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metodologia do projeto II

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47
METODOLOGIA DO PROJETO
Unidade II
5 PROJETO DE PESQUISA
Conforme visto anteriormente, a ciência pode ser considerada um processo de investigação que 
se interessa em descobrir a relação existente entre os aspectos que envolvem os fatos, situações, 
acontecimentos, fenômenos ou coisas, por meio de métodos científicos rigorosos. Para que se tenha um 
pleno desenvolvimento da atividade de fazer pesquisa, é preciso que se tenha um planejamento, que é 
detalhado no projeto.
Embora se tenha a ideia, de forma clara, de qual deva ser a estrutura de 
um projeto, ou seja, que conteúdos cada parte deva conter, o comum é 
esperar que sua escrita se dê de forma linear: escreve‑se a problematização 
e as perguntas; definem‑se os objetivos; desenvolve‑se a fundamentação 
teórica; descrevem‑se os métodos; traçam‑se os contornos operacionais, 
computando‑se os recursos materiais e de tempo; perfilam‑se as referências 
bibliográficas; e por fim, atendem‑se às considerações éticas. Mas é forçoso 
reconhecer que tais partes vão compor um todo organizado, vão constituir 
um sistema complexo, “um tecer juntos”. Isso significa dizer que as partes 
vão guardar, entre si, relações de interdependência e de interdefinibilidade, 
características constitutivas desse tipo de sistema (GARCIA, 1994). 
Os objetivos deverão ser redefinidos em função de aspectos operacionais. 
O problematizar de uma determinada questão pode ser redimensionado 
com a compreensão que o fundamento teórico venha a revelar na medida 
em que é elaborado. O mesmo se pode dizer em relação aos métodos que 
vão sendo escolhidos em função dos objetivos, cujo alcance vai depender 
dos recursos disponíveis. Assim, devemos reconhecer que a construção de 
um projeto de pesquisa não é um processo linear; por conseguinte, o ato 
de escrever também não o será, pois é reflexo do próprio processo de 
cognição (PONTES et al., 2005, p. 441). 
Assim, embora apresentemos algumas etapas de forma sequencial para a criação do projeto de 
pesquisa, o estudante deve ter em mente que nem sempre essa atividade é linear. Um projeto de pesquisa 
requer do pesquisador (e de sua equipe, quando essa existir) uma dedicação ímpar, para que sejam 
alcançados os resultados esperados. E muitas vezes, os caminhos para atingir esse fim serão trocados, 
replanejados e refeitos. 
De qualquer forma, para fins explicativos, e visando obter um maior aproveitamento, apresentaremos 
uma série de etapas sequenciais que estão presentes em todo projeto de pesquisa:
48
Unidade II
São elementos pré‑textuais:
• capa;
• folha de rosto;
• dedicatória (opcional);
• resumo;
• listas;
• sumário.
São elementos textuais:
• introdução;
• hipóteses;
• objetivos;
• justificativa;
• revisão da literatura/referencial teórico;
• procedimentos metodológicos/metodologia;
• cronograma. 
São elementos pós‑textuais:
• referências bibliográficas;
• apêndices (opcional);
• anexos (opcional).
 Observação
Por se tratar de uma disciplina de metodologia do projeto de pesquisa, 
os elementos elencados acima são aqueles que devem estar inseridos em 
um projeto de pesquisa. Nota‑se, portanto, que não existe conclusão, 
já que esta só aparece após a pesquisa ser finalizada.
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METODOLOGIA DO PROJETO
5.1 Pensando na pesquisa
Para pensar e organizar o projeto de pesquisa seguindo os requisitos apresentados anteriormente, o 
primeiro passo é escolher o tema que será abordado. 
5.1.1 Tema
É aconselhável que o tema selecionado reflita o ambiente do pesquisador – a empatia entre tema 
e indivíduo que vai desenvolvê‑lo é primordial para a qualidade da pesquisa. Conforme Mattar Neto 
(2005, p. 143 apud CORDEIRO; MOLINA; DIAS, 2014, p. 134), “a escolha do tema é um dos primeiros 
desafios com que o aluno se depara no desenvolvimento do seu trabalho”. 
Para Cordeiro, Molina e Dias (2014, p. 134), existem dois fatores principais que interferem na escolha 
de um tema para o trabalho de pesquisa: 
• Fatores internos:
– Afinidade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal.
– Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa.
– Limites da capacidade do pesquisador com relação ao tema pretendido.
• Fatores externos:
– Significação do tema escolhido, sua originalidade, suas potencialidades e seus valores 
acadêmicos e sociais.
– Limite de tempo disponível para a realização do trabalho.
– Material de consulta e dados necessários ao pesquisador.
5.1.2 Delimitação do tema
Após o tema ser escolhido, ele precisa ser delimitado. A delimitação representa a especificação de 
uma parte no todo, e deve estabelecer os limites extensionais e conceituais do tema. Demo (2000, p. 13) 
afirma que “quanto mais algo está definido entre limites, mais claro se torna”. 
Delimitar o assunto significa selecionar um tópico ou a parte dele que mais desperta o interesse do 
pesquisador, como também da comunidade acadêmica e profissional, indicando assim sob qual ponto 
de vista o assunto será focalizado. 
Para ajudar nesta etapa, podemos estabelecer alguns critérios para a delimitação. Veja a seguir:
50
Unidade II
• Espaço: delimitar o locus da observação, ou seja, o local onde o fenômeno em estudo 
ocorre. Um estudo que trate da violência urbana, por exemplo, pode comportar diversos 
recortes espaciais (um município, uma área metropolitana, uma região etc.). Certo é que o 
parâmetro espacial escolhido implicará no resultado dos dados obtidos e nas conclusões 
do estudo.
• Tempo: o período em que o fenômeno a ser estudado será circunscrito. Podemos definir 
a realização da pesquisa situando nosso objeto no tempo presente, ou recuar no tempo, 
procurando evidenciar a série histórica de um determinado fenômeno. Uma investigação 
sobre microempresas, por exemplo, pode situar‑se no momento corrente, durante um 
período abrangido por um determinado plano econômico (Real ou Cruzado, por exemplo) 
ou ainda nos últimos 10 ou 15 anos. Tudo depende, é claro, do objetivo do pesquisador ao 
elaborar o recorte.
• População/público‑alvo: definição de quem será objeto da pesquisa. Este quem pode se referir 
a um conjunto de empresas, a pacientes sob determinado procedimento clínico ou a sujeitos que 
serão indagados acerca de seus comportamentos ou visão de mundo (exemplo, os praticantes 
de uma determinada religião). A população do estudo dependerá, obviamente, da área de 
conhecimento na qual ele se insere e do propósito de cada pesquisa.
Sobre a seleção do assunto e delimitação do tema:
• Selecionar um assunto:
– Afinidade do pesquisador.
– Obtenção de experiência durável e de valor.
– Importância teórica ou prática.
– Adequação à qualificação do pesquisador.
– Existência de bibliografia suficiente e disponível.
– Compatibilidade com os recursos do pesquisador.
• Delimitar extensão e compreensão:
– Fixar extensão, determinando circunstâncias delimitadoras.
– Definir termos e conceitos.
– Definir critérios de espaço, tempo e população/público‑alvo.
51
METODOLOGIA DO PROJETO
• Localizar o assunto:
– Definir o enfoque da investigação (histórico, estatístico, sociológico etc.).
Com a delimitação adequada do tema, passamos a ter nosso objeto de estudo, que é exatamente 
a parte da realidade que vamos pesquisar. Definido isso, é necessário levantar e analisar a literatura já 
publicada sobre o tema. 
5.1.3 Levantamento e análise da literatura
Nessa fase, devemos responder às seguintes questões: quem já escreveu e o que já foi 
publicado sobre o assunto, que aspectos já foram abordados, quais as lacunas existentes na 
literatura. É sobre essas lacunas que o pesquisador deve refletir e então tirar a pergunta que 
permeará sua pesquisa.
Assim, a revisão da literatura pode ser vista como o momento em que você situa seu trabalho, pois, 
ao citar uma série de estudos prévios que servirão como ponto de partida para sua pesquisa, você irá 
“afunilando” sua discussão.
De acordo com Prodanov e Freitas (2013, p. 79), a revisão de literatura serve para:
• Reconhecer e dar crédito à criação intelectualde outros autores – é uma questão de 
ética acadêmica.
• Indicar que o pesquisador se qualifica como membro de determinada cultura disciplinar, através 
da familiaridade com a produção de conhecimento prévio na área.
• Abrir um espaço para evidenciar que seu campo de conhecimento já está estabelecido, mas pode 
e deve receber novas pesquisas.
• Emprestar ao texto uma voz de autoridade intelectual.
É nesse momento, de revisão de literatura, que você, pesquisador, reporta e avalia o 
conhecimento produzido em pesquisas prévias, destacando conceitos, procedimentos, resultados, 
discussões e conclusões relevantes para seu trabalho. Além disso, se precavê de não pesquisar 
algo que já foi pesquisado.
Nessa parte do trabalho, você discutirá as questões relacionadas ao estado da arte da área em que 
sua pesquisa se insere.
Dessa leitura inicial, você perceberá que existem discussões que ainda não foram resolvidas. É desse 
ponto que sairá a pergunta da sua pesquisa.
52
Unidade II
5.1.4 A pergunta da pesquisa
Toda pesquisa tem início com algum tipo de problema, ou seja, alguma coisa que se tenha vontade 
de solucionar ou contribuir para sua solução, ou apenas compreender por que acontece. Esse problema 
nada mais é que uma pergunta que irá nortear toda a pesquisa.
Ao encontrar um problema no tema, que poderá nortear sua pesquisa, o pesquisador deve ter em mente:
• O problema pode ser resolvido por meio de pesquisa científica?
• O problema é suficientemente relevante?
• A pesquisa é factível?
• Tenho competência e tempo para planejar e executar tal estudo?
• Os dados que a pesquisa exige podem ser obtidos?
• Existem recursos financeiros para a realização da pesquisa?
Após refletir sobre as questões apresentadas, deve‑se formular a pergunta da pesquisa. 
Exemplo de aplicação
Veja a seguir um exemplo de problema transformado em pergunta:
A) Os jardins verticais do Elevado João Goulart na cidade de São Paulo não têm seus criadores/
mantenedores divulgados para a população. 
B) Por que os jardins verticais do Elevado João Goulart na cidade de São Paulo não têm seus criadores/
mantenedores divulgados para a população? 
Como foi possível observar, o problema da investigação gerou a pergunta de pesquisa. Ao formular as perguntas, 
segundo Ferman e Levin (1979 apud PEROVANO, 2016), é preciso tomar o cuidado de não deixá‑las muito abertas 
ou demasiadamente amplas. Para isso, deve‑se fazer as delimitações, que criarão as variáveis do trabalho. Essas 
variáveis devem estar esclarecidas de forma objetiva, para que se obtenha uma melhor relação entre elas. 
Perguntas mal formuladas podem conduzir a sérios desvios metodológicos. Antes de definir uma 
pergunta, procure responder:
• A linguagem está clara?
• A pergunta é relevante?
53
METODOLOGIA DO PROJETO
• A pergunta é realística?
• O assunto é amplo ou limitado?
 Lembrete
Todo problema de pesquisa deve ser formulado em forma de pergunta.
5.1.5 Hipótese
As hipóteses de pesquisa servem como orientação para um estudo científico. São as suposições que 
o pesquisador faz na tentativa de explicar o que desconhece e o que pretende demonstrar, testando 
variáveis que poderão legitimar ou não o descoberto. Essas suposições devem ser provisórias, já que 
podem ser testadas para ter sua validade confirmada. 
Segundo Prodanov e Freitas (2013), um mesmo problema pode ter várias hipóteses, que são soluções 
possíveis para a sua resolução. Além disso, à medida que verificarmos uma hipótese e não pudermos 
comprová‑la, isto é, a explicação não se ajustar ao problema, automaticamente poderemos criar outra, 
agora com maior grau de informação do que antes.
De acordo com Sapsford (2006 apud PEROVANO, 2016), as hipóteses são proposições sobre a relação 
entre duas ou mais variáveis, baseadas no conhecimento sistematizado e organizado, que poderão ou 
não ser comprovadas. Ou seja: nem todas as hipóteses previstas são confirmadas.
As hipóteses que forem comprovadas recebem o nome de corroboradas; as descartadas são chamadas 
de refutadas, como no exemplo a seguir:
• Hipótese corroborada: a empresa que financiou o jardim vertical do Elevado João Goulart, 
na cidade de São Paulo, não é divulgada, já que o fez a partir de um acerto de compensação 
ambiental com a prefeitura da cidade.
• Hipótese refutada: a empresa que financiou o jardim vertical do Elevado João Goulart, na cidade 
de São Paulo, não é divulgada, já que suas ações ambientais não visam ao marketing, mas buscam, 
de fato, ajudar na construção de uma cidade mais verde.
O texto das hipóteses deve apresentar termos de relação que unam as variáveis, como produz, então, 
já que, resulta, é diretamente proporcional etc. Observe que, no exemplo citado, o termo usado foi já que.
 Observação
Hipóteses não são perguntas, mas sim afirmações.
54
Unidade II
Para cada pergunta de pesquisa, podem ser criadas uma ou mais hipóteses – mas cuidado: cada 
hipótese criada deve ser testada e, assim, corroborada ou refutada. Em trabalhos com pouco tempo de 
execução, como uma monografia, o tempo pode ser um impedimento para a criação de muitas hipóteses.
Como a hipótese deriva da pergunta, é preciso vincular a literatura relacionada ao objeto. Esse 
processo leva o pesquisador a consultar amplamente a bibliografia, assim como os antecedentes de 
pesquisas, as teorias, as generalizações empíricas, as reportagens e outras fontes possíveis, as quais irão 
auxiliar no aperfeiçoamento da pergunta e na elaboração da hipótese.
5.1.6 Objetivos: geral e específicos
Os objetivos da pesquisa indicam o que o investigador pretende com a investigação. Para que ele 
possa determinar os objetivos, é preciso que já tenha o problema delineado e a pergunta delimitada. 
A definição do objetivo de estudo pode ser caracterizada como um desdobramento da pergunta 
básica do estudo, ou seja, os itens que serão pesquisados para solucionar o problema de pesquisa. 
Devemos extrair os referidos objetos de pesquisa da própria questão central do estudo: com o problema 
formulado, podemos verificar o direcionamento da pesquisa por meio dos objetos de estudo levantados 
a partir do desdobramento da questão delimitada como problema de pesquisa.
É nesse momento que definimos o tipo e a natureza do trabalho, os métodos a serem empregados, 
as obras e os documentos a serem estudados. É de suma importância que o objetivo do trabalho possa 
ser atingido. Para isso, o pesquisador deve levar em consideração: tempo, capacidade do pesquisador 
e financiamento.
Os objetivos se constituem em declarações claras e explícitas do “para que desejamos estudar o 
fenômeno ou assunto”, ou seja, o que pretendemos alcançar com a realização da pesquisa. Seu texto 
deve ser curto, direto e sucinto. Deve conter definições por verbos no infinitivo, como diagnosticar, 
verificar, observar, analisar, examinar, identificar, distinguir, constatar, comprovar, comparar, entre outros.
Como exemplos de verbos usados na formulação dos objetivos, podemos citar os seguintes, 
que visam:
• Determinar estágio cognitivo de conhecimento: apontar, arrolar, definir, enunciar, inscrever, 
registrar, relatar, repetir, sublinhar e nomear.
• Determinar estágio cognitivo de compreensão: descrever, discutir, esclarecer, examinar, 
explicar, expressar, identificar, localizar, traduzir e transcrever.
• Determinar estágio cognitivo de aplicação: aplicar, demonstrar, empregar, ilustrar, interpretar, 
inventariar, manipular, praticar, traçar e usar.
• Determinar estágio cognitivo de análise: analisar, classificar, comparar, constatar, criticar, 
debater, diferenciar, distinguir, examinar, provar, investigar e experimentar.
55
METODOLOGIA DO PROJETO
• Determinar estágio cognitivo de síntese: articular, compor, constituir, coordenar, reunir, 
organizar e esquematizar.
• Determinar estágio cognitivo de avaliação: apreciar, avaliar, eliminar, escolher, estimar, julgar, 
preferir, selecionar, validar e valorizar.
Os enunciados dos objetivos devem começar com um verbo noinfinitivo, e esse verbo deve indicar 
uma ação possível de mensuração.
Com base na pergunta de pesquisa, o pesquisador cria o objetivo geral.
Objetivo geral
O objetivo geral está ligado a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona‑se com o conteúdo 
intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das ideias estudadas. Vincula‑se diretamente à própria 
significação da tese proposta pelo projeto. Deve ser claro, preciso e possível de ser atingido. Exemplo de 
objetivo geral: investigar o motivo pelo qual a empresa que financia o jardim vertical do Elevado João 
Goulart, na cidade de São Paulo, não tem seu nome divulgado para a população.
Objetivos específicos
O objetivo geral muitas vezes é complexo e amplo. Assim, para realizar o estudo, é preciso detalhá‑lo 
em partes menores, tanto quanto for possível. Esse detalhamento tem o nome de objetivos específicos.
Para detalhar o objetivo geral e desdobrá‑lo em objetivos específicos, pense nos seguintes tópicos e 
faça esboços desse raciocínio em um papel:
• Lembre‑se que o objetivo geral é mais amplo e pode ser subdividido em partes.
• De quais informações você precisa para alcançar esse objetivo?
• Verifique se é possível subdividir o objetivo geral em objetivos menores e menos complexos.
O objetivo específico é um detalhamento do objetivo geral. Quando reunimos todos os objetivos 
específicos, devemos chegar ao objetivo geral da pesquisa, e não em outro objetivo, um novo. 
Exemplo 1
• Objetivo geral: analisar os acidentes dentro de uma fábrica para estabelecer políticas de prevenção.
• Objetivos específicos: identificar qual o tipo de acidente que mais ocorre na fábrica; reconhecer 
onde ele ocorre (em que posto, em que função); distinguir quais as possíveis causas desses 
acidentes; verificar se a carga de trabalho influencia na ocorrência de acidentes; averiguar a 
associação entre tipo de atividade e tipo de acidente.
56
Unidade II
Exemplo 2
• Objetivo geral: avaliar diversos métodos de melhoria de processo.
• Objetivos específicos: identificar e aplicar indicadores de qualidade no processo; comparar indicadores.
É importante que os objetivos sejam claramente estabelecidos, a fim de que as fases posteriores da 
pesquisa se processem de maneira satisfatória. 
Quadro 6 
Objetivos
Relacionam‑se com a visão global do tema (objetivo geral) e com os procedimentos práticos 
(objetivos específicos).
Indicam o que pretendemos conhecer, ou medir, ou provar no decorrer da pesquisa, ou seja, 
as metas que desejamos alcançar.
A formulação dos objetivos fica mais precisa ao utilizarmos um verbo no infinitivo, o qual 
descreva a ação. Assim, eliminamos interpretações vagas ou ambíguas.
Geral
Remete à conclusão do trabalho da pesquisa.
Caracteriza‑se por apresentar enunciado mais amplo, que expressa uma filosofia de ação.
Deve ser buscado a partir do título/da delimitação e/ou conclusão. Exemplos: compreender, 
conhecer, desenvolver etc.
Específicos
São simples e concretos, nos permitem alcançar o objetivo geral.
Devem ser buscados na estrutura do trabalho (capítulos). Exemplos: classificar, comparar, 
conceituar, caracterizar, formular, enunciar, diferenciar etc.
5.1.7 Justificativa
Nessa etapa, refletimos sobre o porquê da realização da pesquisa, procurando identificar as razões 
da preferência pelo tema escolhido e sua importância em relação a outros temas. Perguntamos: o tema 
é relevante e, se é, por quê? Quais os pontos positivos que percebemos na abordagem proposta? Que 
vantagens e benefícios pressupomos que a pesquisa irá proporcionar? A justificativa deverá convencer 
quem for ler o projeto, com relação à importância e à relevância da pesquisa proposta.
A justificativa, em um projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que o trabalho 
de pesquisa é fundamental de ser efetivado. Seu propósito é explicar o objeto de pesquisa a ser estudado e situar 
sua importância com a argumentação sobre o contexto e o cenário em que se dará a coleta de dados. 
Por exemplo, se o estudo foi realizado no centro tecnológico de uma indústria, o pesquisador justificará 
sua pesquisa de acordo com os interesses da investigação, e não apenas do autor da investigação cientifica.
De acordo com Miller (2002 apud PEROVANO, 2016), é necessário verificar o valor potencial da 
pesquisa e determinar sua relevância para o avanço da ciência, de comunidades, de organizações ou 
da sociedade. O quadro a seguir apresenta os critérios envolvidos e sua correspondência com algumas 
perguntas relacionadas ao objeto de pesquisa:
57
METODOLOGIA DO PROJETO
Quadro 7 – Perguntas relacionadas ao objeto de pesquisa
Critério Questão
Conveniência Para que serve a pesquisa?
Relevância social
Quem será beneficiado pelos resultados?
De que modo?
Qual será o alcance social?
Implicações práticas Ajudará a resolver algum problema real?
Valor teórico
Contribuirá para o desenvolvimento teórico?
Os resultados poderão ser generalizados?
Com base nos resultados, o que se espera saber que não se conhecia antes da pesquisa?
Poderão surgir recomendações ou hipóteses alternativas para estudos futuros?
Utilidade metodológica
Podem ser criados novos instrumentos ou métodos de pesquisa?
Ajudará a definir um conceito, ambiente ou variáveis?
Será possível mesclar os enfoques qualitativo e quantitativo para enriquecer a análise e 
a discussão dos dados de pesquisa? 
Adaptado de: Perovano (2016).
5.1.8 Referencial teórico 
Também conhecido como fundamentação teórica, ou revisão da literatura, o referencial teórico é 
a parte do planejamento do projeto que apresenta o desenvolvimento de um texto sobre o tema, com 
base nos principais autores consultados. Essa parte do projeto de pesquisa é importante na medida em 
que o pesquisador demonstra que sabe “em que pé estão” as discussões acerca do tema a ser trabalhado, 
bem como quem são os autores reconhecidos ou as “referências” no assunto. 
Além disso, segundo Casarin e Casarin (2012), é preciso buscar na literatura especializada o que já foi feito 
para solucionar o problema pesquisado e os motivos que levam a não solucioná‑lo. Com esse procedimento, 
evitam‑se a duplicação de pesquisas e o investimento (tempo e dinheiro) em áreas já pesquisadas e 
solucionadas, bem como a escolha de temas que demandem investimentos excessivamente elevados. 
Para Costa e Costa (2015, p. 34), nesta fase, o pesquisador deverá responder às seguintes perguntas:
• Quem já escreveu e o que já foi publicado sobre o assunto?
• Quais aspectos já foram abordados?
• Quais as lacunas existentes na literatura?
Para Costa e Costa (2015, p. 34), a revisão de literatura:
• Amplia e refina o conhecimento existente.
58
Unidade II
• Ajuda a definir e classificar as questões de pesquisa.
• Permite a identificação de lacunas e de áreas pouco exploradas.
• Ajuda a esclarecer aspectos teóricos, metodológicos e analíticos.
• Permite a identificação de debates atuais e controvérsias.
Existem diversas fontes que podem oferecer informações e dados para a elaboração desta etapa, 
de referencial teórico. São elas:
• artigos de periódicos científicos; 
• livros;
• artigos publicados em anais de congressos;
• teses e dissertações. 
O aluno pode utilizar artigos publicados em periódicos científicos conceituados, de preferência da 
própria área do programa, e recentes (sugere‑se com até 5 anos, com exceção dos clássicos). Teses e 
dissertações da área, concluídas em instituições de ensino reconhecidas, podem ser consultadas.
 Observação
Jornais e revistas não indexados não são fontes confiáveis de pesquisa, 
já que, normalmente, estão embutidos de opiniões. Salientamos, novamente, 
o cuidado com o uso de material retirado da internet para incluir nos 
referenciais teóricos.
De acordo com Cordeiro, Molina e Dias (2014), o primeiro passo para o desenvolvimento 
desse item é a escolha das fontes de informação. Em seguida, procede‑se às leituras. Nesta etapa, 
é indicado que o pesquisador faça fichamentos dostextos lidos, para que mais tarde possam 
ser transformados em citações diretas ou indiretas (que serão explicadas posteriormente neste 
livro). Esses fichamentos devem propiciar a construção de um texto contendo as principais ideias, 
experiências, discussões e posicionamentos acerca do tema pesquisado.
Ainda nesta etapa, o pesquisador precisa definir com qual linha teórica e com quais autores o trabalho 
está de acordo, a fim de evitar contradições. Também é neste item que o pesquisador deve apresentar 
os conceitos básicos dos temas e assuntos que serão abordados no projeto. Por exemplo, se o projeto irá 
tratar da construção e manutenção de jardins verticais na cidade de São Paulo, deve‑se apresentar, nos 
referenciais teóricos, os autores que serão utilizados para entender e conceituar os jardins verticais; como 
é vista a questão de criar e manter tais jardins; os jardins que existem nas cidades; entre outros aspectos.
59
METODOLOGIA DO PROJETO
5.1.9 Metodologia
Esta é a etapa na qual o pesquisador descreve como a pesquisa deve ser realizada, tanto a parte 
teórica quanto a parte de campo (se houver). Nessa etapa, definimos o local onde a pesquisa será 
realizada, bem como o tipo de pesquisa a ser desenvolvido, sua população (universo da pesquisa), sua 
amostragem, os instrumentos de coleta de dados e a forma como pretendemos tabular e analisar seus 
dados (LAKATOS; MARCONI, 2010, p. 221).
Imaginemos uma possível pesquisa científica que tenha como pergunta: “Quais os requisitos mais 
cobrados pelo mercado de trabalho brasileiro para um recém‑formado no curso de Design de Interiores?”. 
Para que chegue a uma conclusão ou uma resposta a essa pergunta no âmbito acadêmico, seu autor 
(pesquisador) deve pensar como coletar os dados; quais instrumentos utilizará; onde coletará; quais os 
custos para coletar os dados. A reflexão sobre essas perguntas, bem como seu detalhamento, fornecerá 
o item metodologia, ou material e métodos do trabalho acadêmico.
No projeto de pesquisa, a seção da metodologia é redigida com linguagem, essencialmente, no futuro, 
pois inclui a explicação de todos os procedimentos que se supõem necessários para a execução da pesquisa, 
entre os quais se destacam: o método, ou seja, a explicação da opção pela metodologia e do delineamento 
do estudo, a amostra, os procedimentos para a coleta de dados, bem como o plano para a análise de dados.
Exemplo de aplicação
Exemplo de texto para o item metodologia:
Este estudo tem como base uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa de campo que visam alcançar 
os objetivos que foram propostos. 
Inicialmente, será feita uma revisão bibliográfica para descrever teorias que abordam a criação e implantação 
de jardins verticais em grandes metrópoles. A pesquisa bibliográfica será feita mediante uma leitura sistemática, 
com fichamento de cada obra, de modo a ressaltar os pontos pertinentes ao assunto em estudo abordado pelos 
autores. A pesquisa será realizada nas bibliotecas dos campi da UNIP, bem como em outras bibliotecas, caso 
seus acervos sejam relevantes para tal pesquisa. Serão também analisados alguns documentos da Prefeitura de 
São Paulo que estejam relacionados à construção e manutenção dos jardins verticais do Elevado João Goulart.
A pesquisa de campo será realizada no Elevado João Goulart (vulgo Minhocão), na cidade de São 
Paulo – SP. Serão entrevistados 10 moradores dos entornos, 5 profissionais que trabalhem na empresa responsável 
pela manutenção dos jardins, 5 profissionais da Prefeitura de São Paulo, bem como outros personagens que surjam 
ao longo desta coleta de dados e que sejam fundamentais para a compreensão do problema desta pesquisa. 
Os questionários fechados, com 15 questões de múltipla escolha, serão aplicados a 10 moradores 
da cidade de São Paulo que estejam dispostos a respondê‑los. Antes da entrega, serão explicadas a 
importância da pesquisa bem como a necessidade de obter respostas confiáveis para as questões. 
Os moradores terão 10 minutos para responder às questões.
60
Unidade II
5.1.9.1 Coleta de dados
Dentro do tópico metodologia, existe a etapa da coleta de dados. É nesta parte que o leitor deve 
ser informado sobre como o pesquisador pretende obter os dados de que precisa para responder ao 
problema. Não devemos deixar de correlacionar os objetivos aos meios para alcançá‑los, bem como de 
justificar a adequação de uns aos outros.
Existem alguns critérios de avaliação da coleta e análise dos dados, como a clareza no processo de 
coleta, a seleção da amostra, os métodos utilizados na coleta de dados, além da triangulação. O quadro 
a seguir apresenta sinteticamente as descrições desses critérios.
Quadro 8 
Critério Descrição
Clareza no processo de 
coleta de dados Verifica se o método utilizado para coleta de dados está explicitado.
Seleção da amostra Evidencia quais os critérios para a escolha da amostra, a qual servirá para a compreensão do objeto de estudo.
Métodos utilizados na 
coleta de dados
Instrumentos utilizados para obter os dados da amostra anteriormente 
definida. Esses instrumentos devem estar alinhados aos objetivos e às 
abordagens da pesquisa. Alguns exemplos: entrevistas, observações 
diretas, questionários, documentação.
Triangulação
Processo de comparação entre dados oriundos de diferentes fontes no 
intuito de tornar mais convincentes e precisas as informações obtidas. 
As triangulações ainda podem ser vistas através da utilização de 
diferentes métodos sobre um mesmo objeto.
Fonte: Prodanov e Freitas (2013, p. 129).
5.1.9.2 Amostra e população 
Dependendo do tipo de pesquisa, a amostra selecionada pode ser grande ou pequena (tal aspecto 
foi detalhado anteriormente neste livro). Quando um pesquisador seleciona uma pequena parte de uma 
população, espera que seja representativa da população que ele pretende estudar.
População (ou universo da pesquisa) é a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas 
características definidas para um determinado estudo. Segundo Prodanov e Freitas (2013), a definição da 
população‑alvo tem uma influência direta sobre a generalização dos resultados. Portanto, o pesquisador 
deve se preocupar com o tamanho e a qualidade da amostra, entendida como “um subconjunto de 
indivíduos da população‑alvo” sobre o qual o estudo será efetuado.
O universo ou a população‑alvo é o conjunto dos seres animados e 
inanimados que apresenta pelo menos uma característica em comum, sendo 
N o número total de elementos do universo ou da população, podendo ser 
representado pela letra maiúscula X, tal que: XN = X1; X2; ...; XN. Já a amostra 
é uma parcela convenientemente selecionada do universo (população); é 
um subconjunto do universo (LAKATOS; MARCONI, 2010, p. 225).
61
METODOLOGIA DO PROJETO
Amostra é parte da população ou do universo selecionada de acordo com uma regra ou um plano. 
Refere‑se ao subconjunto do universo ou da população por meio do qual estabelecemos ou estimamos as 
características desse universo ou dessa população. A amostra pode ser probabilística e não probabilística. 
As probabilísticas podem ser divididas em cinco tipos; as não probabilísticas, em três tipos, conforme 
indica o quadro a seguir:
Quadro 9 
Tipos de amostragem
Amostras não 
probabilísticas
Amostras por acessibilidade
Amostras intencionais
Amostras por cotas
Amostras 
probabilísticas
Amostras aleatórias simples
Amostras casuais simples
Amostras casuais estratificadas
Amostras por agrupamentos
Amostras por etapas
Destacamos que só as amostras probabilísticas podem, por definição, originar uma generalização 
estatística, por apoiar‑se em cálculo estatístico. O quadro a seguir apresenta os três tipos de amostras 
não probabilísticas:
Quadro 10 
Amostras por 
acessibilidade ou por 
conveniência
Constituem o menos rigoroso de todos os tipos de amostragem. Por isso mesmo são destituídas 
de qualquer rigor estatístico. O pesquisador seleciona os elementos a que tem acesso, admitindo 
que esses possam, de alguma forma, representar o universo.Aplicamos esse tipo de amostragem 
em estudos exploratórios ou qualitativos, em que não é requerido elevado nível de precisão.
Amostras intencionais 
ou de seleção racional
Consistem em selecionar um subgrupo da população que, com base nas informações 
disponíveis, possa ser considerado representativo de toda a população. A principal vantagem 
da amostragem por tipicidade está nos baixos custos de sua seleção. Entretanto, requer 
considerável conhecimento da população e do subgrupo selecionado. Quando esse conhecimento 
prévio não existe, torna‑se necessária a formulação de hipóteses, o que pode comprometer a 
representatividade da amostra. Entendemos que a generalização a partir de uma amostra desse 
tipo pode ser bastante arriscada. É o tipo mais simples de amostra não probabilística, já que o 
pesquisador se dirige intencionalmente a grupos de elementos dos quais deseja saber a opinião. 
São escolhidos casos para a amostra que representem um “bom julgamento” da população/do 
universo. Os resultados têm validade para aquele grupo específico, ou seja, em um 
contexto específico. 
Amostras por cotas
De todos os procedimentos de amostragem definidos como não probabilísticos, esse é o que 
apresenta maior rigor. De modo geral, é desenvolvido em três fases:
1) Classificação da população em função de propriedades tidas como relevantes para o fenômeno 
a ser estudado.
2) Determinação da proporção da população a ser colocada em cada classe, com base na 
constituição conhecida ou presumida da população.
3) Fixação de cotas para cada observador ou entrevistador encarregado de selecionar elementos 
da população a ser pesquisada, de modo que a amostra seja composta em observância à 
proporção das classes consideradas.
Adaptado de: Prodanov e Freitas (2013, p. 98).
62
Unidade II
As amostras não probabilísticas são compostas de forma acidental ou intencional. Os elementos não 
são selecionados aleatoriamente. Com o uso dessa tipologia, não é possível generalizar os resultados 
da pesquisa realizada, em termos de população. Não há garantia de representatividade do universo que 
pretendemos analisar.
Sobre as amostras probabilísticas, apresentamos o quadro a seguir, com conteúdo explicativo:
Quadro 11 
Tipos de amostras 
probabilísticas
Amostras aleatórias 
simples
Cada elemento da população tem oportunidade igual de ser 
incluído na amostra. A amostragem aleatória simples é o 
procedimento básico da amostragem científica. Podemos dizer 
que todos os outros procedimentos adotados para compor 
amostras são variações deste.
Amostras casuais simples
Todos os participantes apresentam a probabilidade de participar 
da amostra. Exemplo: selecionamos uma amostra casual simples 
de cinco casos (ABCDE), o que torna possível os pares AB, AC, AD, 
AE, BC, BD, BE, CD, CE e DE. 
Procedimento: escrevemos cada combinação no papel, 
colocamos os papéis em um recipiente, misturando‑os, 
e procedemos a um sorteio. Os dois casos sorteados 
constituirão a amostra casual simples.
Amostras casuais 
estratificadas
A amostragem estratificada caracteriza‑se pela seleção de uma 
amostra de cada subgrupo da população considerada. 
O fundamento para delimitar os subgrupos ou estratos pode ser 
encontrado em propriedades como sexo, idade ou classe social. 
Em seguida, de cada estrato, é retirada uma amostra casual 
simples. Essas subamostras são reunidas, formando a amostra 
necessária. O número de estratos dependerá do tamanho da 
população e dos critérios preestabelecidos.
Amostras por 
agrupamentos
A amostragem por agrupamentos é indicada em situações 
em que é bastante difícil a identificação de seus elementos. 
Os conglomerados são representados por escolas, igrejas, 
associações, empresas etc. Entre esses conglomerados que 
representam a população‑alvo, fazemos o cadastramento de 
seus membros, formando os grupos necessários. E, em seguida, 
procedemos ao sorteio do porcentual estabelecido para cada 
grupo, os quais, depois, são somados, formando a amostra final.
Amostras por etapas
Esse tipo de amostragem pode ser utilizado quando a população 
se compõe de unidades que podem ser distribuídas em diversos 
estágios. Torna‑se muito útil quando desejamos pesquisar uma 
população cujos elementos se encontram dispersos em uma 
grande área, como um estado ou um país.
Adaptado de: Prodanov e Freitas (2013).
Alguns exemplos de amostras:
• Exemplo de amostra casual simples: selecionamos uma amostra casual simples de cinco casos 
(ABCDE), o que torna possível os pares AB, AC, AD, AE, BC, BD, BE, CD, CE e DE. Procedimento: 
escrevemos cada combinação no papel, colocamos os papéis em um recipiente, misturando‑os, 
e procedemos a um sorteio. Os dois casos sorteados constituirão a amostra casual simples.
63
METODOLOGIA DO PROJETO
• Exemplo de amostra por etapas: em uma pesquisa que tivesse como universo todos os domicílios do 
Brasil, em um primeiro estágio, poderiam ser selecionadas microrregiões. Em um segundo estágio, poderiam 
ser selecionados municípios. Em um terceiro, bairros, depois, quarteirões e, em um último estágio, domicílios.
Definidas as fontes de dados e o tipo de pesquisa, devemos abordar as técnicas de pesquisas e a coleta 
de dados. Geralmente, iniciamos com uma pesquisa bibliográfica prévia, de acordo com a natureza da 
pesquisa. Em seguida, a partir de detalhamentos passamos para uma fase de determinação das técnicas 
que serão utilizadas na coleta de dados (tais como observação, formulário, entrevista e questionário) e da 
fonte da amostragem – que deverá ser significativa o suficiente para apoiar conclusões.
5.1.9.3 Observação 
A técnica de observação pode ser muito útil para a obtenção de informações, entretanto, de acordo 
com Prodanov e Freitas (2013), para ser considerada um instrumento de coleta de dados, deve:
• servir a um objetivo preestabelecido de pesquisa;
• ser planejada;
• ser registrada de forma sistemática;
• ser passível de verificação quanto ao seu grau de precisão (o que pode ser feito, por exemplo, pelo 
confronto de vários observadores ou através do uso de meios tecnológicos, como a gravação).
Essa importante fonte de informação pode ser dividida em quatro tipos: observação direta, observação 
indireta, relato verbal e documento. 
A observação direta trata do registro de uma dada situação, acontecimento ou ocorrência. Já a indireta, 
segundo Luna (2003, p. 52 apud CORDEIRO; MOLINA; DIAS, 2014, p. 149), refere‑se ao uso de indícios ou 
pistas como informações das quais se deduzem outras informações. Os relatos verbais são as falas dos sujeitos 
de modo ainda informal, sem a elaboração prévia dos instrumentos (questionários, entrevistas e formulários). 
Segundo Zamboni (2006, p. 64 apud CORDEIRO; MOLINA; DIAS, 2014, p. 151) “a maneira de ver e 
perceber o objeto está relacionada ao paradigma que o indivíduo se propõe a vivenciar”.
5.1.9.4 Questionário, formulário e entrevista
O questionário e o formulário são instrumentos parecidos – o que os diferencia é a forma de 
aplicação. O primeiro é respondido manualmente pelos próprios pesquisados, e o segundo é preenchido 
pelo pesquisador após as perguntas respondidas pelos pesquisados. 
Ambos são fundamentados em uma série de questões ordenadas sucessivamente e relacionadas 
com o objetivo do estudo. As questões contidas nestes instrumentos podem ser abertas, fechadas ou 
mistas (conforme tratado anteriormente neste livro). 
64
Unidade II
A entrevista é a obtenção de informações de um entrevistado sobre determinado assunto ou 
problema. É necessário ter um plano para a entrevista, de modo que, no momento em que ela estiver 
sendo realizada, as informações necessárias não deixem de ser colhidas.
As entrevistas podem ter o caráter exploratório ou ser de coleta de informações. Se a de caráter 
exploratório é relativamente estruturada, a de coleta de informações é altamente estruturada.
Na sequência algumas sugestões de como se portar diante do entrevistado:
• Estabeleça uma relação amistosa e não trave umdebate de ideias.
• Não demonstre insegurança ou admiração excessiva diante do entrevistado para que isso não 
venha prejudicar a relação entre entrevistador e entrevistado.
• Deixe que as questões surjam naturalmente, evitando que a entrevista assuma caráter de uma 
inquisição ou de um interrogatório, ou ainda que a entrevista se torne um questionário oral.
• Seja objetivo, pois entrevistas muito longas podem se tornar cansativas para o entrevistado.
• Procure encorajar o entrevistado para as respostas; evite que ele se sinta falando sozinho.
• Anote as informações do entrevistado, sem deixar que ele fique esperando sua próxima indagação 
enquanto você escreve.
• Não deixe de pedir sua permissão caso use gravador. Lembramos que o uso do gravador pode 
inibir o entrevistado.
5.1.9.5 Tabulação e apresentação dos dados
Nessa etapa, podemos lançar mão de recursos manuais ou computacionais para organizar os dados 
obtidos na pesquisa de campo. Atualmente, com o advento da informática, é natural que escolhamos 
os recursos computacionais para dar suporte à elaboração de índices e cálculos estatísticos, tabelas, 
quadros e gráficos.
5.1.9.6 Análise e interpretação dos dados
Essa fase da pesquisa, analítica e descritiva, prevê a interpretação e a análise dos dados tabulados, 
os quais foram organizados na etapa anterior. A análise deve ser feita a fim de atender aos objetivos 
da pesquisa e para comparar e confrontar dados e provas com o objetivo de confirmar ou rejeitar a(s) 
hipótese(s) ou o(s) pressuposto(s) da pesquisa.
Essa etapa desenvolve‑se a partir das evidências observadas, de acordo com a metodologia, com as 
relações feitas através do referencial teórico e complementadas com o posicionamento do pesquisador.
65
METODOLOGIA DO PROJETO
Esta etapa é de suma importância, já que a análise e a interpretação darão o sentido da pesquisa, 
bem como desenvolverão os sinais de conclusão do trabalho. Dessa forma, a análise dos dados deve ser 
feita a partir de alguns critérios, que serão descritos e resumidos no quadro a seguir.
Quadro 12 – Critérios de análise dos dados
Critério Descrição
Clareza no processo de 
análise de dados
Visa identificar se o estudo elucida os procedimentos adotados para análise dos 
dados coletados durante a pesquisa. Uma clara descrição dos procedimentos de 
análise dos dados permite julgar se os resultados alcançados são – ou não – frutos de 
um sistemático e rigoroso processo.
Encadeamento lógico 
de evidências
O estudo permite que o leitor acompanhe claramente o processo de desenvolvimento 
da pesquisa, desde as questões iniciais até as conclusões. Um estudo com 
encadeamento lógico das evidências possibilita ao leitor seguir os passos do autor 
em direção às conclusões.
Teste empírico O teste empírico envolve uma comparação entre o observado durante a pesquisa e as hipóteses deduzidas de uma teoria.
Construção da 
explicação
Os procedimentos para análise dos dados são textualmente explicados, de forma 
clara e objetiva.
Comparação com 
literatura conflitante
Os conceitos, as hipóteses ou as teorias emergentes do estudo são comparados 
com literatura conflitante. A importância da comparação com literatura conflitante 
é forçar os pesquisadores a buscar pensamentos mais criativos, inovadores, ao 
contrário do esperado em outra situação.
Comparação com 
literatura similar
Os conceitos, as hipóteses ou as teorias emergentes do estudo são comparados com 
literatura similar. O resultado é uma teoria com nível conceitual mais aprofundado, 
mais validade interna.
Fonte: Prodanov e Freitas (2013).
Após a coleta e análise dos dados, o pesquisador dispõe de todas as informações necessárias à conclusão de 
seu trabalho. Isso significa que agora, a(s) hipótese(s) já terá(ão) sido verificada(s) e a resposta ao problema de 
pesquisa terá sido obtida. Essa é a etapa que antecede à fase final, a de apresentação das conclusões. 
5.1.10 Cronograma
O objetivo do cronograma é facilitar a organização do tempo de pesquisa, bem como distribuir as 
tarefas em tempo hábil. Para isso, o pesquisador deve, nesta etapa, elaborar um roteiro com datas e afazeres. 
Para pensar no cronograma, a pergunta que deve vir à mente é: “Quando?”.
 Observação
O cronograma de execução é de extrema importância. A partir dele é 
que será possível avaliar se o projeto proposto é factível ou não, dentro do 
prazo estabelecido. Além disso, ele permite ao pesquisador (ou ao grupo de 
pesquisa) orientar‑se quanto ao andamento das atividades, acelerando as 
que eventualmente estiverem atrasadas e revendo os prazos estabelecidos.
66
Unidade II
Geralmente os cronogramas são divididos em meses. A seguir, apresentamos uma sugestão de um 
cronograma para seis meses:
Quadro 13 
Etapa/mês 1 2 3 4 5 6
Escolha do tema de pesquisa X
Revisão de literatura (bibliográfica) X X
Definição dos capítulos (sumário preliminar) X
Justificativa, objetivos, problematização, metodologia X X
Fundamentação teórica: redação dos capítulos X X
Coleta de dados X X
Tabulação, análise dos dados e elaboração da síntese X
Elaboração da síntese e conclusão da análise dos resultados X
Ajustes metodológicos, conceituais e analíticos X
Redação final, revisão linguística; formatação conforme normas ABNT X
Entrega do trabalho final X
Preparação para apresentação X
Apresentação do trabalho final X
Adaptado: Prodanov e Freitas (2013).
 Lembrete
Não se esqueça que determinadas etapas da pesquisa podem ser 
executadas simultaneamente, mas existem outras que dependem das 
anteriores, como é o caso da análise e interpretação, cuja realização depende 
da codificação e da tabulação, só possíveis depois de colhidos os dados.
5.1.11 Orçamento
Todo projeto, seja de pesquisa ou não, sempre envolve custos que precisam ser especificados, 
detalhados e ordenados em uma planilha. No caso específico de um projeto de pesquisa, uma série de 
itens precisa ser relacionada. 
Respondendo à questão “Com quanto?”, o orçamento distribui os gastos por vários itens, que devem 
necessariamente ser separados. Isso inclui:
• Pessoal: considerar todos os elementos que devem ser computados, os seus gastos, quer globais, 
mensais, semanais ou por hora/atividade, incluindo os programadores de computador. 
• Material: subdividido em:
67
METODOLOGIA DO PROJETO
– elementos consumidos no processo de realização da pesquisa, como papel, canetas, lápis, 
cartões, hora/computador, datilografia, xerox, encadernação etc.;
– elementos permanentes, que podem retornar à entidade financiadora ou ser alugados 
(computadores, calculadoras etc.).
Segundo Prodanov e Freitas (2013), o orçamento deve ser demonstrado (digitado) em tabela, com 
detalhamento das despesas pelos itens:
• recursos materiais;
• material de consumo;
• revisão, formatação, artes gráficas;
• equipamentos;
• outras especificidades inerentes a cada projeto de pesquisa.
O quadro a seguir oferece um exemplo de plano de orçamento:
Quadro 14 – Modelo de plano de orçamento de uma pesquisa científica
Orçamento detalhado do projeto
(descrição detalhada de materiais – permanente e de consumo – a serem utilizados)
Material permanente
Descrição do material Quantidade Valor (unidade – em reais) Total
Computador
Impressora
Scanner
etc.
Total
Material de consumo
Descrição do material Quantidade Valor (unidade – em reais) Total
CD; pen‑drive
Papel A4
Cartucho (tinta para 
impressora)
etc.
Total
Serviços de terceiros
Descrição do material Quantidade Valor (unidade – em reais) Total
Formatação
Revisão textual
Xerox
Encadernação
etc.
Total
Custo total (material permanente + material de consumo + serviços de terceiros):
Fonte: Prodanov e Freitas (2013).
68
Unidade II
6 ELEMENTOS DO TEXTO 
6.1 Elementos pré‑textuais
Segundo a NBR 14724, a estrutura de tese, dissertação ou trabalho acadêmico compreende 
elementos pré‑textuais, textuais e pós‑textuais, conforme já indicado. Esta parte tratará dos elementos 
pré‑textuais, compostos por:
• capa;
• folha de rosto;• dedicatória (opcional);
• sumário;
• outros elementos que possam aparecer, tais como: epígrafe, lista de tabelas, de quadros, de figuras, 
de apêndices e de anexos;
• resumo.
6.1.1 Capa
Elemento obrigatório, as informações devem ser apresentadas na seguinte ordem:
• Nome da instituição: fonte 12, maiúscula, negrito, centralizado, disposto na margem superior.
• Nome do autor: fonte 12, maiúscula, negrito, centralizado, disposto no centro do espaço existente 
entre a identificação da instituição e o título do trabalho.
• Título do trabalho: deve ser claro e preciso (fonte 12, maiúscula, negrito, centralizado, disposto 
no centro da página).
• Subtítulo: se houver, deve ser precedido de dois‑pontos, evidenciando a sua subordinação ao 
título (fonte 12, maiúscula, negrito, centralizado).
• Número de volumes: se houver mais de um, deve constar em cada capa a especificação do 
respectivo volume (fonte 12, palavra volume com a inicial maiúscula ou abreviada [Vol.], seguida 
do numeral arábico, logo após o título do trabalho).
• Local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado: no caso de cidades homônimas 
recomenda‑se o acréscimo da sigla da unidade da federação (fonte 12, maiúscula, negrito, 
centralizado, disposto logo acima do ano de entrega).
69
METODOLOGIA DO PROJETO
• Ano de entrega: fonte 12, maiúscula, negrito, centralizado, disposto na margem inferior.
A capa não é numerada e também não é considerada na contagem das páginas do documento.
Não existe regra para criar o título do trabalho. O importante é o autor ter em mente que este 
pode ser usado como um chamariz para a leitura da pesquisa. Assim, alguns autores optam por títulos 
descritivos, outros por metáforas, outros elegem títulos curtos.
6.1.2 Folha de rosto
Elemento obrigatório contendo os dados essenciais para a identificação do trabalho. Está dividido 
em anverso e verso, como segue:
Anverso
A folha de rosto deve conter os mesmos elementos da capa, acrescidos de informações complementares 
necessárias à perfeita identificação do trabalho, na seguinte ordem:
• Nome do autor: fonte 12, maiúscula, negrito, centralizado, disposto na margem superior.
• Título do trabalho: fonte 12, maiúscula, negrito, centralizado, disposto no centro da página.
• Subtítulo: se houver, deve ser precedido de dois‑pontos, evidenciando a sua subordinação ao 
título (fonte 12, maiúscula, negrito, centralizado).
• Número de volumes: se houver mais de um, deve constar em cada capa a especificação do 
respectivo volume (fonte 12, palavra volume com a inicial maiúscula ou abreviada [Vol.], seguida 
do numeral arábico, logo após o título do trabalho).
• Natureza: fonte 12, espaçamento simples, sem negrito, alinhado do meio da página para a 
margem direita, justificado, contendo as informações:
– tipo do trabalho (tese, dissertação, TCC, trabalho acadêmico de sala de aula);
– objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido, outros);
– nome da instituição a que é submetido;
– área de concentração.
• Nome do orientador: precedido da palavra Orientador, seguido pela titulação abreviada e pelo 
nome do professor (fonte 12, espaçamento simples, alinhado do meio da página para a margem 
direita, separado da natureza do trabalho por um espaço simples).
70
Unidade II
• Nome do coorientador: se houver, deve ser precedido da palavra Coorientador seguido pela 
titulação abreviada e pelo nome do professor (fonte 12, espaçamento simples, alinhado do meio 
da página para a margem direita, logo abaixo da identificação do orientador).
• Local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado: no caso de cidades homônimas 
recomenda‑se o acréscimo da sigla da unidade da federação (fonte 12, maiúscula, negrito, centralizado).
• Ano de entrega: fonte 12, maiúscula, negrito, centralizado, disposto na margem inferior.
Verso
Contém a ficha catalográfica, que se constitui de um conjunto de informações bibliográficas descritas 
de forma ordenada, seguindo o Código de Catalogação Anglo‑Americano (CCAA) vigente.
 Observação
Cabe lembrar que a obrigatoriedade da ficha catalográfica é somente 
para dissertações e teses.
6.1.3 Dedicatória
Este elemento é opcional. É o texto em que o autor presta homenagem a alguém ou dedica seu 
trabalho. Sugere‑se utilização de fonte 12, espaçamento simples, sem parágrafo, a partir do meio da 
folha até a margem direita, com alinhamento justificado.
6.1.4 Resumo
O resumo é um elemento obrigatório, conforme norma ABNT NBR 14724, e consiste na apresentação 
concisa do trabalho em língua portuguesa. Deve apresentar também as palavras‑chave e/ou descritores 
relativos aos assuntos do trabalho acadêmico, logo após o resumo, conforme NBR 6028.
Esta norma estabelece as seguintes definições:
• Resumo crítico ou resenha: é redigido por especialistas; trata‑se da análise crítica de um 
documento e não está sujeito a limite de palavras.
• Resumo indicativo: é a apresentação sintética dos pontos principais do documento; não 
apresenta dados qualitativos e quantitativos; não dispensa a consulta ao original.
• Resumo informativo: indica a finalidade, a metodologia, o resultado e a conclusão do documento; 
dispensa consulta ao original.
71
METODOLOGIA DO PROJETO
O resumo deve apresentar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do trabalho. Deve ser 
composto por frases concisas, afirmativas, e não por uma enumeração de tópicos. Recomenda‑se:
• uso de parágrafo único;
• digitação em espaço simples;
• não recuo na primeira linha;
• uso de terceira pessoa do singular;
• uso de primeira frase significativa, explicando o tema principal do documento.
As palavras‑chave devem figurar logo abaixo do resumo, com uma linha em branco, antecedidas 
da expressão Palavras‑chave (em negrito, finalizada por dois‑pontos), separadas entre si por ponto 
e finalizadas também por ponto. Deverão ser selecionadas palavras que representem o assunto do 
documento, limitando seu uso ao máximo de cinco palavras.
O resumo deve conter de 150 a 500 palavras para os trabalhos acadêmicos (tese, dissertação, trabalho 
de conclusão e relatório técnico‑científico). Para artigos, é orientado que a extensão do resumo seja de 
100 a 150 palavras.
Nos resumos, deve‑se evitar:
• símbolos e contrações que não sejam de uso corrente;
• fórmulas, equações e diagramas; somente usar se seu emprego for imprescindível.
6.1.5 Listas
Elemento opcional, colocado antes do sumário. Deve constar a identificação do elemento, seu título 
e a paginação, a exemplo do que ocorre no sumário.
Segundo a norma NBR 14724, a ordem de apresentação das listas deve ser:
• lista de ilustrações;
• lista de tabelas;
• lista de abreviaturas e siglas;
• lista de símbolos.
72
Unidade II
As listas devem:
• Ser apresentadas conforme a ordem que aparecem no texto.
• Apresentar a identificação do elemento seguido pelo indicativo numérico, acompanhado de 
espaço, travessão, espaço e o respectivo título. Se o título da ilustração ocupar mais de uma linha, 
a segunda linha deverá iniciar abaixo da primeira palavra do título.
• Ter o título em letras minúsculas, com exceção da primeira letra, e o número da folha onde se 
encontra a ilustração ligado por uma linha pontilhada.
• Ter espaçamento entre linhas de 1,5 entre um título e outro. Para os casos em que o título ocupar 
mais do que uma linha, o espaço entre linhas deve ser simples.
6.1.6 Sumário
O sumário deve figurar como último elemento pré‑textual, e é obrigatório. Caracteriza‑se como a 
enumeração das principais divisões, seções e outras partes de um trabalho, na mesma ordem e grafia em 
que a matéria nele se sucede, acompanhada dos respectivos números das páginas. 
Ele fornece uma visão geral da estrutura do trabalho e facilita a localização das diferentes partes.
Os elementos que compõem o sumário são:
• o indicativo numérico do capítulo ou seção, alinhado à margem esquerda;
• seu título e subtítulo (exatamente como são apresentados no texto);
• o número da página inicial do capítuloou seção correspondente.
A apresentação tipográfica dos títulos deve ser a mesma no sumário e no texto. Não confundir 
sumário com:
• Índice: lista de palavras ou frases, organizadas normalmente em ordem alfabética, que remete 
para informações contidas no texto. O índice é inserido no final do trabalho.
• Lista: enumeração de elementos selecionados do texto, como, por exemplo, lista de ilustrações, 
inserida antes do sumário.
O sumário deve ser inserido no trabalho observando‑se as seguintes regras:
• Quando houver mais de um volume, o sumário deverá ser incluído completo em todos eles, para 
que se possa verificar todo o conteúdo da obra independentemente do volume consultado.
73
METODOLOGIA DO PROJETO
• As seções devem ser numeradas em algarismos arábicos, da introdução até a conclusão.
• Os elementos pré‑textuais não devem aparecer no sumário.
• Os capítulos e as seções devem ser alinhados à esquerda.
• A subordinação dos itens do sumário deve ser destacada pela apresentação tipográfica utilizada no texto.
• Referências, apêndices e anexos não são considerados capítulos; por isso não recebem numeração de seção.
• Recomenda‑se que os títulos sejam alinhados pela margem do título indicativo mais extenso.
• Recomenda‑se a utilização de espaçamento 1,5 entre linhas.
• Recomenda‑se o uso de uma linha em branco entre as divisões das seções primárias.
• Se o documento for apresentado em mais de um idioma, para o mesmo texto, recomenda‑se um 
sumário separado para cada idioma, inclusive a palavra sumário, em páginas distintas.
6.2 Elementos textuais
Conforme já indicado, um trabalho é composto pelos elementos pré‑textuais, textuais e pós‑textuais. 
Essa parte tratará da introdução, que deve ser o primeiro dos elementos textuais, compostos por:
• introdução;
• hipóteses;
• objetivos;
• justificativa;
• revisão da literatura/referencial teórico;
• procedimentos metodológicos/metodologia;
• cronograma.
6.2.1 Introdução de um projeto
Vimos que uma pesquisa de qualidade deve seguir algumas regras ou passos, o que leva o 
pesquisador a refletir sobre o que pesquisar, como pesquisar, quando e onde pesquisar. Isso significa 
que, embora algumas etapas sejam pensadas antes que outras, todas elas irão contribuir para a 
qualidade do trabalho. Pensar nas formas estruturantes da pesquisa, como problema, pergunta, 
hipóteses, objetivos, métodos e justificativa, além de na organização do tempo e do dinheiro 
necessários, constitui a pedra fundamental. 
74
Unidade II
A introdução da pesquisa consiste em apresentar ao leitor o conteúdo da sua investigação cientifica, 
o que significa dizer que o texto deve ser atrativo e congregar três características: conter os elementos 
estruturantes, ser formal e apresentar um estilo de redação científico.
As principais ideias que devem estar contidas nesta primeira parte do projeto de pesquisa preparam 
o leitor para compreender o pensamento do pesquisador, assim como informam a estrutura geral 
do trabalho e fornecem as bases materiais para esclarecer a relação entre a intenção do estudo e o 
fenômeno a ser pesquisado. 
• A primeira parte dos elementos estruturantes é a descrição do problema de pesquisa, ou seja, a 
definição do fenômeno, do evento ou da situação que o pesquisador tenciona estudar. 
• A pergunta de pesquisa deriva da identificação do problema, e tem por finalidade desvelar as 
variáveis que demarcarão todo o processo de prospecção de dados e informações.
• A hipótese deve ser criada com a finalidade de ser demonstrada ou não empiricamente. São proposições 
sobre duas ou mais variáveis, que podem ser corroboradas ou negadas.
• Os objetivos indicam o que se pretende com a pesquisa. Ou seja, correspondem à operacionalização 
das variáveis da investigação científica, desenvolvidas com base na hipótese.
• A justificativa, que representa o porquê de o estudo ser realizado, tem a finalidade de explicar o 
objeto de pesquisa e situar sua importância com a argumentação sobre o contexto e o cenário em 
que se dará a coleta de dados.
• O último elemento estruturante na pesquisa é a metodologia, que fornecerá os caminhos 
percorridos para atingir o fim. A coleta e a análise dos dados devem ser descritas de forma 
detalhada, e podem sofrer modificações, a fim de se ajustarem ao objetivo, bem como ao 
tempo da pesquisa.
 Observação
Não existe problema em ajustar a metodologia ao longo da pesquisa, 
desde que os ajustes sejam muito bem justificados.
Escrevendo a introdução 
Como fazer a introdução de um trabalho:
• apresentar o assunto ou assuntos do trabalho;
• especificar quais são os objetivos do trabalho – geral e específicos;
75
METODOLOGIA DO PROJETO
• mencionar como está organizado o trabalho (em X partes ou capítulos);
• especificar o que é abordado em cada um dos capítulos ou partes;
• referir qual a metodologia utilizada;
• apresentar as justificativas;
• finalizar com o cronograma de execução. 
Exemplo de introdução: 
• O presente trabalho é sobre… (dizer qual é o assunto), mais concretamente… (referir um breve 
apanhado dos subtemas tratados nos vários capítulos). 
• É objetivo/são objetivos deste trabalho… (especificar quais são os objetivos do trabalho). 
• Está organizado em X partes/capítulos. Na parte 1/capítulo 1, será abordado… (especificar 
o assunto). Na parte 2/capítulo 2 optamos por abordar… (especificar o assunto) e 
assim sucessivamente. 
• A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com algumas entrevistas… 
(ou outra, especificar qual foi). 
• Tal trabalho mostra‑se importante na medida em que explora... (apresentar a justificativa).
• Para organizar melhor as atividades que comporão a pesquisa, apresentamos um cronograma de 
execução... (colocar o quadro do cronograma e explicá‑lo, caso seja necessário).
O texto da introdução pode ser escrito por inteiro ou dividido em subitens (como objetivos, 
metodologia etc.).
6.3 Elementos pós‑textuais
Conforme descrito anteriormente, os elementos pós‑textuais de um projeto de pesquisa são:
• referências bibliográficas;
• apêndices (opcional);
• anexos (opcional).
76
Unidade II
6.3.1 Referências
Os projetos monográficos de graduação, especialização, mestrado, doutorado, além de artigos, livros, 
relatórios, entre outros, devem, necessariamente, trazer listados todos os documentos pesquisados e que 
tenham sido citados pelo autor ao longo do texto. 
Existem vários modelos de apresentação das referências bibliográficas, no entanto a mais solicitada 
(inclusive pela UNIP) é o modelo NBR 6023, da Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
Seguem algumas regras para formatação de trabalhos de acordo com a ABNT:
• Fonte do texto: Arial/Times New Roman. 
• Tamanho da fonte do texto: 12.
• Proporções das margens: margem superior e esquerda: 3 cm; margem inferior e direita: 2 cm; 
parágrafo: 1,0 cm a partir da margem esquerda de 3 cm.
• Espaçamento entre linhas: 1,5 cm.
• Somente as expressões estrangeiras e nomes científicos podem ser colocados em itálico. 
A seguir, tipos de citação:
Citação direta
Transcrição textual de parte da obra do autor consultado. Indicar a data e a página. 
 Exemplo: “Deve‑se indicar sempre, com método e precisão, toda documentação que serve de base para 
a pesquisa, assim como ideias e sugestões alheias inseridas no trabalho” (CERVO; BERVIAN, 1978, p. 97).
Citação indireta
Texto baseado na obra do autor consultado, consistindo em transcrição não textual da(s) ideia(s) 
do autor consultado. Indicar apenas a data, não havendo necessidade de indicação da página. 
 Exemplo: Barras (1979) ressalta que, apesar da importância da arte de escrever para a ciência, inúmeros 
cientistas não têm recebido treinamento neste sentido.
Citação de citação
Transcrição direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original, ou seja, retirada de 
fonte citada pelo autor da obra consultada. Indicar o autor da citação, seguido da data da obra original, 
a expressão latina apud, o nome doautor consultado, a data da obra consultada e a página em que 
consta a citação. Exemplo: “O homem é precisamente o que ainda não é. O homem não se define pelo 
que é, mas pelo que deseja ser” (ORTEGA Y GASSET, 1963 apud SALVADOR, 1977, p. 160).
77
METODOLOGIA DO PROJETO
Autor
É função do pesquisador conhecer o que os outros realizaram anteriormente, a fim de evitar 
duplicações, redescobertas ou acusações de plágio. 
No caso de o texto ter apenas um autor, citar o sobrenome e o ano; quando o texto tiver de dois a 
três autores, citar os respectivos sobrenomes separados por ponto e vírgula, a data da obra e a página 
da citação; tendo o texto mais de três autores, citar o sobrenome do primeiro autor seguido pela 
expressão et al.; texto sem autoria conhecida, citar o título e o ano; entidade coletiva, citar o nome 
da instituição e ano (nas citações subsequentes, usar apenas a sigla); quando houver um autor e mais 
de uma obra, citar o sobrenome e os vários anos de publicação, em ordem cronológica. 
Sistema de chamada
As citações devem ser indicadas no texto utilizando os sistemas de chamada autor‑data ou 
numérico. Ao optar por um sistema de chamada, deve‑se adotá‑lo até o final, para fins de uniformidade 
do texto e correlação com as referências em notas de rodapé ou no final do trabalho. 
Citações de até 3 linhas
Devem ser inseridas no parágrafo entre aspas duplas. Caso exista citação no interior de uma 
citação entre aspas duplas no texto original, substituí‑las por aspas simples. Quando iniciadas com 
letra maiúscula, as citações devem ser precedidas por dois‑pontos.
Citações com mais de 3 linhas
Colocar em parágrafo distinto, a 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a utilizada 
no texto e sem aspas. As citações longas devem ser digitadas em espaço simples, separadas dos 
parágrafos anterior e posterior por espaço duplo.
Omissão em citação 
As omissões de palavras ou frases nas citações são indicadas pelo uso de reticências 
entre colchetes [...].
Acréscimo em citação
Acréscimos e/ou comentários, quando necessários à compreensão de algo dentro da citação, 
aparecem entre colchetes.
Destaque em citação
Para destacar palavras ou frases em uma citação, usa‑se grifo ou negrito ou itálico seguido da 
expressão grifo nosso ou grifo do autor após a chamada da citação.
78
Unidade II
Tradução em citação
Quando a citação incluir texto traduzido pelo autor do texto, deve‑se incluir a expressão 
tradução nossa entre parênteses, logo após a chamada da citação.
Informação verbal
Quando se tratar de dados obtidos através de informação verbal (palestras, debates, 
comunicações etc.), indicar entre parênteses a expressão informação verbal, mencionando‑se os 
dados disponíveis somente em nota de rodapé.
Trabalho em fase de elaboração
Quando se tratar de dados obtidos em trabalhos em fase de elaboração, indicar entre parênteses a 
expressão em fase de elaboração, mencionando‑se os dados disponíveis somente em nota de rodapé.
Quadro 15
Expressões latinas Significados
Apud Citado por, conforme, segundo
Et al. ou et alii E outros
Cf. Confira, confronte
Ibid. ou ibidem Mesma obra
Id. ou idem Mesmo autor; igual à anterior
Loc. cit. ou loco citato No lugar citado
Op. cit. ou opus citatum ou opere citato Na obra citada 
Informações adicionais
• As citações textuais devem ser destacadas com aspas (até 3 linhas) ou graficamente (mais de 3 linhas).
• Entradas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável e pelo título incluído na sentença 
devem ser em letras maiúsculas e minúsculas. 
• Entradas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável e pelo título, quando estiverem 
entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas.
Referências bibliográficas
Um autor
Indica(m)‑se o(s) autor(es) pelo último sobrenome, em letras maiúsculas, seguido(s) do(s) prenome(s) 
e outro(s) sobrenome(s), abreviados ou não.
Exemplo: QUEIRÓS, E. O crime do Padre Amaro. 25. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000. p. 277.
79
METODOLOGIA DO PROJETO
Dois ou três autores
Quando houver dois ou três autores, os nomes devem ser separados por ponto e vírgula, 
seguido de espaço.
Exemplo: ADES, L.; KERBAUY, R. R. Obesidade: realidade e indignações. Psicologia USP, São Paulo, 
v. 13, n. 1, p. 197‑216, 2002.
Mais de três autores
Quando existirem mais de três autores, indica‑se apenas o primeiro, acrescentando‑se a expressão 
latina et al.
Exemplo: PETERSON, L. et al. Improvement in quantity and quality of prevention measurement of 
toddler injuries and parental interventions. Behavior Therapy, New York, v. 33, n. 2, p. 271‑297, 2002.
Artigo de jornal
SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título: subtítulo (se houver). Nome do jornal, Local de publicação, 
página, data de publicação do jornal com o mês abreviado.
Exemplo: ADES, C. Os animais também pensam: e têm consciência. Jornal da Tarde, São Paulo, p. 4D, 
15 abr. 2001.
Dissertação ou Tese
SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título: subtítulo (se houver). Data de defesa. Total de folhas. 
Tese (Doutorado) ou Dissertação (Mestrado) – Instituição onde a Tese ou Dissertação foi defendida. 
Local e data de defesa.
Exemplo: FANTUCCI, I. Contribuição do alerta, da atenção, da intenção e da expectativa temporal 
para o desempenho de humanos em tarefas de tempo de reação. 2001. 130 f. Tese (Doutorado em 
Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2001.
Documento publicado na internet
AUTOR(ES). Título: subtítulo (se houver) Disponível em: <endereço da URL>. Data de acesso.
Exemplo: FACULDADE DE AGRONOMIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. 
Manual de referências bibliográficas. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/agronomia/manualcap1.
htm>. Acesso em: 20 de ago. 2002.
80
Unidade II
Livro no todo
SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título: subtítulo (se houver). Edição (se houver). Local de 
publicação: Editora, data de publicação da obra. Nº de páginas ou volume. (Coleção ou série).
Exemplo: AZEVEDO, M. A.; GUERRA, V. N. A. Mania de bater: a punição corporal doméstica de crianças 
e adolescentes no Brasil. São Paulo: Iglu, 2001. 386 p.
SOBRENOME, PRENOME abreviado. (data da primeira edição). Título: subtítulo (se houver). 
Edição (se houver). Local de publicação: Editora, data de publicação da obra. Nº de páginas ou 
volume. (Coleção ou série).
Exemplo: FREUD, S. (1909). Duas histórias clínicas (o Pequeno Hans e o Homem dos Ratos). 
Tradução sob a direção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1977. (Edição Standard Brasileira 
das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v. 10).
A primeira data (1909) refere‑se à data da primeira edição, a segunda (1977) refere‑se à da 
edição consultada.
Trabalho publicado em anais, resumos, e outras publicações de eventos
Elementos essenciais: autor(es), título do trabalho apresentado, subtítulo (se houver), seguido 
da expressão In: título do evento, numeração do evento, ano e local de realização, título do 
documento (Anais, Atas, Tópicos temáticos), local, editora, data de publicação. Página inicial e 
final da parte.
Resumo de trabalho publicado
SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título: subtítulo (se houver). In: NOME DO EVENTO, 
número, ano. Local de realização do evento. Resumos... Local de publicação dos resumos: Editora, 
ano. Nº de página. 
Exemplos: CASTRO, R. E. F.; MELO, M. H. S.; SILVARES, E. F. M. Avaliação da percepção dos pares de 
crianças com dificuldades de interação em uma sucursal da clínica‑escola do Instituto de Psicologia da 
Universidade de São Paulo. In: CONGRESSO INTERNO DO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE 
DE SÃO PAULO, 5., 2001, São Paulo. Resumos... São Paulo: Instituto de Psicologia da Universidade de 
São Paulo, 2001. p. 49.
BRAGA, T. M. S.; KERBAUY, R. R. Hypertension: indications for an intervention program. 
In: CHANGING BEHAVIOR: HEALTH AND HEALTHCARE, HEALTHPSYCHOLOGY, 5., 2001, Scotland. 
Abstract... Scotland: European Health Psychology Society; British Psychological Society, 2001. p. 79.
81
METODOLOGIADO PROJETO
 Saiba mais
Para mais detalhes sobre as normas da ABNT, consulte o site da 
Universidade Paulista:
<http://www2.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_
normalizacao_abnt.pdf>.
7 MODALIDADES DO TRABALHO CIENTÍFICO
Trabalhos científicos ou acadêmicos são aqueles escritos que resultam do desenvolvimento de 
pesquisas realizadas tanto na graduação quanto na pós‑graduação.
Existem inúmeros tipos de trabalhos acadêmicos, e não há exatamente um consenso sobre os 
significados dos diversos termos empregados. Assim, adotamos, neste livro, o entendimento que 
é dado pela ABNT – o mais aceito, tendo por base a literatura sobre o assunto.
Vale lembrar que esta obra não contempla todos os tipos de trabalhos acadêmicos ou 
científicos, mas nos debruçamos sobre aqueles que os estudantes de Design de Interiores 
terão mais acesso, ou possibilidades de elaboração. São eles: trabalhos finais de disciplinas, 
conclusão de cursos de graduação e pós‑graduação, projeto de pesquisa, além de redação e 
formatação de artigo.
Nos cursos de graduação, os universitários devem ser orientados a progredir gradativamente da 
simples informação para a autodescoberta do conhecimento e para a criatividade. 
Assim, os estudos realizados nesta etapa visam à melhor formação do estudante, e constituem‑se 
em recursos didáticos de formação: interessa mais o processo de pesquisa do que os possíveis resultados.
Tendo em vista os diversos graus de originalidade, criatividade e profundidade, temos diferentes 
níveis e, consequentemente, diferentes tipos de trabalhos científicos ou acadêmicos, tanto na 
graduação quanto na pós‑graduação. 
Os primeiros, basicamente “recapitulativos” e bibliográficos, são mais realizados na graduação, e 
os últimos, estudos mais originais, são exigências da pós‑graduação. Mas, em todos eles, são exigidos 
qualidade de método, organização, rigor, observação e respeito às normas técnicas.
A seguir, serão apresentados os diversos tipos de trabalhos acadêmicos mais usados tanto na 
graduação quanto na pós‑graduação, conceituando‑os e mostrando suas características gerais.
82
Unidade II
7.1 Trabalhos de síntese
A palavra síntese quer dizer, apenas, diminuir, reduzir, condensar, simplificar os elementos principais 
de um documento, sem fazer comentários sobre eles.
Exemplo: resumos para revistas – deve ser livre de todo comentário pessoal e não deve formular 
críticas ou julgamento de valor, pois é mero trabalho de síntese.
7.2 Resenha crítica
A resenha, na prática, é um resumo crítico. É uma construção técnica que avalia, de forma sintética, 
a importância de uma obra. Quando um resumo crítico é escrito para ser publicado em revistas 
especializadas, é chamado de resenha.
Não consiste puramente na síntese de um texto, artigo, capítulo ou uma obra, mas na apresentação 
condensada do seu conteúdo, acompanhada de comentários críticos, isto é, de uma apreciação crítica 
valorativa do conteúdo e da exposição de determinada questão.
Requer opiniões, comentários e julgamentos; permite evidenciar novas abordagens, novos 
conhecimentos, novas teorias e comparações com outras obras da mesma área de conhecimento, 
e fazer recomendações para os leitores, ressaltando a relevância do seu conteúdo.
Para fazer uma resenha crítica, pressupomos que haja uma leitura rigorosa (analítica) do texto. 
Deve haver comentários sobre a sua temática, suas ideias principais, informações gerais sobre ele e 
comentários pessoais.
A resenha é feita através da organização de parágrafos que contenham a tríplice divisão de 
um trabalho acadêmico: introdução, desenvolvimento e conclusão, sem necessidade de destacar 
tal divisão.
O resenhista poderá dar um título à sua resenha. Se optar por intitular, o título deverá guardar 
estreita relação com o conteúdo da obra.
Antes de iniciar a escrever a resenha, recomendamos verificar se foi realizada uma boa leitura do 
texto. Isso pode ser feito procurando identificar os elementos essenciais da obra a ser resenhada.
• Qual o tema tratado pelo autor?
• Qual o problema que ele aborda?
• Qual a posição defendida pelo autor com relação ao problema ou assunto?
• Quais os argumentos centrais e complementares utilizados pelo autor para defender sua posição?
83
METODOLOGIA DO PROJETO
A resenha deve abranger as seguintes informações:
• Referência: autor(es); título; local da edição, editora e data; número de páginas.
• Credenciais do autor: informações gerais sobre o autor e sua qualificação acadêmica, títulos, 
cargos exercidos e obras publicadas.
• Resumo da obra: resumo das ideias principais, descrevendo, de forma sucinta, o conteúdo da obra.
• Conclusão do autor: o autor apresenta (ou não) conclusões? Caso apresente, quais são elas? 
Onde se encontram (no final da obra ou no final dos capítulos?).
• Quadro de referências do autor: a que corrente de pensamento o autor se filia? Que teoria ou 
modelo teórico apoia seu estudo?
• Crítica do resenhista: como se situa o autor da obra em relação às correntes científicas? 
Quanto ao mérito da obra, qual a sua contribuição? Quanto ao estilo, é conciso, objetivo, 
claro, coerente, preciso? A linguagem é correta, adequada? A forma é lógica, sistematizada? 
Utiliza recursos explicativos e ilustrativos? A quem se destina a obra?
Nem sempre é possível ou necessário dar resposta a todas as perguntas ou itens relacionados anteriormente.
Como trabalho acadêmico, a resenha deve apresentar a seguinte estrutura:
• Capa, folha de rosto e texto. 
• A referência (bibliográfica) da obra resenhada deverá ser apresentada no início do texto. Se utilizarmos 
outras obras para fazer a resenha, as referências devem vir logo após o texto e em conformidade às 
normas da ABNT.
7.3 Trabalho científico e monografia
7.3.1 Trabalho monográfico
Caracteriza‑se mais pela unicidade e delimitação do tema e pela profundidade do tratamento do 
que por sua eventual extensão, sua generalidade ou seu valor didático.
Estrutura da monografia
Os trabalhos científicos, em geral, apresentam a mesma estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Pode haver diferenças quanto ao material, o enfoque dado, a utilização desse ou daquele método, 
dessa ou daquela técnica, mas não em relação à forma ou à estrutura.
84
Unidade II
As monografias referentes ao grau de conclusão do estudante universitário não podem ser 
consideradas verdadeiros trabalhos de pesquisa (para os quais os estudantes não estão ainda capacitados, 
salvo raras exceções), mas estudos iniciais de pesquisa.
O trabalho de investigação – teórico ou prático, bibliográfico ou de campo – dá oportunidade ao 
estudante para explorar determinado tema ou problema, levando‑o a um estudo com maior ou menor 
profundidade e/ou extensão. Possibilita o desenvolvimento de sua capacidade de coletar, organizar 
e relatar informações obtidas e, mais, de analisar e até de interpretar os dados de maneira lógica e 
apresentar conclusões.
A seguir, veja como elaborar a conclusão de um trabalho:
• Fazer um breve resumo do trabalho.
• Mencionar qual foi a grande conclusão do trabalho.
• Referir se foram concretizados todos os objetivos ou, se não foi possível concretizar algum deles, 
explicar por quê.
• Relatar a importância que o trabalho tem para quem o redige, para o conhecimento ou 
aprofundamento do tema e para o crescimento pessoal. 
Alguns exemplos para a conclusão: 
• Neste trabalho abordamos o assunto… (fazer um breve resumo do trabalho) e concluímos que… 
(referir qual foi a grande conclusão do trabalho). 
• Cumprimos todos os objetivos que nos tínhamos proposto/só cumprimos alguns dos objetivos 
enunciados, devido a…, uma vez que/porque… (explicar se foram cumpridos todos os objetivos 
previstos, ou, se não, explicar por quê).
• Este trabalho torna‑se importante para a compreensão/o aprofundamento deste tema, pois/
uma vez que/visto que/porque nos permitiu identificar/compreender…, além de nos ter 
permitido desenvolver/aperfeiçoar competências de investigação, seleção, organização

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