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Empresa Aula 1

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• Contatos:
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@laismaiaprofessora
• Bibliografia: 
André Santa Cruz 
Fabio Ulhôa Coelho
Gladston Mamede
• Resumo do Semestre 
16 encontros
2 feriados caem sexta (15 e 22 de abril)
Teoria da Empresa
• Fases do Direito Comercial
1. Corporações de Ofício
2. Teoria dos Atos de Comércio 
3. Teoria da Empresa
1. Corporações de Ofício – fase subjetiva 
As corporações de ofício surgiram na Idade Média, momento em que o poder era descentralizado (feudos). 
As regras aplicadas às transações comerciais daquela época eram os usos e costumes de cada localidade, e para
viabilizar tratativas entre diferentes feudos, as corporações foram criadas.
O critério adotado para ter a tutela do Direito Comercial era subjetivo, ou seja, era preciso estar inscrito nas corporações 
para se valer das regras comerciais.
2. Teoria dos Atos de Comércio – fase objetiva 
A teoria dos atos de comércio surgiu na Idade Moderna, quando a jurisdição era exercida pelos Estados e o poder
político era centralizado.
O Brasil, influenciado pelo Código Napoleônico, editou em 1850 o Código Comercial, adotando também a teoria dos
atos de comércio. No mesmo ano, foi publicado o Decreto n° 737/50, que previa em seu artigo 19 os atos considerados
de mercancia. Notem que o conceito adotado era objetivo, sendo necessário que a atividade a ser exercida estivesse
prevista no regulamento (Decreto n°737/1850) para a proteção e incidência das normas do direito comercial.
Teoria da Empresa
• Fases do Direito Comercial
1. Corporações de Ofício
2. Teoria dos Atos de Comércio 
3. Teoria da Empresa
3. Teoria da Empresa - fase subjetiva moderna
A teoria da empresa é inspirada no Código Civil Italiano de 1942, visando à unificação entre o Direito Civil e Empresarial.
No Brasil, com o advento da Lei n°10.406/02, houve a revogação parcial do CCom/1850, permanecendo em vigor apenas
as disposições relativas ao comércio marítimo.
A unificação entre o Direito Civil e o Direito Empresarial não afetou a autonomia deste ultimo, que continua assegurada
pela CRFB (art. 22, I, CRFB).
Com adoção a referida teoria, temos a substituição da figura do comerciante pelo empresário.
Enunciado 75 do CJF: “A disciplina de matéria mercantil no novo Código Civil não afeta a autonomia do direito
empresarial”.
LIVRO II
Do Direito de Empresa
TÍTULO I
Do Empresário
CAPÍTULO I
Da Caracterização e da Inscrição
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção OU a
circulação de bens OU de serviços.
O Código traz o conceito e requisitos da ATIVIDADE, considerando empresário aquele que exerce tal atividade com TODOS 
os requisitos impostos no artigo, quais sejam: 
Profissionalismo: atividade exercida de forma habitual, oposto de eventual.
Atividade econômica: com fins lucrativos, deve sempre visar o lucro (ainda que esteja em dificuldades)
Organização: reunião de fatores de produção (matéria prima, mão de obra, tecnologia e capital)
Produção OU Circulação de bens OU de serviços: objetivo da atividade 
Ou seja, se o que você faz tem profissionalismo, é atividade econômica, é organizado e faz circular bens e serviços, você
será considerado EMPRESÁRIO.
CUIDADO !!!
Comerciante – aquele que praticava atos de mercancia (Regulamento 737/1850)
Empresário – aquele que exerce profissionalmente atividade econômica e organizada para a produção ou circulação de
bens ou serviços (é sujeito de direito)
Empresa – Atividade econômica e organizada
Estabelecimento – complexo de bens organizado para o exercício da empresa (é objeto de direito)
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVII - Primeira Fase
Assinale a alternativa correta em relação aos conceitos de empresa e empresário no Direito Empresarial.
a) Empresa é a sociedade com ou sem personalidade jurídica; empresário é o sócio da empresa, pessoa natural ou
jurídica com responsabilidade limitada ao valor das quotas integralizadas.
b) Empresa é qualquer atividade econômica destinada à produção de bens; empresário é a pessoa natural que exerce
profissionalmente a empresa e tenha receita bruta anual de até R$ 100.000,00 (cem mil reais).
c) Empresa é a atividade econômica organizada para a produção e/ou a circulação de bens e de serviços; empresário é o
titular da empresa, quem a exerce em caráter profissional.
d) Empresa é a repetição profissional dos atos de comércio ou mercancia; empresário é a pessoa natural ou jurídica que
pratica de modo habitual tais atos de comércio.
Excluídos do conceito de empresário
Art. 966, Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária
ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, SALVO se o exercício da profissão constituir elemento
de empresa.
I Jornada de Direito Civil – Enunciado 54
É caracterizador do elemento empresa a declaração da atividade-fim, assim como a prática de atos empresariais.
III Jornada de Direito Civil – Enunciado 193
O exercício das atividades de natureza exclusivamente intelectual está excluído do conceito de empresa.
III Jornada de Direito Civil – Enunciado 194
Os profissionais liberais não são considerados empresários, salvo se a organização dos fatores de produção for mais
importante que a atividade pessoal desenvolvida.
III Jornada de Direito Civil – Enunciado 195
Aexpressão "elemento de empresa" demanda interpretação econômica, devendo ser analisada sob a égide da absorção
da atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, como um dos fatores da organização empresarial.
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do
início de sua atividade.
Pela redação do artigo acima, é imperioso que o empresário se registre antes do início da atividade. Aqui será
necessário fazer algumas ponderações. Qual a natureza jurídica do registro ? O registro transforma alguém em
empresário ou declara que aquela pessoa exerce atividade empresária ? Se você abre um restaurante, começa a
funcionares sem proceder ao registro, isso significa que você não é empresário ? .
NÃO !
O registro, em regra, tem natureza declaratória, ou seja, ele somente reconhece uma situação de fato.
- Qual a principal consequência do registro ? A aquisição de personalidade jurídica – Art. 45, CC
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no
respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XV - Tipo 1 – Branca
Alfredo Chaves exerce, em caráter profissional, atividade intelectual de natureza literária, com a colaboração de
auxiliares. O exercício da profissão constitui elemento de empresa. Não há registro da atividade por parte de Alfredo
Chaves em nenhum órgão público.
Com base nessas informações e nas disposições do Código Civil, assinale a afirmativa correta.
a) Alfredo Chaves não é empresário, porque exerce atividade intelectual de natureza literária.
b) Alfredo Chaves não é empresário, porque não possui registro em nenhum órgão público.
c) Alfredo Chaves é empresário, independentemente da falta de inscrição na Junta Comercial.
d) Alfredo Chaves é empresário, porque exerce atividade não organizada em caráter profissional.
- O registro da atividade rural
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, PODE, observadas as formalidades de que
tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede,
caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
- Associação Atividade Futebolística registro constitutivo por equiparação
Parágrafoúnico. Aplica-se o disposto no caput deste artigo à associação que desenvolva atividade futebolística em
caráter habitual e profissional, caso em que, com a inscrição, será considerada empresária, para todos os
efeitos. (Incluído pela Lei nº 14.193, de 2021)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14193.htm#art35

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