20 _2 _F IL _0 1 EM 20 _2 _F IL _0 1 Baruch Spinoza Desconhecido. Retrato de Baruch de Spninoza. 1665. Óleo sobre tela. Baruch Spinoza nasceu em 1632 em Amsterdã, nos Países Baixos. Iniciou seus estudos pela Bíblia Sagrada (língua hebraica e latina) e teve acesso aos ensinamentos de várias ciências. A filosofia racionalista de Spinoza possui influência não apenas da cultura judaica, mas também de seus estudos envolvendo os autores gregos, latinos, escolásticos e modernos. O racionalismo de Spinoza diferencia-se do elaborado por Descartes. Neste, a Filosofia aparece, sobretudo, como uma ten- tativa de se construir um método que possibilite ao ser humano conhecer a verdade. Para Spinoza, o objetivo maior não é conhe- cer, mas dar sentido à vida. Por isso, a filosofia spinozista possui fundo ético com objetivo claro: auxiliar o ser humano a alcançar a felicidade. Outra diferença marcante entre os dois racionalistas é a seguinte: enquanto Descartes parte da dúvida metódica, Spinoza parte da evidência, da certeza. Spinoza também pensava que era preciso partir de algo certo para descobrir uma verdade, mas ao contrário de Descartes, cuja pri- meira evidência é o ser pensante, para Spinoza a primeira evidência, aquela que sustenta todas as outras, não é o cogito ergo sum, mas Deus. A ideia de Deus Há dois conceitos importantes na obra de Spinoza a serem observados para que seja possível compreender a concepção de Deus. ● Substância: é aquilo que existe por si só, que não necessita de outro ser para existir. Assim, apenas Deus é substância como causa que origina os outros seres. Por isso, somente Deus é livre, porque possui a “causa de si em si mesmo”. ● Atributos ou modos da substância: são os entes que, embora possuam essência própria, somente existem por participa- rem da única substância. Dessa forma, todo o Universo, por ser obra de Deus, participa da substância, mas é um atri- buto divino. No entanto, a ideia de Deus para Spinoza não deve ser confundida com o deus pessoal bíblico, pois, para o filósofo, a entidade divina não possui intelecto nem vontade – isso signi- ficaria reduzi-lo à forma humana. Ente: o que existe, ou o que se supõe que exista; ser ou coisa. Indivíduo, pessoa (ente querido). Tudo que existe de maneira concreta, fática, que faz parte da realidade circundante. Glossário Vitral com a imagem de Spinoza onde é possível ler a inscrição: “Aperfei- çoar a compreensão nada mais é do que entender Deus”. Sa bo te s/ W. Co m m on s “Entendo por Deus um ser absolutamente infinito, isto é, uma substância constituída por uma infinidade de atributos, cada um dos quais exprime uma essência eterna e infinita.” (SPINOZA, Baruch. Ética: demonstrada à maneira de geômetras. Tradução de: MELVILLE, Jean. São Paulo: Martin Claret, 2009.) Com base nisso, Spinoza concluiu que “Deus é Natureza”, tal como permaneceu na célebre expressão Deus sive Natura. Dessa forma, a natureza é dividida em duas categorias: ● natureza naturante, que corresponde a Deus; ● natureza naturada, que corresponde a todas as criações divinas, incluindo o mundo e os seres humanos. Para Spinoza, o Deus é imanente, e não transcendente, ou seja, Ele se identifica e está na na- tureza, no mundo, e não fora dele, porque fora dele e da natureza nada existe. É aqui que surge o polêmico panteísmo spinozista, que inclusive lhe custou perseguição religiosa na época. Panteísmo: é a expressão utilizada para designar a crença de que Deus está em tudo. Assim, a natureza é Deus, os animais são Deus etc. Glossário 16 FIL PG20LP325SDW0_MIOLO_EM20_2_FIL_LU_LP.indb 16 16/09/2019 14:49:38 EM 20 _2 _F IL _0 1 EM 20 _2 _F IL _0 1 Teoria do conhecimento Spinoza distanciou-se de Descartes ao defender o paralelismo entre a ordo idearum e a ordo rerum, e não a separação cartesiana entre a res cogitans e a res extensa. Spinoza criticava o dualis- mo cartesiano, alegando que ele impossibilitava a compreensão do mundo. Para Spinoza, Deus como ser pensante gera a ordem das ideias e Deus como ser extenso gera a ordem dos corpos. Porém, ambas as ordens derivam da mesma essência, que é Deus. Com isso, Spinoza defende que há um paralelismo perfeito entre as duas ordens, ou seja, a ordem das ideias está conectada à ordem das coisas. Ambas passam a ser entendidas como faces diversas de um mesmo aconte- cimento: uma no plano do pensamento e outra no plano das coisas. A teoria do conhecimento de Spinoza diferenciou-se da de Descartes por rejeitar o método também. Para o pensador holandês, todo método deve ser justificado por uma argumentação anterior, que precisa ser justificada por outra, e assim até o infinito. Logo, nenhum método pode ser justificado por si só. Por isso, Spinoza decide não partir do método, mas de uma evidência que, em sua fi- losofia, é Deus. Se em Descartes o conhecimen- to deve ser organizado metodicamente, em Spinoza ele deve ser emendado para entrar em harmonia com Deus, tese defendida na obra Tratado sobre a correção do intelecto. Em outras palavras, há uma ordem perfeita no mundo, e o ser humano precisa aprimorar o seu intelecto, que é o ato de emendar, para poder captar me- lhor essa verdade que emana de Deus e que se apresenta no mundo. As expressões ordo idearum e ordo rerum signifi cam or- dem das ideias e ordem das coisas, respectivamente. Glossário Ilustração de Spinoza diante da comunidade judaica em Amsterdã. W. Co m m on s A não utilização do método – já que este sempre precisará de uma explicação e que, por sua vez, essa explicação precisará ser fundamentada, explicada – lembra o nominalismo introduzido pelo franciscano Guilherme de Ockham. Esse fi lósofo argumentava que, para descrevermos algo, precisávamos antes entender os conceitos daquilo que usaríamos para descrever algo e que para entender esses conceitos precisávamos de explicações anteriores, e que isso iria até o infi nito, assim como a crítica de Spinoza ao método. Empirismo Ba nt am Ponto de Mutação Ano: 1991 Diretor: Bernt Capra Sinopse: Uma cientista, um político e um poeta discu- tem sobre o modo de olhar a vida, mostrando de um lado o mecanicismo trazido por Descartes e a possível necessidade de uma visão mais holística. Um bom fi lme para compreender a importância do mecani- cismo de Descartes e, ao mesmo tempo, contemplar os próximos rumos que a ciência poderá tomar. Filme O empirismo é uma corrente filosófica que preza a experiência como critério para se alcançar a verdade e o conhecimento, negando o caráter absoluto da verdade, ao menos daquela verdade acessível ao ser humano. Defende a ideia de que toda verdade pode ser posta à prova, logo pode ser modificada, corrigida ou superada. As ideias são obtidas por meio das experiências e do uso dos sentidos. Francis Bacon Desconhecido. Francis Bacon. 1731. Óleo sobre tela. 76,5 x 63,2 cm. Galeria Nacional (EUA). Francis Bacon nasceu no ano de 1561 na Inglaterra. Participou de vários movimentos nos setores políticos e sociais pelos quais pas- sava a corte inglesa, principalmente no reina- do de Jaime I. A filosofia de Francis Bacon é inicialmente a tentativa de construção de uma nova filosofia, que deixe para trás a velha tradição que vem desde os gregos e que durante a Idade Média e o Renascimento se tornou “as vozes da ver- dade”. Para Bacon, é um absurdo que os ho- mens tenham deixado de tentar interpretar a natureza pela via da experiência para prefe- rirem ouvir discursos de poucos pensadores como Platão, Aristóteles e Tomás de Aquino. Preferir palavras vazias de um filósofo à natu- reza é afrontar a própria criação de Deus, que é o mundo. Com isso, Francis Bacon inaugura um novo cenário para a revolução científica, cada vez mais preocupado com objetivos práticos e úteis à sociedade em geral. Com Bacon, a Filosofia passa cada vez mais a investigar a utilidade das coisas e não tanto o porquê e a causa primeira. Assim, mais importante
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