Buscar

conceitos-iniciais-jurisdicao-aduaneira

Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO 
ADUANEIRA
Conceitos Iniciais – Jurisdição Aduaneira
Livro Eletrônico
2 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Conceitos Iniciais – Jurisdição Aduaneira .................................................................................. 6
1. Território Aduaneiro .................................................................................................................... 7
1.1. Dos Portos, Aeroportos e Pontos e Fronteira Alfandegados ......................................... 11
1.2. Alfandegamento ......................................................................................................................13
2. Recintos Alfandegados ............................................................................................................ 14
2.1. Lojas Francas ...........................................................................................................................15
2.2. Portos Secos ............................................................................................................................15
3. Administração Aduaneira .........................................................................................................15
4. Controle Aduaneiro de Veículos ............................................................................................ 18
4.1. Manifesto de Carga ................................................................................................................20
Resumo ............................................................................................................................................ 22
Questões de Concurso ................................................................................................................. 26
Gabarito ...........................................................................................................................................43
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
3 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
ApresentAção
Antes de iniciarmos os comentários sobre o nosso curso, gostaríamos de fazer uma breve 
apresentação pessoal.
Como você já deve ter notado – pois estamos escrevendo tudo aqui na primeira pessoa 
do plural –, seremos dois a ministrar o curso.
Vou, na 1ª pessoa, explicar isso melhor e já aproveitar para fazer a minha apresenta-
ção: meu nome é Diego Degrazia da Silveira e sou Auditor-Fiscal da Receita Estadual do Rio 
Grande do Sul.
Antes disso, fui Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda e trabalhei no 
Serviço de Controle e Acompanhamento Tributário – SECAT –, na Delegacia da Receita Federal 
de Porto Alegre.
Muito antes, mas muito antes mesmo de tudo isso, fui de tudo um pouco: de jornaleiro 
a dono de boteco. Verdade, galera. Até planos de saúde e enciclopédias eu vendi de porta 
em porta...
Quando decidi estudar para concursos, lá em 2005, eu tinha um pequeno restaurante em 
Porto Alegre que me dava um trabalho hercúleo e uma remuneração espartana.
Essa decisão – de voltar a ser estudante –, como você pode imaginar, revolucionou a mi-
nha forma de viver. Entretanto, me ensinou diversas coisas muito legais e importantes.
Foram quatro anos de plena dedicação que passei estudando para atingir a aprovação. 
Imagine: sem grana para passagem, comendo miojo com salsicha direto e copiando das livra-
rias – em cadernos usados – os conceitos da doutrina... sinistríssimo!!!
Entretanto, por mais paradoxal que possa parecer, tudo isso me trouxe muita coisa boa e 
muito crescimento.
Posso dizer de carteirinha: foi a MELHOR decisão que eu tomei na minha vida. Estudar 
para concursos me tornou um ser humano MUITO melhor em todos os sentidos. Verdade.
A coisa mais importante que a JORNADA me ensinou foi entender que, se a gente se DEDI-
CAR, PERSISTIR e TIVER FÉ, qualquer um consegue tudo, mas tudo mesmo, até aquela quase 
inatingível aprovação em um concurso de altíssimo nível.
Eu sei que posso estar soando um pouco como um escritor de autoajuda misturado com 
um stand up comedy man, mas eu tinha que falar isso para você.
É que isso é uma constante em todos os papos que eu tenho com a galera que aprova em 
concursos de alto nível: todos eles, de uma forma ou de outra, passaram por essas três fases, 
a da dedicação, a da persistência e a da fé. Todos.
Sério. Nesse caminho, eu aprendi que, quando a gente quer realizar algo de muito bom na 
vida, a gente precisa se dedicar. A gente precisa persistir. E, at last but not least, a gente preci-
sa ter fé que essa coisa vai rolar...
Então, era isso que eu queria trazer para você agora no começo do nosso curso e queria 
deixar claro que eu não deixei de ser um concurseiro.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
4 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Eu falo isso para todos os meus alunos: “gurizada, eu não sou um professor de direito. Eu 
sou um CONCURSEIRO que agora tem tempo para se dedicar ao Direito. E mais: que agora 
tem a GRANA para comprar todos os livros e cursos que ele sempre sonhou, ehehehehe...”
Como você pode ver, eu continuo me dedicando, persistindo e tendo fé. Só que agora em 
um outro objetivo: ajudar muito você na aprovação.
Por isso, tenha certeza de que estarei aqui do outro lado debulhando doutrinas, concei-
tos, jurisprudências e questões para trazer para você a melhor forma de estudo para obter a 
aprovação.
Pode contar seriamente com isso.
Enfim, para finalizar, listo a seguir as minhas conquistas. Afinal de contas, é MUITO impor-
tante para um concurseiro contar as aprovações. Elas nos seguram no bom caminho:
• Auditor-Fiscal da Receita Estadual do Rio Grande do Sul, 2009, classificado na 24ª posi-
ção.
• Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda, 2009, classificado na 12ª 
posição.
• Analista Judiciário TRT/SC, 2007, classificado na 15ª posição.
• Analista de Orçamentos do MPU, 2006; classificado na 1ª posição.
Metodologia
No que depender de nós, você estará preparado(a) para prestar qualquer concurso que en-
volva a disciplina de Legislação Aduaneira, em especial o de Auditor-Fiscal da Receita Federal 
e de Analista-Tributário da Receita Federal!!
Durante a nossa preparação iremos estudar:
• Constituição Federal de 1988 – CF/88 e legislação correlata: dela retiraremos inúmeros 
conceitos, regras e princípios.
• Doutrina: iremos nos debruçar sobre as principais doutrinas para que possamos pas-
sar para você o conhecimento necessário para responder às questões do concurso.
• Jurisprudência: traremos o posicionamento dos tribunais para melhor compreensão 
de determinados temas e resolução de questões. Em sua maioria, como você verá, os 
julgados serão do Supremo Tribunal Federal – STF.
• Esquemas: organizaremos alguns assuntos com tabelas e desenhos para auxiliar na 
fixação da teoria e resolução de questões.
• Questões: esse é o maior diferencial para alcance da aprovação, e, por isso, resolve-
remos centenas de questões até o final do curso, diversas delas inéditas e focadas 
especificamente na sua prova.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DEMOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
5 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Ao final da teoria de cada aula, tratemos uma lista de questões comentadas. Caso não 
existam questões recentes sobre determinado assunto, utilizaremos questões inéditas sobre 
o conteúdo formuladas pelos professores.
Lembre-se: qualquer dúvida/orientação só mandar um e-mail para professordegrazia@
gmail.com.
Gostaria, por fim, de agradecer a colaboração especialíssima do Francisco Gustavo Da-
masceno de Paula, Graduado em Comércio Exterior, que nos ajudou na redação, compilação 
e busca de exemplos em diversas aulas, sendo, praticamente, um coautor desse curso de 
Legislação Aduaneira.
Conteúdo Programático
• Aula 01 – Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
• Aula 02 – Tributos no Comércio Exterior - Imposto de Importação
• Aula 03 – Tributos no Comércio Exterior - Imposto de Exportação, IPI, CIDE, ICMS e de-
mais tributos
• Aula 04 – Controle Aduaneiro
• Aula 05 – Regimes Aduaneiros Especiais – parte 01
• Aula 06 – Regimes Aduaneiros Especiais – parte 02
• Aula 07 – Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem
• Aula 08 – Intervenientes nas Operações de Comércio Exterior, Contrabando, Descami-
nho e Princípio da Insignificância
• Aula 09 – Valoração Aduaneira
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
mailto:professordegrazia@gmail.com
mailto:professordegrazia@gmail.com
6 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
CONCEITOS INICIAIS – JURISDIÇÃO ADUANEIRA
Vamos começar nosso curso trazendo algumas ideias básicas sobre o Direito Aduaneiro.
De acordo com Maxsoel Bastos de Freitas1, o Direito Aduaneiro pode ser conceituado da 
seguinte forma:
Na esteira de Idelfonso Sánchez González podemos conceituar o Direito Aduaneiro como o conjun-
to de normas e princípios que disciplinam juridicamente a política aduaneira, entendida esta como 
a intervenção pública no intercâmbio internacional de mercadorias e que constitui um sistema de 
controle e de limitações com fins públicos.
Tal ramo do direito, em que pese seja intrinsecamente relacionado com o Direito Tributário, 
com ele não se confunde totalmente.
É possível entendermos que – por dentro do Sistema Tributário Nacional – existe um sub-
sistema aduaneiro com regramento específico, o qual se baseia, em especial, nas disposições 
do Decreto-Lei n. 37/1966.
Note que tal norma foi aprovada ainda em 1966, após a publicação do Código Tributário 
Nacional. Por óbvio, caro(a) aluno(a), não se pode negar a importância do Código Tributário 
Nacional no que aborda o Direito Aduaneiro, não é isso.
A ideia que precisamos ter em mente é que o CTN, assim como no Direito Tributário, é nor-
ma geral no Direito Aduaneiro, enquanto o Decreto Lei n. 37/1966 torna-se norma específica 
e especial a regular o subsistema aduaneiro, ok?
É com base no Decreto Lei n. 37/1966 que o Poder Executivo Federal, no exercício da com-
petência delimitada no artigo 84, IV, da Constituição Federal, exarou o Decreto n. 6.759/2009, 
norma que servirá de base para o nosso curso de Legislação Aduaneira, pois regulamenta a 
administração das atividades aduaneiras e a fiscalização, o controle e a tributação das opera-
ções de comércio exterior.
Até por isso, extremamente importante que você tenha a norma seca como guia. Ela servi-
rá, como dito, como um roteiro para o nosso curso, mas não se engane: em que pese o decreto 
tenha mais de 800 artigos, a legislação não se esgota nele. Há diversos normativos esparsos 
e instruções normativas importantes que, à medida que andamos no estudo, serão citados 
pela sua importância.
Por agora vamos nos ater ao regulamento que você deverá baixar do site do planalto:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6759.htm
A norma está no site do planalto. É preciso ficar claro que isso ocorre em face de ser a 
União o ente competente para legislar sobre Direito Aduaneiro no Sistema Constitucional Bra-
sileiro, por força do disposto no artigo 22, VIII da CF/88:
1 FREITAS, Maxsoel Bastos de. O Direito Aduaneiro como ramo autônomo do direito. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-
4862, Teresina, ano 9, n. 214, 5 fev. 2004. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/4791. Acesso em: 24 jan. 2020.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6759.htm
7 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
...
VIII – comércio exterior e interestadual;
Ademais, a Constituição ainda outorga ao Ministério da Fazenda (atualmente incorporado 
ao Ministério da Economia2) a tarefa de fiscalizar e controlar o comércio exterior, caracteriza-
dos como essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais.
Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses 
fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda.
Como se pode ver, tal controle aduaneiro se manifesta de três diferentes níveis: controle 
tributário, controle cambial e controle administrativo.
No controle tributário tem-se a fiscalização – a cargo da Receita Federal do Brasil – das 
ocorrências de fatos geradores dos tributos incidentes no comércio exterior, como o Imposto 
de Importação, Imposto de Exportação, ICMS, entre outros.
No controle administrativo faz-se a fiscalização relacionada às outras normas, que não 
tributárias, no que diz com o ingresso e saída de bens do território nacional, como as normas 
sanitárias.
Já no controle cambial a ideia é fiscalizar as contrapartidas financeiras relacionadas às 
operações comerciais, sendo de competência do Banco Central do Brasil.
Com isso em mente vamos passar à definição de território aduaneiro.
1. território AduAneiro
Na redação do Decreto n. 6.759/2009, o território aduaneiro compreende todo o territó-
rio nacional:
Art. 2º O território aduaneiro compreende todo o território nacional.
O primeiro ponto importante aqui é entender que território aduaneiro não se confunde com 
território nacional. São coisas distintas:
Território Nacional é o limite geográfico do Estado, onde este exerce a soberania.
Território Aduaneiro é o local onde impera uma única legislação aduaneira.
2 A Medida Provisória n. 870, de 1º de janeiro de 2019, criou o Ministério da Economia. Com isso, as estruturas dos minis-
térios da Fazenda; do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; da Indústria, Comércio Exterior e Serviços; e do Trabalho 
passaram a integrar um novo ministério chamado Economia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
8 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
É no território aduaneiro que se exerce a jurisdição aduaneira – o poder que a autoridade 
aduaneira possui de submeter ao seucontrole todas as operações de comércio exterior.
Como não poderia deixar de ser, o artigo 3º do Decreto impõe que a jurisdição aduaneira 
se estenda por todo o território aduaneiro.
Art. 3º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange 
(Decreto-Lei n. 37, de 18 de novembro de 1966, art. 33, caput):
I – a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local:
a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;
b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e
c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados; e
II – a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as 
águas territoriais e o espaço aéreo.
Podemos notar, ainda, que o território aduaneiro está dividido em duas grandes zonas: a 
zona primária e a zona secundária.
A zona primária é constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade adua-
neira local:
• a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;
• a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e
• a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados.
As zonas primárias, quando demarcadas e alfandegadas, são os únicos locais nos quais 
são permitidos o ingresso e a saída de bens, veículos ou pessoas, bem como a carga e des-
carga de mercadorias.
Note o artigo 8º do decreto:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
9 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Art. 8º Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a 
entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas (Decreto-Lei n. 37, 
de 1966, art. 34, incisos II e III).
Há, entretanto, possibilidade de exceção que é preciso ter em conta, citada no mesmo artigo:
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: (Redação dada pelo Decreto n. 8.010, de 2013)
I – à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por du-
tos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil; e (Redação dada pelo Decreto n. 8.010, de 2013)
II – a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Já a zona secundária se define por exclusão, ou seja, compreende a parte restante do ter-
ritório aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo.
Note, com atenção, que pela redação do artigo 3º, o território aduaneiro, composto pelas 
zonas primária e secundária, é o território nacional. Até por isso, não há local do território 
nacional imune à fiscalização aduaneira.
Agora vamos dar uma olhada nos parágrafos do artigo 3º do regulamento:
Art. 3º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange 
(Decreto-Lei n. 37, de 18 de novembro de 1966, art. 33, caput):...
§ 1º Para efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportação, referidas no 
art. 534, constituem zona primária (Lei n. 11.508, de 20 de julho de 2007, art. 1º, parágrafo único).
§ 2º Para a demarcação da zona primária, deverá ser ouvido o órgão ou empresa a que esteja afeta 
a administração do local a ser alfandegado.
§ 3º A autoridade aduaneira poderá exigir que a zona primária, ou parte dela, seja protegida por 
obstáculos que impeçam o acesso indiscriminado de veículos, pessoas ou animais.
§ 4º A autoridade aduaneira poderá estabelecer, em locais e recintos alfandegados, restrições à 
entrada de pessoas que ali não exerçam atividades profissionais, e a veículos não utilizados em 
serviço.
§ 5º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se ainda às Áreas de Controle Integrado criadas 
em regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o Brasil (Acordo de Alcance Parcial 
para a Facilitação do Comércio n. 5 – Acordo de Recife, aprovado pelo Decreto Legislativo n. 66, de 
16 de novembro de 1981, e promulgado pelo Decreto n. 1.280, de 14 de outubro de 1994; e Segundo 
Protocolo Adicional ao Acordo de Recife, Anexo – Acordo de Alcance Parcial de Promoção do Co-
mércio n. 5 para a Facilitação do Comércio, art. 3º, alínea “a”, internalizado pelo Decreto n. 3.761, de 
5 de março de 2001).
É muito importante gravar o que diz o § 1º: pois, de acordo com a legislação, as zonas 
de processamento de exportação são consideradas, para fins de controle aduaneiro, zonas 
primárias!
Note que essas zonas não fazem, efetivamente, parte da zona primária. São apenas consi-
deradas, pela legislação, para fins de controle, pois em realidade são parte da zona secundária.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
10 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Em face da redação dos parágrafos seguintes, pode-se concluir que a zona primária de-
verá ser demarcada pela autoridade aduaneira competente, ouvido o órgão ou empresa a que 
esteja afeta a administração do local a ser alfandegado.
Feito isso, a autoridade poderá exigir que a zona primária, ou parte dela, seja protegida por 
obstáculos que impeçam o acesso indiscriminado de veículos, pessoas ou animais ou ainda 
estabelecer, em locais e recintos alfandegados, restrições à entrada de pessoas que ali não 
exerçam atividades profissionais, e a veículos não utilizados em serviço.
Vamos esquematizar e resumir o que vimos até aqui:
Por fim, é preciso ainda entender que, além da jurisdição aduaneira se estender por todo o 
território nacional, ela poderá ainda exercer seus poderes FORA desse território.
A redação do § 5º do artigo 3º do Decreto nos informa que a jurisdição aduaneira se es-
tende ainda às Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integran-
tes do Mercosul com o Brasil.
Tais áreas nasceram com o objetivo de facilitar o comércio (reduzir os entraves burocrá-
ticos ao comércio exterior) entre os países do Mercosul.
São pontos dentro do território do país sede, incluindo instalações, onde se realiza um 
controle comum por parte dos servidores de ambos os países envolvidos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
11 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Portanto, caso exista uma Área de Controle Integrado sediada em um país do Mercosul – 
fora do território brasileiro – o Brasil ali poderá exercer sua jurisdição aduaneira.
A conclusão pode – e foi – inclusive objeto de questão de prova (ESAF/SRFB-AFRB/2014 
- questão discursiva): Auditor-Fiscal da Receita Federal poderá exercer suas atribuições além 
da linha de fronteira terrestre do Brasil. Corretíssimo.
Tranquilo?
Vamos passar ao artigo 4º do Decreto, que traz o conceito de zonas de vigilância aduanei-
ra, para finalizarmos o seu Capítulo I.
Art. 4º O Ministro de Estado da Fazenda poderá demarcar, na orla marítima ou na faixa de fronteira, 
zonas de vigilância aduaneira, nas quais a permanência de mercadorias ou a sua circulação e a 
de veículos, pessoas ou animais ficarão sujeitas às exigências fiscais, proibiçõese restrições que 
forem estabelecidas (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 33, parágrafo único).
§ 1º O ato que demarcar a zona de vigilância aduaneira poderá:
I – ser geral em relação à orla marítima ou à faixa de fronteira, ou específico em relação a determi-
nados segmentos delas;
II – estabelecer medidas específicas para determinado local; e
III – ter vigência temporária.
§ 2º Na orla marítima, a demarcação da zona de vigilância aduaneira levará em conta, além de ou-
tras circunstâncias de interesse fiscal, a existência de portos ou ancoradouros naturais, propícios 
à realização de operações clandestinas de carga e descarga de mercadorias.
§ 3º Compreende-se na zona de vigilância aduaneira a totalidade do Município atravessado pela 
linha de demarcação, ainda que parte dele fique fora da área demarcada.
A ideia que permeia a criação de zonas de vigilância aduaneira é a de permitir um controle mais 
intenso sobre locais passíveis de realização de operações clandestinas, próximos da fronteira.
Quem delimita quais serão esses locais, desde que dentro da orla marítima ou na faixa de 
fronteira, é o Ministro de Estado da Fazenda (no caso, atualmente, o Ministro da Economia).
Como não se enquadram nos tópicos que fazem parte da Zona Primária, tais zonas de vi-
gilância são conceituadas como pontos de Zona Secundária.
1.1. dos portos, Aeroportos e pontos e FronteirA AlFAndegAdos
Caro(a) estudante, são nos portos, aeroportos e outros pontos de fronteira alfandegados 
que há o controle de mercadorias, pessoas e serviços que circulam entre nosso território e 
o exterior.
Mais à frente, em tópico específico, veremos a natureza do alfandegamento.
Atualmente, há 235 instalações portuárias no Brasil.
Destas, 37 são Portos Públicos. Para você ter uma ideia da dimensão do nosso território, 
são 8,5 mil quilômetros de costa navegável. Imagine, portanto, a importância da atividade 
aduaneira no nosso país!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
12 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Já no setor aeroviário, são 2.545 aeródromos registrados pela Agência Nacional de Avia-
ção Civil (ANAC), sendo 1966 privados e 579 públicos, de acordo com a Secretaria de Portos.
Nesses locais, sob controle aduaneiro, poderão ser realizadas movimentação, despacho 
aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; operações de carga, 
descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele des-
tinadas e embarque, desembarque ou trânsito de viajantes procedentes do exterior ou a ele 
destinados.
Como você pode ver trata-se de um fluxo complexo de pessoas, bens e cargas. Por isso, 
para que a atividade aduaneira seja realizada de forma eficiente, é importante que se tenha um 
regramento jurídico que detalhe os meios pelos quais essa atividade seja realizada, a fim de se 
garantir segurança jurídica e um efetivo controle; além disso, ela atua como instrumento para 
políticas de comércio de modo a incrementar o desenvolvimento econômico do país.
Para que ocorra o alfandegamento dos recintos em matéria de transporte, é necessária a 
habilitação ao tráfego internacional pelas autoridades competentes.
Quando do início do processo de habilitação, a Secretaria da Receita Federal do Brasil será 
notificada pela autoridade competente.
Uma outra observação importante, tendo como base o Decreto-Lei n. 37/1966, recepcio-
nado pelo Regulamento Aduaneiro, em seu artigo 8º, é a de que somente nos portos, aeropor-
tos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias 
procedentes do exterior ou a ele destinadas. Isso é um tanto dedutivo, né?
A restrição contida no decreto não se aplica à importação e exportação de mercadorias 
conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior e a outros casos es-
tabelecidos em atos normativos da Secretaria da Receita Federal do Brasil, tal qual está es-
tabelecido abaixo:
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: (Redação dada pelo Decreto n. 8.010, de 2013)
I – à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por du-
tos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil; e (Redação dada pelo Decreto n. 8.010, de 2013)
II – a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Re-
dação dada pelo Decreto n. 8.010, de 2013)
Veja como isso foi cobrado em um certame para a Receita Federal:
001. (RECEITA FEDERAL/ESAF/2014) Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira 
alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exte-
rior ou a ele destinadas, mas isso não se aplica à importação e à exportação de mercadorias 
conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
13 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e a outros casos esta-
belecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Perceba, com atenção, que a banca juntou numa mesma questão um artigo e a restrição con-
tida no parágrafo.
Certo.
1.2. AlFAndegAmento
Caro(a) aluno(a), a atividade aduaneira no Brasil tem origens ainda no período colonial. É, 
desconsiderando o escambo de caça e pesca dos índios (rs), uma das primeiras atividades 
comerciais em solo e território marítimo brasileiros.
É fácil inferirmos o porquê.
Com a chegada de Cabral à Bahia em 1500, houve as primeiras trocas comerciais e a ne-
cessidade de se estabelecer um controle marítimo no nosso território.
À época, esse controle se fazia mais necessário para evitar a invasão de outros países.
As primeiras alfândegas foram instaladas entre 1534 e 1540, ainda nos tempos de capi-
tanias hereditárias, mas foi a partir de 1808, com a abertura dos portos, que as alfândegas se 
tornaram o principal meio de receita fiscal do Estado.
Isso perdurou até a Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil adotou políticas fiscais con-
tracionistas.
Mas o que significa alfandegar?
De acordo com o artigo 2º da Portaria RFB n. 3.518/2011, entende-se por alfandegamento 
a autorização, por parte da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), para estacionamen-
to ou trânsito de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados; embarque, desem-
barque ou trânsito de viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados; movimentação, 
armazenagem e submissão a despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, 
ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial; bens de viajantes procedentes 
do exterior, ou a ele destinados e remessas postais internacionais, nos locais e recintos onde 
tais atividades ocorram sob controle aduaneiro.
Essa é uma das atividades mais importantes no comércio exterior, pois atua como um elo 
entre nosso país e o resto do mundo. Perceba a importância do alfandegamento, de acordo 
com a definição da própria Receita Federal.
Pessoas; bens; veículos: tudo isso passa pelo crivo da alfândega, pois é nesse recinto 
onde é realizado o controle aduaneiro.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução,cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
14 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
O alfandegamento poderá abranger a totalidade ou parte da área dos portos e dos 
aeroportos.
Quanto aos aspectos legais e burocráticos, cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil, 
órgão vinculado ao Ministério da Fazenda (Economia) definir os requisitos técnicos e opera-
cionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro, 
movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias.
De olho no que diz o decreto:
Art. 13-A. Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil definir os requisitos técnicos e ope-
racionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro, mo-
vimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a 
ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajantes procedentes do 
exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais (Lei n. 12.350, de 20 de dezembro 
de 2010, art. 34, caput). (Incluído pelo Decreto n. 8.010, de 2013).
2. recintos AlFAndegAdos
Os recintos alfandegados são os locais localizados na zona primária ou secundária onde 
são realizadas atividades sujeitas ao controle aduaneiro.
Compete à autoridade aduaneira autorizar que nesses locais ocorra, sob controle adua-
neiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do 
exterior, ou a ele destinados, inclusive sob regime aduaneiro especial; bagagem de viajantes 
procedentes do exterior, ou a ele destinados e remessas postais internacionais.
Veja, novamente, o que diz o decreto:
Art. 9º Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente, 
na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle aduanei-
ro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de:
I – mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro 
especial;
II – bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e
III – remessas postais internacionais.
Atente para o fato de que mesmo mercadorias sob regime aduaneiro especial podem ser 
movimentadas, armazenadas e despachadas em recintos declarados pela autoridade adua-
neira competente, seja em zona primária ou secundária.
Frise-se que, em zona primária, poderão ser alfandegados recintos destinados à instala-
ção de lojas francas, como atesta o parágrafo primeiro do artigo citado:
Parágrafo único. Poderão ainda ser alfandegados, em zona primária, recintos destinados à insta-
lação de lojas francas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
15 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
2.1. lojAs FrAncAs
Lojas francas funcionam como uma espécie de regime aduaneiro especial. O site da Re-
ceita Federal do Brasil nos dá a definição deste regime, segundo o qual permite a instala-
ção de estabelecimento comercial em portos ou em aeroportos alfandegados (zona primária) 
para vender mercadoria nacional ou estrangeira a passageiro em viagem internacional, sem a 
cobrança de tributos, contra pagamento em moeda nacional ou estrangeira.
São os famosos Duty Free.
Ainda de acordo com a Receita as vendas nas lojas francas podem ser realizadas a:
• tripulantes e passageiros em viagem internacional;
• missões diplomáticas, repartições consulares, representações de organismos interna-
cionais de caráter permanente e a seus integrantes e assemelhados; e
• empresas de navegação aérea ou marítima, para uso ou consumo de bordo de embar-
cações ou aeronaves, de bandeira estrangeira, aportadas no País.
2.2. portos secos
Um outro recinto alfandegado importante no nosso complexo aduaneiro são os chama-
dos Portos Secos.
Podemos definir porto seco como uma extensão da zona portuária ou aeroportuária. Es-
ses recintos especiais localizam-se na zona secundária e são autorizados a operar com car-
ga de importação e exportação.
O Regulamento Aduaneiro nos traz uma importante informação concernente à legisla-
ção que rege os portos secos: de acordo com o artigo 12, as operações de movimentação e 
armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro, bem como a prestação de serviços 
conexos, em porto seco, sujeitam-se ao regime de concessão ou de permissão (Lei n. 9.074, 
de 7 de julho de 1995, art. 1º, inciso VI).
É uma informação subsidiária que pode ser cobrada em prova.
Conhecimento é munição contra examinador esperto! rs
3. AdministrAção AduAneirA
A administração aduaneira se encarrega das atividades concernentes ao controle sobre o 
comércio exterior.
Você, futuro(a) Auditor(a)-Fiscal da Receita Federal do Brasil, se encarregará de fiscalizar 
os tributos incidentes sobre as operações de comércio exterior.
Seu ofício demandará tanto a execução quanto a supervisão das atividades de fiscaliza-
ção dos tributos incidentes na importação e exportação.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
16 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Parágrafo único. As atividades de fiscalização de tributos incidentes sobre as operações de comér-
cio exterior serão supervisionadas e executadas por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (Lei 
n. 5.172, de 1966, arts. 142, 194 e 196; Lei n. 4.502, de 1964, art. 93; Lei n. 10.593, de 6 de dezembro 
de 2002, art. 6º, com a redação dada pela Lei n. 11.457, de 16 de março de 2007, art. 9º). (Incluído 
pelo Decreto n. 7.213, de 2010).
Tal fiscalização poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos por-
tos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados. Observe:
Art. 16. A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos 
portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 36, 
caput, com a redação dada pela Lei n. 10.833, de 29 de dezembro de 2003, art. 77).
O artigo 19 do Decreto nos informa ainda que as pessoas físicas ou jurídicas exibirão aos 
Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, sempre que exigidos, as mercadorias, livros 
das escritas fiscal e geral, documentos mantidos em arquivos magnéticos ou assemelhados, 
e todos os documentos, em uso ou já arquivados, que forem julgados necessários à fiscali-
zação, e lhes franquearão os seus estabelecimentos, depósitos e dependências, bem assim 
veículos, cofres e outros móveis, a qualquer hora do dia, ou da noite, se à noite os estabeleci-
mentos estiverem funcionando.
Note que a prerrogativa do Auditor-Fiscal não é absoluta. No caso da fiscalização à noite, 
apenas se o estabelecimento estiver aberto, poderá a autoridade fiscal proceder a buscas por 
mercadorias e documentos necessários ao controle aduaneiro.
A administração aduaneira é tão importante para o Estado, que seus servidores possuem, 
nas suas áreas de atuação, prerrogativa sobre os demais servidores que atuem, também, em 
recintos alfandegados. Isso denota a importância estratégia do comércio exterior para o de-
senvolvimento do país.
A própria Constituição Federal prevê essa precedência:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mo-
ralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal n. 19, de 1998)
XVIII – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de compe-
tência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
O decreto atesta essa importância, como você pode verificar no artigo 17:
Art. 17. Nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, bem como 
em outras áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembar-
que de viajante, procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira tem precedên-
cia sobre as demais que ali exerçam suas atribuições (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 35). (Redação 
dada pelo Decreto n. 7.213, de 2010)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
17 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
O importador, exportador e adquirente de mercadoria importada por conta e ordem tem a 
obrigação de manter os documentos relativos às operações comerciais que realizarem pelo 
prazo decadencial estabelecido na legislação.
Veja o que diz o regramento:
Art. 18. O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem 
têm a obrigação de manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos às transações que 
realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que estão submetidos, e 
de apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos (Lei n. 10.833, de 2003, art. 70, caput):
No caso de haver incêndio, deterioração de documentos ou qualquer outro sinistro, como 
deverá proceder o importador ou o exportador?
Nesse caso, deverá ser feita comunicação, por escrito, no prazo de quarenta e oito horas 
do sinistro, à unidade de fiscalização aduaneira da Secretaria da Receita Federal do Brasil, ins-
truída com os documentos que comprovem o registro da ocorrência junto à autoridade com-
petente para apurar o fato.
Acompanhe:
§ 2º Nas hipóteses de incêndio, furto, roubo, extravio ou qualquer outro sinistro que provoque a per-
da ou deterioração dos documentos a que se refere o caput, deverá ser feita comunicação, por escri-
to, no prazo de quarenta e oito horas do sinistro, à unidade de fiscalização aduaneira da Secretaria 
da Receita Federal do Brasil que jurisdicione o domicílio matriz do sujeito passivo, instruída com os 
documentos que comprovem o registro da ocorrência junto à autoridade competente para apurar o 
fato (Lei n. 10.833, de 2003, art. 70, §§ 2º e 4º).
Fique atento(a) ao fato de que cabe ao Ministro de Estado da Fazenda (Economia) regular 
as unidades da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Art. 25. A estrutura, competência, denominação, sede e jurisdição das unidades da Secretaria da 
Receita Federal do Brasil que desempenham as atividades aduaneiras serão reguladas em ato do 
Ministro de Estado da Fazenda.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
18 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
4. controle AduAneiro de Veículos
O controle aduaneiro de veículos visa garantir que os trâmites legais sejam obedecidos 
quando da entrada e saída destes no território nacional, assim como observação se a carga é 
ilegal ou não; se há viajantes entrando ou saindo do nosso território em situação ilegal.
Tudo isso passa pelo crivo da alfândega.
Somente em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado poderá ser realizada a 
entrada ou saída de veículos procedentes ou destinados ao exterior.
Art. 26. A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados só poderá 
ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado.
Porém, caro(a) aluno(a), essa norma não traz uma obrigação absoluta, já que em situações 
justificadas o titular da unidade aduaneira poderá autorizar a entrada ou saída de veículos por 
porto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado.
Veja o que diz o parágrafo segundo do artigo citado:
§ 2º O titular da unidade aduaneira jurisdicionante poderá autorizar a entrada ou a saída de veículos 
por porto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado, em casos justificados, e sem prejuízo 
do disposto no § 1º.
O parágrafo 1º refere-se ao controle aduaneiro, indicando que tal controle será exercido 
sobre o veículo desde o seu ingresso no território aduaneiro até sua efetiva saída, incluindo 
bagagem de viajantes e outros bens a bordo.
§ 1º O controle aduaneiro do veículo será exercido desde o seu ingresso no território aduaneiro até 
a sua efetiva saída, e será estendido a mercadorias e a outros bens existentes a bordo, inclusive a 
bagagens de viajantes.
Assim, temos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
19 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Algumas restrições que, aliás, já foram objeto de questão de prova, dizem respeito à atua-
ção do condutor de veículo que procede do exterior. Vamos à literalidade da norma:
Art. 27. É proibido ao condutor de veículo procedente do exterior ou a ele destinado:
I – estacionar ou efetuar operações de carga ou descarga de mercadoria, inclusive transbordo, fora 
de local habilitado;
II – trafegar no território aduaneiro em situação ilegal quanto às normas reguladoras do transporte 
internacional correspondente à sua espécie; e
III – desviá-lo da rota estabelecida pela autoridade aduaneira, sem motivo justificado.
O Regulamento também nos traz outra importante restrição, também já objeto de prova, 
logo em seguida:
Art. 28. É proibido ao condutor do veículo colocá-lo nas proximidades de outro, sendo um deles 
procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível o transbordo de pessoa ou 
mercadoria, sem observância das normas de controle aduaneiro.
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição prevista no caput, os veículos:
I – de guerra, salvo se utilizados no transporte comercial;
II – das repartições públicas, em serviço;
III – autorizados para utilização em operações portuárias ou aeroportuárias, inclusive de transpor-
te de passageiros e tripulantes; e
IV – que estejam prestando ou recebendo socorro.
Como se viu, apenas em situações excepcionais é permitido ao condutor colocar o veículo 
nas proximidades de outro.
É o caso de veículos de guerra, estando o país em situação bélica; salvo aqueles utilizados 
no transporte comercial.
Os veículos utilizados em serviços públicos, os autorizados pelo controle aduaneiro e os 
que estejam prestando ou recebendo socorro também são excetuados da proibição contida 
no referido caput.
A autoridade aduaneira tem a prerrogativa em realizar buscas em qualquer veículo para 
prevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação aduaneira.
Essa busca pode ser realizada mesmo em momento anterior à prestação de informações 
pelo transportador da mercadoria.
Atenção para a norma mais uma vez. Não deixe de ler o decreto e fazer os grifos neces-
sários. (Recomendo quegrife artigos e parágrafos com cores diferentes. Facilita o estudo. 
Garanto-lhes!)
Art. 34. A autoridade aduaneira poderá proceder a buscas em qualquer veículo para prevenir e repri-
mir a ocorrência de infração à legislação aduaneira, inclusive em momento anterior à prestação das 
informações referidas no art. 31 (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 37, § 4º, com a redação dada pela 
Lei n. 10.833, de 2003, art. 77).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
20 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Quais informações são essas? São aquelas prestadas à Secretaria da Receita Federal 
acerca da carga transportada. Veja:
Art. 31. O transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma e no prazo 
por ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, bem como sobre a chegada 
de veículo procedente do exterior ou a ele destinado (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 37, caput, com 
a redação dada pela Lei n. 10.833, de 2003, art. 77).
4.1. mAniFesto de cArgA
O manifesto de carga é, certamente, um dos documentos mais relevantes para a atividade 
aduaneira. Nele, dados acerca da carga exportada ou importada são apresentados à autori-
dade fiscal para o controle do que entra e sai do território aduaneiro.
Mas quais são os dados que precisam estar contidos no manifesto de carga? Va-
mos à norma:
Art. 44. O manifesto de carga conterá:
I – a identificação do veículo e sua nacionalidade;
II – o local de embarque e o de destino das cargas;
III – o número de cada conhecimento;
IV – a quantidade, a espécie, as marcas, o número e o peso dos volumes;
V – a natureza das mercadorias;
VI – o consignatário de cada partida;
VII – a data do seu encerramento; e
VIII – o nome e a assinatura do responsável pelo veículo.
Note que são várias as informações contidas no manifesto de carga. Desde a identificação 
do veículo e sua nacionalidade; local de embarque; destino das cargas; quantidade; peso; natu-
reza da mercadoria, dentre outros.
Esse manifesto é importante para a segurança jurídica da carga comercializada e auxilia 
as autoridades para a guarda e análise de informações de nossas trocas comerciais com o 
resto do mundo, contribuindo de forma subsidiária para políticas de comércio exterior.
O manifesto de carga poderá ser substituído por outra declaração de efeito equivalente. 
Ainda, para cada ponto de descarga do território aduaneiro, o veículo deverá trazer tantos 
manifestos quantos forem os locais, no exterior, em que tiver recebido a carga.
A não apresentação de manifesto ou declaração de efeito equivalente, em relação a qual-
quer ponto de escala no exterior, será considerada declaração negativa de carga.
Veja na sequência a literalidade da norma:
Art. 41. A mercadoria procedente do exterior, transportada por qualquer via, será registrada em 
manifesto de carga ou em outras declarações de efeito equivalente (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 
39, caput).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
21 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Art. 43. Para cada ponto de descarga no território aduaneiro, o veículo deverá trazer tantos mani-
festos quantos forem os locais, no exterior, em que tiver recebido carga.
Parágrafo único. A não apresentação de manifesto ou declaração de efeito equivalente, em relação 
a qualquer ponto de escala no exterior, será considerada declaração negativa de carga.
Uma outra informação relevante diz respeito à divergência entre o conhecimento de carga 
e o manifesto de carga.
Mas o que seria exatamente o conhecimento de carga?
No sítio da Receita Federal, temos que o conhecimento de carga define a contratação da 
operação de transporte internacional, comprova o recebimento da mercadoria na origem e a 
obrigação de entregá-la no lugar de destino, constitui prova de posse ou propriedade da mer-
cadoria e é um documento que ampara a mercadoria e descreve a operação de transporte.
E quando há divergência entre o manifesto e o conhecimento de carga? O Regulamento 
Aduaneiro nos traz a solução:
Art. 47. No caso de divergência entre o manifesto e o conhecimento, prevalecerá este, podendo a 
correção daquele ser feita de ofício.
Caso a mercadoria seja descarregada em local diverso do registrado no manifesto, caberá 
à autoridade aduaneira do novo destino autorizar a descarga da mercadoria.
A autoridade aduaneira do novo destino deverá, então, comunicar o fato à unidade adua-
neira onde a mercadoria estava manifestada.
Veja só:
Art. 52. A competência para autorizar descarga de mercadoria em local diverso do indicado no ma-
nifesto é da autoridade aduaneira do novo destino, que comunicará o fato à unidade com jurisdição 
sobre o local para onde a mercadoria estava manifestada.
Caro(a) aluno(a), nesta aula, demos início ao estudo dessa importante disciplina que é a 
Legislação Aduaneira.
Algumas definições contidas na aula são importantes para a compreensão da disciplina.
Não deixe de imprimir o Regulamento Aduaneiro. Faça uma leitura inicial e, em seguida, 
após ler a teoria e resolver as questões, grife os tópicos mais importantes. Não recomendo que 
saia grifando de cara! Analise o terreno em uma primeira leitura e só em seguida construa a es-
trada. É isso! Agora vamos à revisão e em seguida a uma bateria de questões para consolidar 
o conhecimento. Bom trabalho e rumo à aprovação!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
22 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
RESUMO
Vamos resumir ao final de cada aula o conjunto de esquemas e mapas mentais que estuda-
mos para facilitar suas futuras revisões. Se surgir dúvida em algum esquema, retorne ao tópico 
específico da aula!
O território aduaneiro compreende todo o território nacional.
O território aduaneiro é constituído pela zona primária e secundária.
Constituem a zona primária:
• a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;
• a área terrestre, nos aeroportos alfandegados;
• a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados.
Constituem a zona secundária:
• restante do território aduaneiro;
• águas territoriais e espaço aéreo.
As zonas de processamento de exportação constituem a zona primária para efeito de con-
trole aduaneiro.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
23 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Recintos alfandegados são locais onde se exerce o controle aduaneiro.
A Secretaria da Receita Federal do Brasil é o órgão responsável por declarar o recinto como 
apto para que sejam efetivadas operações de comércio exterior.
Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas opera-
ções de movimentação, armazenagem e despachoaduaneiro de mercadorias e de bagagem, 
sob controle aduaneiro.
Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos al-
fandegados.
As atividades de fiscalização de tributos incidentes sobre as operações de comércio exte-
rior serão supervisionadas e executadas por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
24 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados só poderá 
ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado.
É proibido ao condutor do veículo colocá-lo nas proximidades de outro, sendo um deles 
procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível o transbordo de pessoa 
ou mercadoria, sem observância das normas de controle aduaneiro.
Essa regra é excetuada nas seguintes situações:
• veículos de guerra, salvo se utilizados no transporte comercial;
• veículos das repartições públicas, em serviço;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
25 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
• veículos autorizados para utilização em operações portuárias ou aeroportuárias, inclusi-
ve de transporte de passageiros e tripulantes; e
• que estejam prestando ou recebendo socorro.
Manifesto de carga é um documento no qual estão elencadas informações acerca da car-
ga transportada.
No caso de divergência entre o manifesto e o conhecimento, prevalecerá este, podendo a 
correção daquele ser feita de ofício.
A mercadoria descarregada de veículo procedente do exterior será registrada pelo trans-
portador, ou seu representante, e pelo depositário, na forma e no prazo estabelecidos pela 
Secretaria da Receita Federal do Brasil.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
26 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
QUESTÕES DE CONCURSO
002. (ESAF/RFB/2014) O território aduaneiro compreende todo o território nacional, exceto as 
Áreas de Livre Comércio, sujeitas à legislação específica.
De fato, o território aduaneiro compreende todo o território nacional, mas a questão incorre 
em erro ao apontar as Áreas de Livre Comércio como exceção.
Veja o que diz o decreto:
Art. 2º O território aduaneiro compreende todo o território nacional.
§ 5º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se ainda às Áreas de Controle Integrado criadas 
em regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o Brasil (Acordo de Alcance Parcial 
para a Facilitação do Comércio n. 5 – Acordo de Recife, aprovado pelo Decreto Legislativo n. 66, de 
16 de novembro de 1981, e promulgado pelo Decreto n. 1.280, de 14 de outubro de 1994; e Segundo 
Protocolo Adicional ao Acordo de Recife, Anexo – Acordo de Alcance Parcial de Promoção do Co-
mércio n. 5 para a Facilitação do Comércio, art. 3º, alínea “a”, internalizado pelo Decreto n. 3.761, de 
5 de março de 2001).
Errado.
003. (ESAF/RFB/2014) Compete ao Ministro de Estado da Fazenda definir os requisitos técni-
cos e operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle 
aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes 
do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajan-
tes procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais.
Amigo(a), essa competência não cabe ao Ministro da Fazenda, mas sim à autoridade adua-
neira competente na zona primária e secundária. Onde isso está dito? Nele mesmo, no nos-
so decreto:
Art. 9º Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente, 
na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle aduanei-
ro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de:
I – mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro 
especial;
II – bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e
III – remessas postais internacionais.
Errado.
004. (ESAF/RFB/2014) Relativamente à mercadoria descarregada de veículo procedente do 
exterior, o volume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com diferença de peso, 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
27 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
com indícios de violação ou de qualquer modo avariado, deverá ser objeto de conserto e pe-
sagem, fazendo-se, ato contínuo, a devida anotação no registro de descarga, pelo depositário. 
A autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscais e o isolamento dos 
volumes em local próprio do recinto alfandegado, exceto nos casos de extravio ou avaria, dado 
o estado já verificado dos volumes, os quais não poderão permanecer no recinto alfandegado.
A questão está quase toda correta, mas escorrega no final. Mesmo nos casos de extravio e 
avaria, a autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscais e o isola-
mento dos volumes em local próprio do recinto alfandegado.
Art. 63. A mercadoria descarregada de veículo procedente do exterior será registrada pelo transpor-
tador, ou seu representante, e pelo depositário, na forma e no prazo estabelecidos pela Secretaria 
da Receita Federal do Brasil.
§ 1º O volume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com diferença de peso, com indí-
cios de violação ou de qualquer modo avariado, deverá ser objeto de conserto e pesagem, fazendo-
se, ato contínuo, a devida anotação no registro de descarga, pelo depositário. (Incluído pelo Decreto 
n. 8.010, de 2013)
§ 2º A autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscais e o isolamento dos 
volumes em local próprio do recinto alfandegado, inclusive nos casos de extravio ou avaria. (Incluído 
pelo Decreto n. 8.010, de 2013)
Veja como é importante o estudo do Regulamento!
Errado.
005. (ESAF/RFB/2014) O transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil, 
na forma e no prazo por ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, 
bem como sobre a chegada de veículo procedente do exterior ou a ele destinado. A autorida-
de aduaneira poderá proceder às buscas em veículos necessárias para prevenir e reprimir a 
ocorrência de infração à legislação, mas, em respeito à ampla defesa e ao contraditório, as 
buscas poderão ocorrer apenas em momento ulterior à apresentação das referidas informa-
ções pelo transportador.
Realmente, o transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil as informa-
ções expostas na questão assim como a autoridade aduaneira poderá proceder às buscas em 
veículos. Mas onde está o erro? Está no final, quanto ao aspecto temporal, em relação à condi-
ção exposta no fimda questão. Não há a necessidade de que as buscas sejam realizadas ape-
nas em momento ulterior à apresentação das informações pelo transportador. Onde isso está 
afirmado? Exatamente: no Decreto n. 6.759/2009, nosso Regulamento Aduaneiro. Vejamos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
28 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Art. 34. A autoridade aduaneira poderá proceder a buscas em qualquer veículo para prevenir e re-
primir a ocorrência de infração à legislação aduaneira, inclusive em momento anterior à prestação 
das informações referidas no art. 31 (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 37, § 4º, com a redação dada 
pela Lei n. 10.833, de 2003, art. 77).
Certo.
006. (INÉDITA) O território aduaneiro compreende apenas áreas estabelecidas pela autorida-
de competente.
O território aduaneiro compreende todo o território nacional! Informação básica e primordial 
do estudo da legislação aduaneira.
Errado.
007. (INÉDITA) A jurisdição do território aduaneiro compreende as zonas primárias e zonas 
secundárias. As águas territoriais e o espaço aéreo, devido às suas importâncias e abrangên-
cias, correspondem à zona primária.
Realmente, as águas territoriais e o espaço aéreo são importantes para a atividade adu-
aneira, mas eles não pertencem à zona primária; eles fazem parte da zona secundária. De 
olho na norma:
Art. 3º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange 
(Decreto-Lei n. 37, de 18 de novembro de 1966, art. 33, caput):
II – a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as 
águas territoriais e o espaço aéreo.
Errado.
008. (INÉDITA) Os recintos alfandegados serão declarados pela autoridade aduaneira compe-
tente, na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob contro-
le aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias proceden-
tes do exterior, ou a ele destinados, ou a ele destinadas, exceto sob regime aduaneiro especial.
Mais uma questão que começa bem, desenvolve-se bem, mas escorrega no final, pois não há 
essa exceção. Repare:
Art. 9º Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente, 
na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle aduanei-
ro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
29 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
I – mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro 
especial;
II – bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e
III – remessas postais internacionais.
Errado.
009. (INÉDITA) Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são execu-
tadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de 
bagagem, sob controle aduaneiro.
Exatamente! Essa é a definição de portos secos.
Art. 11. Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas opera-
ções de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob 
controle aduaneiro.
Certo.
010. (INÉDITA) Os portos secos são instalados em zona secundária.
O Regulamento, a contrariu sensu, afirma que os portos secos deverão ser instalados em zona 
secundária:
§ 1º Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfan-
degados.
Certo.
011. (INÉDITA) Compete ao Ministro de Estado da Fazenda definir os requisitos técnicos e 
operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle adu-
aneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do 
exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajantes 
procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais.
Caro(a) aluno(a), essa prerrogativa é da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Não custa lem-
brar que esse é um órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, hoje, Ministério da Economia.
Errado.
012. (INÉDITA) O alfandegamento, quando efetuado, deverá abranger a totalidade dos portos 
e aeroportos, garantindo, assim, um controle aduaneiro eficaz.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
30 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
A questão está incompleta, pois o alfandegamento poderá abranger, também, parte dos por-
tos e aeroportos.
Errado.
013. (INÉDITA) As atividades de fiscalização de tributos incidentes sobre as operações de 
comércio exterior serão executadas por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e supervi-
sionadas pelo Ministro da Fazenda.
Até poderíamos deduzir que esse supervisionamento caberia ao Ministro da Fazenda, devido 
a sua posição hierárquica, mas não é o que diz o decreto:
Parágrafo único. As atividades de fiscalização de tributos incidentes sobre as operações de comér-
cio exterior serão supervisionadas e executadas por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (Lei 
n. 5.172, de 1966, arts. 142, 194 e 196; Lei n. 4.502, de 1964, art. 93; Lei n. 10.593, de 6 de dezembro 
de 2002, art. 6º, com a redação dada pela Lei n. 11.457, de 16 de março de 2007, art. 9º). (Incluído 
pelo Decreto n. 7.213, de 2010).
Portanto, caberá a você, futuro(a) Auditor(a)-Fiscal da Receita Federal, as atividades de fiscali-
zação e supervisão sobre operações de comércio exterior.
Errado.
014. (INÉDITA) A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou 
eventual, nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados.
É o que diz o decreto, em seu art. 16. Veja o grau de importância da fiscalização aduaneira.
Art. 16. A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos 
portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 36, 
caput, com a redação dada pela Lei n. 10.833, de 29 de dezembro de 2003, art. 77).
Certo.
015. (INÉDITA) O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua 
conta e ordem têm a obrigação de manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos 
às transações que realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a 
que estão submetidos, e de apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos.
Aqui temos a literalidade da norma:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
31 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Art. 18. O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem 
têm a obrigação de manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos às transaçõesque 
realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que estão submetidos, e 
de apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos (Lei n. 10.833, de 2003, art. 70, caput):
Certo.
016. (INÉDITA) As pessoas físicas ou jurídicas exibirão aos Auditores-Fiscais da Receita Fe-
deral do Brasil, sempre que exigidos, as mercadorias, livros das escritas fiscal e geral, docu-
mentos mantidos em arquivos magnéticos ou assemelhados, e todos os documentos, em uso 
ou já arquivados, que forem julgados necessários à fiscalização, e lhes franquearão os seus 
estabelecimentos, depósitos e dependências, bem assim veículos, cofres e outros móveis, a 
qualquer hora do dia ou da noite.
Essa prerrogativa do Auditor-Fiscal não é absoluta. No caso de fiscalização à noite, apenas 
se o estabelecimento estiver aberto neste turno poderá o auditor proceder a buscas e apreen-
sões por mercadorias e documentos.
Errado.
017. (INÉDITA) A estrutura, competência, denominação, sede e jurisdição das unidades da 
Secretaria da Receita Federal do Brasil que desempenham as atividades aduaneiras serão 
reguladas em ato da autoridade aduaneira competente.
A competência para regular estrutura, competência, denominação, sede e jurisdição das uni-
dades da Secretaria da Receita Federal do Brasil fica a cargo do Ministro da Fazenda, hoje 
Ministro da Economia.
Errado.
018. (INÉDITA) Nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, 
bem como em outras áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou em-
barque e desembarque de viajante, procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade 
aduaneira tem precedência sobre as demais que ali exerçam suas atribuições.
Mais uma questão que cobra a literalidade da norma. Devido à importância da atividade adu-
aneira e do comércio exterior como um forte indutor do desenvolvimento econômico, a auto-
ridade aduaneira tem precedência sobre os demais servidores que estejam atuando também 
em algum recinto alfandegado.
Como sempre, o decreto nos dá o embasamento legal:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
32 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Art. 17. Nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, bem como 
em outras áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembar-
que de viajante, procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira tem precedên-
cia sobre as demais que ali exerçam suas atribuições (Decreto-Lei n. 37, de 1966, art. 35). (Redação 
dada pelo Decreto n. 7.213, de 2010).
Certo.
019. (INÉDITA) Nas hipóteses de incêndio, furto, roubo, extravio ou qualquer outro sinistro que 
provoque a perda ou deterioração dos documentos necessários ao controle aduaneiro, deverá 
ser feita comunicação, por escrito, no prazo de dez dias úteis do sinistro, à unidade de fiscali-
zação aduaneira da Secretaria da Receita Federal do Brasil que jurisdicione o domicílio matriz 
do sujeito passivo, instruída com os documentos que comprovem o registro da ocorrência 
junto à autoridade competente para apurar o fato.
O prazo que o decreto estabelece é de quarenta e oito horas e não de dez dias úteis como fora 
dito na questão. Poderia dizer que foi viagem da banca, mas foi minha mesmo, que elaborei o 
item (rs).
Errado.
020. (INÉDITA) Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer dispo-
sições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, 
documentos, papéis de efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes, industriais ou produ-
tores, ou da obrigação destes de exibi-los.
Essa é uma questão recorrente no Direito Tributário, e reiterada no regramento que rege a 
atividade aduaneira no Brasil, tanto que está replicada no decreto:
Art. 21. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais ex-
cludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis de 
efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigação destes 
de exibi-los (Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966, art. 195, caput).
Certo.
021. (INÉDITA) A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados 
só poderá ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado, todavia, o titular da 
unidade aduaneira jurisdicionante poderá autorizar a entrada ou a saída de veículos por porto, 
aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado, em casos justificados.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
33 de 45www.grancursosonline.com.br
Conceitos Iniciais - Jurisdição Aduaneira
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
É isso, amigo(a)! O titular da unidade aduaneira poderá autorizar a entrada ou saída de veículos 
por porto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado, em casos justificados.
Aqui foi feita uma combinação de um artigo e um parágrafo do decreto. Quais são? Veja-os:
Art. 26. A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados só poderá 
ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado.
§ 1º O controle aduaneiro do veículo será exercido desde o seu ingresso no território aduaneiro até 
a sua efetiva saída, e será estendido a mercadorias e a outros bens existentes a bordo, inclusive a 
bagagens de viajantes.
§ 2º O titular da unidade aduaneira jurisdicionante poderá autorizar a entrada ou a saída de ve-
ículos por porto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado, em casos justificados, e sem 
prejuízo do disposto no § 1º.
Certo.
022. (INÉDITA) É proibido ao condutor do veículo colocá-lo nas proximidades de outro, sendo 
um deles procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível o transbordo 
de pessoa ou mercadoria, sem observância das normas de controle aduaneiro, sem exceções.
Realmente, a proibição exposta na questão é verdadeira, mas ela comporta, sim, exceção.
Veja como está no decreto:
Art. 28. É proibido ao condutor do veículo colocá-lo nas proximidades de outro, sendo um deles 
procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível o transbordo de pessoa ou 
mercadoria, sem observância das normas de controle aduaneiro.
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição prevista no caput, os veículos:
I – de guerra, salvo se utilizados no transporte comercial;
II – das repartições públicas, em serviço;
III – autorizados para utilização em operações portuárias ou aeroportuárias, inclusive de transpor-
te de passageiros e tripulantes; e
IV – que estejam prestando ou recebendo socorro.
Observe que são 4 exceções elencadas pelo decreto.
Errado.
023. (INÉDITA) É proibido ao condutor do veículo colocá-lo nas proximidades de outro, sendo 
um deles procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível o transbordo 
de pessoa ou mercadoria, sem observância das normas de controle aduaneiro. Todavia, a 
legislação traz algumas exceções a esta regra. Assinale o item que não se coaduna com a 
exceção exposta no Decreto.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
34 de 45www.grancursosonline.com.br

Continue navegando