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Aula-01-Direito-Tributario-ICMS-RJ-Competência-Tributaria-e-Capacidade-Tributaria-Ativa

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Aula 01 
Curso: Direito Tributário p/ ICMS RJ 
Professor: Juliana Migowski 
Curso: Direito Tributário p/ ICMS RJ 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.ª. Juliana Migowski - Aula 01 
 
Prof.ª. Juliana Migowski 2 de 48 
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Assunto Página 
1- Competência Tributária e Capacidade Tributária Ativa 3 
2- Classificação da Competência Tributária 8 
3- Princípios Constitucionais Tributários 13 
4- Questões Comentadas 23 
5- Lista de Exercícios 38 
6- Gabarito 48 
 
 
Olá, amigos! 
 
Em nosso segundo encontro trataremos de Competência Tributária, 
Capacidade Tributária Ativa, Classificação da Competência Tributária e 
Princípios Constitucionais Tributários, temas muito recorrentes em provas. 
Permanecemos firmes no propósito de entregar um material enxuto, 
com a máxima objetividade, mas com todas as informações necessárias para 
que você faça uma excelente prova. Não esqueçam: qualquer dúvida, estarei à 
disposição no fórum! 
 
“Os preguiçosos têm sempre vontade de fazer alguma coisa” 
(Marquês Luc de Clapiers Vauvenargues) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 01 – Competência Tributária e Capacidade Tributária Ativa; 
Classificação da Competência Tributária e Princípios Constitucionais 
Tributários 
Curso: Direito Tributário p/ ICMS RJ 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.ª. Juliana Migowski - Aula 01 
 
Prof.ª. Juliana Migowski 3 de 48 
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A Constituição Federal determina os tributos que cada ente da 
Federação poderá instituir. Essa distribuição de competências é fundamental 
para garantir a forma federativa na medida em que atribui fontes próprias de 
arrecadação aos estados, DF e municípios. Vejamos abaixo a definição de 
Competência Tributária. 
 
• “Poder atribuído pela CF a um ente político para instituir determinado 
tributo”: 
A Constituição não cria tributos, apenas estabelece competências 
para que União, estados, DF e município o façam. Por isso, a competência 
tributária é considerada uma competência legislativa, pois é uma poder 
atribuído aos entes para editarem leis criando tributos. Um exemplo que ajuda 
a entender bem essa situação é o do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). A 
CF/88 estabeleceu a competência da União para criá-lo, mas nunca foi editada 
lei instituindo esse tributo. Assim, embora previsto não Constituição, até hoje 
sua criação não foi realizada. 
 
Competência 
Tributária
é o poder:
indelegável
irrenunciável
facultativo
imprescritível
intransferível
atribuído pela Constituição a um ente político
para instituir determinado tributo
Constituição 
Federal
• Outorga
competência 
tributária
Leis
• Criam tributos
1- Competência Tributária e Capacidade Tributária Ativa 
 
Curso: Direito Tributário p/ ICMS RJ 
Teoria e Questões comentadas 
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É importante destacar que a legislação infraconstitucional não pode 
ampliar as possibilidades de instituição de tributos – a competência tributária 
somente é prevista na Constituição Federal. 
 
• “Poder indelegável e imprescritível”: 
Não pode haver delegação da competência tributária, nem pode 
ela ser assumida por outro ente em caso de inércia do Poder Público 
competente para instituir determinado tributo, conforme o art. 8º do CTN: “O 
não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de 
direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.” Em 
razão dessa determinação a competência tributária é considerada 
imprescritível. 
 
• “Poder facultativo”: 
Também é importante ressaltar a facultatividade do exercício da 
competência tributária. Embora a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 
101/2000) determine que a instituição de todos os tributos é requisito de 
responsabilidade na gestão fiscal, não há mecanismos efetivos de 
obrigatoriedade. Parte da doutrina entende que o referido dispositivo legal 
tem, em verdade, o intuito de estimular a instituição dos tributos 
economicamente viáveis. Outros estudiosos do Direito o consideram, 
simplesmente, inconstitucional. Não se preocupe com essa polêmica, pois para 
sua prova o importante é levar o entendimento de que a competência 
tributária é um poder de exercício facultativo. 
 
• “Poder irrenunciável”: 
Embora de exercício facultativo, a competência tributária é um 
poder irrenunciável, o que decorre do princípio da indisponibilidade do 
interesse público. Assim, mesmo trinta anos após a edição da Constituição 
Federal, a União ainda terá o poder de criar o IGF. O não exercício não 
significa (não pode significar) renúncia a esse poder. Além disso, a 
competência tributária não pode ser diminuída ou aumentada pela vontade de 
um ente político. 
 
1.1– CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA 
O ente que institui determinado tributo exerce, em princípio, a 
capacidade tributária ativa, atribuição administrativa de fazer com que a lei 
instituidora do tributo seja executada. 
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Contudo, ao contrário do que ocorre com a competência, a capacidade 
tributária ativa pode ser delegada a pessoas jurídicas de direito público 
interno, o que inclui, além dos entes, as autarquias e fundações públicas. 
Perceba que não há possibilidade de delegação a entidades de Direito Privado 
como empresas públicas ou sociedades de economia mista. A delegação não 
altera em nada a competência e quaisquer modificações legislativas sobre o 
tributo, como alterações de alíquotas e base de cálculo, devem ser realizadas 
pelo ente instituidor. Assim determina o art. 7º do CTN: 
“A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de 
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou 
decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma 
pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 
18 da Constituição.” 
O §1º do art. 7º determina que a delegação da capacidade tributária 
ativa outorga à entidade delegatária todas as garantias e privilégios 
processuais da pessoa política delegante, como prazos maiores para recorrer 
ou apresentar contestação. No § 2º está prevista a possibilidade de ser 
revogada a delegação, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica 
que a tenha conferido. 
 (FCC / AFR SP / 2009) A respeito da competência 
tributária, considere: 
I. A competência tributária é o poder, conferido a determinado ente político, 
por lei complementar específica, para aumentar tributos. 
II. A competência tributária é indelegável. Porém, as funções de arrecadar ou 
fiscalizar os tributos ou de executar leis, serviços, atos ou decisões 
administrativas em matéria tributária podem ser delegadas por uma pessoa 
jurídica de Direito Público a outra. 
III. A competência tributária, que compreende a competência legislativa e a 
capacidade tributária, é delegável. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
Capacidade 
Tributária Ativa
é o poder de:
cobrar
exigir
fiscalizar o tributo
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b) II. 
c) III. 
d) I e II. 
e) I e III. 
Comentários 
Item I – Incorreto, pois a competência tributária é o poder conferido pela 
Constituição Federal aos entes políticos para que instituam os tributos nela 
previstos por meio de leis. 
Item II – Correto, conforme CTN, art. 7º, caput. 
Item III – Incorreto, pois a competência tributária é indelegável. Já a 
capacidade tributária ativa é, de fato, delegável. Gabarito: B 
 
O esquema abaixo ajuda a visualizar as principais diferenças entre capacidade 
tributária ativa e competência tributária. 
 
 
Finalmente, é importante que vocênão confunda capacidade 
tributária com a função de arrecadar tributos, geralmente 
atribuída a entidades de direito privado, como as instituições bancárias 
e casas lotéricas. Trata-se de mero recebimento dos pagamentos 
efetuados pelos contribuintes para repasse ao Poder Público. Portanto, o 
arrecadador não tem ingerência na relação jurídico-tributária. 
COMPETÊNCIA 
TRIBUTÁRIA
Poder de instituir tributos
Atribuição legislativa
Poder indelegável 
(por ação ou omissão)
Conferida a um ente político
(União, estados, DF e municípios)
CAPACIDADE 
TRIBUTÁRIA ATIVA
Poder de exigir / administrar
tributos
Atribuição administrativa
Poder delegável
Exercida por pessoa jurídica de 
direito público 
(União, Estados, DF, Municípios, 
autarquias e fundações)
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1.2 – PARAFISCALIDADE 
Pode a lei que delegar a capacidade tributária ativa à determinada 
pessoa jurídica de direito público determinar que a delegatária fique 
com os recursos por ela arrecadados. Nessa situação estará presente o 
fenômeno conhecido como parafiscalidade. Esquematicamente, 
podemos entender assim: 
 
 
 
1.3 – COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO 
TRIBUTÁRIO 
O art. 24, I, da CF estabelece que compete à União, aos Estados e 
ao DF legislar concorrentemente em matéria tributária. Fique atento (a) 
para não confundir competência tributária – poder para instituir tributos 
- com competência para legislar sobre direito tributário - poder de 
estipular normas gerais sobre Direito Tributário. 
Pela redação constitucional, o poder de estipular normas gerais 
deve ser exercido pela União e, de maneira suplementar, pelos estados 
e DF. Além disso, em caso de omissão da União, os estados e DF 
exercem função legislativa plena. Nessa situação, sobrevindo lei da 
União sobre o tema, prevalece a norma nacional no que for 
incompatível com a estadual. 
Capacidade
Tributária 
Ativa
Somente pode ser exercida por Pessoas 
Jurídicas de Direito Público: União, Estados, 
DF, Municípios e respectivas autarquias ou 
fundações
Arrecadação
de Tributos
Função pode ser desempenhada por Pessoas 
Jurídicas de Direito Privado, como bancos e 
casas lotéricas
Delegação da 
capacidade tributária 
ativa
Determinação legal
para que delegatária 
fique com os recursos
arrecadados
Parafiscalidade
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A doutrina classifica a competência tributária da seguinte forma: 
 
1) Competência Comum: Pode ser exercida por todos os entes 
(União, estados, DF e municípios) de acordo com suas atribuições. 
Engloba taxas e contribuições de melhoria – tributos 
contraprestacionais – além das contribuições previdenciárias 
cobradas por cada ente de seus respectivos servidores. 
 
2) Competência Privativa: Somente pode ser exercida por um dos 
entes da Federação. Para cada um deles – União, estados, DF e 
municípios - há tributos que só podem ser criados especificamente 
por eles, conforme a tabela a seguir. 
Competência para legislar sobre
Direito Tributário
Poder de estabelecer 
normas gerais
em matéria tributária
Atribuição Legislativa
Em caso de omissão da 
União, estados exercem
função legislativa plena
Competência tributária 
(segundo doutrina)
Comum Privativa Cumulativa Residual Extraordinária
2- Classificação da Competência Tributária 
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* Exceto contribuições para custeio do sistema previdenciários dos servidores e COSIP 
 
3) Competência Cumulativa: Ocorre quando determinado ente 
acumula competências que, normalmente, seriam de outra 
esfera. Isso acontece em duas situações: 
i) Criação de Territórios Federais: a União acumula os 
impostos estaduais e, se não houver divisão em municípios, os 
impostos municipais; 
ii) DF acumula impostos que seriam municipais (ISS, IPTU e 
ITBI). 
 
União
• Empréstimos 
Compulsórios
• CIDE
(Contribuição de 
Intervenção no Domínio 
Econômico)
• Contribuições
Sociais*
• II
(Imposto de Importação)
• IE
(Imposto de Exportação)
• IR
(Imposto sobre a renda e 
proventos de qualquer 
natureza)
• IPI
(Imposto sobre Produtos 
Industrializados)
• IOF
(Imposto sobre 
operações de crédito, 
câmbio e seguro, ou 
relativas a títulos e 
valores mobiliários)
• ITR 
(Imposto sobre 
Propriedade Territorial 
Rural)
• IGF
(Imposto sobre Grandes 
Fortunas)
Estados e DF
• ITCMD
(Imposto sobre 
transmissão causa mortis 
e doação, de quaisquer 
bens ou direitos)
• ICMS
(Imposto sobre 
operações relativas à 
circulação de 
mercadorias e sobre a 
de serviços de 
transporte interestadual 
e intermunicipal e de 
comunicações)
• IPVA
(Imposto sobre a 
propriedade de veículos 
automotores)
DF e Municípios
• IPTU
(Imposto sobre a 
propriedade predial e 
territorial urbana)
• ITBI
(Imposto sobre a 
transmissão intervivos, 
por ato oneroso, de bens 
imóveis e de direitos 
reais sobre imóveis, 
exceto os de garantia, 
bem como cessão de 
direitos à sua aquisição)
• ISS
(Imposto sobre serviços 
de qualquer natureza, 
definidos em lei 
complementar)
• COSIP
(Contribuição para o 
Custeio do Serviço de 
Iluminação Pública)
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4) Competência Residual: Poder da União de criar novos impostos 
e contribuições da seguridade social além dos casos previstos na 
Constituição, devendo respeitar os seguintes requisitos: 
 
 
 O STF entende que a necessidade de inovação do fato gerador 
e base de cálculo relativos à contribuição da seguridade social residual deve 
ser analisada somente em relação às demais contribuições da seguridade 
social, não havendo impedimento para que sejam semelhantes a de impostos. 
 
5) Competência Extraordinária: Poder da União para instituir novo 
imposto em caso de guerra ou sua iminência. Não há requisitos 
relativos à sua estrutura, podendo ter qualquer fato gerador, 
inclusive o mesmo de outro imposto já existente. De acordo com o 
art. 154, II, da CF, deve ser gradativamente extinto cessadas as 
causas de sua criação. 
 
 
Nesse ponto é interessante fazermos uma comparação entre impostos 
extraordinários de guerra e empréstimos compulsórios, já que ambos podem 
ser criados em caso de guerra externa ou sua iminência. 
 
REQUISITOS para o 
exercício da 
competência residual
Instituição por Lei Complementar
Inovação quanto ao fato gerador e base de 
cálculo 
Respeito ao princípio da não cumulatividade
IMPOSTO 
EXTRAORDINÁRIO 
DE GUERRA
Compete à União
Lei Ordinária
Pode ser cumulativo
Qualquer Fato Gerador ou Base de 
Cálculo
Deve ser provisório
Pode ser cobrado de imediato
(exceção à Anterioridade)
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O quadro abaixo resume aspectos importantes sobre a classificação da 
competência tributária. 
Competência Comum Privativa Cumulativa Residual Extraordinária 
União 
 
 
Taxas 
 
 
Contribuições 
de Melhoria 
 
 
Contribuição 
Previdenciária 
(servidores 
respectivos) 
 
II, IE, IPI, 
IOF, IR, 
ITR, IGF 
Em 
Territórios 
Federais 
acumula 
impostos 
estaduais e, 
não havendo 
municípios, 
impostos 
municipais 
Novos 
impostos e 
contribuições 
da 
seguridade 
social 
 
Novos impostos 
em caso de 
guerra ou sua 
iminência – 
Impostos 
Extraordinários 
de Guerra. 
Estados 
ICMS, 
IPVA,ITDC 
 
DF 
Idem a 
Estados 
Acumula 
impostos 
municipais 
(ISS, IPTU e 
ITBI) 
 
Municípios 
ISS, IPTU, 
ITBI 
 
 
 
 (FCC / AFR SP / 2009) Em relação à competência 
tributária, cabe 
a) à União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; 
II) propriedade territorial rural; III) doação de quaisquer bens e direitos. 
IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO
• Não respeita anterioridade anual e 
nonagesimal
• Temporário
• Pode ser instituído por lei 
ordinária
• Não há necessidade de devolução
• União pode usar recursos 
arrecadados com qualquer
despesa pública
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
(em caso de guerra)
• Não respeita anterioridade anual e 
nonagesimal
• Temporário
• Deve ser instituído por lei
complementar
• Necessário devolver recursos 
arrecadados
• Receita de arrecadação 
vinculada
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b) aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I) transmissão 
causa mortis; II) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação; III) propriedade de veículos de qualquer natureza. 
c) aos Municípios instituir impostos sobre: I) propriedade territorial urbana e 
rural; II) serviços de qualquer natureza não compreendidos na competência 
tributária dos Estados, definidos em lei complementar; III) doação de 
quaisquer bens e direitos. 
d) aos Estados instituir impostos sobre: I) propriedade predial territorial e 
urbana; II) transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso ou 
gratuito de quaisquer bens e direitos; III) serviços de qualquer natureza. 
e) à União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; 
II) propriedade territorial rural; III) os impostos estaduais em território 
Federal e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os 
impostos municipais. 
Comentários 
A CF/88 estabeleceu competência privativa para instituição de impostos, 
determinando quais deles cada ente da Federação pode criar nos arts. 153, 
155 e 156. A questão exige apenas a literalidade dessa distribuição de 
competências. Vejamos os erros das alternativas. 
Alternativa A – Imposto relativo à doação de quaisquer bens e direitos (ITCD) 
é de competência dos estados e DF. 
Alternativa B – O candidato menos atendo poderia marcar essa opção, mas o 
IPVA, de competência dos estados, incide sobre veículos automotores e não 
veículos de qualquer natureza. 
Alternativa C – Há dois erros. Aos municípios cabe o Imposto sobre 
propriedade territorial urbana, mas o ITR, sobre propriedade territorial rural, 
cabe à União. O ITDC é de competência dos estados. 
Alternativa D – Todos os impostos apresentados são de competência municipal 
e do DF, não dos estados. 
Alternativa E – Correta. II e ITR são de competência privativa da União. 
Impostos estaduais em territórios federais, além de municipais, quando não 
forem divididos em municípios, são de competência cumulativa da União, 
prevista no art. 147 da CF. Gabarito: E 
 
2.1 – BITRIBUTAÇÃO E BIS IN IDEM 
Esses dois conceitos estão relacionados ao conteúdo sobre competência 
tributária e são de grande importância em nosso estudo. 
Bis in idem Ocorre quando o mesmo ente tributante exige 
diferentes tributos do mesmo contribuinte com base no mesmo fato gerador. 
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Em princípio, não é inconstitucional. Um exemplo é o caso da tributação do 
lucro pela União com o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e com a 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). 
Bitributação Ocorre quando entes tributantes diversos exigem 
tributos do mesmo contribuinte com base no mesmo fato gerador. É vedada 
em nosso ordenamento jurídico, o que é consequência do próprio regime 
constitucional de distribuição de competências. No entanto, a Constituição 
admite bitributação nos casos do empréstimo compulsório e do imposto 
extraordinário em caso de guerra externa ou sua iminência, cujos fatos 
geradores podem estar compreendidos ou não na competência tributária da 
União. 
Outro caso apontado pela doutrina em que pode haver legítima 
bitributação é aquele que envolve países diferentes, especialmente no que se 
refere à tributação da renda. Quando um brasileiro recebe rendimentos por 
um trabalho realizado no exterior pode ser que os dois países relacionados 
cobrem imposto de renda, exceto se houver um tratado internacional entre 
eles regulando esta situação. 
 
 
A Constituição Federal estabelece as competências tributárias, mas 
também impõe uma série de limitações ao poder de tributar. Os Princípios 
Constitucionais Tributários são as principais ferramentas de proteção aos 
contribuintes. 
 
3.1 – Princípio da legalidade 
Este princípio está relacionado ao preceito maior de que ninguém é obrigado a 
fazer ou deixar de fazer em algo senão em virtude de lei (CF, art. 5º, II). Ele 
está previsto na CF, art. 150, I, e determina o seguinte: 
Bis in idem
Mesmo ente tributante
cobra tributos sobre 
mesmo fato gerador
Não é inconstitucional
Ex: IRPJ e CSLL
Bitributação
Entes tributantes 
diversos cobram tributos 
sobre mesmo fato gerador
Inconstitucional (em 
regra)
Exceções - CF permite: 
empréstimo compulsório e 
IEG
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A Constituição Federal determina explicitamente a necessidade de 
previsão legal para instituição e majoração de tributos, porém o preceito 
também é aplicado em relação à sua redução devido ao princípio da separação 
dos poderes. Se ao Legislativo cabe criar e fixar o valor de cobrança dos 
tributos, uma modificação posterior desse valor deve ocorrer por ato do 
mesmo Poder. 
 A possibilidade de alteração das alíquotas de II, IE, IOF e IPI e de 
redução ou restabelecimento das alíquotas da CIDE-Combustíveis pelo Poder 
Executivo justifica-se pelo caráter extrafiscal desses tributos. Para que os 
administradores possam utilizá-los como instrumentos de controle da 
economia, a Constituição Federal concedeu esse poder ao Executivo. As 
modificações podem ser feitas, por exemplo, por decreto presidencial. Os 
limites e condições dessas alterações devem ser fixados em lei. 
 No caso do ICMS monofásico sobre combustíveis, as alíquotas são 
definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, conforme 
previsto na CF, art. 177, § 1º, I, b. 
 
 
 
3.2 - Princípio da irretroatividade 
É vedado aos entes da Federação cobrar tributos em relação a fatos 
geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado (CF, art. 150, III, a). Visa garantir a segurança 
jurídica dos contribuintes. 
 
 
 
INSTITUIR, MAJORAR e REDUZIR tributos somente mediante lei..
Exceções:
Alíquotas
Alteração: II, IE, IOF, 
IPI 
Definição: ICMS 
monofásico sobre 
combustíveis
Redução e 
restabelecimento: 
CIDE-Combustíveis
Atenção! Perceba que não há exceção ao princípio da legalidade no 
que se refere à criação de impostos. As exceções referem-se, somente, 
à sua majoração e redução. 
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3.3 – Princípio da anterioridade 
Também conhecido como princípio da não surpresa, está previsto na CF, 
art. 150, III, “b” e “c”, e divide-se em: 
• Anterioridade anual: Proíbe a cobrança do tributo no mesmo 
ano da publicação da lei que o instituir ou majorar. 
 
• Anterioridade nonagesimal:Publicação da lei que instituir ou 
aumentar tributo deve ser feita pelo menos 90 dias antes de sua 
exigência. 
Quando a surpresa for vantajosa para o contribuinte, como a redução 
ou extinção de um tributo, não há que se falar no princípio da anterioridade, 
podendo produzir efeitos imediatos. 
Em regra, os tributos submetem-se a ambos os tipos de anterioridade, 
mas há exceções para cada um deles. Vejamos no quadro abaixo. 
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE 
Anual Nonagesimal 
II, IE, IPI, IOF II, IE, IOF 
Imposto Extraordinário de Guerra Imposto Extraordinário de Guerra 
Empréstimos Compulsórios 
(casos de guerra / calamidade pública) 
Empréstimos Compulsórios 
(casos de guerra / calamidade pública) 
Contribuição para Seguridade Social IR 
ICMS Monofásico 
(restabelecimento de alíquotas) 
Base de Cálculo - IPVA 
CIDE-Combustíveis 
(restabelecimento de alíquotas) 
Base de Cálculo - IPTU 
Perceba que em relação ao IPVA e IPTU a exceção refere-se somente à 
base de cálculo, pois as Fazendas Estaduais e Municipais costumam realizar a 
revisão dos valores dos automóveis e imóveis ao final do ano. 
É muito importante decorar as informações do quadro acima, pois esse 
assunto costuma ser bastante cobrado em provas. Para facilitar a 
memorização, é interessante buscar o sentido dessas exceções. No caso dos 
impostos – II, IE, IOF, IPI -, por exemplo, a ressalva justifica-se pelo caráter 
extrafiscal deles. Note que as alterações em relação ao IPI devem respeitar a 
anterioridade nonagesimal. 
Mais um esquema para facilitar a assimilação: 
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Exceções à 
anterioridade anual 
e nonagesimal 
(podem ser exigidos 
imediatamente) 
• II 
• IE 
• IOF 
• Empréstimo Compulsório 
(guerra / calamidade) 
• IEG (Imposto Extraordinário de Guerra) 
Exceções somente à 
anterioridade 
nonagesimal 
(devem respeitar anual) 
• IR 
• Base de Cálculo IPVA 
• Base de Cálculo IPTU 
Exceções somente à 
anterioridade anual 
(devem respeitar nonagesimal) 
• IPI 
• Contribuições para Seguridade Social 
• ICMS Monofásico 
• CIDE-Combustíveis 
 (FCC / Agente Legislativo SP / 2010) Submete-se 
integralmente aos princípios da legalidade, anterioridade anual e anterioridade 
nonagesimal o imposto sobre 
a) os produtos industrializados 
b) a renda e proventos de qualquer natureza 
c) a transmissão de bens causa mortis e doação 
d) a propriedade de veículos automotores 
e) a propriedade territorial urbana 
 
Comentários 
Alternativa A – O IPI é exceção aos princípios da anterioridade anual e da 
legalidade, pois o Poder Executivo pode alterar suas alíquotas, atendidas as 
condições e limites estabelecidos em lei, conforme CF, art. 153, § 1º. 
Alternativa B – O IR é exceção à anterioridade nonagesimal. 
Alternativa C – O ITCMD submete-se integralmente aos três princípios 
mencionados. 
Alternativa D – A alteração da base de cálculo do IPVA é exceção à 
anterioridade nonagesimal. 
Alternativa D – A alteração da base de cálculo do IPTU é exceção à 
anterioridade nonagesimal. Gabarito: C 
 
 
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• Anterioridade e Medida Provisória 
A Constituição Federal permite a adoção de medida provisória em 
matéria tributária, exceto nas hipóteses em que se exige lei complementar. 
Normalmente, nos casos de instituição ou majoração de tributos por MP será 
utilizada a data de sua publicação como referência para o princípio da 
anterioridade. 
Contudo, o art. 62, § 2º da CF/88 traz uma regra especial: a medida 
provisória que crie ou majore impostos, exceto II, IE, IPI, IOF e IEG, só 
produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em 
lei até o último dia daquele em que foi editada. Portanto, nesses casos, a 
anterioridade anual terá por referência inicial a publicação da lei de 
conversão da medida provisória. As exceções relativas a II, IE, IPI, IOF e 
IEG significam que a MP que os instituir ou majorar produz efeitos imediatos. 
 
• Anterioridade x Anualidade 
Volta e meia as bancas tentam fazer uma pegadinha com o Princípio 
da Anualidade, que não está mais em vigor. Este princípio, que não se 
confunde com o da anterioridade, determinava que a criação e majoração de 
tributos deviam estar previstas na Lei Orçamentária para poderem ser 
cobradas no ano seguinte. 
 
3.4 – Princípio do não confisco 
Decorrência da garantia à propriedade privada, prevista no art. 5º, XXII 
e XXIII da CF, o CTN determina a proibição de utilizar tributo com efeito de 
confisco no art. 150, IV. Não há um parâmetro pré-determinado do que seria 
um tributo confiscatório. Tal análise é feita pelo Poder Judiciário, caso a caso, 
quando provocado por algum contribuinte. 
Entende o STF que a identificação do efeito confiscatório deve ser feita 
em função da totalidade da carga tributária, mediante verificação da 
capacidade de que dispõe o contribuinte para suportar a incidência de todos os 
tributos que deverá pagar, dentro de um determinado período, à mesma 
pessoa política que os houver instituído. O princípio do não confisco não deve 
ser confundido com impenhorabilidade dos bens do devedor, pois assim não 
haveria garantias aos credores. 
 
3.5 – Princípio da não limitação ao tráfego 
Previsto no art. 150, V, da CF, esse princípio proíbe que tributos 
intermunicipais e interestaduais estabeleçam limitações ao tráfego de pessoas 
ou bens, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias 
conservadas pelo Poder Público. Não se está impedindo a existência de 
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tributos sobre a circulação, como é o caso do ICMS em relação a mercadorias 
e serviços, mas é exigida razoabilidade na tributação. Com relação à ressalva, 
devemos lembrar que, atualmente, ela não se justifica, já que a cobrança de 
pedágio ocorre pelo regime de tarifa, que não é tributo. Ainda assim, por 
óbvio, os valores do pedágio não podem ser abusivos para não ferir a garantia 
da liberdade de locomoção (art. 5º, XV, CF/88). 
 
3.6 - Princípio da isonomia 
O art. 150, II, proíbe que se estabeleça tratamento desigual entre 
contribuintes que se encontrem em situações equivalentes, vedada 
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles 
exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, 
títulos ou direitos. A forma de concretização desse princípio depende do 
caráter vinculado ou não vinculado dos tributos: 
 
 Assim, contribuintes igualmente beneficiados por um determinado 
serviço público pagarão o mesmo valor relativo a taxas, de modo que a 
isonomia seja garantida. Já em relação a impostos, que são tributos não 
contraprestacionais, esse princípio concretiza-se pela aferição da capacidade 
contributiva: arcarão com a mesma carga tributária contribuintes que 
manifestarem a mesma condição de contribuir, seja por meio da renda 
(imposto de renda) ou de bens (ex: IPVA). 
 
• Capacidade contributiva x pessoalidade x progressividade 
 Como vimos, a capacidade contributiva é o critério que permite a 
concretização do princípio da isonomia no caso dos impostos. Tal conduta 
decorre da seguinte previsão constitucional: 
“Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.” (CF, 
art. 145, §1º) 
Em primeirolugar é preciso que nos lembremos da distinção entre 
impostos reais – aqueles que consideram, essencialmente, características 
PRINCÍPIO
DA ISONOMIA
Tributos vinculados
(taxa / contribuição de 
melhoria)
Critério da 
contraprestação
(ou custo-benefício)
Tributos não 
vinculados
(impostos)
Critério da capacidade 
contributiva
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objetivas do bem ou evento relacionado à cobrança tributária, como o ICMS - 
e impostos pessoais – que levam em conta aspectos subjetivos do fenômeno 
tributário, como o IR. 
Pois bem, devido à redação não muito clara do dispositivo constitucional 
acima citado, sempre houve muita confusão na doutrina e na jurisprudência a 
respeito dos conceitos de pessoalidade e capacidade contributiva. Muitas vezes 
entendeu-se que somente impostos de caráter pessoal estariam sujeitos ao 
princípio da capacidade contributiva, mas esse não é o entendimento que vem 
se consolidando no STF. A capacidade contributiva é a própria essência de 
qualquer imposto, pois é justamente algum evento de demonstração dessa 
capacidade a origem do fato gerador dos impostos. Conclusão: alguns 
impostos terão caráter pessoal (sempre que possível), mas todos deverão 
respeitar o princípio da capacidade contributiva. 
Superada essa controvérsia, vamos analisar outra a ela relacionada. A 
polêmica agora é sobre a possibilidade ou não de aplicação da técnica da 
progressividade a todos os impostos. Por essa técnica a proporção do imposto 
a ser pago, isto é, sua alíquota, aumenta de acordo com o crescimento da 
base de cálculo. Isso acontece com o Imposto de Renda, por exemplo, em que 
o percentual do tributo a ser pago varia de acordo com faixas de rendimentos. 
Para ilustrar, segue a tabela para cálculo do IR da pessoa física relativa ao 
ano-calendário de 2014. 
 
Tabela Progressiva para o cálculo anual do Imposto sobre a Renda da 
Pessoa Física a partir do exercício de 2015, ano-calendário de 2014* 
Base de cálculo anual (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do 
imposto (R$) 
Até 21.453,24 - - 
De 21.453,25 até 32.151,48 7,5 1.608,99 
De 32.151,49 até 42.869,16 15,0 4.020,35 
De 42.869,17 até 53.565,72 22,5 7.235,54 
Acima de 53.565,72 27,5 9.913,83 
 
Perceba que há um duplo agravamento da carga tributária. O 
contribuinte com rendimento maior paga mais por sua base de cálculo já ser 
maior e, ainda, porque a alíquota aplicada é superior. 
Havia duas correntes sobre esse assunto. A primeira considerava a 
progressividade mera decorrência do princípio da capacidade contributiva, o 
que autorizaria sua aplicação a todos os impostos. A outra, que era seguida 
pelo STF, entendia que a alíquota fixa já atenderia àquele princípio, uma vez 
que o valor do tributo devido variaria em razão do aumento da base de 
cálculo. Para essa corrente, o duplo agravamento provocado pela 
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progressividade só seria permitido nas hipóteses previstas na Constituição 
Federal: IR, IPTU e ITR. Esse entendimento justificou a edição da súmula 656 
pelo STF: “É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o 
imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI) com base no valor 
venal do imóvel.” 
Contudo, no julgamento do RE 562.045, em 2013, o Supremo 
apresentou novo entendimento acerca da progressividade dos 
impostos ao considerar constitucional a aplicação dessa técnica em relação 
ao ITDC, ainda que sem previsão expressa na CF/88. Leve essa decisão para 
sua prova! 
 
3.7 – PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS DIRIGIDOS À UNIÃO 
O art. 151 da CF, em seus incisos I, II, e III, institui princípios aplicáveis 
especificamente à União. 
 
 
 O Princípio da Uniformidade Geográfica proíbe a União de instituir 
tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique 
distinção ou preferência a estado, DF ou município. Mas admite-se a 
concessão de incentivos fiscais para promover equilíbrio do 
desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do país, o que 
atende a um dos objetivos fundamentais do Estado brasileiro: reduzir as 
desigualdades regionais (CF, art. 3º, III). 
O Princípio da Uniformidade da Tributação da Renda veda à União 
tributar a renda das obrigações da dívida pública dos estados, DF e municípios 
bem como a remuneração e proventos dos respectivos agentes públicos em 
níveis superiores ao que fixar para suas obrigações e para seus 
agentes. Obrigações da dívida pública são dívidas que o Poder Público 
assume com o setor privado por meio da emissão de títulos públicos em 
contrapartida ao pagamento de juros. Sobre o rendimento com juros incide 
Imposto de Renda, de competência federal. Caso não houvesse essa proibição 
e os rendimentos sobre títulos emitidos pela União fossem menos tributados, 
haveria uma preferência dos particulares por esses títulos. 
Princípios Tributários
da União
Uniformidade
Geográfica
Uniformidade
de Tributação
da Renda
Vedação às
Isenções
Heterônomas
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O Princípio da Vedação às Isenções Heterônomas proíbe a União de 
instituir isenções de tributos da competência dos Estados, DF e 
municípios. Assim, somente quem é competente para instituir o tributo 
poderá conceder isenções. O texto constitucional, no art. 156, § 3º, II, prevê a 
possibilidade de a União, por meio de Lei Complementar, conceder isenção do 
ISS nas exportações, o que é entendido por alguns como uma exceção à regra 
geral da vedação às isenções heterônomas. Outros entendem que se trata de 
caso de não incidência. De todo modo, há um caráter heterônomo nessa 
desoneração, que foi efetivada pela LC 116/2003, art. 2º, I. Há outra previsão 
constitucional (art. 155, § 2º, XII, e) que permite a União promover 
desoneração de ICMS na exportação, mas esse dispositivo não possui mais 
eficácia depois da EC 42/2003, que ampliou ao máximo os casos de imunidade 
relativos a exportações que abrangeriam o campo de incidência do imposto. 
 
 
 (CESPE / TJDFT / 2008 - adaptada) Considerando o 
disposto no art. 151, inciso III, da CF, segundo o qual é vedado à União 
instituir isenções de tributos da competência dos estados, do DF ou dos 
municípios, julgue o item a seguir. 
A celebração de tratado internacional com cláusula que prevê exoneração 
tributária não é equivalente à instituição de isenção de tributo estadual pela 
União e, portanto, essa isenção de imposto estadual não viola a CF. 
C. Certo 
E. Errado 
Comentários 
As limitações ao poder de tributar se aplicam às relações jurídicas internas da 
União, não às relações internacionais das quais a República Federativa do Brasil 
é parte. Assim, a vedação às isenções heterônomas não se aplica ao caso de 
celebração de tratados internacionais com cláusula de exoneração tributária. O 
item está correto. 
 
Atenção! Conforme entendimento do STF, a proibição de isenções 
heterônomas não se aplica à República Federativa do Brasil, incidindo, 
unicamente, no plano das relações institucionais domésticas que se 
estabelecem entre as pessoas jurídicas de Direito Público interno. Assim, 
nada impede que o Estado Federal brasileiro celebre tratados 
internacionais§2º com cláusulas de exoneração tributária relativas a 
tributos locais, como ISS ou ICMS. (RE 543.943/PR) 
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3.8 – PRINCÍPIO TRIBUTÁRIO DIRIGIDO AOS ESTADOS, DF E 
MUNICÍPIOS
 
 Note que esse princípio, previsto noart. 152 da CF, aplica-se 
internamente com o objetivo de preservar o pacto federativo. Não se aplica ao 
comércio internacional, em que é possível estabelecer diferenças de acordo 
com a origem ou destino das mercadorias. 
Não discriminação pela 
procedência ou destino
É probido estabelecer diferença 
tributária entre bens e serviços, de 
qualquer natureza, em razão de sua 
procedência ou destino.
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1) (FCC / TCE-SP/2013) Uma coisa é poder de legislar, desenhando o perfil 
jurídico de um gravame ou regulando os expedientes necessários à sua 
funcionalidade; outra é reunir credenciais para integrar a relação jurídica, no 
tópico do sujeito ativo. (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito 
Tributário. 23 ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 271). 
O trecho transcrito faz alusão, respectivamente, a: 
a) capacidade tributária passiva e competência tributária. 
b) capacidade tributária passiva e capacidade tributária ativa. 
c) competência tributária e obrigação tributária. 
d) capacidade tributária ativa e obrigação tributária. 
e) competência tributária e capacidade tributária ativa. 
Comentários 
“Uma coisa é poder de legislar, desenhando o perfil jurídico de um gravame ou 
regulando os expedientes necessários à sua funcionalidade”: refere-se à 
competência tributária, poder atribuído pela Constituição Federal aos entes 
para que criem, por meio de leis, os tributos nela previstos. 
“outra é reunir credenciais para integrar a relação jurídica, no tópico do sujeito 
ativo”: refere-se à capacidade tributária ativa, atribuição administrativa de 
cobrar e fiscalizar os tributos. Gabarito: E 
 
2) (FCC / NeR TJ PE/ 2013) A competência tributária 
a) é delegável por lei, como no caso do Imposto Territorial Rural − ITR, em 
que a União pode delegar a competência para os Municípios que assim 
optarem. 
b) não pode deixar de ser exercida, razão pela qual, a União tem obrigação 
constitucional de instituir todos os impostos de sua competência. 
c) é renunciável nos casos expressamente autorizados pela Constituição 
Federal, como no caso do Imposto sobre Grandes Fortunas, que era de 
competência da União. 
d) é exclusiva em relação a todos os tributos, devendo cada ente se limitar a 
instituir os tributos expressamente previstos na Constituição Federal ou em 
lei. 
e) é indelegável em qualquer situação, não podendo o ente renunciá-la ou 
transferi-la a outro ainda que por lei. 
Comentários 
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Alternativa A – “é delegável por lei”. Não precisa continuar a ler o restante da 
afirmativa, pois sabemos que a competência tributária é indelegável. 
Alternativa B – Incorreta, pois a competência tributária é facultativa. 
Alternativa C – Incorreta, pois a competência tributária é irrenunciável. 
Alternativa D – A competência tributária não é exclusiva em relação a todos os 
tributos, há casos de competência comum, como as taxas, cumulativa, etc. 
Além disso, cada ente só pode instituir os tributos expressamente previstos na 
Constituição, pois as leis não podem ampliar a competência tributária. 
Alternativa E – Correta. Gabarito: E 
 
3) (FCC / AJ TRF5/ 2013) Sobre competência legislativa em matéria 
tributária, é correto afirmar: 
a) A União tem sempre competência exclusiva para instituir contribuição social 
para seguridade social de todos os serviços públicos dos entes da Federação. 
b) Os entes da Federação têm competência comum para instituir contribuição 
de intervenção no domínio econômico. 
c) A competência para instituição de impostos vem discriminada na 
Constituição Federal para cada um dos entes da Federação. 
d) A competência para instituição de imposto residual é privativa da União, 
muito embora seja cabível delegação desta competência aos Estados-
membros e Distrito Federal mediante lei complementar. 
e) A competência para instituição do ITR é de competência da União, mas a 
Constituição Federal admite expressamente a delegação desta competência 
aos Municípios, nos termos de lei complementar que regulamente as hipóteses 
e forma de delegação. 
Comentários 
Alternativa A – Incorreta, pois cada ente da Federação tem competência para 
instituir contribuição, cobrada de seus respectivos servidores, para custeio, em 
benefícios deles, do regime previdenciário. (CF, art. 149, § 1º) 
Alternativa B – Incorreta, pois a contribuição de intervenção no domínio 
econômico é de competência exclusiva da União (CF, art. 149, caput) 
Alternativa C – Correto, a Competência Tributária é o poder atribuído pela 
Constituição a cada ente político para instituição de tributos, entre os quais 
os impostos. 
Alternativa D – Incorreta, pois as competências tributárias são indelegáveis. 
Alternativa E – Mesmo erro da alternativa anterior, pois a competência é 
indelegável. O que a Constituição permite é a delegação da capacidade 
tributária ativa, o poder para fiscalizar e cobrar os impostos. Gabarito: C 
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4) (CESPE / AFRE ES /2013) O cometimento a pessoa de direito privado, 
como os bancos, do encargo de arrecadar tributos 
a) constitui ato de delegação de competência, de acordo com a legislação 
tributária vigente. 
b) constitui delegação da capacidade tributária passiva. 
c) constitui ato legal em que se atribui apenas a capacidade de arrecadar, não 
cabendo fiscalização ou cobrança do tributo. 
d) não pode ser revogado unilateralmente. 
e) pode ser anulado, e não revogado, visto que a revogação tem de ser feita 
por mútuo consentimento. 
Comentários 
Conforme art. 7º, caput e §3º, do CTN, a competência tributária é indelegável, 
mas não se confunde com o encargo de arrecadar tributos, que pode ser 
cometido a pessoas de direito privado, como os bancos. Tal atribuição pode 
ser revogada a qualquer tempo por ato unilateral da pessoa jurídica de direito 
público que a tenha conferido (CTN, art. 7º, § 2º). Portanto, eliminamos as 
alternativas “a”, “d” e “e”. O ato de arrecadar tributos também não se 
confunde com capacidade tributária ativa, que é a função administrativa de 
cobrar e fiscalizar os tributos e é privativa de pessoas jurídicas de direito 
público, nem com a capacidade tributária passiva, própria dos contribuintes, 
de quem tem o dever de pagar o tributo. Portanto, correta a assertiva C. 
Gabarito: C 
 
5) (ESAF/ ATRFB/ 2012) Analise as proposições a seguir e assinale a opção 
correta. 
I. Se a Constituição atribuir à União a competência para instituir certa taxa e 
determinar que 100% de sua arrecadação pertencerá aos Estados ou ao 
Distrito Federal, caberá, segundo as regras de competência previstas no 
Código Tributário Nacional, a essas unidades federativas a competência para 
regular a arrecadação do tributo. 
II. Embora seja indelegável a competência tributária, uma pessoa jurídica de 
direito público pode atribuir a outra as funções de arrecadar e fiscalizar 
tributos. 
III. É permitido, sem que tal seja considerado delegação de competência, 
cometer a uma sociedade anônima privada o encargo de arrecadar impostos. 
a) As duas primeiras afirmações são corretas, e errada a outra. 
b) A primeira é correta, sendo erradas as demais. 
c) As três são corretas. 
d) A primeira é errada, sendo corretas as demais. 
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e) As três são erradas. 
Comentários 
Item I – Contraria o disposto no CTN, art.6º, parágrafo único, que determina: 
“Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras 
pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa 
daquela a que tenham sido atribuídos.” Ou seja, não importa o destino da 
arrecadação, a competência atribuída pela Constituição permanece inalterada. 
Item II – Correto, conforme art. 7º, caput, do CTN. 
Item III – Correto, conforme art. 7º, § 3º do CTN. O encargo de arrecadar 
tributos pode ser atribuído a pessoas jurídicas de direito privado, como 
bancos, e não se confunde com capacidade tributária ativa, muito menos com 
competência tributária. Trata-se de mera função de receber os pagamentos 
dos contribuintes e repassá-los a pessoa de direito público relacionada. 
Gabarito: D 
 
6) (FCC / AFTM SP/ 2012) Município Deixa pra Lá, não conseguindo, 
hipoteticamente, exercer sua competência constitucional tributária para 
instituir o ITBI no seu território, celebrou acordo com o Estado federado em 
que se localiza, para que esse Estado passasse a exercer, em seu lugar, a 
competência constitucional para instituir o referido imposto em seu território 
municipal e, ainda, para que exercesse as funções de fiscalizar e arrecadar 
esse tributo, recebendo, em contrapartida, um pagamento fixo anual, a título 
de "retribuição compensatória". 
Relativamente a essa situação, o Município Deixa pra Lá 
a) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de 
arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária a qualquer 
outra pessoa jurídica de direito público, mas pode delegar as funções de 
arrecadação às instituições bancárias públicas e privadas. 
b) pode delegar sua competência tributária e suas funções de arrecadar e de 
fiscalizar tributos a outra pessoa jurídica de direito público. 
c) não pode delegar sua competência tributária a qualquer outra pessoa 
jurídica de direito público, embora possa delegar as funções de arrecadar e de 
fiscalizar tributos de sua competência tributária. 
d) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de 
fiscalizar tributos a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, embora 
possa delegar suas funções de arrecadar tributos de sua competência 
tributária. 
e) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de 
arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária a qualquer 
outra pessoa jurídica de direito público. 
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Comentários 
A FCC contou uma historinha para te perguntar, nos fim das contas, sobre a 
possibilidade ou não de delegar a competência tributária. Como você já está 
cansado de saber, a competência tributária é indelegável, ao contrário da 
capacidade tributária ativa. A única alternativa correta é a C. Gabarito: C 
 
7) (FCC / AFTM SP / 2012) Admitindo-se que caiba apenas aos Estados 
federados colocar à disposição da população um determinado serviço público 
específico e divisível, e, admitindo-se, também, que, em decorrência de 
omissão de alguns Estados, os municípios neles localizados resolvam, fora do 
âmbito de suas respectivas atribuições, tornar esse serviço disponível às suas 
respectivas populações, cobrando, em razão disso, taxas pelos serviços que 
estão sendo colocados à sua disposição, conclui-se que a instituição dessa 
taxa está em 
a) desconformidade com a legislação, pois as taxas só podem ser cobradas 
em razão de serviços efetivamente prestados e não meramente colocados à 
disposição do munícipe. 
b) desconformidade com a legislação, pois uma pessoa jurídica de direito 
público não pode cobrar taxa por atividade que não esteja no âmbito de suas 
respectivas atribuições. 
c) conformidade com a legislação, desde que o Estado delegue sua 
competência tributária para o município. 
d) desconformidade com a legislação, pois a atividade desenvolvida pelo 
município deve ser prestada gratuitamente, custeada pela receita geral de 
impostos, já que os municípios não estão constitucionalmente autorizados a 
cobrar taxa de espécie alguma. 
e) conformidade com a legislação, pois, se o Estado não exerceu sua 
competência constitucional, o município deve fazê-lo, cobrando, 
consequentemente, as taxas cabíveis. 
Comentários 
Alternativa A – Incorreta, pois as taxas podem ser cobradas pela “utilização, 
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao 
contribuinte ou posto à sua disposição.” (Art. 77 do CTN) 
Alternativa B – Correta, pois um ente não pode assumir a competência 
tributária de outro em razão de omissão. As taxas competem a União, 
Estados, DF e municípios de acordo comas atribuições que lhes são outorgadas 
pela CF, Constituições dos Estados, Leis Orgânicas e legislações compatíveis. 
(Art. 80 do CTN) 
Alternativa C – A competência tributária é indelegável. 
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Alternativa D – Completamente equivocada, todos os entes podem instituir 
taxa de acordo com suas atribuições. 
Alternativa E – A competência tributária é indelegável por ação ou omissão. 
Gabarito: B 
 
8) (FCC / AFR SP / 2009) A respeito da competência tributária, considere: 
I. A competência tributária é o poder, conferido a determinado ente político, 
por lei complementar específica, para aumentar tributos. 
II. A competência tributária é indelegável. Porém, as funções de arrecadar ou 
fiscalizar os tributos ou de executar leis, serviços, atos ou decisões 
administrativas em matéria tributária podem ser delegadas por uma pessoa 
jurídica de Direito Público a outra. 
III. A competência tributária, que compreende a competência legislativa e a 
capacidade tributária, é delegável. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) I e II. 
e) I e III. 
Comentários 
Conforme comentado em aula (Pág. 6). Gabarito: B 
 
9) (FCC / AFR SP / 2009) Em relação à competência tributária, cabe 
a) à União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; 
II) propriedade territorial rural; III) doação de quaisquer bens e direitos. 
b) aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I) transmissão 
causa mortis; II) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação; III) propriedade de veículos de qualquer natureza. 
c) aos Municípios instituir impostos sobre: I) propriedade territorial urbana e 
rural; II) serviços de qualquer natureza não compreendidos na competência 
tributária dos Estados, definidos em lei complementar; III) doação de 
quaisquer bens e direitos. 
d) aos Estados instituir impostos sobre: I) propriedade predial territorial e 
urbana; II) transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso ou 
gratuito de quaisquer bens e direitos; III) serviços de qualquer natureza. 
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e) à União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; 
II) propriedade territorial rural; III) os impostos estaduais em território 
Federal e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os 
impostos municipais. 
Comentários 
Conforme analisado em aula (Pág. 12). CF/88, arts. 153, 155 e 156. 
Gabarito: E 
 
10) (FCC / AFTM SP/2007) Relativamente à competência tributária e às 
funções de arrecadação e fiscalização, é correto afirmar que 
a) ambas sempre são delegáveis, dependendo de lei complementar federal. 
b) a competência é delegável de uma pessoa jurídica de direito público para 
outra, mas a atribuição das funções de arrecadação e de fiscalizaçãoé 
indelegável. 
c) a competência é indelegável de uma pessoa jurídica de direito público para 
outra, mas a atribuição das funções de arrecadação e de fiscalização é 
delegável. 
d) tanto a competência como a atribuição das funções de arrecadação e de 
fiscalização são indelegáveis de uma pessoa jurídica de direito público para 
outra. 
e) tanto a competência como a atribuição das funções de arrecadação e de 
fiscalização são delegáveis de uma pessoa jurídica de direito público para 
outra. 
Comentários 
Resolvemos essa questão com a literalidade do art. 7º do CTN: “A 
competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de 
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões 
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de 
direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.” 
Gabarito: C 
 
11) (FCC / AJ TRF2 /2007) No que diz respeito à competência legislativa, o 
Código Tributário Nacional, dentre outras situações, dispõe que, 
a) a competência tributária é sempre indelegável, abrangendo a atribuição 
das funções de fiscalizar tributos ou de executar leis ou serviços de natureza 
tributária. 
b) a atribuição da função de arrecadar tributos implica que sua revogação seja 
feita com prévio aviso, e por ato bilateral entre as partes. 
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c) a atribuição da função de fiscalizar tributos não compreende as garantias e 
os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público 
que a conferir. 
d) o não-exercício da competência tributária a defere à pessoa jurídica de 
direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. 
e) não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de 
direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. 
Comentários 
Alternativa A – Incorreta, pois as funções de fiscalizar tributos ou de executar 
leis ou serviços de natureza tributária fazem parte da capacidade tributária 
ativa e são delegáveis. 
Alternativa B – Incorreta, pois o art. 7º, § 2º do CTN, determina que a 
atribuição da função de arrecadar tributos pode ser revogada a qualquer 
tempo por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha 
conferido. 
Alternativa C – Contraria o art. 7º, § 1º do CTN. “a atribuição da função de 
fiscalizar tributos não compreende as garantias e os privilégios processuais 
(...)” 
Alternativa D – Contraria o art. 8º do CTN. “o não-exercício da competência 
tributária não a defere à pessoa jurídica de direito público diversa (...)” 
Alternativa E – Correto, conforme o art. 7º, § 3º do CTN. Gabarito: E 
 
12) (FCC / JE TJPE/2011) Em nosso sistema tributário, os impostos 
designados residuais 
a) podem ser instituídos por lei ordinária federal, desde que não sejam 
cumulativos e tenham fato gerador e base de cálculo inéditos. 
b) podem ser instituídos pela União, Estados ou Municípios, desde que não 
sejam cumulativos e tenham fato gerador e base de cálculo inéditos. 
c) podem ser instituídos por lei ordinária federal, desde que tenham fato 
gerador e base de cálculo inéditos. 
d) são de competência privativa da União e só podem ser instituídos mediante 
lei complementar. 
e) são instituídos para cobertura das despesas residuais orçamentárias. 
Comentários 
Os impostos residuais estão previstos no art. 154, I, da CF/88. 
Alternativa A – “podem ser instituídos por lei ordinária federal (...)”. A CF 
exige Lei Complementar. 
Alternativa B – Os impostos residuais são de competência da União. 
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Alternativa C – Somente por Lei Complementar. 
Alternativa D – Perfeito. 
Alternativa E – Não há previsão de uma causa específica para sua instituição. 
Gabarito: D 
 
13) (ESAF / ATRFB / 2009) O art. 154, inciso I, da Constituição Federal, 
outorga à União o que se costuma chamar de competência tributária residual, 
permitindo que institua outros impostos que não os previstos no art. 153. 
Sobre estes impostos, é incorreto afirmar que: 
a) Estados e Municípios não possuem competência tributária residual. 
b) Terão de ser, necessariamente, não-cumulativos. 
c) Não poderão ter base de cálculo ou fato gerador próprios dos impostos já 
discriminados na Constituição Federal. 
d) Caso sejam instituídos por meio de medida provisória, esta deverá ser 
convertida em lei até o último dia útil do exercício financeiro anterior ao de 
início de sua cobrança. 
e) Para a instituição de tais impostos, há que se respeitar o princípio da 
anterioridade. 
Comentários 
A resposta encontra-se no art. 154, I, da CF: ”A União poderá instituir 
mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, 
desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de 
cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição”. 
Alternativa A – Correta, pois somente a União possui competência tributária 
residual. 
Alternativa B – Correta, impostos residuais devem ser não-cumulativos 
Alternativa C – Correta, conforme art. 154, I, da CF. 
Alternativa D – Incorreto, pois a CF exige Lei Complementar para instituição 
de impostos residuais. 
Alternativa E – Correto, a anterioridade aplica-se aos impostos residuais. 
Gabarito: D 
 
14) (FCC – AFR SP – 2006) A Constituição Federal atribui à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios competências tributárias 
privativas, vedando que um ente político invada a competência do outro, 
exceto, em relação 
a) à União que, no exercício de sua competência residual, poderá invadir as 
competências tributárias dos entes políticos, para instituir impostos 
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cumulativos, com fato gerador e base de cálculo já relacionados na 
Constituição Federal. 
b) aos Estados-membros, que podem conceder moratória de caráter geral, em 
relação aos tributos municipais. 
c) à União que, na iminência ou no caso de guerra externa, poderá instituir 
impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
tributária. 
d) à União, que pode instituir isenções de tributos da competência dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
e) aos Estados-membros, que podem conceder parcelamento, isenções e 
anistia de tributos municipais. 
Comentários 
A única situação na qual um ente pode invadir a competência tributária de 
outro é no caso de guerra ou sua iminência, quando a União pode instituir 
impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de 
sua criação (art. 154, II, CF/88). Gabarito: C 
 
15) (FCC /AJ TRF5 / 2013) Admite-se constitucionalmente a bitributação e 
o bis in idem na seguinte hipótese: 
a) imposto de competência dos Estados pela União, para incidir em Território 
Federal. 
b) contribuição de melhoria. 
c) imposto residual de competência da União. 
d) imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza pelos Estados-
membros e Municípios em relação aos seus servidores públicos. 
e) imposto extraordinário, pela União, na iminência ou no caso de guerra 
externa. 
Comentários 
A única situação em que se admite bitributação ou bis in idem é a de 
instituição de imposto extraordinário pela União em caso de guerra externa ou 
sua iminência (CF, art. 154, II). Gabarito: E 
 
16) (FCC / TCE-SP/2013) A majoração da base de cálculo do IPVA e do 
IPTU é exceção, dentre outras, à regra da 
a) legalidade. 
b) anterioridade nonagesimal. 
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c) anterioridade anual. 
d) irretroatividade da lei tributária. 
e) vedação ao confisco. 
Comentários 
As alterações na base de cálculo de IPVA e IPTU não precisam respeitar a 
anterioridade nonagesimal, conforme autoriza a CF/88 no art. 150, § 1º. 
Gabarito: B 
 
17) (FCC / TCE-SP/2013) É vedada a limitação ao tráfego de pessoas ou 
bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. A proibição 
refere-se ao princípio da 
a) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser 
observado por todos os entes federados, tendo como exceção a cobrança de 
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público. 
b) liberdade do tráfego de pessoas e bens, que deve ser observado por todos 
os entes federados, tendo como exceção a cobrança de pedágio pela utilização 
de vias conservadas pelo poder público. 
c) liberdade do tráfego de pessoas e bens, sendo direcionado unicamente à 
União, Estados e Distrito Federal, tendo como exceção a cobrança do pedágio 
pela utilização de vias conservadas pelo poder público. 
d) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser 
observado por todos os entes federados, não contemplando exceção. 
e) não discriminação em razão da procedência ou destino, que deve ser 
observado pela União, Estados e Distrito Federal, tendo como exceção a 
cobrança do pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público. 
Comentários 
O enunciado refere-se ao princípio da liberdade de tráfego de pessoas e bens, 
conforme CF, art. 150, V, que veda sua limitação por meio de tributos 
interestaduais ou intermunicipais, ressalvando a cobrança de pedágio pela 
utilização de vias conservadas pelo Poder Público. Tal princípio aplica-se a 
todos os entes federados e não deve ser confundido com o princípio da não 
discriminação em razão da procedência ou destino, que não se aplica à União. 
Decore: 
Princípio da liberdade de tráfego de pessoas e bens -> Aplica-se a todos os 
entes 
Princípio da não discriminação em razão da procedência ou destino -> Não se 
aplica a União 
Gabarito: B 
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18) (UEPA / FRE PA/2013) Aponte a alternativa que indique apenas 
tributos que NÃO estejam submetidos tanto ao princípio da anterioridade 
tributária (art. 150, III, b, Constituição Federal), quanto ao da anterioridade 
nonagesimal (art. 150, III, c, Constituição Federal). 
a) Empréstimo compulsório, imposto sobre importação de produtos 
estrangeiros, imposto sobre a renda. 
b) Empréstimo compulsório, imposto sobre exportação e imposto sobre 
produtos industrializados. 
c) Imposto sobre importação de produtos estrangeiros, imposto sobre 
propriedade de veículo automotor e imposto sobre propriedade territorial 
urbana. 
d) Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, imposto sobre 
serviços e imposto sobre circulação de mercadores e serviços. 
e) Imposto sobre importação de produtos estrangeiros, imposto sobre 
exportação, imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro. 
Comentários 
Os tributos que constituem exceção tanto à anterioridade anual como à 
anterioridade nonagesimal são: II, IE, IOF, Empréstimo Compulsório (guerra / 
calamidade) e Imposto Extraordinário de Guerra. 
Alternativa A – Primeiro erro: nem sempre empréstimos compulsórios serão 
exceção à anterioridade, somente nos casos de guerra externa ou sua 
iminência e calamidade pública. Segundo erro: IR somente é exceção à 
anterioridade nonagesimal. 
Alternativa B – Novamente não especificou os casos em que empréstimo 
compulsório é exceção à anterioridade. IPI deve respeitar anterioridade 
nonagesimal. 
Alternativa C – IPVA e IPTU não são exceções à anterioridade. Somente a 
alterações de suas bases de cálculo constituem exceções à anterioridade 
nonagesimal e, ainda assim, devem respeitar anterioridade anual. 
Alternativa D – ISS e ICMS não são exceções a nenhum tipo de anterioridade. 
Alternativa E – Correta. II, IE e IOF são exceções à anterioridade anual e à 
nonagesimal. Gabarito: E 
 
19) (FGV / AFRE RJ / 2011) Considere a seguinte situação hipotética: lei 
federal fixou alíquotas aplicáveis ao IPI e estabeleceu que a alíquota relativa 
aos carros de luxo produzidos no Estado de Sergipe é de 12%, e a dos 
produzidos nos demais Estados da região Nordeste é de 18%. Tal enunciado 
normativo viola o princípio constitucional 
a) da uniformidade geográfica da tributação. 
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b) da capacidade contributiva. 
c) da liberdade de tráfego. 
d) da não diferenciação tributária entre a procedência e o destino do produto. 
e) do não confisco. 
 
Comentários 
A situação apresentada no enunciado fere um dos princípios tributários 
especificamente dirigidos à União: UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA DA 
TRIBUTAÇÃO. Ele está descrito no art. 151, I, da CF: 
“É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território 
nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao 
Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão 
de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento 
sócio-econômico entre as diferentes regiões do País”. Gabarito: A 
 
20) (FGV / AFRE RJ / 2011) A respeito dos princípios constitucionais 
tributários, assinale a alternativa correta, considerando que a segunda 
assertiva é decorrência lógico-jurídica da primeira. 
a) O princípio da capacidade contributiva tem por finalidade atingir a justiça 
fiscal, / e essa finalidade só é alcançada pela progressividade obrigatória das 
espécies de tributos. 
b) O princípio da capacidade contributiva determina que os impostos tenham, 
sempre, caráter pessoal; / assim sendo, os impostos devem ser graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte. 
c) O princípio da vedação do tributo confiscatório impede a utilização de 
imposto com tal efeito; / dessa forma, o imposto só será confiscatório se 
ultrapassar 33% da renda. 
d) O princípio da vedação do tributo confiscatório impede a utilização de 
imposto com efeito de confisco, / mas não há percentual que estabeleça 
previamente os limites do tributo confiscatório. 
e) O princípio da legalidade veda aos entes da Federação que se exija ou 
aumente tributo sem lei que o estabeleça; / desse modo, a atualização do 
valor monetário da base de cálculo do tributo tem de ser sempre prevista em 
lei. 
Comentários 
Alternativa A – A primeira parte está correta, contudo a progressividade é 
apenas um dos mecanismos para que o princípio da capacidade contributiva 
seja respeitado. 
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Alternativa B – A primeira frase está equivocada, pois o § 1º do art. 145 da CF 
determina que sempre que possível os impostos tenham caráter pessoal. 
Alternativa C – A primeira frase está correta. No entanto, não há um valor 
pré-definido que indique ser o imposto confiscatório ou não. Essa análise será 
feita pelo Judiciário, quando provocado, que levará em consideração a 
totalidade da carga tributária. 
Alternativa D – Exato, conforme explicação acima. 
Alternativa E – A primeira frase está correta. Entretanto, a segunda parte 
contraria o § 2º do art. 97 do CTN: “Não constitui majoração de tributo, para 
os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário 
da respectiva base de cálculo”. Gabarito: D 
 
21) (FCC / Agente Legislativo SP / 2010) Submete-se integralmenteaos 
princípios da legalidade, anterioridade anual e anterioridade nonagesimal o 
imposto sobre 
a) os produtos industrializados 
b) a renda e proventos de qualquer natureza 
c) a transmissão de bens causa mortis e doação 
d) a propriedade de veículos automotores 
e) a propriedade territorial urbana 
 
Comentários 
Conforme comentários feitos na parte teórica (Pág. 16). Gabarito: C 
 
22) (FCC / APOFP SP/2010) Na hipótese de majoração, por medida 
provisória editada em 15 de março de 2010, dos limites legais das alíquotas 
do Imposto de Importação, é correto afirmar que 
a) haverá eficácia imediata da medida provisória, aplicando-se os novos 
limites a partir da publicação da mesma. 
b) é inconstitucional, por violar a legalidade tributária. 
c) a medida provisória deverá ser convertida em lei até o último dia do 
exercício em que houver sido publicada, para que a lei entre em vigor e tenha 
eficácia no exercício seguinte. 
d) a medida provisória terá eficácia suspensa por 90 dias a contar da sua 
publicação, em atenção à anterioridade nonagesimal. 
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e) a lei resultante da conversão ainda se submete à anterioridade 
nonagesimal, caso a medida provisória seja convertida em lei antes do final do 
exercício financeiro em que foi publicada. 
Comentários 
A Constituição Federal admite a instituição ou majoração de tributos por 
medida provisória, desde que não haja exigência de Lei Complementar, 
conforme o art. 62, § 2º da CF: “Medida provisória que implique instituição ou 
majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, 
II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido 
convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada”. 
Vimos que no caso dos impostos o princípio da anterioridade, em regra, tem 
por base a data de conversão da medida provisória em lei. Contudo, entre as 
exceções a essa regra está o II – imposto de importação, cuja instituição ou 
majoração podem ser cobradas imediatamente após a publicação da MP. 
Gabarito: A 
 
23) (FGV / AFRE RJ / 2010) As alternativas a seguir apresentam princípios 
tributários consagrados no texto constitucional, à exceção de uma. Assinale-a. 
a) Princípio do não-confisco. 
b) Princípio da liberdade de tráfego. 
c) Princípio da anualidade. 
d) Princípio da anterioridade. 
e) Princípio da capacidade contributiva. 
Comentários 
Alternativa A – Previsto na CF, art. 150, IV. 
Alternativa B – Previsto na CF, art. 150, V. 
Alternativa C – O princípio da anualidade não está mais presente em nosso 
ordenamento jurídico. Ele determinava a necessidade de inclusão dos tributos 
na lei orçamentária para que fosse possível a cobrança no ano seguinte. 
Alternativa D – Previsto na CF, art. 150, III, b. 
Alternativa E – Previsto na CF, art. 145, § 1º. 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
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1) (FCC / TCE-SP/2013) Uma coisa é poder de legislar, desenhando o perfil 
jurídico de um gravame ou regulando os expedientes necessários à sua 
funcionalidade; outra é reunir credenciais para integrar a relação jurídica, no 
tópico do sujeito ativo. (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito 
Tributário. 23 ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 271). 
O trecho transcrito faz alusão, respectivamente, a: 
a) capacidade tributária passiva e competência tributária. 
b) capacidade tributária passiva e capacidade tributária ativa. 
c) competência tributária e obrigação tributária. 
d) capacidade tributária ativa e obrigação tributária. 
e) competência tributária e capacidade tributária ativa. 
 
2) (FCC / NeR TJ PE/ 2013) A competência tributária 
a) é delegável por lei, como no caso do Imposto Territorial Rural − ITR, em 
que a União pode delegar a competência para os Municípios que assim 
optarem. 
b) não pode deixar de ser exercida, razão pela qual, a União tem obrigação 
constitucional de instituir todos os impostos de sua competência. 
c) é renunciável nos casos expressamente autorizados pela Constituição 
Federal, como no caso do Imposto sobre Grandes Fortunas, que era de 
competência da União. 
d) é exclusiva em relação a todos os tributos, devendo cada ente se limitar a 
instituir os tributos expressamente previstos na Constituição Federal ou em 
lei. 
e) é indelegável em qualquer situação, não podendo o ente renunciá-la ou 
transferi-la a outro ainda que por lei. 
 
3) (FCC / AJ TRF5/ 2013) Sobre competência legislativa em matéria 
tributária, é correto afirmar: 
a) A União tem sempre competência exclusiva para instituir contribuição social 
para seguridade social de todos os serviços públicos dos entes da Federação. 
b) Os entes da Federação têm competência comum para instituir contribuição 
de intervenção no domínio econômico. 
c) A competência para instituição de impostos vem discriminada na 
Constituição Federal para cada um dos entes da Federação. 
5- LISTA DE EXERCÍCIOS 
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d) A competência para instituição de imposto residual é privativa da União, 
muito embora seja cabível delegação desta competência aos Estados-
membros e Distrito Federal mediante lei complementar. 
e) A competência para instituição do ITR é de competência da União, mas a 
Constituição Federal admite expressamente a delegação desta competência 
aos Municípios, nos termos de lei complementar que regulamente as hipóteses 
e forma de delegação. 
 
4) (CESPE / AFRE ES /2013) O cometimento a pessoa de direito privado, 
como os bancos, do encargo de arrecadar tributos 
a) constitui ato de delegação de competência, de acordo com a legislação 
tributária vigente. 
b) constitui delegação da capacidade tributária passiva. 
c) constitui ato legal em que se atribui apenas a capacidade de arrecadar, não 
cabendo fiscalização ou cobrança do tributo. 
d) não pode ser revogado unilateralmente. 
e) pode ser anulado, e não revogado, visto que a revogação tem de ser feita 
por mútuo consentimento. 
 
5) (ESAF/ ATRFB/ 2012) Analise as proposições a seguir e assinale a opção 
correta. 
I. Se a Constituição atribuir à União a competência para instituir certa taxa e 
determinar que 100% de sua arrecadação pertencerá aos Estados ou ao 
Distrito Federal, caberá, segundo as regras de competência previstas no 
Código Tributário Nacional, a essas unidades federativas a competência para 
regular a arrecadação do tributo. 
II. Embora seja indelegável a competência tributária, uma pessoa jurídica de 
direito público pode atribuir a outra as funções de arrecadar e fiscalizar 
tributos. 
III. É permitido, sem que tal seja considerado delegação de competência, 
cometer a uma sociedade anônima privada o encargo de arrecadar impostos. 
a) As duas primeiras afirmações são corretas, e errada a outra. 
b) A primeira é correta, sendo erradas as demais. 
c) As três são corretas. 
d) A primeira é errada, sendo corretas as demais. 
e) As três são erradas. 
 
Curso: Direito Tributário p/ ICMS RJ 
Teoria e Questões comentadas 
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6) (FCC / AFTM SP/ 2012) Município Deixa pra Lá, não conseguindo, 
hipoteticamente, exercer sua competência constitucional tributária para 
instituir o ITBI no seu território, celebrou acordo com o Estado federado em 
que se localiza, para que esse Estado passasse a exercer, em seu lugar, a 
competência constitucional para instituir o referido imposto em seu território 
municipal e, ainda, para que exercesse as funções de fiscalizar e arrecadar

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