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Gestão da Produção e Operações nas Organizações Gestão da Produção e Operações 01 Graduação Professor Mestre David Lima Conceitos da gestão produção e operações Professor Mestre David Lima Bloco 01 Objetivos • Compreender os conceitos básicos da Gestão da Produção e Operações; • Estudar a evolução da administração da produção; • Analisar formas de organizar a produção; 3 Introdução O QUE É ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO? • É a área que planeja, coordena e controla todos os recursos necessários para que sejam produzidos os bens (ex: produzir um carro) e serviços (ex: conserto do carro) de uma organização. • Isto significa gerenciar pessoas, equipamentos, tecnologia, informações e demais recursos necessários para a produção dos bens e serviços. 4 Fique atento • Função produção • Representa a reunião de recursos (Máquinas, equipamentos, pessoas, matéria prima, energia, etc) destinados a produção de bens (ex: Carro) e serviços (Ex: Conserto do carro). • Fatores da produção: • Na natureza – vemos a extração da matéria-prima; • No capital – vemos o giro entre – extração – processo e consumidor; • No trabalho – vemos a força humana e estrutural em movimento; • Na empresa – vemos o processo de transformação; 5 Exemplificando Manufatura = Administração da produção (bens tangíveis) Manufatura – Ex: Usina, Montadora. SUPRIMENTOS – Ex: Supermercado, Lojas. Serviços = Administração de operações (bens intangíveis) Serviços – Ex: Restaurante, Salão. 6 Evolução Histórica da Produção - Escola Científica Bloco 02 7 Professor Mestre David Lima Tudo começou*** aqui!!! Administração científica Destaque: Frederick Taylor (1903) Ênfase: Na tarefa Termos mais utilizados Organização racional Divisão das tarefas Simplificação Especialização Tempos e movimentos https://www.youtube.com/watch?v=3tL3E5fIZis Filme Tempos Modernos - Charlie Chaplin 8 Novo sistema de produção • Em 1913, Henry Ford cria a linha de montagem e produção em série com o modelo Ford T, revolucionando os métodos e processos de produção. 9 Henry Ford 1863 - 1947 Produção em massa • Surge o conceito de produção em massa, caracterizada por grandes volumes de produtos com baixa variação de modelos de produtos. • https://www.youtube.com/watch?v=hhbxt_BDyfQ 10 Organização da Produção Professor Mestre David Lima Bloco 03 Contribuições de Fayol (1841-1925) 12 Funções Administrativas Funções Técnicas Funções Comerciais Funções Financeiras Funções de Segurança Funções Contábeis Funções do Administrador: Planejamento, organização, direção e controle. Funções de apoio: Marketing, compras, desenho de produto, etc. Fique atento 13 Taylor Fayol Administração Científica Teoria Clássica Ênfase nas Tarefas Ênfase nas Estruturas Aumentar a eficiência da empresa, por meio do aumento de eficiência ao nível operacional Aumentar a eficiência da empresa, por meioda forma e disposição dos órgãos componentes da organização e das suas inter- relações estruturais. Exemplificando INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO Área nasce manufatureira e detalhista; Expande-se para tornar-se estratégica; Incorpora o tratamento de serviços; Passa a tratar de redes de operações; 14 15 Revisão da aula • Conceito de produção; • Evolução da produção; • Contribuições das escolas da Administração; • Organização da Produção; 16 Referências ALVES FILHO, Alceu Gomes et al. Mário Otávio Batalha (coordenação). Gestão da produção e operações: abordagem integrada. São Paulo: Atlas, 2019. ANTUNES JUNIOR, José Antonio Valle (organizador); ALVAREZ, Roberto dos Reis; KLIPPEL, Marcelo; FAGUNDES ALVES, Pedro Henrique Bortolotto. Sistemas de Produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008. CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e normativas, volume I. 7. Ed. Barueri, SP: Monole, 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão da Produção: uma abordagem introdutória. 3.ed. Barueri, SP: Manole, 2014. COSTA, Ricardo Sarmento. JARDIM, Eduardo Galvão Moura. Gestão de Operações de Produção e Serviços. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2017. MARCOUSÉ, Ian; SURRIDGE, Malcom; GILLESPIE, Andrew; tradução Giovanna Matte; revisão técnica Leandro Morrilhas. 1.ed. Gestão de Operações. São Paulo: Saraiva, 2013. WIENEKE, Falko. Gestão da Produção: planejamento da produção e atendimento de pedidos. Tradução Ingeborg Sell. São Paulo: Editora Blucher, 2009. Sistemas de Produção e Produtividade Gestão da Produção e Operações 02 Graduação Professor Mestre David Lima Modelo de Transformação Professor Mestre David Lima Bloco 01 Objetivos • Compreender o conceito do processo de transformação; • Estudar os sistemas de produção; • Entender o conceito de produtividade; 3 Introdução Processo de transformação • Tem por objetivo a fabricação de bens manufaturados, a prestação de serviços ou o fornecimento de informações. 4 Input (Entradas) • Os inputs do processo de transformação são os insumos, matérias primas, informações, mão de obra (funcionários) e instalações (equipamentos, prédio, terreno, processo, etc). 5 Processo de Transformação • São as operações realizadas para a obtenção dos outputs. • É a execução das atividades produtivas da organização. 6 Output (Saídas) • É a saída do sistema. • São os bens (ex: Carro) e serviços gerados (ex: Conserto do carro) pela transformação dos recursos. 7 Exemplificando Um Sistema de Produção 8 FABRICANTE DE COMIDA CONGELADA - Alimentos frescos - Operadores - Equipamento de processamento de alimentos - Congeladores INPUT - Preparação da Comida - Congelamento Da comida PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO - Comida Congelada OUTPUT Tipos de Sistemas de Produção Bloco 02 9 Professor Mestre David Lima Os três tipos mais comuns a) Sistema de Produção Contínua; b) Sistema de Produção Intermitente (lotes); c) Sistema de Produção para Grandes Projetos (Encomenda); 10 a) Sistema de Produção Contínua • Os sistemas de produção contínua ou fluxo em linha apresentam uma sequencia linear para se fazer o produto ou serviço; os produtos são bastante padronizados e fluem de um posto de trabalho a outro numa sequencia prevista. • Devem ser balanceadas para não retardarem a velocidade do processo. • Possuem alta eficiência. 11 b) Sistema de Produção Intermitente (lotes) • A produção é feita em lotes; • Ao término da fabricação do lote de um produto, prepara-se a fabricação de um lote de um outro produto; • O produto original só voltará a ser feito depois de algum tempo, caracterizando-se assim uma produção intermitente de cada um dos produtos. • “Cada lote é dimensionado para atender a um determinado volume de vendas previsto para um determinado período de tempo” 12 c) Sistema de Produção para Grandes Projetos (Encomenda) • O sistema de produção para grandes projetos diferencia-se bastante dos tipos anteriores. • Cada projeto é um produto único, não havendo um fluxo de produto dentro da organização. • Esse sistema baseia-se na encomenda ou pedido de um ou mais produtos/serviços, sendo que a empresa só produz após ter recebido o contrato. 13 Produtividade Professor Mestre David Lima Bloco 03 Fique atento • Em sua empresa ou em empresa fictícia defina os tipo (s) de sistema (s) de produção utilizado (s) e fale de suas caraterísticas produtivas, levantando em consideração seus pontos positivos e negativos do processo, com o olhar de gestor (Entrada – processo de transformação e saídas). 15 FABRICANTE DE COMIDA CONGELADA - Alimentos frescos - Operadores - Equipamento de processamento de alimentos - Congeladores INPUT - Preparação da Comida - Congelamento Da comida PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO - Comida Congelada OUTPUT Conceito de Produtividade 16 PRODUTIVIDADE = OUTPUT INPUT Avaliação da Produtividade Alguns fatores determinantes da produtividade Relação capital x trabalho; Escassez de recursos; Mão de obra; Inovação e tecnologia; Restrições legais; Fatores gerenciais; Qualidade de vida; 17 18 Revisão da aula • O processo de transformação; • Sistemas de produção; • Conceito de produtividade; 19 Referências ALVES FILHO, Alceu Gomes et al. Mário Otávio Batalha (coordenação). Gestão da produção e operações: abordagem integrada. São Paulo: Atlas, 2019. ANTUNES JUNIOR, José Antonio Valle (organizador); ALVAREZ, Roberto dos Reis; KLIPPEL, Marcelo; FAGUNDES ALVES, Pedro Henrique Bortolotto. Sistemas de Produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008. CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e normativas, volume I. 7. Ed. Barueri, SP: Monole, 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão da Produção: uma abordagem introdutória. 3.ed. Barueri, SP: Manole, 2014. COSTA, Ricardo Sarmento. JARDIM, Eduardo Galvão Moura. Gestão de Operações de Produção e Serviços. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2017. MARCOUSÉ, Ian; SURRIDGE, Malcom; GILLESPIE, Andrew; tradução Giovanna Matte; revisão técnica Leandro Morrilhas. 1.ed. Gestão de Operações. São Paulo: Saraiva, 2013. WIENEKE, Falko. Gestão da Produção: planejamento da produção e atendimento de pedidos. Tradução Ingeborg Sell. São Paulo: Editora Blucher, 2009. Projeto e desenvolvimento de produtos, serviços e processos Gestão da Produção e Operações 03 Graduação Professor Mestre David Lima Projetos na Gestão da Produção e Operações Professor Mestre David Lima Bloco 01 Objetivos • Compreender o conceito de projeto e como gerenciar projetos; • Estudar o desenvolvimento de produtos e serviços; • Analisar os tipos de processos produtivos; 3 Introdução O que é um projeto? Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único. Projeto é a atividade de definir a forma física, o aspecto e a composição física de bens, serviços e processos. Na administração da produção, é o conjunto de atividades que, literalmente estabelece o cenário para todas as suas outras atividades. Exemplos: Produção de navios, lançamento do novo PS5, ou um serviço na área da saúde; 4 Gerenciamento de projetos na produção • 1 - Gerenciamento de Integração de projetos; • 2 - Gerenciamento do Escopo do projeto; • 3 - Gerenciamento do Tempo/Cronograma; • 4 - Gerenciamento de Custos; • 5 - Gerenciamento da Qualidade; • 6 - Gerenciamento de Recursos Humanos; • 7 - Gerenciamento de comunicações; • 8 - Gerenciamento de Riscos; • 9 - Gerenciamento de Aquisições; • 10 - Gerenciamento de Partes Interessadas; 5 Objetivos da Gestão de projetos na produção O objetivo da atividade de projeto é satisfazer as necessidades dos consumidores. O projeto aplica-se tanto aos produtos (ou serviços) como aos processos. O projeto começa com um conceito e termina com a sua tradução em uma especificação de algo que pode ser produzido. 6 Desenvolvimento de produtos e serviços Bloco 02 7 Professor Mestre David Lima O ciclo de realimentação cliente-marketing-projeto 8 Projeto do produto Produção Cliente Marketing ExpectativasInterpretação das expectativas Especificação do produto Produto (bens + serviços) Critérios de avaliação 9 Viabilidade Aceitabilidade Vulnerabilidade Podemos fazê-la? Queremos fazê-la? Queremos arriscar? Quais investimentos financeiros e gerenciais serão necessários? Qual retorno em melhoria de desempenho e financeiro dará? Quais riscos corremos se as coisas saírem erradas? Características necessárias de um bem • Funcional; • Manufaturável; • Vendável; • Elementos básicos de um bem: • Design; • Embalagem; • Rótulo; • Marca; • Imagem; • Aroma; • Cor; • Sabor; • Garantias; • Assistência pós-venda; 10 Processos produtivos Professor Mestre David Lima Bloco 03 Tipos de Processos • Processos de projetos - Envolvem produtos discretos, bastante customizados; longo período para ser feito; baixo volume e alta variedade; baixo grau de repetição: a maior parte dos trabalhos tende a ser única. Ex: construção de navios; • Processos de jobbing - Baixo volume e alta variedade; cada produto deve compartilhar os recursos da operação com outros; baixo grau de repetição: a maior parte dos trabalhos tende a ser única. Exemplos: trabalhos técnicos especializados, como mestres ferramenteiros, restauradores de móveis, • Processos em lotes ou bateladas - Processos em lotes podem parecer-se com os de jobbing, mas os processos em lotes não têm o mesmo grau de variedade dos de jobbing e possui uma maior quantidade. Exemplos: a produção de alimentos congelados especiais; 12 Tipos de Processos • Processos de produção em massa - Produzem bens em alto volume e pouca variedade; altos níveis de padronização. Exemplo: fábrica de automóveis, motocicletas, geladeiras, etc • Processos contínuos - Grande volume e baixa variedade; operam por períodos e tempo mais longo; produtos com partes inseparáveis; produzidos com fluxo ininterrupto ou pelo fato da operação ter que suprir os produtos sem uma parada. Exemplos: refinarias petroquímicas, instalações de eletricidade. 13 Tipos de serviços Já quanto a serviços, os referidos autores distinguem da seguinte forma: • Serviços profissionais; • Lojas de serviços; • Serviços em massa; 14 Revisão da aula • Projetos no setor da produção; • Desenvolvimento de produtos e serviços • Processos produtivos; 15 16 Referências ALVES FILHO, Alceu Gomes et al. Mário Otávio Batalha (coordenação). Gestão da produção e operações: abordagem integrada. São Paulo: Atlas, 2019. ANTUNES JUNIOR, José Antonio Valle (organizador); ALVAREZ, Roberto dos Reis; KLIPPEL, Marcelo; FAGUNDES ALVES, Pedro Henrique Bortolotto. Sistemas de Produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008. CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e normativas, volume I. 7. Ed. Barueri, SP: Monole, 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão da Produção: uma abordagem introdutória. 3.ed. Barueri, SP: Manole, 2014. COSTA, Ricardo Sarmento. JARDIM, Eduardo Galvão Moura. Gestão de Operações de Produção e Serviços. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2017. MARCOUSÉ, Ian; SURRIDGE, Malcom; GILLESPIE, Andrew; tradução Giovanna Matte; revisão técnica Leandro Morrilhas. 1.ed. Gestão de Operações. São Paulo: Saraiva, 2013. WIENEKE, Falko. Gestão da Produção: planejamento da produção e atendimento de pedidos. Tradução Ingeborg Sell. São Paulo: Editora Blucher, 2009. Estratégias para o desenvolvimento e organização da produção Gestão da Produção e Operações 04 Graduação Professor Mestre David Lima Estratégia de produção e operações Professor Mestre David Lima Bloco 01 Objetivos • Compreender a importância das estratégias aplicadas na produção e operações; • Estudar as Áreas de decisão: estruturais e infraestruturais; • Analisar meios para o desenvolvimento e organização da produção; 3 Introdução • Com a compressão dos sistemas de produção, chegamos ao entendimento que toda empresa nasce com a missão de produzir, ou seja, o planejamento empresarial visa a união dos recursos tangíveis e intangíveis para gerar produtos e serviços, e sua continuidade. Para atingir as funções estratégicas da produção, deve-se analisar os planos estratégicos, gerenciais e operacionais, para encontrar as atividades vitais ao seu funcionamento, nos três níveis da hierarquia encontram-se atividades que são elo entre os departamentos; surgimento a relevância e padronização de cada uma delas. 4 Prioridades competitivas da produção Custo – que visa redução dos custos operacionais interno e externos Entrega – ligada diretamente a satisfação do consumidor final; Qualidade – é atender as requisições e padronização no processo produtivo Flexibilidade – abrange o portfólio da empresa, que busca atender um público ofertando múltiplos produtos ou serviços; Serviço – compreenderos serviços ao cliente 5 Priorização e melhoria na estratégia de produção • Qualificadores: são os fatores considerados pelos clientes como relacionados com o desempenho mínimo esperado para que a oferta de determinada empresa seja considerada em seu processo de compra. • Ganhadores de pedido: são os critérios-chave que o cliente considera no momento de decidir a compra e, portanto, aumentam significativamente a probabilidade de fechamento do pedido. • Menos importante: são fatores que pouco influenciam a decisão de compra atual do cliente em relação ao produto ou serviço, mas que precisam ser monitorados pois podem vir a se tornar ganhadores ou qualificadores no futuro. BATALHA (2019, p. 17). 6 Áreas de decisão: estruturais e infraestruturais Bloco 02 7 Professor Mestre David Lima Capacidade produtiva • As estratégias de operações visam o longo prazo buscam resultados constante no processo produtivo, algumas variáveis são considerações para este fato: • (1) construção de novas plantas, expansão ou redução das existentes, • (2) quantidade e distribuição das unidades de capacidade; • (3) localização das unidades produtivas; • (4) alocação de funções/atividades a cada planta e • (5) momento no qual a capacidade deve ser ampliada ou reduzida. 8 Áreas de decisão na produção • Áreas estruturais – envolvem capacidade produtiva, instalações; tecnologia e integração vertical; • Áreas infraestruturais – envolvem força de trabalho, qualidade, planejamento e organização; 9 Explicando a cadeia produtiva 10 Fontes Fornece-Dores Processa- Dores Distribui- Dores Varejistas Consumi- Dores Matéria-prima Processamento Produto acabado A cadeia de suprimentos é o conjunto de todas as organizações envolvidas, direta ou indiretamente, na produção e na entrega de um bem ou serviço ao cliente final. Fique atento 11 Fonte 2 Fornece- Dor 1 Processo de transformação Distribui- Dor 1 Varejista 2 Consumi-Dores Fornece- Dor 2 Fonte 1 Fonte 3 Distribui- Dor 2 Varejista 1 Varejista 3 Novos canais de distribuição; Clientes mais exigentes; Ciclo de vida de produtos mais curtos; Competição externa; Demandas por parcerias; Conflitos entre departamentos; Novas tecnologias de gestão; Desenvolvimento e organização da produção Professor Mestre David Lima Bloco 03 Estratégia da produção O desenvolvimento da estratégia da produção e suas atividades prioritárias funcionais, seguem um cronograma estipulado para atender as demandas no tempo correto, gerando a satisfação da cadeia de suprimentos, pois todos os envolvidos nos processos de extração de matéria-prima, processamento, movimentação, comercialização e entrega, são coordenados e buscam alinhamento no planejamento estratégica da organização. 13 14 Inovação Incremental e Radical Inovações radicais, visam a mudança total da estrutura produtiva, do produto, do processo; fazendo nascer um setor de produção totalmente novo; Inovações incrementais, visam mudanças em partes, buscando realizar melhoria no processo, no produto ou na estrutura produtiva; podendo gerar maior eficiência produtiva; 15 Estruturas organizacionais • Para operacionalizar suas estratégias de produção em massa, é comum que as empresas se organizem com base em estruturas organizacionais funcionais altamente integradas e centralizadas. Nessas, utilizam-se critérios funcionais de departamentalização (como departamento de vendas, produção, finanças etc.) agrupando em unidades da organização tarefas especializadas, com características e bases de conhecimento similares e reunindo profissionais e trabalhadores que “falam a mesma língua”. BATALHA (2019, p. 226). Fique atento Gerentes de produção devem: Articular a tecnologia para melhorar a eficácia da oeração; Estar envolvidos na escolha; Gerenciar a instalação e a adoção da tecnologia; Integrar a tecnologia; Monitorar o desempenho; Atualizar/substituir a tecnologia. 16 Revisão da aula • A importância das estratégias aplicadas na produção e operações; • Áreas de decisão: estruturais e infraestruturais; • Desenvolvimento e organização da produção 17 18 Referências ALVES FILHO, Alceu Gomes et al. Mário Otávio Batalha (coordenação). Gestão da produção e operações: abordagem integrada. São Paulo: Atlas, 2019. ANTUNES JUNIOR, José Antonio Valle (organizador); ALVAREZ, Roberto dos Reis; KLIPPEL, Marcelo; FAGUNDES ALVES, Pedro Henrique Bortolotto. Sistemas de Produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008. CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e normativas, volume I. 7. Ed. Barueri, SP: Monole, 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão da Produção: uma abordagem introdutória. 3.ed. Barueri, SP: Manole, 2014. COSTA, Ricardo Sarmento. JARDIM, Eduardo Galvão Moura. Gestão de Operações de Produção e Serviços. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2017. MARCOUSÉ, Ian; SURRIDGE, Malcom; GILLESPIE, Andrew; tradução Giovanna Matte; revisão técnica Leandro Morrilhas. 1.ed. Gestão de Operações. São Paulo: Saraiva, 2013. WIENEKE, Falko. Gestão da Produção: planejamento da produção e atendimento de pedidos. Tradução Ingeborg Sell. São Paulo: Editora Blucher, 2009. Planejamento, programação e controle da produção (PPCP) Gestão da Produção e Operações 05 Graduação Professor Mestre David Lima Planejamento da produção Professor Mestre David Lima Bloco 01 Objetivos • Compreender a importância do planejamento produção e operações e suas atividades centrais; • Estudar a programação da produção, observando os processos e subprocessos ; • Analisar o processo decisório do PPCP, considerando suas etapas, técnicas e modelos; 3 Introdução As decisões do PPCP segundo ALVES FILHO (2019, p. 41): estão distribuídas hierarquicamente no horizonte de longo, médio e curto prazos procurando responder as seguintes questões: o que produzir, comprar e entregar; quanto produzir, comprar e entregar; quando produzir, comprar e entregar; quem e/ou onde e/ou como produzir comprar e entregar. 4 As principais atividade do PPCP As principais atividade do PPCP, segundo ALVES FILHO (2019, p. 41): Planejamento Agregado da Produção e Análise de Capacidade de longo prazo; Programação Mestre de Produção; Programação e Controle da Produção e Análise de Capacidade de curto prazo; Controle de estoques; Programação de operações; 5 Previsão de demanda Previsão é a arte de especificar informações significantes sobre o futuro. A esta definição deve-se acrescentar que a previsão está relacionada com um conjunto de métodos, em vez de simples adivinhação. ALVES FILHO (2019, p. 42). Os métodos de previsão; Os erros das previsões; Previsões agregadas; A exatidão das previsões; Um bom sistema de previsão; A confiabilidade do sistema de previsão; A previsão deve ser coerente; A previsão precisa ser expressa em unidades significativas; Os métodos de previsão devem ser fáceis de compreender e simples de usar. O processo de previsão de vendas é de responsabilidade conjunta das funções de marketing/vendas e produção. 6 Os métodos de previsão de demanda podem ser qualitativos ou quantitativos Abordagem qualitativa: colega de informações qualitativas pelo departamentos competentes e posteriormente tabuladas e direcionada para o processo de decisão; Abordagem causal: analise variáveis que podem ser comparadas por faixas de tempo, e perceber aumentos, quedas e oscilações dos percentuais antes tabulados; Abordagem de séries temporais: busca analisar o comportamento da demanda pelo mercado, e analise períodos para fazer previsões para os próximos ciclos produtivos; 7 Fique atento • PPCP como “Tomada de decisão: • O que? • Quanto? • Quando? • Com oque? 8 PRODUZIR Programação da produção Bloco 02 9 Professor Mestre David Lima A programação da produção • O processo de programação e controle da produção executa a gestão do nívelmais detalhado do processo de gestão da produção. • Está relacionado com a execução dos planos realizados nos processos anteriores. 10 Atividades da programação Em geral, o processo de programação está relacionado com: O registro gerado pelo cálculo das necessidades de materiais; As ordens liberadas; O plano de capacidade; O roteiro de produção; O status da ordem; A performance do chão-de-fábrica; 11 Atividades do subprocesso As atividades do subprocesso de controle da produção visam monitorar o fluxo de trabalho e o consumo de materiais de tempo no chão-de-fábrica, bem como verificar se os componentes estão de acordo com os padrões de qualidade estabelecidos. As atividades dessa fase do processo são responsáveis por promover o feedback de informações para os processos descritos anteriormente. As atividades de controle da produção iniciam-se ao final de uma operação e referem-se ao apontamento de informações no sistema. 12 Cálculo pelo PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai) • Pelo PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai) os trabalhos são sequenciados na ordem em que são emitidos 13 PRODUTO: ALFA DATA ENTRADA SAÍDA SALDO DIA MÊS ANO QTDE. VR.UNIT. TOTAL QTDE. VR.UNIT. TOTAL QTDE.VR.UNIT. TOTAL 04 12 12 100 10,00 1.000,00 100 10,00 1.000,00 04 12 12 100 10,00 1.000,00 100 10,00 1.000,00 05 12 12 200 9,00 1.800,00 200 9,00 1.800,00 400 - 3.8000 06 12 12 200 10,00 2.000,00 100 9,00 900,00 300 - 2.900,00 100 9,00 900,00 O Processo Decisório de PPCP Bloco 02 14 Professor Mestre David Lima Etapas da PPCP Estrutura geral; Fatores que afetam as decisões; Técnicas de PPCP; Modelo de Produção e Processo decisório; 15 Etapas da PPCP Fatores que afetam as decisões Os critérios competitivos da manufatura; Tipo de demanda; Tipo de produto; As características do processo produtivo; As características do fornecimento de recursos do processo produtivo; 16 Estrutura geral Técnicas de PPCP Técnicas de previsão de demanda – métodos qualitativos e quantitativos; Técnicas de planejamento da produção – quantidade, uso, atendimento; Técnicas de programação de produção; Técnicas de controle de produção – plano mestre e ferramentas de controle (PEPS por exemplo); Técnicas de gestão de estoques – controlar o giro com “Just in time por exemplo; 17 Modelo de Produção e Processo decisório • O modelo de produção envolve os objetivos estratégicos; a estratégia da produção, e estratégias funcionais que irão nortear o processo de transformação. • Slack (2018). 18 Fique atento Gerentes de produção devem: Articular a tecnologia para melhorar a eficácia da operação; Estar envolvidos na escolha; Gerenciar a instalação e a adoção da tecnologia; Integrar a tecnologia; Monitorar o desempenho; Atualizar/substituir a tecnologia. 19 Revisão da aula • A importância do planejamento produção e operações; • A programação da produção, • O processo decisório do PPCP, 20 21 Referências ALVES FILHO, Alceu Gomes et al. Mário Otávio Batalha (coordenação). Gestão da produção e operações: abordagem integrada. São Paulo: Atlas, 2019. ANTUNES JUNIOR, José Antonio Valle (organizador); ALVAREZ, Roberto dos Reis; KLIPPEL, Marcelo; FAGUNDES ALVES, Pedro Henrique Bortolotto. Sistemas de Produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008. CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e normativas, volume I. 7. Ed. Barueri, SP: Monole, 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão da Produção: uma abordagem introdutória. 3.ed. Barueri, SP: Manole, 2014. COSTA, Ricardo Sarmento. JARDIM, Eduardo Galvão Moura. Gestão de Operações de Produção e Serviços. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2017. MARCOUSÉ, Ian; SURRIDGE, Malcom; GILLESPIE, Andrew; tradução Giovanna Matte; revisão técnica Leandro Morrilhas. 1.ed. Gestão de Operações. São Paulo: Saraiva, 2013. WIENEKE, Falko. Gestão da Produção: planejamento da produção e atendimento de pedidos. Tradução Ingeborg Sell. São Paulo: Editora Blucher, 2009. Planejamento da capacidade, tecnologias e tempo Gestão da Produção e Operações 06 Graduação Professor Mestre David Lima Planejamento da capacidade produtiva Professor Mestre David Lima Bloco 01 3 Objetivos • Compreender o planejamento da capacidade produtiva; • Estudar sistemas apoiados por computador • Analisar as contribuições do Sistema Just-in-time (JIT); Introdução • ALVES FILHO (2019), O planejamento da capacidade é uma atividade fundamental e deve ser desenvolvida paralelamente a outras atividades do PCP em sua estrutura hierárquica. Assim temos a compreensão: • do uso dos materiais; • dos recursos tangíveis (estruturais e infraestruturais); • dos recursos humanos; • dos recursos tecnológicos; • de projetos e processos de desenvolvimento de produtos; 4 Plano mestre de produção O plano mestre de produção é a primeira ferramenta a ser utilizado para gerenciar o processo produtivo. Considerando algumas variáveis como: Pedidos dos clientes – quantidade demanda; Previsões – dados de pesquisas e analises de mercado; Situação atual do estoque – saldos e novas entradas; Capacidade de produção – numero de itens produzidos; 5 Os principais sistemas de coordenação de ordens Segundo ALVES FILHO (2019), Os Sistemas de Coordenação de Ordens (SCOs) destacam-se como processo de transformação das decisões [...] em ordens de produção de componentes e ordens de compras de matéria-prima. É importante destacar que entre as atividades do PCP, os SCOs exercem papel principal, inclusive, muitas vezes, os SCOs são chamados de sistemas de controle da produção. Os SCOs são responsáveis por ao menos uma das seguintes funções: Programar ou organizar/explodir as necessidades do MPS (plano mestre de produção) em termos de componentes e de materiais. Coordenar a emissão/liberação das ordens de produção e de compra. Programar/sequenciar as tarefas nas máquinas. Controlar a produção por regras de controle. 6 Tecnologias de processamento de materiais O processamento de materiais é definido como uma série de passos ou “unidades de operação” usadas para a transformação de matéria prima em produto acabado. Os processos usados para a manufatura de um produto geralmente fornecem duas funções principais: a formação ou alteração de materiais. a formação de partes ou produtos; 7 Evolução do processamento de materiais: Robótica Um robô pode ser conceituado como “um manipulador automático multifunção reprogramável, tendo diversos graus de liberdade, capaz de manusear materiais, peças, ferramentas e dispositivos especializados por meio de movimentos programados variáveis, para desempenho de uma variedade de tarefas. 8 Aplicações da Robótica Robôs de manuseio: A peça de trabalho é manuseada pelo robô, por exemplo, para carga e descarga de centros de trabalho; Robôs de processo: A peça é segurada pelo robô, por exemplo, nos vários tipos de operações de trabalho em metal, ligação de materiais, tratamentos de superfícies, e outras; Robôs de montagem: Os robôs são usados para montagem de peças, componentes e produtos completos. Robôs mais recentes podem também incluir alguma retroalimentação sensorial (ainda que limitada), mediante controle de visão e controle de toque. 9 10 Fique atento Sistemas flexíveis de manufatura (SFM) Configuração controlada por computador de estações de trabalho semi-independentes, conectadas por manuseio de materiais e carregamento de máquinas. Um SFM é mais do que uma tecnologia. Ele tem tecnologias integradas em um sistema, que tem o potencial para ser melhor do que a soma de suas partes. Sistemas apoiados por computador Professor Mestre David Lima Bloco 02 Tecnologia de processamento de informações Qualquer equipamento que coleta, manipule, armazene e distribua informações. Tecnologias baseadas em computadores – inclusivetelecomunicação. Computadores de grande porte, mini e pessoais. Periféricos, mídia magnética, impressoras, leitoras, etc. Transmissores, receptores, antenas, redes, cabeamento, entre outros. SIG – Sistemas de Informação Gerencial 12 13 Sistemas MRP MRP - Planejamento de Recursos de Produção – auxilia no controle e gestão dos recursos empresariais, com enfoque em produção em grandes quantidades. Segundo COSTA (2017): O MRP necessita dos seguintes dados: programa mestre de produção; estrutura dos produtos; níveis de estoques; lead times de produção e de compras dos componentes. Ao lado – Estrutura atual do MRP II; 14 Sistema ERP Segundo COSTA (2017); Os ERPs [...] Planejamento dos Recursos da Empresa, são, por seu turno, uma evolução natural da arquitetura MRP-II no meio produtivo. Ocorreu que a partir da disseminação do MRP-II no meio produtivo foi se desenvolvendo, paulatinamente, a ideia de que todas as transações de uma corporação poderiam, e deveriam, orbitar em torno de uma mesma base de dados centralizada. Integração total dos estoques; Integração da cadeia de suprimentos; Reposição simultânea; Sistema CAD/CAM Segundo WIENEKE (2009, p. 30), As complexas tarefas das áreas de produção, em grande parte, só podem ser solucionadas com auxílio de sistemas apoiados por computador. CAD - Desenho assistido por computador É UTLIZADO pela engenharia, geografia, design e outras áreas para facilitar o desenho do produto; CAM - Manufatura assistida por computador. Auxilia na obtenção das ordens de serviço do banco de dados central tão logo o pedido estiver liberado para execução. Por meio do banco de dados central, o sistema PCP recebe da produção notificações sobre tarefas realizadas e também sobre falhas e atrasos. 15 16 Sistema OPT O sistema OPT (Tecnologia da Produção Otimizada – controle pelos gargalos) tem por objetivo maximizar a produtividades os bens tangíveis (equipamentos) para alcançar o máximo da lucratividade. O OPT busca analisar todo o processo produtivo, observando as lacunas e planejando um solução, sempre mantendo a eficiência., por meio de uma um rede de analise dos processos, analise critica e não critica das ordens de produção, e formação de lotes e prazos. 17 Fique atento Indústria 4.0, segundo ALVES FILHO (2019); Sistemas Cyber-Físicos - integração da computação com processos físicos; Internet das coisas - pode ser definida como uma rede de objetos físicos que estão digitalmente conectados para detectar, monitorar e interagir dentro de uma empresa e entre a empresa e sua cadeia de fornecimento. Internet dos serviços - a ideia é que os serviços possam se tornar facilmente disponíveis por meio de tecnologias de rede que permitam às empresas e clientes combinar, criar e oferecer novos tipos de serviços que agregam valor. Sistema Just-in-time (JIT) Professor Mestre David Lima Bloco 03 19 Sistema JIT O sistema JIT é uma concepção abrangente de logística para a redução dos níveis de estoques de materiais, semiacabados e produtos acabados. WIENEKE, (2009, p. 117). 20 Sistema Just-in-time (JIT) Combate ao desperdício: atividades que consomem recursos e não agregam valor; Componente certo, no lugar certo e na hora certa; Resultados: estoques menores, custos mais baixos, melhor qualidade; Consequência: melhor retorno para o capital investido; 21 Elementos básicos de um sistema JIT Programa mestre: programa de montagem final com horizonte de um a três meses; Tempo de preparação: redução máxima do tempo de preparação das máquinas; Colaborador multifuncional: ênfase nas mudanças rápidas e menores lotes; Maior amplitude das habilidades dos colaboradores; Layout: estoque mantido no chão da fábrica; Qualidade: sistema projetado para expor os erros; Fornecedores: entregas frequentes; Melhoria contínua; 22 Etapas para Tratamento dos Gargalos Identifique o gargalo; Descubra como explorar ao máximo o gargalo; Todas as decisões devem estar subordinadas às decisões na etapa anterior Maximize o gargalo para que um nível mais alto de desempenho seja obtido Se o gargalo é eliminado, volte para a etapa 1. 23 Exemplificando JIT aquisição – as necessidades internas de matéria- prima, devem ser atendidas na medida para manter a eficiência do processo produtivo; JIT na produção – o atendimento do giro do processo de transformação deve ser alimentado sequencialmente, gerando outputs no numero e qualidade esperada; JIT distribuição – atendimento fiel aos clientes, buscando a satisfação em tempo (prazo), conformidade e velocidade (entrega dentro do prazo); Revisão da aula O planejamento da capacidade produtiva; Os sistemas apoiados por computador As contribuições do Sistema Just-in-time (JIT); 24 25 Referências ALVES FILHO, Alceu Gomes et al. Mário Otávio Batalha (coordenação). Gestão da produção e operações: abordagem integrada. São Paulo: Atlas, 2019. ANTUNES JUNIOR, José Antonio Valle (organizador); ALVAREZ, Roberto dos Reis; KLIPPEL, Marcelo; FAGUNDES ALVES, Pedro Henrique Bortolotto. Sistemas de Produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008. CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e normativas, volume I. 7. Ed. Barueri, SP: Monole, 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão da Produção: uma abordagem introdutória. 3.ed. Barueri, SP: Manole, 2014. COSTA, Ricardo Sarmento. JARDIM, Eduardo Galvão Moura. Gestão de Operações de Produção e Serviços. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2017. MARCOUSÉ, Ian; SURRIDGE, Malcom; GILLESPIE, Andrew; tradução Giovanna Matte; revisão técnica Leandro Morrilhas. 1.ed. Gestão de Operações. São Paulo: Saraiva, 2013. WIENEKE, Falko. Gestão da Produção: planejamento da produção e atendimento de pedidos. Tradução Ingeborg Sell. São Paulo: Editora Blucher, 2009. Administração da produção com um enfoque social Gestão da Produção e Operações 07 Graduação Professor Mestre David Lima Perspectiva social da produção Professor Mestre David Lima Bloco 01 Objetivos • Estudar a perspectiva social da produção, considerando as influencias do gerentes da produção e a empresa como sendo uma organização viva; • Compreender o “projeto de trabalho”, considerando o ambiente organizacional e suas contribuições para os recursos humanos; • Analisar a o ambiente da produção, considerando os direitos sociais dos colaboradores; 3 Introdução Dizer que os recursos humanos de uma organização são seu maior ativo soa como um clichê. Todavia, vale a pena lembrar-se da importância das capacitações, atitudes e cultura das pessoas que fazem parte da função produção. Afinal, é onde a maioria dos “recursos humanos” é encontrada. Segue que são os gerentes de produção que estão mais envolvidos em liderança, desenvolvimento e organização dos recursos humanos. SKACK (2018, p. 303). 4 Contribuições dos gerentes da produção Estratégia de recursos humanos é a abordagem global a longo prazo para assegurar que os recursos humanos de uma organização proporcionem vantagem estratégica. Envolve duas atividades inter-relacionadas. Primeiro, identificar o número e o tipo de pessoas que são necessárias para gerenciar, dirigir e desenvolver a organização de modo que atenda aos objetivos estratégicos do negócio. Segundo, colocar em ação os programas e as iniciativas que atraem, desenvolvem e retêm funcionários apropriados. 5 Estresse relacionado ao trabalho Para SLACK (2018): Os funcionários trabalham mais alegres, sua qualidade de vida no trabalho melhora e seu desempenho é melhor. Introduzir melhorias é mais fácil quando o estresse é gerenciado de modo eficaz. Relações de emprego: os problemas podem ser resolvidos mais facilmente. Os níveis de comparecimento aumentam e a incidência de doenças é reduzida. 6 7 Perspectivas sobre as organizações Organizações são máquinas – conjunto de recursos tangíveisdirecionadas para a produção; Organizações são organismos vivos – o comportamento organizacional é ditado pelas pessoas que integram-se na atividade empresarial; Organizações são cérebros – as pessoas lidam com informações complexas e tomam decisões e realizam planos; Organizações são culturas – conjuntos de crenças e valores compartilhados; Organizações são sistemas políticos – é um sistema com mesclas de formas de lideranças, focadas em resultados (lucro); Projeto de trabalho Bloco 02 8 Professor Mestre David Lima Ambiente de trabalho O projeto do trabalho diz respeito ao modo como estruturamos o trabalho de cada indivíduo, a equipe à qual pertence (se houver), seu local de trabalho e sua interface com a tecnologia que usa. Nesta seção, lidamos com o que geralmente se considera a responsabilidade central do gerente de produção relacionada a pessoas – projeto do trabalho. 9 Decisões do projeto do trabalho Alocar um tarefas para cada pessoas Elaborar o método para desempenhar cada tarefa Quantificar o tempo que levará e quantas pessoas serão necessárias para o processo produtivo Manter o comprometimento Disponibilizar tecnologias e meios para desenvolvimento e organização da produção Prover condições ambientais do local de trabalho 10 11 Alocação dos tempos de trabalho Segundo SLACK (2018) planejar quanto trabalho um processo pode desempenhar (sua capacidade); decidir quantos funcionários são necessários para concluir as tarefas; programar as tarefas individuais para pessoas específicas; balancear a alocação de trabalho nos processos; custear o conteúdo de mão de obra de um produto ou serviço; estimar a eficiência ou a produtividade dos funcionários e/ou dos processos; e calcular o pagamento de bônus (menos importante do que já foi há algum tempo). 12 Fique atento Técnicas de medição do trabalho: Síntese de dados elementares – comparativos de tempo e desempenho; Sistemas de tempos e movimentos predeterminados - comparativos de tempo e desempenho já definidos; Estimativa analítica - trabalha com estimativa para o desempenho e tempo e produtividade; Amostragem da atividade – analise da produtividade sobre máquina, processo ou trabalhadores; Direitos humanos no trabalho Professor Mestre David Lima Bloco 03 Direitos humanos Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente da sua raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, liberdade de opinião e expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre outros. ONU (2020). 14 Normas e direitos globais Trabalho infantil; Trabalho de presidiário/trabalho forçado; Práticas disciplinares; Horário de trabalho; Salários e benefícios; Liberdade de associação; Discriminação; Saúde e segurança; 15 Desempenho da produção em três níveis SLACK (2018, p. 42): O nível amplo, social, usando a ideia do “resultado triplo” (Social, financeiro e econômico = sustentabilidade); O nível estratégico de como uma operação pode contribuir para a estratégia geral da organização. O nível operacional, usando os cinco “objetivos de desempenho” da produção 16 17 Exemplificando Como avaliar seu desempenho social, financeiro, econômico? SLACK 2018, p. 42) 18 Responsabilidade social corporativa (RSC) “A RSC trata essencialmente de como a empresa leva em consideração seus impactos econômicos, sociais e ambientais no modo que opera – maximizando os benefícios e minimizando os aspectos negativos [...] Especificamente, vemos a RSC como as ações voluntárias que a empresa pode assumir, atendendo aos requisitos legais para conciliar seus interesses competitivos e os interesses da sociedade em geral” SLACK (2018, p. 43). 19 Respeito as relações étnicos raciais Segundo KOGA (2018, p. 5) relata que o trabalho é um elemento importante no processo de socialização e pertencimento, e levanta três variáveis importante para entendimento do preconceito que ainda existe, e a solução esta na equidade social, é preciso conscientização e ação pública para alcançarmos uma sociedade equilibrada. A divisão no trabalho ocorre com o seguintes pontos: a divisão racial, fundada nas relações sociais de raça; a divisão social fundada nas relações entre as classes; a divisão sexual, fundada nas relações de sexo; Revisão da aula A perspectiva social da produção; O “projeto de trabalho”; O ambiente da produção; 20 21 Referências ALVES FILHO, Alceu Gomes et al. Mário Otávio Batalha (coordenação). Gestão da produção e operações: abordagem integrada. São Paulo: Atlas, 2019. ANTUNES JUNIOR, José Antonio Valle (organizador); ALVAREZ, Roberto dos Reis; KLIPPEL, Marcelo; FAGUNDES ALVES, Pedro Henrique Bortolotto. Sistemas de Produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008. CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e normativas, volume I. 7. Ed. Barueri, SP: Monole, 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão da Produção: uma abordagem introdutória. 3.ed. Barueri, SP: Manole, 2014. COSTA, Ricardo Sarmento. JARDIM, Eduardo Galvão Moura. Gestão de Operações de Produção e Serviços. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2017. KOGA, Dirce; SANT’ANA, Raquel Santos; MARTINELLI, Maria Lúcia. Questão étnico-racial: desigualdades, lutas e resistência. Serviço Social & Sociedade, n. 133, p. 399-405, 2018. MARCOUSÉ, Ian; SURRIDGE, Malcom; GILLESPIE, Andrew; tradução Giovanna Matte; revisão técnica Leandro Morrilhas. 1.ed. Gestão de Operações. São Paulo: Saraiva, 2013. WIENEKE, Falko. Gestão da Produção: planejamento da produção e atendimento de pedidos. Tradução Ingeborg Sell. São Paulo: Editora Blucher, 2009. SLACK, Nigel. Administração da produção / Nigel Slack, Alistair Brandon-Jones, Robert Johnston ; tradução Daniel Vieira. - 8 ed. - São Paulo : Atlas, 2018. A administração da produção com um enfoque na gestão ambiental Gestão da Produção e Operações 08 Graduação Professor Mestre David Lima Gestão Ambiental dos processos produtivos Professor Mestre David Lima Bloco 01 Objetivos • Compreender a administração da produção com foco na gestão ambiental • Estudar a sustentabilidade na realização das operações; • Analisar as práticas verdes, realizadas pelas empresas; 3 Introdução Para a construção de uma casa, é necessário o mapeamento de varias atividades a serem organizadas e desempenhadas. O projeto base da cada passará por ajustes durante a lapidação da ideia inicial, vários profissionais da área irão ajudar neste processo de construção do projeto, que será um diferencial por ser sustentável. Na produção segue-se o mesmo caminho para o desenvolvimento e e gerenciamento de novos produtos, e considerando que os produtos sejam sustentável, todas as iniciativas devem levar em consideração o menor impacto possível ao meio ambiente. • Gestão ambiental – tem por objetivo a conversação dos recursos naturais, sendo matéria-prima, energia, eliminação de perdas e redução de retrabalhos etc. Fazer sempre limpo! Pode-se chamar a Gestão Ambiental de “Produção mais limpa” 4 Projetos ecológicos Segundo ROCHA (2016, p. 61, 62); Todo o processo de produção é sujo, de uma maneira ou de outra. Ou seja, todo o esforço para se produzir ou oferecer um produto agride o meio am-biente de alguma forma, em maior ou menor grau. É muito importante que se pense quais são os principais pontos críticos que podem ser observados na hora de projetar um produto. O ideal é você considerar o seguinte Fonte dos materiais; Quantidade e tipo de rejeitos; O descarte do produto; Fonte de energia utilizada; Ciclo de vida do produto; 5 Requisitos do projeto Embalagem – reciclável; Ergonomia do produto – funcionalidades; Custos – operacionais e externos; Requisitos da demanda – cores – forma – informações do produto – logotipo;Tecnologia e legislação – processo de fabricação e licenças; Meio ambiente sustentável; 6 Sustentabilidade na produção Bloco 02 7 Professor Mestre David Lima Sustentabilidade ambiental Sustentabilidade ambiental (conforme o Banco Mundial) significa “assegurar que a produtividade global do capital humano e físico acumulado, resultante de ações de desenvolvimento, mais do que compensa a perda direta ou indireta ou a degradação do meio ambiente”. SLACK (2018, p. 46) 8 A administração da operação afeta a sustentabilidade ambiental Nas abordagens de SLACK (2018, p. 29), aponta possíveis erros que podem vir a afetar a sustentabilidade ambiental, a exemplo: Erro no projeto do processo; Consumo elevado de energia; Falta de qualificação da mão de obra; Retrabalho e perdas materiais; Descarte incorreto; Se o processo desperdiça “embalagens por exemplo”, estará afetando a sustentabilidade ambiental. O processo sustentável deve satisfazer as necessidades de materiais atuais e prover meios para que as gerações futuras também possam obter os materiais para seus processos produtivos ”Sustentabilidade é gerar continuidade’ 9 Sustentabilidade ambiental A sustentabilidade tem relação direta com o “Processo de desenvolvimento de produtos”. Para SLACK (2018, p. 164); “As práticas sustentáveis devem ser direcionadas para a redução dos impactos do ciclo de vida, desde a extração da matéria-prima até a disposição final dos produtos. O objetivo é a economia de matéria-prima e energia, eliminação de materiais tóxicos, redução das quantidades e toxicidades dos resíduos e emissões de gases”. 10 Sustentabilidade x Marketing Para SLACK (2018, p. 169); Com o crescimento das preocupações com o meio ambiente o pós-desenvolvimento tornou-se ainda mais importante. A definição do ciclo de vida dos produtos que ocorre nessa fase afeta diretamente o meio ambiente. Observa-se atualmente uma redução do ciclo de vida dos produtos, procedimento que atende ao marketing, mas caminha na direção oposta da sustentabilidade ambiental. 11 O grande entrave: projeto informacional A informação se constitui na principal matéria-prima utilizada no processo de desenvolvimento de produtos. No Projeto Informacional os requisitos dos clientes são transformados em requisitos do projeto, identificando as especificações funcionais e estéticas requeridas pelo mercado, incorporando-as ao produto em desenvolvimento. É essencial identificar os principais atributos para o produto ser aceito, já que existe à disposição dos consumidores, grande quantidade de alternativas mais baratas em praticamente todas as categorias. 12 Práticas verdes Professor Mestre David Lima Bloco 03 14 Práticas internas da gestão da cadeia verde • Para ALVES FILHO (2019, p. 539): 15 Preocupação com o meio ambiente A preocupação ambiental representa um requisito muito importante. Produtos que atendam aos parâmetros ambientais podem se constituir em uma ferramenta mercadológica. No entanto, o consumidor brasileiro não desenvolveu o hábito de rejeitar produtos ambientalmente incorretos. O preço e a falta de informações impedem que uma consciência ambiental se instale mais rapidamente e se torne um fator decisivo na compra. O PDP (processo de desenvolvimento de produto) busca reduzir o consumo de água, de energia, utilização de matéria-prima e emissão de substâncias tóxicas durante o processo de fabricação e o uso do produto. 16 Planejamentos de leiautes Planejamentos de leiautes estão sujeitos a muitas restrições. Primeiro, dependem da disposição e de características estruturais das edificações existentes, por exemplo, número de andares, capacidade de carga das lajes, paredes e pilares. Também há de se considerar restrições de ordem legal e os requisitos de segurança do trabalho, de manuseio de substâncias perigosas e de proteção ambiental. WIENEKE (2009, p. 100). 17 Responsabilidade Ambiental dos gerentes de produção Os gerentes de produção não podem evitar a responsabilidade pelo desempenho ambiental. Frequentemente, está nas falhas operacionais a origem dos desastres da poluição e as decisões operacionais (como projeto do produto) que impactam os problemas ambientais em mais longo prazo. SLACK (2018, p. 46): Reciclagem de materiais, consumo de energia, geração de resíduos. Redução de energia relacionada ao transporte. Poluição sonora, fumaça e emissão de gases poluentes. Obsolescência e desperdício. Impacto ambiental das falhas do processo. Plano de recuperação para minimizar o impacto das falhas. 18 A inovação em design A inovação em design também pode se concentrar na dimensão ambiental da sustentabilidade. Examinar criticamente os componentes dos produtos para uma mudança de materiais no projeto pode reduzir significativamente seu impacto ambiental. Alguns exemplos são o uso de algodão orgânico ou bambu em roupas; madeira ou papel de reflorestamento utilizados em mobiliário de jardim, artigos de papelaria e pisos; materiais reciclados para sacos de transporte; e tinturas naturais para roupas, cortinas e estofados. Outras inovações podem estar mais focadas na etapa de uso de uma oferta. SLACK (2018, p. 130). 19 Objetivo do projeto de processos Para SLACK (2018, p. 203), O objetivo principal de projeto de processos é assegurar que o desempenho do processo seja apropriado ao que se esteja tentando alcançar. Por exemplo, se uma operação competisse principalmente em sua habilidade de responder rapidamente às solicitações dos clientes, seus processos precisariam ser projetados para oferecer tempos curtos de produção. Isso minimizaria o tempo entre a solicitação pelo cliente de um produto ou serviço e seu recebimento. Menor impacto ambiental e social negativo. 20 Proteção Ambiental Devidos as questões de proteção ambiente, o setor de desenvolvimento de produtos, deve buscar o cenário “verde” (sustentabilidade) no encontro de: Fonte de inputs; Fontes renováveis; Fornecedores sustentáveis; O ciclo de vida do produto; O final do ciclo de vida do projeto; 21 Fique Atento • Os 3Rs • Reduzir – o consumo exagerado; • Reutilizar – os processos, os recursos; • Reciclar – os descartes, o lixo; Revisão da aula • A administração da produção com foco na gestão ambiental; • A sustentabilidade na realização das operações; • As práticas verdes, realizadas pelas empresas; 22 23 Referências ALVES FILHO, Alceu Gomes et al. Mário Otávio Batalha (coordenação). Gestão da produção e operações: abordagem integrada. São Paulo: Atlas, 2019. ANTUNES JUNIOR, José Antonio Valle (organizador); ALVAREZ, Roberto dos Reis; KLIPPEL, Marcelo; FAGUNDES ALVES, Pedro Henrique Bortolotto. Sistemas de Produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008. CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e normativas, volume I. 7. Ed. Barueri, SP: Monole, 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão da Produção: uma abordagem introdutória. 3.ed. Barueri, SP: Manole, 2014. COSTA, Ricardo Sarmento. JARDIM, Eduardo Galvão Moura. Gestão de Operações de Produção e Serviços. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2017. KOGA, Dirce; SANT’ANA, Raquel Santos; MARTINELLI, Maria Lúcia. Questão étnico-racial: desigualdades, lutas e resistência. Serviço Social & Sociedade, n. 133, p. 399-405, 2018. MARCOUSÉ, Ian; SURRIDGE, Malcom; GILLESPIE, Andrew; tradução Giovanna Matte; revisão técnica Leandro Morrilhas. 1.ed. Gestão de Operações. São Paulo: Saraiva, 2013. WIENEKE, Falko. Gestão da Produção: planejamento da produção e atendimento de pedidos. Tradução Ingeborg Sell. São Paulo: Editora Blucher, 2009. SLACK, Nigel. Administração da produção / Nigel Slack, Alistair Brandon-Jones, Robert Johnston ; tradução Daniel Vieira. - 8 ed. - São Paulo : Atlas, 2018.