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APOSTILA COMPLETA DE RADIOLOGIA

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SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA 3 
CÓDIGO DE ÉTICA 11 
PSICOLOGIA 13 
QUIMICA APLICADA 19 
LEGISLAÇÃO APLICADA A RADIOLOGIA 36 
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS 48 
ELEMENTOS DA RADIOLOGIA 65 
FÍSICA APLICADA 82 
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 101 
TÉCNICAS RADIOLÓGICAS 183 
EXAMES CONTRASTADOS 279 
EXAMES ESPECIAIS 305 
RADIOTERAPIA E MEDICINA NUCLEAR 318 
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 337 
PROGRAMA DE SAÚDE 353 
FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM E PRONTO SOCORRO 378 
ANATOMIA 390 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA 
Elaborado pelo professor Ronaldo Costa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. HISTÓRIA DA RADIOLOGIA 
O ano é 1895, final do século XIX, precisamente no dia 08 de Novembro de 
1895. O físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen, realiza experiências com um tubo de 
vidro. Este tubo emite Raios Catódicos que não conseguem percorrer mais que 
poucos centímetros. 
Ele chamou essa desconhecida radiação de Raios-x. Assim como vários 
outros cientistas daquela época, também Röntgen investigava a natureza dos Raios 
Catódicos produzidos nos tubos de Leonard, Hittorf e Crookes. 
Na Alemanha essa radiação foi chamada pelo nome de seu descobridor 
(Radiação Röntgen), no exterior ela foi chamada de Radiação (X). Outros cientistas 
também produziram essa radiação durante suas experiências, porem não a 
reiniciaram. Já os filmes que estavam guardados nas proximidades de seus 
equipamentos ficaram inutilizados. Por mérito de Röntgen foi ter investigado com 
profundidade a natureza da nova radiação, num curto espaço de tempo. 
Röntgen realiza várias experiências com esta radiação e faz varias 
observações, como por exemplo, que os raios atravessam diversos materiais e são 
absorvidos de acordo com a densidade, espessura e peso atômico do corpo 
atravessado. 
A primeira radiografia foi realizada no dia 22 de dezembro de 1895. Neste dia, 
Roentgen pôs a mão esquerda de sua esposa Anna Bertha Roentgen no chassi, com 
filme fotográfico, fazendo incidir a radiação oriunda do tubo, por cerca de 15 
minutos. Revelado o filme, lá estavam, para confirmação de suas observações, a 
figura da mão de sua esposa e seus ossos dentro das partes moles menos densas. 
 
Causando assim grande admiração e contendo, diante do visível avanço e 
contribuição para medicina. A euforia é grande e os Raios-x são amplamente 
utilizados, não só na medicina, mais também no meio social. 
 
5 
 
Anfitriões, em suas festas, oferecem aos convidados à oportunidade de 
realizar e levar, como souvenir, uma Radiografia própria. Todos querem um retrato 
dos ossos, poder observar o próprio interior, experimentar essa grande descoberta. 
Radiologistas pioneiros ignoravam a exposição diária dos raios ao avaliar o 
poder dos tubos, realizar demonstrações, posicionar pacientes durante terapias e ate 
ao calcular a dose de eritema em suas próprias mãos. Fluoroscópios portáteis eram 
uma fonte comum de exposição nos anos de 1890. 
Alguns aparelhos da época pareciam ter sido elaborados para uma máxima 
exposição. Aqui o assento do radiologista sob a mesa basculante (1898) proporciona 
uma fluoroscopia confortável e uma total ausência de proteção. 
 
Segundo Edison: "Eu comecei a fazer um número destas lâmpadas, mas logo 
percebi que os Raios-x afetaram venenosamente o meu assistente, Mr. Dally, de tal 
forma que seu cabelo caiu e sua carne começou a ulcerar. Conclui então que não 
daria certo, e que este tipo de luz não seria muito popular, de modo que parei”. 
Apesar de muitos terem problemas relacionados com queimaduras por Raios-
x, não seria nada até a morte de Clarence Dally (1865 – 1904) - Um dos primeiros 
casos registrados de danos físicos causados por Raios-x ocorreu com Clarence Dally, 
que era assistente de Edison. Já havia auxiliado na produção do fluoroscópio e 
trabalhava no novo projeto. 
O inventor dedicava-se ao desenvolvimento de uma lâmpada que funcionaria 
por meio da produção de Raios-x dentro de um tubo de vidro recoberto por material 
luminescentes, que passaria a brilhar quando atingido pela radiação. 
 
 
6 
 
 Algumas vezes já era tarde demais para muitos dos pioneiros dos Raios-x. 
Mihran Kassabian (1870-1910) meticulosamente observava e fotografava suas mãos 
durante a necrose progressiva e as amputações em serie, na esperança de que os 
dados registrados pudessem ser úteis após sua morte. 
Tentativas iniciais para proteção incluíram telas de chumbo, aventais pesados, 
capacetes de metal e outras parafernálias que tornavam a pratica da radiologia 
muito calorenta e já nociva ainda mais difícil. 
 
 Pioneiros da Radiologia no Brasil 
A primeira radiografia foi realizada no Brasil em 1896. A primazia é disputada por 
vários pesquisadores: Silva Ramos, em São Paulo; Francisco Pereira Neves, no Rio 
de Janeiro; Alfredo Thome de Brito, na Bahia e físicos do Pará. Como a história não 
relata dia e mês, conclui-se que as diferenças cronológicas sejam muito pequenas. 
 
Primeiros professores de Radiologia 
 
 Rafael de Barros 
- Primeiro Professor de Radiologia de São Paulo – 1913 
- Santa Casa de Misericórdia 
 
7 
 
 
 Duque Estrada 
- Primeiro professor de radiologia do Rio de Janeiro - 1913. 
- Santa Casa de Misericórdia 
 
Primeiro Aparelho de Raios-x Instalado no Interior do País 
O Dr. José Carlos Ferreira Pires foi o primeiro médico a instalar um 
aparelho de Raios-x no interior do Brasil, na cidade de Formiga, Minas Gerais, 
a 600 km do Rio de Janeiro. Este aparelho se encontra em Chicago, no Museu 
de Cirurgia. 
 
 
Placa em comemoração - Chicago – USA. 
 
 
 Primeira Ampola de Raios-x. 
 
8 
 
 
Professores que Deram Continuidade ao Trabalho dos 
Pioneiros 
 
 Nicola Casal Caminha - Professor da Faculdade Nacional de Medicina 
Considerado o Pai da Radiologia por ter formado a maioria dos 
radiologistas brasileiros. 
 
 
José Maria Cabello Campos - Professor de Radiologia de Casa de São 
Paulo Fundador e primeiro Presidente do Colégio Brasileiro de 
Radiologia. Um dos fundadores do Colégio Interamericano de 
Radiologia. 
 
 
Feres Secaf - Professor da Escola Paulista de Medicina, Ex-Presidente 
do Colégio Brasileiro e da Sociedade Paulista de Radiologia. 
 
 
 
Walter Bonfim Pontes – Professor de Radiologia da Faculdade de 
Medicina de Sorocaba, S. Paulo. Idealizador e fundador do primeiro 
Curso de Técnicos do Brasil. 
 
 
Primeiro a Incorporar a Radiologia à Clínica 
 
 Henrique Toledo Dodsworth - 1864-1916. 
“Os raios-X não erram. Quem Erra é o médico que não sabe 
interpretar” 
 
 
 
9 
 
Primeira Radiografia de Xipófagas 
 
Álvaro Alvim – 1875-1928. Foi o primeiro a instalar aparelho de raios-X no Rio 
de Janeiro – 1897. Foi o primeiro a radiografar caso de xipófagas no mundo 
(l897): Rosalina e Maria, identificando seus órgãos. As irmãs foram separadas 
pelo famoso Cirurgião Chapot Prevost, com sucesso, fato de repercussão 
mundial. 
 
Primeira Aula de Radiologia 
Aula dada no 3º ano médico pelo Professor João Américo Garcez Fróes na 
Faculdade de Medicina da Bahia no ano de 1903, publicada em 1904. 
Primeira Processadora Automática 
 
Instalada no consultório particular do Professor Feres Secaf. 
 
Abreugrafia 
 
O dia 4 de janeiro, dia do nascimento de Manoel Dias de Abreu, foi instituído 
como o dia nacionalda abreugrafia em homenagem ao saudoso médico radiologista, 
nascido no ano de 1892 em São Paulo. O criador do exame (daí o termo abreugrafia) 
tornou-se mundialmente conhecido após o desenvolvimento do método diagnóstico e 
pela sua constante luta contra tuberculose. 
 
 
10 
 
 
Aparelho de Abreugrafia 
 
O alto índice de mortalidade por tuberculose nas décadas de 30 e 40, 
principalmente no Rio de Janeiro, e a ineficácia dos instrumentos utilizados pelas 
autoridades sanitárias para combater a doença propiciaram o aparecimento da 
abreugrafia. O primeiro aparelho destinado a realizar exames em massa da população 
foi construído pela Casa Lohner e instalado na cidade do Rio de Janeiro em 1937. O 
método era muito sensível, com especificidade razoável, de baixo custo operacional e 
permitia a realização de um grande número de exames em um curto espaço de tempo. 
O exame tinha por princípio a fotografia do écran ou tela fluorescente. A documentação 
era feita através de filme comum de 35 mm ou 70 mm. Abreu sempre recomendou o 
filme de 35 mm, que embora de menor custo, exigia o uso de lentes de aumento 
especiais para a interpretação do exame. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
CÓDIGO DE ÉTICA 
Elaborado pela professora Vanessa Costa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
INTRODUÇÃO 
O termo “ética” deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética 
é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na 
sociedade, intimamente interligado a ações de humanismo e cidadania. 
A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando 
que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser 
confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social. O 
pensamento ético busca julgar o comportamento humano, dizendo o que é certo e 
errado, justo e injusto. 
A busca pela ética se traduz pelas escolhas que o homem faz. As opções certas 
leva-nos à um caminho de virtude, verdade e às relações justas. No contexto filosófico, 
ética e moral possuem diferentes significados. 
Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, associada ao estudo 
fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em 
sociedade. 
A Moral tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando costumes. A 
moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade. 
Agir ético é a ação que leva em consideração as normas, e os valores socialmente 
convencionados. 
 Comportamento 
 Interesses coletivos 
 Relações 
 Equilíbrio 
 Harmonia 
 Satisfação das partes 
 Compromisso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOLOGIA APLICADA 
Elaborado pela professora Faisa Muritiba e Vanessa Costa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
PSICOLOGIA APLICADA A RADIOLOGIA 
A palavra Psicologia foi originada das palavras gregas psyche, que significa alma, 
e logos, que significa discurso, ou estudo. E tem como objetivo imediato a 
compreensão de grupos e indivíduos tanto pelo estabelecimento de princípios 
universais como pelo estudo de casos específicos, e tem, como objetivo final o 
benefício geral da sociedade. 
Na antiguidade ganhou consistência com Sócrates, para quem a principal 
característica humana era a razão, condição que permitia ao homem sobrepor-se aos 
instintos. Platão procurou definir no corpo físico um “lugar” para a razão (ou alma), 
que seria a cabeça. Aristóteles acreditava que alma e corpo não podiam ser 
dissociados. Para ele tudo, mesmo os vegetais, possuíam a sua psyché ou alma, mas 
só o homem tinha a alma racional, com a função pensante. 
Duas teorias, assim, foram delineadas na antiguidade: a platônica, que postulava 
a imortalidade da alma, e a aristotélica, que afirmava a mortalidade da alma e a sua 
relação de pertencimento ao corpo. 
Derivando tanto da Filosofia quanto da Fisiologia, a psicologia tomou rumos 
diversos, elegendo objetos diversos (cognição, comportamento, emoção, 
consciência, personalidade, transtorno mental, etc.) e constituindo práticas diversas 
(psicologia clínica, psicologia social, psicologia do trabalho, psicologia escolar, etc.). 
A área que estuda e procura explicar as particularidades humanas que 
influenciam o comportamento, é chamada de Psicologia da Personalidade. Um 
conjunto de qualidades originais que tendem a influenciar padrões de 
comportamento de um sujeito através das situações e ao longo do tempo. 
A PSICOLOGIA 
Procuremos imaginar um mundo perfeito, onde não exista nada que vá contra a 
felicidade. Muito provavelmente, se colocarmos neste mundo mais do que uma 
pessoa, depois de certo tempo esse mundo não será tão perfeito, pelo menos para 
uma delas (ou até todas). 
O processo de humanização do ser humano se dá através da relação com ou 
outros seres humanos e, nesse processo, há ganhos e perdas. (Devido a isso o ser 
humano precisa se adaptar tanto a nível externo (com os outros), quanto a nível 
interno seus desejos, anseios, necessidades pessoais, etc.). 
No meio disso encontra-se o estudo da psicologia. 
Psicologia: Estudo das inter-relações pessoais (do comportamento humano). 
 
 
15 
 
PERSONALIDADE 
 A personalidade pode ser definida como o conjunto de características que 
determinam os padrões pessoais e sociais de uma pessoa, sua formação é um 
processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. 
O conceito de personalidade está relacionado às mudanças de habilidades, 
atitudes, crenças, emoções, desejos, e ao modo constante e particular do indivíduo 
perceber, pensar, sentir e agir, além da interferência de fatores culturais e sociais 
nessas características. 
O comportamento do indivíduo não resulta exclusivamente das forças da 
personalidade, mas de sua interação com o meio externo, que pode até modificar 
alguns traços de personalidade. 
Premissas que envolvem o conceito de personalidade: 
• A personalidade possui uma natureza global 
• A personalidade se refere às características únicas e distintivas do 
indivíduo. 
• A personalidade tem referência social. 
• A personalidade tem um aspecto de estimulo e resposta. 
• A personalidade é um conceito dinâmico e têm referência particular a 
interação social. 
Há muitas maneiras de medir a personalidade, mas os psicólogos têm na sua 
maioria desistido de tentar dividir a humanidade em tipos perfeitos. Em vez disso, 
eles concentram-se em traços de personalidade. Ainda que o estudo não forneça 
uma certeza absoluta sobre as atitudes de um indivíduo, o estudo da personalidade 
e de seus elementos serve para indicar tendências, antecipar dificuldades dos 
trabalhadores na execução de determinadas tarefas e no enfrentamento de situações 
específicas. 
Casos de sabotagem a colegas são comuns para tipos de pessoas, que a 
Psiquiatria denomina comportamento antissocial e que, quando obtém sucesso em 
suas investidas, pode se estabilizar em uma personalidade psicopática. 
Com essa atenção voltada sobremaneira a reafirmar uma ideia de si, o trabalho 
fica em segundo plano, e a tarefa exercida de forma desatenta pode ocasionar 
acidentes. 
Por isso, é relevante que o trabalho produza sentido aos trabalhadores, até 
como forma de prevenir acidentes, porque o trabalho deve dar segurança, no sentido 
mais amplo do termo, a seus empregados. O que se busca através de programas de 
capacitação dos trabalhadores, que incluemtreinamentos, palestras e reuniões, é a 
 
16 
 
aprendizagem de comportamentos adequados, dentre os quais, o comportamento 
seguro. 
Portanto, fica claro que o objetivo da psicologia do trabalho não se resume 
apenas à produtividade, à quantidade de produção de cada indivíduo, mas ao nível 
de qualidade do trabalho de forma abrangente, em que os trabalhadores possam se 
influenciar mutuamente para além da execução de tarefas. 
Parece ser uma tendência do ser humano, a de defender, em primeiro lugar, 
seus interesses próprios e, quando esses interesses são de natureza pouco 
recomendável, ocorrem seríssimos problemas. Se o trabalho executado é só para 
obter renda, em geral, tem seu valor restrito. Por outro lado, nos serviços realizados 
com amor, visando ao benefício de terceiros, com consciência do bem comum, passa 
a existir a expressão social do mesmo. 
A conduta profissional, muitas vezes, pode tornar-se agressiva e 
inconveniente e esta é uma das fortes razões pelas quais os códigos de ética quase 
sempre buscam maior abrangência. O homem não deve construir seu bem a custa 
de destruir o de outros, nem admitir que só existe a sua vida em todo o universo. 
Acrescentando a seguir algumas qualidades que são importantes no exercício 
de uma profissão. São elas: 
 Honestidade 
 Sigilo 
 Competência 
 Prudência 
 Coragem 
 Perseverança 
 Compreensão 
 Humildade 
 Otimismo 
Contudo os deveres de um profissional, os quais são obrigatórios, devem ser 
levadas em conta as qualidades pessoais que também concorrem para o 
enriquecimento de sua atuação profissional, algumas delas facilitando o exercício da 
profissão. 
 
ASPECTOS DA PERSONALIDADE DO PROFISSIONAL DE SAÚDE 
1) Faz parte de sua identidade profissional que para assegurar uma consistência e 
coerência profissional, que ele tenha seu esquema referencial, e isso consiste 
 
17 
 
no conjunto de conhecimentos, afetos e experiências, com os quais ele 
pensa,age, e se comunica, enfim, manter uma boa auto-estima. 
2) Ter, de forma latente ou manifesta, uma relevante potencialidade de exercer, 
uma ação psicoterápica, se entendermos psicoterapis num sentido mais amplo, 
ou seja, como significando todas as influências psicológicas aplicadas ao 
paciente para fins terapêuticos. 
3) Que não incorra na costumeira dissociação entre psique de um lado, e soma de 
outro, ou do órgão doente, isoladamente dissociado da integração 
biopsicossocial. 
4) Capacidade de intuição e de empatia Intuição- pertence à área cognitiva" surge 
antes do raciocínio lógico-dedutivo que perceber aquilo que vai além do que 
parece. Empatia- capacidade da área afetiva terá uma significação mais 
profunda, qual seja, a de poder colocar-se no lugar do outro. 
5) Capacidade de ser continente, que é a capacidade de poder, nos mesmos 
moldes como uma mãe tranqüila faz com seu filho pequeno, conter as 
angústias, fantasias necessidades de seu paciente 
 
O ATENDIMENTO AO PACIENTE 
Muitas vezes o doente, num momento de urgência, tenso e temeroso o qual 
passa, se depara com o desconhecido equipe de saúde e hospital e sente-se 
profundamente inferiorizado ou mesmo, em alguns casos, perseguido e reage por 
vezes com grande agressividade. O simples fato de estender as mãos, cumprimentar 
o paciente, ser cordial , atencioso e pedir que se identifique nominalmente, já 
proporciona mais bem acolhida, quebrando quase sempre o "gelo” e o receio de ser 
mal atendido. 
 - Situações clinicas: 
O velho: um dos momentos mais difíceis para o idoso é a sensação de perda da 
saúde e a preocupação de tornar-se um "peso" para seus familiares. Exemplo maior 
constitui a angústia em não mais poder executar suas necessidades básicas sozinho. 
Há dois tipos de velhos, o trambolho e o relíquia. Este último é preservado e amado 
por seus familiares, que ao mínimo sinal de doença o levam ao hospital, permanecem 
atentos a sua evolução, e participam efetivamente de seu tratamento. Infelizmente o, 
que mais, se, vê ainda é o “velho trambolho”, de que a família quer se livrar e o 
abandonam sempre por dias quando o internam. Muitas, vezes, nós, profissionais de 
saúde depositamos sobre os idosos a insatisfação com nossos familiares, aumentando 
o sentimento de rejeição e desprezo para com os velhos. 
 
18 
 
Devemos tratá-los dom a deferência que lhes, cabe, permitindo sua expressão, 
permitindo maior colaboração do mesmo para qualquer procedimento. 
A criança: Ao contrário dos velhos, as crianças frequentemente são trazidas por 
familiares preocupados, ansiosos por um bom atendimento, muitas vezes sentindo-se 
culpados por não terem tomado as devidas providências em tempo hábil. Isso os leva 
a ser por vezes muito duros e agressivos para com a equipe de saúde. Ao invés de 
reagir às agressões, deve-se atender a criança e dispensar-lhe toda atenção. Tal 
atitude ajuda a acalmar os ânimos dos familiares e adequá-los a realidade. . 
 Devemos sempre considerar a relação com a criança doente, suas fantasias, medo 
por estar num hospital com pessoas estranhas a seu mundo. Buscando imputar-lhe 
confiança na equipe com tratamento digno e respeitoso. 
Não se esquecer da contribuição dos pais em situações de possível tensão para 
essa criança. 
O homossexual: Por vezes quando um travesti busca atendimento vem a serem 
recebidas com piadas, provocações, riso, deboche. Denotando-se o despreparo da 
equipe de saúde para lidar com seus próprios preconceitos e sentimentos de 
intolerância. 
O bandido: Uma das situações mais dramáticas a ser vivido em ambiente 
hospitalar é o atendimento a um paciente trazido por policiais. Muitas das vezes ferido 
em troca de tiros com as autoridades e, estas revoltadas e temerosas, podem sugerir 
ou solicitar que se abrevie a vida do marginal. Nesse momento deve-se prevalecer o 
profissionalismo e a conduta ética tem que estar acima de nossos sentimentos de 
revolta e de justiça pessoal. 
O suicida: A equipe de saúde de uma forma geral costuma reagir muito mal aos 
pacientes suicidas e, na maioria das vezes os agridem perguntando-lhes por que não 
procuraram métodos mais eficazes. Por vezes chegam a sugerir maneiras mais 
adequadas de morrer, por exemplo: "Pule embaixo de um trem. Salte do décimo 
andar. Não tome apenas 5 comprimidos, mas umas. duas caixas de sedativos”. 
Devemos agir dessa forma? O papel de qualquer profissional de saúde é, antes 
de tudo, lutar pela vida e não estimular a dor de ninguém. 
 
 
 
 
 
19 
 
 
QUÍMICA APLICADA 
Elaborado pelo professor Ronaldo Costa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
CÂMARA CLARA E ESCURA 
A jornada de trabalho dos auxiliares de radiologia que trabalham com câmara 
escura é de 24 horas semanais. É o que determina a Lei nº 7.394/85, que 
regulamenta a profissão do técnico em radiologia, sendo também aplicável aos 
auxiliares que trabalham com câmara clara e escura, por força do parágrafo 2º do 
seu artigo 11. 
CÂMARA CLARA: 
É o local, conhecido como aquele onde o técnico transita e onde fica localizado 
o negatoscópio (equipamento luminoso utilizado para avaliação das radiografias). É 
na câmara clara onde os profissionais médicos visualizam e laudam os exames (no 
caso dos Radiologistas) onde os procedimentos que não estão relacionados à 
revelação da película ocorrem. 
CÂMARA ESCURA: 
 É o local onde trabalham os Auxiliares de Radiologia, onde é processado o 
filme radiográfico em suas diferentes fases de revelação. É na câmara escura onde 
se realiza o carregamento dos chassis radiográficos. Deve possuir, além dalâmpada 
comum (no teto), uma "iluminação de segurança", distante no mínimo 1,2m do local 
de manuseio do filme radiográfico. O objetivo desse tipo de iluminação é prover uma 
luz de determinada intensidade e comprimento de onda fora da faixa de 
sensibilidade do filme radiográfico, para que não cause velamentos ao mesmo. A 
iluminação de segurança para filmes radiográficos pode ser obtida mediante uma 
lâmpada incandescente de 15W. 
 As paredes Câmara escura devem ser revestidas com tinta lavável de tom 
claro e sem brilho, para evitar o reflexo da iluminação de segurança. A umidade 
relativa do ar no seu interior deve ser de 40 a 60%, e a temperatura na faixa de 18 
a 24°C. Deve possuir ainda um sistema de ventilação e exaustão eficientes. 
 
As caixas de filmes radiográficos, quando abertas (em uso), devem ser 
colocadas em uma determinada ordem. 
 
O local de manuseio do filme radiográfico na câmara escura deve estar limpo, 
livre de resíduos de pó ou líquido. Para evitar perda de qualidade da imagem 
radiográfica, o manuseio do filme deve ser feito com cuidado, sempre pelas bordas, 
com o menor contato possível dos dedos com o filme. 
 
TIPOS DE CÂMARA ESCURA 
 
 
21 
 
Dependendo do tipo de processamento, a câmara escura pode ser 
basicamente de três tipos: 
 
Molhada (úmida) - No processamento manual do filme radiográfico, que é 
realizado dentro da câmara escura. 
Seca - No processamento automático do filme radiográfico, que é realizado dentro 
da processadora. 
Mista – nos dois processamentos. 
PARTES DA CÂMARA ESCURA 
1. Parte úmida (elementos): 
- tanques de revelação; 
- fixação; 
- lavagem; 
- luz de segurança; 
- torneira. 
 
2. Parte seca (elementos): 
- filmes virgens; 
- Colgaduras; 
- chassis; 
- processadora 
 
TIPOS DE REVELAÇÃO: 
- manual (revelação/lavagem/fixação/lavagem, secagem) 
- automática (revelação/fixação/lavagem/secagem) 
 
RADIOGRAFIA VS. FILME DE RAIOS X 
 
Filme de RX – refere-se especificamente ao pedaço físico de material sobre o qual a 
imagem radiográfica é exposta. 
 
Radiografia – é a produção de imagens radiográficas. Inclui o filme de RX e a 
imagem nele contida. 
 
COMPOSIÇÃO DE UM FILME RADIOGRÁFICO 
 
22 
 
 
O filme radiográfico é um Elemento fotossensível que sofre alteração física 
quando exposto aos seguintes efeitos: 
1. Radiação eletromagnética, 
2. luz, 
3. calor, 
4. umidade, 
5. produtos químicos e 
6. manuseio inadequado. 
É composto por uma ou duas camadas de emulsão fotográfica unidas a uma 
base. 
BASE DO FILME 
É de poliéster, de cor azulada, homogeneamente transparente, flexível, com 
espessura uniforme. 
EMULSÃO FOTOGRÁFICA 
É composta por uma mistura de gelatina fotográfica com uma suspensão de 
cristais de haleto de prata. 
A gelatina fotográfica tem como funções distribuir uniformemente (sem 
acúmulo na base) e fixar os microcristais de haleto de prata na base, permitindo, 
pela sua permeabilidade, a penetração e atuação dos agentes químicos do processo 
de revelação. Os cristais de haleto de prata são produtos químicos fotograficamente 
ativos, sensíveis à luz, compostos por brometo de prata com cerca de 10% de iodeto 
de prata. 
CAMADA PROTETORA 
Consiste em uma camada de gelatina transparente muito fina, aderida à 
superfície da emulsão fotográfica, cuja função é proteger a emulsão fotográfica. 
 A câmara escura para revelação manual deve ser provida de cronômetro, 
termômetro e tabela de revelação para garantir o processamento nas condições 
especificadas pelo fabricante dos produtos de revelação. Deve ser previsto local 
adequado para o armazenamento de filmes radiográficos, de forma que estes filmes 
sejam mantidos: 
a) em posição vertical. 
b) afastados de fontes de radiação. 
 
23 
 
c) em condições de temperatura e umidade compatíveis com as especificações do 
fabricante. 
As caixas de filmes devem ser abertas e manuseadas somente sob luz especial 
com um filtro de segurança e lâmpada vermelha de 15 watts à uma distância maior 
do que 1,2 metros. 
Atenção! 
*O calor pode danificar a camada de gelatina dos filmes e propiciar 
ações físicas, químicas e a sensibilidade das moléculas de prata, o que 
ocasionaria a perda de qualidade da imagem, e, até mesmo a formação de 
maior número de gazes tóxicos para o profissional. 
 
FORMATOS BÁSICOS 
Caixa com 100 películas (em centímetros): 
13x18 / 18 x 24 / 24 x 30 / 30 x 40 / 35 x 35/ 35 x 43 
 
Como os filmes verdes são mais sensíveis às condições de iluminação de 
segurança das câmaras escuras (pela proximidade do verde e do vermelho no 
espectro de cores), os filtros de segurança das luminárias devem ser do tipo 
adequado (vermelho / âmbar). Além disso, a manipulação dos filmes deve ser 
rápida, uma vez que a iluminação de segurança pode aumentar rapidamente o véu 
desses filmes. 
 
ÉCRANS (TELAS INTENSIFICADORAS) 
Os écrans, também denominados telas intensificadoras, foram desenvolvidos a partir 
da propriedade dos raios X de fazer fluorescer certos sais metálicos. Essa 
luminescência é o resultado da transformação da energia dos raios X em energia 
luminosa. 
 
 
24 
 
 
COMPOSIÇÃO DE UM ÉCRAN 
O écran é uma placa flexível, composta por uma base e duas ou três camadas. 
 
BASE 
É de cartolina ou poliéster e serve apenas como suporte do material 
fluorescente. 
 
CAMADA FLUORESCENTE (FOSFÓRICA) 
É flexível e consiste em uma camada de cristais de um composto fluorescente, 
suspensos em um material de ligação. 
 
CAMADA REFLETORA 
Pode ou não fazer parte da composição de um écran. Consiste em uma 
camada de dióxido de titânio (Ti02) ou dióxido de magnésio (Mg02), colocada sob a 
camada fluorescente, tendo como função aumentar o rendimento luminoso do écran 
por meio da reflexão da luz emitida pelos cristais. Quando presente, essa camada 
está localizada entre a base e a camada fluorescente. 
 
CAMADA ABSORVENTE 
Tal como a camada refletora, pode ou não fazer parte da composição de um 
écran. Sua função é absorver a luz difusa emitida pelos cristais, aumentando a 
nitidez da imagem formada. Possui a mesma localização da camada refletora, visto 
que apenas uma dessas duas camadas (refletora ou absorvente), ou nenhuma das 
duas pode estar presente na composição de um écran. 
 
CAMADA PROTETORA 
É uma película transparente e muito fina, com 5 a 10 mm 
de espessura, cuja função é proteger os cristais da camada 
fluorescente e permitir a limpeza do écran. 
 
TIPOS DE ÉCRANS 
Écran "azul" Com a camada fluorescente composta por cristais de tungstato de 
cálcio, possui um espectro de emissão contínua, com intensidade máxima no azul. É 
bem adaptado aos filmes radiográficos não cromatizados, sensíveis ao azul. 
 
Écran de "terras raras" Com a camada fluorescente composta por cristais da 
família das terras raras como o óxido sulfito de gadolínio e o óxido sulfito de 
lantânio, possui um espectro de emissão não contínuo, que se apresenta sob a forma 
de um espectro de raias com intensidade máxima no verde-amarelo. O seu fator de 
 
25 
 
conversão cresce com o aumento da tensão (kV), e é muito superior ao do tungstato 
de cálcio. É bem adaptado aos filmes radiográficos. 
 
CUIDADOS COM O ÉCRAN 
É importante inspecionar e limpar regularmente os écrans para mantê-los 
livres de sujeira. A limpeza deve seguir as especificações do fabricante e ser feita 
com muito cuidado para evitar danos na sua superfície. 
 
 
CHASSI 
Para a execução de um exame radiográfico, é necessário que o filme 
radiográfico esteja dentro de um recipientecompletamente vedado à entrada de luz. 
Esse recipiente é chamado de chassi radiográfico, também denominado cassete 
(Radiologia digital). 
 
 
Chassis radiográficos em vários tamanhos. 
 
 
TAMANHOS DOS CHASSIS 
 Os tamanhos dos chassis correspondem ao tamanho do filme radiográfico 
correspondente. 
 
 13x18 
 18x24 
 24x30 
 30x40 
 35x35 
 35x43 
 
 
26 
 
Os chassis podem se apresentar da seguinte maneira: 
 
Sem grade: Corresponde ao tipo mais comum, mais utilizado. 
 
Com grade: Possui uma grade antidifusora fixada na face externa do lado anterior 
do chassi. Esse tipo de chassi é usado para exames no leito ou no ato operatório. 
 
PROCESSAMENTO DO FILME RADIOGRÁFICO 
É o processo que permite aos agentes químicos do revelador, interagir com os 
cristais de haleto de prata, transformando a imagem latente em imagem visível. 
O processo de revelação somente irá atingir os cristais de prata que sofreram 
alguma alteração física, durante a interação com a radiação. 
REVELAÇÃO 
Colocação do filme em solução química composta por várias substâncias, para 
que a prata fique enegrecida e visível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIXAÇÃO 
Segunda etapa do processamento do filme, em seqüência à revelação. Sua 
função é a de criar uma barreira protetora sobre a imagem para que não sofra 
 
27 
 
desgaste pela ação do tempo e não necessite de cuidados de manuseio. Composto 
por uma mistura de 5 produtos: 
 
O tempo destinado a etapa de fixação também deve ser controlado. Ele não é 
tão crítico como o tempo de revelação, mas não deve ser muito ultrapassado, para 
que o agente fixador não acabe atacando a prata enegrecida, destruindo a imagem. 
LAVAGEM 
Consiste na retirada da solução fixadora e é muito importante, pois o 
tiossulfato de amônia não pode permanecer sobre o filme. 
 
No processamento manual existem duas etapas de lavagem do filme, a 1a 
após a revelação (lavagem primária) e a 2a após a fixação (lavagem secundária). 
 
No processamento automático existe um único estágio de lavagem do filme 
realizado após a fixação. 
 
Obs.: Falta de lavagem - Com o tempo, ocorre reação do nitrato de prata com o ar 
causando alteração na coloração e qualidade da imagem. 
 
 
SECAGEM 
 
Etapa final onde o filme é submetido a circulação de ar quente sobre sua 
superfície. Na falta de ar quente, deixá-lo escorrer pendurado em uma colgadura. 
 
Colgaduras: São suportes de aço inoxidável com a função de prender as películas 
radiográficas para a revelação manual. 
 
28 
 
Tempo de secagem sem limite. Cuidado com a temperatura do ar quente para 
não danificar a gelatina e a camada protetora do filme. 
 
 
Colgaduras 
 
No processamento manual, o filme radiográfico é colocado em uma colgadura 
proporcional ao seu tamanho. A colgadura é um suporte metálico que mantém o 
filme radiográfico preso pelos cantos por presilhas. No processamento manual do 
filme, é muito importante a identificação da colgadura, para evitar a troca de 
exames. O processamento manual é conhecido como molhado, sendo iniciado com a 
imersão do conjunto filme/colgadura no tanque com solução reveladora, denominado 
tanque do revelador. Daí é passado para o primeiro tanque com água corrente, 
denominado tanque do interruptor, sendo em seguida passado para o tanque com 
solução fixadora, denominado tanque do fixador. Finalmente é passado para a 
lavagem com água corrente no tanque de lavagem, e é finalizado com a secagem. 
Deve ser tomado o cuidado de evitar a formação de bolhas de ar na superfície 
do filme radiográfico durante as imersões nos tanques, pois são responsáveis pelo 
aparecimento de artefatos na imagem. 
 
PROCESSAMENTO MANUAL 
 
É realizado manualmente pelo operador dentro da câmara escura, sendo os 
tempos do processo dependentes do operador. 
Ocorre em cinco etapas, na seguinte ordem: revelação, interrupção(lavagem 
primária), fixação, lavagem secundária, secagem. 
 
 
29 
 
 
 
 
 
 
PROCESSAMENTO AUTOMÁTICO 
 
É realizado através de processadoras automáticas (máquinas de revelar) e 
ocorre em quatro etapas, na seguinte ordem: revelação; fixação; lavagem; 
secagem. 
 
A processadora automática (máquina de revelar) de filmes radiográficos é uma 
máquina completamente vedada à entrada de luz, que possui no seu interior três 
tanques e uma secadora. O primeiro tanque, localizado próximo à entrada do filme 
radiográfico (bandeja), é denominado tanque de revelação, e possui solução 
reveladora (revelador). O segundo tanque, localizado a seguir desse, é denominado 
 
30 
 
tanque de fixação, e possui solução fixadora (fixador). E o terceiro tanque, localizado 
a seguir do tanque de fixação e antes da secadora, é denominado tanque de 
lavagem, e possui água. 
 
 
 
Dentro de cada tanque é colocado um conjunto de rolos e engrenagens 
denominado rack, ou seja, cada tanque possui o seu rack. Dois racks denominados 
racks de passagem, cada um posicionado por cima, e entre dois racks de tanques 
adjacentes, ou seja, um entre o do tanque de revelação e o de fixação, e outro entre 
o de fixação e o de lavagem, permitem a passagem do filme radiográfico de um 
tanque a outro. Algumas processadoras automáticas possuem um terceiro rack de 
passagem, entre o rack do tanque de lavagem e a secadora. 
As processadoras automáticas possuem sistemas para controle da 
temperatura das soluções químicas e da secadora e mecanismos para a reposição e 
recirculação das soluções químicas. A reposição das soluções químicas é feita por 
dois tanques externos de abastecimento, um contendo solução reveladora 
(revelador) e outro contendo solução fixadora (fixador). 
O processamento automático é conhecido como seco, e é iniciado com a 
colocação do filme radiográfico na bandeja da processadora, terminando com a saída 
desse filme processado e seco. O filme radiográfico é transportado mecanicamente 
por um sistema de rolos através dos tanques do revelador, do fixador e da água 
(lavagem), e do compartimento de secagem. 
 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 
PREPARO DOS PRODUTOS QUÍMICOS 
As soluções químicas são fornecidas em kits contendo frascos de soluções 
concentradas que devem ser misturadas apenas quando forem utilizados. 
 
Existem duas formas de preparação das soluções químicas: 
 
32 
 
1. De forma manual utilizando tanques, onde o próprio técnico faz a dosagem e a 
agitação das soluções. 
 
2. Automática através de “mixer-automático”, que são tanque com dispositivos 
que regulam a quantidade de água que deve ser adicionada e faz a própria 
agitação das soluções. 
 
 
MODO MANUAL 
 A água é o solvente das soluções químicas, revelador e fixador. A quantidade 
de água que deve ser adicionada no preparo das soluções são especificadas pelos 
fabricantes. Essa quantidade não deve ser inferior ou superior a 3% do exigido. Caso 
isso aconteça pode ocorrer efeitos adversos nas propriedades da solução 
prejudicando a qualidade de revelação dos filmes. 
 A temperatura da água deve ser consistente com a instrução do fabricante. Se 
as circunstâncias não permitirem uma temperatura adequada, como no caso da água 
estar mais fria do que o recomendado, um tempo mais longo de agitação será 
necessário. Entretanto, a agitação e a temperatura são fatores críticos na 
contribuição da oxidação, produzindo filmes com pouco contraste. 
 A agitação manual para misturar os compostos das soluções deve ser forte 
bastante para fornecer uma mistura adequada (homogênea), mas não excessivo 
bastante para causar à oxidação, evitando a formação de bolhasdurante a agitação. 
 É importante seguir a ordem pré-estabelecida de adição de cada solução 
concentrada. Por exemplo, a “parte A” deve sempre ser adicionada primeiramente. 
Se a ordem da mistura não for seguida corretamente alguns componentes não 
dissolverão corretamente ou reações químicas não desejadas podem ocorrer, isso 
seria prejudiciais à solução. 
 O tempo de agitação deve ser adequado para cada etapa para que os 
componentes estejam completamente dissolvidos antes que a parte seguinte seja 
adicionada. 
 É recomendado usar tampas de flutuação nos tanques de químicos para evitar 
o contato das soluções com o ar diminuindo assim a oxidação. As soluções de 
revelador e fixador devem ser preparadas em uma quantidade máxima para serem 
consumidas dentro de 2 semanas. 
 
LIMPEZA DOS TANQUES 
Nas processadoras automáticas, os racks dos três tanques devem ser lavados 
com bucha áspera de material sintético e sabão em pedra neutro, pelo menos uma 
vez por semana. Com uma periodicidade de três a seis meses, deve ser executado 
um sistema de limpeza químico nos racks e tanques da processadora com 
substituição das soluções químicas por soluções novas. Os tanques do 
 
33 
 
processamento manual devem ser esvaziados e limpos com uma periodicidade de 
três a seis meses, com suas soluções químicas substituídas por soluções novas. 
Deve ser observado com rigorosa atenção que tanto os tanques de revelação manual 
como os racks da processadora automática não podem ser mudados de posição. O 
revelador é altamente sensível, sendo facilmente contaminado pelo fixador. Para 
evitar a contaminação, em nenhuma hipótese pode haver troca dos racks na 
processadora automática e dos tanques no processamento manual. Na processadora 
automática, as soluções devem ser colocadas com cuidado antes dos racks para 
evitar respingos e conseqüente contaminação. Deve sempre seguir a seguinte 
ordem: primeiramente, encher o tanque de lavagem (com água), colocando a seguir 
o respectivo rack; depois encher o tanque de fixação (com a solução do fixador), 
colocando a seguir o respectivo rack; e por último, encher o tanque de revelação 
(com a solução do revelador), colocando a seguir o respectivo rack. Os racks devem 
ser colocados nos tanques lentamente, para evitar o transbordamento das soluções. 
 
TROCA DAS SOLUÇÕES QUÍMICAS 
 
As soluções químicas (revelador e fixador) responsáveis pelo processamento 
do filme radiográfico ficam saturadas (perdem atividade) em função do tempo e do 
número de reações. Para evitar perda acentuada da atividade das soluções químicas, 
que acarretaria uma redução na qualidade da imagem formada no filme radiográfico, 
as soluções devem ser trocadas periodicamente por soluções novas. 
O fixador saturado devido à prata suspensa na solução não deve ser 
descartado sem que antes a prata seja retirada por um processo de eletrólise 
(processo que separa os elementos químicos de um composto através do uso da 
eletricidade). 
 
CONTAMINAÇÃO DOS COMPONENTES QUÍMICOS: 
 
 Em caso de contaminação, o tanque de revelação do processamento manual 
ou do automático deve ser totalmente esvaziado e a solução química deve ser 
desprezada. Feito isso, o tanque de revelação, nos dois tipos de processamento e o 
respectivo rack no processamento automático devem ser lavados. No processamento 
automático, o tanque do revelador deve ser preenchido com água, e a máquina deve 
ser colocada em funcionamento por aproximadamente cinco minutos para a limpeza 
das mangueiras da bomba de recirculação e do filtro. Em seguida, o tanque deve ser 
esvaziado e limpo com água. Após a lavagem, é colocada uma nova solução química. 
 
IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS (REVELADOR E FIXADOR) 
 
REVELADOR 
 
 
34 
 
Parte A 
Nocivo se ingerido. 
Pode causar irritação na pele, no trato respiratório e nos olhos. 
Pode causar reação alérgica na pele. 
Contém Hidroquinona. 
 
Parte B 
Atenção! corrosivo 
Nocivo se ingerido. 
Pode causar irritação na pele, no trato respiratório e nos olhos. 
 
Parte C 
Nocivo se ingerido. 
Pode causar irritação na pele, no trato respiratório e nos olhos. 
 
FIXADOR 
 
Parte A 
Atenção 
Pode causar irritação na pele, no trato respiratório e nos olhos. 
Pode causar reação alérgica na pele. 
 
Parte B (Endurecedor) 
Cuidado, Corrosivo 
Pode causar queimadura / irritação na pele, no trato respiratório e nos olhos. 
 
 
MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS 
 
Inalação: Transferir para ambiente arejado. Procure auxílio médico se os sintomas 
persistirem. 
 
Contato com a pele: Enxaguar abundantemente com água. Remova toda a roupa 
contaminada. 
 
Contato com os olhos: Enxaguar abundantemente com água, mantendo a pálpebra 
aberta. 
 
Ingestão: Se ingerido, não induza ao vômito, siga as orientações da equipe médica. 
Após os primeiros socorros encaminhe urgentemente ao médico. 
 
Informações ao médico: Os riscos deste material devem-se às características 
irritantes à pele, aos olhos e nocivo quando ingerido. 
 
35 
 
 
 
MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIO 
 
Produto não é inflamável (sistema aquoso). Após evaporação da água pode 
queimar, formando gases tóxicos (dióxido de carbono, monóxido de carbono, óxido 
de enxofre ). Meios de extinção é água, espuma ou pó químico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA A 
RADIOLOGIA 
Elaborado pelas professoras Faisa Muritiba e Vanessa Costa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
LEGISLAÇÃO 
 
Legislação é o conjunto de leis de um Estado, entendimento pelas leis de acordo 
com a finalidade, regras sociais obrigatórias, impostas por uma autoridade pública, de 
forma permanente e que são sancionadas pela força. 
 
O direito é uma norma jurídica emitida pelo legislador, ou seja, um preceito 
estabelecido pela autoridade competente, em que é ordenado ou proíbe algo na linha 
de Justiça. 
 As leis são de delimitação do livre arbítrio das pessoas dentro da sociedade. Pode-
se dizer que a lei é controle externo que existe para o comportamento humano, em 
poucas palavras, as regras que regem a nossa conduta social. 
A legislação refere-se a todo o conjunto de leis organizadas pelos organismos 
competentes que estão subjacentes a ética e a moral dentro de uma sociedade. 
O papel da legislação é: 
 
 Imposição de Regras: Benefício referente à prática de determinada 
atividade. 
 Preocupação com valores humanos; 
 Qualidade de vida no trabalho; 
 Meio ambiente e preservação à natureza 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA A RADIOLOGIA 
 
 Em 29 de outubro de 1985, começa uma nova etapa para a radiologia no Brasil. 
Nessa data temos a regulamentação da profissão de Técnicos em Radiologia 
através da Lei 7.394. 
 Segundo relatos, tudo começou em 1895, quando o físico alemão Wilhelm Conrad 
Röendgen, descobriu em seu laboratório uma nova forma de radiação, que denominou 
raios-X. Depois de inúmeras experiências, os raios X se transformaram em uma 
grande ferramenta de diagnóstico para a Medicina. Todavia, o seu uso de forma 
inadequada trouxe danos biológicos, em alguns casos, irreparáveis. 
 Pela importância e complexidade dessa radiação, verificou-se a necessidade da 
criação de algumas regras de conduta para a sua utilização. 
 Os profissionais que vinham atuando como operadores de equipamentos de 
radiodiagnósticos até 1985 não tinham diretrizes quanto aos seus direitos e deveres. 
 
38Por não terem formação adequada, em sua grande maioria, os profissionais 
atuavam sem entender exatamente o que estavam fazendo. Às vezes, prejudicavam 
a si mesmos e aos pacientes por falta de informações, expondo-se 
desnecessariamente. 
 A LEI 7.394/85, regulamentada pelo DECRETO 92.790/86, representou um 
grande passo para a evolução profissional dos até então denominados “Operadores de 
Raios X”. Esta Lei compôs um ordenamento jurídico no âmbito federal, 
regulamentando a profissão e com ela trazendo a mudança da denominação deste 
profissional, que passou a ser “técnico em Radiologia”. 
 
LEI Nº 7.394, DE 29 DE OUTUBRO DE 1985 
Publicada no DOU de 30/10/1985 
Regula o Exercício da Profissão de Técnico em Radiologia, e dá outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1º Os preceitos desta Lei regulam o exercício da profissão de Técnico em 
Radiologia, conceituando-se como tal todos os Operadores de Raios X que, 
profissionalmente, executam as técnicas: 
I - radiológica, no setor de diagnóstico; 
II - radioterápica, no setor de terapia; 
III - radioisotópica, no setor de radioisótopos; 
IV - industrial, no setor industrial; 
V - de medicina nuclear. 
 
Art. 2º São condições para o exercício da profissão de Técnico em Radiologia: 
I – ser portador de certificado de conclusão do ensino médio e possuir formação 
profissional mínima de nível técnico em Radiologia; (Redação dada pela Lei nº 
10.508/2002) 
II - possuir diploma de habilitação profissional, expedido por Escola Técnica de 
Radiologia, registrado no órgão federal (vetado). 
Parágrafo único. (Vetado). 
Art. 3º Toda entidade, seja de caráter público ou privado, que se propuser instituir 
Escola Técnica de Radiologia, deverá solicitar o reconhecimento prévio (vetado). 
Art. 4º As Escolas Técnicas de Radiologia só poderão ser reconhecidas se 
apresentarem condições de instalação satisfatórias e corpo docente de reconhecida 
idoneidade profissional, sob a orientação de Físico Tecnólogo, Médico Especialista e 
Técnico em Radiologia. 
§ 1º Os programas serão elaborados pela autoridade federal competente e 
válidos para todo o Território Nacional, sendo sua adoção indispensável ao 
reconhecimento de tais cursos. 
 
39 
 
§ 2º Em nenhuma hipótese poderá ser matriculado candidato que não 
comprovar a conclusão de curso em nível de 2º Grau ou equivalente. 
§ 3º O ensino das disciplinas será ministrado em aulas teóricas, práticas e 
estágios a serem cumpridos, no último ano do currículo escolar, de acordo com a 
especialidade escolhida pelo aluno. 
Art. 5º Os centros de estágio serão constituídos pelos serviços de saúde e de pesquisa 
físicas, que ofereçam condições essenciais à prática da profissão na especialidade 
requerida. 
Art. 6º A admissão à 1ª série da Escola Técnica de Radiologia dependerá: 
I - do cumprimento do disposto no § 2, do Art. 4, desta Lei; 
II - de aprovação em exame de saúde, obedecidas as condições estatuídas no 
parágrafo único, do Art. 46, do Decreto número 29.155, de 17 de janeiro de 1951. 
Art. 7º As Escolas Técnicas de Radiologia existentes, ou a serem criadas, deverão 
remeter ao órgão competente (vetado), para fins de controle e fiscalização de 
registros, cópia da ata relativa aos exames finais, na qual constem os nomes dos 
alunos aprovados e as médias respectivas. 
Art. 8º Os diplomas expedidos por Escolas Técnicas de Radiologia, devidamente 
reconhecidos, têm âmbito nacional e validade para o registro de que trata o inciso II, 
do Art. 2, desta Lei. 
Parágrafo único. Concedido o diploma, fica o Técnico em Radiologia obrigado a 
registrá-lo, nos termos desta Lei. 
Art. 9º (Vetado). 
Art. 10 Os trabalhos de supervisão das aplicações de técnicas em radiologia, em seus 
respectivos setores, são da competência do Técnico em Radiologia. 
Art. 11 Ficam assegurados todos os direitos aos denominados Operadores de Raios 
X, devidamente registrados no órgão competente (vetado), que adotarão a 
denominação referida no Art. 1º desta Lei. 
§ 1º Os profissionais que se acharem devidamente registrados na Divisão 
Nacional de Vigilância Sanitária de Medicamentos - DIMED, não possuidores do 
certificado de conclusão de curso em nível de 2º Grau, poderão matricular-se nas 
escolas criadas, na categoria de ouvinte, recebendo, ao terminar o curso, certificado 
de presença, observadas as exigências regulamentares das Escolas de Radiologia. 
§ 2º Os dispositivos desta Lei aplicam-se, no que couber, aos Auxiliares de 
Radiologia que trabalham com câmara clara e escura. 
Art. 12 Ficam criados o Conselho Nacional e os Conselhos Regionais de Técnicos em 
Radiologia (vetado), que funcionarão nos mesmos moldes dos Conselhos Federal e 
Regionais de Medicina, obedecida igual sistemática para sua estrutura, e com as 
mesmas finalidades de seleção disciplinar e defesa da classe dos Técnicos em 
Radiologia. 
 
40 
 
Art. 13 (Vetado). 
Art. 14 A jornada de trabalho dos profissionais abrangidos por esta Lei será de 24 
(vinte e quatro) horas semanais (vetado). 
Art. 15 (Vetado). 
Art. 16 O salário mínimo dos profissionais, que executam as técnicas definidas no Art. 
1º desta Lei, será equivalente a 2 (dois) salários mínimos profissionais da região, 
incidindo sobre esses vencimentos 40% (quarenta por cento) de risco de vida e 
insalubridade. 
Art. 17 O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de até 180 (cento e 
oitenta) dias. 
Art. 18 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 19 Revogam-se as disposições em contrário. 
Brasília, 29 de outubro de 1985; 164º da Independência e 97º da República. 
LEI Nº 1.234 – DE 14 DE NOVEMBRO DE 1950 
Confere direito e vantagens a servidores que operam com raios X e substâncias 
radioativas. 
 
Art. 1º. Todos os servidores da União, civis e militares, e os empregados de entidades 
paraestatais de natureza autárquica, que operam diretamente com Raios X e 
substâncias radioativas, próximo às fontes de irradiação, terão direito a: 
a) regime máximo de vinte e quatro horas semanais de trabalho; 
b) férias de vinte dias consecutivos, por semestre de atividade profissional, não 
acumuláveis; 
c) gratificação adicional de 40% (quarenta por cento) do vencimento. 
 
Art. 2º. Os serviços e Divisões do Pessoal manterão atualizadas as relações nominais 
dos servidores beneficiados por esta Lei e indicarão os respectivos cargos, ou funções, 
lotação e local de trabalho, relações essas que serão submetidas à aprovação do 
Departamento Nacional de Saúde, do Ministério da Educação e Saúde. 
Art. 3º. Os chefes de repartição ou serviço determinarão o afastamento imediato do 
trabalho de todo o servidor que apresente indícios de lesões radiológicas, orgânicas, 
ou funcionais e poderão atribuir-lhes, conforme o caso, tarefas sem risco de irradiação, 
ou a concessão ex-oficio, de licença para tratamento de saúde, na forma da legislação 
vigente. 
Art. 4º. Não serão abrangidos por esta Lei: 
a) os servidores da União, que no exercício de tarefas acessórias ou auxiliares, fiquem 
expostos às irradiações,apenas em caráter esporádico e ocasional; 
b) os servidores da União, que, embora enquadrados no disposto no artigo 1º. Desta 
Lei, estejam afastados por quaisquer motivos dos exercícios de sua atribuições, salvo 
 
41 
 
nos casos de licença para tratamento de saúde e licença a gestante, ou comprovada 
a existência de moléstia adquirida no exercício de funções anteriormente exercidas, 
de acordo com o art. 1.º citado. 
 
Art. 5º. As instalações oficiais e paraestatais de Raios-X e substâncias radioativas 
sofrerão revisão semestral, nos termos da regulamentação a ser baixada. 
 
Art. 6º. O PoderExecutivo regulamentará a presente Lei dentro no prazo de 60 
(sessenta) dias e estabelecerá as medidas de higiene e segurança no trabalho, 
necessárias à proteção do pessoal que manipular Raios-X e substâncias radioativas, 
contra acidentes e doenças profissionais e reverá, anualmente, as tabelas de proteção. 
 
Art. 7º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições 
em contrário. 
DECRETO N. º 29.155 – DE 17 DE JANEIRO DE 1951 
Regulamenta a Lei n. º 1.234, (*) de 14 de Novembro de 1950. 
CAPÍTULO I 
Disposições Gerais 
 
Art. 1º. Os Direitos e vantagens instituídos pela Lei n.º 1.234, de 14 de novembro de 
1950 são extensivos a todos os servidores públicos civis da União, e aos empregados 
das entidades paraestatais de natureza autárquica, que no exercício de suas funções, 
operem, direta e habitualmente, com Raios-X ou substâncias radioativas, próximo às 
fontes de emanação. 
Parágrafo Único – No que se refere aos militares, a Lei n. º 1.234 terá regulamentação 
à parte. 
Art. 2º. Para os efeitos do artigo 4.º da Lei n.º 1.234, de 14 de Novembro de 1950, 
consideram-se acessórias ou auxiliares as que não constituírem atribuições normais e 
constantes do cargo ou função, as que forem exercidas esporadicamente ou a título 
de colaboração transitória, as que não expuserem as emanações diretas por um 
período mínimo de oito horas semanais e as que forem exercidas fora das 
proximidades das fontes de irradiação. 
Art. 3º. A partir da vigência deste Regulamento é vedada, sob pena de 
responsabilidade, a designação para operar com Raios-X ou substâncias radioativas, 
de pessoa que exerça cargo ou função, cujo provimento não exija especificamente, 
habilitação técnica para esse mister. 
Art. 4º. Os Chefes de serviço ou repartição onde houver instalações de Raios-X ou 
substâncias radioativas remeterão aos Serviços e Divisões de Pessoal, para os efeitos 
do artigo 2.º da Lei n.º 1.234, de 14 de novembro de 1950, os dados necessários à 
organização e atualização do cadastro do pessoal beneficiado pela citada lei. 
§ 1º - Só serão concedidos os direitos e vantagens previstos na lei à que se 
refere este Regulamento aos Funcionários que figurarem nos cadastros aprovados pelo 
Departamento Nacional de Saúde. 
§ 2º - A autoridade que aprovar os cadastros providenciará sua imediata 
publicação no órgão oficial. 
 
42 
 
§ 3º - Os Servidores que se julgarem prejudicados pela sua não inclusão nos 
cadastros poderão, dentro de 120 dias a contar da publicação, recorrer, na forma do 
Capítulo XIV do Estatuto dos Funcionários Públicos ao Departamento Nacional de 
Saúde, reconhecendo-se a este a faculdade de indeferir de plano os recursos que não 
estiverem devidamente fundamentados. 
§ 4º - Os chefes de Serviço remeterão mensalmente as notificações sobre 
alterações que se verificarem na lista fornecida anteriormente, cabendo ao órgão de 
pessoal respectivo fazer publicar as referidas alterações notificando-as, por sua vez, 
ao Departamento Nacional de Saúde para os fins do § 1. º deste artigo. 
Art. 5º. O Departamento Nacional de Saúde manterá um cadastro atualizado de todos 
os órgãos do serviço público federal e das autarquias que possuírem instalações de 
Raios-X e substâncias radioativas, com as necessárias características de identificação 
de equipamento, local, condições de funcionamento e fins em que são utilizados. 
Art. 6º. A partir da vigência deste regulamento só serão autorizadas novas instalações 
de Raios-X ou substâncias radioativas em repartições federais ou autarquias, mediante 
parecer favorável do Departamento Nacional de Saúde, que considerará, sobretudo, 
se tais instalações são indispensáveis às finalidades do órgão e apresentem as 
necessárias condições de segurança para os operadores de acordo com as normas de 
proteção estabelecidas neste decreto. 
§ 1º - Em casos especialíssimos poderá o Presidente da República autorizar a 
dispensa do parecer a que se refere este artigo, desde que seja devidamente 
comprovada que as instalações oferecem o grau de segurança necessário. 
§ 2º - Para o cumprimento do disposto neste artigo, o Departamento Nacional 
de Saúde poderá ouvir o Instituto Nacional de Tecnologia ou qualquer entidade 
técnico-científica de reconhecida idoneidade desde que não se trate de instalações em 
estabelecimentos médicos ou hospitalares. 
Art. 7º. Os chefes de repartição ou de serviço que determinarem o afastamento 
imediato do trabalho, de servidor que apresente indícios de lesões radiológicas 
orgânicas ou funcionais, providenciarão para que o mesmo seja submetido a exame 
médico, para efeito de licença, ainda que lhe tenha atribuído tarefas sem risco de 
irradiação. 
Parágrafo Único – Verificando-se em inspeção médica a conveniência de ser o servidor 
licenciado, aplicar-se-lhe-á o disposto na legislação relativa a licenças. Em caso 
contrário será ele mantido no novo regime de trabalho que lhe tenha sido prescrito. 
Art. 8º. O servidor afastado por apresentar índices de lesões radiológicas e ao qual 
tenham sido atribuídas tarefas sem risco de irradiação deixara de fazer jus aos direitos 
e vantagens instituídos pela Lei nº 1.234, de 14 de novembro de 1950, se uma vez 
julgado apto em inspeção medica não reassumir suas funções primitivas ou não voltara 
executar os trabalhos em virtude dos quais lhe foram assegurados os citados direitos 
e vantagens. 
§ 1º - A cassação dos direitos e vantagens não exclui o procedimento disciplinar 
que acaso couber. 
§ 2º - O disposto nesse artigo e seu parágrafo primeiro aplica-se. Igualmente 
ao servidor que após a terminação as licenças não voltar ao exercício de suas funções. 
Art. 9º. O afastamento para o desempenho de tarefas sem risco de irradiação será 
sempre determinado por prazo certo, findo qual será o servidor submetido a exame 
de saúde, e se julgado apto deverá reassumir suas funções; em caso contrário, o prazo 
de seu afastamento será prorrogado. 
 
43 
 
Art. 10º. Será punido com as penas do artigo 162, § 5. º do Estatuto dos Funcionários 
que afastar, irregularmente do trabalho, servidor sob pretexto de lesão radiológica, 
ou aprovar relação nominal em que figure pessoa que não se enquadre nos termos do 
artigo 1.º deste Regulamento. 
 
CAPÍTULO II 
DAS NORMAS DE PROTEÇÃO AO TRABALHO 
 
Das unidades de rontgendiagnóstico e rontgenterapia 
 
a) Da higiene geral 
Art. 11º. As salas, em que se opere com Raios-X, disporão de boas aerações e 
ventilação, natural ou artificial, de vãos de abertura, direta para o exterior dos edifícios 
ou amplas galerias internas. 
Art. 12º. O ar ambiente será renovado, de preferência, por aspiração durante o 
funcionamento da aparelhagem radiológica e, pelo menos, uma hora após o término 
dos trabalhos, mormente quando haja rede exposta de alta tensão, hipótese em que 
deverão sempre ser exauridos o ozona An3 e os gases nitrósos produzidos. 
Art. 13º. Nos locais ou salas onde se encontrarem geradores, providos de retificação 
por válvulas eletrônicas expostas, deverá ser assegurada proteção adequada contra a 
possível emissão de Raios-X por essas válvulas. 
 
b) Da proteção contra os riscos puramente elétricos. 
Art. 14º. A corrente elétrica alimentadora da instalação central do gerador de alta 
tensão será interceptável por fusíveis gerais, relacionados com a capacidade do 
gerador, e comandada por uma chave ou um interruptor geral, de grande tamanho e 
fácil manejo, situado em local de visibilidade e acesso fáceis, de preferência próximo 
ao posto de comando do aludido gerador. 
Art. 15º. Os geradores, que abasteçam mais de um posto de exame ou aplicação, 
disporão de interruptor de alta tensão ou chave de derivação, que isole completamente 
os postos entre si e torne inermes os que estiverem fora de uso. 
Art. 16º.Os geradores providos de condensadores de alta tensão terão dispositivos 
adequado a descarga da energias residual. 
Art. 17º. A pavimentação das salas de exame ou de irradiação e dos postos de 
comando deverá ser feita de materiais que aumentem a proteção dos operadores 
contra as descargas à “Terra” (madeira, cortiça, borracha. Etc.) 
Art. 18º. As redes aéreas de alta tensão, que terão dispositivos de descarga á “Terra”, 
e de segurança contra queda, deverão ser instaladas á altura mínima de dois metros 
e meio do piso, sobre isoladores de material inalterável sob a ação do tempo, da 
umidade, dos eflúvios, e de outros elementos, e construídas com condutores de forma, 
distância entre e diâmetro tais que, sob voltagem máxima, seja anulado o efeito de 
eflúvio ou de corona. 
Art. 19º. De preferência serão utilizadas aparelhagem á prova de choques. 
Art. 20º. As mesas de exames radioscópicos e radiográficos, rontgenterapia, 
superficial ou 5 profunda, os suportes radiográficos e as mesas e acessórios de 
comando serão ligados á “Terra” por fio condutor, de diâmetro nunca inferior a 2 
milímetros soldado em suas ligações terminais. 
 
44 
 
Art. 21º. Os exames radiológicos, procedidos em salas de operação, serão feitos 
apenas com aparelhos que possuírem rede protegida de alta tensão, sempre que forem 
empregados anestésicos inflamáveis 
 
c) da proteção contra radiações em trabalho de rontgendiagnóstico. 
Art. 22º. O tubo produtor de Raios-X deverá ser montado dentro de cúpula inteiriça, 
ou que recubra ao máximo possível o aludido tubo, cuja a proteção equivalerá, no 
mínimo, a dois milímetros de chumbo. 
Art. 23º. No trajeto do “Feixe direto” útil de Raios-X, o mais perto possível do seu 
plano de emergência e ao nível da abertura da cúpula será montado um filtro de 
alumínio de espessura nunca inferior a 0,5 mm. 
Art. 24º. O diafragma radioscópico, em sua abertura máxima, deverá permitir a 
passagem de feixe direto útil cuja normal, no plano de Fluoroscopia, não seja maior 
que o vidro de anteparo fluoroscópico, o qual, deverá ter proteção equivalente a 2mm 
de chumbo. 
Art. 25º. Os seriográfos, para a pratica de radiografias visadas, possuirão proteção 
suplementar adequada, excedente e flexível. 
Art. 26º. A Conexão de alta tensão, em trabalhos de radioscopia, far-se-á por meio 
de interruptores de pressão, manual ou pedal, devendo ser rejeitados os modelos de 
contato permanente. 
Art. 27º. Na prática de exames radioscópicos será obrigatório o uso de palpadores 
indiretos de qualquer tipo, luvas plumbíferas de proteção integral, dorsal e palmar 
com substâncias de baixo peso atômico, tecidos de lã ou algodão, interposto entre 
couro ou a borracha e a pela, e aventais plumbíferos, todos com proteção equivalente 
pelo menos a 0,5 milímetros de chumbo. 
Art. 28º. A mesa de comando radiográfico deverá ser montada de preferência fora do 
campo de incidência de qualquer feixe direto de Raios-X e à retaguarda de guarita e 
biombo, ou em peça situada ao lado da sala de exames – assegurando ao operador 
proteção nunca inferior a dois milímetros de chumbo. 
Art. 29º. O visor de vigilância no posto terá vidro plumbífero fixo, de proteção nunca 
inferior a dois milímetros de chumbo, devendo ser abolidos os vidros móveis 
dobradiça, quilhotina ou sistema equivalente. 
 
d) da proteção contra radiações em trabalhos de rõntigenterapia. 
Art. 30º. As salas de rõntigenterapia, bem como os postos de comandos e de 
vigilância de visor fixo, deverão ser protegidos de modo a absorver as radiações que 
possam atravessar pisos e paredes para isso existindo uma camada de chumbo ou 
material equivalente, cuja espessura será variável de acordo com as voltagens 
empregadas, as condições de sala, o grau de proteção de tubo, e outros fatores que 
serão estudados, em cada caso. 
Parágrafo Único – Para energias superiores a 225Kv o chumbo poderá entrar em 
combinação com material conglomerado 
denso e não poroso (tijolos, concreto, bário concreto, etc.) de modo a assegurar 
proteção tal que só permita a tolerância máxima de 0,1r por dia, controlada com 
ionômetro. 
Art. 31º. A determinação da proteção em chumbo, nas irradiações com tubo excitado 
por quilovoltagens compreendidas entre 250Kv. E 3.000Kv., segundo miliamperagens 
 
45 
 
variáveis de 0,5 M. A. a 30 M. A. e distâncias foco-operador de 0,5m a 10m, deverá 
ser feita de acordo com o monograma de Binka, anexo. 
Art. 32º. Os aparelhos de rõntgenterapia deverão ser providos de dispositivos de 
sinalização que indiquem a produção de correntes de alta tensão e de Raio-X, e a 
presença de filtros. 
Art. 33º. Durante as aplicações de rõntgenterapia somente será permitida na sala 
permitida na sala a presença de pessoas estranhas, quando devidamente autorizados 
pelo médico; o enfermo será observado por meio de visor apropriado, e, se for julgado 
conveniente, poderá se comunicar com o posto de comando e vigilância por meio de 
sinais óticos ou acústicos, ou por campainha elétrica. 
 
DO EMPREGO DE SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS; NATURAIS OU ARTIFICIAIS. 
 
Dos sais de rádium. 
Art. 34º. As pessoas que manipularem preparações radioativas deverá ser assegurada 
proteção contra a ação lesiva das irradiações sobre as suas mãos e contra as lesões 
orgânicas ou perturbações funcionais dos órgãos da reprodução, causadas por essas 
irradiações. 
Art. 35º. A proteção para diferentes quantidades de rádium, aproximadamente 
equivalente a 0,1r por dia, será determinada pelo diagrama de Failla, anexo, no qual 
são estabelecidas as condições convenientes dos fatores espessura de chumbo e 
distância foco - operador. 
Art. 36º. As Preparações Radioativas deverão ser manipuladas à distância, por meio 
de longas pinças, não devendo ser tocadas diretamente com mãos e a preparação de 
moldes e aparelhos será feita local bem ventilado, destinado exclusivamente a esse 
fim, devendo o operador trabalhar em mesa angular em L, com anteparo especial de 
5 cm. De chumbo interposto entre o referido operador e a preparação radioativa. 
Art. 37º. As preparações radioativas fora de uso deverão ser guardadas em cofre, em 
compartimentos próprios formados por caixas especiais, isoladas uma das outras e 
assegurando, em todas as direções, proteção, cujos valores serão determinados pelo 
diagrama de Failla, anexo. 
Art. 38º. O local em que serão tomadas as medidas para preparação de moldes e 
aparelhos, será bem ventilado e isolado de outras peças onde haja substâncias 
radioativas. 
Art. 39º. Os enfermeiros e outros auxiliares só poderão permanecer nas câmaras de 
tratamento dos enfermos, quando observados os limites estabelecidos pela tabela II, 
anexa. 
Art. 40º. O transporte do rádium nos hospitais e nos centros urbanos far-se-á por 
meio de dispositivos providos de longas alças, observados os valores indicados na 
tabela III anexa, e seus portadores não deverão receber dose superior a 0,1r por dia, 
medida de foco de rádium à cicatriz umbilical. 
Art. 41º. O transporte interurbano do rádium obedecerá as seguintes determinações. 
I – Por mar – colocando-se o material radioativo em compartimento estanque, 
o mais distanciado possível de locais de trabalho ou de permanência da tripulação e 
dos passageiros; 
II – Por terra – observando-se rigorosamente os valores indicados na tabela IV, 
anexa. 
 
 
46 
 
Do radon 
Art. 42º. No preparo e emprego do radon, cuja proteção deverá ser assegurada como 
se fora contra o rádium serão observadas as seguintes disposições: 
I- A captação do radon deverá ser feita pelo menos duas vezes por semana, a 
fim de evitar o aumento de pressão nos aparelhos e conseqüente rutura das 
canalizações de instalação e contaminação do ar ambiente; 
II – Todas as manipulações do radon serão efetuadas logo após a sua captação; 
III – Os locais, ondese realize a preparação do radon disporão de sistema de 
controle da ventilação, em caso de acidentes nos aparelhos; 
IV – O ar ambiente deverá ser movimentado e exaurido meia hora antes de 
serem ocupados tais locais; 
V – Depois de captado, o radon será separado em sementes de ouro por meio 
de mecanismos a esse fim apropriados, a fim de assegurar proteção adequada ao 
operador; 
VI – O cofre, que contiver o recipiente, com a solução de rádium, deverá 
oferecer proteção de chumbo de acordo com a quantidade de rádium em solução. 
Observados os valores indicados pelo diagrama de Fallia, anexo. 
 
Das substâncias radioativas artificiais: 
Art. 43º. No uso terapêutico e na pesquisa científica de substâncias radioativas 
artificiais deverão ser tomadas todas as providências que assegurem a proteção do 
pessoal, tendo em vista, em cada caso, a natureza, a intensidade e a duração das 
emissões Das pesquisas sobre física nuclear e sua aplicações a outros fins. 
Art. 44º. Nos laboratórios de pesquisa científica, onde se fizerem estudos e aplicações 
sobre transmutação atômica, 
deverão existir os elementos adequados à proteção contra as radiações “alfa”, “beta” 
e “gama”, e especialmente contra os neutrões. 
Art. 45º. A proteção visara também a possível contaminação das roupas, do mobiliário 
do laboratório, das águas de uso e residuais a concentração radioativa no ar ambiente 
e atmosferas circunvizinhas, a inalação e a ingestão de alimentos radioativos a ação 
dos produtos de cisão nuclear. 
 
Do pessoal 
Art. 46º. A admissão do pessoal que manipula aparelhagem de Raios-X e substâncias 
radioativas, ou que procede a estudos e pesquisas sobre física nuclear será sempre 
condicionada à realização de exame prévio de sanidade e capacidade física o qual 
incluíra obrigatoriamente o exame hematológico. 
Parágrafo Único: Não deverão ser admitidas em serviços de terapia pelo rádium e 
pelo radon as pessoas de pele seca, com tendência a fissuras e com verrugas, assim 
com as de baixa assiduidade visual não corrigivel pelo uso de lentes. 
Art. 47º. O pessoal em serviços de rontgendiagnóstico ou rontgenterapia superficial 
ou profunda será submetido ainda a um exame clínico por ano e a um exame 
hematológico por semestre. 
Art. 48º. O pessoal em serviço de terapia pelo rádium ou pelo radon, ou de pesquisas 
sobre física nuclear, será submetido ainda a um exame clínico por semestre, o qual, 
compreenderá cuidadosa observação dermatológica das mãos, e um exame 
hematológico bimestral. 
 
47 
 
Art. 49º. Para o pessoal que trabalhe em serviços de rontgendiagnóstico, 
rontgenterapia, de rádium e de radon, a dose máxima de tolerância será de 0,1r por 
dia, que além de outros métodos de verificação, será controlada usando cada pessoa 
em seus bolsos, periodicamente, durante quinze dias consecutivos de trabalho, um 
filme dentário recoberto de chumbo pela metade. 
Art. 50º. Para o pessoal, que trabalha em pesquisas sobre física nuclear, o controle 
dos sistemas de proteção far-se-á como dispõe o artigo anterior, e também o filme 
dentário de prova totalmente recoberto por delgada camada de cadmium, rhodium e 
indium. 
Parágrafo Único: Verificado que o filme dentário de prova sofreu impressão 
apreciável, deverá ser apurada e eliminada a falha do sistema de proteção. 
Art. 51º. O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas 
as disposições em contrário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
 
 
 
 
 
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS 
Elaborado pelo professor Ronaldo Costa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
Os aparelhos de raios X são utilizados na geração de imagens diagnósticas, sendo que 
essas imagens tanto podem ser aplicadas em radiologia médica-odontológica para o 
diagnóstico de patologias ou traumatismos, quanto em radiologia industrial para o 
diagnóstico em ensaios não-destrutivos. É imprescindível que o profissional Técnico 
em Radiologia tenha o conhecimento dos equipamentos e também o domínio dos 
mesmos, uma vez que para a obtenção de imagens radiográficas é necessário o uso 
destes equipamentos. 
Sala de exames 
 
 
 
 
 
 
 
 
Local onde são realizadas as radiografias. É devidamente preparada e blindada por um 
revestimento de chumbo e/ou uma camada de argamassa conhecida por Barita. 
 No interior da sala de exames temos: 
 A mesa de exames 
 O Bucky mural 
 O gerador (transformador) de energia 
 Mesa (Painel) de comando (dentro ou fora da sala) 
 Aparelho de raios-x 
 
50 
 
1. Mesa de Exames: Equipamento onde os pacientes são posicionados para 
realização de radiografias. O tampo da mesa é feito de material radiotransparente. 
Possui a LCM Linha (Central da Mesa) que serve como principal referência de 
posicionamento dos pacientes ou regiões anatômicas a serem radiografadas. 
As mesas de exames são classificadas de acordo com seus movimentos. Esses 
movimentos diminuem a necessidade de deslocar o paciente na superfície da mesa, 
agilizando a realização dos exames. As mesas podem ser: 
TIPOS DE MESA 
De uma forma geral, podemos caracterizar os tipos de mesas segundo sua 
movimentação: 
 
a) Mesa Fixa: Modelo antigo. Como o próprio nome diz, não possui nenhum 
movimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Mesa Móvel: O tampo da mesa executa movimentos. Eles podem ser: 
 Longitudinais – Ao longo do corpo do Paciente 
 
 
 
 
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 Transversais ou Laterais – Nos sentidos direito e esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Circulares – nos aparelhos mais modernos, executa os movimentos 
longitudinais e laterais simultaneamente, facilitando a realização 
dos exames. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Verticais – Trendelenburg e Fowler 
Mesas com movimento vertical: 
A mesa gira no sentido horário, até ficar de pé, o que facilita a execução de 
procedimentos com contrastes, principalmente exames de intestino e nefrologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MESA TELECOMANDADA 
Trata-se apenas de uma mesa com motores que a fazem mover em qualquer direção, 
controlada por comandos que estão posicionados junto à própria mesa ou junto à 
mesa de controle. Nesta última opção, o técnico não precisa se dirigir até a mesa de 
exames e reposicionar o tampo da mesa ou o paciente para enquadrar o campo de 
radiação com a anatomia de interesse. Basta acionar os comandos e, à distância, 
realizar a operação. Isto garante a qualidade e reduz o tempo do exame, pois evita o 
deslocamento repetido do técnico entre mesa de comando e mesa de exame. 
2. Porta- chassis: Também conhecida como Gaveta Potter Bucky ou Bandeja. 
Localizado embaixo do tampo da mesa. Nele é depositado o chassi radiográfico, no 
momento da realização do exame. 
 
 
 
 
 
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3. Chassi - Para a execução de um exame Radiográfico, é necessário que o filme 
radiográfico esteja dentro de um recipiente completamente vedado à entrada de 
luz. Esse recipiente é chamado de chassi radiográfico, também denominado 
Cassete na Radiografia Computadorizada. 
 
 
 
 
 
 
4. Bucky Mural (Estativa): 
 
Além das mesas, os exames radiográficos podem ser realizados com o 
paciente de pé (ortostática). Exames dos pulmões e tórax são normalmente 
realizados com o paciente nesta posição. 
 Com um Porta-chassi idêntico a Gaveta, localizado verticalmente, fixado numa 
torre de aproximadamente 2 metros de altura, executando

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