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Caso Marcos Matsunaga

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MEDICINA LEGAL – Caso Marcos Matsunaga
O caso se inicia com a denúncia de algumas pessoas que encontraram pedaços de um corpo
ou corpos na região de Cotia/SP. O processo inicial dos legistas era tratar cada parte do corpo
recebida com única. Por ser uma possibilidade desse corpo pertencer a um desaparecido, do qual
pertencia a uma família de grandes empresários.
Com a progressão do caso, o Delegado Mauro Dias assume o caso, com um possível
envolvimento entre o desaparecimento do empresário Marcos Matsunaga e os pedaços do corpo
que estavam sendo encontrados pela polícia.
Dr. Jorge Pereira, Médico Legista: “Como perito, médico, executor da necrópsia, inicialmente era
um caso não comum, no qual se apresentou um corpo decapitado e esquartejado, com entrada no
Instituto Médico Legal em tempos diferentes…”
PS: Ainda não havia sido encontrado a cabeça.
“...nisso, nós tivemos a paciência de tentar montar esse corpo conforme as peças fossem chegando, 
para realizar cada uma em tempos diferentes e no final chegarmos a uma conclusão.”
Ele detalha:
“Repare que você (referindo-se a si mesmo) não tenha indução na próxima parte que você está 
examinando. Você analisando as partes no final você tem um conjunto do todo, para ver o qual que 
era a parte importante ou qual que era a sequência para que você pudesse chegar a causa mortis.”
Em relação as peças de roupa do cadáver:
 “Em virtude, percebia-se que era uma pessoa economicamente diferenciada.”
PS: Ainda não havia sido encontrado a cabeça.
A versão da Elize:
Dr. Jorge Pereira, Médico Legista: “O que se dá pra ter certeza, é que, o primeiro órgão a ser
esquartejado, ou separado, ou seccionado, foi o da região cervical. Com prosseguimento dos
membros superiores. Apesar de você não ter o membro superior direito, você tem a ferida, então
pela ferida onde foi seccionado, dá pra chegar a essa conclusão.”
Ele complementa:
“Como raciocínio, é que o ferimento por projétil de arma de fogo na cabeça não fora mortal. E que
a causa mortis foi provocada pela inundação das vias aéreas por sangue, visto que, para penetração
de sangue nas vias aéreas, abaixo de brônquios principais, brônquios secundários, tem que ter uma
biodinâmica respiratória ativa. Para a entrada desse sangue, a hemorragia originária é da secção da
região cervical. No nosso raciocínio, essa foi a causa mortis.”
Ele continua:
“Tecnicamente, no nosso ponto de vista, algumas das secções tem aparência de ter sido executada
por profissionais. Essa distinção foi provocada pelo tipo de secção. A secção à nível de articulação
dos joelhos, ela é uniforme e limpa, a de região cervical e das axilas elas tem retalho de pele e
tentativa de acerto de corte. As alças intestinais estavam íntegras. As articulações dos joelhos
estavam mantidas, tá certo? Então na verdade, o joelho foi desarticulado, então é pra quem tem
habilidade.”
E ele continua dizendo:
“Depende, enfermagem? Enfermeira, não faz cirurgia. O que ela pode ter é, visão, e assistir
cirurgias, mas isso não dá aprendizado, só visual, para quem pratica, de habilidade para o
esquartejamento, para uma secção. Nós temos a plena convicção, que há pelo menos, mais uma
pessoa, ou mais.”
Fonte: ELIZE MATSUNAGA – O QUE REALMENTE ACONTECEU – INVESTIGAÇÃO
CRIMINAL, do canal do YouTube Operação Policial (youtube.com/watch?v=5kS2zHRz2Ag)
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
1. Na morte cerebral, o cérebro de uma pessoa parou completamente de funcionar, mas o corpo
está sendo mantido vivo por aparelhos de respiração e medicamentos. Os aparelhos podem
respirar por alguém que tem morte cerebral, e medicamentos podem manter o coração batendo
por um curto período.
Fonte: Morte Cerebral – Manual MSD Versão Saúde para a Família (msdmanuals.com)
2. Os sinais que indicam que se trata de uma morte cerebral, e que a pessoa não irá se recuperar,
são:
• Ausência de respiração espontânea, ou seja, a pessoa não consegue respirar sozinha, sendo
a respiração mantida com ajuda de aparelhos;
• Ausência de dor ou de resposta a estímulos, como picar uma agulha no corpo ou tocar no
globo ocular da pessoa;
• Ausência de contração das pupilas dos olhos, quando estimulada por uma fonte de luz
como lanterna, por exemplo;
• Não engasgar quando algo é colocado na parte superior da garganta.
Na presença desses sinais e sintomas, os médicos devem confirmar o diagnóstico através da
realização de testes para morte cerebral.
Fonte: Morte Cerebral: o que é, sintomas e possíveis causas – Tua Saúde (tuasaude.com)
3. Broncoaspiração: condição em que alimentos, líquidos, saliva ou vômito são aspirados elas vias
aéreas. A aspiração pulmonar pode causar pneumonia ou morte por asfixia.
Cronologia dos fatos:
1. Disparo realizado por uma arma de fogo contra a cabeça da vítima, uma pistola Imbel,
calibre “380, nº 41655 (uma das quatro armas registradas no nome da Elize). Orifício de
entrada na região da lateral esquerda da frontal, com características de disparo à curta
distância (zona de tatuagem e queimadura). Orifício de saída da calota craniana na região da
lateral direita da occipital com projétil alojado no tecido epitelial do mesmo local.
2. Início do esquartejamento do corpo, por instrumento perfuro-cortante (faca), na região
cervical (pescoço) resultando na asfixia por inspiração de sangue nos pulmões (bronco
aspiração) devido a decapitação, com secção da articulação da vértebra cervical (C7). E
membros superiores, apresentando lesões com retalho de pele, e características de sinais
vitais.
3. Continuidade do esquartejamento após um intervalo de tempo, com lesões incisas precisas
na região do abdômen sem presença de lesões nos órgãos internos e com secção da
articulação da vértebra da lombar (L3). Secções em nível de articulação de ambos os joelhos
com incisões precisas.
De acordo com o exame necroscópico (necrópsia) do médico legista Dr. Jorge Pereira, o 
disparo da arma de fogo não teria matado o empresário Marcos Matsunaga, quando o mesmo 
(segundo o legista) permaneceu vivo e apresentando sinais vitais, para que fosse possível haver a 
presença de sangue nos pulmões, a vítima deveria estar respirando para que fosse possível a asfixia 
por inundação de sangue. Afirmando, então, que a Elize o teria decapitado ainda em vida. Tendo em
mente que as partes do corpo foram examinadas em datas diferentes.
Dr. Jorge Pereira de Oliveira
– Diretor do Centro de Perícias do IML
Informações complementares:
O médico legista Dr. Sami El Jundi atuou como assistente no exame de exumação feito nos
restos mortais do empresário. Em seu parecer, o legista analisou o possível trajeto do projétil.
“Implica a destruição do bulbo. Há duas consequências: a parada de todas as funções neurológicas e
a destruição do controle respiratório”, afirmou Jundi. “Eu não tenho nenhuma dúvida pela morte
cerebral. Para efeitos práticos, a morte foi instantânea.”
Segundo o legista, a munição usada por Elize é do tipo expansível, que aumenta o diâmetro
do orifício provocado pelo tiro e também provoca maior impacto. “É um tipo de munição de defesa,
o objetivo é pegar toda a energia cinética e descarregar no alvo.”
A interpretação de El Jundi diverge da análise feita pelo perito Dr. Carlos Alberto de Souza
Coelho, que também atuou como assistente na exumação. Para Coelho, que depôs, 1º, Marcos não
teve morte instantânea. O perito responsável pelo laudo do exame, Dr. Ruggero Bernardo Felice
Giudugli, inicialmente chamado pela defesa, foi dispensado do julgamento.
Dr. Sami El Jundi
– Médico, especialista em clínica médica, mestre em Medicina Forense
O quadro de morte encefálica só pode ser confirmado pelo médico após a realização de exames
padronizados pela resolução 1.480/97, do Conselho Federal Medicina. Dois ou mais testes são
feitos com intervalos de tempo variáveis, próprios para determinadas faixas etárias.

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