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Cidade Matarazzo

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http://dx.doi.org/10.5821/SIIU.9722 
 
 
 
 
XIISIIU2020 
 
 
CIDADE MATARAZZO: FEITO POR QUEM 
 
“CIDADE MATARAZZO”: MADE BY WHOM 
 
A. Natália Hetem & B. Ruth Verde Zein 
PPGAU – UPM, Universidade Presbiteriana Mackenzie, Brasil 
nathetem@gmail.com 
rvzein@gmail.com 
 
 
 
RESUMO 
O presente artigo trata da atual intervenção no quarteirão onde se situava o antigo Hospital Matarazzo 
na cidade de São Paulo, promovida pelo grupo francês Allard e com a participação de arquitetos 
internacionais, constando da construção de uma torre de arquitetura contemporânea junto ao complexo 
de edificações históricas e tombadas. Nele busca-se discutir as implicações que essa obra propõe em 
relação a questões patrimoniais envolvendo intervenções contemporâneas de arquitetura e urbanismo. 
Discute aspectos teóricos relativos à questão do patrimônio segundo autores clássicos e 
contemporâneos, no mundo e no Brasil, como base para um relato crítico sobre o processo em 
andamento do projeto e obra da “Cidade Matarazzo”, um projeto majoritariamente voltado ao luxo mas 
que também envolve a criação de espaços públicos. 
Palavras-chave: Patrimônio Histórico, Arquitetura Contemporânea, Urbanismo. 
Linha de Investigação: 1: Cidade e projeto. 
Tópico: projeto urbano e espaço público. 
 
 
ABSTRACT 
This article is about the current intervention at the block where the old Hospital Matarazzo is in the city of 
São Paulo, promoted by the French group Allard, and with the participation of international architects at 
the construction of a new skyscraper with contemporary architecture next to a complex of old and listed 
buildings. This work aims the discussion that this construction brings related to heritage, contemporary 
intervention and urbanism. It will also be discussed heritage considering classic and contemporary 
authors, around the world and in Brazil, as a foundation to a critical report about the ongoing process of 
project and construction of “Cidade Matarazzo”, a project mainly focused on luxury but which also 
involves the creation of public spaces. 
 
Keywords: Heritage, Contemporary Architecture, Urbanism. 
Research line: 1: City and project. 
Topic: urban design and public space. 
 
mailto:nathetem@gmail.com
mailto:rvzein@gmail.com
 
http://dx.doi.org/10.5821/SIIU.9722 
 
XIISIIU2020 
1. Introdução 
Este trabalho tem como intuito considerar alguns aspectos relativos ao projeto “Cidade Matarazzo” que está 
sendo realizado na cidade de São Paulo (com término previsto para 2020 e 2021). A obra será tratada com 
maior profundidade no mestrado que a autora está desenvolvendo. Neste artigo serão feitas algumas 
considerações preliminares sobre esse empreendimento, relacionando-o com o tema das questões 
patrimoniais e urbanísticas. Será feito um breve panorama histórico sobre o conceito de patrimônio, a partir 
das principais cartas patrimoniais internacionais até as experiências contemporâneas e traz os pensadores 
do urbanismo Jane Jacobs e Jan Gehl. Serão consideradas as Cartas de Atenas de 1931 e a de Veneza de 
1964, a questão da conservação integrada presente na Declaração de Amsterdã de 1975, bem como as 
questões concernentes aos instrumentos e políticas de intervenção em edifícios considerados patrimônio 
histórico, no Brasil. 
O projeto “Cidade Matarazzo” é um empreendimento de grande porte promovido pelo Grupo Allard, de 
origem francês, capitaneado por Alexandre Allard. O projeto inclui a construção de uma nova torre 
corporativa no terreno onde se situa o conjunto de edificações históricas do antigo Hospital e Maternidade 
Matarazzo. Os novos projetos são de autoria do escritório do arquiteto francês Jean Nouvel, e os projetos de 
interiores é de responsabilidade do escritório do designer francês Phillippe Starck, havendo outros arquitetos 
franceses e brasileiros também envolvidos nesse processo (ficha técnica, fig. 1). 
É uma obra recente próxima da Avenida Paulista, importante centro de serviços e comércios da cidade de 
São Paulo. A proposta foi anunciada como buscando ativar novos usos para região, considerando que se 
trata de amplo terreno que encontra-se sem uso ativo há algumas décadas, ela possui um caráter luxuoso no 
seu discurso, apresentação e linguagem arquitetônica, porém também se preocupa com questões públicas, 
que será o foco deste artigo. O empreendedor, Allard, tem em seu portfólio outras experiências voltadas para 
a renovação de edificações antigas, transformadas em hotéis e outros usos. 
O artigo buscará realizar um breve histórico da questão patrimonial e de tombamento do conjunto existente, e 
dos novos projetos de intervenção propostos por esse empreendimento. Tem como objetivo fazer a análise 
crítica do projeto urbano vinculado ao empreendimento e discutir como este afetará a cidade, levando em 
consideração as questões patrimoniais. Irá também considerar como as mudanças radicais propostas nesse 
projeto podem ser consideradas, buscando compreender de que maneira a intenção de transformação do 
conjunto, proposta pelos empreendedores, afetará os seus usuários e seu entorno, com a proposta do túnel 
verde (que desvia a rota de carros da rua São Carlos do Pinhal e conecta o empreendimento com a Av. 
Paulista por um calçadão) e em que medida trará ou não benefícios reais e simbólicos para a população em 
geral. 
 
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Ficha técnica com os agentes envolvidos em cada projeto do complexo 
Jean Nouvel – Torre Mata Atlântica/Rosewood 
Philippe Starck – responsável pelo design de interiores do hotel 
Louis Benech – Paisagista 
Triptyque Architecture – “tropicalização” da Torre Mata Atlântica 
Rudy Ricciotti – Casa da Criatividade 
Adam Kurdahl (SPOL) – projetos executivos da área de “retail” 
Adriana Levisky – Reintegração Urbana 
Irmãos Campana – mobiliário urbano do mercado orgânico 
Informações gerais: 
 Parque de 45.000m² ; 
 135.000m² de área construída; 
 Hotel 6 estrelas de 56.000m²; 
 Casa da criatividade com 10.000m²; 
 34 restaurantes; 
 28.500m² para vila de varejo; 
 2.200 vagas de estacionamento. 
Fig. 1: Ficha técnica do projeto. Fonte: CIDADEMATARAZZO em L’Archictecture D’Aujourd’hui, Montpellier, França, p.1, 2019 
 
1.1 Métodos 
Os métodos utilizados para o desenvolvimento do artigo foram a leitura sobre teorias e teóricos de patrimônio 
e urbanismo, vistoria de processos no arquivo histórico e na gestão documental da cidade de São Paulo, 
além da busca por publicações sobre o assunto e visitas de campo. 
1.2 Resultados 
O resultado esperado é divulgar a obra que está sendo atualmente realizada, assim como apontar os pontos 
positivos e negativos da sua proposta de intervenção, considerando-se como ela afetará uma edificação tão 
antiga e significativa para a cidade, que é o Hospital Umberto I e Maternidade Matarazzo. Busca-se também 
pensar de que forma a abertura deste empreendimento comercial e voltado para o luxo irá afetar a cidade. E 
propõe-se discutir esse projeto após seu estudo pormenorizado e cotejamento com o conhecimento atual 
relativo às questões patrimoniais mais relevantes. 
2. Referencial Teórico 
A discussão sobre patrimônio histórico se consolida com a Carta de Atenas de 1931 e prossegue até 
atualmente, de maneira mais aberta e inclusiva. A Carta de Atenas de 1931 e a Carta de Veneza de 1964 - 
que foi criada pelo segundo Congresso de Arquitetos e Especialistas em Edifícios Históricos, criadores 
 
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também do ICOMOS (Conselho Internacional aos Monumentos Históricos e sítios) - são fundamentais para a 
discussão de patrimônio, já que são uns dos primeiros documentos a serem feitos do assunto na Europa. 
Cada uma foi feita em um tempo e leva em consideração o seu contexto, de cidades destruídas após as 
guerrasmundiais. 
A Carta de Atenas de 1931 trata da proteção dos monumentos, pensando em conservá-los e somente 
restaurar quando for indispensável. 
A conferência recomenda respeitar, na construção dos edifícios, o caráter e a 
fisionomia das cidades, sobretudo na vizinhança dos monumentos antigos, cuja 
proximidade deve ser objeto de cuidados especiais. (Carta de Atenas, 1931) 
O documento preza pelo emprego adequado de técnicas modernas, sem alterar o caráter da edificação a ser 
restaurada. Apresenta que deve haver interesse mundial público de salvaguardar os monumentos. Enfatiza a 
necessidade de uma boa educação para a população adquirir interesse pelo monumento. Impõe fazer 
registros e arquivos dos monumentos históricos, com informações e fotos. 
A Carta de Veneza de 1964 é a carta internacional sobre conservação e restauração de monumentos e 
sítios. É utilizada até hoje como referência nos projetos de preservação e restauração pois se tornou o 
documento base do ICOMOS, não existe outra carta ou documento que a substitua. Segundo ela, as obras 
monumentais dos povos são testemunhos das tradições, são consideradas patrimônio comum pela 
humanidade, e esta deve preservá-las para as gerações futuras. Define monumento histórico como: 
a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano ou rural que dá 
testemunho de uma civilização particular, de uma evolução significativa ou de um 
acontecimento histórico. Estende-se não só as grandes criações, mas também às 
obras modestas, que tenham adquirido, com o tempo, uma significação cultural. 
(Carta de Veneza, 1964) 
A Carta trata a restauração e a conservação como disciplinas que utilizam colaboração de diferentes áreas e 
técnicas, com a finalidade de salvaguardar o patrimônio e o testemunho histórico. Em seu texto fica evidente 
que a conservação exige manutenção constante, é favorecida com uma destinação útil para a cidade, não se 
deve alterar as características do edifício, e o monumento é inseparável da sua história e testemunho do 
tempo no local inserido, é intolerável o seu deslocamento. Já a restauração é vista com caráter excepcional, 
tem como objetivo “conservar e revelar os valores estéticos e históricos do monumento e fundamenta-se no 
respeito ao material original e aos documentos autênticos” (Carta de Veneza, 1964). Essa ação é precedida 
de um estudo arqueológico do sítio, respeita as contribuições de épocas que o monumento sofreu, os 
 
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elementos adicionais que substituem o que falta devem se integrar harmonicamente mas distinguindo-se do 
original e respeitando a edificação. 
As cartas complementam as teorias já existentes sobre restauração e conservação, fornecendo 
recomendações e apoio ao profissional que atua na área. 
Em 1975 foi definida a Declaração de Amsterdã, importante documento sobre patrimônio e que traz conceitos 
novos de gestão, como o de conservação integrada. Traz um sentido amplo de patrimônio, composto por 
conjuntos, bairros que tenham valor histórico e cultural, além dos bens isolados, e que é dever da população 
evitar a deterioração e proteger os bens. Tem o patrimônio como objetivo maior dos planejamentos da área 
urbana, que devem o considerar e o proteger. É preciso encorajar organizações privadas para contribuir no 
interesse público, é necessária a reprodução de relatórios periódicos do estado de conservação e do 
desenvolvimento do trabalho em cada país para que seja possível os conservar. 
Introduz e aborda o conceito de conservação integrada para salvaguarda de patrimônio. A conservação 
integrada exige adaptações de medidas legislativas e administrativas para ter medidas financeiras 
apropriadas e convincentes, sendo cada estado responsável por seu próprio método e instrumento. Portanto 
ela é a base do funcionamento das políticas de salvaguarda, é um plano detalhado de como agir com as 
políticas públicas que deve ser elaborado pelo governo e instituições privadas, investidores. 
Segundo a declaração, sem política de ação e proteção, e sem a conservação integrada não é possível se 
manter um patrimônio. A conservação do patrimônio deve ser incluída em programas de educação e 
desenvolvimento cultural para conhecimento do próprio à população. A participação popular deve, então, 
sempre estar presente. 
Existem muitas teorias sobre restauração e conservação, uma complementando a outra e fornecendo 
diretrizes, mas e como agir? É necessário instrumentos e políticas, e isso que Castriota trata no seu livro 
“Patrimônio cultural: conceitos, políticas e instrumentos” no âmbito nacional e mais contemporâneo. 
O autor aborda o patrimônio ambiental urbano, que é a renovação e transformação da cidade, 
acompanhando o desenvolvimento da sociedade e o governo orientando para que a paisagem urbana evolua 
de maneira equilibrada. Se pensa no todo, e como as coisas se relacionam, não só no objeto isolado. A 
intenção é preservar o equilíbrio da paisagem. 
Segundo o autor, no Brasil não se aceita o conceito contemporâneo e ampliado de patrimônio, logo não se 
tem um tipo definido de intervenção. Se há três modelos teóricos a partir dos termos: preservação, 
conservação e reabilitação, cada um parte de uma concepção de patrimônio e estabelece um objeto, 
pressupõe um marco legal e atores diferentes. 
 
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No modelo de conservação o conceito de patrimônio é ampliado, temos o patrimônio ambiental urbano, que 
tem valor cultural e ambiental e valoriza a cultura em um sentido amplo. Os tipos de objetos são os grupos de 
edificações históricas, paisagens urbanas e espaço público. O marco legal é a área de conservação, com 
ação do Estado e parte integral do planejamento urbano, envolve, planejadores urbanos além dos arquitetos 
e historiadores. A conservação integrada é um dos objetivos centrais do planejamento urbano e regional e 
envolve gestão e planejamento, é a integração entre preservação do patrimônio e planejamento urbano, 
resultado da ação técnica de restauro e das funções apropriadas para integrar o patrimônio no ambiente de 
vida dos cidadãos. 
É importante para o artigo trazer o pensamento de dois pensadores do urbanismo, Jane Jacobs e Jan Gehl, 
junto do histórico de patrimônio. 
Jacobs (2000) acredita que, para uma cidade ser bem sucedida nos seus bairros é preciso ter diversidade, 
com mistura de usos, pois uma grande variedade deixa a paisagem urbana viva. Na sua visão, para se gerar 
diversidade, é preciso ter um distrito que atenda mais de uma função principal, quadras curtas, distrito com 
boa porcentagem de edifícios antigos e em estados de conservação variados para gerar renda e densidade 
alta. A presença de edifícios antigos é importante pois eles têm valor menor do que se construir um novo. O 
que torna dinâmico um centro é a mistura de edifícios novos e antigos. 
Gehl (2010), propõe a retomada da dimensão e da escala humana nas cidades para fornecer maior 
qualidade de vida a sua população. Gehl descende da atuação reformadora de Jacobs, como o de ter 
distâncias curtas para se andar mais a pé, criar espaços públicos mais atrativos e variedade de funções e 
usos ao longo da cidade. Enfatiza o retorno do pedestre para a cidade, que perdeu o seu espaço com a 
chegada da indústria automobilística. 
Para Gehl (2010), é preciso reforçar a questão do pedestre para se ter uma cidade viva, segura, sustentável 
e saudável. Cidade viva, pois com os pedestres haveria maior uso dos espaços públicos, retomada das 
zonas de transição (espaços que se tornam agradáveis de transitar e caminhar) e mais vitalidade e 
tranquilidade. Retoma-se a questão de caminhar para chegar ao destino, utilizando a cidade de uma forma 
mais dinâmica e concentrada. Cidade segura também conta com a ajuda do pedestre, pois quantomais 
pessoas na rua, mais vigiada ela fica, e portanto quanto mais segura e agradável de passear, mais viva ela 
se torna. A cidade sustentável com relação ao pedestre é que ele contribui para reduzir a emissão de 
carbono e reduz a poluição gerada por automóveis, indústrias e edifícios, tendo mais pessoas caminhando 
ou pedalando pela cidade, o que a torna melhor para viver. 
 
 
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3. Sobre o empreendimento 
Considerando esse breve panorama sobre algumas importantes questões relativas aos conceitos de 
patrimônio e urbanismo propomos realizar uma análise do projeto “Cidade Matarazzo”, com foco em como 
essa proposta se relaciona e trata as questões debatidas, buscando entender que qualidades e problemas 
ele poderá gerar. 
O projeto está localizado no terreno que o Hospital Matarazzo se situa. Próximo à Avenida Paulista, no 
quadrilátero formado pelas ruas Itapeva, Pamplona, São Carlos do Pinhal e Alameda Rio Claro (Fig. 2). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 2: Imagem da localização do terreno do conjunto. Fonte: Google Maps 
 
Fig. 3: Implantação do complexo. Fonte: https://www.cidadematarazzo.com.br/empreendimento-implantao 
 
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O antigo complexo hospitalar se transformará em um centro comercial, cultural e, principalmente, hoteleiro, 
voltado para uma determinada elite (Fig. 3). Será um ambiente multifuncional que pretende atender certas 
demandas da região. 
3.1 Histórico do conjunto de edificações 
Para salvaguardar o conjunto do Hospital, prevenindo sua destruição, o Hospital foi tombado pelo 
CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) com a 
Resolução SC 29/86 em 1986. Na resolução consta que o Hospital e Maternidade Umberto I (ex Hospital 
Matarazzo) é representativo das instituições imigrantes da cidade de São Paulo, exerceu papel de destaque 
no atendimento médico, como local de estudo e prática profissional, sendo pioneiro no desenvolvimento de 
atividades hospitalares na cidade e pelo seu conjunto arquitetônico harmonioso. Foi então considerado 
importante histórica e arquitetonicamente e, portanto, o seu conjunto arquitetônico foi tombado. 
Após alguns anos de discussão, em que algumas partes envolvidas entendiam como demasiado rigorosa a 
resolução de tombamento, em 2014, houve uma revisão do tombamento estabelecido anteriormente. O 
CONPRESP estabelece a Resolução N 05, que considera o processo de tombamento anterior e o conjunto 
como Zona Especial de Preservação Cultural segundo a lei n 13.885 de 1975 e então resolve tombar o 
conjunto arquitetônico edificado do antigo Hospital Umberto I (Fig. 4). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 4: Mapa do perímetro de tombamento da resolução 5/2014 pelo CONPRESP. 
Fonte: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/Mapa0514PDF_1432740866.pdf 
 
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3.2 Histórico do investidor 
O grupo Allard é conhecido pela compra e reforma de antigas edificações e hotéis em Paris, França, 
transformando-as em edificações de serviços com infraestrutura luxuosa. Tem como filosofia de investimento 
adquirir locais, sociedades e projetos com forte dimensão cultural. 
Segundo o site do empreendimento
1
, o Grupo Allard teve seu interesse pelo complexo do Hospital 
Matarazzo, e adquirido o imóvel em 2008, por seu caráter potencial em termos de investimento em cultura e 
arte, a ser combinado com serviços, tais como um hotel e instalações comerciais de luxo, para geração de 
renda ao conjunto. 
3.3 Setor hoteleiro do empreendimento 
O projeto prevê a participação de importantes figuras do mundo artístico, do design e da arquitetura 
internacional para sua execução, se tornando em um grande complexo pensado para a elite, ou seja, minoria 
da cidade. Segundo os empreendedores: 
O Cidade Matarazzo oferece uma inovadora e requintada combinação de 
hospitalidade, varejo, gastronomia, cultura e entretenimento, no maior parque 
privado de São Paulo, com árvores centenárias e flora tropical. Um refúgio de paz 
no meio da selva de concreto, a poucos metros da Avenida Paulista. 
(CIDADEMATARAZZO, fevereiro de 2020, disponível em: 
https://www.cidadematarazzo.com.br/#empreendimento) 
Os edifícios históricos tombados serão restaurados e preservados, incluindo a Capela. Ao lado da antiga 
edificação da maternidade será construída uma nova torre projetada pelo arquiteto francês Jean Nouvel, 
abrigando um grande hotel de luxo, 6 estrelas, da empresa Rosewood Hotels&Resorts. 
O projeto de Jean Nouvel integra a estética dos edifícios históricos com a 
arquitetura contemporânea, criando um símbolo para a cidade que se perpetuará 
no futuro das novas gerações. (CIDADEMATARAZZO, fevereiro de 2020, 
disponível em: https://www.cidadematarazzo.com.br/hotel-fachada) 
Segundo os autores, a torre Rosewood tem como proposta se mesclar na paisagem e dar continuidade ao 
“parque Matarazzo”, por isso a grande presença de árvores e vegetação nas suas fachadas e interiores, além 
do emprego de materiais como a madeira, o metal com aspecto de madeira e o concreto (Fig. 5). Segundo 
Jean Nouvel, a ideia de colocar as árvores da torre veio após sua visita à maternidade e ao complexo 
 
1 Segundo o site da Cidade Matarazzo, na parte de conceito e patrimônio. (Disponível em: 
https://www.cidadematarazzo.com.br/conceito-patrimnio acesso 05 de fevereiro de 2020) 
 
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histórico, onde percebeu que havia muita vegetação e um clima próprio, levantando a sugestão de integrar os 
dois locais com a presença da vegetação na torre também contrastando com as outras torres na Avenida 
Paulista. (L’Archictecture D’Aujourd’hui, Montpellier, França, p.24-27, 2019) 
Além desse grande complexo de luxo, haverá uma área para comércio e será implantado um grande jardim, 
com as árvores brasileiras mais comuns e famosas. O jardim inspirado na Mata Atlântica seria, segundo o 
arquiteto, uma maneira de evidenciar a brasilidade, como vista e conhecida pelos estrangeiros, uma 
brasilidade genérica e generalizada. E neste jardim ocorrerá um mercado orgânico e a conexão com a 
Av.Paulista. 
O empreendimento propõe um calçadão que conectará os dois, como solução eles pretendem criar um túnel 
verde sob a rua São Carlos do Pinhal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 5: Imagem renderizada da Torre inserida na paisagem da cidade. Fonte: http://www.jeannouvel.com/projets/torre-rosewood/ 
3.4 A intervenção urbana 
A maior intervenção urbana se dá por um túnel verde na rua São Carlos do Pinhal (Fig. 6 e 7), chamado 
“Boulevard da Diversidade”. A ideia seria de maneira a facilitar o acesso dos pedestres ao complexo e seu 
jardim, desviando a rota de carros para o subsolo. A proposta envolveria uma grande obra de engenharia e 
tinha previsão de conclusão para 2022; mas a ideia vem sofrendo forte oposição dos comerciantes 
estabelecidos nas ruas locais, e por isso foi postergada. 
 
 
 
 
 
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Fig. 6: maquete do showroom do “Boulevard da Diversidade. Fonte: Showroom Cidade Matarazzo, foto de Natália Hetem (outubro de 
2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 7: corte esquemático do túnel. Fonte: Estadão (https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,sp-megacomplexo-de-luxo-em-
antigo-hospital-sera-aberto-em-maio-na-bela-vista,70003024352 acesso setembro de 2019) 
 
No nível da rua seria então criado o “Boulevard da Diversidade”, projeto da arquiteta e urbanista Adriana 
Levisky. Segundo o planode trabalho do acordo de cooperação do Boulevard da Diversidade, o projeto 
pretende transformar o espaço urbano e os hábitos das pessoas que circulam a região. É proposto, além do 
túnel, uma requalificação urbana da alameda das flores (rua que encontra à Av. Paulista, fornecendo então 
 
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um fácil acesso ao empreendimento), com o objetivo de ampliar o espaço público e tornar este trecho aberto 
ao público (Fig. 8). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 8: Implantação do Boulevard da Diversidade. Fonte: Plano de Trabalho de Acordo de Cooperação – Anexo V do Edital n1-2019, 
pág.3 (https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/Anexo%20V%20do%20Edital%20n%C2%BA%201-2019.pdf Acesso: 
abril de 2020) 
O debate em torno da “Cidade Matarazzo” 
A partir desse breve histórico sobre o local e considerando o referencial teórico, pode-se considerar que o 
empreendimento proposto, a ser implantado ao lado de edificações de valor patrimonial e histórico, suscita a 
possibilidade de algumas análises, questionamentos e críticas. 
Nos projetos de intervenção em patrimônio histórico edificado, em um geral, é possível perceber a influência 
e presença norteadora dos conceitos presentes nas cartas internacionais. Isso também acontece em 
algumas partes do caso em estudo, a “Cidade Matarazzo”. Na “Cidade Matarazzo” é possível ver aplicação 
de alguns preceitos da Carta de Veneza, como estudo do local e de viabilidade, e a presença da restauração 
nas edificações tombadas. Entretanto, não é proposta uma conservação integrada, já que o empreendimento 
está sendo inteiramente realizado com verba privada. É a maior obra privada de revitalização já feita na 
cidade de São Paulo, sem ajuda de qualquer recurso público. 
Ainda assim, todas as mudanças feitas no complexo foram registradas, relatadas e divulgadas no Diário 
Oficial da Cidade de São Paulo, o que está de acordo com o que diz a Declaração de Amsterdã de 1975. Ao 
longo da duração das obras também foram realizados eventos fechados e abertos para a população, 
 
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permitindo a visita e uma maior tomada de conhecimento acerca do novo projeto, e foram feitas algumas 
ações visando relembrar o valor histórico do hospital e maternidade. Esse foi o ponto de maior contato entre 
a população e a obra, visto não ter havido participação popular no desenvolvimento dos projetos novos do 
conjunto. A decisão unilateral pela característica de alto luxo do restante do empreendimento evidencia a 
questão da elitização daquele local. 
Segundo Castriota (2009, pág.87), “qualquer intervenção sobre o patrimônio como uma ação sobre o 
presente é uma proposta para o futuro”, e alerta sobre as questões envolvidas em casos de intervenções em 
edificações históricas e de cunho patrimonial. O caso da “Cidade Matarazzo” segue o modelo de 
conservação descrito por Castriota, inclusive no âmbito de patrimônio ambiental urbano por envolver um 
conjunto de edificações significativas para a história da cidade. Por outro lado, o projeto é também invasivo 
na questão da infraestrutura urbana, já que vai alterar o fluxo de uma avenida paralela à avenida Paulista. 
Uma região que tem grande movimento e circulação de automóveis que durante a construção do túnel ficará 
ainda mais intensa. Os automóveis serão desviados, já que o projeto, com essa medida, privilegia o 
pedestre, o que coloca em prática o pensamento de grandes escritores do urbanismo, como Jan Gehl e Jane 
Jacobs. 
Com certeza a “Cidade Matarazzo” terá um grande impacto, e talvez, como querem seus empreendedores, a 
proposta esteja pensando o que seria uma cidade para o futuro. O empreendimento considera, ainda que 
parcialmente, o respeito aos aspectos históricos daquele lugar, e embora de forma secundária, inclui a 
presença de alguns poucos profissionais brasileiros, junto com os profissionais internacionais. Ainda assim, a 
“brasilidade” é uma questão inúmeras vezes repetida nos textos de descrição do projeto, o qual afetará 
usuários e população em geral por sua grandiosidade, provavelmente acarretando em algum grau de 
reconhecimento mundial, graças à presença das grandes figuras internacionais (e talvez menos, pela 
“brasilidade” em si mesma, aliás, conceito de difícil qualificação da situação concreta desse local e o 
acontecimento estar vinculado aos tempos atuais). 
O projeto do Grupo Allard pensa alguns dos itens principais de conservação e preservação do patrimônio; ao 
mesmo tempo intervém de maneira brutal na paisagem, através da imponente presença da nova torre 
proposta, ainda em construção (2020) e do túnel a ser construído, que mudará de maneira intensa o trânsito 
no local durante sua construção e depois. Pode-se dizer que nele está sendo pensado conjuntamente o 
espaço histórico e os novos espaços. 
Trata-se portanto de um projeto de grandes dimensões, no qual a participação da prefeitura e de órgãos 
públicos se restringiu somente ao fornecimento de dados históricos, e na análise e aprovação dos projetos. 
Não houve participação da população da cidade, apesar de ter havido um acesso muito restrito ao público, 
 
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para as pessoas poderem entrar nas antigas edificações do Hospital, que aconteceu apenas por um dia, ou 
em datas isoladas, como nas iniciativas da Paulista Cultural. 
Considerações Finais 
Com o estudo sobre patrimônio e as informações coletadas até o momento (janeiro 2020) sobre o 
empreendimento da “Cidade Matarazzo” é possível perceber que, embora realizado em São Paulo, atende a 
lógicas comerciais e de empreendimento internacionais, com grande presença de capitais europeus no 
projeto e obra. 
A região da Av. Paulista, destinada desde sua inauguração para a implantação de casarões para uma elite 
formada por imigrantes enriquecidos por empreendimentos comerciais e industriais, tornou-se, mais ao final 
do século 20, um centro urbano mais comercial e mais popular. O empreendimento proposto, pelas suas 
características, sugere uma retomada da elitização dessa área. O discurso de luxo, beleza, integração é 
muito atraente para todos, mas da maneira como o projeto arquitetônico e urbano está sendo proposto, 
deverá trazer retorno principalmente para uma minoria, que de fato poderá ter acesso e desfrutar de tudo 
isso. Há chances muito altas de que esse empreendimento venha a se tornar um ambiente altamente 
elitizado - e com uma grande participação de uma elite internacional - mesmo que seja possível acessar o 
complexo para a parte cultural. Depois de anos fechado, seu acesso acabará sendo mais restrito do que os 
discursos organizados pelos empreendedores podem dar a entender. Possivelmente, as camadas de 
população não elitizada da cidade – a maioria de nós - talvez não se sinta à vontade para visitar e fazer parte 
desta nova história do complexo, caracterizado por áreas de luxo para hotel e lojas, a serem, provavelmente, 
vigiadas e controladas. O discurso de preservação da história e cultural é muito bonito, mas algo que não é 
respeitado, de maneira indireta e irônica, é o próprio patrimônio, já que a nova torre, por ser mais alta que o 
gabarito das edificações históricas e por ser diferente das edificações ao redor, se destacará na paisagem, 
minimizando e secundarizando os edifícios históricos existentes. Segundo as cartas anteriormente 
mencionadas, em princípio qualquer nova intervenção junto a obras de valor histórico deveriam ser neutras e 
não chamarem mais atenção que os edifícios originais. Neste caso, a nova edificação ganhará mais 
importância e terá mais impacto urbano do que as edificações históricas existentes, pelo menos no que se 
refere ao visual, ainda que o complexo históricoesteja sendo restaurado e também receberá um novo uso. 
O empreendimento da “Cidade Matarazzo” segue vários conceitos apresentados por Gehl e Jacobs, 
pretendem valorizar o pedestre, acumular funções em um só local e criar um ambiente diversificado. Gehl e 
Jacobs pensaram nisso para uma cidade de uma maneira geral, onde se cada bairro atendesse a esses 
conceitos, a cidade se tornaria mais agradável para habitar. Não é à toa que o empreendimento se chama 
 
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“Cidade Matarazzo”, pois de fato o que será construído no local se tornará uma espécie de pequena cidade, 
com vários serviços diferentes a disposição dos usuários que a frequentarem. 
No país em que vivemos, atualmente, é muito difícil detectar ações privadas ou públicas que favoreçam a 
integração de camadas sociais, com raras exceções. Provavelmente não será nesse empreendimento de 
altíssimo padrão, batizado como “Cidade Matarazzo”, que isso irá acontecer. Entretanto, será preciso 
aguardar a sua inauguração para realmente ter a certeza sobre seu verdadeiro destino, e se esse conjunto 
será assimilado, ou não, pela população paulistana. 
 
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