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A série Legislação reúne textos legais sobre temas 
específicos, com o objetivo de facilitar o acesso da 
sociedade às normas em vigor no Brasil.
Por meio de publicações como esta, a Câmara dos 
Deputados cumpre a missão de favorecer a prática da 
cidadania e a consolidação da democracia no país.
Conheça outros títulos da Edições Câmara 
no portal da Câmara dos Deputados: 
www2.camara.leg.br/documentos-e-pesquisa/publicacoes/edicoes
LEGISLAÇÃO ELEITORAL
7a edição
Câmara dos
Deputados
Série 
Legislação
LEGISLAÇÃO ELEITORAL
7
a edição
LEGISLAÇÃO ELEITORAL
7a edição
Mesa da Câmara dos Deputados
54ª Legislatura – 2011-2015 
4ª Sessão Legislativa
Presidente
Henrique Eduardo Alves
1º Vice-Presidente
André Vargas
2º Vice-Presidente
Fábio Faria
1º Secretário
Márcio Bittar
2º Secretário
Simão Sessim
3º Secretário
Maurício Quintella Lessa
4º Secretário
Biffi
Suplentes de Secretário 
1º Suplente
Gonzaga Patriota
2º Suplente
Wolney Queiroz
3º Suplente
Vitor Penido
4º Suplente
Takayama
Diretor-Geral
Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida
Secretário-Geral da Mesa
Mozart Vianna de Paiva
Câmara dos 
Deputados
LEGISLAÇÃO ELEITORAL
7ª edição
Normas constitucionais, Código Eleitoral e 
legislação correlata.
Atualizada em 3/1/2014.
Centro de Documentação e Informação
Edições Câmara
Brasília | 2014
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Diretoria Legislativa
Diretor: Afrísio Vieira Lima Filho 
Centro de Documentação e Informação
Diretor: Adolfo C. A. R. Furtado
Coordenação Edições Câmara
Diretora: Heloísa Helena S. C. Antunes 
Coordenação de Organização da Informação Legislativa
Diretor: Ricardo Lopes Vilarins
Projeto gráfico de capa e miolo: Patrícia Weiss
Diagramação: Mariana Rausch Chuquer
Foto da capa: Leonardo Prado
Revisão e pesquisa: Seção de Revisão
Organização: Consultoria Legislativa
1998, 1a edição; 2000, 2a edição; 2002, 3a edição; 2006, 4a edição; 2010, 5a edição; 2012, 6ª edição.
Câmara dos Deputados
Centro de Documentação e Informação – Cedi
Coordenação Edições Câmara – Coedi
Anexo II – Praça dos Três Poderes
Brasília (DF) – CEP 70160-900
Telefone: (61) 3216-5809; fax: (61) 3216-5810
editora@camara.leg.br
SÉRIE
Legislação
n. 114
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação
Brasil. [Leis etc.].
Legislação eleitoral [recurso eletrônico] : normas constitucionais, Código eleitoral e legislação 
correlata. – 7. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2014.
295 p. – (Série legislação ; n. 114) 
Atualizada em 3/1/2014.
ISBN 978-85-402-0215-3
1. Legislação eleitoral, Brasil. 2. Sistema eleitoral, legislação, Brasil. I. Brasil. [Código eleitoral 
(1965)] I. Título. II. Série.
CDU 342.8(81)(094)
ISBN 978-85-402-0089-0 (brochura) ISBN 978-85-402-0215-3 (e-book)
SUMÁRIO
Apresentação .........................................................................................................................................9
Normas coNstitucioNais
CONSTITUIçãO DA REPúBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
[Dispositivos referentes a direito eleitoral.] ................................................................................. 13
código ElEitoral
LEI Nº 4.737, DE 15 DE jULhO DE 1965
Institui o Código Eleitoral. .............................................................................................................. 35
Parte Primeira – Introdução ........................................................................................... 35
Parte Segunda – Dos Órgãos da justiça Eleitoral ....................................................... 38
Título I – Do Tribunal Superior ..................................................................................... 39
Título II – Dos Tribunais Regionais .............................................................................. 43
Título III – Dos juízes Eleitorais .................................................................................... 48
Título IV – Das juntas Eleitorais .................................................................................... 50
Parte Terceira – Do Alistamento ................................................................................... 52
Título I – Da Qualificação e Inscrição .......................................................................... 52
Capítulo I – Da Segunda Via ........................................................................................... 56
Capítulo II – Da Transferência ....................................................................................... 57
Capítulo III – Dos Preparadores ..................................................................................... 59
Capítulo IV – Dos Delegados de Partido Perante o Alistamento ............................ 60
Capítulo V – Do Encerramento do Alistamento ........................................................ 60
Título II – Do Cancelamento e da Exclusão .................................................................61
Parte Quarta – Das Eleições ............................................................................................ 63
Título I – Do Sistema Eleitoral ....................................................................................... 63
Capítulo I – Do Registro dos Candidatos ..................................................................... 64
Capítulo II – Do Voto Secreto ......................................................................................... 68
Capítulo III – Da Cédula Oficial .................................................................................... 69
Capítulo IV – Da Representação Proporcional ........................................................... 69
Título II – Dos Atos Preparatórios da Votação ........................................................... 71
Capítulo I – Das Seções Eleitorais.................................................................................. 72
Capítulo II – Das Mesas Receptoras .............................................................................. 72
Capítulo III – Da Fiscalização Perante as Mesas Receptoras ................................... 76
Título III – Do Material para a Votação ....................................................................... 76
Título IV – Da Votação ..................................................................................................... 78
Capítulo I – Dos Lugares da Votação ............................................................................ 78
Capítulo II – Da Polícia dos Trabalhos Eleitorais ....................................................... 80
Capítulo III – Do Início da Votação ............................................................................... 80
Capítulo IV – Do Ato de Votar ....................................................................................... 82
Capítulo V – Do Encerramento da Votação ................................................................. 85
Título V – Da Apuração ................................................................................................... 88
Capítulo I – Dos Órgãos Apuradores ............................................................................ 88
Capítulo II – Da Apuração nas juntas ........................................................................... 88
Seção I – Disposições Preliminares ..................................................................... 88
Seção II – Da Abertura da Urna ........................................................................... 90
Seção III – Das Impugnações e dos Recursos .................................................... 92
Seção IV – Da Contagem dos Votos .................................................................... 93
Seção V – Da Contagem dos Votos pela Mesa Receptora ............................... 99
Capítulo III – Da Apuraçãonos Tribunais Regionais .............................................. 101
Capítulo IV – Da Apuração no Tribunal Superior ................................................... 106
Capítulo V – Dos Diplomas ........................................................................................... 108
Capítulo VI – Das Nulidades da Votação ................................................................... 109
Capítulo VII – Do Voto no Exterior ............................................................................ 111
Parte Quinta – Disposições Várias .............................................................................. 112
Título I – Das Garantias Eleitorais .............................................................................. 112
Título II – Da Propaganda Partidária .......................................................................... 114
Título III – Dos Recursos ............................................................................................... 117
Capítulo I – Disposições Preliminares ........................................................................ 117
Capítulo II – Dos Recursos Perante as juntas e juízos Eleitorais .......................... 119
Capítulo III – Dos Recursos nos Tribunais Regionais ............................................. 120
Capítulo IV – Dos Recursos no Tribunal Superior .................................................. 124
Título IV – Disposições Penais ..................................................................................... 125
Capítulo I – Disposições Preliminares ........................................................................ 125
Capítulo II – Dos Crimes Eleitorais ............................................................................. 126
Capítulo III – Do Processo das Infrações ................................................................... 134
Título V – Disposições Gerais e Transitórias ............................................................ 136
lEgislação corrElata
LEI Nº 1.207, DE 25 DE OUTUBRO DE 1950
(lei João mangabeira)
Dispõe sobre o direito de reunião. ............................................................................................... 143
LEI Nº 4.410, DE 24 DE SETEMBRO DE 1964
Institui prioridade para os feitos eleitorais, e dá outras providências. ................................ 145
LEI Nº 5.782, DE 6 DE jUNhO DE 1972
Fixa prazo para filiação partidária, e dá outras providências. .............................................. 146
LEI Nº 6.091, DE 15 DE AGOSTO DE 1974
(lei Etelvino lins)
Dispõe sobre o fornecimento gratuito de transporte, em dias de eleição, a eleitores 
residentes nas zonas rurais, e dá outras providências. ............................................................ 147
LEI Nº 6.236, DE 18 DE SETEMBRO DE 1975
Determina providências para cumprimento da obrigatoriedade do alistamento 
eleitoral. ............................................................................................................................................ 153
LEI Nº 6.996, DE 7 DE jUNhO DE 1982
Dispõe sobre a utilização de processamento eletrônico de dados nos serviços 
eleitorais e dá outras providências. ..............................................................................................154
LEI Nº 6.999, DE 7 DE jUNhO DE 1982
Dispõe sobre a requisição de servidores públicos pela justiça Eleitoral e dá outras 
providências. .................................................................................................................................... 159
LEI Nº 7.444, DE 20 DE DEzEMBRO DE 1985
(lei do Processamento Eletrônico do Eleitorado)
Dispõe sobre a implantação do processamento eletrônico de dados no alistamento 
eleitoral e a revisão do eleitorado e dá outras providências. ................................................. 161
LEI COMPLEMENTAR Nº 64, DE 18 DE MAIO DE 1990
(lei da inelegibilidade)
Estabelece, de acordo com o art. 14, § 9º da Constituição Federal, casos de inelegi-
bilidade, prazos de cessação, e determina outras providências. ........................................... 165
LEI COMPLEMENTAR Nº 78, DE 30 DE DEzEMBRO DE 1993
Disciplina a fixação do número de deputados, nos termos do art. 45, § 1º, da 
Constituição Federal. ..................................................................................................................... 182
LEI Nº 9.096, DE 19 DE SETEMBRO DE 1995
(lei orgânica dos Partidos Políticos)
Dispõe sobre partidos políticos, regulamenta os arts. 17 e 14, § 3º, inciso V, da 
Constituição Federal. ...................................................................................................................... 183
LEI Nº 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997
(lei das Eleições)
Estabelece normas para as eleições. ............................................................................................206
LEI Nº 9.709, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1998
(lei da soberania Popular)
Regulamenta a execução do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 da Constituição 
Federal. ...............................................................................................................................................283
LEI Nº 11.300, DE 10 DE MAIO DE 2006
Dispõe sobre propaganda, financiamento e prestação de contas das despesas com 
campanhas eleitorais, alterando a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997. .....................286
LEI Nº 12.034, DE 29 DE SETEMBRO DE 2009
Altera as Leis nos 9.096, de 19 de setembro de 1995 – Lei dos Partidos Políticos, 
9.504, de 30 de setembro de 1997, que estabelece normas para as eleições, e 4.737, 
de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral. .................................................................................287
LEI COMPLEMENTAR Nº 135, DE 4 DE jUNhO DE 2010
(lei da Ficha limpa)
Altera a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de 
acordo com o § 9º do art. 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, 
prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de 
inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade 
no exercício do mandato. ......................................................................................................... 289
DECRETO Nº 4.199, DE 16 DE ABRIL DE 2002
Dispõe sobre a prestação de informações institucionais relativas à administração 
pública federal a partidos políticos, coligações e candidatos à Presidência da 
República até a data da divulgação oficial do resultado final das eleições..........................290
lista dE outras Normas E iNFormaçÕEs dE iNtErEssE ..........293
Legislação Eleitoral
7ª edição 9
ApReSentAçãO
A presente edição da Legislação Eleitoral, que agora chega às mãos do leitor, 
foi organizada pela Câmara dos Deputados e contém importantes atualiza-
ções e inovações de conteúdo, levando-se em conta as alterações expressas 
levadas a efeito na legislação ordinária e complementar em vigor.
As disposições constitucionais referentes ao direito eleitoral estão reprodu-
zidas na íntegra e foi procedida uma ampla revisão das redações das nor-
mas, tendo por base os textos publicados nos documentos oficiais.
Temos certeza de que esta nova edição da coletânea de textos da le-
gislação eleitoral e partidária reafirma o compromisso da Câmara dos 
Deputados com a precisão das informações técnicas e a qualidade das 
publicações dirigidas ao leitor, ciente de sua missão institucional na con-
solidação da cidadania.
Deputado henrique Eduardo Alves
Presidente da Câmara dos Deputados
NORmAS cONSTITucIONAIS
Legislação Eleitoral
7ª edição 13
COnStItUIçãO dA RepúblICA fedeRAtIvA dO bRASIl1
[Dispositivos referentes a direito eleitoral.]
TíTULO I
DOS PRINCíPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel 
dos estados e municípios e do Distrito Federal, constitui-seem Estado de-
mocrático de direito e tem como fundamentos:
[...]
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
[...]
TíTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
[...]
CAPíTULO III
DA NACIONALIDADE
Art. 12. São brasileiros: 
I – natos: 
 a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais 
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; 
 b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, 
desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa 
do Brasil; 
 2c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, 
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente 
ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em 
1 Publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, de 5 de outubro de 1988, anexo, p. 1.
2 Alínea com redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 20-9-2007.
Série
Legislação14
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionali-
dade brasileira; 
[...]
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I – de presidente e vice-presidente da República;
II – de presidente da Câmara dos Deputados;
III – de presidente do Senado Federal;
[...]
CAPíTULO IV
DOS DIREITOS POLíTICOS
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
 a) os analfabetos;
 b) os maiores de setenta anos;
 c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o 
período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
 a) trinta e cinco anos para presidente e vice-presidente da República e 
senador;
 b) trinta anos para governador e vice-governador de estado e do 
Distrito Federal;
 c) vinte e um anos para deputado federal, deputado estadual ou distri-
tal, prefeito, vice-prefeito e juiz de paz;
Legislação Eleitoral
7ª edição 15
 d) dezoito anos para vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
3§ 5º O presidente da República, os governadores de estado e do Distrito 
Federal, os prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o presidente da República, os gover-
nadores de estado e do Distrito Federal e os prefeitos devem renunciar aos 
respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os paren-
tes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do presidente 
da República, de governador de estado ou território, do Distrito Federal, de 
prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao 
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior 
e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
4§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os 
prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a mo-
ralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do can-
didato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do 
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta.
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a justiça Eleitoral no 
prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas 
de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, 
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão 
só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
3 Parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 4-6-1997.
4 Parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 7-6-1994.
Série
Legislação16
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, 
nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
5Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de 
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de 
sua vigência.
CAPíTULO V
DOS PARTIDOS POLíTICOS
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos polí-
ticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluri-
partidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os 
seguintes preceitos:
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou gover-
no estrangeiros ou de subordinação a estes;
III – prestação de contas à justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
6§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estru-
tura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de 
escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de 
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital 
ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e 
fidelidade partidária.
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na for-
ma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do Fundo Partidário e aces-
so gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei.
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
TíTULO III
DA ORGANIzAçãO DO ESTADO
[...]
5 Artigo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 14-9-1993.
6 Parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 8-3-2006.
Legislação Eleitoral
7ª edição 17
CAPíTULO II
DA UNIãO
[...]
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho;
[...]
CAPíTULO III
DOS ESTADOS FEDERADOS
[...]
Art. 27. O número de deputados à assembleia legislativa corresponderá 
ao triplo da representação do estado na Câmara dos Deputados e, atingi-
do o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os 
deputados federais acima de doze.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos deputados estaduais, aplicando-se-
-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, 
imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e in-
corporação às Forças Armadas.
[...]
7Art. 28. A eleição do governador e do vice-governador de estado, para 
mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, 
em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se 
houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a 
posse ocorreráem 1º de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao 
mais, o disposto no art. 77.
8§ 1º Perderá o mandato o governador que assumir outro cargo ou função 
na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude 
de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. 
9§ 2º Os subsídios do governador, do vice-governador e dos secretários de 
estado serão fixados por lei de iniciativa da assembleia legislativa, observa-
do o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
7 Caput com redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 4-6-1997.
8 Parágrafo único primitivo transformado em § 1º pela Emenda Constitucional nº 19, de 
4-6-1998.
9 Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 19, de 4-6-1998.
Série
Legislação18
CAPíTULO IV
DOS MUNICíPIOS
Art. 29. O município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, 
com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos mem-
bros da câmara municipal, que a promulgará, atendidos os princípios es-
tabelecidos nesta Constituição, na constituição do respectivo estado e os 
seguintes preceitos:
I – eleição do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores, para mandato de 
quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o país;
10II – eleição do prefeito e do vice-prefeito realizada no primeiro domingo 
de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, 
aplicadas as regras do art. 77 no caso de municípios com mais de duzentos 
mil eleitores;
III – posse do prefeito e do vice-prefeito no dia 1º de janeiro do ano subse-
quente ao da eleição;
11IV – para a composição das câmaras municipais, será observado o limite 
máximo de: 
 a) 9 (nove) vereadores, nos municípios de até 15.000 (quinze mil) 
habitantes;
 b) 11 (onze) vereadores, nos municípios de mais de 15.000 (quinze 
mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes;
 c) 13 (treze) vereadores, nos municípios com mais de 30.000 (trinta 
mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;
 d) 15 (quinze) vereadores, nos municípios de mais de 50.000 (cin-
quenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes;
 e) 17 (dezessete) vereadores, nos municípios de mais de 80.000 (oiten-
ta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;
 f) 19 (dezenove) vereadores, nos municípios de mais de 120.000 
(cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento e sessenta 
mil) habitantes;
 g) 21 (vinte e um) vereadores, nos municípios de mais de 160.000 
(cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos 
mil) habitantes;
10 Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 4-6-1997.
11 Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 23-9-2009. 
Legislação Eleitoral
7ª edição 19
 h) 23 (vinte e três) vereadores, nos municípios de mais de 300.000 (tre-
zentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta 
mil) habitantes;
 i) 25 (vinte e cinco) vereadores, nos municípios de mais de 450.000 
(quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seis-
centos mil) habitantes;
 j) 27 (vinte e sete) vereadores, nos municípios de mais de 600.000 
(seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos e cinquenta 
mil) habitantes;
 k) 29 (vinte e nove) vereadores, nos municípios de mais de 750.000 
(setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecen-
tos mil) habitantes;
 l) 31 (trinta e um) vereadores, nos municípios de mais de 900.000 
(novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cin-
quenta mil) habitantes;
 m) 33 (trinta e três) vereadores, nos municípios de mais de 1.050.000 
(um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um mi-
lhão e duzentos mil) habitantes;
 n) 35 (trinta e cinco) vereadores, nos municípios de mais de 1.200.000 
(um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um mi-
lhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;
 o) 37 (trinta e sete) vereadores, nos municípios de 1.350.000 (um mi-
lhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um 
milhão e quinhentos mil) habitantes;
 p) 39 (trinta e nove) vereadores, nos municípios de mais de 1.500.000 
(um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um 
milhão e oitocentos mil) habitantes;
 q) 41 (quarenta e um) vereadores, nos municípios de mais de 1.800.000 
(um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois 
milhões e quatrocentos mil) habitantes;
 r) 43 (quarenta e três) vereadores, nos municípios de mais de 2.400.000 
(dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 
(três milhões) de habitantes;
 s) 45 (quarenta e cinco) vereadores, nos municípios de mais de 
3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro 
milhões) de habitantes;
Série
Legislação20
 t) 47 (quarenta e sete) vereadores, nos municípios de mais de 4.000.000 
(quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) 
de habitantes;
 u) 49 (quarenta e nove) vereadores, nos municípios de mais de 
5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis 
milhões) de habitantes;
 v) 51 (cinquenta e um) vereadores, nos municípios de mais de 
6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete mi-
lhões) de habitantes;
 w) 53 (cinquenta e três) vereadores, nos municípios de mais de 
7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito mi-
lhões) de habitantes; e
 x) 55 (cinquenta e cinco) vereadores, nos municípios de mais de 
8.000.000 (oito milhões) de habitantes; 
[...]
CAPíTULO V
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
seção i
do distrito Federal
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em municípios, reger-se-á 
por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, 
e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, aten-
didos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
[...]
§ 2º A eleição do governador e do vice-governador, observadas as regras 
do art. 77, e dos deputados distritais coincidirá com a dos governadores e 
deputados estaduais, para mandato de igual duração.
§ 3º Aos deputados distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no 
art. 27.
[...]
seção ii
dos territórios
Art. 33. [...]
Legislação Eleitoral
7ª edição 21
§ 1º Os territórios poderão ser divididos em municípios, aos quais se aplica-
rá, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste título.
[...]
§ 3º Nos territórios federais com mais de cem mil habitantes, além do go-
vernador, nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários 
de primeira e segunda instâncias, membros do Ministério Público e defen-
sores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a câmara territo-
rial e sua competência deliberativa.
CAPíTULO VI
DA INTERVENçãO
Art. 34. A União não intervirá nos estados nem no Distrito Federal, 
exceto para:
[...]
VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
 a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
[...]
CAPíTULO VII
DA ADMINISTRAçãO PúBLICA
seção i
disposições gerais
[...]
12Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e funda-
cional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afas-
tado de seu cargo, emprego ou função;
II – investido no mandato de prefeito, será afastado do cargo, emprego ou 
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de vereador, havendo compatibilidade de horá-
rios, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo 
da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será apli-
cada a norma do inciso anterior;
12 Caput com redação dada pelaEmenda Constitucional nº 19, de 4-6-1998.
Série
Legislação22
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato 
eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exce-
to para promoção por merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os va-
lores serão determinados como se no exercício estivesse.
[...]
TíTULO IV
DA ORGANIzAçãO DOS PODERES
CAPíTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
seção i
do congresso Nacional
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se 
compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, 
eleitos, pelo sistema proporcional, em cada estado, em cada território e no 
Distrito Federal.
§ 1º O número total de deputados, bem como a representação por estado 
e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcio-
nalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano ante-
rior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha 
menos de oito ou mais de setenta deputados.
§ 2º Cada território elegerá quatro deputados.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos estados e do 
Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada estado e o Distrito Federal elegerão três senadores, com mandato 
de oito anos.
§ 2º A representação de cada estado e do Distrito Federal será renovada de 
quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º Cada senador será eleito com dois suplentes.
[...]
Legislação Eleitoral
7ª edição 23
seção ii
das atribuições do congresso Nacional
[...]
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
[...]
XV – autorizar referendo e convocar plebiscito;
[...]
seção V
dos deputados e dos senadores
13Art. 53. Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por 
quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. 
14§ 1º Os deputados e senadores, desde a expedição do diploma, serão sub-
metidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 
15§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional 
não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse 
caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respec-
tiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. 
16§ 3º Recebida a denúncia contra senador ou deputado, por crime ocorrido 
após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, 
que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria 
de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
17§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo im-
prorrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. 
18§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. 
19§ 6º Os deputados e senadores não serão obrigados a testemunhar sobre 
informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, 
nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. 
13 Caput com redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 20-12-2001.
14 Parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 20-12-2001.
15 Idem.
16 Idem.
17 Idem.
18 Idem.
19 Idem.
Série
Legislação24
20§ 7º A incorporação às Forças Armadas de deputados e senadores, embora 
militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da 
Casa respectiva. 
21§ 8º As imunidades de deputados ou senadores subsistirão durante o es-
tado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos 
membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do 
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
Art. 54. Os deputados e senadores não poderão:
I – desde a expedição do diploma:
 a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito pú-
blico, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista 
ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o 
contrato obedecer a cláusulas uniformes;
 b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive 
os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da 
alínea anterior;
II – desde a posse:
 a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze 
de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito pú-
blico, ou nela exercer função remunerada;
 b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas 
entidades referidas no inciso I, a;
 c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a 
que se refere o inciso I, a;
 d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Art. 55. Perderá o mandato o deputado ou senador:
I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II – cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte 
das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão 
por esta autorizada;
IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V – quando o decretar a justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;
VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
20 Parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 20-12-2001.
21 Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 35, de 20-12-2001. 
Legislação Eleitoral
7ª edição 25
§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos 
no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do 
Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela 
Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria 
absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político 
representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela 
Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de 
seus membros ou de partido político representado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa.
22§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa le-
var à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos 
até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º.
Art. 56. Não perderá o mandato o deputado ou senador:
I – investido no cargo de ministro de Estado, governador de território, se-
cretário de estado, do Distrito Federal, de território, de prefeitura de capital 
ou chefe de missão diplomática temporária;
II – licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, 
sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afasta-
mento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.
§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em fun-
ções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.
§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preen-
chê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.
§ 3º Na hipótese do inciso I, o deputado ou senador poderá optar pela re-
muneração do mandato.
[...]
seção Viii
do Processo legislativo
[...]
22 Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional de Revisão nº 6, de 7-6-1994.
Série
Legislação26
subseção ii
da Emenda à constituição
Art. 60. [...]
[...]
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
[...]
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
[...]
subseção iii
das leis
Art. 61. [...]
[...]
§ 2º A iniciativa popular pode serexercida pela apresentação à Câmara dos 
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do elei-
torado nacional, distribuído pelo menos por cinco estados, com não menos 
de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
[...]
Art. 68. [...]
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do 
 Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados 
ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legis-
lação sobre:
[...]
II – nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
[...]
CAPíTULO II
DO PODER EXECUTIVO
seção i
do Presidente e do Vice-Presidente da república
[...]
Legislação Eleitoral
7ª edição 27
23Art. 77. A eleição do presidente e do vice-presidente da República reali-
zar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro 
turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do 
ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.
§ 1º A eleição do presidente da República importará a do vice-presidente 
com ele registrado.
§ 2º Será considerado eleito presidente o candidato que, registrado por par-
tido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em 
branco e os nulos.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, 
far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, 
concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito 
aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou 
impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, 
o de maior votação.
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, 
mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
Art. 78. O presidente e o vice-presidente da República tomarão posse em 
sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defen-
der e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do 
povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o presi-
dente ou o vice-presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido 
o cargo, este será declarado vago.
Art. 79. Substituirá o presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, 
no de vaga, o vice-presidente.
Parágrafo único. O vice-presidente da República, além de outras atribuições 
que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o presidente, sem-
pre que por ele convocado para missões especiais.
Art. 80. Em caso de impedimento do presidente e do vice-presidente, ou 
vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exer-
cício da Presidência o presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado 
Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
23 Caput com redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 4-6-1997.
Série
Legislação28
Art. 81. Vagando os cargos de presidente e vice-presidente da República, 
far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, 
a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, 
pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de 
seus antecessores.
24Art. 82. O mandato do presidente da República é de quatro anos e terá 
início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição.
Art. 83. O presidente e o vice-presidente da República não poderão, sem 
licença do Congresso Nacional, ausentar-se do país por período superior a 
quinze dias, sob pena de perda do cargo.
[...]
CAPíTULO III
DO PODER jUDICIáRIO
[...]
seção Vi
dos tribunais e Juízes Eleitorais
Art. 118. São órgãos da justiça Eleitoral: 
I – o Tribunal Superior Eleitoral;
II – os tribunais regionais eleitorais;
III – os juízes eleitorais;
IV – as juntas eleitorais.
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete 
membros, escolhidos:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
 a) três juízes dentre os ministros do Supremo Tribunal Federal;
 b) dois juízes dentre os ministros do Superior Tribunal de justiça;
II – por nomeação do presidente da República, dois juízes dentre seis advo-
gados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo 
Tribunal Federal.
24 Artigo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 4-6-1997.
Legislação Eleitoral
7ª edição 29
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu presidente e o 
vice-presidente dentre os ministros do Supremo Tribunal Federal, e o cor-
regedor eleitoral dentre os ministros do Superior Tribunal de justiça.
Art. 120. haverá um tribunal regional eleitoral na capital de cada estado e 
no Distrito Federal.
§ 1º Os tribunais regionais eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
 a) de dois juízes dentre os desembargadores do tribunal de justiça;
 b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo tribunal 
de justiça;
II – de um juiz do tribunal regional federal com sede na capital do estado 
ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qual-
quer caso, pelo tribunal regional federal respectivo;
III – por nomeação, pelo presidente da República, de dois juízes dentre seis 
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo tri-
bunal de justiça.
§ 2º O tribunal regional eleitoral elegerá seu presidente e o vice-presidente 
dentre os desembargadores.
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos 
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. 
§ 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das 
juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, 
gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.
§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por 
dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sen-
do os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em 
número igual para cada categoria.
§ 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as 
que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou 
mandado de segurança.
§ 4º Das decisões dos tribunais regionais eleitorais somente caberá re-
curso quando:
I – forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais 
eleitorais;
Série
Legislação30
III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições 
federais ou estaduais;
IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos 
federais ou estaduais;
V – denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou 
mandado de injunção.
[...]
CAPíTULO IV
DAS FUNçõES ESSENCIAIS à jUSTIçA
seção i
do ministério Público
[...]
Art. 128. [...]
[...]
§ 5º Leis complementares da União e dos estados, cuja iniciativa é facultada 
aos respectivos procuradores-gerais, estabelecerão a organização, as atri-
buições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente 
a seus membros:
[...]
II – as seguintes vedações:
[...]
 25e) exercer atividade político-partidária; 
[...]
TíTULO V
DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIçõES DEMOCRáTICAS
[...]
CAPíTULO II
DAS FORçAS ARMADAS
Art. 142. [...]
[...]
25 Alínea com redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 30-12-2004.
Legislação Eleitoral
7ª edição 31
26§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplican-
do-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições:
[...]
27V – o militar, enquanto em serviço ativo, nãopode estar filiado a parti-
dos políticos; 
[...]
TíTULO IX
DAS DISPOSIçõES CONSTITUCIONAIS GERAIS
[...]
Art. 234. É vedado à União, direta ou indiretamente, assumir, em decor-
rência da criação de estado, encargos referentes a despesas com pessoal 
inativo e com encargos e amortizações da dívida interna ou externa da ad-
ministração pública, inclusive da indireta.
Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação de estado, serão observadas as 
seguintes normas básicas:
I – a assembleia legislativa será composta de dezessete deputados se a po-
pulação do estado for inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte e qua-
tro se igual ou superior a esse número, até um milhão e quinhentos mil;
[...]
26 Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 18, de 5-2-1998.
27 Inciso acrescido pela Emenda Constitucional nº 18, de 5-2-1998.
códIGO ELEITORAL
Legislação Eleitoral
7ª edição 35
leI nº 4.737, de 15 de jUlhO de 196528
Institui o Código Eleitoral.
O presidente da República
Faço saber que sanciono a seguinte lei, aprovada pelo Congresso Nacional, 
nos termos do art. 4º, caput, do Ato Institucional, de 9 de abril de 1964.
PARTE PRIMEIRA
INTRODUçãO
Art. 1º Este código contém normas destinadas a assegurar a organização 
e o exercício de direitos políticos, precipuamente os de votar e ser votado.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções para 
sua fiel execução.
Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido, em seu nome, por man-
datários escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por 
partidos políticos nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos previs-
tos na Constituição e leis específicas.
Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eleti-
vo, respeitadas as condições constitucionais e legais de elegibilidade e 
incompatibilidade.
Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de dezoito29 anos que se alista-
rem na forma da lei.
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:
30I – os analfabetos;
II – os que não saibam exprimir-se na língua nacional;
III – os que estejam privados, temporária ou definitivamente, dos di-
reitos políticos.
28 Publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, de 19 de julho de 1965, p. 6746, e retificada no 
Diário Oficial da União, Seção 1, de 30 de julho de 1965.
29 O voto é facultativo aos maiores de dezesseis e menores de dezoito anos, de acordo com o 
art. 14, § 1º, II, c, da Constituição Federal de 1988.
30 Inciso prejudicado pelo art. 14, § 1º, II, a, da Constituição Federal de 1988, que estendeu o 
direito de voto aos analfabetos.
Série
Legislação36
Parágrafo único. Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a 
oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos 
das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais.
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e 
outro sexo, salvo:
I – quanto ao alistamento:
 a) os inválidos;
 b) os maiores de setenta anos;
 c) os que se encontrem fora do país;
II – quanto ao voto:
 a) os enfermos;
 b) os que se encontrem fora do seu domicílio;
 c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite 
de votar.
31Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz elei-
toral até trinta dias após a realização da eleição, incorrerá na multa de três 
a dez por cento sobre o salário mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral 
e cobrada na forma prevista no art. 367.
§ 1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa 
ou de que se justificou devidamente, não poderá o eleitor:
I – inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, inves-
tir-se ou empossar-se neles;
II – receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou 
emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governa-
mentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas 
ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, 
correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;
III – participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos 
estados, dos territórios, do Distrito Federal ou dos municípios, ou das res-
pectivas autarquias;
IV – obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, cai-
xas econômicas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência 
social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo 
governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades 
celebrar contratos;
31 Caput com redação dada pela Lei nº 4.961, de 4-5-1966. 
Legislação Eleitoral
7ª edição 37
V – obter passaporte ou carteira de identidade;
VI – renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado 
pelo governo;
VII – praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar 
ou imposto de renda.
§ 2º Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de dezoito anos, salvo os 
excetuados nos arts. 5º e 6º, I, sem prova de estarem alistados não poderão 
praticar os atos relacionados no parágrafo anterior.
32§ 3º Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, 
será cancelada a inscrição do eleitor que não votar em três eleições con-
secutivas, não pagar a multa ou não se justificar no prazo de seis meses, a 
contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido.
33Art. 8º O brasileiro nato que não se alistar até os dezenove anos ou o 
naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a naciona-
lidade brasileira incorrerá na multa de três a dez por cento sobre o valor do 
salário mínimo da região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscrição 
eleitoral através de selo federal inutilizado no próprio requerimento. 
34Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua 
inscrição eleitoral até o centésimo primeiro dia anterior à eleição subse-
quente à data em que completar dezenove anos.
Art. 9º Os responsáveis pela inobservância do disposto nos arts. 7º e 8º in-
correrão na multa de um a três salários mínimos vigentes na zona eleitoral 
ou de suspensão disciplinar até trinta dias.
Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que não votarem por motivo justifi-
cado e aos não alistados nos termos dos arts. 5º e 6º, I, documento que os 
isente das sanções legais.
Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se encontrar fora de 
sua zona e necessitar documento de quitação com a justiça Eleitoral, pode-
rá efetuar o pagamento perante o juízo da zona em que estiver.
§ 1º A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o eleitor quiser 
aguardar que o juiz da zona em que se encontrar solicite informações sobre 
o arbitramento ao juízo da inscrição.
32 Parágrafo acrescido pela Lei nº 7.663, de 27-5-1988.
33 Caput com redação dada pela Lei nº 4.961, de 4-5-1966.
34 Parágrafo único acrescido pela Lei nº 9.041, de 9-5-1995.
Série
Legislação38
§ 2º Em qualquer das hipóteses, efetuado o pagamento através de selos 
federais inutilizados no próprio requerimento, o juiz que recolheu a multa 
comunicará o fato ao da zona de inscrição e fornecerá ao requerente com-
provante do pagamento.
PARTE SEGUNDA
DOS ÓRGãOS DA jUSTIçA ELEITORAL
Art. 12. São órgãos da justiça Eleitoral:
I – o Tribunal Superior Eleitoral, com sede na capital da República e juris-
dição em todo o país;
II – um tribunal regional, na capital de cada estado, no Distrito Federal e, 
mediante proposta do Tribunal Superior, na capital de território;
III – juntas eleitorais;
IV – juízes eleitorais.
Art. 13. O número de juízes dos tribunais regionais não será reduzido, mas 
poderá ser elevado até nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na 
forma por ele sugerida.
Art. 14. Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão 
obrigatoriamente por doisanos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
35§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o desconto de 
qualquer afastamento, nem mesmo o decorrente de licença, férias, ou li-
cença especial, salvo no caso do § 3º.
36§ 2º Os juízes afastados por motivo de licença, férias e licença especial, 
de suas funções na justiça comum, ficarão automaticamente afastados da 
justiça Eleitoral pelo tempo correspondente, exceto quando, com períodos 
de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou encerra-
mento de alistamento.
37§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final 
da eleição, não poderão servir como juízes nos tribunais eleitorais, ou como 
juiz eleitoral, o cônjuge, parente consanguíneo legítimo ou ilegítimo, ou afim, 
até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.
35 Parágrafo acrescido pela Lei nº 4.961, de 4-5-1966.
36 Idem.
37 Idem.
Legislação Eleitoral
7ª edição 39
38§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio, observar-se-ão as mes-
mas formalidades indispensáveis à primeira investidura.
Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos tribunais eleitorais serão 
escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual 
para cada categoria.
TíTULO I
DO TRIBUNAL SUPERIOR
39Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral: 
I – mediante eleição, pelo voto secreto: 
 a) de três juízes, dentre os ministros do Supremo Tribunal Federal; e
 b) de dois juízes, dentre os membros do Tribunal Federal de Recursos40;
II – por nomeação do presidente da República, de dois dentre seis advoga-
dos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo 
Tribunal Federal.
§ 1º Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que 
tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja 
o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido 
escolhido por último. 
§ 2º A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em 
cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja 
diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privi-
légio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; 
ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. 
Art. 17. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu presidente um dos 
ministros do Supremo Tribunal Federal, cabendo ao outro a vice-presidência, 
e para corregedor-geral da justiça Eleitoral um dos seus membros.
§ 1º As atribuições do corregedor-geral serão fixadas pelo Tribunal Superior 
Eleitoral.
§ 2º No desempenho de suas atribuições o corregedor-geral se locomoverá 
para os estados e territórios nos seguintes casos:
I – por determinação do Tribunal Superior Eleitoral;
38 Parágrafo acrescido pela Lei nº 4.961, de 4-5-1966.
39 Artigo com redação dada pela Lei nº 7.191, de 4-6-1984.
40 O art. 119, I, b, da Constituição Federal de 1988 substituiu “membros do Tribunal Federal de 
Recursos” por “ministros do Superior Tribunal de justiça”.
Série
Legislação40
II – a pedido dos tribunais regionais eleitorais;
III – a requerimento de partido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral;
IV – sempre que entender necessário.
§ 3º Os provimentos emanados da corregedoria-geral vinculam os correge-
dores regionais, que lhes devem dar imediato e preciso cumprimento.
Art. 18. Exercerá as funções de procurador-geral, junto ao Tribunal Superior 
Eleitoral, o procurador-geral da República, funcionando, em suas faltas e im-
pedimentos, seu substituto legal.
Parágrafo único. O procurador-geral poderá designar outros membros do 
Ministério Público da União, com exercício no Distrito Federal, e sem pre-
juízo das respectivas funções, para auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior 
Eleitoral, onde não poderão ter assento.
Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em sessão pú-
blica, com a presença da maioria de seus membros.
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na interpretação 
do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação de registro de parti-
dos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulação geral 
de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença 
de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento de algum juiz, será 
convocado o substituto ou o respectivo suplente.
Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado poderá arguir a 
suspeição ou impedimento dos seus membros, do procurador-geral ou de 
funcionários de sua secretaria, nos casos previstos na lei processual civil ou 
penal e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previs-
to em regimento.
Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provo-
car ou, depois de manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação 
do arguido.
Art. 21. Os tribunais e juízes inferiores devem dar imediato cumprimen-
to às decisões, mandados, instruções e outros atos emanados do Tribunal 
Superior Eleitoral.
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:
I – processar e julgar originariamente:
Legislação Eleitoral
7ª edição 41
 a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus di-
retórios nacionais e de candidatos à presidência e vice-presidência 
da República;
 b) os conflitos de jurisdição entre tribunais regionais e juízes eleito-
rais de estados diferentes;
 c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao procurador-
-geral e aos funcionários da sua secretaria;
 d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos 
pelos seus próprios juízes e pelos juízes dos tribunais regionais;
 e) o habeas corpus ou mandado de segurança41, em matéria eleitoral, 
relativos a atos do presidente da República, dos ministros de Estado 
e dos tribunais regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando hou-
ver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente 
possa prover sobre a impetração;
 f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos 
políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos 
seus recursos;
 g) as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos 
eleitos e expedição de diploma na eleição de presidente e vice-pre-
sidente da República;
 42h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos tribunais 
regionais dentro de trinta dias da conclusão ao relator, formulados 
por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente 
interessada;
 43i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo de 
trinta dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a 
eles distribuídos;
 44j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intenta-
da dentro do prazo de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, 
possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito 
em julgado;
41 A expressão “ou mandado de segurança” teve a execução suspensa pela Resolução do Senado 
Federal nº 132, de 5-12-1984, “por inconstitucionalidade, nos termos da decisão definitiva pro-
ferida pelo Supremo Tribunal Federal em sessão plenária realizada em 31 de agosto de 1983”.
42 Alínea com redação dada pela Lei nº 4.961, de 4-5-1966.
43 Alínea acrescida pela Lei nº 4.961, de 4-5-1966.
44 Alínea acrescida pela Lei Complementar nº 86, de 14-5-1996.
Série
Legislação42
II – julgar os recursos interpostos das decisões dos tribunais regionais nos 
termos do art. 276 inclusive os que versarem matéria administrativa.
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorríveis, salvo 
nos casos do art. 281.
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:
I – elaborar o seu regimento interno;
II – organizar a sua secretaria e a corregedoria-geral, propondo ao Congresso 
Nacional a criação ou extinção dos cargos administrativose a fixação dos 
respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei;
III – conceder aos seus membros licença e férias, assim como afastamento 
do exercício dos cargos efetivos;
IV – aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos 
tribunais regionais eleitorais;
V – propor a criação de tribunal regional na sede de qualquer dos territórios;
VI – propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qual-
quer tribunal eleitoral, indicando a forma desse aumento;
VII – fixar as datas para as eleições de presidente e vice-presidente da 
 República, senadores e deputados federais, quando não o tiverem sido 
por lei;
VIII – aprovar a divisão dos estados em zonas eleitorais ou a criação de 
novas zonas;
IX – expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste código;
X – fixar a diária do corregedor-geral, dos corregedores regionais e auxilia-
res em diligência fora da sede;
XI – enviar ao presidente da República a lista tríplice organizada pelos tri-
bunais de justiça nos termos do art. 25;
XII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas 
em tese por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de par-
tido político;
XIII – autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos estados 
em que essa providência for solicitada pelo tribunal regional respectivo;
45XIV – requisitar força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas 
próprias decisões ou das decisões dos tribunais regionais que o solicitarem, 
e para garantir a votação e a apuração; 
XV – organizar e divulgar a súmula de sua jurisprudência; 
45 Inciso com redação dada pela Lei nº 4.961, de 4-5-1966.
Legislação Eleitoral
7ª edição 43
XVI – requisitar funcionários da União e do Distrito Federal quando o exi-
gir o acúmulo ocasional do serviço de sua secretaria;
XVII – publicar um boletim eleitoral;
XVIII – tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à 
execução da legislação eleitoral.
Art. 24. Compete ao procurador-geral, como chefe do Ministério 
 Público Eleitoral:
I – assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas discussões;
II – exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos os feitos de 
competência originária do tribunal;
III – oficiar em todos os recursos encaminhados ao tribunal;
IV – manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os assuntos subme-
tidos à deliberação do tribunal, quando solicitada sua audiência por qual-
quer dos juízes, ou por iniciativa sua, se entender necessário;
V – defender a jurisdição do tribunal;
VI – representar ao tribunal sobre a fiel observância das leis eleitorais, es-
pecialmente quanto à sua aplicação uniforme em todo o país;
VII – requisitar diligências, certidões e esclarecimentos necessários ao de-
sempenho de suas atribuições;
VIII – expedir instruções aos órgãos do Ministério Público junto aos tribu-
nais regionais;
IX – acompanhar, quando solicitado, o corregedor-geral, pessoalmente ou 
por intermédio de procurador que designe, nas diligências a serem realizadas.
TíTULO II
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS
46Art. 25. Os tribunais regionais eleitorais compor-se-ão: 
I – mediante eleição, pelo voto secreto: 
 a) de dois juízes, dentre os desembargadores do tribunal de justiça;
 b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo tribunal de justiça;
II – do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribu-
nal Federal de Recursos47; e
46 Artigo com redação dada pela Lei nº 7.191, de 4-6-1984.
47 O art. 120, § 1º, da Constituição Federal de 1988 substituiu “Tribunal Federal de Recursos” por 
“tribunal regional federal respectivo”.
Série
Legislação44
III – por nomeação do presidente da República, de dois dentre seis cidadãos de 
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo tribunal de justiça.
48§ 1º A lista tríplice organizada pelo tribunal de justiça será enviada ao 
Tribunal Superior Eleitoral.
49§ 2º A lista não poderá conter nome de magistrado aposentado ou de 
membro do Ministério Público.
§ 3º Recebidas as indicações, o Tribunal Superior divulgará a lista através 
de edital, podendo os partidos, no prazo de cinco dias, impugná-la com 
fundamento em incompatibilidade.
§ 4º Se a impugnação for julgada procedente quanto a qualquer dos indi-
cados, a lista será devolvida ao tribunal de origem para complementação.
§ 5º Não havendo impugnação, ou desprezada esta, o Tribunal Superior 
encaminhará a lista ao Poder Executivo para a nomeação.
50§ 6º Não podem fazer parte do tribunal regional pessoas que tenham 
entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o 
vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso a que tiver sido es-
colhida por último.
51§ 7º A nomeação de que trata o no II deste artigo não poderá recair em cida-
dão que tenha qualquer das incompatibilidades mencionadas no art. 16, § 2º.
Art. 26. O presidente e o vice-presidente do tribunal regional serão eleitos 
por este dentre os três desembargadores do tribunal de justiça; o terceiro 
desembargador será o corregedor regional da justiça Eleitoral.
§ 1º As atribuições do corregedor regional serão fixadas pelo Tribunal 
Superior Eleitoral e, em caráter supletivo ou complementa, pelo tribunal 
regional eleitoral perante o qual servir.
§ 2º No desempenho de suas atribuições o corregedor regional se locomo-
verá para as zonas eleitorais nos seguintes casos:
I – por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do tribunal regional 
eleitoral;
48 “A Lei nº 7.191/1984, ao alterar o art. 25, não fez nenhuma referência aos parágrafos constantes do 
artigo modificado. Segundo decisões do TSE (Res.-TSE nos 12.391/1985 e 18.318/1992, e Ac.-TSE 
nº 12.641/1996) e do STF (Ac.-STF, de 15-12-1999, no RMS nº 23.123), os referidos parágrafos não 
foram revogados pela lei citada.” (Brasil. Tribunal Superior Eleitoral. Código eleitoral anotado e 
legislação complementar. 10. ed., Brasília: Tribunal Superior Eleitoral, Secretaria de Gestão da 
Informação, 2012, p. 43)
49 Parágrafo com redação dada pela Lei nº 4.961, de 4-5-1966.
50 Parágrafo 8º primitivo renumerado para § 6º pelo Decreto-Lei nº 441, de 29-1-1969.
51 Parágrafo 9º primitivo renumerado para § 7º pelo Decreto-Lei nº 441, de 29-1-1969.
Legislação Eleitoral
7ª edição 45
II – a pedido dos juízes eleitorais;
III – a requerimento de partido, deferido pelo tribunal regional;
IV – sempre que entender necessário.
Art. 27. Servirá como procurador regional junto a cada tribunal regional 
eleitoral o procurador da República no respectivo estado e, onde houver 
mais de um, aquele que for designado pelo procurador-geral da República.
§ 1º No Distrito Federal, serão as funções de procurador regional eleitoral 
exercidas pelo procurador-geral da justiça do Distrito Federal.
§ 2º Substituirá o procurador regional, em suas faltas ou impedimentos, o 
seu substituto legal.
§ 3º Compete aos procuradores regionais exercer, perante os tribunais jun-
to aos quais servirem, as atribuições do procurador-geral.
§ 4º Mediante prévia autorização do procurador-geral, podem os procuradores 
regionais requisitar, para auxiliá-los nas suas funções, membros do Ministério 
Público local, não tendo estes, porém, assento nas sessões do tribunal.
Art. 28. Os tribunais regionais deliberam por maioria de votos, em sessão 
pública, com a presença da maioria de seus membros.
§ 1º No caso de impedimento e não existindo quórum, será o membro do 
tribunal substituído por outro da mesma categoria, designado na forma 
prevista na Constituição.
§ 2º Perante o tribunal regional, e com recurso voluntário para o Tribunal 
Superior, qualquer interessado poderá arguir a suspeição dos seus mem-
bros, do procurador regional, ou de funcionários da sua secretaria, assim 
como dos juízes e escrivães eleitorais, nos casos previstos na lei processual 
civil e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processoprevisto 
em regimento.
52§ 3º No caso previsto no parágrafo anterior será observado o disposto no 
parágrafo único do art. 20.
Art. 29. Compete aos tribunais regionais:
I – processar e julgar originariamente:
 a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e 
municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a go-
vernador, vice-governador, e membro do Congresso Nacional e das 
assembleias legislativas;
52 Parágrafo acrescido pela Lei nº 4.961, de 4-5-1966.
Série
Legislação46
 b) os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do respectivo estado;
 c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros, ao procurador re-
gional e aos funcionários da sua secretaria, assim como aos juízes e 
escrivães eleitorais;
 d) os crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais;
 e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, 
contra ato de autoridades que respondam perante os tribunais de 
justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os de-
negados ou concedidos pelos juízes eleitorais; ou, ainda, o habeas 
corpus quando houver perigo de se consumar a violência antes que 
o juiz competente possa prover sobre a impetração;
 f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos 
políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos 
seus recursos;
 53g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juízes 
eleitorais em trinta dias da sua conclusão para julgamento, formu-
lados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitima-
mente interessada, sem prejuízo das sanções decorrentes do exces-
so de prazo;
II – julgar os recursos interpostos:
 a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e juntas eleitorais;
 b) das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou denegarem 
habeas corpus ou mandado de segurança.
Parágrafo único. As decisões dos tribunais regionais são irrecorríveis, salvo 
nos casos do art. 276.
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos tribunais regionais:
I – elaborar o seu regimento interno;
II – organizar a sua secretaria e a corregedoria regional provendo-lhes os 
cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do 
Tribunal Superior, a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respec-
tivos vencimentos;
III – conceder aos seus membros e aos juízes eleitorais licença e férias, as-
sim como afastamento do exercício dos cargos efetivos, submetendo, quan-
to àqueles, a decisão à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral;
53 Alínea com redação dada pela Lei nº 4.961, de 4-5-1966.
Legislação Eleitoral
7ª edição 47
IV – fixar a data das eleições de governador e vice-governador, deputados 
estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juízes de paz, quando não 
determinada por disposição constitucional ou legal;
V – constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição;
VI – indicar ao Tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a 
contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora;
VII – apurar, com os resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais, os 
resultados finais das eleições de governador e vice-governador de membros 
do Congresso Nacional e expedir os respectivos diplomas, remetendo, den-
tro do prazo de dez dias após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia das 
atas de seus trabalhos;
VIII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, 
em tese, por autoridade pública ou partido político;
IX – dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa di-
visão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior;
X – aprovar a designação do Ofício de justiça que deva responder pela es-
crivania eleitoral durante o biênio;
54XI – (revogado);
XII – requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões e soli-
citar ao Tribunal Superior a requisição de força federal;
XIII – autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos estados, ao seu pre-
sidente e, no interior, aos juízes eleitorais, a requisição de funcionários 
federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os escrivães eleitorais, 
quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço;
XIV – requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em 
cada estado ou território, funcionários dos respectivos quadros administra-
tivos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de suas secretarias;
XV – aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até trinta 
dias aos juízes eleitorais;
XVI – cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior;
XVII – determinar, em caso de urgência, providências para a execução da 
lei na respectiva circunscrição;
XVIII – organizar o fichário dos eleitores do estado;
55XIX – suprimir os mapas parciais de apuração mandando utilizar ape-
nas os boletins e os mapas totalizadores, desde que o menor número de 
54 Inciso revogado pela Lei nº 8.868, de 14-4-1994.
55 Inciso acrescido pela Lei nº 4.961, de 4-5-1966.
Série
Legislação48
candidatos às eleições proporcionais justifique a supressão, observadas as 
seguintes normas: 
 a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao tribunal regio-
nal que suprima a exigência dos mapas parciais de apuração; 
 b) da decisão do tribunal regional, qualquer candidato ou partido po-
derá, no prazo de três dias, recorrer para o Tribunal Superior, que 
decidirá em cinco dias;
 c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida até 
seis meses antes da data da eleição;
 d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos tribunais 
regionais, depois de aprovados pelo Tribunal Superior;
 e) o tribunal regional ouvirá os partidos na elaboração dos mode-
los dos boletins e mapas de apuração a fim de que estes atendam 
às peculiaridades locais, encaminhando os modelos que aprovar, 
acompanhados das sugestões ou impugnações formuladas pelos 
partidos, à decisão do Tribunal Superior.
Art. 31. Faltando num território o tribunal regional, ficará a respectiva cir-
cunscrição eleitoral sob a jurisdição do tribunal regional que o Tribunal 
Superior designar.
TíTULO III
DOS jUízES ELEITORAIS
Art. 32. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a um juiz de 
direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao seu substituto legal que goze 
das prerrogativas do art. 95 da Constituição.
Parágrafo único. Onde houver mais de uma vara, o tribunal regional desig-
nará aquela ou aquelas, a que incumbe o serviço eleitoral.
Art. 33. Nas zonas eleitorais onde houver mais de uma serventia de justiça, 
o juiz indicará ao tribunal regional a que deve ter o anexo da escrivania 
eleitoral pelo prazo de dois anos.
§ 1º Não poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de demissão, o 
membro de diretório de partido político, nem o candidato a cargo eletivo, 
seu cônjuge e parente consanguíneo ou afim até o segundo grau.
§ 2º O escrivão eleitoral, em suas faltas e impedimentos, será substituído na 
forma prevista pela lei de organização judiciária local.
Legislação Eleitoral
7ª edição 49
Art. 34. Os juízes despacharão todos os dias na sede da sua zona eleitoral.
Art. 35. Compete aos juízes:
I – cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do Tribunal 
 Superior e do regional;
II – processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem co-
nexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos tri-
bunais regionais;
III – decidir habeas corpus e mandado de segurança, em matéria eleitoral, 
desde que essa competência não esteja atribuída privativamente a instân-
cia superior;
IV – fazer as diligências que julgar necessárias à ordem e presteza do ser-
viço eleitoral;
V – tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas verbalmente 
ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando as providências que 
cada caso exigir;
VI – indicar,

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