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Dinâmica da Relação Jurídica
Filiação
 art. 20 do RPS,
 Vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência social.
Vínculo entre o segurado e a Previdência Social 	decorrem direitos e obrigações.
Obrigação principal contribuir para o financiamento do sistema. 
· Esse vínculo decorre automaticamente do exercício de atividade remunerada, para os segurados obrigatórios, e da inscrição formalizada com o pagamento da 1ª contribuição, para o segurado facultativo.
· Segurados com contrato de trabalho anotado na CTPS Filiação
· Ato Formal Inscrição
 (contribuintes individuais e facultativos)
Inscrição, conforme o art. 18 do RPS, representa o ato pelo qual o segurado é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização.
É um ato administrativo, necessário para que a relação jurídica ultrapasse a fronteira do abstrato e passe a produzir efeitos concretos. Sem a inscrição o segurado não pode exercer seus direitos previdenciários, nem sequer cumprir sua obrigação de cotização.
Todos que exercem mais de uma atividade abrangida pelo RGPS estão obrigados a se inscrever em relação a cada uma delas. 
A inscrição também é obrigatória para o aposentado que continue ou volte a trabalhar em atividade vinculada ao RGPS.
IDADE MÍNIMA: 16 ANOS em qualquer categoria de segurado Exceção art. 7º, XXXIII, CF.
SEGURADOS E DEPENDENTES 
(art. 10 da Lei 8213/91)
Os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social classificam-se como: segurados e dependentes.
	segurados obrigatórios 
Beneficiários facultativos 	
 dependentes	
Regra para o Segurado Obrigatório: 
Automaticidade da filiação – independe da vontade basta o exercício de atividade remunerada.
Situação diversa:
Responsabilidade das contribuições
Próprio segurado – trabalha por conta própria
Terceiros – empregador
Segurados
OBRIGATÓRIOS
(art. 12, Lei 8.212/91; art. 11, Lei 8.213/91; art. 9º do Decreto 3.048/99)
a) empregado 
b) avulso 
c) doméstico 
d) contribuinte individual 
e) segurado especial
· Empregado relação de emprego 
Abrande trabalhadores urbanos e rurais
· Brasil: Setor privado 
a) art. 11 L 8213
b) contratado por empresa de trabalho temporário
d) presta serviço a missão diplomática
 Setor público 
g) servidor público 						
h) exercente de mandato eletivo = j
Art. 12, § 6°, L 8212 - ao ocupante de cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sem vínculo efetivo com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, ainda que em regime especial, e fundações.
Segurado Empregado 
(art. 11, “a”, Lei 8.213/91)
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
Caráter não eventual = art. 9°, § 4º, RPS aquele relacionado direta ou indiretamente com as atividades normais da empresa.
Características da relação de trabalho:
Pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação jurídica.
Irrelevante para a legislação previdenciária
Vínculo de emprego urbano ou rural.
Conceito do art. 3º da CLT também estarão para a previdência embora regidos por leis especiais os: aeronautas (lei7.183/84), atleta profissional de futebol (Lei 9.165/98, advogado empregado (Lei 8.906/94).
Diretor empregado é aquele que participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja promovido para o cargo de direção, mantendo as características inerentes à relação de emprego. (art. 9º, § 2º, do Decreto n. 3.048/99)
É considerado empregado o administrador profissional, que não é acionista ou quotista da empresa.
MENOR APRENDIZ
Maior de 14 e menor de 24, inscrito em programa de aprendizagem 
Prazo máximo 2 anos
Exceto aprendiz portador de deficiência – não se aplica o limite de idade
Relação de trabalho do MENOR APRENDIZ é definida no art. 428 da CLT como relação de trabalho especial.
Diferente do aluno-aprendiz - jurisprudência só é considerado como segurado empregado “desde que receba remuneração, mesmo que indireta (valores recebidos a título de alimentação, fardamento, material escolar e parcela de renda auferida com a execução de encomendas para 3ºs).
· Súmula 18 TNU
‘provado que o aluno aprendiz de Escola Técnica Federal recebia remuneração, mesmo que indireta, à conta do orçamento da União, o respectivo tempo de serviço pode ser computado para fins de aposentadoria previdenciária’
· Súmula 24 da AGU
· Súmula 96 TCU
Ag Rg no REsp 504.745, de 01.03.2005, o STJ decidiu que “ainda que mereça todo o repúdio o trabalho exercido por crianças menores de 14 anos de idade, ignorar tal realidade, ou entender que esse período não deverá ser averbado por falta de previsão legal, esbarra no alcance pretendido pela lei. Ao estabelecer o limite mínimo de 14 anos, o legislador o fez em benefício do menor, visando a sua proteção, não em seu prejuízo, razão pela qual o período de trabalho prestado antes dos 14 anos deverá ser computado como tempo de serviço para fins previdenciários”.
REsp 1650697 - de 27/4/2017: “As regras de proteção das crianças e adolescentes não podem ser utilizadas com o escopo de restringir direitos. Nos casos em que ocorreu, ainda que de forma indevida, a prestação do trabalho pela menor de 16 (dezesseis) anos, é preciso assegurar a essa criança ou adolescente, ainda que indígena, a proteção do sistema previdenciário, desde que preenchidos os requisitos exigidos na lei, devendo ser afastado o óbice etário”.
Segurado Empregado 
(art. 11, “b”, Lei 8.213/91) alterado
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;
· Lei n. 6.019/74;
· Lei n. 11.718/2008 – produtor rural pessoa física pode contratar trabalhadores rurais para exercício de atividades de natureza temporária;
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a 180 dias, consecutivos ou não, prorrogável por mais 90 dias, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços;
Texto atualizado pela Lei 13.429/2017 – Pacote de Reformas trabalhistas, alterando diversos dispositivos da Lei n. 6.019/74
Trabalhador Temporário regido pela Lei 6.019/74, modificada pela Lei 13.429/2017
trabalho temporário aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços.
Contrato de Trabalho Temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de 180 dias, consecutivos ou não, podendo ser prorrogado por até 90 dias, consecutivos ou não, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram.
Lei n. 11.718/2008 – produtor rural pessoa física pode contratar trabalhadores rurais para exercício de atividades de natureza temporária
O contrato não pode ser superior a 2 meses no período de 1 ano
Contribuição será de 8% sobre o respectivo salário de contribuição (art. 28, I, L 8212/91)
Esse contrato não necessita de registro em Carteira, mas deve existir algum contrato escrito.
Filiação e inscrição – Informações na GFIP.
Segurado Empregado 
(art. 11, “c”, Lei 8.213/91)
O brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;
Regra Geral: vínculo no exterior não gera efeitos previdenciários, exceto Acordo Internacional de Reciprocidade.Empresa Brasileira art. 176, § 1º, CF – sede e administração no Brasil.
Exceção ao Princípio da Territorialidade da filiação.
Empresa brasileira alterado pela EC 06/95
Revogou o art. 171 da CF/88.
Basta que a pessoa jurídica seja constituída sob a égide da legislação brasileira e conte com sede e administração no Brasil.
Segurado Empregado 
(art. 11, “d”, Lei 8.213/91)
Aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
Segurado Empregado 
(art. 11, “e”, Lei 8.213/91)
O brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio; 
Exceção ao Princípio da Territorialidade da filiação.
Segurado Empregado 
(art. 11, “f”, Lei 8.213/91)
O brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional; 
Exceção ao Princípio da Territorialidade da filiação. 
Grupo empresarial (transferência) cujo controle acionário pertença à empresa brasileira.
Segurado Empregado 
(art. 11, “g”, Lei 8.213/91)
O servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. (Incluída pela Lei nº 8.647, de 1993).
O servidor público ocupante de cargo em comissão é segurado obrigatório do regime geral.
STF / ADIn2014 MC/DF, Rel. Sepúlveda Pertence, DJ 1.12.2000, constitucionalidade da inclusão de tais “servidores”.
Incluídos como segurados obrigatórios na forma da alínea g
Ocupante de cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sem vínculo efetivo com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, ainda que em regime especial, e fundações. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99).
Art. 5º, § 1º, II, IN 971/RFB, 13.11.2009.
Art. 5º Segurado facultativo é a pessoa física maior de 16 (dezesseis) anos que, por ato volitivo, se inscreva como contribuinte da Previdência Social, desde que não exerça atividade remunerada que implique filiação obrigatória a qualquer regime de Previdência Social no País.
§ 1º Poderiam ter contribuído facultativamente, dentre outros:
I - aquele que exerceu mandato eletivo estadual, distrital ou municipal até janeiro de 1998;
II - o ocupante de cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, até fevereiro de 2000;
Segurado Empregado 
(art. 11, “h”, Lei 8.213/91)
· O exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social ; (Incluída pela Lei nº 9.506, de 1997).
· Alínea “j” idêntico incluída pela EC 41/2003.
· A exigência da contribuição sobre a remuneração foi declarada inconstitucional pelo /STF (RE 351717/PR, 8.10.2003 por não ter sido instituído por LC (195, § 4, CF).
Serão considerados empregados a partir 01/02/98.
Com a promulgação da Lei 10.887/2004, foi repetida a redação da alínea “h”, pois, com o advento da Emenda 20/98, que alterou a redação do artigo 195, inciso II, da CRFB, o texto constitucional agora se refere ao trabalhador e demais segurados da Previdência Social, não cabendo mais se falar em inconstitucionalidade formal desta previsão por ser tema afeto à lei complementar para a criação de nova fonte de custeio. 
Inclusive, este dispositivo já foi validado pelo STF (Informativo 866):
Informativo 866 - Contribuição previdenciária e exercentes de mandato eletivo
Incide contribuição previdenciária sobre os rendimentos pagos aos exercentes de mandato eletivo, decorrentes da prestação de serviços à União, aos Estados e ao Distrito Federal ou aos Municípios, após o advento da Lei 10.887/2004, desde que não vinculados a regime próprio de previdência.
Segurado Empregado 
(art. 11, “i”, Lei 8.213/91)
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Incluída pela Lei nº 9.876, de 26.11.99).
Outros segurados obrigatórios enumerados pelo art. 9º do Decreto 3.048/99
h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008; Alterado pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008
o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, em conformidade  com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994; art. 236 da CF
Empregado Doméstico - Segurado Obrigatório (art. 11, II, Lei 8.213)
É aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos .
São empregados domésticos: governanta, enfermeiro, jardineiro, motorista, caseiro, doméstica e outros.
Lei 5.859/72 – tornou obrigatório
Decreto 71885/1973 – regulamentou
· IN 77/2015, no art. 17, dispõe que o enquadramento como empregado doméstico só pode ser feito a partir da competência abril de 1973, data da vigência do Decreto n. 71.885.
Proibido aos menores de 18 pelo decreto n. 6.481, de 12.06.2008 e art. 4º da Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) (aprovada pelo decreto legislativo 178/1999 promulgada Decreto 3597/2000).
STJ REsp 326004 Min. Gilson Dipp computa período anterior à Lei 5.879 72 não exigindo as contribuições previdenciárias.
Lei 12.470/2011 inseriu o parágrafo único ao art. 24 da Lei 8.212, o empregador doméstico não poderá contratar microempreendedor individual como empregado doméstico.
Finalidade lucrativa descaracteriza a natureza doméstica.
Atividade não continua – descaracteriza art. 9, § 15, VI, do RPS. Nessa situação os diaristas.
A Emenda Constitucional n. 72, de 02.04.2013, alterou o parágrafo único do art. 7º da Constituição, ampliando os direitos trabalhistas dos empregados domésticos, o que acaba tendo reflexos na sua vida previdenciária.
Segurado Obrigatório
Segurado Contribuinte Individual
· Art. 11, V, L 8213 e IN 20 e 45 do INSS
· Art. 12 da L 8212/91
· Antigos empresários, autônomos e equiparados
· profissional liberal “pessoa jurídica”
· Associado de cooperativa.
· Autônomo na construção civil
· Notário ou tabelião, oficial de registro ou registrador. Contribuintes individuais. Art. 5º da Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994.
Segurado Contribuinte Individual
(art. 11, V , da Lei 8.213/91)
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 9o e 10 deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008).
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99).
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; (Redação dada pela Lei nº 10.403, de 8.1.2002).
· Só a partir da Lei 6696/79 que passam a ter proteção previdenciária
· Definição IN 20 2007 revogada IN45
Instituição de confissão religiosa: aquela caracterizada por uma comunidade de pessoas unidas no corpo de doutrina obrigadas a cumprir um conjunto de normas expressasde conduta, para consigo mesmas e para com os outros, exercidas na forma de cultos, traduzidas em ritos, práticas e deveres para com o Ser Superior.
Instituto de vida consagrada: a sociedade aprovada por legítima autoridade religiosa, na qual seus membros emitem votos públicos ou assumem vínculos estáveis para servir à confissão religiosa adotada, além do compromisso comunitário, independentemente de convivência sob o mesmo teto.
Ordem religiosa: a sociedade aprovada por legítima autoridade religiosa, na qual os membros emitem votos públicos determinados, perpétuos ou temporários, passíveis de renovação e assumem o compromisso comunitário regulamentar de convivência sob o mesmo teto.
Ministros de confissão religiosa: aqueles que consagram sua vida a serviço de Deus e do próximo, com ou sem ordenação, dedicando-se ao anúncio de suas respectivas doutrinas e crenças, à celebração dos cultos próprios, à organização das comunidades e à promoção de observância das normas estabelecidas, desde que devidamente aprovados para o exercício de suas funções pela autoridade religiosa competente.
Membros do instituto de vida religiosa: os que emitem voto determinado ou seu equivalente, devidamente aprovado pela autoridade religiosa competente.
Membros de ordem ou congregação religiosa: os que emitem ou nelas professam os votos adotados.
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99).
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99).
Síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção do condomínio.
Enquadrado contribuinte individual se receber remuneração.
Isenção da taxa de condomínio a partir de 06031997 equivale a remuneração contribuinte individual IN 45 2010.
§ 15 do art. 9 do RPS traz extenso rol
Aquele que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco, exerce pequena atividade comercial em via pública ou de porta em porta, como comerciante ambulante, nos termos da Lei nº 6.586, de 6 de novembro de 1978;
Aquele que presta serviço de natureza não contínua, por conta própria, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, sem fins lucrativos (diarista);
§ 15 do art. 9 do RPS
O notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21 de novembro de 1994;
O médico residente de que trata a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 9/06/2003).
O árbitro de jogos desportivos e seus auxiliares que atuam em conformidade com a Lei nº 9.615, de 1998. 
O membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, quando remunerado; 
O interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de instituição financeira de que trata o § 6º do art. 201.
O RPS, no art. 9º, V, m, acrescenta ao extenso rol dos segurados obrigatórios, como contribuinte individual, “o aposentado de qualquer regime previdenciário, nomeado magistrado classista da Justiça do Trabalho, na forma dos incs. II do § 1º do art. 111 ou III do art. 115 ou do parágrafo único do art. 116 da CF, ou nomeado magistrado da Justiça Eleitoral, na forma dos incs. II do art. 119 ou III do §1º do art. 120 da CF”.
Cooperado da cooperativa de produção que, nessa condição, presta serviço à sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado;
O Micro Empreendedor Individual — MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar n. 123, de 14.12.2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais.
Observação: quem optar pelo não recebimento da Aposentadoria por Tempo de Contribuição a alíquota da contribuição incide sobre o mínimo mensal de 5% do sal. De contribuição no caso do microempreendedor individual (MEI) depende da receita bruta LC 139/2011 optante do Simples Nacional.
Segurado recolhido à prisão
Sob regime fechado ou semi-aberto
Até o advento do Decreto 7.054/2009 era contribuinte individual, porém o RPS passou a enquadrá-lo como contribuinte facultativo (ilegal)
Art. 2º da Lei 10.666/03 Art. 2o O exercício de atividade remunerada do segurado recluso em cumprimento de pena em regime fechado ou semi-aberto que contribuir na condição de contribuinte individual ou facultativo não acarreta a perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão para seus dependentes.    (Revogado pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 7º O exercício de atividade remunerada do segurado recluso, em cumprimento de pena em regime fechado, não acarreta a perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão para seus dependentes. (art.80)
INSCRIÇÃO ‘POST MORTEM’ VEDADA
Das Inscrições
MP 
Art. 17. O Regulamento disciplinará a forma de inscrição do segurado e dos dependentes.
§ 7º Não será admitida a inscrição post mortem de segurado contribuinte individual e de segurado facultativo.
Trabalhador Avulso – Segurado Obrigatório
Conceito: aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra ou do sindicato da categoria.
Nesta categoria estão os trabalhadores em portos: estivador, carregador, amarrador de embarcações, quem faz limpeza e conservação de embarcações e vigia. Na indústria de extração de sal e no ensacamento de cacau e café também há trabalhador avulso.
Sendo genérica a definição da lei, o art. 9º, VI, do RPS, detalhou o conceito: trabalhador avulso é ‘aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do gestor de mão de obra, nos termos da Lei n. 8.638, de 25 de fevereiro de 1993 (Lei dos Portos), ou do sindicato da categoria’. Essa lei foi revogada pela Lei n. 12.815, de 05.06.2013, a nova Lei dos Portos.
2 categorias de trabalhadores avulsos:
Não Portuários - são aqueles que prestam serviços de carga e descarga de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério, o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios), o amarrador de embarcação, o ensacador de café, cacau, sal e similares.
Portuários – são aqueles que prestam serviços de capatazia, estiva, conferencia de carga.... com intermediação do OGMO (conceitos alínea ‘a’ do inciso VI do art. 9º do RPS).
Lei 12.815/2013 – exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias
Art. 32. Os operadores portuários devem constituir em cada porto organizado um órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário, destinado a:
I - administrar o fornecimento da mão de obra do trabalhador portuário e do trabalhador portuário avulso;
II - manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador portuário e o registro do trabalhador portuário avulso;
III - treinar e habilitar profissionalmente o trabalhador portuário, inscrevendo-o no cadastro;
IV - selecionar e registrar o trabalhador portuário avulso;
V - estabelecer o número de vagas, a forma e a periodicidade para acesso ao registro do trabalhador portuário avulso;
VI - expedir os documentos de identificação do trabalhador portuário; e
VII - arrecadar e repassar aos beneficiários os valores devidos pelos operadores portuários relativosà remuneração do trabalhador portuário avulso e aos correspondentes encargos fiscais, sociais e previdenciários. 
Parágrafo único. Caso celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho entre trabalhadores e tomadores de serviços, o disposto no instrumento precederá o órgão gestor e dispensará sua intervenção nas relações entre capital e trabalho no porto.
Operadores portuários (IN RFB 1453/2014) pessoa jurídica pré-qualificada para exercer atividades de movimentação de passageiros ou movimentação de armazenagem de mercadorias, destinados ou provenientes de transporte aquaviário, dentro da área do porto organizado.
O inc. VI do art. 9º do RPS relaciona os trabalhadores avulsos que exercem suas atividades nos portos:
a) o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco. Essas atividades estão definidas no § 7º do art. 9º;
b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério;
c) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios);
d) o amarrador de embarcação;
e) o ensacador de café, cacau, sal e similares;
f) o trabalhador na indústria de extração de sal;
g) o carregador de bagagem em porto;
os trabalhadores avulsos que exercem suas atividades nos portos:
h) o prático de barra em porto;
i) o guindasteiro; e
j) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos.
Segurado Especial
Conceito: produtor, parceiro, meeiro e o arrendatário rurais, o pescador artesanal e o assemelhado, que exerçam essas atividades individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, bem como seus cônjuges, companheiros e filhos maiores de 16 anos ou a eles equiparados, desde que trabalhem comprovadamente com o grupo familiar respectivo (Lei 8212/91, art. 12, VII). 
Redação original incluía o garimpeiro, dele excluído pela EC 20/98.
Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes. (Nova redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008) § 5º do art. Art. 9º Regulamento, § 1º do inc.VII do art. 11 L 8213.
art. 11, VII, Lei 8.213/91 (também no art. 12, VII, Lei 8212/91), na redação da Lei n.11.718, de 20.06.2008, define o segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:
a) produtor seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:  (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou  (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.           (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
O art. 40, § 1º, da IN 77/2015, esclarece:
Produtor: o proprietário, condômino, usufrutuário, possuidor, assentado, acampado, parceiro, meeiro, comodatário, arrendatário rural, quilombola, seringueiro ou extrativista vegetal, que desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, individualmente ou em regime de economia familiar.
Parceiro: aquele que tem contrato escrito de parceria com o proprietário da terra ou detentor da posse e desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando lucros ou prejuízos.
Meeiro: aquele que tem contrato escrito com o proprietário da terra ou detentor da posse e da mesma forma exerce atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando rendimentos ou custos.
Arrendatário: aquele que, comprovadamente, utiliza a terra, mediante pagamento de aluguel, em espécie ou in natura, ao proprietário do imóvel rural, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira.
Súmula 30 da TNU dos Juizados Especiais Federais: “Tratando-se de demanda previdenciária, o fato de o imóvel ser superior ao módulo rural não afasta, por si só, a qualificação de seu proprietário como segurado especial, desde que comprovada, nos autos, a sua exploração em regime de economia familiar”.
A modificação trazida pela Lei n. 11.718/2008 é extremamente importante: a área rural onde o segurado exerce suas atividades não pode ser superior a 4 módulos fiscais. Se for maior, o enquadramento correto desse trabalhador rural será o de contribuinte individual, na forma disposta no art. 11, V, a.
Pequena propriedade ou posse rural familiar - aquela explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar, incluindo os assentamentos e projetos de reforma agrária, que atenda ao disposto no art. 3º da Lei 11. 326/2006 (Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais) e não pode ser superior a 4 módulos fiscais a área rural.
Atividade rural agroextrativista – independe da dimensão da área –
· Atividade Agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;          
· Se maior deve ser enquadrado como contribuinte individual (11, V, a)
· Conceito de módulo fiscal art. 50 do Estatuto da Terra
Segurado especial
o pescador artesanal ou assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida.
(art. 9º, § 14-A, RPS) a caracterização da atividade pescador artesanal é condicionada a: não utilização de embarcação ou utilização de embarcação de pequeno porte, na forma da Lei n. 11.959, de 29 de junho de 2009.
O art. 41, II, da IN 77/2015, enquadra o assemelhado a pescador na categoria de segurado especial: aquele que, utilizando ou não embarcação pesqueira, exerce atividade de captura ou de extração de elementos animais ou vegetais que tenham na água seu meio normal ou mais frequente de vida, na beira do mar, no rio ou na lagoa.
A embarcação de pequeno porte é definida pela Lei da Pesca e Aquicultura Lei nº 11.959/2009 como de arqueação bruta (AC) igual ou inferior a 20.
Se a embarcação tiver arqueação bruta superior a 20 e inferior a 100 ela é considerada de médio porte e o pescador será enquadrado como segurado contribuinte individual.
Enquadra-se, também, como contribuinte individual o pescador que tiver embarcação de grande porte, com arqueação bruta igual ou superior a 100.
Nas atividades de pesca artesanal e de extrativismo, não há exigência de área máxima a ser explorada, como se tem na atividade agropecuária.
O segurado especial pode exercer suas atividades com o auxílio da família, assim entendida cônjuge e filhos maiores de 16 anos 
Súmula nº 59 da TNU, “a prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até o advento da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, devidamente comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários”
Todos os membros que participam da atividade vão ser também qualificados como segurados especiais, tendo que comprovar a sua participação ativa nas atividades rurais ou pesqueiras artesanais do grupo familiar.
Leis nº 11.718/08 e 12.873/13 trouxeram profundas alterações quanto à identificação do segurado especial que permitem, inclusive, que ele tenha empregados não permanentes, que exerça outras atividades por um determinado período, que more fora do imóvel rural, etc.
Leis nº 11.718/08 e 12.873/13
1) não há mais a exigência do segurado especialter que residir no imóvel rural. Pode morar em aglomerado urbano ou rural próximo ao imóvel rural em que exerce suas atividades.
2) O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou de trabalhador eventual, à razão de, no máximo, 120 (cento e vinte) pessoas/dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho.
Leis nº 11.718/08 e 12.873/13
O período de 120 dias ao ano não precisa ser em períodos de safra. 
Não é computado nesse prazo de 120 dias ao ano, o período de afastamento do segurado em decorrência da percepção de auxílio-doença.
Quantidade de empregados x nº dias = 120
	Quantidade de
Empregados
	Quantidade de
dias
	6
	20
	10
	12
	12
	10
	20
	6
Segurados Facultativos
Nesta categoria estão todas as pessoas com mais de 16 anos que não têm renda própria, mas decidem contribuir para a Previdência Social. Por exemplo: donas-de-casa, estudantes, síndicos de condomínio não-remunerados, desempregados, presidiários não-remunerados e estudantes bolsistas.
(art. 14 da Lei 8212/91;art. 13 da Lei 8.213/91; art. 11 do Decreto 3.048/99; arts. 2º a 10º da Instrução Normativa INSS/PR nº 11, de 20.09.2006)
· São os que desenvolvem atividade prestada de forma gratuita ou voluntária; estão fora da atividade econômica. Só a partir dos 16 anos (art. 7º, XXXIII, CF)
· Rol art. 11 do RPS (Decreto 3048/99)
· Todos aqueles que auferem rendimentos não derivados do exercício laborativo, desde que respeitada a premissa de não estarem enquadrados como segurados obrigatórios do Regime geral ou vinculados ao RPSP.

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