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Relatorio Serra do Rio do Rastro

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG 
Instituto das Ciências Humanas e da Informação - ICHI 
Disciplina: Geomorfologia I 
Acadêmico: Potiguara Marques - 63367 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO SEGUNDA SAIDA DE CAMPO 
SERRA DO RIO DO RASTRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio Grande 
2015 
 
 
POTIGUARA MARQUES 
 
 
 
 
RELATÓRIO DA SEGUNDA SAIDA DE CAMPO 
SERRA DO RIO DO RASTRO 
 
 
Relatório de saída de campo realizada no 
período de 30/04/2015 à 03/05/2015, com 
destino ao município de Lauro Muller, 
com subida a Serra do Rio do Rastro, 
Bom Jardim da Serra , Itapiruba, Imbituba 
e Laguna no estado de Santa Catarina e 
Torres, Arroio do Sal, Parque Nacional de 
Aparados da Serra e Morro da Borússia no 
estado do RGS. 
 
Prof. Msc. Rossana Madruga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio Grande 
2015 
 
 
SUMÁRIO 
 
Introdução ........................................................................................................... 6 
Objetivos ............................................................................................................. 6 
Roteiro da Saída de Campo ................................................................................ 7 
Ponto B e C - Lauro Muller - Subindo a Serra do Rio do Rastro ....................... 8 
Ponto D e E - Itapiruba -Morro da Baleia Franca - Cabo Santa Marta .............. 14 
Ponto F - Gruta de Abrasão - Furnas de Sombrio - SC ..................................... 18 
Ponto F - Praia da Guarita - Torres ................................................................... 20 
Ponto H - Parque Nacional de Aparados da Serra ............................................ 23 
Conclusão ......................................................................................................... 28 
Bibliografia ...................................................................................................... 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Gondwana - .................................................................................................... 6 
Figura 2 - Mapa da saída de campo - ................................................................................ 7 
Figura 3 - Estratigrafia da Bacia do Paraná - .................................................................... 8 
Figura 4 - Marco Ponto 1 - cota 200 m - .......................................................................... 8 
Figura 5 - Folhelhos Siltitos Lauro Muller - ... .................................................................. 9 
Figura 6 - Rio Tubarão -.................................................................................................... 10 
Figura 7- Membro Paraguaçu - ...................................................................................... 10 
Figura 8 - Mineração de Carvão ...................................................................................... 11 
Figura 9 - Panorama da Serra do Rio do Rastro .............................................................. 11 
Figura 10 - Folhelhos Siltitos Cinza . .............................................................................. 12 
Figura 11 - Formação Botucatu .................................................................................. 13 
Figura 12 - Afloramento de Rochas Vulcânicas ............................................................... 13 
Figura 13 - Topo da Serra do Rio do Rastro ..................................................................... 14 
Figura 14 - Cabo Santa Marta .......................................................................................... 15 
Figura 15 - Promontórios da praia de Itapiruba............................................................... 15 
Figura 16 - Vista da Praia de Itapiruba - SC ..................................................................... 17 
Figura 17 - Formação Granítica - Morro da Baleia Franca .............................................. 17 
Figura 18 - Blocos Arredondados - Morro da Baleia Franca .......................................... 17 
Figura 19 - Gruta de Abrasão - Sombrio - SC ............................................................... 18 
Figura 20 - Interior da Gruta de Abrasão ....................................................................... 18 
Figura 21 - Estratificação - Gruta de Abrasão ................................................................ 19 
Figura 22 - Características dos rios ................................................................................ 20 
Figura 23 - Afloramento do Parque da Guarita ............................................................ 20 
 Figura 24 - Falésias de Torres ...................................................................................... 21 
Figura 25 - Topo do morro testemunho ...................................................................... 21 
Figura 26 - Arroio do Sal .............................................................................................. 22 
 
Figura 27 - Dunas e Sambaquis - Balneário Atlântico - Arroio do Sal - RS .................... 22 
Figura 28 - Vista do cânion Itaimbézinho ................................................. .................... 23 
Figura 29 - Vista da praça da Matriz São José - Cambará do Sul - RS ........ ................... 24 
Figura 30 - Vista do Rio do boi Interior do Cânion Itaimbézinho ........ ........................ 25 
Figura 31 - Mapa das trilhas do Cânion Itaimbézinho ........ ....................................... 25 
Figura 32 - Afloramento de derrames no cânion Itaimbézinho ........ ......................... 26 
Figura 33 - Bacia Antas Taquari ........ ......................................................................... 27 
Figura 34 - Cascata das Andorinhas ........ .................................................................. 27 
Figura 35 - Cascata Véu de Noiva - Itaimbézinho ........ ............................................. 27 
 
 
 
 
6 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Este relatório tem por objetivo o relato da saída de campo que ocorreu no período de 30 de 
abril de 2015 à 03 de maio de 2015 da disciplina de geomorfologia I, com destino aos 
municípios de Lauro Muller, Bom Jardim da Serra, Imbituba e 
Laguna no estado de Santa Catarina e os municípios de Torres, 
Arroio do Sal, Morro da Borússia e o Parque Nacional de 
Aparados da Serra no estado do Rio Grande do Sul, com o 
objetivo de visita, análise e estudos das diversas estruturas 
geológicas que tiveram como origem a ruptura do antigo 
continente Gondwana1 (figura 1), que se dividiu formando a América e a África. 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS 
 
Um dos principais objetivos de uma saída de campo é mostrar na prática as aulas teóricas e 
ampliar dessa forma o conhecimento, através desta pesquisa empírica. A importância da saída 
é relevante já que a disciplina estuda a formação e estrutura da Terra e por conseqüência 
processos geológicos que envolvem tais formações. As modificações ocorridas nas paisagens 
ocorrem por dois motivos; Modificações por eventos de ações naturais e por ação antrópica, 
onde o homem se utiliza dos recursos naturais para sua sobrevivência ou lucro, causando 
dessa forma a modificação de estruturas geológicas. Pesquisas de campo são necessárias para 
o entendimento do que ocorreu no passado, onde são estudados quais os mecanismos que 
levaram a atual formação das estruturas, o motivo da predominação de certa rochas eproporcionar novos conhecimentos e experiências a comunidade acadêmica envolvida com a 
disciplina. 
 
1 Gondwana - Denominação dada ao continente hipotético que existiu no hemisfério Sul, o qual compreendia 
massas continentais da América do Sul, África do Sul, Índia e Austrália. No decorrer da era Mesozóica deu-se a 
fragmentação deste continente. (GUERRA, A. T.; GUERRA, A. J.T. 2008) 
Figura 1 - Gondwana 
7 
 
ROTEIRO DA SAIDA DE CAMPO - SERRA DO RIO DO RASTRO 
 
 
 
A - Saída de Rio Grande - RGS 
B - Lauro Muller - Subindo a serra do Rio do Rastro com paradas para observação. SC 
C - Bom Jardim da Serra - SC 
D - Itapiruba - Imbituba - SC 
E - Laguna - (Pernoite) - SC 
F - Torres - Grutas de Abrasão - RS 
G - Arroio do Sal - (Pernoite) RS 
H - Parque Nacional do Aparados da Serra - RS 
I - Morro da Borússia - RS 
 
Figura 2 - Mapa da Saída de Campo ocorrida em 30/04/2015 
 
8 
 
PONTO B e C - LAURO MULLER e BOM JARDIM DA SERRA - SUBINDO A 
SERRA DO RIO DO RASTRO 
 
Nossa expedição de estudos começa com uma parada localidade de Lauro Muller, município 
de Santa Catarina, mais precisamente na cota de altitude 200 m (figura 3), na formação Rio 
Bonito2, para observamos as estruturas da Bacia Intracratonica do Paraná. 
Figura 3 - Estratigrafia da Bacia do Paraná 
 
Neste ponto a unidade estrutural é da Bacia 
Intracratonica e sua unidade de relevo pertence a 
escarpa da Serra Geral no planalto meridional. A 
Formação Rio Bonito é de idade permiana e é 
representada por uma sucessão sedimentar cíclica 
de pacotes de arenitos, siltitos e folhelhos sendo 
portadora de extensos depósitos de carvão mineral 
que tem sua exploração iniciada no século XIX. 
(WHITE,1908). 
 
2 Formação Rio Bonito - denominação proposta por White,1908 - para caracterizar o conjunto de rochas 
areníticas associadas a pelitos e camadas de carvão descritas na secção padrão localizadas entre as cidade de 
Lauro Muller - Guatá - São Joaquim em Santa Catarina. 
Figura 4 - Ponto 1 - Cota 200 m 
9 
 
De acordo com (MILANI,2007), a formação Rio Bonito foi depositada em um ambiente 
costeiro que eram formados por rios, deltas, baías e estuários com planicíes de marés, ilha de 
barreira e plataforma marinha rasa, numa época em que a Bacia do Paraná era um grande 
golfo do antigo continente Gondwana. Ainda cita que, este golfo era aberto a sudoeste, para o 
antigo oceano Panthalassa. O afloramento dessa formação ocorre principalmente na Borda 
Leste da Bacia do Paraná em uma faixa estreita que abrange os estados de São Paulo, Paraná, 
Santa Catarina, Rio Grande do Sul terminando no Uruguai. 
No ponto observado o tipo de 
feição é um corte de estrada com 
afloramento de contato da 
formação do Rio do Sul, e os 
processos atuantes, como citado 
acima é ambiente de formação de 
sedimentos marinhos rasos. 
 
Os recursos identificados de 
carvão mineral em arenitos desta 
formação que ficam localizados 
em território brasileiro 
ultrapassam a 32 milhões de 
toneladas e são distribuidas em oito principais jazidas; Sul-Catarinense (SC), Santa Terezinha, 
Chico Lomã, Charqueadas, Leão, Irui, Capané e Candiota, todas no estado do Rio Grande do 
Sul. Os primeiros estudos a respeito do potencial carboniferos na formação Rio Bonito, datam 
de 1841 e foram realizados por técnicos, cientistas brasileiros e estrangeiros a mando do 
governo Imperial Brasileiro. 
Em 1908, Israel Charles White3, chefe da Comissão de Estudos das Minas de Carvão de 
Pedra do Brasil, publicou um relatório de estudos chamado Relatório White, que foi um 
grande marco para o conhecimento da geologia da Bacia do Paraná, sendo considerado o 
"marco zero" na sistematização estratigráfica da mesma. 
Os Afloramentos de excelente qualidade da Formação Rio Bonito ocorrem na Coluna White4, 
localizada na rodovia SC-438, entre os municipios de Lauro Muller e Bom Jardim da Serra 
em Santa Catarina. 
 
 
3 Israel Charles White - Eminente Geólogo e professor norte-americano (1848-1927). 
4 Coluna White - É a denominação da coluna estratigráfica da Bacia do Paraná na Serra do Rio do Rastro, no 
trecho da rodovia SC-438. Essa coluna é considerada uma coluna geológica clássica do antigo supercontinente 
Gondwana. Seu nome é em homenagem ao Geólogo norte-americano Israel Charles White, que estudou a 
geologia da Bacia do Paraná entre os anos de 1904 e 1906. 
Figura 5 - Folhelhos siltitos de Lauro Muller Fonte: Bruno Möller 
10 
 
Ainda na parada do ponto 1, podemos 
observar o Rio Tubarão que tem sua 
nascente no município de Lauro Muller, na 
encosta da Serra Geral. O seu nome não se 
relaciona com o peixe homônimo e sim de 
uma variação da denominação atribuida 
pelos indios que era Tuba-nhâro, que em 
tupi-guarani significa Pai Bravo. Podemos 
notar que a carga de sedimentos que o Rio 
possui é de uma granulometria groseira 
visto estarmos próximo a nascente. Outro 
fator observado é a coloração vermelha 
tanto das rochas quanto das águas o que se conclui que isto se apresenta desta forma 
proveniente da oxidação provocada pela área carbonífera que afeta a região. 
 
Devido a impossibilidade de efetuarmos paradas ao longo da subida da Serra do Rio do 
Rastro devido ao transito intenso passamos apenas pelos pontos 2 à 9 fazendo observações 
visuais sobre os mesmos. 
Ao passar pelo ponto 2, na cota 230m de altitude, observamos que existe uma sequencia de 
siltito argilozo cinza indo para o topo com 
arenitos claros ondulados, pertencentes ao 
Membro Paraguaçu5 da Formação Rio 
Bonito do Grupo Guatá que caracteriza um 
ambiente marinho raso. Pouco adiante na 
cota de 235m de altitudes passamos pelo 
ponto 3, onde aflora um pacote de arenitos 
mais claros também pertencentes ao Membro 
Paraguaçu recobertos por arenitos fluviais do 
Membro de Siderópolis. 
 
Ao atingirmos a cota de 280m, estamos sob o ponto 4, à 1,9 km do ponto inicial, onde a 
estratificação tangencial representa a fáceis marinho praial da formação Rio Bonito e nota-se 
na porção superior do perfil a camada de carvão Bonito, explorada em grande escala na 
região. Esta camada de carvão representa as turfeiras associadas a barreiras litorâneas. 
 
 
 
5 Membro Paraguaçu - É uma denominação proposta por Schneider, et all, (1974), para a formalização dos 
membros da Formação Rio Bonito, tendo ampla aceitação e uso em toda a Bacia Sedimentar do Paraná. Além 
do membro Paraguaçu, foi proposta também as denominações Triunfo e Siderópolis. 
Figura 6 - Rio Tubarão 
Figura 7 - Membro Paraguaçu (Fonte: Site CPRM - Coluna 
White 
11 
 
No ponto 5, o afloramento associado que era 
a exposição da camada de carvão Barro 
Branco, foi totalmente minerado não sendo 
mais possivel a observação. Ja na cota de 
400m de altitude, à 8,1 Km do ponto inicial 
está o ponto 6 da extratificação. São 
afloramentos formados de siltitos e folhelhos 
arenosos, amarelados que representam o 
ambiente marinho raso da Formação Palermo 
que são trangressivos sobre a Formação Rio 
Bonito. 
Chegando a altitude de 420m encontramos o 
ponto 7, distante 9,2 km do ponto inicial. 
Neste ponto encontramos folhelhos escuros, betuminosos pertencentes a Formação Irati6, 
Membro Assitência do Grupo Passa Dois, que representa um ambiente subaquoso restrito, de 
águas calmas abaixo do nível de ação das ondas. 
O ponto 8, distante 10,7 km do ponto inicial na cota de 475 m de altitude, já não permite mais 
observação visto que o afloramento acha-se decomposto e encoberto. Esse afloramento foi 
descrito por Castro et all (1994), como um contato por falha entre arenitose siltitos,com 
mergulho contra a falha da Formação Teresina7 folhelhos escuros da Formação Serra Alta8. 
 
6 Formação Irati - Charles White (1908), utiliza o termo " Iraty" para designar os schistos, camada areentas e 
calcário, que afloram no rio Passa Dois, na Serra do Rio do Rastro. 
7 Formação Teresina - Moraes Rego (1930) foi que usou pela primeira vez o termo Teresina, sob a designação 
de Grupo Teresina, aos sedimentos encontrados expostos na margem direita do rio Ivaí, próximo a localidade 
de Teresa Cristina (antiga Teresina) no Paraná. Schneider (1974) denominou esta seqüência de Formação 
Teresina. 
8 Formação Serra Alta - Gordon Jr.(1947) propôs o termo Serra Alta para designar como membro da Formação 
Estrada Nova (White,1908), um pacote de folhelhos cinza-escuros, situados entre formações Irati e Teresina. 
Sanford & Lange (1960) elevaram esta unidade à categoria de formação, onde ela tem sido mais comumente 
usada. 
Figura 8 - Mineração de Carvão 
Figura 9 - Panorama da Serra do Rio do Rastro 
12 
 
Mais adiante esta o ponto 9, distante 11, 6 Km do ponto inicial na cota de 520m de altitude. 
Uma espessa sequencia de folhelhos e siltitos cinza-escuro com laminação plano-pararela, 
com concreções calcáreas da Formação Serra Alta, representado uma deposição em ambiente 
de aguas calmas, abaixo do nivel das ondas, semelhantes a Formação Irati. 
Continuando nossa expedição estamos agora no ponto10 cota de 590m, distantes agora à 13,5 
Km do ponto inicial, ainda na mesma unidade estrutural e de relevo na feição de corte de 
estrada do contato FormaçãoTeresina, onde foi possivel uma parada com descida do onibus 
para apreciação mais de perto das formações existentes. 
Esta formação é constituida por argilitos, 
folhelhos e siltitos cinza-escuros e esverdeados, 
intercalados com arenito muito finos, cinza-
claros. Muitas das vezes quando alterada, a 
unidade mostra uma diversidade de cores em 
tons cremes, violáceos, bordô e avermelhados 
do Membro do Morro Pelado9 da formação do 
Rio do Rastro representando o inicio do ciclo 
progradante da bacia sedimentar. É comum 
apresentar lentes e concreções carbonáticas, 
com formas elipticas e de dimensões que 
chegam a atingir 2m de comprimento por 0,80 
cm de largura. 
A partir deste ponto, novamente só foi possivel fazer nova parada, desta vez, no topo da Serra 
do Rio do Rastro, porém continuamos com as observações pelos pontos estratigráficos até a 
próxima parada. 
Na cota de 660m de altitudes, distante 14,7 km do ponto incial, estão situados os pontos 11 e 
12, que são sequencias cinza escuros intercalados com espessas camadas de arenitos, 
Membro Serrinha10. Formação Rio do Rastro que representa a progradação dos lobos 
sigmoidais sobre os depósitos argilosos. 
Na cota de 680 m, está o ponto 13, já à 14,8 km do ponto inicial. Este ponto é formado por 
lobos sigmoidais representados por banco de arenitos do Membro Morro Pelado no topo e 
progradando para siltitos argilosos na base. 
 
9 Membro Morro Pelado - É constituído por lentes de arenitos finos, avermelhados, intercalados em siltitos e 
argilitos arroxeados. Aparecem ainda cores em tonalidades verde, chocolate, amarelada e esbranquiçada. Suas 
principais estruturas sedimentares são a estratificação laminação plano-paralela, cruzada, cruzada acanalada e 
de corte e preenchimento. 
10 Membro Serrinha - É constituído por arenitos finos, bem selecionados, intercalados com siltitos e argilitos 
cinza-esverdeados, amarronados, bordô e avermelhados, podendo localmente conter lentes ou horizontes de 
calcário margoso. 
Figura 10 - Folhelhos Siltitos Cinza 
13 
 
Os pontos 14 e 15, respectivamente cotas de 685m e 720m tem a mesma formação. São de 
contato aplainado ao nivel da estrada e estaçao entre a Formação Botucatu11 - escarpa - e o 
Membro Morro Pelado a uma distancia de 15 e 16km respectivamente, do ponto inicial. 
Chegando a cota de 760m de altitude, 
encontramos o ponto 16, distante 16,6 km do 
ponto inicial. Aqui existem arenitos com 
estratificação cruzada acanalada de grande 
parte da Formação Botucatu, representando a 
implantação de um amplo ambiente desértico 
na Bacia. Existe ainda o contato entre arenitos 
eólicos da Formação Botucatu com as rochas 
basálticas da Formação Serra Geral, ambos 
pertencentes ao Grupo São Bento. 
 
Junto ao marco 17, na cota de altitude 780m 
encontra-se o final da coluna White de observação geomorfologica. Neste ponto existe 
afloramento de rochas vulcânicas da formação Serra Geral, Grupo São Bento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 Formação Botucatu - Gonzaga de Campos (1889) descreveu como Gres de Botucatu uma formação de 
arenitos vermelhos aflorantes na Serra do Botucatu entre as cidades de São Paulo e Botucatu. Litológicamente 
são constituídos por arenitos bimodais de médios a finos, localmente grossos e conglomeráticos com grãos 
arredondados ou subarredondados e bem selecionados. 
Figura 11 - Formação Botucatu - cota 760 (Fonte: Site Coluna 
White 
Figura 12 - Afloramento de Rochas Vulcânicas (Crédito: Ronaldo Cozza) 
14 
 
Continuando a subida da Serra do Rio do Rastro, chegamos ao topo da serra na altitude de 
1.415m, onde existe um mirante onde podemos apreciar a magnitude dessa serra majestosa 
criada pela natureza ao longo da existencia do planeta. 
 
PONTO D e E - ITAPIRUBÁ - IMBITUBA - MORRO DA BALEIA FRANCA - CABO 
SANTA MARTA 
 
Após a descida da serra, dirigimo-nos ao município de Laguna, onde pernoitamos e ao 
amanhecer nos deslocamos ao Cabo Santa Marta para nossas observações geomorfológicas. 
O Cabo de Santa Marta, é um dos limites da Bacia Sedimentar de Pelotas e está localizado em 
Laguna, Litoral de Santa Catarina. Sua Unidade Estrutural pertence ao Escudo12 Atlântico 
Brasileiro e sua unidade de relevo são das serras do leste catarinense. Esta região foi formada 
no período quartenário devido as regressões e transgressões que houveram na época. 
 
12 Escudo - Primeiros núcleos de rochas emersas que afloraram desde o início da formação da crosta. Zonas 
atualmente estáveis quanto à tectônica. A distribuição geográfica dos principais escudos é a seguinte: 1 - Fino-
escandinavo, 2 - Siberiano, 3 - Canadense, 4 - Sul-Africano, 5 - Guiano, 6 - Brasileiro, 7 - Patagônico. O termo 
escudo foi aplicado originariamente por F. Suess aos escudos canadense e báltico. 
Figura 13 - Topo da Serra do Rio do Rastro (Fonte: Prefeitura de Bom Jardim da Serra - SC 
15 
 
A história dessa região abrange aproximadamente 5000 anos que podem ser testemunhados 
pela presença dos maiores sítios arqueológicos tipo Sambaqui13 do mundo, o que pode nos dar 
uma interpretação de como viviam as populações pré-históricas na região e de todo o contexto 
fisíco-natural da área. 
O Cabo Santa Marta, ganhou 
este nome no ano de 1502, 
quando segundo (BOITEUX, 
L.,1930) o comandante André 
Gonçalves teria chegado à 
região em 23 de fevereiro, dia 
que se festeja Santa Marta, 
segundo o calendário romano. 
Em termos de geomorfologia, 
esta região apresenta praias 
arenosas e baixas com cordões 
arenosos bem desenvolvidos. A 
planície costeira tem seu limite 
interno marcado pelas escarpas 
da Serra Geral. 
O Tipo de feição encontrado nessa região é magmática intrusiva, apresentando gnaisses e 
cristais faneritícos. Os processos atuantes encontrados foram de erosão abrasiva do mar sobre 
os blocos rochosos e ação química sobre as rochas devido a salinidade das águas, além do 
processo antrópico. 
Em prosseguimento as nossas observações do segundo dia, foi a praiade Itapiruba que fica 
localizada entre Laguna e Imbituba e que apresenta 
um conjunto de morros cristalinos denominados de 
Cinturão Dom Feliciano ou ainda Bloco Dom 
Feliciano. Este cinturão é composto por uma 
extensão de rocha cristalina predominantemente 
intrusiva e também metamórfica. Ao observamos 
encontramos evidencias de processos erosivos e 
matações14 bastante intemperizadas. Essas 
estruturas além de estarem representadas nos 
conjuntos de rochas antigas das proximidades do 
mar elas compõem também a serra do leste. 
 
13 Sambaqui - Acúmulo de moluscos marinhos, fluviais ou terrestres, feito pelos índios. Nesses jazigos de 
conchas encontram-se correntemente, ossos humanos, objetos líticos e peças de cerâmica. 
14 Matação - Designação regional para as bolas de rochas compactas produzidas pela esfoliação em forma de 
casca de cebola (desagregação cortical) sendo geralmente originadas pelos efeitos térmicos acompanhados de 
fenômenos de hidratação. Também lhe é atribuída a denominação de Boulder. 
Figura 14 - Cabo de Santa Marta - SC 
Figura 15 - Promontórios da Praia de Itapiruba. 
16 
 
 
De acordo com a história geológica da Terra, essas rochas já faziam parte do antigo 
continente Gondwana que se 
dividiu através de fissuras 
vulcânicas promovendo a formação 
da Serra Geral, compostas por 
rochas basálticas rioliticas. Depois 
de sua divisão, quando o nível do 
mar ainda estava elevado, esses 
promontórios foram interligados 
por processos de sedimentação 
feitos pelas correntes de deriva 
litorânea. Embora, as ondas não 
cheguem à praia com muita força 
ela não recebe a quantidade de 
sedimentos que deveria receber, 
porque os promontórios impedem a 
deriva de sedimento. Outro fato constatado é a forte influência do vento nessa zona, fazendo 
com que as dunas sejam removidas das proximidades da orla para regiões mais internas do 
continente. Também se percebe processos de abrasão marinhos que promovem a ação 
marinha. 
Também existe uma área urbana junto a praia, como pode-se observar através da figura 16. A 
saída de sedimentos por erosão costeira e a chegada dos mesmos vão ocorrer por deriva 
litorânea e muitas das vezes esses sedimentos não são suficientes para fazer a manutenção 
natural. Por isso a importância da manutenção de um cordão de dunas nesta área. 
Depois da observação da praia de Itapiruba, chegamos 
na elevação denominada Morro da Baleia Franca. É 
uma formação de rochas cristalinas antigas e é uma 
estrutura isolada já que toda a área ao redor e 
composta por processos de sedimentação recente do 
período Quartenário15. Esta formação possui o mesmo 
material do escudo Uruguaio Sul Rio-grandense 
compostos por rochas graníticas. 
 
 
15 Quartenário - É a última grande divisão do tempo geológico que, embora não exista concordância geral, é 
considerado ter-se iniciado há aproximadamente dois milhões de anos antes do presente estendendo-se até os 
dias de hoje.Destaca-se nesse período o surgimento do homem e sua evolução. Esse termo foi proposto por 
Desnoyers (1929) para identificar os extratos identificados sobre os sedimentos terciários da Bacia de 
Paris,sendo redefinidos por Reboull (1833) para incluir todos os extratos caracterizados por vestígios de flora e 
fauna, cujos similares poderiam, ainda hoje, serem encontrados com vida. 
Figura 16 - Vista da Praia de Itapiruba - SC 
Figura 17 - Formação Granítica - Morro da Baleia 
Franca 
17 
 
O conjunto observado é de magmatismo intrusivo. A medida em que os processos de erosão 
vão atuando e removendo as rochas superiores e a pressão litostática16 diminui esse conjunto 
granítico aflora a superfície e se expande. Ele se rompe em um diaclasamento17 ortogonal ao 
longo dos planos. 
O Granito vai sendo 
intemperizado e arredondado 
formando blocos circulares. 
Ao longo dos planos ocorre a 
infiltração de água e o 
intemperismo vai sendo 
intensificado isolando alguns 
blocos. 
Essas áreas cristalinas antigas 
constituíram no passado, nos 
momentos de transgressão do 
mar, verdadeiras ilhas. O 
nível do mar foi regredindo e 
essas áreas foram 
incorporando-se ao continente 
através do processo de sedimentação. 
Quando as ondas e as correntes de deriva litorâneas chegam a estas ilhas, ocorre o processo de 
difração18 nas laterais que conduzem a um processo de sedimentação que irão formar 
tômbolos19. A ação das ondas quando impacta esses conjunto rochoso o faz erodir em um 
processo chamado de abrasão marinha20. Em condições propicias para a formação de 
vegetação, ocasionalmente haverá também o processo de intemperismo mecânico por ação 
das raízes ou intemperismo químico por ação dos ácidos húmicos. 
 
 
16 Pressão Litostática - É a pressão exercida pelo peso de uma coluna de rocha que está em um determinado 
ponto em sub-superfície. 
17 Diáclase - Fratura, junta ou fenda - aberturas microscópicas ou macroscópicas que aparecem no corpo de 
uma rocha, principalmente devido ao esforço tectônico tendo direção variável. As diáclases são de grande 
importância no modelado relevo terrestre. Constituem pontos fracos de ataque por parte da erosão. 
Diaclasamento ortogonal significa uma fratura, junta ou fenda na forma ortogonal. 
18 Difração - Modificação semelhante a outras ondas, tais como ondas sonoras ou dielétricas. Ocorre quando a 
frente plana da onda não é conduzida a um foco ou utilizada, o que resulta na curvatura da onda ao redor do 
objeto na sua trajetória. 
19 Tômbolo - Denominação proposta por Gulliver para as línguas ou flechas de areia e seixos ligando uma ilha a 
um continente. Os tômbolos conhecidos podem ser: simples, duplos ou triplos. Como exemplo, podemos citar os 
tômbolos de Monte Argentário, as penínsulas de Quiberona e Giens. 
20 Abrasão - Nome dado por Richthofen ao trabalho destruidor do mar na zona costeira. Nos abruptos 
escarpados das falésias melhor se pode observar o trabalho de destruição realizado pelas vagas e correntes. A 
abrasão se faz por solapamento da base ocasionando desmoronamentos sucessivo. Embora esse termo tenha 
sido usado no inicio para designar o desgaste produzido pelo mar, hoje engloba todas as ações exodinâmicas: 
fluvial, eólica, glacial e pluvial. 
Figura 18 - Blocos graníticos arredondados - Morro da Baleia Franca - SC 
18 
 
PONTO F - GRUTA DE ABRASÃO - FURNAS DE SOMBRIO - SC 
 
Ao sairmos das observações do morro da Baleia Franca, dirigimo-nos agora ao município de 
Sombrio - SC para visitarmos e observamos uma Gruta de Abrasão nas Furnas de Sombrio. A 
história desse conjunto de grutas de origem marinha é recheada de fatos, suposições e lendas 
que tornam tão fascinante quanto a formação desse monumento esculpido pela natureza. 
A tese defendida pelos cientistas é de que a milhares de anos antes do presente, pressupõem-
se que os oceanos cobriam uma parte bem maior da terra que atualmente. As evidências nos 
dizem que esta região de Sombrio, foi coberta pelos oceanos durante muito tempo. 
 
O complexo de furnas é formado por um conjunto de 
quatro grutas, a maior delas com dezessete metros de 
abertura e área total de 1.118 m². Existe ainda uma 
quinta gruta ainda inexplorada, ficando mais a norte 
das demais. 
 
Como nossa passagem foi muito rápida, visitamos 
apenas a primeira delas, que é uma evidencia dos 
processos de regressão e transgressão do nível do 
mar. A formação rochosa deste conjunto é de arenito 
triássico Botucatu, de baixa porosidade (18%) o que 
atesta e evidencia o afloramento do aqüífero 
Guarani, a maior reserva de água subterrânea do 
planeta. 
Notamos também no interior da gruta uma forte intervenção antrópica, com colocação de 
diversas imagensrepresentando todas as 
religiões presentes na região. Em nossa 
observação constatamos também que esta gruta 
demonstra a posição do litoral nos tempos 
Holocênicos21 durante o estágio eustático 
positivo, quando o nível do mar estaria cerca de 
5 a 8 m mais alto do que nos dias atuais e foi 
desenvolvida no arenito Botucatu, junto ao 
contato com rochas de derrames basálticos da 
Formação Serra Geral que lhe são sobrepostas. 
 
21 Holoceno - Quaternário recente ou aluvião em oposição ao Pleistoceno ou Quartenário antigo - último 
período do topo da coluna geológica. È também chamado da época pós-glacial. Todas as espécies atuais estão 
nele representados. 
Figura 19 - Gruta de Abrasão - Sombrio SC (Fonte: 
site Sul_SC 
Figura 20 - Interior da Gruta de Abrasão 
19 
 
A furna que antes era considerada paleoduna22, resulta do embate de ondas e de repuxos 
marinhos, associados com o poder erosivo 
acentuado por movimentar blocos e fragmentos 
diversos de rochas. A estratificação visível em seu 
interior é devido a sobreposição litológica. 
 
 
 
 
 
 
 
Uma curiosidade a respeito de é que conta-se no local que ainda no século XIX,quando a 
família Cunha ocupava as terras em torno do Morro de Furnas, que se hospedou na casa de 
Luiza Cunha um espanhol, de nome ignorado, que misteriosamente teria aportado por lá. 
Ocorre que, segundo o que contam os antigos, teria sido este espanhol um desertor das 
milícias de seu País e que teria ele roubado uma grande quantidade de ouro que deveria servir 
de pagamento do exército espanhol que se encontrava no Rio Grande do Sul ou talvez no 
Uruguai. O que se conta é que ele teria enterrado esse tesouro nas redondezas do Morro das 
Furnas. 
Entre os anos de 1910 e 1920, o tal espanhol teria enviando uma correspondência ao então 
proprietário das terras Sr. Luiz Antonio da Cunha, pai de Luiza Cunha relatando o episódio. 
Alguns moradores acompanhado de familiares de Cunha teriam adquirido detector de metais e 
efetuaram uma caça à fortuna do espanhol, porém nunca houve registro de que tal fortuna 
tenha sido encontrada ou se teria existido de verdade. 
 
 
 
 
22 Paleodunas - As dunas fósseis também conhecidas como Paleodunas ou dunas consolidadas corresponde a 
um processo de evolução da areia solta para a rocha de arenito, processo esse que dura milhares de anos. Ao 
longo do tempo, a ação de um cimento calcário, proveniente da dissolução dos fragmentos de conchas que 
compõem a areia ou ainda argiloso, provoca a aglutinação progressiva dos grãos de areia, originando a duna 
consolidada. 
Figura 21 - Gruta do Abrasão 
- Furnas - Sombrio - 
Estratificação 
20 
 
PONTO F - PRAIA DA GUARITA - TORRES 
 
Empreendemos viagem agora até Torres no Rio Grande do Sul, com destino ao Parque da 
Guarita para continuarmos nossas observações sobre a morfologia do relevo deste parque. 
Passamos rapidamente pelo Rio Mampituba que faz a divisa entre os estados do Rio Grande 
do Sul e Santa Catarina, desaguando no Oceano Atlântico. 
A foz do Rio Mampituba foi protegida do assoreamento através da construção de molhes que 
servem para a embocadura do rio, já que por processos naturais haveria um desvio do curso 
do rio. O nome desse rio vem do tupi-guarani e significa 
Rio de muitas curvas ou ainda, Pai do Frio. 
O Rio Mampituba desce a escarpa da Serra Geral em 
direção ao litoral no sentido contrário ao mergulho das 
camadas geológica e por isso é considerado um rio 
anaclinal23 que se dá em direção a Bacia do Paraná e do 
Rio Uruguai no lado oeste do estado. 
 
Chegamos a tarde, na praia de Torres e pudemos observar que a Unidade Estruturas do Parque 
da Guarita esta na Bacia Sedimentar Marginal de Pelotas e sua unidade de relevo é a Planície 
Costeira. 
O Parque Estadual José Lutzenberger24 mais 
conhecido como Parque da Guarita é uma 
Unidade de Conservação Brasileira formado por 
um belíssimo conjunto de afloramentos 
localizados à beira mar. Seu nome homenageia o 
ambientalista gaúcho que foi um dos maiores 
incentivadores de sua criação. Foi criado em 1971 
através do empenho de vários ambientalistas 
locais buscando proteger este cenário geológico 
de grande valor ambiental e paisagístico. 
 
 
23 Anaclinal - Rios que descende em direção oposta ao extrato, com a característica de seu um rio de curto 
percurso com trechos encachoeirados. 
24 José Lutzenberger - José Antonio Kroeff Lutzenberger (1926-2002), foi agrônomo, escritor, filósofo, 
paisagista e ambientalista brasileiro que participou ativamente na luta pela preservação ambiental.Filho de 
imigrantes alemães, formou-se agrônomo especializado em adubos e por muitos anos trabalhou para as 
companhias do setor. No fim dos anos 60 começou a se desiludir com as políticas agrícolas danosas para o meio 
ambiente e em 1970 deixou o emprego para dedicar-se a causa da ecologia. Foi fundador da AGAPAN e mais 
tarde da Fundação Gaia, onde permaneceu até sua morte. Recebeu a distinção de Premio Nobel Alternativo, 
Ordem do Ponche Verde, Ordem do Rio Branco a Ordem do Mérito da Republica Italiana e diversos doutorados 
honóris causa por sua participação em defesa do meio ambiente. 
Figura 23 - Afloramentos Parque da Guarita - Torres 
Figura 22 - Características dos Rios 
21 
 
No Parque da Guarita os afloramentos são formados basicamente por associação de rochas 
sedimentares e vulcânicas na forma de morros testemunhos escarpados na linha de praia 
(Formação Botucatu - Juro-Cretáceo25 e Formação Serra Geral - Cretáceo Inferior). 
Uma característica geológica importante desse geossítio é apresentar importantes exemplo de 
interação entre lavas vulcânicas e sedimentos eólicos não consolidados. O resultado desse 
contato entre estas lavas sob sedimentos é a formação de brechas peperiticas26, sendo as 
mesmas formadas basicamente por fragmentos de rocha vulcânica imersos em sedimentos. 
Uma das observações feitas foram as falésias27 no 
complexo dos morros testemunhos. A formação 
deste conjunto de morros testemunho remonta há 
250 milhões anos antes do presente. Na base da 
Pedra da Guarita esta uma torre de 
aproximadamente 25 metros, sendo a menor ali 
existente. Também encontramos a presença do 
arenito Botucatu de coloração avermelhada e 
origem eólica. 
 
No topo, encontramos material de origem vulcânica, o basalto. Este foi depositado sobre o 
arenito quando ocorreu aquele que é considerado o maior evento fissural do mundo, com 
sucessivos derrames de lavas em todo o Rio 
Grande do Sul, no período Cretáceo na era 
Mesozóica. Os impactos antrópicos são 
evidentes nas falésias de Torres e estes 
correspondem a uma grande ameaça ao 
patrimônio natural. 
O Parque da Guarita ainda proporciona uma 
boa estrutura turística como estacionamento, 
área para banho de mar, trilhas ecológicas e 
painéis que informam sobre a história 
geológica e biológica do lugar. 
 
 
25 Cretáceo - Período mais recente do Mesozóico. Compreende os terrenos situados entre o Jurássico (Juro 
Cretáceo) e os da base da era Cenozóica. O Termo Cretáceo vem do grego creta que no latim significa giz, foi 
dado a este período por causa da greda branca (giz) nele encontrado. 
26 Peperito - Rocha constituída pela mistura de fragmentos de rochas vulcânicas e de elementos sedimentares. 
27 Falésia - Termo usado indistintamente para designar as formas de relevo litorâneo abruptas ou escarpado, 
ou, ainda, desnivelamento de igual aspecto no interior do continente. As falésias do interior do continente que 
não sofrem mais a ação do mar são chamadas de falésias mortas. 
Figura 24 - Falésiasde Torres 
Figura 25 - Topo do morro testemunho em Torres-RS 
22 
 
 
Terminadas as observações no município dirigimo-nos agora para o município de Arroio do 
Sal onde fizemos o último pernoite da expedição. 
O município de Arroio do Sal fica localizado junto ao Oceano Atlântico fazendo parte do 
litoral Norte do estado do Rio Grande do 
Sul. Sua população fixa de acordo com o 
IBGE é estimada em 8641 hab., chegando 
a cerca de 90.000 na alta estação de 
veraneio. Entre alguns atrativos naturais 
do município estão as Lagoas Itapeva, do 
Remanso, do Banho e da Cavalhada, além 
do Criatório Conservacionista e Dunas de 
Sambaquis. 
O Balneário Atlântico, no município de 
Arroio do Sal, possui um campo de Dunas 
do tipo barcanóide28 e reversas29, podendo alcançar alturas expressivas em torno de 15 a 20m 
de altura. 
Uma observação feita foi a respeito de campo de dunas vegetadas por espécies não nativas e 
uma faixa urbana no balneário impedindo dessa 
forma a alimentação natural desse campo de 
dunas. Outra característica é a presença de dunas 
reversas que indica que as mesmas são 
movimentadas pela ação de ventos opostos 
provenientes de N-NE e S-SW. Como resultado , 
essas dunas, provavelmente migram a taxas bem 
menores do que as taxas apresentadas pelas dunas 
mais ao sul em Pinhal e Cidreira. 
 
 
 
28 Barcanas - São dunas que possuem um formato de lua crescente, formadas em regiões secas de baixa 
disponibilidade e sedimentos, a vegetação é ausente e as "caudas" se alongam a favor do vento. São 
geralmente pequenas e de rápida propagação. As dunas barcanóides se formam como as barcanas, porém 
com volume de areia bem maior. 
29 Reversas - Dunas reversas são dunas em que o flanco frontal muda de lado quando existe alteração na 
direção do vento. Portanto, em certa época do ano, a face de deslizamento está voltado para um lado e, em 
outra, esta do lado inverso. Qualquer tipo de duna pode sofrer esse processo. 
Figura 26 - Arroio do Sal - RS 
Figura 27 - Dunas e Sambaquis - Balneário Atlântico 
Arroio do Sal RS 
23 
 
PONTO H - PARQUE NACIONAL DE APARADOS DA SERRA - TAIMBÉZINHO 
MUNICÍPIO DE CAMBARÁ DO SUL - RS 
 
O ponto H de parada da expedição para as observações geológica aconteceu no Parque 
Nacional de Aparados da Serra 
que pertence ao sistema de 
Rede de Unidades de 
Conservação dos Campos de 
Cima da Serra. Esse sistema 
abrange os municípios de 
Cambará do Sul, Itati, Três 
Forquilhas e São Francisco de 
Paula. 
Nossa visita foi especificamente 
no Parque Nacional de 
Aparados da Serra, que abrange 
os municípios de Cambará do 
Sul, Jacinto Machado e Praia 
Grande SC, onde está 
localizado o cânion30 
denominado Itaimbézinho, 
nome este, que vem da origem 
Tupi-Guarani, onde "ita" 
significa pedra e "aimbé" 
significa cortada. 
 
Os paredões do cânion tem uma 
extensão de 5,8 Km com uma 
profundidade de até 720m de 
altura. 
 
Nesta região, outrora viviam os Brasis do grupo Jê, que hoje tem como seus remanescentes 
os Kaingangs e Xodéns. Os vestígios dessa população são encontrados no morro dos Bugres, 
furna da Araucária, morro do Crespo e furna da Garrafa. Eram nativos que construíam suas 
habitações em buracos cavados no chão geralmente no topo dos morros e ali ficavam até 
 
30 Cânion - ou Cañon, palavra de origem espanhola usada para designar vales de paredes abruptas, isto é, vales 
encaixados. O exemplo clássico é o cânion do Rio Colorado, cujo desnível entre o fundo da calha e a superfície 
chega a ordem dos 1000 a 1800 m. Na França, o melhor exemplo de vale encaixado é o Tarn, no Causses do 
Maciço Central Francês. 'O cânion adquire características mais típicas quando cortam estruturas sedimentares 
que pouco se afastam da horizontal. 
Figura 28 - Vista do Cânion Itaimbézinho 
24 
 
seguirem para outros lugares, já que possuíam estilo de vida nômade. O município de 
Cambará deu-se com a doação de 20 ha de terras para a igreja feita por Dona Úrsula Maria da 
Conceição que fazia parte de uma das mais tradicionais famílias da região, com a finalidade 
de pagar uma promessa ao santo de sua devoção "São José". Isto aconteceu no ano de 1764. 
No final da década de 30 o distrito de São José do Campo Bom passa a categoria de vila e 
acaba perdendo o nome tendo em vista a existência de outro município no estado com o 
mesmo nome, adquirindo assim o nome de Vila de Cambará. A palavra Cambará é de origem 
Tupi-Guarani e significa "folha de casca rugosa", nome dado a uma árvore típica e abundante 
na região. É possível conhecer essa árvore na praça central de Cambará do Sul. Suas folhas 
verde claro são conhecidas pelo poder medicinal, ótimas para o combates a gripe e tosses. 
 
Com relação o estudo de geomorfologia da região, sabe-se que há aproximadamente 130 
milhões de anos, quando a América separava-se do continente Africano, houve um intenso 
diastrofismo31 que culminou na ascensão de grande quantidade de material magmático e 
falhamentos responsáveis pela configuração geológica - geomorfológica da região conhecida 
como Campos de Cima da Serra. 
Os falhamentos gerados durante o evento e registrados na área são do tipo escalonado sendo 
responsável pela existência da escarpa original em diversas cotas topográficas da plataforma 
atlântica e orientando alguns canis, sub-bacias e gargantas ocupadas por rios como é o caso do 
Rio do Boi no cânion do Itaimbézinho. 
 
 
31 Diastrofismo - (do grego diastrophè = distorção ) - Conjunto de movimentos tangenciais, verticais, que 
acarretam na superfície da crosta terrestre o aparecimento de dobras, falhas e lençóis de arrastamento. Os 
diferentes tipos de relevo são resultantes da intensidade dos movimentos tectônicos. Estes então em função da 
plasticidade ou da rigidez do estrato, que poderão ser dobrados, quando plásticos e, falhados, quando rígidos. 
Figura 29 - Vista da Praça da Igreja da Matriz São José - Cambará do Sul - RS 
25 
 
 A origem do nome Rio do 
Boi, surgiu no tempo das 
tropas que desciam os 
Aparados em carreiro 
sinuoso, tendo o Rio abaixo 
da montanha. Em uma das 
tropeadas um gado se 
desgarrou da tropa e cai no 
penhasco na reta do Rio de 
corredeiras abaixo. Daí sai 
a origem do nome do rio. 
Para apreciação 
geomorfológica e turística 
é possível percorrer os cânions através de trilhas.Existem três trilhas a ser percorridas. A trilha 
do Rio do Boi, a trilha do Vértice e a trilha do Cotovelo. Tendo em vista a nossa chegada no 
parque com as condições atmosféricas desfavoráveis indicando chuva e com o tempo frio e 
muito úmido, decidimos percorrer somente a trilha do Vértice, que é a menor de todas as 
trilhas. A trilha do Vértice é feita pelas Bordas no alto do Cânion com cerca de um hora de 
caminhada, onde é possível apreciar a cascata das Andorinhas a cerca de 100 metros e a uns 
dois quilômetros a cascata Véu de Noiva. A trilha do Rio do Boi é feita dentro da fenda do 
cânion. É considerada de alta dificuldade por que é feita próxima a margem do rio e em 
alguns momentos tendo que atravessá-lo. A duração é de cerca de cinco a oito horas de 
caminhada. Já a trilha do Cotovelo tem uma duração de três horas e tem vista para as paredes 
e borda do cânion. 
 
 
 
Figura 30 - Rio do Boi - Itaimbézinho 
Figura 31 - Mapa das trilhas do cânion do Itaimbézinho 
26 
 
 
Fator preponderante no desenvolvimento dos cânions é a presença de descontinuidades 
tectônicas, onde a orientação dos principais cânions coincide com as principais direções de 
fraturas existentes nas rochas vulcânicas da região. Como estas falhas e fraturas são zonas de 
fraqueza, há maior percolação de água o que facilitaa erosão vertical. 
A configuração geológica dos cânions da região de Aparados da Serra, remetem a um dos 
maiores eventos vulcânicos já 
ocorridos no planeta, como 
dissemos mais acima, e as lavas 
geradas cobrem uma área de 
1.200.000 Km², ou seja, 75% do 
volume da Bacia do Paraná, 
sendo um dos principais agentes 
de conformação da paisagem. 
Esse evento conforme Melfi 
(1988), se deu no quarto estágio 
da evolução da Bacia do Paraná, 
e foi caracterizado por processos 
de reativação tectônica causando 
uma estrutura antiforme. Em vista disso, esta área apresenta derrames32 ácidos e básico, sendo 
as áreas de cimeira representadas por derrames ácidos Tipo Palmas e a base por basaltos tipo 
Gramado. 
Esses derrames são apresentados em forma de fáceis33, podendo alcançar espessuras de 80 
metros de altura por derrame. Estas fáceis apresentam um contato basal por disjunção34 
tabular incipiente e irregular, uma porção central bem desenvolvida e maciça com disjunção 
colunar difusa, e uma porção de topo espessa e com disjunção tabular extremamente bem 
desenvolvida. 
 
32 Derrame - Saída e espraiamento de material magmático vindo do interior da crosta terrestre, consolidando-
se ao ar livre. Esses derrames são produzidos pelo extravasamento de lava em estado liquido, solidificando-se à 
superfície. 
33 Fáceis - Conjunto de caracteres de ordem litológica e paleontológica que permite conhecer as condições em 
que se realizam os depósitos. Graças a natureza das fáceis pode-se tirar várias conclusões, tanto para a 
geologia como para a geomorfologia. Distingui-se , de modo geral, dois grupos de fáceis: 1) fáceis continentais 
ou terrígenas (fluvial, eólica, glacial, lacustre, vulcânica, etc..); 2) fáceis marinhas (litorânea, nerítica, batial e 
abissal). 
34 Disjunção - Fraturamento macroscópicos e/ou microscópicos que ocorrem em rochas, em conseqüência de 
esforços e/ou a brusca variação de temperatura a que foram submetidas ao longo do tempo geológico.São 
fendas, zonas de fraqueza ou abertura que, no caso das rochas vulcânicas, são decorrentes do rápido 
resfriamento e as contrações de volume a que se são submetidas as lava enquanto solidificam-se na superfície 
do terreno. 
Figura 32 - Afloramento dos derrames no cânion Itaimbézinho 
27 
 
Os derrames são de composição predominantemente ácidos, riodacitos, compondo rochas 
mesocráticas35 de cor esbranquiçado com cinza claro, microfaneríticas, com uma matriz vítrea 
com cristalitos de feldspatos e clinopiroxênio36 incrustados. 
Seguindo nossas observações no parque de Aparados da Serra, na trilha do Vértice, podemos 
apreciar a Cascata das 
Andorinhas, que possui 700m de 
altura. Ainda no parque, se tem, 
a constituição de uma das 
principais bacias do Estado a 
Taquari-Antas. Os arroios que 
descem em direção à planície 
costeira drenam para o rio das 
Antas e esse, por sua vez, torna-
se o Rio Taquari formando o 
vale do Taquari. 
 
 
 
 
35 Mesocrática - Rocha de coloração média sendo um intermédio entre as melonocráticas (rocha cuja 
predominância são os minerais de coloração escura) e as leucocráticas ( rochas compostas por minerais de 
composição clara) 
36 Clinopiroxênio - O piroxênio é um importante grupo de 21 inossilicatos de cadeia simples, encontrados em 
múltiplas rochas ígneas e metamórficas. em muitas das quais constituem o grupo mineral dominante. 
Figura 33 - Bacia Taquari Antas 
 
Figura 34 - Cascata das Andorinhas 
Figura 35 - Cascata Véu de noiva - Itaimbézinho 
28 
 
Devido ao adiantado da hora na saída do Parque dos Aparados da Serra, não foi possível fazer 
a apreciação do relevo geomorfológico no Morro da Borússia. 
CONCLUSÃO 
 
Em todos os pontos que passamos podemos observar as unidades estruturais e de relevo e as 
diferentes feições geomorfológicas causadas pelos processos naturais e também por ação 
antrópica, além de presenciar uma bela paisagem de nossa região. 
O Contato direto nos deu a oportunidade de construir uma visão dinâmica da interação de 
todos os processos e elementos que integram a paisagem mundial.Apesar do pouco tempo da 
expedição, não nos impediu de conhecer locais que posteriormente poderão serem visitados e 
analisados mais profundamente. 
O objetivo proposto pela expedição foi alcançado, visto que os discentes participantes 
conseguiram, dentro de uma participação efetiva e solidária observar, entender como se deram 
os processos de derrames e formação da crosta terrestre na área estudada. 
Com certeza, essa atividade como meio de estudo é importante e produz na prática uma 
experiência única na vida estudantil e profissional futura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
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WARREN, L.V. “Tese de Doutorado.” Tectônica e sedimentação do Grupo Itapucumi. São Paulo: 
Biblioteca Digital - USP, Abr de 2011. 
WHITE, I.C. Comissão de Estudos de Minas de Carvão de Pedra do Brasil - Relatório final. Rio de 
Janeiro, RJ: Imprensa Nacional, 1908. 
 
	POTIGUARA MARQUES
	SUMÁRIO
	LISTA DE FIGURAS
	INTRODUÇÃO
	OBJETIVOS
	/ROTEIRO DA SAIDA DE CAMPO - SERRA DO RIO DO RASTRO
	PONTO B e C - LAURO MULLER e BOM JARDIM DA SERRA - SUBINDO A SERRA DO RIO DO RASTRO
	PONTO D e E - ITAPIRUBÁ - IMBITUBA - MORRO DA BALEIA FRANCA - CABO SANTA MARTA
	PONTO F - GRUTA DE ABRASÃO - FURNAS DE SOMBRIO - SC
	PONTO F - PRAIA DA GUARITA - TORRES
	PONTO H - PARQUE NACIONAL DE APARADOS DA SERRA - TAIMBÉZINHO MUNICÍPIO DE CAMBARÁ DO SUL - RS
	Devido ao adiantado da hora na saída do Parque dos Aparados da Serra, não foi possível fazer a apreciação do relevo geomorfológico no Morro da Borússia.
	CONCLUSÃO
	Bibliografia

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