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Verbos- Gramática

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SISTEMA DE ENSINO
GRAMÁTICA
Verbos
Livro Eletrônico
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Verbos
GRAMÁTICA
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Verbos ................................................................................................................................................ 4
Mapas Mentais ...............................................................................................................................61
Questões Comentadas na Aula .................................................................................................. 63
Gabarito ...........................................................................................................................................89
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Verbos
GRAMÁTICA
ApresentAção
Olá, esta aula é muito importante, pois envolve aspectos relativos ao VERBO, o verdadeiro 
“coração” na unidade oracional.
Você já notou que quase tudo no estudo da gramática envolve verbo – concordância verbal, 
regência verbal, conjugação verbal, colocação pronominal (a posição do pronome em relação 
ao verbo), análise sintática etc.
Então, estudaremos os seguintes pontos, além de outros assuntos incidentais: conjugação 
verbal (como os verbos se flexionam); o emprego do tempo, modo e das formas nominais; 
correlação verbal (a relação entre os verbos que compõem o período); vozes verbais (basica-
mente, voz ativa e passiva, e a transposição de uma para outra).
Lembro que, na parte final do nosso estudo, estão todas as questões sem os comentários 
e o gabarito simples. Se você preferir, imprima as últimas páginas, faça os exercícios e, somen-
te depois disso, veja os comentários.
Bons estudos.
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Verbos
GRAMÁTICA
VERBOS
001. (FUNDATEC/PREFEITURA DE IMBÉ/2020) Assinale a alternativa que indica o número 
de formas verbais presentes no trecho:
“Espero que as pessoas sejam generosas e amplas para compreender e amar seus parceiros 
em suas dúvidas, fragilidades, divisões e pequenas paixões”.
a) 2.
b) 3.
c) 4.
d) 5.
e) 6.
A partir dessa questão, vamos entender o que são os verbos e seu papel na estrutura oracional.
Conceito: VERBO é uma palavra variável (pode flexionar-se em número, pessoa, modo, tempo 
e voz) que indica uma ação, estado ou fenômeno.
O trecho em análise é:
Espero que as pessoas sejam generosas e amplas para compreender e amar seus parceiros em 
suas dúvidas, fragilidades, divisões e pequenas paixões.
Já “de cara” temos um verbo: ESPERAR (1). Esse é um verbo que indica uma ação.
E o que se espera?
“que as pessoas SEJAM (2) generosas e amplas...” – agora, é o verbo SER, que indica um estado.
Na sequência:
“... amplas para COMPREENDER (3) e AMAR (4)...” – outros dois verbos indicativos de AÇÕES.
São, portanto, QUATRO verbos nesse período.
Letra c.
002. (FUNDATEC/PREFEITURA DE IMBÉ/2020) Na linha 31, em “espero por você”, a forma 
verbal está no presente do indicativo. Assinale a alternativa que indica a correta conjugação 
desse verbo no pretérito perfeito do indicativo, mantendo-se a mesma pessoa do discurso.
a) Esperei.
b) Esperava.
c) Esperaria.
d) Esperara.
e) Esperaste.
No início deste curso, vimos que os verbos são palavras VARIÁVEIS, que se flexionam em 
MODO, TEMPO, NÚMERO (singular e plural), PESSOA (1ª, 2ª, 3ª) e VOZ (ativa, passiva, reflexiva, 
recíproca).
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Verbos
GRAMÁTICA
As pessoas do discurso são três:
• - 1ª pessoa – quem fala (eu = singular/nós = plural);
• - 2ª pessoa – com quem se fala (tu = singular/vós = plural);
• - 3ª pessoa – de que se fala (ele/ela = singular/eles/elas = plural).
Essa questão explora as pessoas do discurso.
A forma ESPERO é a conjugação do verbo ESPERAR na 1ª pessoa do singular (eu). O examina-
dor pede que se indique, no pretérito perfeito do indicativo, a conjugação do mesmo verbo na 
mesma pessoa/número. A resposta é ESPEREI.
Para conseguir resolver essa questão, além de compreender o que são as pessoas do discur-
so, o candidato precisa conhecer os tempos e modos verbais, e esse é nosso próximo assunto.
A classificação dos verbos nos modos verbais depende da relação que o falante tem com aqui-
lo que enuncia – se constata um fato (indicativo); se apresenta uma hipótese, uma suposição 
(subjuntivo); se faz um pedido (imperativo).
Os tempos verbais, por sua vez, têm, em regra, a função de indicar o momento em que são 
enunciados os fatos.
Vejamos, agora, as questões que tratam de MODOS E TEMPOS VERBAIS.
Letra a.
003. (FCC/SABESP/TÉCNICO EM GESTÃO/2014) Sobre a dificuldade de ler
Gostaria de lhes falar não da leitura e dos riscos que ela comporta, mas de um risco ainda 
maior, ou seja, da dificuldade ou da impossibilidade de ler; gostaria de tentar lhes falar não da 
leitura, mas da ilegibilidade.
Cada um de vocês terá feito a experiência daqueles momentos nos quais gostaríamos de ler, 
mas não conseguimos, nos quais nos obstinamos a folhear as páginas de um livro, mas ele 
nos cai literalmente das mãos.
Gostaria de lhes sugerir que prestassem atenção aos seus momentos de não leitura, quando 
o livro do mundo cai das suas mãos, porque a impossibilidade de ler lhes diz respeito tanto 
quanto a leitura e é, talvez, tanto ou mais instrutiva do que esta.
Há também uma outra e mais radical impossibilidade de ler, que até poucos anos atrás era, 
antes de tudo, comum. Refiro-me aos analfabetos, que, há apenas um século, eram a maioria. 
Um grande poeta espanhol do século 20 dedicou um livro de poesia seu “ao analfabeto para/
por quem eu escrevo”. É importante compreender o sentido desse “para/por”.
Gostaria que vocês refletissem sobre o estatuto especial desse livro que, na sua essência, é 
destinado aos olhos que não podem lê-lo e foi escrito com uma mão que, em um certo sentido, 
não sabe escrever. O poeta ou escritor que escreve pelo/para o analfabeto tenta escrever o 
que não pode ser lido, põe no papel o ilegível. Mas precisamente isso torna a sua escrita mais 
interessante do que a que foi escrita somente por/para quem sabe ler.
Há, finalmente, um outro caso de não leitura do qual gostaria de lhes falar. Refiro-me aos livros 
que foram escritos e publicados, mas estão − talvez para sempre − à espera de serem lidos. 
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Verbos
GRAMÁTICA
Eu conheço − e cada um de vocês, eu acredito, poderia citar − livros que mereciam ser lidos e 
não foram lidos, ou foram lidos por pouquíssimos leitores. Eu penso que, se esses livros eram 
verdadeiramente bons, não se deveria falar de uma espera, mas de uma exigência. Esses livros 
não esperam,mas exigem ser lidos, mesmo que não o tenham sido ou não o serão jamais.
Mas agora gostaria de dar um conselho aos editores e àqueles que se ocupam de livros: parem 
de olhar para as infames, sim, infames classificações de livros mais vendidos e − presume-se 
− mais lidos e tentem construir em vez disso na mente de vocês uma classificação dos livros 
que exigem ser lidos. Só uma editora fundada nessa classificação mental poderia fazer o livro 
sair da crise que − pelo que ouço ser dito e repetido − está atravessando.
(Adaptado de: AGAMBEN, Giorgio. Sobre a dificuldade de ler. Trad. de Cláudio Oliveira. Revista Cult, ano 16, n. 
180. São Paulo: Bregantini, junho de 2013. p. 46 e 47)
Ao final do texto, para dar conselho aos editores e a quem se interessa por livros, o autor utiliza 
no imperativo os verbos
a) exigir e poder.
b) gostar e ocupar.
c) sair e atravessar.
d) parar e tentar.
e) presumir e construir.
MODOS VERBAIS
São três modos verbais:
• INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato real, que pode pertencer ao presente, 
passado ou futuro;
• SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipotético, duvidoso, provável ou possível;
• IMPERATIVO - expressa ideias de ordem, pedido, desejo, convite.
Enquanto o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, da certeza, o SUBJUNTIVO 
coloca o fato no plano do que é provável, hipotético, possível, sem a certeza apresentada pelo 
modo indicativo.
O modo SUBJUNTIVO também é bastante usado com determinadas conjunções (embora, 
caso, conquanto etc.).
O modo IMPERATIVO serve para exprimir um desejo, uma ordem ou uma súplica.
IMPERATIVO
Como se conjugam os verbos no IMPERATIVO?
Conjugamos os verbos a partir das formas do presente do subjuntivo em todo o imperativo 
negativo (para todas as pessoas) e para quase todo o imperativo afirmativo, com exceção das 
formas de 2ª pessoa, do singular e do plural. Essas duas pessoas (tu/vós) buscam a conjuga-
ção do presente do indicativo, retirando a letra “s”:
Observe a seguir o quadro indicativo:
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Como expressa um pedido/desejo/ordem, na posição de 3ª pessoa não está “a pessoa de 
quem se fala” (ele/ela/eles/elas), mas a pessoa para quem se fala com pronome de tratamen-
to. Os pronomes de tratamento exigem a conjugação dos verbos e emprego dos pronomes de 
3ª pessoa, e o mais usual pronome de tratamento é VOCÊ.
No texto, é usada a 3ª pessoa (você/vocês), por isso, na construção do modo imperativo, usa-
mos a forma do presente do subjuntivo: que vocês parem/que vocês tentem.
No último parágrafo, como forma de “conselho” aos editores e àqueles que se ocupam de li-
vros, o autor usa os verbos PARAR (“parem de olhar...”) e TENTAR (“tentem construir...”).
Observe que, para a conjugação do IMPERATIVO, temos de observar qual a pessoa usamos (se 
a 2ª pessoa – tu/vós – ou 3ª – você/vocês) e se o modo é imperativo afirmativo ou negativo.
Letra d.
004. (CESPE/PREFEITURA DE BOA VISTA/PROCURADOR MUNICIPAL/2019)
Internet: <www.amazoniaprotege.mpf.mp.br> (com adaptações).
Julgue o seguinte item, considerando os aspectos textuais e gramaticais do cartaz precedente 
veiculado pelo Ministério Público Federal, no âmbito do projeto Amazônia Protege.
- As formas verbais “Acesse”, “conheça” e “consulte” caracterizam-se por uma uniformidade na 
flexão de modo e de pessoa.
Já sabemos que se trata do modo IMPERATIVO. As formas acesse, consulte, conheça, por 
buscarem a conjugação do PRESENTE DO SUBJUNTIVO, são formas da 3ª pessoa do singular 
(você) do modo afirmativo.
Assim, está correta a afirmação de que se caracterizam “por uma uniformidade na flexão de 
modo e de pessoa”.
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UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO é isto: manter a mesma pessoa do discurso. Note que, no 
cartaz, o enunciador mantém a 3ª pessoa o tempo todo. Nem sempre esse cuidado é tomado. 
Em algumas músicas, por exemplo, costuma ocorrer mistura de formas de 2ª pessoa (tu) com 
3ª (você). Observe um trecho da letra de Vambora, de Adriana Calcanhoto:
“Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida”
Note que a autora, quando emprega a forma “você”, mantém corretamente os verbos do impe-
rativo conjugados nas formas entre e diga.
Certo.
005. (FCC/TCE-GO/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2012/ADAPTADA)
Não sejais mais comportados do que o necessário; ponde alguma sobriedade no bom com-
portamento.
A frase acima permanecerá correta com a substituição das formas verbais sublinhadas, res-
pectivamente, por:
a) sejas - ponhais
b) seja - põe
c) sede - ponhais
d) sejas - põe
e) sejas - ponhas
Relembrando: no IMPERATIVO NEGATIVO, a conjugação do verbo segue o presente do subjun-
tivo em relação a todas as pessoas:
Não sejas (tu), Não seja (VOCÊ) ou Não sejais (vós).
No IMPERATIVO AFIRMATIVO para 3ª pessoa (você/vocês), segue-se a regra geral: PRESENTE 
DO SUBJUNTIVO
* Ponha (você)
Já no IMPERATIVO AFIRMATIVO, as 2as pessoas (tu/vós) se conjugam a partir do PRESENTE 
DO INDICATIVO, sem o “s”:
Põe (tu), Ponde (vós)
No enunciado, foi empregada a forma de tratamento para a 2ª pessoa do plural (vós): NÃO 
SEJAIS/PONDE.
Se usarmos a conjugação de 3ª pessoa (você), teremos: NÃO SEJA/PONHA : não há essa opção.
Se usarmos a 2ª pessoa do singular (tu), teremos: NÃO SEJAS/PÕE = essa é a indicação 
da opção D.
Letra d.
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006. (FCC/SABESP/ADVOGADO/2014)
É importante que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultura empresarial, por meio 
das ações e projetos de Educação Ambiental, esteja alinhada a esses conceitos.
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado na frase acima está em:
a) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvolvimento humano.
b) ... e reforce a identidade das comunidades.
c) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas...
d) ... as definições de Educação Ambiental são abrangentes...
e) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável...
SUBJUNTIVO
Vimos que o modo SUBJUNTIVO situa a ação no campo da hipótese, possibilidade, probabili-
dade. Foi isso o que aconteceu na passagem “esteja alinhada a esses conceitos”. Por ser uma 
construção apresentada de forma incerta (não se tem certeza se ocorrerá, mas é importante 
que ocorra), o modo verbal é o SUBJUNTIVO.
A única opção que apresenta um verbo conjugado neste modo é a B (REFORCE). Os demais 
verbos estão conjugados no modo indicativo:
�a) incorporou - pretérito perfeito do indicativo
�c) desenvolve - presente do indicativo
�d) são - presente do indicativo
�e) associa - presente do indicativo
Quais são os tempos do modo subjuntivo?
O modo SUBJUNTIVO apresenta os seguintes tempos verbais:
SIMPLES COMPOSTA
SUBJUNTIVO
PRESENTE (que) eu sabia
PRETÉRITO 
PERFEITO 
COMPOSTO
(que) eu tenha sabido
PRETÉRITO 
IMPERFEITO (se) eu soubesse
PRETÉRITO 
MAIS-QUE-
PERFEITO 
COMPOSTO
(se) eu tivesse sabido
FUTURO (quando) eu souber (quando) eu tiver sabido
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Verbos
GRAMÁTICA
Obs.: � eu gosto muito de usar os conectivos que estão entre parênteses nos exemplos para 
facilitar a conjugação verbal, mas não é necessário que eles estejam na construção, 
ok? (É só um “macete”!)
Mais adiante iremos estudar os tempos verbais e suas aplicações, tanto no modo indicativo, 
quanto no subjuntivo. Aguarde!
Letra b.
007. (FUNDATEC/PREFEITURA DE IMBÉ/2020)
A dor de se sentir invisível
A invisibilidade consta como elemento de desejo na lista de superpoderes. Quem nunca dese-
jou ter uma capa de invisibilidade igual à do Harry Potter, ou “ser uma mosquinha”, para passar 
despercebido e poder estar em algum lugar específico para poder ver e ouvir sem ser visto ou 
ouvido? Esse desejo de não ser identificado está associado às situações das quais por alguma 
razão somos ou fomos excluídos por não pertencimento ou não aceitação daquele grupo ora 
reunido; essa exclusão desperta dentro de nós, além da curiosidade natural, uma vontade de 
possuir o poder de resistir à situação da margem, de não obedecer a placas de “proibido en-
trar”, de se rebelar contra a barreira do não pertencimento.
No entanto, há um outro tipo de invisibilidade que contraria toda possibilidade de alcançar 
algum poder: ser ou estar invisível aos olhos do outro, mesmo estando de corpo e alma pre-
sentes, ao vivo, em cores, em 3D, com direito a cheiros e odores. Esse tipo de invisibilidade fere 
a gente num lugar fundo da alma, porque é uma mensagem direta do outro para nós, por meio 
da qual deixa explícito que, por opção ou falta de capacidade, não tem olhos para nos ver, olhar 
e, muito menos, enxergar. E, verdade seja dita, cada um de nós já esteve dos dois lados dessa 
cena. Basta parar pra pensar um instantinho em quantas vezes, engolidos pelas nossas urgên-
cias, negligenciamos os outros ao nosso redor. Quantas vezes até identificamos que aquela 
colega que senta na mesa ali adiante tem andado mais calada ou com os olhos vermelhos e 
dizemos para nós mesmos que não é ético perscrutar os sentimentos alheios porque não que-
remos ser invasivos, quando na verdade o que nos impede de tentar furar a bolha – a nossa e 
a do outro – é um fervoroso instinto de auto- preservação, uma mania adquirida de não prestar 
atenção em nada que não nos seja útil imediatamente, ou pior: o hábito de achar que a dor do 
outro não é da nossa conta.
O fato é que estamos cercados de seres invisíveis e que certamente somos invisíveis para 
muitos daqueles que compartilham conosco o nosso dia a dia, o nosso ambiente de trabalho, 
o nosso lugar de estudo, a nossa roda de amigos, a nossa casa e até a nossa própria cama. 
Sentir-se invisível é uma das dores mais cruéis a que um ser humano pode ser submetido, por-
que tira dele a possibilidade de ser real; é como se ele não existisse; ou pior, como se ele existir 
fosse tão inconveniente que a melhor forma de lidar com ele é fingir que ele não existe.
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Verbos
GRAMÁTICA
Ainda pior que ser invisível, ou sentir-se invisível, é tornar-se visível ao outro apenas em situa-
ções em que o simples fato de você existir torna-se um transtorno ao equilíbrio do entorno. É 
ver a mulher ou o homem que segue pelas ruas arrastando uma carroça só na hora em que a 
sua existência atrapalha o tráfego. É notar aquela pessoa gorda sentada na lanchonete e pen-
sar que ela não deveria estar ali comendo aquele sanduíche gigante e imediatamente julgá-la 
com a autoridade de um juiz: “tá vendo! Por isso que é gorda!”.
A invisibilidade é rompida por meio de uma visibilidade que marginaliza, e quando isso acon-
tece fica escancarada a nossa falta de jeito para lidar com tudo o que não nos é familiar, 
confortável, ou parecido conosco. O diferente ainda nos assusta tanto porque ainda estamos 
enraizados em crenças de uma sociedade pasteurizada, de modo que é obrigação de todos 
submeter-se a determinados padrões para poder caber bem direitinho nas caixinhas que lhe 
são destinadas. É urgente tomarmos ciência de que essa nossa cegueira voluntária e seletiva 
constitui o elemento base para que se instale no nosso mundo uma cultura tácita de exclusão, 
abandono e violência. Enquanto continuarmos a cruzar os braços diante da falta de equidade 
em todos os níveis da esfera humana, não só seremos coniventes com a manutenção dos in-
visíveis, como corremos o sério risco de, num futuro breve, sequer sermos capazes de sermos 
visíveis a nós mesmos.
(Disponível em https://www.contioutra.com/a-dor-de-se-sentir-invisivel/– Texto adaptado especialmente para 
esta prova.)
No fragmento “como se ele existir fosse tão inconveniente”, a forma verbal sublinhada está 
conjugada no:
a) Pretérito perfeito do modo indicativo.
b) Pretérito imperfeito do modo indicativo.
c) Pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo.
d) Futuro do pretérito do modo indicativo.
e) Pretérito imperfeito do modo subjuntivo.
Um elemento que ajuda na identificação do PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO é a de-
sinência –sse, presente em todas as conjugações desse tempo/modo verbal:
eu fosse nós fôssemos
tu fosses vós fôsseis
ele fosse eles fossem
Como indica TEMPO E MODO (pretérito imperfeito do subjuntivo), chama-se desinência mo-
do-temporal.
As desinências que indicam NÚMERO E PESSOA são chamadas desinência número-pessoal, 
e, no caso do exemplo acima, somente a 2ª pessoa do singular (tu) e as três pessoas do plural 
(nós, vós, eles) a possuem (respectivamente, -s/-mos/-is/-m).
Letra e.
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008. (FCC/TCE-PI/ASSESSOR JURÍDICO/2014)
A pregação de um sermão e a publicação de uma ordem de delação faziam parte da rotina dos 
inquisidores medievais quando chegavam a uma nova localidade em seu itinerário. A ordem 
de delação, embrião do futuro édito da fé, não era tão minuciosa na descrição dos crimes − em 
uma sociedade onde predominava a comunicação oral, os inquisidores consideravam funda-
mental o papel do sermão. É apenas mais tarde que se inverte essa relação de dominação do 
édito pelo sermão − tendência tornada irreversível com a fundação da Inquisição espanhola.
Com efeito, o édito não era apenas lido depois do sermão: ele era afixado à porta da igreja. 
Como suporte de comunicação, ele se torna cada vez mais importante, pois assegura uma 
definição clara dos delitos sob alçada da Inquisição. Não é surpreendente que, em uma so-
ciedade onde as elites urbanas são progressivamente alfabetizadas, a publicação do édito se 
torne o ato central da fundação dos novos tribunais e das visitas de distrito, um ato que adqui-
re uma tal autonomia que é utilizado todos os anos para reafirmar os contornos da jurisdição 
inquisitorial. Mas a publicação do édito, embora breve e subordinada nos séculos XIII e XIV, era 
acompanhada pela proclamação de um “tempo de graça” de que podiam se beneficiar todos 
os culpados dos delitos de heresia que se apresentassem espontaneamente para confessar 
suas faltas aos inquisidores. A publicação do tempo de graça, que se estendia geralmente até 
um mês, adquire uma talrotina que é frequentemente incluída no protocolo final do édito − nes-
se caso, o édito passa a ser designado por “édito da graça”.
(BETHENCOURT, Francisco. História das Inquisições: Portugal, Espanha e Itália − séculos XV-XIX. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2000, p. 155 e 156)
Considerando a norma-padrão escrita, avalie o que se afirma a seguir.
- A forma verbal em que se apresentassem enuncia a ação como eventual, enquanto a forma 
presente em que se estendia encerra ideia de continuidade da ação.
A forma verbal “que se apresentassem” está conjugada no modo subjuntivo (pretérito imperfei-
to). Isso se justifica, pois não era evento certo que todos os culpados de heresia se apresen-
tassem (fato incerto).
Já a forma “que se estendia” indica uma ação que apresentava certa continuidade no tempo 
passado: “A publicação do tempo de graça”. Por isso, o verbo se conjugou no modo indicativo 
(fato certo), no tempo verbal PRETÉRITO IMPERFEITO.
O examinador, portanto, apresentou corretamente os empregos dos tempos e modos verbais.
Certo.
009. (CESPE/PM-AL/SOLDADO POLICIAL MILITAR/2018)
Dói. Dói muito. Dói pelo corpo inteiro. Principia nas unhas, passa pelos cabelos, contagia os 
ossos, penaliza a memória e se estende pela altura da pele. Nada fica sem dor. Também os 
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olhos, que só armazenam as imagens do que já fora, doem. A dor vem de afastadas distâncias, 
sepultados tempos, inconvenientes lugares, inseguros futuros. Não se chora pelo amanhã. Só 
se salga a carne morta.
No princípio, se um de nós caía, a dor doía ligeiro. Um beijo seu curava a cabeça batida na 
terra, o dedo espremido na dobradiça da porta, o pé tropeçado no degrau da escada, o braço 
torcido no galho da árvore. Seu beijo de mãe era um santo remédio. Ao machucar, pedia-se: 
mãe, beija aqui!
Há que experimentar o prazer para, só depois, bem suportar a dor. Vim ao mundo molhado pelo 
desenlace. A dor do parto é também de quem nasce. Todo parto decreta um pesaroso abando-
no. Nascer é afastar-se — em lágrimas — do paraíso, é condenar-se à liberdade. Houve, e só de-
pois, o tempo da alegria ao enxergar o mundo como o mais absoluto e sucessivo milagre: fogo, 
terra, água, ar e o impiedoso tempo. Sem a mãe, a casa veio a ser um lugar provisório.
Uma estação com indecifrável plataforma, onde espreitávamos um cargueiro para ignorado 
destino. Não se desata com delicadeza o nó que nos amarra à mãe. Impossível adivinhar, ao 
certo, a direção do nosso bilhete de partida. Sem poder recuar, os trilhos corriam exatos diante 
de nossos corações imprecisos. Os cômodos sombrios da casa — antes bem- aventurança pri-
mavera — abrigavam passageiros sem linha do horizonte. Se fora o lugar da mãe, hoje ventilava 
obstinado exílio.
Bartolomeu Campos de Queirós. Vermelho amargo. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 5 (com adaptações).
Ainda a respeito de aspectos linguísticos e dos sentidos do texto 1A1-I, julgue o item 
que se segue.
- No segundo parágrafo do texto, as formas verbais “caía”, “doía”, “curava” e “pedia” designam 
ações frequentes ou contínuas no passado.
A partir de agora, vamos estudar um dos pontos mais recorrentes em provas de concursos 
públicos: tempos verbais do modo indicativo (a forma composta dos verbos pode ser formada 
pelos verbos TER/HAVER)
INDICATIVO
Tempos verbais 1ª conjugaçãoCOMPRAR
2ª conjugação
BEBER
3ª conjugação
PARTIR
PRESENTE SIMPLES Compro Bebo Parto
PRETÉRITO 
PERFEITO
SIMPLES Comprei Bebi Parti
COMPOSTO Tenho comprado Tenho bebido
Tenho 
partido
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Verbos
GRAMÁTICA
PRETÉRITO 
IMPERFEITO SIMPLES Comprava Bebia Partia
PRETÉRITO 
MAIS-QUE-
PERFEITO
SIMPLES Comprara Bebera Partira
COMPOSTO Tinha comprado Tinha bebido Tinha partido
FUTURO DO 
PRESENTE
SIMPLES Comprarei Beberei Partirei
COMPOSTO Terei comprado Terei bebido Terei partido
FUTURO DO 
PRETÉRITO
SIMPLES Compraria Beberia Partiria
COMPOSTO Teria comprado Teria bebido Teria partido
Em quais situações empregamos os tempos verbais do indicativo.
PRESENTE
enunciar algo que acontece no momento em que se menciona (Ouço 
ruídos na escada.);
fato comum de ocorrer (Durmo bem todas as noites.);
princípios ou conceitos (Mãe é tudo igual.).
PRETÉRITO 
PERFEITO
SIMPLES fato ocorrido e concluído perfeitamente no passado (Comprei um apartamento novo.).
COMPOSTO
fato que se iniciou no passado e se estende até o 
momento presente (Tenho apresentado febre e dores pelo 
corpo.).
PRETÉRITO 
IMPERFEITO
fato ocorrido e não concluído (Ele queria ser marinheiro.);
fato passado que apresentou certa duração (Permanecia imóvel durante 
o procedimento.);
ocorrência de ações simultâneas no passado (Foi roubado enquanto 
andava pelo centro.);
ação habitual ou repetida no passado (Ele gastava todo seu dinheiro com 
jogo.).
PRETÉRITO 
MAIS-QUE-
PERFEITO
SIMPLES fato ocorrido antes de outro fato no passado. (Estivera com o médico antes de sua morte).
COMPOSTO indica o mesmo que a forma simples, mas é mais comum (Tinha estado com o médico antes de sua morte.).
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Verbos
GRAMÁTICA
FUTURO DO 
PRESENTE
SIMPLES evento certo de ocorrer no futuro (Viajarei para a Disney em janeiro próximo.).
COMPOSTO
fato de certa duração que se concluirá no futuro (Até 2020, 
terei acumulado uma fortuna em dívidas.);
ação futura que será consumada antes de outra também 
no futuro (Antes de você chegar, terei terminado meu 
trabalho.).
FUTURO DO 
PRETÉRITO
SIMPLES
fato relacionado a uma condição (Se tivesse dinheiro [= 
CONDIÇÃO], iria para a Disney.);
fato que não se chegou a se realizar/situação hipotética 
(Eu seria feliz com aquele homem.);
denota incerteza (O corpo seria do rapaz desaparecido há 
meses [não se sabe se o corpo é dele].).
COMPOSTO
denota incerteza sobre fatos (Carlos teria recebido mais 
de um milhão de reais em propina.);
fato que não chegou a ser realizado (Ele teria sido um 
ótimo marido.).
Você notou que, em alguns tempos, há uma forma simples (só o verbo) e uma forma composta 
(verbo auxiliar TER/HAVER + verbo principal).
No modo indicativo, apenas o PRESENTE e o PRETÉRITO IMPERFEITO NÃO POSSUEM for-
ma composta.
De volta à questão, as formas verbais curava, pedia, doía, caía são conjugadas no PRETÉRITO 
IMPERFEITO DO INDICATIVO que, como vimos acima, indicam ações passadas habituais, fre-
quentes ou contínuas, como sugeriu o examinador.
Certo.
010. (FUNDATEC/CÂMARA MUNICIPAL DE ITUPORANGE/ASSESSOR JURÍDICO/2019)
Calce os tênis, seu cérebro agradecerá
Somos capazes de criar novos neurônios, inclusive na idade adulta. A descoberta é relativa-
mente nova, porque se pensava que nascíamos com um determinado “banco de neurônios” 
que ia diminuindo com o passar do tempo e que não éramos capazes de aumentar. No entanto, 
as últimas descobertas da neurociência derrubaram essa crença. Nosso cérebro é plástico: po-
demos criar conexões diferentes e inclusive, em algumas áreas, como o hipocampo, podemos 
fazer com que novos neurônios nasçam, comoexplica o professor Terry Sejnowski, do The 
Salk Institute for Biological Studies. Assim, temos margem de manobra, independentemente 
da idade. Uma boa notícia!
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Verbos
GRAMÁTICA
O hipocampo tem a forma de cavalo-marinho e é um dos responsáveis por nossa memória e 
nossa capacidade espacial. As pesquisas sobre o hipocampo começaram com roedores: vá-
rias imagens foram mostradas aos ratos, que tinham que diferenciá-las. Quando os roedores 
aprenderam a distingui-las depois da prática, observou- se que novos neurônios haviam sido 
gerados em seu hipocampo. Curiosamente, se o animal parasse de fazer esse exercício, os 
neurônios jovens desapareciam. E se retomasse a atividade, voltavam a aparecer. Assim, já 
temos uma pista importante: a prática repetida ajuda a gerar novos neurônios em nosso hi-
pocampo. Mas se tivéssemos de decidir qual atividade nos permite realmente manter nosso 
cérebro jovem, Sejnowski não hesita: o esporte é o melhor presente que podemos nos dar, é o 
melhor medicamento antienvelhecimento para nossa massa cinzenta.
Sabíamos que praticar esportes é uma maneira de cuidar do nosso corpo e reduzir o estresse, 
graças às danças hormonais desencadeadas pela dopamina, serotonina e noradrenalina. Mas 
pesquisas mais recentes mostram que o exercício também melhora a secreção do fator neu-
rotrófico cerebral (o que influencia positivamente na memória e em um estado de ânimo mais 
positivo ) e permite que novos neurônios nasçam em nosso hipocampo. No entanto, apesar 
de suas vantagens, não parece haver muita sensibilidade na relação entre aprendizagem e 
esporte. De fato, o exercício físico nas escolas é frequentemente visto como uma disciplina 
fácil de aprovar e sem muito valor. Mas estávamos errados. Educar crianças e adultos nos 
esportes não apenas ajuda nosso corpo a estar melhor e mais saudável como também ajuda 
nosso cérebro a permanecer mais jovem e com capacidade de gerar novos neurônios. E, como 
Sejnowski resume, “a academia e a recreação são as partes mais importantes do currículo”.
Então, se nosso cérebro é capaz de gerar novos neurônios com o esporte, o que precisamos fa-
zer para que isso aconteça? Bem, mais uma vez, frequência. Como os especialistas sugerem, 
precisamos praticar exercícios três vezes por semana, com duração mínima de 30 minutos. 
Portanto, pense em você. Qual a sua relação com o esporte? Se não é exatamente um amor 
constante, vale a pena lembrar as vantagens físicas e neuronais, buscar um exercício bom para 
você, com um grupo de amigos se você tem dificuldade para se motivar sozinho e calçar os 
tênis. Seu hipocampo agradecerá.
Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/27/ciencia/1540643073_895649.html (Adaptado para esta 
prova)
Relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando os verbos às suas ações temporais, considerando 
o contexto de ocorrência no texto.
Coluna 1
1. Fato atual.
2. Fato passado concluído.
3. Fato passado anterior a outro também passado.
4. Fato a ser realizado.
5. Fato futuro situado no passado.
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Verbos
GRAMÁTICA
Coluna 2
(  )	� as últimas descobertas da neurociência derrubaram essa crença...
(  )	� novos neurônios haviam sido gerados em seu hipocampo...
(  )	� voltavam a aparecer...
(  )	� pesquisas mais recentes mostram que o exercício também melhora a secreção do fator 
neurotrófico cerebral...
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 2 – 3 – 5 – 1.
b) 4 – 2 – 1 – 5.
c) 3 – 1 – 4 – 2.
d) 5 – 2 – 3 – 4.
e) 1 – 4 – 2 – 3.
O tempo verbal que indica TEMPO ATUAL é o PRESENTE DO INDICATIVO. Da coluna 2, a cons-
trução que apresenta um verbo nesse tempo é “pesquisas mais recentes mostram...”. Assim, 
o número 1 ficará na última posição – só existe UMA opção com essa indicação, chegando à 
resposta correta em alguns segundos!!!!!
Tempo é elemento decisivo em prova e, naquele momento, bastaria isso para você marcar a 
resposta e partir para a próxima questão.
Como estamos aqui para estudar, vamos analisar as demais indicações.
Fato passado concluído é indicado pelo PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO, cujo exemplo 
está na construção “as últimas descobertas da neurociência derrubaram...”. O item 2 ficará na 
primeira posição.
Um fato passado anterior a outro também passado é indicado pelo PRETÉRITO MAIS-QUE-
-PERFEITO, que pode se apresentar na forma simples ou composta (auxiliar TER/HAVER + par-
ticípio). Isso está na construção “novos neurônios haviam sido gerados em seu hipocampo...”.
Por fim, a construção “voltavam a aparecer” tem o verbo VOLTAR no PRETÉRITO IMPERFEITO 
DO INDICATIVO, tempo que indica uma ação habitual do passado. A dificuldade dessa opção 
está na indicação da coluna 1 de que esse tempo indicaria “fato futuro situado no passado”. 
Isso só é possível compreender se voltarmos ao texto:
Curiosamente, se o animal parasse de fazer esse exercício, os neurônios jovens desapareciam. E se 
retomasse a atividade, voltavam a aparecer.
A ação de “voltar a aparecer” está relacionada a uma condição (“se retomasse a atividade”), por 
isso o examinador afirmou ser uma indicação de fato futuro (em relação à condição) situado 
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Verbos
GRAMÁTICA
no passado, porque a forma mais indicada de conjugação do verbo VOLTAR seria o FUTURO 
DO PRETÉRITO, que se correlaciona com o PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO (... se 
retomasse a atividade, voltariam a aparecer)– essa é uma situação que será estudada em COR-
RELAÇÃO VERBAL, ainda nessa aula. Muito comum essas alterações de tempos verbais, como 
veremos no decorrer dos nossos estudos.
Graças a Deus, as demais opções de preenchimento só nos mostram a indicação de ser cor-
reta a resposta da opção A.
Letra a.
011. (FCC/METRÔ-SP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2014)
Não há melhor representante da boemia paulistana do que o compositor e cientista Paulo Van-
zolini. Por mais incrível que possa parecer, ele conciliava as noites de boemia com a rotina de 
professor, pesquisador e zoólogo famoso.
A obra do zoólogo-compositor retrata as contradições da metrópole. São Paulo, nos anos 
1960, já era um estado que reunia parte significativa do PIB brasileiro. No meio da multidão 
de migrantes, imigrantes e paulistanos, Vanzolini usava a mesma lupa de suas pesquisas para 
observar as peculiaridades do dia a dia urbano: uma briga de bar, a habilidade de um batedor 
de carteira e, em Capoeira do Arnaldo, os fortes laços que unem campo e cidade.
Em 1967, Paulo Vanzolini lança o primeiro LP. A história desse disco é curiosa. Foi o primeiro 
trabalho feito pelo selo Marcus Pereira. A música Volta por cima estava fazendo muito su-
cesso. Só que o já lendário Vanzolini ainda não tinha disco autoral e andava irritado com as 
gravadoras por ter sido preterido pelo americano Ray Charles na escolha da confecção de um 
LP. Aos poucos, Marcus Pereira ganhou a confiança do compositor, que acabou cedendo ao 
lançamento do LP Onze sambas e uma capoeira, com arranjos de Toquinho e Portinhoe parti-
cipação de Chico Buarque, Adauto Santos, Luiz Carlos Paraná, entre outros. As músicas eram 
todas de Vanzolini: Praça Clóvis, Samba erudito, Chorava no meio da rua. Vanzolini não era 
um compositor de muitos parceiros. Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho 
Nogueira. Só mesmo a pena elegante do crítico da cultura Antonio Candido para sintetizar a 
obra de Vanzolini: “Como autor de letra e música ele é de certo modo o oposto da loquacidade, 
porque não espalha, concentra; não esbanja, economiza − trabalhando sempre com o mínimo 
para atingir o máximo”.
(Adaptado de DINIZ, André. Almanaque do samba. Rio de Janeiro, Zahar, 2012, formato ebook).
... ele conciliava as noites de boemia com a rotina de professor, pesquisador e zoólogo famoso.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima se encontra em:
a)... porque não espalha...
b) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho Nogueira.
c) As músicas eram todas de Vanzolini.
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Verbos
GRAMÁTICA
d) Por mais incrível que possa parecer...
e) ... os fortes laços que unem campo e cidade.
O tempo verbal de conciliava é PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO, pois indica uma 
ação habitual.
Vejamos as opções:
�a) espalha – PRESENTE DO INDICATIVO
�b) tem – PRESENTE DO INDICATIVO
�c) eram – PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO → resposta certa!
�d) possa – PRESENTE DO SUBJUNTIVO
�e) unem – PRESENTE DO INDICATIVO
Letra c.
012. (CESPE/TCM-BA/AUDITOR ESTADUAL/CONTROLE EXTERNO/2018)
Ainda existem pessoas para as quais a greve é um “escândalo”: isto é, não só um erro, uma 
desordem ou um delito, mas também um crime moral, uma ação intolerável que perturba a 
própria natureza. “Inadmissível”, “escandalosa”, “revoltante”, dizem alguns leitores do Figaro, 
comentando uma greve recente. Para dizer a verdade, trata-se de uma linguagem do tempo 
da Restauração, que exprime a sua mentalidade profunda. É a época em que a burguesia, que 
assumira o poder havia pouco tempo, executa uma espécie de junção entre a moral e a nature-
za, oferecendo a uma a garantia da outra. Temendo-se a naturalização da moral, moraliza-se a 
natureza; finge-se confundir a ordem política e a ordem natural, e decreta-se imoral tudo o que 
conteste as leis estruturais da sociedade que se quer defender. Para os prefeitos de Carlos X, 
assim como para os leitores do Figaro de hoje, a greve constitui, em primeiro lugar, um desafio 
às prescrições da razão moralizada: “fazer greve é zombar de todos nós”, isto é, mais do que 
infringir uma legalidade cívica, é infringir uma legalidade “natural”, atentar contra o bom senso, 
misto de moral e lógica, fundamento filosófico da sociedade burguesa.
Nesse caso, o escândalo provém de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa porque 
incomoda precisamente aqueles a quem ela não diz respeito. É a razão que sofre e se revolta: 
a causalidade direta, mecânica, essa causalidade é perturbada; o efeito se dispersa incompre-
ensivelmente longe da causa, escapa-lhe, o que é intolerável e chocante. Ao contrário do que 
se poderia pensar sobre os sonhos da burguesia, essa classe tem uma concepção tirânica, 
infinitamente suscetível, da causalidade: o fundamento da moral que professa não é de modo 
algum mágico, mas, sim, racional. Simplesmente, trata-se de uma racionalidade linear, estreita, 
fundada, por assim dizer, numa correspondência numérica entre as causas e os efeitos. O que 
falta a essa racionalidade é, evidentemente, a ideia das funções complexas, a imaginação de 
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Verbos
GRAMÁTICA
um desdobramento longínquo dos determinismos, de uma solidariedade entre os aconteci-
mentos, que a tradição materialista sistematizou sob o nome de totalidade.
Roland Barthes. O usuário da greve. In: R. Barthes. Mitologias. Tradução de Rita Buongermino, Pedro de Souza e 
Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: DIFEL, 2007, p. 135-6 (com adaptações).
No texto, com o emprego da forma verbal “assumira”, exprime-se
a) a continuidade de uma ação ocorrida no passado.
b) a concomitância de uma ação em relação a outra.
c) o resultado presente de ação ocorrida no passado.
d) o ponto inicial de ação ocorrida no passado.
e) a anterioridade de uma ação em relação a outra.
A forma verbal assumira está conjugada no PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO, tempo verbal 
que situa a ação em um passado mais remoto que outra ação também do passado (passado: 
PRETÉRITO PERFEITO/mais passado ainda: PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO).
Essa definição está presente na opção E: anterioridade de uma ação em relação a outra.
Esse tempo verbal é o queridinho da CESPE – veja só a próxima questão.
Letra e.
013. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2019)
Pixis foi um músico medíocre, mas teve o seu dia de glória no distante ano de 1837.
Em um concerto em Paris, Franz Liszt tocou uma peça do (hoje) desconhecido compositor, jun-
to com outra, do admirável, maravilhoso e extraordinário Beethoven (os adjetivos aqui podem 
ser verdadeiros, mas — como se verá — relativos). A plateia, formada por um público refina-
do, culto e um pouco bovino, como são, sempre, os homens em ajuntamentos, esperava com 
impaciência.
Liszt tocou Beethoven e foi calorosamente aplaudido. Depois, quando chegou a vez do obs-
curo e inferior Pixis, manifestou-se o desprezo coletivo. Alguns, com ouvidos mais sensíveis, 
depois de lerem o programa que anunciava as peças do músico menor, retiraram-se do teatro, 
incapazes de suportar música de má qualidade.
Como sabemos, os melômanos são impacientes com as obras de epígonos, tão céleres em 
reproduzir, em clave rebaixada, as novas técnicas inventadas pelos grandes artistas.
Liszt, no entanto, registraria que um erro tipográfico invertera, no programa do concerto, os 
nomes de Pixis e Beethoven...
A música de Pixis, ouvida como sendo de Beethoven, foi recebida com entusiasmo e paixão, e 
a de Beethoven, ouvida como sendo de Pixis, foi enxovalhada.
Esse episódio, cômico se não fosse doloroso, deveria nos tornar mais atentos e menos arro-
gantes a respeito do que julgamos ser arte.
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Verbos
GRAMÁTICA
Desconsiderar, no fenômeno estético, os mecanismos de recepção é correr o risco de aplaudir 
Pixis como se fosse Beethoven.
Charles Kiefer. O paradoxo de Pixis. In: Para ser escritor. São Paulo: Leya, 2010 (com adaptações).
Os sentidos originais e a correção gramatical do texto 1A11-I seriam preservados se a forma 
verbal “invertera” fosse substituída por
a) inverteria.
b) teria invertido.
c) invertesse.
d) havia invertido.
e) houve de inverter.
A forma verbal INVERTERA, conjugada no PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO, equivale, na forma 
composta a TINHA/HAVIA INVERTIDO.
Como vimos no quadro dos tempos verbais, tanto a forma simples quanto a composta desse 
tempo verbal indicam a mesma coisa, sendo que a forma composta é a mais usada por nós 
na linguagem.
Letra d.
014. (FCC/SEFAZ-SP/2013)
Talvez seja exagero prever uma “Primavera Europeia” em países como Espanha, Grécia e Por-tugal, caso ali persistam os atuais índices de desemprego. É inegável, entretanto, que pouco se 
tem feito para dissipar tamanho surto de aflições.
Considerado o trecho acima transcrito, analise a seguinte proposição:
- Se, na frase É inegável, entretanto, que pouco se tem feito para dissipar tamanho surto de afli-
ções, tivesse sido empregada a forma “que pouco se fez” não haveria perda de nenhum traço 
de sentido.
A banca explorou de forma brilhante a diferença entre as formas simples e composta de um 
tempo verbal.
“Pouco se tem feito” é diferente de “pouco se fez”. A forma composta indica uma ação de efei-
to durativo, que teve início no passado e persiste até o presente.
Aplique em outra construção:
• “Eu tenho estudado muito” (no pretérito perfeito composto do indicativo) significa que 
você deu início a essa ação (estudar) no passado e continua praticando a ação até o 
presente momento.
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Verbos
GRAMÁTICA
Agora, compare com
• “Eu estudei muito” (pretérito perfeito simples), que apresenta a ideia de algo que teve 
início e fim no passado.
Desse modo, não se pode alterar “pouco se tem feito” por “pouco se fez” sem que haja preju-
ízo de sentido.
Errado.
015. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA/2019)
Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram simulta-
neamente. Quando isso ocorre, sobrevêm verdadeiras descontinuidades que marcam época, 
pedras miliares no caminho da humanidade. A invenção das técnicas para controlar o fogo, 
o início da agricultura e do pastoreio na Mesopotâmia, a organização da democracia na Gré-
cia, as grandes descobertas científicas e geográficas entre os séculos XII e XVI, o advento da 
sociedade industrial no século XIX, tudo isso representa saltos de época, que desorientaram 
gerações inteiras.
Se observarmos bem, essas ondas longas da história, como as chamava Braudel, tornaram-
-se cada vez mais curtas. Acabamos de nos recuperar da ultrapassagem da agricultura pela 
indústria, ocorrida no século XX, e, em menos de um século, um novo salto de época nos 
tomou de surpresa, lançando-nos na confusão. Dessa vez o salto coincidiu com a rápida pas-
sagem de uma sociedade de tipo industrial dominada pelos proprietários das fábricas manu-
fatureiras para uma sociedade de tipo pós-industrial dominada pelos proprietários dos meios 
de informação.
O fórceps com o qual a recém-nascida sociedade pós-industrial foi extraída do ventre da socie-
dade industrial anterior é representado pelo progresso científico e tecnológico, pela globaliza-
ção, pelas guerras mundiais, pelas revoluções proletárias, pelo ensino universal e pelos meios 
de comunicação de massa. Agindo simultaneamente, esses fenômenos produziram uma ava-
lanche ciclópica — talvez a mais irresistível de toda a história humana — na qual nós, contem-
porâneos, temos o privilégio e a desventura de estar envolvidos em primeira pessoa.
Ninguém poderia ficar impassível diante de uma mudança dessa envergadura. Por isso a sen-
sação mais difundida é a desorientação.
A nossa desorientação afeta as esferas econômica, familiar, política, sexual, cultural... É um 
sintoma de crescimento, mas é também um indício de um perigo, porque quem está deso-
rientado sente-se em crise, e quem se sente em crise deixa de projetar o próprio futuro. Se 
deixarmos de projetar nosso futuro, alguém o projetará para nós, não em função de nossos 
interesses, mas do seu próprio proveito.
Domenico de Masi. Alfabeto da sociedade desorientada: para entender o nosso tempo. Trad. Silvana Cobucci e 
Federico Carotti. São Paulo: Objetiva, 2017, p. 93-4 (com adaptações).
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.
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Verbos
GRAMÁTICA
- A coerência e a correção gramatical do texto seriam preservadas se a forma verbal “muda-
ram” (R.2) fosse substituída por mudam.
A questão aborda mudanças dos tempos verbais, e isso acontece, por exemplo, com o PRE-
SENTE HISTÓRICO, quando usamos o presente no lugar do pretérito com a intenção de tornar 
o fato mais dinâmico, mais próximo do interlocutor, ou seja, para dar a impressão de ser uma 
“notícia quente, fresca”, por isso é usado o verbo no PRESENTE.
Furacão mata milhares de pessoas em cidades americanas.
O furacão já matou (notícia no passado), mas o jornalista opta pelo verbo no presente para 
causar impacto, atualidade da mensagem. Esse é o presente histórico.
Também usado em textos históricos, daí o nome. No caso de textos históricos, sugere-se 
que se inicie a redação com os verbos no pretérito e, somente depois, seja usado o presente 
histórico.
No texto, a passagem em análise é:
Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram simul-
taneamente.
Ao substituir a forma verbal MUDARAM por MUDAM, o autor indicaria que essa mudança si-
multânea continua sendo rara nos dias de hoje.
Perceba que o examinador mencionou COERÊNCIA e CORREÇÃO GRAMATICAL, e não mudan-
ça semântica. Essa ocorre, sem dúvida, mas o texto continua sendo coerente e gramaticalmen-
te correto a partir dessa substituição.
Certo.
016. (FCC/TRT-2ª/ANALISTA/2014)
1. A áspera controvérsia sobre a importância da liberdade
política é bem capaz de ocultar o essencial nessa
matéria, ou seja, a liberdade existe como um valor ético
em si mesmo, independentemente dos benefícios concretos
5. que a sua fruição pode trazer aos homens. [...]
A liberdade tem sido, em todos os tempos, a causa
das maiores conquistas do ser humano. E, efetivamente,
que valor teriam a descoberta da verdade, a criação
da beleza, a invenção das utilidades ou a realização da
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Verbos
GRAMÁTICA
10. justiça, se os homens não tivessem a possibilidade de
escolher livremente o contrário de tudo isso?
Heródoto foi um dos primeiros a sublinhar que o estado
de liberdade torna os povos fortes, na guerra e na
paz. Ao relatar a estupenda vitória que os atenienses,
15. sob o comando de Cleômenes, conquistaram contra os
calcídeos e os beócios, ele comenta: “Aliás, verifica-se,
sempre e em todo lugar, que a igualdade entre os cidadãos
é uma vantagem preciosa: submetidos aos tiranos,
os atenienses não tinham mais valor na guerra que
20. seus vizinhos; livres, porém, da tirania, sua superioridade
foi manifesta. Por aí se vê que na servidão eles se
recusavam a manifestar seu valor, pois labutavam para
um senhor; ao passo que, uma vez livres, cada um no
seu próprio interesse colaborava, por todas as maneiras,
25. para o triunfo do empreendimento coletivo”.
O mesmo fenômeno de súbita libertação de energias
e de multiplicação surpreendente de forças humanas
voltou a repetir-se vinte e quatro séculos depois, com a
Revolução Francesa. Pela primeira vez na história moderna,
30. as forças armadas de um país não eram compostas
de mercenários, nem combatiam por um príncipe,
sob o comando de nobres, mas eram formadas de
homens livres e iguais, comandados por generais plebeus,
sendotodos movidos tão só pelo amor à pátria.
(COMPARATO, Fábio Konder. A liberdade como valor ético. Ética: direito, moral e religião no mundo moderno. São 
Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 546-547)
Observadas as orientações da gramática normativa, analise o seguinte comentário:
- (linhas 16 a 21) Tanto em ele comenta, quanto em Por aí se vê, observa-se o emprego do tempo 
presente pelo pretérito (presente histórico), para dar vivacidade a fatos ocorridos no passado.
No intuito de enganar o candidato, o examinador expõe um conceito existente para apresentar 
uma falsa ocorrência.
De fato, existe a figura do “presente narrativo ou histórico”, como acabamos de ver na questão 
anterior. Isso acontece na seguinte passagem do texto:
“Heródoto foi um dos primeiros a sublinhar que o estado de liberdade torna os povos fortes, na 
guerra e na paz. Ao relatar a estupenda vitória que os atenienses, sob o comando de Cleômenes, 
conquistaram contra os calcídeos e os beócios, ele comenta: “Aliás, verifica-se, sempre e em 
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Verbos
GRAMÁTICA
todo lugar, que a igualdade entre os cidadãos é uma vantagem preciosa: submetidos aos tiranos, 
os atenienses não tinham mais valor na guerra que seus vizinhos; livres, porém, da tirania, sua 
superioridade foi manifesta.”
Veja que há um concomitante emprego de formas verbais no passado (“Heródoto foi um dos 
primeiros”) e no presente (“… ele comenta”).
Contudo, isso não ocorre no segundo exemplo apresentado pelo examinador. A seguir, a pas-
sagem em análise:
“Por aí se vê que na servidão eles se recusavam a manifestar seu valor, pois labutavam para um 
senhor; ao passo que, uma vez livres, cada um no seu próprio interesse colaborava, por todas as 
maneiras, para o triunfo do empreendimento coletivo.”
Em “por aí se vê”, o autor tenta tornar o leitor mais próximo de sua argumentação, usando uma 
expressão com o verbo no presente. Esse verbo, portanto, não se encontra conjugado em um 
“presente histórico”, mas no presente do indicativo, mesmo! Por isso, a afirmação do examina-
dor está errada.
Errado.
017. (CESPE/PM-AL/SOLDADO POLICIAL MILITAR/2018)
Preguiça e covardia são as causas que explicam por que uma grande parte dos seres huma-
nos, mesmo muito após a natureza tê-los declarado livres da orientação alheia, ainda perma-
necem, com gosto e por toda a vida, na condição de menoridade. As mesmas causas explicam 
por que parece tão fácil outros afirmarem-se como seus tutores. É tão confortável ser menor! 
Tenho à disposição um livro que entende por mim, um pastor que tem consciência por mim, um 
médico que me prescreve uma dieta etc.: então não preciso me esforçar. Não me é necessário 
pensar, quando posso pagar; outros assumirão a tarefa espinhosa por mim.
A maioria da humanidade vê como muito perigoso, além de bastante difícil, o passo a ser dado 
rumo à maioridade, uma vez que tutores já tomaram para si de bom grado a sua supervisão. 
Após terem previamente embrutecido e cuidadosamente protegido seu gado, para que essas 
pacatas criaturas não ousem dar qualquer passo fora dos trilhos nos quais devem andar, os tu-
tores lhes mostram o perigo que as ameaça caso queiram andar por conta própria. Tal perigo, 
porém, não é assim tão grande, pois, após algumas quedas, aprenderiam finalmente a andar; 
basta, entretanto, o exemplo de um tombo para intimidá-las e aterrorizá-las por completo para 
que não façam novas tentativas.
Kant. Resposta à pergunta: Que é esclarecimento? Tradução de Pedro Caldas. In: Danilo Marcondes. Textos bási-
cos de ética: de Platão a Foucault. Zahar, 4.ª edição, 2008 (com adaptações).
A respeito das propriedades linguísticas do texto 1A12-I, julgue o item a seguir.
- A forma verbal “assumirão” expressa uma ação futura, ainda não concretizada, mas que se 
acredita que certamente se realizará, de acordo com os sentidos do texto.
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Verbos
GRAMÁTICA
Agora, o tempo estudado é FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO. Ele indica uma ação futura 
e certa, por isso a assertiva é exatamente o conceito do tempo em questão.
Certo.
018. (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/2018)
A corrupção é uma doença da alma. Como todas as doenças, ela não acomete a todos. Muitas 
pessoas são suscetíveis a ela, outras não. A corrupção é uma doença que deve ser combatida 
por meio de uma vacina: a educação. Uma educação de qualidade para todos os brasileiros 
deverá exercitar o pensamento e a crítica argumentada e, principalmente, introduzir e conso-
lidar virtudes como a solidariedade e a ética. Devemos preparar uma nova geração na qual a 
corrupção seja um fenômeno do passado. Nesse futuro não tão remoto, teremos conquistado 
a utopia de uma verdadeira justiça social.
Isaac Roitman. Corrupção e democracia. Internet: <https://noticias.unb.br> (com adaptações).
Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do texto apresentado, julgue o 
item a seguir.
- A substituição de “teremos conquistado” por conquistaremos manteria os sentidos origi-
nais do texto.
A forma simples do FUTURO DO PRESENTE indica ação futura e certa. Já o mesmo tempo na 
forma composta apresenta outros sentidos: no caso, uma ação ocorrida no futuro anterior-
mente a outra também no futuro.
O trecho em análise é:
Devemos preparar uma nova geração na qual a corrupção seja um fenômeno do passado. → ação 
no futuro
Nesse futuro não tão remoto, teremos conquistado a utopia de uma verdadeira justiça social. → 
ação ocorrida no futuro anteriormente à outra
Quando da preparação de uma nova geração em que a corrupção seja um fenômeno do pas-
sado, já teremos conquistado a utopia de uma verdadeira justiça social. Poderíamos ilustrar a 
seguinte linha do tempo:
conquista de uma verdadeira justiça social ⇒ fim da corrupção ⇒ surgimento de uma geração 
em que a corrupção não exista mais
Assim, a troca de uma locução verbal no futuro do presente composto pelo futuro do presente 
simples não é válida, pois altera o sentido da passagem.
Errado.
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Verbos
GRAMÁTICA
019. (FCC/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA AP/ASSISTENTE LEGISLATIVO/2020)
Atenção: Para responder a próxima questão, considere o texto abaixo.
1. “Máquinas similares às hoje existentes serão construídas a custos mais baixos, mas com 
velocidades mais rápidas de processamento.” Assim, em um artigo de 1965, o empreendedor 
Gordon Moore, hoje com 90 anos de idade, apresentou sua célebre ideia. Pela “Lei de Moore”, 
a cada dois anos, em média, o desempenho dos chips de computador dobra, sem que aumen-
tem os custos de fabricação. A máxima, irretocável, à exceção de pequenos detalhes, funcio-
nou tal qual intuíra Moore. É uma regra que pode, contudo, estar com os dias contados.
2. Vive-se, hoje, uma revolução tecnológica afeita a deixar no passado o raciocínio da duplica-
ção de capacidade de cálculos à base de silício: é a computação quântica. Ela poderá nos levar 
a distâncias inimagináveis: tarefas que o computador mais poderoso do planeta demoraria 
10.000anos para completar seriam feitas em minutos.
3. A computação quântica, até o início desta década, não passava de teoria. Nos últimos anos, 
começou a ser testada, com sucesso parcial, até conseguir tração que parece se encaminhar 
para uma nova história. Um documento da NASA, vazado recentemente, mostra que uma em-
presa, ao criar o primeiro computador quântico funcional da história, pode estar próxima de 
romper com o paradigma imposto pela Lei de Moore.
4. A revelação foi resultado de uma distração. Algum funcionário da NASA, também envolvido 
com o projeto, acidentalmente publicou no site da agência espacial um estudo que mostra 
o feito, realizado por meio de uma máquina, ainda sob sigilo. O arquivo, já programado para 
ser divulgado oficialmente, permaneceu poucos segundos no ar, mas foi flagrado pelo jornal 
Financial Times.
5. O avanço ainda se restringe a âmbitos estritamente técnicos, sem utilidade cotidiana, mas 
já é apelidado de “o Santo Graal da computação”. Isso porque o feito, se comprovado, atin-
giu o que se conhece como “supremacia quântica”. A nomenclatura indica um momento da 
civilização em que os computadores talvez sejam tão (ou mais) competentes quanto os se-
res humanos.
6. O cientista da computação Scott Aaronson disse, em entrevista: “Isso não causará mudança 
imediata na vida das pessoas. Mas só por enquanto, pois se trata do início de um caminho 
que levará a transformações radicais em diversas áreas”. Vale lembrar que o computador que 
usamos hoje também começou com um passo singelo, em 1843, quando a matemática ingle-
sa Ada Lovelace (1815-1852) publicou um diagrama numérico que veio a ser considerado o 
primeiro algoritmo computacional.
(Adaptado de: Revista Veja, edição de 09/10/2019, p. 79)
O tempo verbal empregado indica o caráter hipotético do que se afirma no seguinte trecho:
a) tarefas que o computador mais poderoso do planeta demoraria 10.000 anos
b) A computação quântica, até o início desta década, não passava de teoria
c) com atributos que hoje se restringem à imaginação
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Verbos
GRAMÁTICA
d) o computador que usamos hoje
e) um caminho que levará a transformações radicais em diversas áreas
Se aparecer a expressão “hipotético”, estamos usando, no subjuntivo, qualquer dos tempos 
(teremos de avaliar a construção) ou, no indicativo, o futuro do pretérito, isso porque, como 
vimos na tabela, um dos papéis desse tempo do indicativo é indicar uma situação hipotética.
Encontramos a resposta no seguinte item:
�a) tarefas que o computador mais poderoso do planeta demoraria 10.000 anos (= futuro do pre-
térito do indicativo)
A partir de uma simples leitura, podemos identificar valor hipotético na opção A.
As demais opções apresentam verbos no
�b) passava - pretérito imperfeito do indicativo
�c) restringem – presente do indicativo
�d) usamos – presente do indicativo
�e) levará – futuro do presente do indicativo
Letra a.
O texto a seguir servirá de base para as próximas quatro questões.
(FCC/TCE-PI/AUDITOR/2014/ADAPTADA)
A cognoscibilidade do planeta
1. O período histórico atual vai permitir o que nenhum
outro período ofereceu ao homem, isto é, a possibilidade
de conhecer o planeta extensiva e aprofundadamente.
Isto nunca existiu antes, e deve-se, exatamente,
5. aos progressos da ciência e da técnica (melhor ainda,
aos progressos da técnica devidos aos progressos da
ciência).
Esse período técnico-científico da história permite
ao homem não apenas utilizar o que encontra na natureza:
10. novos materiais são criados nos laboratórios como
um produto da inteligência do homem, e precedem a
produção dos objetos. Até a nossa geração, utilizávamos
os materiais que estavam à nossa disposição. Mas
a partir de agora podemos conceber os objetos que desejamos
15. utilizar e então produzimos a matéria-prima indispensável
à sua fabricação. Sem isso não teria sido
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Verbos
GRAMÁTICA
possível fazer os satélites que fotografam o planeta a
intervalos regulares, permitindo uma visão mais completa
e detalhada da Terra. Por meio dos satélites,
20. passamos a conhecer todos os lugares e a observar outros
astros. O funcionamento do sistema solar torna-se
mais perceptível, enquanto a Terra é vista em detalhe;
pelo fato de que os satélites repetem suas órbitas, podemos
captar momentos sucessivos, isto é, não mais
25. apenas retratos momentâneos e fotografias isoladas do
planeta. Isso não quer dizer que tenhamos, assim, os
processos históricos que movem o mundo, mas ficamos
mais perto de identificar momentos dessa evolução. Os
objetos retratados nos dão geometrias, não propriamente
30. geografias, porque nos chegam como objetos em
si, sem a sociedade vivendo dentro deles. O sentido que
têm as coisas, isto é, seu verdadeiro valor, é o fundamento
da correta interpretação de tudo o que existe.
Sem isso, corremos o risco de não ultrapassar uma interpretação
35. coisicista de algo que é muito mais que uma
simples coisa, como os objetos da história. Estes estão
sempre mudando de significado, com o movimento das
sociedades e por intermédio das ações humanas sempre
renovadas.
(SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: Do pensamento único à consciência universal. 6. ed. Rio de 
Janeiro/São Paulo: Editora Record, 2001, p. 31)
020. Considerado o contexto, analise as afirmações:
(linhas 12 e 13) A forma verbal utilizávamos descreve ação pontual, iniciada e concluída em 
uma extensão do passado explicitamente indicada no texto.
O emprego do PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO indica que a ação, situação inteira-
mente no passado, apresentou certa duração. Vejamos a passagem do texto:
“Esse período técnico-científico da história permite ao homem não apenas utilizar o que encontra na 
natureza: novos materiais são criados nos laboratórios como um produto da inteligência do homem, 
e precedem a produção dos objetos. Até a nossa geração, utilizávamos os materiais que estavam 
à nossa disposição.”
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Verbos
GRAMÁTICA
Note que o ato de utilizar não ocorria em um único momento. Era ato contínuo. Por isso, está 
perfeita a afirmação do examinador.
Certo.
021. (FCC/TCE-PI/AUDITOR/2014/ADAPTADA) Com base no texto da questão anterior, avalie.
- (linhas 16 e 17) Em...não teria sido possível fazer os satélites..., o segmento destacado faz 
menção a evento efetivamente realizado.
O trecho em análise é:
“Mas a partir de agora podemos conceber os objetos que desejamos utilizar e então produzimos a 
matéria-prima indispensável à sua fabricação. Sem isso não teria sido possível fazer os satélites 
que fotografam o planeta a intervalos regulares…”
O emprego do verbo SER no futuro do pretérito composto (teria sido) indica um fato que não 
chegou a ser realizado, ou seja, de uma forma situa a ação em um plano hipotético, apesar de 
ser o modo indicativo.
Aliás, como veremos em seguida, em Correlação Verbal, o FUTURO DO PRETÉRITO DO INDI-
CATIVO tem estreita relação com o PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO. Normalmente, 
essa“dobradinha” relaciona “condição” + “hipótese”.
Como o examinador afirma ter sido o evento “efetivamente realizado”, a afirmação está errada.
Errado.
022. (FCC/TCE-PI/AUDITOR/2014/ADAPTADA) Com base no texto da questão anterior, ava-
lie a afirmação a seguir.
- (linhas 26 e 27) No que concerne à correlação entre tempos e modos verbais, na norma-pa-
drão escrita, o emprego de tenhamos é incompatível com o de ficamos.
“O funcionamento do sistema solar torna-se mais perceptível, enquanto a Terra é vista em de-
talhe; pelo fato de que os satélites repetem suas órbitas, podemos captar momentos sucessi-
vos, isto é, não mais apenas retratos momentâneos e fotografias isoladas do planeta. Isso não 
quer dizer que tenhamos, assim, os processos históricos que movem o mundo, mas ficamos 
mais perto de identificar momentos dessa evolução.”
O emprego do PRESENTE DO SUBJUNTIVO, em tenhamos, indica que a ação verbal está si-
tuada no campo da “suposição” (“Isso não quer dizer que TENHAMOS, assim, os processos 
históricos que movem o mundo”). Já o PRESENTE DO INDICATIVO, em ficamos, apresenta uma 
situação real: “ficamos mais perto de identificar momentos dessa evolução”.
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Verbos
GRAMÁTICA
Não há nenhum problema na correlação desses tempos e modos verbais, uma vez que ex-
põem situações independentes.
Errado.
CORRELAÇÃO VERBAL
O que seria CORRELAÇÃO VERBAL?
Consiste na articulação entre as formas verbais no período. Os verbos estabelecem, assim, 
uma correspondência entre si.
A “vantagem” das questões que envolvem correlação verbal é que, muitas vezes, mesmo 
sem entender o porquê, seu ouvido percebe o problema, veja só: “Você quer que eu saio?”.
Com certeza, você notou que o segundo verbo não poderia estar conjugado como “saio”, 
mas “saia”. Isso acontece porque houve problema na correlação entre os dois verbos do período.
A título de curiosidade (e somente com esse propósito – nada de ficar decorando listas), 
seguem alguns exemplos de construções corretas sob o aspecto de correlação verbal:
• “Exijo que me diga a verdade.” Presente do Indicativo + Presente do Subjuntivo
• “Exigi que me dissesse a verdade.” – Pretérito Perfeito do Indicativo + Pretérito Imper-
feito do Subjuntivo
• “Espero que ele tenha feito uma boa prova.” - Presente do Indicativo + Pretérito Perfeito 
Composto do Subjuntivo
• “Gostaria que ele tivesse vindo.” – Futuro do Pretérito do Indicativo + Pretérito mais-
-que-perfeito Composto do Subjuntivo
• “Se você quiser o material, eu o trarei.” – Futuro do Subjuntivo + Futuro do Presente do 
Indicativo
• “Se você quisesse o livro, eu o traria.” - Pretérito Imperfeito do Subjuntivo + Futuro do 
Pretérito do Indicativo
Vejamos, agora, as questões que tratam de correlação verbal.
023. (FCC/TCE-PI/AUDITOR/2014/ADAPTADA) Com base no texto da questão anterior, ava-
lie a afirmação a seguir.
- (linha 15) A forma produzimos deve, em um registro linguístico mais cuidado, ser substitu-
ída por “produzirmos”, que melhor denota o caráter hipotético do período sintático em que 
se insere.
Esse texto já serviu de base para todas as últimas questões, e agora em análise estará o aspec-
to de correlação entre verbos de um período.
Cuidado com a banca! O objetivo dela é enganar o candidato, por isso faz afirmações bastante 
verossímeis, mas que carecem de correção.
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Verbos
GRAMÁTICA
Vamos rever a passagem do texto.
Até a nossa geração, utilizávamos os materiais que estavam à nossa disposição. Mas a partir de 
agora podemos conceber os objetos que desejamos utilizar e então produzimos a matéria-prima 
indispensável à sua fabricação.
Note que foi empregado o presente do indicativo nas duas ocorrências: podemos (conceber) e 
produzimos.
O presente foi usado por se apresentar um evento real e atual, situando as duas ações em or-
dem sucessiva (podemos conceber os objetos : produzimos matéria-prima), ou seja, a partir da 
concepção do que será utilizado, há a produção da matéria-prima necessária. Tudo real e certo, 
portanto, no presente do indicativo.
O emprego de apenas o segundo verbo no modo subjuntivo retiraria esse valor real e atual que 
o autor pretendeu empregar à passagem, prejudicando o sentido original.
Errado.
024. (FGV/TJ-AL/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018)
Texto - A Copa do Mundo da Rússia só começa no dia 22 de junho, mas a febre dos álbuns 
com os jogadores das seleções já se espalhou e chegou até ao plenário de uma assembleia 
legislativa brasileira. O flagrante de dois assessores trocando figurinhas durante uma sessão 
foi divulgado pelas redes sociais e a cena se espalhou.
No post, que teve mais de 16 mil compartilhamentos e 26 mil curtidas no Twitter, o internauta 
chega a especular que seriam deputados, mas a direção da casa esclareceu tratarem-se de as-
sessores. “Votação importante hoje (19/02) e os deputados ao invés de estarem trabalhando 
e fazendo jus ao salário superior a 25 mil reais, estão trocando e colando figurinha da Copa do 
Mundo em meio à votação. Se eu falasse, ninguém acreditaria”, diz o post.
Outro post com mais de 40 mil compartilhamentos traz um vídeo mostrando que a troca ocor-
reu enquanto uma deputada discursava sobre uma proposta.
A direção da casa legislativa confirmou que as imagens foram feitas durante a sessão da 
quarta feira e esclareceu que elas mostram dois “assessores de deputados” trocando figuri-
nhas durante a sessão. “O comportamento não é justificável. Os gabinetes dos deputados aos 
quais os assessores pertencem, já foram informados, e cabe aos parlamentares decidir como 
proceder”. (adaptado)
“Se eu falasse, ninguém acreditaria”.
O emprego de tempos verbais nesse segmento do texto está correto, segundo a norma culta; 
a frase abaixo em que se mantém a correção gramatical é:
a) Se eu falasse, ninguém acreditava;
b) Se eu falo, ninguém acreditaria;
c) Caso eu falasse, ninguém acreditava;
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Verbos
GRAMÁTICA
d) Caso eu fale, ninguém acredita;
e) Se eu falava, ninguém acreditaria.
Nesse período, temos uma oração que apresenta uma situação hipotética e a suposta conse-
quência dela. O cuidado que se deve tomar é que a conjunção CASO admite apenas o modo 
subjuntivo, ao passo que a conjunção SE aceita outras possibilidades (indicativo ou subjunti-
vo), desde que associadas a verbos em correlação possível.
Assim, as possibilidades são:
- Se eu falo, ninguém acredita : presente indicativo + presente indicativo
- Se eu falasse, ninguém acreditaria : pretérito imperfeito subjuntivo + futuro do pretérito 
indicativo
- Se eu falar, ninguém acreditará : futuro subjuntivo + futuro do presente do indicativo
- Caso eu fale, ninguém acredita : presente subjuntivo + presente indicativo
- Caso eu falasse, ninguém acreditaria : pretérito imperfeito subjuntivo + futuro do pretérito indi-
cativo = DULPA CAMPEÃ DE ALGUMAS BANCAS!
O emprego do PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO (opções A e C: ninguém acreditava) 
não é abonado pela norma culta, apesar de muito usado na linguagem

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