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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
TRIBUTÁRIO
Competência Tributária
Livro Eletrônico
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Sumário
Competência Tributária ................................................................................................................. 4
1. Conceito de Competência Tributária ....................................................................................... 4
1.1. Capacidade Tributária Ativa ................................................................................................... 11
2. Classificação da Competência Tributária ............................................................................ 14
2.1. Privativa ....................................................................................................................................15
2.2. Comum ......................................................................................................................................19
2.3. Cumulativa ..............................................................................................................................20
2.4. Residual ................................................................................................................................... 23
2.5. Extraordinária ........................................................................................................................ 26
3. Bis In Idem x Bitributação .......................................................................................................28
Jurisprudência ............................................................................................................................... 32
Resumo ............................................................................................................................................34
Questões Comentadas em Aula ................................................................................................. 39
Questões de Concurso .................................................................................................................42
Gabarito ........................................................................................................................................... 76
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Querido(a) aluno(a), nesta aula vamos tratar da competência tributária, assunto muito im-
portante para a prova, pois é por meio do seu estudo que você aprenderá quais tributos cada 
ente político pode instituir. O examinador costuma exigir essa informação, além da diferença 
entre competência tributária e capacidade tributária.
Bons estudos!!
Diego Degrazia e Lis Ribas. 
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
1. ConCeito de CompetênCia tributária
A competência tributária está prevista na Constituição Federal e representa o direito con-
cedido aos entes federativos para instituição e cobrança dos tributos.
Em atenção ao Princípio da Legalidade, levando em consideração o conceito de tributo 
já aprendido, de que ele é prestação pecuniária instituída em lei, deve-se ter a compreensão 
de que a sua criação representa o exercício da competência tributária constitucionalmen-
te prevista.
Em outras palavras, a competência tributária decorre da própria ideia de soberania do 
Estado: é o que chamamos de exercício do poder de tributar delimitado juridicamente pela 
Constituição.
Poder de tributar é um poder de fato, que nasce com o Estado em face de sua sobera-
nia. Competência tributária é esse poder de fato, delimitado, transformado juridicamente pela 
Constituição e outorgado aos entes políticos.
Assim, a CF/88 não institui o tributo, ela prevê quem é o dono da competência para a sua 
instituição. Por exemplo, a CF/88, em seu art. 155, II, prevê que a competência para instituir o 
“imposto sobre as operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de ser-
viços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação” – ICMS é dos estados, 
que decidindo criá-lo deverão editar uma lei.
Embora a CF/88 tenha conferido poder aos entes para instituição de tributos, não destacou 
prazo para que ela seja exercida, razão pela qual se diz que ela é imprescritível.
Além disso, ela é irrenunciável, o que quer dizer que embora o ente tenha a faculdade de 
exercê-la ou não, não pode renunciar à competência conferida pela CF/88.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Quanto à afirmação de que o exercício da competência é facultativo, é preciso atentar-
-se ao fato de que a Constituição não determina que o ente é obrigado a exercê-la, podendo 
instituir ou não o tributo conforme direito a ele conferido pelo legislador constitucional. Por 
exemplo, a competência concedida pela Constituição à União para instituição do Imposto 
sobre Grandes Fortunas – IGF, previsto no inc. VII, art. 153, da CF/88, não foi exercida:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
...
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
No entanto, merece aqui destacar a previsão da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n. 
101/2000), em seu art. 11:
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, 
previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da 
Federação.
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não obser-
ve o disposto no caput, no que se refere aos impostos.
A lei afirma que a instituição do tributo é requisito de sua responsabilidade, além de 
destacar a punição do gestor do ente pela não instituição do imposto de sua competência, 
o que pode nos levar a concluir que o seu exercício não seria facultativo. Inobstante isso, tal 
interpretação deve ser considerada na prova como correta somente se o examinador fizer 
essas considerações.
A regra geral é dizer que o exercício da competência tributária é, sim, facultativo.
A respeito do tema, assim dispõe Eduardo Sabbag em seu Manual de Direito Tributário:
O dispositivo merece interpretação cautelosa, pois o legislador quis, salvo melhor juízo, estimu-
lar a instituição do tributo economicamente viável, cuja competência estaria inadequadamente 
estanque. Portanto, entendemos que é defensável a facultatividade do exercício da competência 
tributária, uma vez que o art. 11 da Lei de Responsabilidade Fiscal não traduz, incontestavelmen-
te, mecanismo efetivo de obrigatoriedade. (Eduardo Sabbag, em Manual de Direito Tributário, 12ª 
edição, página 456, editora Saraiva)
Além de facultativa, imprescritível e irrenunciável, a competência é indelegável, não po-
dendo o ente constitucionalmente competente a instituir determinado tributo transferir tal 
direito a outro, conforme art. 8º, CTN:
Art. 8º O não exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público 
diversa daquela a quea Constituição a tenha atribuído.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Em resumo, a competência tributária é:
• Imprescritível/Incaducável: a CF/88 não prevê prazo para exercício da competência 
pelo ente, podendo esta ser exercida a qualquer tempo.
• Irrenunciável: o ente constitucionalmente competente para instituir tributo não pode re-
nunciar a respectiva competência.
• Indelegável: o ente que tem a competência outorgada pela Constituição Federal não 
pode concedê-la a outro.
• Inalterável: os entes federativos não podem alterar a competência tributária prevista na CF/88.
O CTN, conceituando o instituto da competência tributária, em seu art. 6º, destacou que 
ela compreende a competência legislativa plena, tendo em vista que a sua representação fá-
tica se dá diante da instituição de um tributo por intermédio da publicação de uma lei pelo 
respectivo ente:
Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa 
plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e 
nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.
O legislador faz uma ressalva quanto à competência legislativa plena, que diz respeito às 
“limitações ao poder de tributar”. É que elas representam verdadeiros freios ao exercício da 
competência, garantindo que o Estado não utilize o seu poder de tributar de forma abusiva e 
irrestrita, protegendo, dessa forma, os contribuintes e o pacto federativo.
Em nosso curso, nas duas próximas aulas, estudaremos as limitações ao poder de tributar 
constantes na Constituição Federal, e, na oportunidade, você verá quais as restrições devem 
ser observadas pelo ente político no momento da instituição e cobrança de seus tributos.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Até aqui vimos a competência tributária legislativa para criação dos tributos, a qual não se 
confunde com a competência para legislar sobre Direito Tributário.
Competência tributária ≠ Competência para legislar sobre Direito Tributário
A competência para legislar sobre Direito Tributário é concorrente, está prevista no art. 24, 
CF, e é objeto de estudo de Direito Constitucional:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.
…
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer nor-
mas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplemen-
tar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa 
plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que 
lhe for contrário.
Embora esses dispositivos sejam estudados no curso de Direito Constitucional, vale a pena 
lembrarmos que na competência legislativa concorrente:
• Primeiramente, a União tem competência para editar as normas gerais sobre o tema.
• Embora a União edite normas gerais, os estados podem dispor de forma suplementar 
sobre o tema.
• Caso a União não edite a referida norma geral, os estados podem exercer a competên-
cia legislativa plena.
• Se após o estado exercer a sua competência legislativa plena, a União editar norma 
geral, serão suspensos os dispositivos estaduais da norma estadual que a contrariem.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Sobre o tema, destaca Eduardo Sabbag que:
Nesse contexto, diz-se que há, nessa ordem constitucional, coincidência da competência legislativa 
com a competência tributária. Todavia, deve-se notar que a competência tributária, como poder de 
instituição de tributo, não se confunde com a competência para legislar sobre Direito Tributário. Esta 
é genérica; aquela, específica. Tal competência para legislar é denominada competência concorren-
te, conforme o art. 24 da CF. (Eduardo Sabbag, em Manual de Direito Tributário, 12ª edição, página 
453, editora Saraiva).
Analisando em conjunto os parágrafos do artigo 24 e o art. 146 da CF/88, constata-se que 
a União, por intermédio de lei complementar, tem competência para dispor sobre as normas 
gerais relacionadas a determinados elementos do tributo. Veja:
Art. 146. Cabe à lei complementar:
...
III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados 
nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários.
Na prática, sabemos que o CTN é uma lei tributária de normas gerais. Como já exposto, 
ele foi editado como lei ordinária em 1966, pois a Constituição então vigente não exigia que as 
normas gerais tributárias fossem objeto de lei complementar.
No entanto, tendo em vista que as Constituições seguintes assim o fizeram, afirma-se 
que o CTN passou a ser lei ordinária somente formalmente e lei complementar sob o aspec-
to material.
Nesse sentido, o ordenamento jurídico brasileiro adota o CTN como a lei complementar 
responsável por veicular as características presentes no art. 146, da CF/88.
Especificamente, o CTN dispõe sobre obrigação tributária, lançamento, crédito tributário, 
prescrição e decadência tributárias, que devem ser observadas pelos entes federativos quan-
do forem legislar sobre tributos.
Tanto é assim que no CTN encontramos também diversas normas gerais sobre impostos 
previstos na Constituição Federal, as quais definem fatos geradores, bases de cálculo e con-
tribuintes.
Note o artigo 31 que trata do contribuinte do ITR:
Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu 
possuidor a qualquer título.
No momento em que a União for instituir o ITR ao exercer sua competência tributária, não 
poderá ir além do que está previsto no artigo 31 do CTN no que tange à definição do contribuin-
te do referido imposto.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Tranquilo?
Ocorre que a União deveria ter, também, editado lei complementar para prever normas ge-
rais sobre o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, de modo que os 
estados fariam as previsões complementares sobre o seu respectivo imposto estadual.
Ocorre que o IPVA nasceu APÓS a promulgação do CTN e lá nesse normativo nada consta 
sobre o tema.
Como a União nãoeditou a referida lei, os estados, individualmente, editaram as suas pró-
prias normas gerais sobre o seu IPVA estadual, tendo por base o § 3º, artigo 24 da Constituição.
Provocado a se manifestar sobre a constitucionalidade das leis estaduais que preveem os 
elementos do IPVA que deveriam ser dispostos em lei complementar (em atenção ao art. 146, 
CF/88), o STF expôs o seu entendimento de que tais normas estaduais são constitucionais, 
pois na ausência do exercício da competência legislativa da União para editar normas gerais 
tributárias, os estados têm competência legislativa plena para tratar sobre o tema.
Veja, assim, a ementa do julgado do STF que expressa a consolidação desse entendimento:
RECURSO - AGRAVO DE INSTRUMENTO - COMPETÊNCIA. A teor do disposto no artigo 28, 
§ 2º, da Lei n. 8.038/90, compete ao relator a que for distribuído o agravo de instrumento, 
no âmbito do Supremo Tribunal Federal, bem como no Superior Tribunal de Justiça, com 
o fim de ver processado recurso interposto, o julgamento respectivo. IMPOSTO SOBRE 
PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES - DISCIPLINA. Mostra-se constitucional 
a disciplina do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores mediante norma 
local. Deixando a União de editar normas gerais, exerce a unidade da federação a com-
petência legislativa plena - § 3º do artigo 24, do corpo permanente da Carta de 1988 -, 
sendo que, com a entrada em vigor do sistema tributário nacional, abriu-se à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a via da edição de leis necessárias à res-
pectiva aplicação - § 3º do artigo 34 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias 
da Carta de 1988. (AI 167777 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Segunda Turma, jul-
gado em 04/03/1997, DJ 09-05-1997 PP-18134 EMENT VOL-01868-04 PP-00796)
Esse raciocínio aplica-se, ainda, aos impostos municipais. Embora o art. 24, CF/88, não 
tenha tratado sobre o assunto, o inc. II, art. 30, CF/88, dispõe que o município também poderá 
suplementar a legislação federal e estadual, no que couber.
Vale ainda ressaltar que nos casos em que há repasse da arrecadação de um ente político 
para outro, segundo o parágrafo único do art. 6º do CTN, o ente competente para instituir o 
tributo não perde a sua competência em razão da distribuição das suas receitas tributárias:
CTN, art. 6º, Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras 
pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido 
atribuídos.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
001. (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE-RR/2008) Julgue o item seguinte, que trata do 
poder de tributar e de estabelecer normas em matéria tributária.
A competência tributária abrange o poder de legislar plenamente, incluindo-se o estabeleci-
mento de normas gerais em matéria tributária, desde que não existam normas gerais impostas 
pela União sobre a mesma matéria.
Competência tributária é o poder conferido pela Constituição aos entes políticos para institui-
ção dos tributos, o que deve ser feito por intermédio de edição de lei, razão pela qual se afirma 
que a “atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legisla-
tiva plena”, em atenção ao art. 6º do CTN.
Ocorre que a competência legislativa do ente político, no que se refere à matéria tributária, não 
se resume à possibilidade de criar tributo, sendo objeto de questionamento nesta questão a 
competência legislativa para tratar do Direito Tributário.
Ao tratar do “Sistema Tributário Nacional”, a CF/88, art. 146, III, destaca casos em que se exige 
edição de lei complementar, dentre eles, o estabelecimento de normas gerais em matéria de 
legislação tributária.
Segundo o inc. I, art. 24 da CF/88, compete à União, aos estados e ao DF, a competência con-
corrente para legislar sobre Direito Tributário. No § 1º desse artigo, o legislador constituinte 
afirma que no que se refere às matérias que devem ser legisladas de forma concorrente pelos 
entes, a União deve editar normas gerais, o que não exclui a competência dos estados para 
legislar de forma suplementar sobre o tema objeto da lei da União (§ 2º).
Ocorre que, caso a União não edite a referida norma geral, a competência do estado que antes 
seria apenas suplementar passará a ser exercida de forma plena (§ 3º), razão pela qual o item 
está correto:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
...
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer nor-
mas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suple-
mentar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa 
plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no 
que lhe for contrário.
Certo.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
002. (ESAF/AUDITOR-FISCAL/RFB/2002) Assinale a alternativa incorreta:
a) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer 
normais gerais.
b) A competência da União para legislar sobre normas geras não exclui a competência suple-
mentar dos Estados.
c) Não existindo lei federal sobre normais gerais, os Estados exercerão a competência legisla-
tiva plena, para atender a suas peculiaridades.
d) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no 
que lhe for contrário.
e) A Constituição não prevê as normas de direito tributário como pertencendo ao âmbito da 
legislação concorrente.
Vamos olhar cada uma das alternativas.
a) Certa. Nos termos do § 1º do art. 24, da CF/88, no âmbito da legislação concorrente, a com-
petência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
b) Certa. Nos termos do § 2º do art. 24, da CF/88, a competência da União para legislar sobre 
normas gerais não exclui a competência suplementar dos estados.
c) Certa. Nos termos do § 3º do art. 24, da CF/88, inexistindo lei federal sobre normas gerais, 
os estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
d) Certa. Nos termos do § 4º do art. 24, da CF/88, a superveniência de lei federal sobre normas 
gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
e) Errada. De acordo com o disposto no caput do artigo 24 da CF/88, o Direito Tributário se 
insere no âmbito da legislação concorrente da União, dos estados e do Distrito Federal.
Letra e.
1.1. CapaCidade tributária ativa
O art. 119 do CTN destaca que o sujeito ativo da relação jurídico-tributária é o ente político 
que tem a competência constitucionalmente prevista para instituir o respectivo tributo:
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da compe-
tência para exigir o seu cumprimento.
Ao conceituar a competência tributária, destacamos a sua indelegabilidade. No entanto, 
embora a competência seja indelegável, é possível que o sujeito ativo da relação seja pessoa 
diversa daquela que teve o poder conferido pela Constituição.
Segundo o art. 7º do CTN,admite-se a transferência das funções de arrecadar, fiscalizar 
ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, de uma 
pessoa jurídica de direito público para outra. Veja:
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar 
tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida 
por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
A parte do dispositivo que autoriza delegação dessas funções corresponde à chamada 
capacidade tributária ativa.
O ente que delega a capacidade tributária ativa deve ser aquele que é o competente para a 
instituição do tributo, conforme previsão constitucional.
Segundo Eduardo Sabbag, “a competência tributária é política e indelegável (CTN, art. 7º, 
caput), não se confundindo com a capacidade tributária ativa, que é ‘administrativa e delegável’”.
A delegação da capacidade tributária ativa possibilita ao delegatário usufruir das garantias 
e dos privilégios concedidos ao ente político tributante (Fazenda Pública), segundo o CTN, 
art. 7º, § 1º:
Art. 7º, § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à 
pessoa jurídica de direito público que a conferir.
O delegatário agirá, nesse sentido, como sujeito ativo da relação jurídico-tributária, de modo 
que havendo autorização legal para ele dispor livremente dos valores arrecadados, conclui-se 
estar diante de um tributo parafiscal, conforme já estudado.
Como vimos, a parafiscalidade é representada no ordenamento jurídico brasileiro pelos 
conselhos profissionais, por exemplo, que detêm a capacidade tributária ativa quanto a contri-
buições que são de competência da União, e utilizam a receita arrecadada para fins próprios.
Além disso, o ente federativo competente poderá revogar a qualquer tempo as funções de-
legadas por ele, sendo dispensada, para isso, a concordância do delegatário (CTN, art. 7º, § 2º):
Art. 7º, § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica 
de direito público que a tenha conferido.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
O CTN ainda faz mais uma distinção sobre o tema, ele possibilita o cometimento (transfe-
rência) da função de arrecadar o tributo à pessoa jurídica de direito privado, e faz a ressalva 
de que o exercício de tal função, isoladamente, não diz respeito à capacidade tributária ativa.
Art. 7, § 3º. Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, 
do encargo ou da função de arrecadar tributos.
É o caso dos bancos que recebem o pagamento dos tributos e repassam os valores para o respec-
tivo ente federativo dono da competência para sua instituição, agindo como auxiliar do sujeito ativo.
003. (CESPE/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-RS/2018/ADAPTADA) A respeito de tributo, julgue o 
item a seguir.
A função ou o ônus de arrecadação do tributo não podem ser atribuídos a pessoas de direito 
privado, conforme o Código Tributário Nacional.
O que é indelegável e não pode ser atribuído a pessoas de direito privado é a COMPETÊNCIA 
TRIBUTÁRIA, ou seja, a capacidade de instituir tributos. A mera função de arrecadar tributos 
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
não se confunde com a delegação de competência, sendo perfeitamente possível atribuir essa 
atividade a pessoas de direito privado. Veja o que diz o CTN:
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar 
tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferi-
da por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do en-
cargo ou da função de arrecadar tributos.
Errado.
004. (CESPE/PROCURADOR/AMAZONAS/2016) Considerando os limites ao exercício do po-
der de tributar, julgue o item.
A capacidade tributária ativa difere da competência tributária, podendo ser delegada a outras 
pessoas jurídicas de direito público. Nesse caso, a delegação envolverá a transferência legal 
dos poderes de cobrança, arrecadação e fiscalização.
Capacidade e competência são distintas. A primeira está relacionada à cobrança, arrecadação 
e fiscalização dos tributos, que pode ser delegada a outra pessoa jurídica de direito público. Já 
a segunda está prevista na Constituição Federal e diz respeito a instituir e legislar sobre os tri-
butos. Por se tratar de um poder que pode inovar e modificar a matéria tributária, ela não pode 
ser delegada. Cada ente deve exercer sua competência de forma autônoma. Note a redação 
do art. 7º do CTN:
Art. 7º. A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fisca-
lizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, 
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da 
Constituição.
Certo.
2. ClassifiCação da CompetênCia tributária
A competência tributária, sob a ótica das pessoas autorizadas a instituir o tributo, pode ser 
classificada como privativa, comum, cumulativa, residual ou extraordinária.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
2.1. privativa
Afirmar que um tributo é de competência privativa quer dizer que ele só pode ser instituído 
pelo ente constitucionalmente autorizado. É o caso dos impostos, em que a CF/88, nos arts. 
153, 155 e 156, destaca taxativamente como sendo de competência de cada ente.
Nos termos do art. 153 da CF/88, a União tem competência para instituir impostos sobre:
• importação de produtos estrangeiros – II;
• exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados- IE;
• renda e proventos de qualquer natureza - IR;
• produtos industrializados - IPI;
• operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários - IOF;
• propriedade territorial rural - ITR;
• grandes fortunas, nos termos de lei complementar - IGF.
Segundo o art. 155 da CF/88, os estados e o DF têm competência para instituir im-
postos sobre:
• transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos - ITCMD;
• operações relativas à circulação demercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e 
as prestações se iniciem no exterior – ICMS;
• propriedade de veículos automotores – IPVA.
Já os municípios, com base no art. 156 da CF/88, têm competência para instituir im-
postos sobre:
• propriedade predial e territorial urbana - IPTU;
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
• transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por nature-
za ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como 
cessão de direitos a sua aquisição - ITBI;
• serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei com-
plementar – ISSQN.
No que se refere a esses impostos, o DF também tem competência para instituí-los, pois, 
como você verá adiante, a Constituição confere a ele competência cumulativa para instituir 
impostos de competência dos municípios.
Como já explanado, os tributos devem ser criados por meio de lei, de modo que aqueles 
que devem ser objeto de lei complementar para a sua instituição não podem ser criados por 
intermédio de Medida Provisória - MP.
Então, quanto aos impostos de competência da União, o Imposto sobre Grandes Fortunas 
não pode ser instituído por MP.
Sob uma ótica interdisciplinar, lembre-se de que para o Direito Constitucional, a competên-
cia exclusiva é indelegável, enquanto a competência privativa é passível de transferência.
No entanto, para fins de Direito Tributário, a competência tributária privativa conferida a de-
terminado ente para instituir tributo não é passível de delegação, razão pela qual tem finalidade 
similar à da competência exclusiva estudada em Direito Constitucional.
A competência privativa tributária não é restrita para instituição de impostos: ela também 
é representada por meio da competência para criação de empréstimos compulsórios e de con-
tribuições especiais.
Sendo mais diretos, a União tem competência privativa para instituir: (i) empréstimos com-
pulsórios; e (ii) contribuições especiais, conforme arts. 148 e 149 da CF/88, respectivamente:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa 
ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado 
o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada 
à despesa que fundamentou sua instituição.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua 
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do 
previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Já os estados são competentes privativamente para instituir as contribuições para custeio 
de seu regime próprio de previdência social cobradas dos seus servidores ativos, dos aposen-
tados e dos pensionistas, conforme CF/88, art. 149, § 1º:
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Art. 149, § 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, con-
tribuições para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos 
aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da 
base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 103, de 2019)
Ainda com fulcro nesse dispositivo, os municípios gozam de competência privativa para 
instituição da contribuição para custeio do seu regime próprio de previdência social, e, com 
base no art. 149-A, os municípios e o DF também são competentes privativamente para insti-
tuir contribuição para custeio do serviço de iluminação pública – COSIP:
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respec-
tivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 39, de 2002)
Ressalta-se que, quanto à competência para instituir os empréstimos compulsórios e as 
contribuições especiais previstas no art. 149 da CF/88, há quem a denomine de competência 
especial, tendo em vista que a natureza jurídica desses tributos não se encaixa na definição do 
art. 4º do CTN ao levar em consideração a sua destinação para caracterizá-los como tributo.
COMPETÊNCIA PRIVATIVA
União Estados/DF Municípios/DF
II ITCMD IPTU
IE ICMS ITBI
IR IPVA ISSQN
IPI
Contribuições previdenciárias 
para custeio do RPPS
Contribuições previdenciárias 
para custeio do RPPS
IOF COSIP
ITR
IGF
Impostos residuais
IEG
Empréstimos compulsórios
Contribuições especiais, 
salvo COSIP
Contribuições residuais
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
005. (ESAF/ATE/MS/2001) É da competência dos Estados o seguinte imposto:
a) sobre a propriedade de veículos automotores.
b) sobre a importação de produtos estrangeiros.
c) sobre serviços de qualquer natureza.
d) sobre a propriedade territorial urbana.
e) sobre produtos industrializados.
O único imposto listado nas alternativas que se enquadra na competência dos estados é o 
IPVA, em atenção à redação do inciso III, artigo 155, CF/88.
Letra a.
006. (ESAF/ATM/NATAL-RN/2001) Inclui-se na competência tributária dos Municípios a ins-
tituição de:
a) Empréstimos Compulsórios.
b) Imposto sobre a propriedade de veículos automotores.
c) Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.
d) Imposto sobre a propriedade territorial.
e) Imposto sobre serviço de transporte intermunicipal e de comunicação.
a) Errada. De acordo com o disposto no artigo 148 da CF/88, a competência para a instituição 
dos empréstimos compulsórios é da União.
b) Errada. De acordo com o disposto no artigo 155, III da CF/88, a competência para a institui-
ção do IPVA é dos estados.
c) Certa. De acordo com o disposto no inciso I do artigo 156 da CF/88, a competência para a 
instituição do IPTU é dos municípios.
d) Errada. A competência para instituir imposto sobre a propriedade territorial pode ser da 
União ou dos municípios, a depender da localização do bem. Se for rural, compete à União, for-
te na redação do inciso VI, artigo 153, CF/88; se for urbana, é de competência dos municípios.
e) Errada. De acordo com o disposto no inc. II, art. 155, da CF/88, a competência para a institui-
ção do ICMS é dos estados.
Letra c.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
007. (ESAF/ATE/MS/2001) A instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econô-
mico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, inclui-se na competência impositiva:
a) dos Estados.
b) da União.
c) da União, dos Estados e do Distrito Federal.
d) da União, dos Estados e do Distrito Federa e dos Municípios.
e) dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
As contribuições especiais, salvo a COSIP e as contribuições previdenciárias cobradas dos 
servidores públicos estaduais, distritais e municipais, são de competência privativa da União. 
Veja a literalidade do artigo 149 da Constituição Federal:
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua 
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do 
previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Letra b.
2.2. Comum
Afirmar que um tributo é de competência comum, é afirmar que todos os entes políticos 
podem criar um tributo da sua espécie.
É o caso das taxas e contribuições de melhoria, tributos vinculados, que têm como hipóte-
se de incidência uma atividade do poder público a ser exercida pelo respectivo ente federativo 
conforme suas atribuições previstas na Constituição Federal.
Se for o município que preste o serviço público específico e divisível ou realize o exercício 
do poder de polícia, será ele o competente para cobrança da taxa, ou, sendo os estados, DF ou 
a União a prestar o serviço, a taxa caberá a eles.
Se a obra pública que acarretar em valorização do imóvel for realizada pela União, será ela 
a competente pela instituição e cobrança da contribuição de melhoria. Já se a obra for realiza-
da pelo estado, município ou DF, a contribuição caberá a eles.
É importante ter presente que não se pode criar qualquer taxa ou contribuição de melhoria. 
É preciso que sejam observadas as competências administrativas que cabem a cada ente, 
segundo a CF/88.
Pontue-se que, como o Distrito Federal acumula as competências estaduais e municipais, 
conforme será visto a seguir, poderá cobrar taxas e contribuições de melhoria que sejam de 
competência de ambos os entes.
O posicionamento de que a competência para instituição das taxas e das contribuições de 
melhoria é comum não é unânime na doutrina. Hugo de Brito Machado afirma que a compe-
tência para criar as taxas e as contribuições de melhoria é privativa, pois cada ente deve agir 
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
conforme delimitação das suas atribuições pela Constituição Federal. Pela sua importância, 
ao final da aula, na seção Doutrinas, colocaremos o excerto da obra do autor para leitura.
2.3. Cumulativa
A competência cumulativa para instituição de impostos está prevista no art. 147 da 
Constituição:
Art. 147, CF/88. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território 
não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal ca-
bem os impostos municipais.
Em Direito Constitucional, você já deve ter visto que os entes da federação são União, esta-
dos, municípios e DF, não é mesmo? Os Territórios não são considerados entes políticos, pois 
fazem parte da União (CF/88, art. 18, § 2º), e segundo a CF/88, art. 33, § 1º, se criados, poderão 
ou não ser divididos em municípios:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
...
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegra-
ção ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
***
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o dis-
posto no Capítulo IV deste Título.
Essa explanação inicial quanto aos territórios se deu para que você rememore esse tema 
estudado em Direito Constitucional e compreenda melhor a competência cumulativa.
Uma vez criado o território, em sua base territorial, a União será competente para instituir 
os impostos estaduais, quais sejam, IPVA, ITCMD e ICMS, destacados no tópico precedente.
E, ainda, não sendo o território dividido em municípios, a União também instituirá os impos-
tos municipais, quais sejam ITBI, ISSQN e IPTU.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
A competência cumulativa também é conferida ao Distrito Federal, que, segundo o art. 32 
da CF, não pode ser dividido em municípios:
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em 
dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, 
que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municí-
pios.
Aplicando essa compreensão do Direito Constitucional ao Direito Tributário, conclui-se 
que o Distrito Federal é competente para instituir os impostos previstos no art. 155 da CF/88 
- IPVA, ICMS e ITCMD, e os impostos municipais - ITBI, IPTU e ISSQN.
Em resumo, o DF é competente para instituir impostos de competência dos estados e 
também dos municipais.
No que diz respeito à competência cumulativa, merece destacar o comando do inc. III, art. 
151 da CF/88, o qual prevê o Princípio da Vedação da Isenção Heterônoma (a ser estudado 
ainda em nosso curso).
Tal princípio determina a proibição de um ente para isentar o pagamento de um tributo 
que não seja de sua competência:
Art. 151. É vedado à União:
...
III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
Assim, a União não pode editar lei isentando o contribuinte do pagamento de tributo de 
competência estadual, por exemplo, o ICMS.
Entretanto, no caso da competência cumulativa, isso não se aplica. A concessão de isen-
ção pela União de um imposto instituído de forma cumulativa em um território não irá ferir o 
dispositivo constitucional. Note que, a bem da verdade, não estamos falando de isenção he-
terônoma, mas sim, de uma isenção autônoma. O ICMS instituído no território federal é, sim, 
de competência da União.
Ademais, embora a Constituição em seu art. 147 faça referência somente aos impostos, 
compreenda que a União e o DF no caso podem instituir cumulativamente também as demais 
espécies tributárias.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
008. (ESAF/ATM/FORTALEZA-CE/2003) A respeito do tema competência para instituir im-
postos, é correto afirmar:
a) Aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros impostos que a Constitui-
ção federal lhes atribui, o imposto sobre a propriedade de veículos automotores e o imposto 
sobre transmissão inter vivos de bens imóveis situados em seus territórios.
b) O imposto sobre serviços de transporte intermunicipais é de competência do Município em 
que se iniciarem as prestações de serviços.
c) os impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana e sobre vendas a varejo de com-
bustíveis líquidos e gasosos são de competência dos municípios.
d) Compete ao Distrito Federal instituir os impostos que cabem aos municípios, sem prejuízo 
da competência que a Constituição Federal lhe assegura para instituir outros impostos expres-
samente indicados.
e) por força de emenda constitucional promulgada recentemente, a competência para instituir 
o imposto sobre a propriedade territorial rural foi transferida da União para os Estados e o Dis-
trito Federal.
Vamos analisar as alternativas:
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
a) Errada. O ITBI é de competência dos municípios, conforme redação do inc. II, art. 156, da 
CF/88.
b) Errada. Tal situação é passível de tributação pelos estados, tendo em conta as hipóteses 
previstas pelo ICMS, CF/88, artigo 155, II.
c) Errada. Em que pese o IPTU seja de competência municipal, as vendas a varejo de combus-
tíveis líquidos e gasosos são hipóteses que foram incorporadas ao ICMS, imposto de compe-
tência estadual.
Pontue-se que a CF/88, em sua redação original, destacou que os municípios tinham compe-
tência para instituir imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos (IVVC), 
mas esse imposto foi extinto por meio da Emenda Constitucional n. 3/1993.
d) Certa. É o que informa o artigo 147 da CF/88.
e) Errada. Em que pese o produto arrecadado com o ITR possa pertencer em sua totalidade aos 
municípios, conforme a redação do inc. II, artigo 158, CF/88, a competência para sua institui-
ção permanece com a União, com base no disposto no inciso VI, artigo 153 da CF/88.
Letra d.
2.4. residual
A Constituição Federal concedeu à União a competência tributária residual para instituir 
impostos e contribuições sociais de seguridade social que não estejam previstos em seu texto 
vigente, conforme previsão do art. 154, I, e do art. 195, § 4º:
Art. 154. A União poderá instituir:
I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumu-
lativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição.
...
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
...
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguri-
dade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Da análise dos dispositivos transcritos, os Impostos Residuais:
• Devem ser instituídos por meio de Lei Complementar.
• Devem ser não cumulativos.
• Não devem ter o fato gerador de impostos já previstos na CF/88.
• Não devem ter a base de cálculo dos impostos já previstos na CF/88.
Já as Contribuições Residuais:
• Também devem ser instituídas por meio de Lei Complementar.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
• Também devem ser não cumulativas.
• Não devem ter o fato gerador das contribuições da seguridade social já previstas na 
CF/88.
• Não devem ter a base de cálculo das contribuições da seguridade social já previstas na 
CF/88.
IMPOSTOS RESIDUAIS CONTRIBUIÇÕES RESIDUAIS
Competência da UNIÃO
Instituição por LC
Não cumulativos
Não podem ter FG de outros IMPOSTOS da CF/88 Não podem ter FG de outras CONTRIBUIÇÕES da CF/88
Não podem ter BC de outros IMPOSTOS da CF/88 Não podem ter BC de outras CONTRIBUIÇÕES da CF/88
Saiba que a conclusão de que as contribuições da seguridade social não devem ter fato 
gerador ou base de cálculo de contribuições da seguridade social já previstas constitucional-
mente deriva de interpretação do STF.
Tal decisão sedimentou o entendimento de que a afirmação da CF/88, art. 154, I, não se 
aplica na literalidade para a instituição de contribuição residual, mas sim de forma análoga.
O respeito deve se dar às contribuições de seguridade social previstas na Constituição e 
não aos impostos, como disposto de forma literal no artigo 154, I.
Veja ementa do julgamento do RE n. 242.615/BA:
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO - LEI 
COMPLEMENTAR N. 84/96. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sedimentou-se, 
a partir do julgamento do Recurso Extraordinário n. 228.321, relatado pelo Ministro Carlos 
Velloso perante o Plenário, no sentido da constitucionalidade do inciso I do artigo 1º da 
Lei Complementar n. 84/96, afastando-se a possibilidade de se ter a adequação da parte 
do artigo 154, inciso I, da Carta da República, vedadora da cumulatividade e da tomada, 
como fato gerador, de base utilizada relativamente a impostos nela contemplados.
Além disso, é importante você ter a compreensão de que a competência residual em apre-
ço permite que a União institua novos impostos e contribuições para a seguridade social por 
meio da edição de lei complementar.
Esse fato não se confunde com a possibilidade de o legislador constituinte prever novos 
impostos e contribuições para a seguridade social mediante emenda à Constituição Federal.
Nesse sentido, o Min. Carlos Velloso proferiu o seu voto nos autos da Ação Direta de Incons-
titucionalidade n. 939/DF, de relatoria do Min. Sydney Sanches, afirmando que “a proibição ins-
crita no art. 154 da Constituição dirige-se ao legislador ordinário, e não ao constituinte derivado”.
Ademais, sobre a competência dos estados, em Direito Administrativo é aprendido que 
eles possuem competência administrativa residual. Até por isso, as atividades que não forem 
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
atribuídas aos municípios e à União expressamente pelo texto constitucional serão de compe-
tência dos estados.
Essa é a razão pela qual há doutrinadores que destacam que, quanto à instituição de taxas 
e contribuições de melhoria, os estados possuem competência residual.
Para a sua prova, guarde que é a União que tem competência residual para instituir impos-
tos e contribuições para a seguridade social.
Somente é possível afirmar que os estados também possuem competência residual para 
instituição de taxas e contribuições de melhoria se o examinador fizer as devidas considera-
ções na afirmativa.
009.(FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-3/2014) A competência legislativa em matéria 
tributária é
a) fixada por lei complementar federal, que atualmente é o Código Tributário Nacional.
b) administrativa, conferida somente aos entes da Administração Pública Direta Estatal e 
Paraestatal.
c) constitucional exclusiva para instituir impostos, empréstimo compulsório e contribuições de 
intervenção no domínio econômico, e comum em relação às taxas e contribuição de melhoria.
d) suplementar em relação à instituição de taxas, contribuições e impostos, e privativa à insti-
tuição de empréstimos compulsórios e impostos residual e extraordinário.
e) é concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para legislar sobre 
normas gerais em matéria tributária, mediante lei complementar.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
a) Errada. A competência tributária é fixada pela Constituição.
b) Errada. A competência tributária é política e conferida somente aos entes da Administração 
Pública Direta.
c) Certa. A CF/88 destaca as competências privativas (exclusivas) para instituição dos impos-
tos, empréstimos compulsórios, contribuições de intervenção no domínio econômico e a com-
petência comum para instituir taxas e contribuições de melhoria, em atenção às atribuições de 
cada ente previstas no texto constitucional.
d) Errada. A competência legislativa é comum em relação à instituição de taxas e contribui-
ções; já em relação à instituição de impostos, empréstimos compulsórios, impostos residuais 
e extraordinário ela é privativa.
e) Errada. A competência para legislar sobre normas gerais em matéria tributária, mediante 
lei complementar, nos termos do art. 24 da CF/88, é concorrente da União, dos estados e do 
Distrito Federal, não tendo os municípios essa competência.
Letra c.
2.5. extraordinária
A competência extraordinária concedida à União pela CF/88 está prevista no 154, II:
Art. 154. A União poderá instituir:
...
II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não 
em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas 
de sua criação.
Em caso de guerra externa ou na sua iminência, a União pode instituir Impostos Extraordi-
nários, que podem ter o fato gerador de impostos já existentes, seja de sua competência ou da 
competência de outro ente.
Isso significa que a União pode, por exemplo, instituir o Imposto Extraordinário de Guerra 
– IEG e determinar que o seu fato gerador será a operação com circulação de mercadorias, o 
qual coincide com o fato gerador do ICMS, que é imposto de competência privativa dos esta-
dos e do DF previsto na Constituição, art. 155, II.
É importante que você fique atento: o fato gerador do imposto extraordinário não é a guer-
ra externa, nem a sua iminência, essa é uma situação que confere à União a prerrogativa de o 
instituir.
E mais, o examinador pode afirmar que em caso de guerra interna é possível a instituição 
do IEG, o que é incorreto, pois o constituinte somente autorizou tal ato diante de guerra externa.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Repare, ainda, que o constituinte não exige que a sua criação se dê por meio de lei comple-
mentar, podendo o IEG ser instituído por meio de lei ordinária ou de medida provisória, tal o seu 
caráter de urgência.
 legislador constituinte destaca que o IEG deve ser suprimido gradativamente. Sobre esse 
assunto, o legislador ordinário foi ainda mais específico, por intermédio do art. 76 do CTN, ao 
exigir que o IEG seja suprimido, gradativamente, no prazo máximo de cinco anos, contados da 
celebração da paz:
Art. 76. Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente, impos-
tos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, suprimidos, gradativamente, 
no prazo máximo de cinco anos, contados da celebração da paz.
Conforme ainda será visto em nosso curso, a instituição e majoração do tributo, em regra, deve 
se dar no ano seguinte ao da publicação da lei que o institui/majora (Princípio da Anterioridade 
Anual) e após 90 (noventa) dias da publicação dessa lei (Princípio da Anterioridade Nonagesimal).
Ocorre que o IEG é exceção aos Princípios da Anterioridade Anual e da Anterioridade Nona-
gesimal, em atenção ao § 1º, art. 150 da CF/88, razão pela qual pode ser exigido imediatamen-
te após a publicação da lei que o cria.
010. (CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE TELECOMUNI-
CAÇÕES/2014) Acerca de competência tributária, conceito e classificação dos tributos, bem 
como de tributos em espécie, julgue o item a seguir.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
De acordo com a CF, compete privativamente à União instituir, entre outros, os seguintes tribu-
tos: imposto de importação, imposto de exportação, imposto de renda, empréstimos compul-
sórios e impostos extraordinários, neste último caso em situação de iminência ou de guerra 
externa, compreendidos ou não em sua competência tributária.
Todos os tributos citados na questão são de competência da União. Note a base constitucional:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa 
ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado 
o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada 
à despesa que fundamentou sua instituição.
...
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I – importação de produtos estrangeiros;
II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III – renda e proventos de qualquer natureza;
IV – produtos industrializados;
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI – propriedade territorial rural;
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
...
Art. 154. A União poderá instituir:
I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumu-
lativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não 
em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de 
sua criação.
No que se refere aos impostos extraordinários, em atenção ao inc. II, art. 154, CF/88, eles serão 
criados ou na iminência ou no caso de guerra externa, podendo a União até entrar/invadir a 
competência dos estados e municípios para a instituição desse imposto.
Certo.
3. Bis in idem x bitributação
A bitributação representa a instituição de tributos por dois (ou mais) entes políticos distin-
tos sobre apenas um fato gerador da obrigação tributária.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Em regra, esse instituto não é aplicável no ordenamento jurídico brasileiro, mas como vi-
mos no item precedente, a Constituição vigente autoriza a bitributação quando afirma que a 
União é competente para instituir Imposto Extraordinário de Guerra, segundo o art. 154, II, e que 
ele pode ter o fato gerador de impostos de competência de outro ente.
Nesse sentido, imagine o exemplo dado, de que a União pode instituir o IEG sobre a circula-
ção de mercadorias, sendo esse fato gerador igual ao do ICMS, que é imposto de competência 
estadual, nos termos da CF/88, art. 155, inc. II.
Embora haja essa hipótese constitucionalmente prevista, o próprio sistema tributário de-
fende o contribuinte da bitributação e lhe concede a possibilidade de ajuizar ação de consig-
nação em pagamento em face de cobrança por mais de um ente político de tributos incidentes 
sobre apenas um fato gerador, conforme CTN, art. 164, III:
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, 
nos casos:
...
III – de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um 
mesmo fato gerador.
Outro instituto inerente à competência tributária diz respeito ao bis in idem, que representa 
a cobrança de diferentes tributos diante da ocorrência de um fato gerador.
É o caso do Imposto Extraordinário de Guerra que seja instituído pela União e tenha fato 
gerador de um imposto de competência da própria União já delimitado na Constituição vigente. 
Se durante a guerra externa ou na sua iminência a União instituir o IEG e destacar que o seu 
fato gerador será o auferimento de rendas, identificaremos a cobrança de IEG e de Imposto 
sobre a Renda por só um ente.
Atualmente, o bis in idem no Brasil é representado por meio da instituição pela União do 
Imposto sobre a Renda – IR e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, que devem 
ser pagos pela pessoa jurídica quando da apuração de lucro.
Atente-se, no caso, a um olhar multidisciplinar sobre o tema e lembre-se do estudo de 
Contabilidade em que você aprende a elaborar uma Demonstração de Resultado do Exercício – 
DRE. Ali, em que se apura o lucro líquido contábil da empresa e, antes de apurar o lucro líquido 
do exercício, calcula-se o IRPJ e a CSLL devidas.
Ocorre que o legislador ordinário não pode indiscriminadamente instituir tributos que incor-
ram em bis in idem.
A própria Constituição, ao dispor sobre a competência residual, destacou que esses tribu-
tos, respectivamente, não podem ter o fato gerador ou base de cálculo de outros impostos ou 
de outras contribuições para a seguridade social já existentes.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
011. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-3ª REGIÃO/2014) A Constituição Federal veda ex-
pressamente a bitributação e o “bis in idem”. Sobre este tema,
a) não existe vedação de incidência sobre um mesmo fato gerador de dois tributos de espécies 
diferentes, como taxa e imposto, tendo em vista que a taxa é tributo vinculado a uma prévia 
atividade estatal, enquanto o imposto é tributo não vinculado.
b) a vedação se restringe apenas às taxas entre si, tendo em vista que sobre um mesmo servi-
ço não podem incidir duas ou mais taxas diferentes.
c) a vedação não alcança os impostos residuais, de competência da União, que poderão ter, 
por disposição expressa, base de cálculo ou fato gerador próprio dos impostos já discrimina-
dos na Constituição Federal.
d) a vedação alcança os impostos extraordinários, que não poderão ter base de cálculo ou fato 
gerador próprio de impostos já discriminados na Constituição Federal, ainda que de competên-
cia de outro ente federado, diferente daquele que o esteja instituindo.
e) a vedação não alcança, via de regra, as contribuições sociais, que podem ter mesmo fato 
gerador de imposto, tendo em vista que as contribuições sociais têm destinação necessá-
ria do produto da arrecadação, o que importa em distinção na materialidade relativamente 
ao imposto.
a, b) Erradas. De acordo com o CTN, art. 77, parágrafo único, a taxa não pode ter fato gerador 
idêntico ao dos impostos.
c) Errada. Os impostos residuais estão previstos no inc. I do art. 154 da CF/88. Esse dispositivo 
prevê expressamente que esses impostos não podem ter o mesmo fato gerador nem base de 
cálculo de impostos já previstos na Constituição:
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Art. 154. A União poderá instituir:
I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumu-
lativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
d) Errada. Por intermédio do inc. II, art. 154, CF/88, o legislador constituinte autoriza a insti-
tuição de IEG, o qual pode ter base de cálculo e gerador próprio de impostos já previstos na 
Constituição:
Art. 154. A União poderá instituir:
...
II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em 
sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua 
criação.
e) Certa. Tendo em vista que a CF/88 não vedou expressamente o bis in idem de forma genéri-
ca, a doutrina e jurisprudência admite-o no ordenamento jurídico brasileiro. Como visto na teo-
ria, o bis in idem no Brasil é representado por meio da instituição pela União do Imposto sobre 
a Renda – IR e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, que devem ser pagos pela 
pessoa jurídica quando da apuração de lucro.
Lembre-se, ainda, da aula de espécies tributárias, em que vimos que a destinação das contri-
buições especiais é determinante para a sua natureza jurídica tributária, podendo haver coinci-
dência entre o seu fato gerador e de outras espécies tributárias.
Letra e.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 69, STF: A Constituição Estadual não pode estabelecer limite para o aumento 
de tributos municipais.
Seguem trechos de julgados já cobrados pela Esaf relacionados à competência tributária:
“Ação direta de inconstitucionalidade. Lei n. 8.366, de 7 de julho de 2006, do Estado do 
Espírito Santo. Lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem apena-
dos e egressos. Matéria de índole tributária e não orçamentária.” (ADI 3.809, Rel. Min. 
Eros Grau, julgamento em 14-6-2007, Plenário, DJ de 14-9-2007.).
***
“Os institutos da imunidade e da isenção tributária não se confundem. É perfeitamente 
possível ao Estado conceder, mediante lei, isenção detributo de sua competência, visto 
que está atuando nos limites de sua autonomia. Enquanto não editada a lei a que se 
refere o § 21 do art. 40 da CF/1988, vigem os diplomas estaduais que regem a matéria, 
que só serão suspensos se, e no que, forem contrários à lei complementar nacional (CF, 
art. 24, § 3º e § 4º).” (SS 3.679-AgR, Rel. Min. Presidente Gilmar Mendes, julgamento em 
4-2-2010, Plenário, DJE de 26-2-2010.)
Segue decisão proferida em 2020 pelo STJ a respeito da competência tributária:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO N. 
3 DO STJ. CONTRIBUIÇÕES DEVIDAS AO INCRA E SEBRAE. ILEGITIMIDADE PASSIVA DAS 
REFERIDAS ENTIDADES. PRECEDENTE DA PRIMEIRA SEÇÃO DO STJ. ERESP 1.619.954/SC.
1. Rejeito o pedido de suspensão do feito, eis que o presente recurso especial não discute 
o mérito da questão de fundo cuja repercussão geral foi reconhecida pelo STF nos temas 
495 e 325, antes, trata apenas da legitimidade passiva das entidades destinatárias das 
contribuições devidas a terceiros em ações onde se pretende a discussão da exigibili-
dade de tais contribuições e a respectiva restituição de valores indevidos.
2. A Primeira Seção desta Corte, nos autos do ERESP 1.619.954, firmou entendimento 
no sentido de que não se verifica a legitimidade dos serviços sociais autônomos para 
constarem no polo passivo de ações judiciais em que são partes o contribuinte e o/a 
INSS/União Federal e nas quais se discutem a relação jurídico-tributária e a repetição de 
indébito, porquanto aqueles (os serviços sociais) são meros destinatários de subvenção 
econômica. (ERESp 1.619.954, Rel. Min. Gurgel de Faria, Primeira Seção, DJe 16.4.2019). 
3. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp 1540048/SC, Rel. Ministro MAURO CAM-
PBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/02/2020, DJe 10/02/2020)
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Doutrina Selecionada
“A competência tributária de cada ente político é estabelecida taxativamente pela Cons-
tituição da República em seus arts. 145 a 149-A. As possibilidades de tributação são, 
portanto, numerus clausus.
Assim é que só poderão ser instituídos tributos que possam ser reconduzidos a uma das 
normas concessivas de competência tributária, sob pena de inconstitucionalidade.
O exercício, por um ente político, de competência concedida constitucionalmente a outro 
implica invasão de competência. Cada qual deve se circunscrever à competência que lhe 
foi outorgada, não podendo extrapolá-la.” (Leandro Paulsen, Curso de Direito Tributário, p. 
51, 5ª ed., Editora Livraria do Advogado)
...
“Só a pessoa jurídica de direito público que exercita a atividade estatal específica pode 
instituir o tributo vinculado a essa atividade. A competência tributária, assim, é priva-
tiva do ente estatal que exercita a atividade respectiva. Indicar-se como de competência 
comum os tributos vinculados não nos parece adequado. Preferimos dizer que esses 
tributos são privativos de quem exerce a atividade estatal a que se ligam, sendo a com-
petência para o exercício dessa atividade estatal matéria estranha ao direito tributário.” 
(Hugo de Brito Machado, Curso de Direito Tributário, p. 301, 34ed. Malheiros Editores)
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
RESUMO
Competência Tributária
1. Conceito de Competência Tributária
A CF/88 não institui o tributo.
Em resumo, a competência tributária é:
• Imprescritível/Incaducável: a CF/88 não prevê prazo para exercício da competência 
pelo ente, podendo esta ser exercida a qualquer tempo.
• Irrenunciável: o ente constitucionalmente competente para instituir tributo não pode re-
nunciar a respectiva competência.
• Indelegável: o ente que tem a competência outorgada pela Constituição Federal não 
pode concedê-la a outro.
• Inalterável: os entes federativos não podem alterar a competência tributária prevista na CF/88.
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Capacidade Tributária Ativa
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Classificação da Competência Tributária
Competência Privativa
COMPETÊNCIA PRIVATIVA
União Estados/DF Municípios/DF
II ITCMD IPTU
IE ICMS ITBI
IR IPVA ISSQN
IPI
Contribuições previdenciárias 
para custeio do RPPS
Contribuições previdenciárias 
para custeio do RPPS
IOF COSIP
ITR
IGF
Impostos residuais
IEG
Empréstimos compulsórios
Contribuições especiais, 
salvo COSIP
Contribuições residuais
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Competência Comum
Competência Cumulativa
Competência Residual
IMPOSTOS RESIDUAIS CONTRIBUIÇÕES RESIDUAIS
Competência da UNIÃO
Instituição por LC
Não cumulativos
Não podem ter FG de outros IMPOSTOS da CF/88 Não podem ter FG de outras CONTRIBUIÇÕES da CF/88
Não podem ter BC de outros IMPOSTOS da CF/88 Não podem ter BC de outras CONTRIBUIÇÕES da CF/88
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Competência Extraordinária
Bis In Idem x Bitributação
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Competência Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
QUESTÕES COMENTADAS EM AULA
001. (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE-RR/2008) Julgue o item seguinte, que trata do 
poder de tributar e de estabelecer normas em matéria tributária.
A competência tributária abrange o poder de legislar plenamente, incluindo-se o estabeleci-
mento de normas gerais em matéria tributária, desde que não existam normas gerais impostas 
pela União sobre a mesma matéria.
002. (ESAF/AUDITOR-FISCAL/RFB/2002) Assinale a alternativa incorreta:
a) No âmbito da legislação concorrente, a competência

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