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Livro Legislação Aduaneira Comparada - Uniasselvi

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Prévia do material em texto

2012
LegisLação aduaneira 
Comparada
Prof. Anderson de Miranda Gomes
Prof.ª Sonia Adriana Weege
Copyright © UNIASSELV 2012
Elaboração:
Prof. Anderson de Miranda Gomes
Prof.ª Sonia Adriana Weege
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
343.056
 G633l Gomes, Anderson de Miranda
 Legislação aduaneira comparada / Anderson de Miranda 
Gomes; Sonia Adriana Weege. Indaial : Uniasselvi, 2012.
 226 p. : il 
 
 ISBN 978-85-7830- 614-4
 1. Direito aduaneiro - Alfândegas.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
 
III
apresentação
Caro(a) acadêmico(a)!
Iniciamos os estudos da disciplina de Legislação Aduaneira 
Comparada. Entraremos no mundo das relações comerciais estabelecidas 
internacionalmente. As informações trazidas neste Caderno de Estudos têm 
como objetivo demonstrar a você, acadêmico(a), algumas das situações que 
estabelecem as relações comerciais internacionais que são além de outras 
disciplinas, campo de atuação da legislação aduaneira. O que aqui segue 
descrito não é definitivo nem mesmo finito. 
A legislação brasileira é modificada rotineiramente, da mesma forma 
que as relações de comércio ou em sociedade que se modificam no transcorrer 
dos tempos. Entretanto, podemos lhe ofertar uma visão inicial do que ocorre 
no regramento legal aplicável às relações aduaneiras, com o seu compromisso 
de manter-se atualizado(a).
A Unidade 1 trará a compreensão da proposta do direito aduaneiro. 
Além disso, veremos o papel do Estado neste contexto, e de forma sucinta 
apresentaremos a legislação aduaneira no território brasileiro. Esta unidade 
contém a descrição das características que envolvem o Direito Internacional 
Público e o Direito Internacional Privado, oportunizando distingui-los.
As estruturas e as funções do regulamento aduaneiro que é um dos 
mais importantes textos legais dispostos na legislação brasileira em relação ao 
comércio internacional será objeto da Unidade 2. Serão igualmente objeto de 
estudos desta unidade os despachos aduaneiros de exportação e importação, 
seus conceitos e as operações que lhe são pertinentes.
A Unidade 3 traz em seu conteúdo as perspectivas, conceitos e 
características que envolvem o contrato internacional, como partes do 
contrato, objeto, foro, elementos dentre outros aspectos que conduzem à 
relação estabelecida entre os diversos tipos de contratos internacionais. 
O aprendizado é uma constante, nos acompanhe nos estudos. Leia 
o conteúdo do caderno com atenção, acesse o AVA, participe do fórum e da 
enquete e descubra a importância do saber.
Seja bem vindo(a)! Sucesso!
Prof. Anderson Miranda
Prof.ª Sonia Adriana Weege
IV
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades 
em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o 
material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato 
mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação 
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
V
VI
VII
sumário
UNIDADE 1: PRESSUPOSTOS DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA ............................................. 1
TÓPICO 1: PERFIL DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA ................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 A CONCEPÇÃO DO DIREITO ADUANEIRO .............................................................................. 3
3 A LEI BRASILEIRA E O DIREITO ADUANEIRO ........................................................................ 6
4 O PAPEL DA ADUANA NO CONTEXTO NORMATIVO ......................................................... 8
5 O PODER ADUANEIRO COMO MEIO DE COAÇÃO LEGAL ................................................ 8
6 O CONCEITO DE JURISDIÇÃO ADUANEIRA ........................................................................... 9
7 A INTERIORIZAÇÃO ADUANEIRA .............................................................................................. 9
8 CONCEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ............................... 10
RESUMO DO TÓPICO 1 ...................................................................................................................... 13
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................... 14
TÓPICO 2: O CONTROLE DOS PROCEDIMENTOS ADUANEIROS ...................................... 15
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 15
2 CONCEITO DE ENTRADA ADUANEIRA .................................................................................... 15
2.2 ESPÉCIES DE ENTRADAS ADUANEIRAS ............................................................................... 16
2.2.1 Entrada aduaneira de veículos ............................................................................................ 16
2.2.2 Entrada aduaneira de mercadorias ..................................................................................... 17
2.2.3 Entrada aduaneira de pessoas ............................................................................................. 18
2.3 EXERCÍCIO DO PODER DISCRICIONÁRIO NAS ENTRADAS ADUANEIRAS ............... 21
3 O PROCESSO ADUANEIRO CONTENCIOSO ............................................................................ 22
4 O CONTENCIOSO ADUANEIRO NO BRASIL ........................................................................... 23
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 32
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 33
TÓPICO 3: CONTENDAS ADUANEIRAS ....................................................................................... 35
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 35
2 FRAUDES E INFRAÇÕES ADUANEIRAS .................................................................................... 36
2.1 CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA ............................................................................ 38
3 O CONTRABANDO E O DESCAMINHO ..................................................................................... 41
3.1 SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL ......................................................................................44
3.2 COPLANC ....................................................................................................................................... 44
4 INTEGRAÇÃO REGIONAL .............................................................................................................. 45
5 FRANQUIAS TERRITORIAIS .......................................................................................................... 47
6 SUJEITOS PASSIVOS DOS IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO ................. 50
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 51
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 57
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 58
VIII
UNIDADE 2: REGULAMENTO ADUANEIRO E O COMÉRCIO EXTERIOR .......................... 59
TÓPICO 1: DISPOSIÇÕES ADUANEIRAS ...................................................................................... 61
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 61
2 ESTRUTURA DO REGULAMENTO ADUANEIRO .................................................................... 62
2.1 FUNÇÕES ADMINISTRATIVA E TRIBUTÁRIA ........................................................................ 63
2.2 O TERRITÓRIO ADUANEIRO ..................................................................................................... 64
2.3 PORTOS, AEROPORTOS E PONTOS DE FRONTEIRA ALFANDEGADOS ........................ 65
2.3.1 Portos marítimos .................................................................................................................... 65
2.3.2 Aeroportos .............................................................................................................................. 69
2.4 RECINTOS ALFANDEGADOS .................................................................................................... 71
2.5 CONTROLE ADUANEIRO DE VEÍCULOS ............................................................................... 72
2.6 MANIFESTO DE CARGA ............................................................................................................. 73
3 VALOR ADUANEIRO ........................................................................................................................ 74
4 CLASSIFICAÇÃO FISCAL ................................................................................................................ 76
4.1 NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL ........................................................................ 77
4.1.1 Estrutura e composição do NCM ........................................................................................ 78
4.1.2 Regras de Classificação na NCM ......................................................................................... 78
4.1.2.1 Regra Geral de Interpretação nº 1 ........................................................................... 78
4.1.2.2 Regra Geral de Interpretação nº 2 ........................................................................... 79
4.1.2.3 Regra Geral de Interpretação nº 3 ........................................................................... 80
4.1.2.4 Regra Geral de Interpretação nº 4 ........................................................................... 82
4.1.2.5 Regra Geral de Interpretação nº 5 ........................................................................... 82
4.1.2.6 Regra Geral Complementar nº 6 ............................................................................. 83
4.1.2.7 Regra Geral Complementar nº 1 ............................................................................. 83
4.1.2.8 Regra Geral Complementar nº 2 ............................................................................. 84
4.2 NOTAS EXPLICATIVAS DO SISTEMA HARMONIZADO ..................................................... 84
5 HABILITAÇÃO DOS DEMAIS INTERVENIENTES ................................................................... 84
6 SISTEMAS INFORMATIZADOS .................................................................................................... 87
7 O DESPACHANTE ADUANEIRO ................................................................................................... 88
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 90
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 91
TÓPICO 2: DESPACHO ADUANEIRO DE EXPORTAÇÃO ......................................................... 93
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 93
2 TRATAMENTO ADMINISTRATIVO ............................................................................................. 94
3 DOCUMENTOS PARA EXPORTAÇÃO ......................................................................................... 96
3.1 DOCUMENTOS ELETRÔNICOS ................................................................................................. 96
3.1.1 Registro de Exportação (RE) ................................................................................................ 96
3.1.2 Registro de Operação de Crédito (RC) ............................................................................... 98
3.1.3 Registro de Exportação Simplificado (RES) ....................................................................... 99
3.1.4 Declaração de Despacho de Exportação (DDE) ................................................................ 99
3.1.5 Declaração Simplificada de Exportação (DSE) .................................................................. 101
3.1.6 Comprovante de Exportação (CE) ....................................................................................... 101
3.2 OUTROS DOCUMENTOS ............................................................................................................ 101
3.2.1 Fatura Proforma ..................................................................................................................... 102
3.2.2 Fatura comercial ..................................................................................................................... 103
3.2.3 Nota fiscal ............................................................................................................................... 105
3.2.4 Romaneio (packing list) ........................................................................................................ 106
3.2.5 Conhecimento de embarque ................................................................................................ 107
3.2.6 Contrato de câmbio, apólice de seguro e fatura consular ................................................ 108
IX
3.2.7 Certificados e demais comprovantes .................................................................................. 110
3.2.7.1 Certificados de origem ............................................................................................. 110
3.2.7.1.1 Certificado de origem padrão ou comum .............................................. 111
3.2.7.1.2 Certificado de Origem SGP – Formulário A (Form A) ......................... 111
3.2.7.1.3 Certificado de origem SGPC .................................................................... 111
3.2.7.1.4 Certificado de Origem Mercosul ............................................................. 111
3.2.7.1.5 Certificado de origem ALADI .................................................................. 112
3.2.7.1.6 Outroscertificados ..................................................................................... 113
4 FORMAÇÃO DE PREÇO NA EXPORTAÇÃO .............................................................................. 114
5 TIPOS DE EXPORTAÇÃO ................................................................................................................. 116
5.1 EXPORTAÇÃO DIRETA ................................................................................................................ 117
5.2 EXPORTAÇÃO INDIRETA ........................................................................................................... 117
5.3 CONSÓRCIOS DE EXPORTAÇÃO .............................................................................................. 117
5.3.1 Consórcio de promoção de exportações ............................................................................. 118
5.3.2 Consórcio de vendas ............................................................................................................. 118
5.3.3 Consórcio de área ou país ..................................................................................................... 118
5.4 EXPORTAÇÃO DE AMOSTRAS .................................................................................................. 119
6 DESPACHO ADUANEIRO DE EXPORTAÇÃO ........................................................................... 119
6.1 ETAPAS DO DESPACHO ADUANEIRO DE EXPORTAÇÃO ................................................ 119
6.2 ETAPAS DE UMA EXPORTAÇÃO .............................................................................................. 121
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 123
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 124
TÓPICO 3: DESPACHO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO ........................................................ 125
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 125
2 REGISTROS PARA IMPORTAÇÃO ............................................................................................... 126
2.1 REGISTRO DE IMPORTADOR .................................................................................................... 126
2.2 REGISTRO NO SISTEMA INTEGRADO DE 
 COMÉRCIO EXTERIOR (SISCOMEX) ........................................................................................ 126
3 CLASSIFICAÇÃO FISCAL DAS MERCADORIAS ..................................................................... 127
4 DOCUMENTOS PARA IMPORTAÇÃO ........................................................................................ 128
4.1 DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO ........................................................................................... 128
4.2 LICENCIAMENTO DAS IMPORTAÇÕES ................................................................................. 129
4.2.1 Dispensadas de licenciamento ............................................................................................. 129
4.2.2 Licenciamento automático .................................................................................................... 131
4.2.3 Licenciamento não automático (LI) ..................................................................................... 132
4.2.3.1 Antes do despacho aduaneiro ................................................................................. 133
4.2.3.2 Antes do embarque da mercadoria ........................................................................ 134
4.3 COMPROVANTE DE IMPORTAÇÃO (CI) ................................................................................ 134
5 CÂMBIO E CONDIÇÕES DE PAGAMENTO ............................................................................... 135
6 FORMAÇÃO DOS CUSTOS NA IMPORTAÇÃO ....................................................................... 139
6.1 IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II) ............................................................................................... 140
6.2 IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI) .................................................. 141
6.3 IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS 
 OU SERVIÇOS (ICMS) ................................................................................................................... 141
6.4 ADICIONAL AO FRETE PARA A RENOVAÇÃO DA 
 MARINHA MERCANTE (AFRMM) ........................................................................................... 142
6.5 TAXA DE CAPATAZIA E ARMAZENAGEM ............................................................................ 142
7 DRAWBACK: UM REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DE IMPORTAÇÃO .......................... 142
7.1 DRAWBACK SUSPENSÃO ............................................................................................................ 143
7.2 DRAWBACK ISENÇÃO ................................................................................................................. 144
X
8 DESPACHO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO ........................................................................... 144
8.1 ETAPAS DO DESPACHO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO ................................................ 144
8.2 ETAPAS DE UMA IMPORTAÇÃO .............................................................................................. 147
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 148
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 156
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 157
UNIDADE 3: CONTRATOS INTERNACIONAIS ........................................................................... 159
TÓPICO 1: PRESSUPOSTOS DOS CONTRATOS INTERNACIONAIS ................................... 161
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 161
2 ATOS E CONTRATOS INTERNACIONAIS ................................................................................. 162
2.1 CONTRATOS INTERNACIONAIS .............................................................................................. 163
2.2 PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS COMO CONTRATANTES ............................................. 165
2.2.1 Pessoas jurídicas ..................................................................................................................... 165
2.2.2 Pessoas físicas ......................................................................................................................... 166
2.3 AUTONOMIA DA VONTADE E LIBERDADE CONTRATUAL ............................................ 167
3 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................................ 168
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 170
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 171
TÓPICO 2: OS MODELOS DE CONTRATOS INTERNACIONAIS 
 PRIMEIRA PARTE: CONTRATOS DE COMPRA E VENDA 
 INTERNACIONAL ............................................................................................................ 173
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 173
2 PARTES (ELEMENTOS) DO CONTRATO DE COMPRA EVENDA INTERNACIONAL . 174
3 ASPECTO JURÍDICO ......................................................................................................................... 174
4 FORO INTERNACIONAL ................................................................................................................. 175
5 CLÁUSULAS ........................................................................................................................................ 176
6 O FATOR ALEATÓRIO ...................................................................................................................... 177
7 CONDIÇÕES DE VENDA (INCOTERMS) .................................................................................... 178
7.1 GRUPO E – CONTRATO DE PARTIDA ..................................................................................... 180
7.2 GRUPO F – TRANSPORTE PRINCIPAL NÃO PAGO ............................................................ 181
7.3 GRUPO C – TRANSPORTE PRINCIPAL PAGO ....................................................................... 182
7.4 GRUPO D – CONTRATO DE CHEGADA .................................................................................. 183
8 ARBITRAGEM INTERNACIONAL ................................................................................................ 184
9 SANÇÕES .............................................................................................................................................. 185
10 RESCISÃO OU REVOGAÇÃO ....................................................................................................... 185
11 MODELO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA ............................................................... 186
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 195
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 196
TÓPICO 3: CONTRATOS INTERNACIONAIS
 OS MODELOS DE CONTRATOS INTERNACIONAIS – SEGUNDA 
 PARTE: OUTROS TIPOS DE CONTRATOS INTERNACIONAIS ......................... 197
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 197
2 CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO OU AGENCIAMENTO INTERNACIONAL ............. 197
3 CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING) ............................................. 200
4 CONTRATO DE FATURAMENTO (FACTORING) ..................................................................... 204
XI
4.1 CLÁUSULAS ESSENCIAIS E FACULTATIVAS ......................................................................... 205
5 CONTRATO DE FRANQUIA (FRANCHISING) ........................................................................... 206
6 CONTRATO DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA (KNOW-HOW) .............................. 207
7 CONTRATO DE EMPREENDIMENTO EM CONJUNTO (JOINT VENTURE) ...................... 208
8 CONTRATO DE EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS ......................................................................... 210
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 212
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 212
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 217
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 218
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 219
XII
1
UNIDADE 1
PRESSUPOSTOS DA 
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade, você será capaz de:
• compreender a proposta da concepção do direito aduaneiro e o papel do 
Estado nesta percepção é identificar os fatores que caracterizam os textos 
legais aduaneiros no território brasileiro;
• analisar o papel da aduana, o poder aduaneiro, o conceito de jurisdição 
aduaneira e de interiorização aduaneira e reconhecer os conceitos do di-
reito internacional público e direito internacional privado;
• identificar o conceito de entrada aduaneira e as espécies reconhecidas, 
dentre elas as entradas de veículos, mercadorias ou bens e pessoas;
• compreender o exercício do poder discricionários nas entradas aduaneiras;
• reconhecer o conceito de processo contencioso aduaneiro e seus princí-
pios e distinguir o contencioso aduaneiro no Brasil;
• distinguir as situações de fraude e infrações contidas na legislação adua-
neira e legislação afim;
• observar e reconhecer os crimes contra a ordem tributária encontradas nas 
relações comerciais aduaneiras e compreender os conceitos de contraban-
do e descaminho.
A Unidade 1 está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles, você terá 
a oportunidade de fixar seus conhecimentos realizando as atividades propostas.
TÓPICO 1 – PERFIL DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
TÓPICO 2 – O CONTROLE DOS PROCEDIMENTOS ADUANEIROS
TÓPICO 3 – CONTENDAS ADUANEIRAS
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
 PERFIL DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
1 INTRODUÇÃO
Assim como encontramos em outros segmentos das relações de comércio 
estabelecidas no território brasileiro, temos: normas jurídicas que regulamentam 
as situações que envolvem as transações comerciais praticadas em território 
aduaneiro e reconhecidas como DIREITO ADUANEIRO.
O Estado edita normas legais com o pressuposto básico de manter a própria 
ordem jurídica em seu território, buscando a harmonia dos atos praticados em 
sociedade.
Este tópico tem por objetivo demonstrar as situações que determinam a 
própria existência do direito aduaneiro e sua formatação inicial, especificamente 
as determinações estabelecidas no território brasileiro.
Prezado acadêmico, iniciamos agora uma aventura que ultrapassa 
fronteiras. Vamos a ela.
2 A CONCEPÇÃO DO DIREITO ADUANEIRO
As situações que confirmam a organização do direito aduaneiro estão 
ligadas à existência de fatos constatados em operações que são realizadas por meio 
do intercâmbio comercial com o exterior. Ou seja, além-fronteiras do território 
brasileiro.
Como exemplifica Carlucci (2001, p. 19), “quando da chegada de uma 
mercadoria estrangeira no porto, aeroporto ou ponto de fronteira, se aplicam 
normas sobre transporte, seguros, tributárias, administrativas de controle, 
cambiais, infracionais (penais e administrativas), de direito internacional público 
(tratados internacionais), trabalhistas, de direito financeiro, processuais etc.”
O comércio internacional e a relação comercial que ultrapassa fronteiras 
são situações que ocasionam o próprio surgimento do direito aduaneiro, como 
forma de regulação das situações estabelecidas a partir destes fatos. 
UNIDADE 1 | PRESSUPOSTOS DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
4
Os acordos internacionais são os instrumentos normativos que em grande 
parte regulam as relações de comércio exterior e são originados de uma política 
aduaneira estabelecida pelo poder estatal.
A intervenção do Estado se faz necessária sob o argumento econômico, pois 
se busca: a proteção da indústria, o pleno emprego e oferta de melhores salários, 
a estabilidade da economia nacional, a necessidade de defesa das fronteiras 
econômicas etc (CARLUCCI, 2001).
Ainda segundo Carlucci (2001, p. 20), “os meios pelos quais o Estado exerce 
a intervenção são econômicos e fiscais, sendo os econômicos mais eficientes que os 
fiscais, pois os econômicos decorrem diretamente da política aduaneira”. 
FONTE: Adaptado de: <http://www.bc.furb.br/docs/MO/2009/339696_1_1.pdf>. Acesso em: 2 out. 
2012.
Segundo Sosa (1995, p. 49), “o papeldo Estado no comércio exterior pode 
ser visto de duas formas. A primeira delas como negociados no plano internacional, 
e na segunda forma, como regulador no plano nacional. O papel de negociador 
está presente quando o Estado estabelece e firma acordos em matérias de tarifas, 
comércio e transporte, além das questões eminentemente tributárias”.
Seguindo o entendimento do autor Sosa (1995), a atividade reguladora 
do Estado pode estar sendo entendida como normatizadora e controladora. 
Na função normatizadora, o Estado estabelece a maneira como se realizam as 
operações externas e de que forma ocorrem as entradas e saídas de mercadorias 
no território aduaneiro. Esta função está baseada em textos legais aplicáveis ao 
comércio exterior.
A função controladora do Estado é encontrada nos meios de coação legal, 
dispostos para as relações comerciais estabelecidas pelo comércio aduaneiro. 
Neste contexto, a aduana está dotada de poder, que é sua capacidade legal de 
coagir pessoas ao cumprimento de determinadas obrigações, ou ainda, proceder 
de maneira específica.
A função normativa do Estado é encontrada em três áreas de abrangência, 
sendo estas:
Como meios econômicos diretos, temos os regimes de 
contingenciamento na importação e exportação e as proibições e restrições, 
também na exportação e importação; os meios indiretos se revelam nos 
incentivos à exportação e os regimes aduaneiros especiais na importação e 
exportação. Os meios fiscais se destinam à execução e ao controle da política 
aduaneira traçada pelo país (CARLUCCI, 2001).
TÓPICO 1 | PERFIL DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
5
● Regime administrativo: disciplina que as mercadorias podem ingressar ou sair 
do país e traça os procedimentos que deverão ser adotados para implementar 
quaisquer operações de comércio exterior.
● Regime cambial: cuida dos aspectos atinentes à liquidação financeira dos fluxos 
comerciais de ingresso (por pagamento) ou saída (por recebimento).
● Regime administrativo-fiscal: “atende à política de extrafiscalidade, inserida 
num contexto de política econômica, pela taxação ou desoneração fiscal aplicadas 
sobre ingressos e saídas de mercadorias do país, e ainda, na normatização das 
rotinas de ingresso e saída de veículos e pessoas do país” (SOSA, 1995, p. 50-51).
UNI
Caro acadêmico, o direito aduaneiro possui alguns conceitos a ele atribuídos. 
Utilizaremos o proferido por Ildefonso Sánchez González, que afirma: “Direito aduaneiro é o 
conjunto de normas e princípios que disciplinam juridicamente a política aduaneira, entendida 
esta como a intervenção pública no intercâmbio internacional de mercadorias que constitui 
um sistema de controle e de limitações com fins públicos” (CARLUCCI, 2001, p. 22).
A natureza jurídica do direito aduaneiro é de direito público, muito 
vinculada ao direito internacional público, pois as ações efetuadas são de origem 
aduaneira, sendo estas ações públicas e normatizadas, em sua maior parte, por 
acordos internacionais.
O objeto do direito aduaneiro está vinculado às relações jurídicas que se 
constituem a partir das relações de comércio internacional, quando bens, pessoas 
ou ainda veículos, saem da jurisdição do território aduaneiro.
Segundo Carlucci (2001, p. 23), a especificidade do direito aduaneiro tem 
suas origens em alguns fatores, sendo eles:
1. Origem consuetudinária: os usos comerciais, internos ou externos 
exigiram e condicionaram as normas, dando feições próprias ao direito 
aduaneiro.
2. Técnica específica: a necessidade da classificação alfandegária de 
mercadorias, dos conceitos jurídicos e econômicos precisos, como valor, 
preço, notas de tarifas etc.
3. Acelerado dinamismo: evolução da técnica de transporte e 
comunicações, a incidência dos convênios e outros atos internacionais, 
o incremento dos blocos econômicos e organismos internacionais etc.
UNIDADE 1 | PRESSUPOSTOS DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
6
4. Importância do fator econômico e o contencioso aduaneiro: com 
ritos próprios para processos específicos.
5. Influência preponderante dos tratados: uma grande variedade 
preponderando os acordos e convenções internacionais.
3 A LEI BRASILEIRA E O DIREITO ADUANEIRO
Caro acadêmico, as normativas legais que estabelecem as regras das 
relações comerciais internacionais e, a partir deste contexto, do próprio direito 
aduaneiro, evoluíram e permanecem em constante evolução, acompanhando 
a realidade construída pela economia e pela própria sociedade de determinado 
território.
Na concepção de Carlucci (2001), o direito aduaneiro brasileiro está 
caracterizado e influenciado por alguns fatores, sendo estes:
a) Diversidade de órgãos intervenientes:
● Ministério da Fazenda (SRF e BACEN)
- Operações cambiais.
- Fiscalização dirigida ao fim arrecadatório.
- Controle do fluxo de mercadorias – importação e exportação.
- Expressividade da barreira não tarifária (burocracia, excesso de papéis, 
excesso de controles formais, laudos técnicos etc.).
- Controle de valor aduaneiro das mercadorias.
- Repressão ao contrabando e descaminho e repressão ao tráfico ilícito de 
drogas na zona primária.
● Ministério da Indústria e do Comércio e Ministério do Turismo
- Licenciamento de importações e exportações.
- Investigação de dumping e subsídios.
- Processo de redução de alíquotas do imposto de importação.
- Controle do preço de mercadorias importadas e exportadas.
● Ministério da Justiça
- Fiscalização de tripulantes de embarcações e aeronaves.
- Fiscalização de passageiros (imigração).
- Repressão ao contrabando e descaminho.
- Repressão ao tráfico de drogas.
TÓPICO 1 | PERFIL DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
7
● Ministérios Militares
- Fiscalização da importação de armas e munições.
- Fiscalização de produtos controlados.
● Ministérios da Agricultura e da Saúde.
- Controle da importação de medicamentos, vegetais, sementes, agrotóxicos, 
animais etc.
FONTE: Disponível em: <www.bc.furb.br/docs/MO/2009/337527_1_1.pdf>. Acesso em: 2 out. 
2012.
b) A existência de uma superposição de serviços, uma normatização abundante, 
a necessidade de quadro funcional especializado e um regulamento aduaneiro 
ainda voltado quase que em sua integralidade para a satisfação tributária.
Encontramos, hoje, no território brasileiro, o Decreto-lei n◦ 37/66 e o Decreto 
nº 6.759/09, como alguns textos legais que orientam e determinam a atuação das 
relações de comércio internacional. Ou seja, representam as normas jurídicas do 
direito aduaneiro.
Lembrando que os acordos e tratados internacionais igualmente 
direcionam estas atividades comerciais, e que estes textos legais não abrangem 
todas as situações, sendo ainda originadas normas complementares, portarias, 
resoluções, dentre outros.
UNI
DUMPING - SAIBA O QUE É
“Dumping: normalmente, caracteriza o abuso de caráter internacional. Uma empresa recebe 
subsídio oficial de seu país de modo a baratear excessivamente o custo do produto. Como o 
preço é muito inferior ao das empresas que arcam com os próprios custos, ficam estas sem 
condições de competir com aquelas, propiciando-lhes uma inevitável elevação de lucros” 
(CARVALHO FILHO, 2011, p. 843).
UNIDADE 1 | PRESSUPOSTOS DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
8
4 O PAPEL DA ADUANA NO CONTEXTO NORMATIVO
A aduana está reconhecida como órgão ou instituição que executa a política 
aduaneira. Na percepção de Carlucci (2001, p. 21), “a aduana designa a instituição 
jurídica, a organização ou entidade na totalidade de seus aspectos e funções e seus 
múltiplos fins: arrecadação, protecionismo, controle administrativo etc”. 
O autor prossegue afirmando que as alfândegas são repartições das adunas 
e que aplicam as normas e controles das aduanas.
Sosa (1995, p. 51) afirma que “é incumbência da aduana verificar se 
foram observados, pelos particulares e pelo próprio Estado, na pessoa dos entes 
públicos, os procedimentos de admissão aduaneira, o que implica em verificar se 
foram atendidos todos os preceitos legais vigentes, especialmente os referentes às 
normas administrativaspropriamente ditas e, subsidiariamente, aqueles relativos 
ao câmbio”. 
As aduanas, nesta proposta, têm a lógica de estar no uso do poder estatal, 
executando a atividade reguladora do Estado, na perspectiva de que a função 
normativa está descrita em três áreas, relembrando: administrativa, cambial e 
fiscal.
5 O PODER ADUANEIRO COMO MEIO
DE COAÇÃO LEGAL
A aduana está dotada de um poder legal, que é o de fazer cumprir 
regramentos legais instituídos como necessários e esperados, quando falamos das 
operações de comércio exterior ou, ainda, relações comerciais internacionais. Este 
poder do qual a aduana está instituída não é aplicável somente aos particulares, 
mas também ao Estado, quando este pratica atividades que envolvem o comércio 
internacional.
Sosa (1995, p. 52) exemplifica este poder aduaneiro na capacidade que a 
aduana tem de direcionar o fluxo de transporte em um determinado sentido. 
Não está no livre-arbítrio do comandante de uma embarcação escolher 
porto para descarregar ou carregar mercadorias, senão onde se localize 
uma aduana. Tampouco pode uma aeronave em voo internacional 
escolher, ao bel-prazer do piloto, aeroporto à sua conveniência exclusiva. 
Salvo casos fortuitos devidamente regulados em lei, os veículos devem 
ingressar em território nacional somente em locais onde se situem 
repartições alfandegárias. 
TÓPICO 1 | PERFIL DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
9
6 O CONCEITO DE JURISDIÇÃO ADUANEIRA
“A jurisdição aduaneira é conhecida na concepção de: poder conferido à 
Alfândega para que, nos limites do território jurisdicional, aplique a lei aduaneira, 
ou, mais propriamente dito, o direito aduaneiro” (SOSA, 1995, p. 55).
No território brasileiro, a jurisdição aduaneira está compreendida no 
próprio território nacional. Ou seja, o território brasileiro e o território aduaneiro 
são geograficamente os mesmos.
Parafraseando Sosa (1995), a pretensão de se estender a aduana para 
o interior do território brasileiro estava inicialmente na proposta de prevenir e 
reprimir as fraudes, contrabandos e descaminhos de mercadorias, que porventura 
pudessem acontecer e, por consequência, estarem sendo trazidas ao Brasil 
mercadorias clandestinas, movimentando equivocadamente a economia nacional.
7 A INTERIORIZAÇÃO ADUANEIRA
Os processos empreendidos nas relações comerciais internacionais 
precisam, necessariamente, acompanhar a evolução das tratativas e da conjuntura 
econômica estabelecida. Nesta proposição, a interiorização vem ao encontro do 
atendimento aos interesses estabelecidos.
A política de interiorização provém da necessidade de agilidade, buscando 
reduzir os tempos de desembaraço e de entrada das mercadorias em circulação 
econômica. Os importadores e exportadores têm todo interesse em contar com 
aduanas as mais próximas possíveis dos centros produtivos, buscando otimizar e 
acelerar as saídas dos produtos.
Caro acadêmico, a penalidade aplicada quando do descumprimento da 
regra acima descrita e tida como básica nas relações de comércio internacional 
é inicialmente a apreensão do veículo e das mercadorias, podendo chegar ao 
“perdimento das mercadorias” em favor do Estado.
UNIDADE 1 | PRESSUPOSTOS DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
10
8 CONCEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL
PÚBLICO E PRIVADO
O direito internacional público, nas palavras de Varella (2011, p. 21), “é o 
conjunto de regras e princípios que regulam a sociedade internacional. A sociedade 
internacional é composta por Estados, organizações internacionais e, mais 
recentemente, se aceita em diferentes níveis a participação de entes com algumas 
características estatais, a exemplo de movimentos de libertação, sistemas regionais 
de integração, além de outros atores, como indivíduos, empresas e organizações 
não governamentais”. 
Este ramo do direito nasceu na Idade Média e vem crescendo a partir da 
interdependência global, fenômeno enfatizado no século XX e que permanece em 
constante modificação.
No direito internacional público, a preocupação está no direito que regula 
as relações entre os estados ou entre os estados e outros atores internacionais. O 
direito internacional público também pode ser chamado de direito das gentes, são 
expressões sinônimas. (VARELLA, 2011).
Lembrando que sujeitos de direito são aqueles capazes de serem titulares 
de direitos e obrigações no direito internacional. Os estados e as organizações 
internacionais são denominados de sujeitos do direito internacional.
Entretanto, Varella (2011) reafirma que atores internacionais são todos 
aqueles que participam de alguma forma das relações jurídicas e políticas 
internacionais, sendo, portanto, uma expressão ampla, quando relacionada aos 
sujeitos do direito internacional.
O direito internacional possui características específicas, elencadas por 
Varella (2011, p. 25):
a) A inexistência de subordinação dos sujeitos de direito a um Estado.
b) A inexistência de uma norma constitucional acima das demais 
normas.
c) A inexistência de atos jurídicos unilaterais obrigatórios, oponíveis a 
toda sociedade internacional.
Acadêmico, de uma forma simplificada, não existe a possibilidade de um 
Estado ter poder sobre outro Estado. Ninguém é superior ao outro. Todos estão no 
mesmo nível. Da mesma forma que não existe uma lei, ou texto legal, que possa ser 
comparada ou esteja colocada em grau superior ao da Constituição de cada Estado.
Da mesma forma que o direito internacional possui características, 
encontramos princípios gerais que o norteiam, sendo estes, na ótica de Varella 
(2011, p. 25):
TÓPICO 1 | PERFIL DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
11
a) Igualdade soberana.
b) Autonomia, não ingerência nos assuntos internos dos outros estados.
c) Interdição do recurso à força e solução pacífica de controvérsias.
d) Respeito aos direitos humanos.
e) Cooperação internacional.
Estes princípios determinam que todos os estados são iguais perante o 
direito que lhes cabe. O Estado pode governar a si mesmo, atendendo a seus próprios 
interesses, não podendo nenhum outro Estado interferir neste processo. Havendo 
alguma situação ou conflito entre os estados, estes devem procurar solucioná-
lo por meio de soluções pacíficas que existem e estão dispostas para todos. Os 
Estados devem buscar proteger de forma contundente os direitos humanos e, por 
fim, os estados devem conduzir seus atos conjuntamente, colaborando uns com 
os outros para que todos busquem e alcancem os objetivos a que se propuseram.
O direito internacional privado está voltado para a resolução de eventuais 
litígios que possam ocorrer entre particulares que ultrapassam as fronteiras 
nacionais. Esta situação acontece, normalmente, pela mobilidade das pessoas, 
pelas relações comerciais estabelecidas ou outras situações afins. 
Podemos citar, como exemplo, o fato de um(a) brasileiro(a) casar com 
um(a) estrangeiro(a), um brasileiro sofrer um acidente de carro no exterior, uma 
empresa brasileira que adquire equipamentos de uma empresa estrangeira etc. 
Segundo Rechsteiner (2011, p. 22-23): 
São situações nas quais ressalta o fato de possuírem uma conexão 
internacional, sendo este elemento comum. Ou porque as pessoas 
envolvidas têm nacionalidade estrangeira ou o domicílio ou a sede 
de uma ou de ambas as partes do negócio jurídico está situado no 
exterior. Ou ainda um outro fato: um bem está localizado ou um direito 
é adquirido além-fronteiras, são situações onde o direito internacional 
privado é aplicável. 
“O direito internacional privado é representado por normas que definem 
qual o direito a ser aplicado a uma relação jurídica com conexão internacional” 
(RECHSTEINER, 2011, p. 23).
Caro acadêmico, é importante ressaltar que o direito internacional 
privado se restringe somente às relações jurídicas de direito privado com conexão 
internacional, não sendo adaptado para resolver conflitos de leis internacionais de 
direito público.
UNIDADE 1 | PRESSUPOSTOS DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
12
As fontes formais do direito internacionalsão encontradas nos tratados 
que são identificados como acordos internacionais concluídos entre 
estados ou estados e organizações internacionais, regidos pelo direito 
internacional , que constem de um instrumento único, quer de dois 
ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação 
específica (VARELLA, 2011, p. 37).
Você pode perceber, caro acadêmico, a importância da existência de 
uma regulamentação em lei de situações que acontecem e envolvem estados 
ou particulares. Ou ainda ambos, para que, na eventualidade de conflitos, os 
envolvidos tenham segurança na aplicação de leis que possam resguardar o justo 
direito e a paz entre os países. 
UNI
O direito é o conjunto de normas obrigatórias que determinam a vida em 
sociedade. Apesar de ser um todo, único, ele é dividido em ramos específicos, facilitando seus 
estudos e sua maneira de aplicá-lo.
O direito divide-se em privado (regula as relações jurídicas dos particulares) e público (regula 
e disciplina as relações jurídicas de interesse estatal ou do Estado).
13
Neste tópico você:
• Compreendeu a proposta da concepção do direito aduaneiro e o papel do Estado 
nesta percepção.
• Identificou os fatores que caracterizam os textos legais aduaneiros no território 
brasileiro.
• Analisou o papel da aduana, o poder aduaneiro, o conceito de jurisdição 
aduaneira e de interiorização aduaneira.
• Reconheceu os conceitos de direito internacional público e direito internacional 
privado.
RESUMO DO TÓPICO 1
14
1 Identifique os sujeitos do direito internacional público.
2 Explique o poder de coação legal da aduana.
3 O que significa o princípio da igualdade soberana no direito internacional? 
AUTOATIVIDADE
15
TÓPICO 2
O CONTROLE DOS PROCEDIMENTOS 
ADUANEIROS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
A relação de comércio internacional é estabelecida por regras descritas 
em leis e aqueles que a fiscalizam a sua execução devem observar exatamente 
a descrição destas normas. Os regulamentos impostos determinam a forma de 
circulação e entrada de pessoas e mercadorias em território estrangeiro.
As regras de nosso território para as relações aduaneiras, igualmente, 
compreendem a forma de controle e fiscalização daqueles que entram no território 
brasileiro, sendo este o papel das aduanas ou das alfândegas. Relembramos que o 
território alfandegário brasileiro compreende toda extensão territorial brasileira. 
Portanto, a fiscalização ocorre em todo território nacional por órgãos competentes 
para a realização destas atividades.
 Diante desta perspectiva, caro acadêmico, estudaremos a partir de agora 
circunstâncias que envolvem as entradas aduaneiras e situações que podem 
ocorrer em relação à entrada de pessoas, veículos e mercadorias, estas últimas com 
a possibilidade de “perdimento”, além de buscarmos a compreensão do termo 
jurisdição.
 Vamos aos estudos!
2 CONCEITO DE ENTRADA ADUANEIRA
Sosa (1995, p. 109) descreve entrada aduaneira como “ingresso de veículo, 
mercadorias ou pessoas num dado território sob jurisdição da alfândega, sendo 
condição implícita de que estas procedam do exterior”.
É importante observar, caro acadêmico, mesmo que se possa achar 
redundante, que a entrada deve ser de mercadorias, veículo ou pessoas que 
venham do exterior, já que o território brasileiro e o território alfandegário, como 
já vimos, são geograficamente os mesmos. 
UNIDADE 1 | PRESSUPOSTOS DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
16
2.2 ESPÉCIES DE ENTRADAS ADUANEIRAS
A entrada aduaneira é gênero que incorpora algumas espécies, e as mais 
reconhecidas por autores diversos, estão reconhecidas como entrada aduaneira de 
mercadorias, a entrada aduaneira de veículos e a entrada aduaneira de pessoas.
2.2.1 Entrada aduaneira de veículos
Os veículos estão identificados em razão de sua natureza e de como se 
locomovem, sendo, portanto, aquaviários, terrestres e aéreos. Os aquaviários ainda 
podem ser marítimos, lacustres e fluviais. Os terrestres podem ser rodoviários e 
ferroviários.
Vale lembrar que cada veículo pode possuir ainda outras tantas 
classificações, como os aéreos, que podem ser cargueiros ou comerciais, sendo 
utilizados para transporte de passageiros ou de cargas.
Passaremos a relatar a visita e busca aduaneiras, na descrição feita por Sosa 
(1995, p. 110-111):
1. Os veículos marítimos, ao aportarem, são recebidos pela autoridade 
aduaneira. Nesta oportunidade, declaram a natureza de sua viagem, 
cargas transportadas e equipamentos de transporte para aquele e outros 
portos, número de tripulantes, passageiros etc. É lavrado termo de 
visita aduaneira.
2. Nos veículos aéreos, o procedimento é semelhante. Nos veículos 
terrestres, praticamente inexistem formalidades. Entretanto, a 
verificação ocorre no sentido de que os transportadores devem estar 
habilitados para exercer o transporte internacional, na obediência dos 
convênios de transporte firmados com países limítrofes e terceiros cujas 
redes viárias permitem tráfego internacional.
3. Podem ocorrer, na ocasião da entrada do veículo, vistorias que são 
chamadas de busca aduaneira, que estão enquadradas nas atividades 
preventivo-repressivas da Alfândega. Estas vistorias têm por objetivo 
abordar embarcações dentro dos limites jurisdicionais para vistoriá-
las, antes mesmo que aportem, mas são situações excepcionais.
É importante registrar que, de acordo com cada local de entrada de veículos, 
serão encontradas especificidades na alfândega, principalmente as localizadas nas 
regiões de fronteira.
O Decreto nº 6.759/2009, que regulamente a administração das atividades 
aduaneiras e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio 
exterior, prevê em seus arts. 26 e 27:
TÓPICO 2 | O CONTROLE DOS PROCEDIMENTOS ADUANEIROS
17
Art. 26. A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou 
a ele destinados só poderá ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de 
fronteira alfandegado. 
§ 1o O controle aduaneiro do veículo será exercido desde o seu ingresso 
no território aduaneiro até a sua efetiva saída, e será estendido a 
mercadorias e a outros bens existentes a bordo, inclusive a bagagens 
de viajantes. 
§ 2o O titular da unidade aduaneira jurisdicionante poderá autorizar 
a entrada ou a saída de veículos por porto, aeroporto ou ponto de 
fronteira não alfandegado, em casos justificados, e sem prejuízo do 
disposto no § 1o. 
Art. 27. É proibido ao condutor de veículo procedente do exterior ou a 
ele destinado:
I - estacionar ou efetuar operações de carga ou descarga de mercadoria, 
inclusive transbordo, fora de local habilitado;
II - trafegar no território aduaneiro em situação ilegal quanto às normas 
reguladoras do transporte internacional correspondente à sua espécie; e
III - desviá-lo da rota estabelecida pela autoridade aduaneira, sem 
motivo justificado. (BRASIL, 2012).
UNI
Acesse o link: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/ins/ant2001/1998/
in13798.htm> e conheça a instrução normativa da Receita Federal que dispõe sobre o 
tratamento tributário e o controle aduaneiro aplicáveis à operação de navio estrangeiro em 
viagem de cruzeiro pela costa brasileira, possuindo a situação de busca ou visita aduaneira.
2.2.2 Entrada aduaneira de mercadorias
Segundo Sosa (1995), as mercadorias ingressam no país definitivamente 
quando são absorvidas pelo aparelho reprodutivo e entram em circulação 
econômica. Caso das matérias-primas, insumos, produtos intermediários ou 
produtos acabados. Ou ainda os ingressos podem ser temporários, na condição de 
retornarem ao exterior.
A Receita Federal, em seu site e link, disponível em: <http://www.receita.
fazenda.gov.br/aduana/regadmexporttemp/regadm/regespadmtemp.htm>, 
define admissão temporária de mercadorias como: 
Admissão Temporária é o regime aduaneiro que permite a entrada no 
país de certas mercadorias, com uma finalidade e por um período de 
tempo determinados, com a suspensão total ou parcial do pagamento de 
tributos aduaneiros incidentes na sua importação, com o compromisso 
de serem reexportadas(RECEITA FEDERAL, 2012).
Igualmente, a Receita Federal define os bens dentre outros que podem ser 
submetidos ao regime de admissão temporária, destinados:
UNIDADE 1 | PRESSUPOSTOS DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
18
FONTE: Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana/regadmexporttemp/regadm/
regespadmtemp.htm>. Acesso em: 3 out. 2012.
A mercadoria entra na aduana a partir da declaração do transportador, 
sendo o documento que assim o identifica o manifesto de cargas. O importador, 
tendo em mãos o título de propriedade, que é o conhecimento de carga, levará a 
mercadoria aos procedimentos destinados ao despacho aduaneiro, que terá como 
processo final o desembaraço fiscal.
l A feiras, exposições, congressos e outros eventos científicos, técnicos, 
comerciais ou industriais.
l A eventos de caráter cultural e esportivo.
l A promoção comercial, inclusive amostras sem destinação comercial e 
mostruários de representantes comerciais.
l Ao exercício temporário de atividade profissional de não residente.
l Ao uso de viajante não residente, quando integrantes de sua bagagem.
l Bens trazidos durante visita de dignitários estrangeiros.
l Bens reutilizáveis para acondicionamento e manuseio de outros bens 
importados ou a exportar. 
l Bens a serem submetidos a ensaios, testes, conserto, reparo ou restauração.
l Bens a serem utilizados com finalidade econômica no Brasil (empregados 
na prestação de serviços ou na produção de outros bens).
2.2.3 Entrada aduaneira de pessoas
Encontramos neste critério de admissão três níveis: a entrada de pessoas 
que se dedicam a tripular veículos em viagens internacionais (equipagens), pessoas 
que utilizam os veículos na qualidade de passageiros e pessoas que têm a condição 
especial de representantes diplomáticos ou funções afins.
Segundo Sosa (1995), a lei aduaneira diferencia as pessoas com relação 
ao tratamento fiscal a elas dispensado. No caso das tripulações é permitido o 
desembaraço de objetos de uso pessoal indispensável à estadia em terra, sendo 
proibida a descarga de outros pertences. A exceção feita é se o tripulante, naquele 
momento, estiver se desligando como tripulante efetivo do veículo, quando passará 
a ser tratado como passageiro comum.
Na situação de passageiros comuns, turistas e em viagem de negócios, têm 
tratamento fiscal de isenção tributária, quando relacionamos os bens e pertences de 
uso pessoal indispensáveis à sua estadia. Exceções serão feitas quando excederem 
o valor determinado em lei para isenção tributária para as mercadorias trazidas. 
Da mesma forma que existem mercadorias com isenção especial, além da situação 
de estrangeiros que tenham a prerrogativa de estabelecer residência definitiva no 
país, situações estas que necessitam ser devidamente comprovadas.
TÓPICO 2 | O CONTROLE DOS PROCEDIMENTOS ADUANEIROS
19
Art. 2◦ Constitui mala diplomática ou consular, nos termos do art. 27 da 
Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (CVRD) e do art. 35 da 
Convenção de Viena sobre Relações Consulares (CVRC), promulgadas, 
respectivamente, pelos Decretos n◦ 56.435, de 11 de junho de 1965, e n◦ 
61.078, de 26 de julho de 1967, o volume que contenha:
I - documentos diplomáticos ou consulares, apresentados sob qualquer meio 
físico; ou
II - materiais, objetos e equipamentos destinados a uso oficial da 
representação do Estado acreditante, tais como papel timbrado, envelopes, 
selos, carimbos, caderneta de passaporte, insígnias de condecorações, 
equipamentos de informática e de comunicação.
Parágrafo único. A mala diplomática ou consular não está sujeita a limite 
de volume ou de peso.
Art. 3◦ A mala diplomática ou consular está dispensada do despacho 
aduaneiro de importação e de exportação e será liberada pela autoridade 
aduaneira em procedimento sumário, à vista dos elementos de identificação 
ostensiva, mediante a apresentação de:
A legislação estabelece pressupostos especiais no tratamento aduaneiro aos 
diplomatas e com funções afins, onde é deferida isenção especial na obediência 
aos convênios internacionais e da reciprocidade de tratamento entre estes países 
(Convenção de Viena).
UNI
Acesse o link: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LegisAssunto/
Bagagem.htm> e conheça o ordenamento legal disponível sobre a entrada e saída de bagagens 
na aduana.
A Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal do Brasil SRF nº 
338, de 7 de julho de 2003, traz o conceito de mala diplomática e o tratamento 
aduaneiro desta:
UNIDADE 1 | PRESSUPOSTOS DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
20
I - documento emitido pelo Estado acreditante que indique a condição de 
correio diplomático ou consular e o número de volumes que a constituem, 
quando conduzida como bagagem acompanhada;
II - documento emitido pelo Estado acreditante que indique o número de 
volumes que a constituem, quando confiada a comandante da aeronave; 
ou
III - conhecimento de carga ou documento equivalente consignado à missão 
diplomática ou à repartição consular, quando enviada como carga.
§ 1◦ Na hipótese dos incisos II ou III, a mala somente será entregue a integrante 
da missão diplomática ou repartição consular, ou a pessoa autorizada a 
recebê-la.
§ 2◦ Quando remetida ao amparo de conhecimento de carga ou documento 
equivalente, a mala diplomática ou consular deverá receber tratamento de 
carga que não implique sua destinação para armazenamento, exceto se o 
interesse do Estado acreditante determinar tratamento diverso.
Art. 4◦ A mala diplomática ou consular não poderá ser aberta ou retida.
§ 1◦ No caso de denúncia ou de suspeita fundada de uso da mala consular 
para a importação ou a exportação irregular de bens e mercadorias, a 
fiscalização aduaneira solicitará a abertura dos volumes, em sua presença, 
por representante autorizado do Estado que a envia.
§ 2◦ Em caso de recusa da verificação referida no § 1◦ por parte da representação 
do Estado que envia, a mala consular será devolvida à origem.
§ 3◦ Na hipótese prevista no § 1◦, a unidade local da SRF que conhecer do 
fato deverá notificar imediatamente o Ministério das Relações Exteriores 
(MRE), por intermédio da Coordenação-Geral de Administração 
Aduaneira (Coana).
Art. 5◦ As importações e exportações promovidas por missões diplomáticas 
ou repartições consulares que não se enquadrem no conceito de mala 
diplomática ou consular serão regularmente submetidas a despacho 
aduaneiro, nos termos desta Instrução Normativa.
FONTE: Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/ins/2003/
in3382003.htm>. Acesso em: 3 out. 2012.
TÓPICO 2 | O CONTROLE DOS PROCEDIMENTOS ADUANEIROS
21
2.3 EXERCÍCIO DO PODER DISCRICIONÁRIO 
NAS ENTRADAS ADUANEIRAS
A alfândega ou aduana, como vimos anteriormente, pode direcionar o 
fluxo de transporte, sempre tomando como referência a regra de que os veículos 
que trazem pessoas ou mercadorias somente entrem no território aduaneiro em 
pontos ou locais alfandegados. Portanto, fica claro que se torna irregular qualquer 
entrada fora desses pontos ou locais legalmente habilitados como aduaneiros.
O ingresso irregular permite que a aduana atue de forma preventiva 
e repressiva, possuindo a capacidade de apreender veículos e mercadorias que 
eventualmente possam ultrapassar o controle fiscal, infringindo a linha aduaneira. 
Se isto vier a ocorrer, a ação da aduana é ativa, baseada no poder de polícia a ela 
inerente. Ou também conhecido como poder discricionário.
Os veículos devem, com antecedência e na forma prevista na lei, informar 
a sua chegada. A partir deste momento, a autoridade aduaneira emprega os 
procedimentos destinados ao ingresso de veículos. Observa a entrega dos 
manifestos de carga, os efeitos das declarações das mercadorias relacionadas para 
os fins da alfândega.
Entretanto, segundo Sosa (1995), se o particular deixar de atender a 
algum requisito formal ou se abstiver de apresentar declaração à Alfândega, 
imediatamente entrará em ação, que poderá levar à determinação de abertura de 
volumes, malas, vistoriar porõesetc.
UNI
Define o Código Tributário Nacional:
CTN. Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando 
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, 
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, 
à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes 
de concessão ou autorização do poder público, à tranquilidade pública ou ao respeito à 
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único: Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado 
pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, 
tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
FONTE: Código Tributário Nacional.
 Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm>. Acesso em: 10 set. 2012.
UNIDADE 1 | PRESSUPOSTOS DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
22
3 O PROCESSO ADUANEIRO CONTENCIOSO
Carlucci (2001, p. 205):
Observa que o contencioso aduaneiro tem por objeto a resolução 
de um conflito de interesses submetido ao julgamento de um órgão 
atuando com função jurisdicional, tendo por um lado o Estado, credor 
de uma obrigação tributário-aduaneira, cujos crédito e sanção são por 
ele reclamados e, por outro lado, o suposto infrator, o contribuinte ou 
demandado, que procura a prestação de uma justiça e a defesa de seus 
direitos fundamentais.
O contencioso aduaneiro nada mais é que um procedimento administrativo 
instaurado no momento em que se encontra alguma situação que necessite de 
solução ou verificação em razão das regras determinadas no direito aduaneiro 
para entradas ou saídas de veículos, pessoas e mercadorias.
UNI
Finalidade da função jurisdicional 
A finalidade da função jurisdicional é resolver os conflitos da sociedade, aplicando as 
normas aos casos concretos, levando à harmonização social (convivência harmônica). 
A ideia de jurisdição é a de uma decisão definitiva do conflito. O Estado-juiz substitui a 
vontade particular pela vontade do Estado. Desde que as partes não consigam a chamada 
autocomposição (solução pacífica e natural do conflito), torna-se necessário que se leve o 
exame desse conflito ao Poder Judiciário. 
FONTE: FUNÇÕES DO ESTADO. Disponível em: <http://www.licoesdedireito.kit.net/
constitucional/constitucional-judiciario.html>. Acesso em: 10 set. 2012.
Na concepção de José Del Cueto (apud CARLUCCI 2001, p. 206-208), existem 
alguns princípios aplicados ao contencioso aduaneiro, assim determinados:
a) Princípio da jurisdicionalidade formal: evita que o mesmo órgão atue 
como juiz e parte. No Brasil encontramos este princípio representado pela 
instância judicial que efetua o controle dos atos administrativos.
b) Princípio da tutela da ordem pública: está representado pelo direito 
público, que neste segmento é o próprio direito aduaneiro.
TÓPICO 2 | O CONTROLE DOS PROCEDIMENTOS ADUANEIROS
23
4 O CONTENCIOSO ADUANEIRO NO BRASIL
O contencioso aduaneiro brasileiro pode ser dividido em dois segmentos: 
um a que se aplica o rito processual geral, comum a todos os tributos de competência 
da União, regido pelo Decreto nº 70.235, de 06/03/72, Decreto nº 6.103/2007 e 
Decreto nº 6.574/2011; e outro a que se aplicam ritos especiais.
O artigo 7º do Decreto nº 70.235/1972 assim descreve:
Art. 7º O procedimento fiscal tem início com:
I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, 
cientificado o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto;
II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros;
III - o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada 
(BRASIL, 2012).
c) Princípio da unilateralidade eventual: a identificação deste princípio está 
nos procedimentos administrativos aduaneiros em que existe apenas uma 
parte – o Estado – nos casos de apreensão de mercadorias em que não se 
pode identificar o infrator. Nos casos de mercadorias abandonadas nos 
recintos alfandegados, nos casos de mercadorias submetidas a regimes 
aduaneiros especiais.
d) Princípio do devido processo legal: é o princípio constitucional que 
assegura a todos o direito a um processo justo e com todas as regras 
previstas em lei, bem como todas as garantias constitucionais.
e) Princípio da tendência ao equilíbrio de poderes: em razão do princípio 
da tutela da ordem pública, o demandado é o que possui poderes mais 
restritos. O Estado tem a seu favor uma gama de presunções cuja destruição 
está a cargo do demandado.
f) Princípio da verdade real: no processo aduaneiro a sentença é independente 
da vontade das partes (no que se respeita às provas) e o julgador está 
obrigado a constatar a autenticidade dos fatos.
g) Princípio da preclusão: implica na perda, extinção ou consumação de 
uma faculdade processual.
h) Princípio da rapidez: o processo aduaneiro deve ser caracterizado pela 
rapidez, simplicidade e economia de seus procedimentos. 
i) Princípio da imediação: pelo qual se autoriza o saneamento das incorreções 
ou omissões antes da decisão de primeira instância.
j) Princípio da estruturação dual: no Brasil se adota o princípio da unidade 
de jurisdição.
UNIDADE 1 | PRESSUPOSTOS DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
24
Caro acadêmico, passaremos a analisar de forma sucinta algumas situações 
de contencioso aduaneiro que possam servir de parâmetro para suas atividades.
A determinação e a exigência de créditos tributários decorrentes de 
infração às normas aduaneiras são apuradas mediante processo administrativo 
fiscal, na forma do Decreto nº 70.235/1972.
Tais créditos podem ser consequentes:
a) Do começo do despacho aduaneiro de mercadorias.
b) Da revisão de despacho aduaneiro procedida dentro do prazo decadencial 
de cinco anos da data do registro da Declaração de Importação.
Carluci afirma (2001, p. 208) que:
O processo de determinação e exigência de crédito tributário relativo 
ao Imposto de Importação ou infração administrativa ao controle 
de importações, diferentemente dos demais tributos federais, é 
condicionado à existência de garantia representada pela retenção da 
mercadoria nos armazéns alfandegados ou a sua substituição por fiança 
bancária, depósito em dinheiro ou caução em títulos da dívida pública.
Encontramos também os processos e atos contenciosos administrativos 
aduaneiros especiais, e dentre eles temos:
1. Processo de Perdimento: as infrações em que se aplique a pena de 
perdimento são regulamentadas pelo Decreto-Lei nº 1.455/76, de forma mais 
específica o artigo 27:
Art. 27. As infrações mencionadas nos artigos 23, 24 e 26 serão 
apuradas através de processo fiscal, cuja peça inicial será o auto de 
infração acompanhado de termo de apreensão, e, se for o caso, de termo 
de guarda (BRASIL, 2012).
Vejamos o que dispõem os arts. 23, 24 e 26 do Decreto nº 1.455/76 com 
relação às referidas infrações:
Art. 23. Consideram-se dano ao Erário as infrações relativas às mercadorias:
I - importadas, ao desamparo de guia de importação ou documento de efeito 
equivalente, quando a sua emissão estiver vedada ou suspensa na forma 
da legislação específica em vigor;
II - importadas e que forem consideradas abandonadas pelo decurso do 
prazo de permanência em recintos alfandegados nas seguintes condições:
TÓPICO 2 | O CONTROLE DOS PROCEDIMENTOS ADUANEIROS
25
a) 90 (noventa) dias após a descarga, sem que tenha sido iniciado o seu 
despacho; ou
b) 60 (sessenta) dias da data da interrupção do despacho por ação ou omissão 
do importador ou seu representante; ou
c) 60 (sessenta) dias da data da notificação a que se refere o artigo 56 do 
Decreto-Lei n◦ 37, de 18 de novembro de 1966, nos casos previstos no 
artigo 55 do mesmo decreto-lei; ou
d) 45 (quarenta e cinco) dias após esgotar-se o prazo fixado para permanência 
em entreposto aduaneiro ou recinto alfandegado situado na zona 
secundária.
III - trazidas do exterior como bagagem, acompanhada ou desacompanhadae que permanecerem nos recintos alfandegados por prazo superior a 45 
(quarenta e cinco) dias, sem que o passageiro inicie a promoção do seu 
desembaraço;
IV - enquadradas nas hipóteses previstas nas alíneas "a" e "b" do parágrafo 
único do artigo 104 e nos incisos I a XIX do artigo 105, do Decreto-lei 
número 37, de 18 de novembro de 1966.
V - estrangeiras ou nacionais, na importação ou na exportação, na hipótese 
de ocultação do sujeito passivo, do real vendedor, comprador ou de 
responsável pela operação, mediante fraude ou simulação, inclusive 
a interposição fraudulenta de terceiros. (Incluído pela Lei nº 10.637, de 
30.12.2002).
VI - (Vide Medida Provisória nº 320, 2006).
§ 1◦ O dano ao erário decorrente das infrações previstas no caput deste 
artigo será punido com a pena de perdimento das mercadorias.
[...]
§ 2◦ Presume-se interposição fraudulenta na operação de comércio exterior a 
não comprovação da origem, disponibilidade e transferência dos recursos 
empregados. (Incluído pela Lei nº 10.637, de 30.12.2002).
§ 3º As infrações previstas no caput serão punidas com multa equivalente ao 
valor aduaneiro da mercadoria, na importação, ou ao preço constante da 
respectiva nota fiscal ou documento equivalente, na exportação, quando 
a mercadoria não for localizada, ou tiver sido consumida ou revendida, 
observados o rito e as competências estabelecidos no Decreto nº 70.235, de 
6 de março de 1972. (Redação dada pela Lei nº 12.350, de 20 de dezembro 
de 2010).
UNIDADE 1 | PRESSUPOSTOS DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
26
Para que ocorra o devido processo legal no processo de perdimento, sendo 
este um dos princípios do contencioso aduaneiro, é preciso que sejam observadas 
algumas prerrogativas inerentes ao processo administrativo, entre as quais:
§ 4◦ O disposto no § 3◦ não impede a apreensão da mercadoria nos casos 
previstos no inciso I ou quando for proibida sua importação, consumo 
ou circulação no território nacional. (Incluído pela Lei nº 10.637, de 
30.12.2002).
Art. 24. Consideram-se igualmente dano ao Erário, punido com a pena 
prevista no parágrafo único do artigo 23, as infrações definidas nos incisos 
I a VI do artigo 104 do Decreto-lei número 37, de 18 de novembro de 1966.
Art. 26. As mercadorias de importação proibida na forma da legislação 
específica em vigor serão apreendidas, liminarmente, em nome e ordem 
do Ministro da Fazenda.
Parágrafo único. Independentemente do curso de processo criminal, as 
mercadorias a que se refere este artigo poderão ser alienadas ou destinadas 
na forma deste decreto-lei.
FONTE: Disponível em: <http://www.portaltributario.com.br/legislacao/dl1455.htm>. Acesso em: 
3 out. 2012.
NOTA
Pena de perdimento, o que é?
A Pena de perdimento é, sem sombra de dúvida, a mais severa sanção administrativa existente 
no direito aduaneiro. Consiste na decretação da perda de mercadorias e veículos quando 
constatado, na operação de comércio exterior, dano ao erário.
FONTE: CIESP. Pena de perdimento convertida em multa. Disponível em: <http://www.
ciespsorocaba.com.br/releases-texto.php?id=892>. Acesso em: 12 set. 2012.
TÓPICO 2 | O CONTROLE DOS PROCEDIMENTOS ADUANEIROS
27
Art. 27. [...] 
§ 1º Feita a intimação, pessoal ou por edital, a não apresentação de 
impugnação no prazo de 20 (vinte) dias implica em revelia.
§ 2º Apresentada a impugnação, a autoridade preparadora terá o prazo 
de 15 (quinze) dias para remessa do processo a julgamento.
§ 3º O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado 
quando houver necessidade de diligências ou perícias, devendo a 
autoridade preparadora fazer comunicação justificada do fato ao 
Secretário da Receita Federal.
§ 4º Após o preparo, o processo será encaminhado ao Secretário da 
Receita Federal que o submeterá a decisão do Ministro da Fazenda, em 
instância única (Vide Medida Provisória nº 38, de 13.5.2002).
§ 5◦ As infrações mencionadas nos incisos II e III do art. 23 deste 
decreto-lei, quando referentes a mercadorias de valor inferior a US$ 
500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América), e no inciso 
IX do art. 105 do Decreto-Lei n◦ 37, de 18 de novembro de 1966, serão 
apuradas em procedimento simplificado, no qual: (Incluído pela Lei nº 
12.058, de 13 de outubro de 2009).
I - As mercadorias serão relacionadas pela unidade da Secretaria da 
Receita Federal do Brasil com jurisdição sobre o local de depósito, 
devendo a relação ser afixada em edital na referida unidade por 20 
(vinte) dias; e (Incluído pela Lei nº 12.058, de 13 de outubro de 2009).
II - Decorrido o prazo a que se refere o inciso I: (Incluído pela Lei nº 
12.058, de 13 de outubro de 2009).
a) Sem manifestação por parte de qualquer interessado, serão declaradas 
abandonadas e estarão disponíveis para destinação, dispensada a 
formalidade a que se refere o caput, observado o disposto nos arts. 28 
a 30 deste decreto-lei. Ou (Incluído pela Lei nº 12.058, de 13 de outubro 
de 2009).
b) Com manifestação contrária de interessado, será adotado o 
procedimento previsto no caput e nos §§ 1◦ a 4◦ deste artigo. (Incluído 
pela Lei nº 12.058, de 13 de outubro de 2009).
§ 6◦ O Ministro de Estado da Fazenda poderá complementar a disciplina 
do disposto no § 5◦, bem como aumentar em até 2 (duas) vezes o limite 
nele estabelecido. (Incluído pela Lei nº 12.058, de 13 de outubro de 2009).
§ 7◦ O disposto nos §§ 5◦ e 6◦ não se aplica na hipótese de mercadorias 
de importação proibida. (Incluído pela Lei nº 12.058, de 13 de outubro 
de 2009) (BRASIL, 2012).
Decorridos os prazos previstos para a permanência de mercadorias em 
recintos alfandegados, os depositários devem fazer em cinco dias a comunicação 
ao órgão local da Secretaria da Receita Federal, relacionando as mercadorias e 
mencionando todos os elementos necessários à sua identificação dos volumes e do 
veículo transportador (art. 31, Decreto-Lei nº 1.455/76).
UNIDADE 1 | PRESSUPOSTOS DA LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
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Com relação à comunicação da permanência da mercadoria nos recintos 
alfandegados diante da discussão no processo de perdimento, temos:
Art. 31. [...]
Parágrafo 1º: Feita a comunicação de que trata este artigo dentro 
do prazo previsto, a Secretaria da Receita Federal, com os recursos 
provenientes do FUNDAF, efetuará o pagamento, ao depositário da 
tarifa de armazenagem devida até a data em que retirar a mercadoria.
Parágrafo 2º: Caso a comunicação estabelecida neste artigo não seja 
efetuada no prazo estipulado, somente será paga pela Secretaria da 
Receita Federal a armazenagem devida até o término do referido prazo, 
ainda que a mercadoria venha a ser posteriormente alienada (BRASIL, 
2012).
● Termos de Responsabilidade e sua execução: 
Art. 547. O termo de responsabilidade é o documento mediante o 
qual se constituem obrigações fiscais, cujo adimplemento fica suspenso 
pela aplicação dos regimes aduaneiros especiais ou pela postergação de 
cumprimento de formalidades ou de apresentação de documentos, ou ainda, 
por outros motivos previstos neste regulamento ou em atos normativos 
destinados a complementá-lo. 
(Decreto-Lei n◦ 37/66, art. 71 - alterado pelo Decreto-Lei n◦ 1.223/72 - § 1◦).
O termo de responsabilidade constitui título representativo de direito 
líquido e certo da Fazenda Nacional com relação à obrigação tributária nele 
garantida. Não efetuado o pagamento do crédito tributário exigido, será 
encaminhado à cobrança judicial.
FONTE: Disponível em: <sijut.fazenda.gov.br/netacgi/nph-brs?...l...>. Acesso em: 3 out. 2012.
FONTE: Disponível em: <sijut.fazenda.gov.br/netacgi/nph-brs?...>. Acesso em: 3 out. 2012.
NOTA
Acadêmico(a)!
Acesse os links: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/ins/ant2001/1998/in08498.htm>, 
<http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/ins/ant2001/1999/in15099.htm>. 
Acessando estes sites, poderá ver as alterações que as sucederam. Leia as Instruções Normativas 
da Secretaria da Receita Federal que regulamentam os Termos de Responsabilidade.
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