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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DO VAL..

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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DO VALE 
DO SÃO LOURENÇO – MANTIDA PELA ASSOCIAÇÃO 
EDUCACIONAL DO VALE DO SÃO LOURENÇO
Curso : Agronomia
Disciplina : Bioquímica
Docente : Susane Silva Sartori
Ementa do Curso:
Estrutura e Função de Biomoléculas. Química
de Aminoácidos e Proteínas. Enzimas e
Coenzimas. Carboidratos. Lipídios. Ácidos
Nucléicos: Química e Metabolismo. Princípios de
Bioenergética. Fotossíntese: Aspectos
moleculares.
Os constituintes químicos das células 
podem ser divididos em 2 grupos:
•inorgânicos – água e sais minerais;
•orgânicos – glicídios, lipídios, proteínas,
enzimas, ácidos nucléicos e vitaminas.
Composição média geral das células Vegetais:
• Água 75% ; Proteínas 4%; 0,5% de lipídios; 18% de glicídios;
2,5% de sais minerais.
• Sendo variável de uma espécie para outra ; e metabolismo do
tecido.
SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS: Água.
É a substância que se encontra em maior 
quantidade no interior da célula.
Seu teor varia de acordo com a atividade celular, isto é, células
que desempenham intensa atividade possuem maior
quantidade de água do que as que trabalham pouco.
Da mesma forma, quanto mais trabalho a célula desenvolver,
mais estará ela realizando hidrólise e, consequentemente,
solicitando água.
Uma molécula de água é formada por dois átomos de
hidrogênio ligados a um átomo de oxigênio. Dipolo
Moléculas polarizadas ou moléculas polares de hidrogênio
Grau de afinidade da molécula de água:
•As moléculas de água apresentam dupla polaridade:
podem se associar tanto a moléculas de carga elétrica
positiva quanto a moléculas de carga negativa.
•Sais, oses, proteínas, carboxila, hidroxila, fosfato e
muitas outras substâncias orgânicas apresentam
afinidade pela água, dissolvendo-se nela=HIDROFÍLICA.
•Gorduras e outras substâncias cujas moléculas não têm
cargas elétricas, isto é, são apolares, não se dissolvem em
água= HIDROFÓBICA•EX. Lipídios, parafinas e óleos
Propriedades da água e sua 
importância na Fisiologia da Planta
• A molécula da água possuiu uma estrutura polar e estabelece
pontes de hidrogénio entre si o que lhe confere propriedades
específicas que tornam os seus mecanismos tão importantes para
as plantas.
• Excelente solvente polar que permite o transporte de sais minerais,
foto assimilados e outras moléculas orgânicas e é responsável pela
formação das camadas bifosfolipídicas das membranas. A água é
ainda responsável pelo conformação de algumas proteínas, ácidos
nucleicos e polissacarídeos.
• Molécula muito reativa porque é o meio onde ocorrem muitas das
reações bioquímicas, participando ativamente em muitas delas.
• A água possuí elevada capacidade térmica mássica que ajuda a
manter a temperatura da planta, porque elevadas variações de
energia levam a pequenas flutuações de temperatura.
• O alto calor latente de evaporação ajuda a planta a esfriar, porque a
água evapora à custa da absorção de elevadas quantidades de
energia térmica.
• A água possuí ainda propriedades de adesão e coesão que
justificam a elevada tensão superficial e capilaridade deste
solvente. Isto permite que a água ascenda no xilema e é importante
no processo de evaporação.
• A elevada força de tensão mantém a coluna de água no xilema
bastante resistente (evitando assim a sua ruptura).
• O fato de a água não ser compressível permite o desenvolvimento
da pressão de turgescência. O crescimento celular, a abertura e
fechamento dos estômatos , a translocação do floema e a rigidez do
corpo da planta são algumas das características que faz a água
não ser compressível.
Processos de transporte de água
• Difusão
A difusão é um movimento de água que responde a uma gradiente
de concentração que é estabelecido entre duas zonas distintas. Este
mecanismo é efetivo e viável ao nível celular, no entanto é muito lento
para transporte a longa distância. Este mecanismo não explica a
ascensão da água no xilema em plantas altas.
• Fluxo em massa
O fluxo em massa é mais um dos tipos de movimentos que a
água pode efetuar e recorre ao movimento concentrado de um
determinado grupo de moléculas em resposta a um gradiente de
pressão. Este movimento ocorre apenas à custa do gradiente de
pressão, sendo portanto independente do gradiente de concentração.
Este movimento explica a ascensão de água no xilema de plantas altas,
a translocação floémica e o movimento de água no solo. O fluxo em
massa é proporcional ao raio do tubo capilar e portanto a evolução foi
no sentido do aumento do crescimento secundário e a substituição
dos traqueoides por elementos de vaso.
• Osmose
A osmose é um movimento de água que responde a
um gradiente de potencial de água , sendo uma medida
associada às moléculas de água por unidade de volume
ocupado.
O potencial osmótico é independente da natureza dos solutos.
Os solutos dissolvidos ,diminuem o potencial osmótico
relativamente ao valor da água pura.
O potencial de pressão define o estado de turgidez ou
plasmólise de uma célula e o valor zero é tomado para a água no
estado padrão em espaço aberto.
A gravidade depende da altura da água acima do nível de
referência (nível médio da água do mar) e causa o movimento
descendente da água.
Absorção de água pelas raízes
• A água é absorvida pela células da raiz da planta
a favor do gradiente de potencial de água
(osmose), posteriormente a água move-se no
interior da raiz por gradiente de potencial
osmótico ou de pressão (fluxo em massa).
• Quando na endoderme a água é impedida de
prosseguir pela banda de Caspary que impede a
entrada de água via apoplasto e obriga a
passagem através da membrana celular. Isto
contribuí para uma entrada seletiva na raiz. Assim
a partir da endoderme a água continua o seu
percurso por simplasto ao invés da via
apoplástica.
Movimento de água entre células
O movimento de água entre as células pode ocorrer através da camada
bi lipídica ou então através de proteínas específicas, as aquoporinas.
Nas células vegetais a pressão hidrostática também contribui para o
movimento da água, ao contrário do que acontece nas células animais,
em que o movimento de água se dá apenas à custa dos gradientes de
concentração. Pequena alteração no volume da célula repercute
grandes alterações na pressão de turgescência e consequentemente no
potencial de água. Isto acontece à custa de pequenas alterações no
potencial osmótico.
Sais minerais
• As plantas são autotróficas, necessitam de elementos
considerados essenciais, para completarem seu ciclo. À
medida que crescem, as plantas aumentam em
biomassa e energia. O carbono e a energia são obtidos
a partir da fotossíntese, enquanto que os nutrientes
minerais são absorvidos a partir da solução do solo.
• Os nutrientes minerais acumulam-se nos diferentes
compartimentos celulares podendo atuar como
reguladores do metabolismo. Podem ainda ser
armazenados até o momento de serem incorporados
ao metabolismo celular, quando potencialmente
podem vir a integrar cerca de 105 tipos de moléculas
orgânicas.
Um elemento para ser considerado essencial deve 
satisfazer três critérios propostos por Arnon e 
Stout (1939):
• Na ausência do elemento a planta não
completa o seu ciclo de vida.
• O elemento não pode ser substituído por
nenhum outro.
• O elemento deve estar diretamente envolvido
no metabolismo da planta como constituinte
de um composto essencial, ou ser necessário
para a ação de um sistema enzimático.
-Baseado nesses critérios, os seguintes elementos 
químicos são considerados essenciais para as plantas e, 
portanto nutrientes.
- A separação entre macro e micronutrientes baseia-se 
apenas na concentração em que o elemento encontra-se 
na matéria seca das plantas.
-Macronutrientes primários: N, P, K
-Macronutrientes secundários: Ca, Mg, S
-Micronutrientes: B, Co (leguminosas),Cu, Cl, Fe, 
Ni, Mn, Mo, Se e Zn
Os Macronutrientes são os elementos que a planta
necessita em quantidades elevadas, e os Micronutrientes
em quantidade muito pequena.
MACRONUTRIENTES
Elementos são tomados do ar (CO2 e oxigênio) e da água
(H2O).
MICRONUTRIENTES
Atuam na formação de reações fundamentais ao
crescimento, bem como auxiliam a fotossíntese. Alguns
se concentram mais nas raízes (zinco) e outros na parte
aérea (ferro). Mesmo que em quantidade muito pequena,
são fundamentais para o bom desenvolvimento da
planta.
Micronutrientes
Boro: auxilia na síntese de enzimas, transporte de glicose e divisão celular.
Cobre: indispensável na fotossíntese, produção de sementes e paredes
celulares.
Ferro: necessário na fotossíntese e funções associadas as enzimas.
Molibdênio: auxilia na produção de aminoácidos.
Manganês: indispensável na produção das estruturas celulares responsáveis
pela fotossíntese, os cloroplastos.
Zinco: auxilia na síntese de diversas enzimas e transmissão do material
genético.
Níquel: metaboliza o nitrogênio e estabiliza os níveis de ureia na planta.
Cobalto: auxilia na síntese da vitamina B12 e acelera o processo de
crescimento de raízes.
Cloro: participa da fotossíntese e controle em meio hipotônicos e
hipertônicos.
Macronutrientes
• Carbono: responsável pela formação de moléculas orgânicas, auxiliando na reserva
de energias no vegetal.
Hidrogênio: proveniente da água auxilia na composição das biomoléculas.
Oxigênio: utilizando na respiração celular, esse processo transforma os açucares
provenientes do processo de fotossíntese em energia.
Nitrogênio: indispensável para o desenvolvimento proteico, a sua falta acarreta a
má formação celular, como por exemplo, frutas atrofiadas.
Fósforo: além da importante na formação da maioria das estruturas celulares da
planta (crescimento, floração e formação das sementes), o fósforo cumpre o papel
vital de converter a energia solar em energia química, possibilitando assim o
processo de fotossíntese.
Potássio: auxilia na manutenção dos níveis hídricos da planta de acordo com a
água disponível, em especial em períodos de seca.
Cálcio: auxilia no transporte de nutrientes e na síntese de enzimas.
Magnésio: presente na composição da clorofila auxilia na síntese de algumas
enzimas.
Enxofre: fundamental na composição celular dos cloroplastos.
• A presença de todos esses minerais no solo é
muito difícil, a maioria dos terrenos tende a
apresentar algumas deficiências de minerais,
sendo necessária a aplicação de fertilizantes. Vale
ressaltar que essa aplicação de fertilizantes deve
ocorrer sempre com supervisão de um
agrônomo, pois solos saturados de minerais
tendem a prejudicar no crescimento da planta,
acarretando até mesmo à morte da cultura.
Processo denominado seca fisiológica.
Curiosidades:
• ZINCO – Percussor do “AIA” (Alpha Indol Acético)
Aminoácido de crescimento (Regulador vegetativo)
• NIPHOKAM 108 – Conjunto de MACROS PRIMÁRIOS (NPK),
MACROS SECUNDÁRIOS (S, Ca, Mg) + MICROS e os 22
Aminoácidos proteicos. A vantagem do NIPHOKAM que
com a formulação completa estimula a planta a produzir
seus próprios aminoácidos e quanto aos aminoácidos
terem a sua extração na “proteína” por processo de
Hidrólise Enzimática (HE) e não ácida, sendo que desta
forma os aminoácidos são extraídos de forma inteira e na
Hidrólise ácida os mesmos e desta forma o planta lê como
“N” os aminoácidos quebrados.
MANGANÊS – Está ligado diretamente à fotossíntese, essencial
para o desenvolvimento vegetativo.
• Q. Mn 11 – Maior concentração de Mn, com a maioria das
fontes em CLORETOS, trazendo uma resposta mais rápida.
• Q. Znitro – Maior concentração em Zn, com a maioria das
fontes em Cloreto, indicado onde a carência é maior em Zn.
• Q. Florada – Produto com aminoácido especifico para
aumento de pegamento de flores, diminuindo a queda.
contem Ca e B.
• Q. k-40 – Produto a base de Cloreto de Potássio, que visa
aumentar o peso de grãos , aplicar na fase de enchimento de
grãos. Aumenta o enchimento de grãos devido ao fato de ser
íon carregador, ou seja carreia os nutrientes da folha para o
grão na fase de enchimento. Também auxilia na tolerância a
doenças, e atrai percevejos. O seu N, visa acelera a
penetração na planta.
FONTES DE MATÉRIAS PRIMAS
• CLORETOS – Absorção mais rápida, menor
dosagem devido ao maior aproveitamento.
Indicados onde há necessidade de respostas mais
rápidas, quando as deficiências são visuais ou
ocultas (fome oculta) ou onde é preciso
impressionar pelo resultado visual.
• SULFATOS – Absorção mais lenta, de forma
gradativa. Deve-se usar doses maiores com
relação aos cloretos.
VANTAGEM: Dificilmente causam clorose
(Fitotoxidade) nas aplicações com doses maiores.
QUELATIZAÇÃO
• Consiste em envolver cargas positivas de forma que
não venham a reagir com outras cargas negativas, pois
uma vez havendo reação antes da absorção, não há o
aproveitamento do nutriente. Os quelatos envolvem as
cargas positivas (Cátions) e no momento de contato
com a planta, quebra-se o quelato, havendo o
aproveitamento somente do nutriente em sua forma
original.
• CARGAS POSITIVAS (CÁTIONS)
Ca, Mg, Zn, Mn, Cu, Fé, Co, K, N (NH4).
• CARGAS NEGATIVAS (ÂNIONS)
S, P, B, N, Mo.
Ex: CaB
• MOLIBDÊNIO
NITROGENASE – “Mo” via semente transforma “N” aproveitável pela planta
VANTAGEM: A planta ganha de 20 a 30 dias de aproveitamento de “N”, não
precisando esperar a formação de área foliar para aplicação.
REDUTASE DE NITRATO – “Mo” via folha.
• COBALTO
Está ligado à “LEGHMOGLOBINA” do rhisóbium, percussor da vitamina B12
aumentando a vida útil do rhisóbium, fazendo com que forneça “N” para a
planta por mais tempo.
Cobalto tem maior resultado via semente, pois via folha é praticamente
imóvel, não havendo a redistribuição para as folhas novas.
OBS: A soja precisa de mais “N” do que o milho (gr/alq) comparando-se a
produção potencial.
• FOSFITO (Fosfito de Potássio)
Têm a função de promover a formação de FENÓIS e QUENOMAS
(FITOALEXINAS), Organismos capazes de estimular os mecanismos de defesa
das plantas.
• LEI DOS MÍNIMOS: A produção está diretamente
ligada à quantidade do menor nutriente à
disposição da planta.
• LEI DOS MÁXIMOS: Para cada fase do
desenvolvimento do vegetal, há um nutriente que
é absorvido em maiores proporções.
FASE VEGETATIVA
Mo, MN, ZN, B e Aminoácidos.
• Formação de raízes e folhas
• Preparação para o florescimento
• Destinar energia para o enchimento de grãos /
frutos
• Aproveitamento de Nitrogênio e Fósforo
Fonte:
• PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/49519/nutricao-mineral-em-plantas-
macronutrientes-e-micronutrientes#ixzz3iM65fh2x
Bibliografia básica:
• CHAMPE, P. C.; HARVEY, R. A. Bioquímica ilustrada. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
• CISTERNAS, Jose Raul. Fundamentos de bioquímica experimental. 2. ed. Sao Paulo:Atheneu, 2001.
• CONN, E. E. Introdução à bioquímica. São Paulo: Edgard Blücher, 1980.
• LEHNINGER, A. L. Bioquímica. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1976.
• ______. Lehninger: princípios de bioquímica. 3. ed. São Paulo: Editora Sarvier, 2002.
• MARZZOCO, A.; TORRES, B. B. Bioquímica básica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-
• Koogan, 1999.
• STRYER, L. Bioquímica. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1996.
• VOET, D. Fundamentos de bioquímica. Porto Alegre: ARTMED. 2002.
• Bibliografia complementar:
• BENNET, T. P.; FRIEDEN, E. Tópicos modernos de bioquímica. São Paulo: Edgard Blücher, 1987.
• BOBBIO, P. A.; BOBBIO, F. O. Química de alimentos. 3. ed. São Paulo: Varela, 1997.
• MURRAY, R. K. Bioquímica. São Paulo: Harper. 1998.
• SMITH, E. L.; LEHMAN, I. R. Bioquímica: aspectos gerais. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan., 1995.
OBRIGADA!!!!

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