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Farmácia Clínica: Bases e Pré-requisitos

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WEBCONFERÊNCIA 4 –
FARMÁCIA HOSPITALAR E CLÍNICA 
Profa. Dra. Karen Yasmim Pereira dos Santos Avelino
Tópicos de hoje!
SUMÁRIO DA WEBCONFERÊNCIA IV
FARMÁCIA CLÍNICA
1. Bases da farmácia clínica
2. Pré-requisitos
3. Centro de informações de medicamentos
4. Elaboração do perfil farmacoterapêutico
5. Identificação de problemas da farmacoterapia e estratégias de
intervenção
UNIDADE IV - FARMÁCIA CLÍNICA
1. BASES DA FARMÁCIA CLÍNICA
BASES DA FARMÁCIA 
CLÍNICA
▪ A farmácia clínica compreende o conjunto das atividades assistenciais desempenhadas, na prática, pelo
farmacêutico e pelo setor de farmácia em diversos pontos de atenção: no hospital, na farmácia comercial,
no ambulatório e nos postos de atenção básica.
▪ Envolve, basicamente, o ato de estabelecer estratégias para o uso correto dos medicamentos desde o
momento da prescrição até o acompanhamento e orientações para a continuidade do cuidado domiciliar.
1. BASES DA FARMÁCIA CLÍNICA
▪ A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 2011) resumiu essas atividades em três principais
pontos:
a) maximizar o efeito clínico de medicamentos, utilizando o tratamento mais eficaz para cada tipo de
paciente;
b) minimizar o risco de efeitos adversos induzidos por um tratamento;
c) minimizar os gastos com tratamentos farmacológicos criados pelos sistemas nacionais de saúde e
pelos pacientes, tentando proporcionar a melhor alternativa de tratamento para o maior número de
pacientes.
▪ A atuação do farmacêutico hospitalar tem um caráter multidisciplinar que depende da integração com
toda a equipe profissional para a implementação efetiva da conduta terapêutica.
1. BASES DA FARMÁCIA CLÍNICA
▪ Com a prática da farmácia clínica, o farmacêutico tem a oportunidade de exercer seu papel pleno no
objetivo de garantir o uso racional, seguro e confortável do tratamento e ajudar o paciente na sua adesão
e continuidade mesmo após a alta, em ambiente domiciliar.
▪ Os principais impactos positivos da prática são:
a) diminuição na incidência de erros de medicação, de reações adversas e incompatibilidades;
b) redução de custos; e
c) aumento da segurança e da qualidade da atenção ao paciente e também da eficiência hospitalar.
1.1 ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO: 
ALCANÇANDO OS OBJETIVOS
▪ O farmacêutico pode exercer suas atribuições de diversas formas para que os objetivos da farmácia
clínica, já mencionados, sejam alcançados. As principais podem ser divididas em cinco:
1. Abordagem humanizada
2. Construção de plano terapêutico
3. Análise de prescrição
4. Solicitação de exames
5. Condução de reações adversas
2. PRÉ-REQUISITOS
2. PRÉ-REQUISITOS
▪ Por se tratar de uma prática regulamentada e de importância reconhecida, a farmácia clínica deve
ser implantada de forma a oferecer toda a condição para o farmacêutico profissional realizar uma
atuação de qualidade, com recursos humanos suficientes e capacitados - e não apenas no que diz
respeito à uma estrutura física apropriada.
2.1 PRÉ-REQUISITOS ESTRUTURAIS
▪ O farmacêutico hospitalar, enquanto atuante clínico, deve contar com uma infraestrutura física capaz de
permitir a realização desse trabalho, visto que, em muitos momentos, o farmacêutico precisará de um
ambiente exclusivo para atender aos familiares e fazer consultas farmacêuticas, discussões clínicas com
os demais profissionais.
▪ Lei 13.021/2014 que dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas.
▪ RDC 585/2013 do Conselho Federal de Farmácia.
2.1 PRÉ-REQUISITOS ESTRUTURAIS
▪ Estruturas minimamente necessárias
a) Sala para atendimento (ambiente para atender ao paciente ou seus familiares com privacidade, estudar as
prescrições e sediar reuniões e debates de conduta terapêutica)
b) Equipamentos (computador para que se possa fazer os estudos de prescrição, solicitação de exames,
evoluções nos prontuários dos pacientes e estudos e pesquisas; e equipamentos audiovisuais)
c) Programa de Prontuário Eletrônico de Paciente (PEP) (proporciona informações eletrônicas sobre
condutas que vêm sendo tomadas até o histórico de medicamentos prescritos e diagnósticos)
d) Sistema de distribuição unitário (sistema de distribuição mais seguro, com maior envolvimento do
farmacêutico e maior poder de rastreabilidades)
▪ Recursos humanos
▪ Qualidades humanas
▪ Habilidades de relacionamento interpessoal
a) Junto ao paciente: sensibilidade e empatia
b) Junto à equipe técnica: perfil multidisciplinar
c) Junto à equipe de farmácia: liderança
2.2 RECURSOS E COMPETÊNCIAS HUMANAS
3. CENTRO DE INFORMAÇÕES DE 
MEDICAMENTOS
3. CENTRO DE INFORMAÇÕES DE 
MEDICAMENTOS
▪ São centros operacionais que podem ser instalados dentro do ambiente de qualquer estabelecimento de
saúde (hospitais, farmácias e drogarias, postos de atenção básica, ambulatório), com o objetivo de
fornecer informações técnico-científicas atualizadas a respeito do uso de medicamentos.
▪ Objetivos: promover o uso correto dos medicamentos e sanar as dúvidas de pacientes e profissionais.
▪ O trabalho desempenhado pelos CIMs é de constante atualização do referencial teórico, dos protocolos
clínicos e da seleção dos medicamentos.
▪ Farmacêutico clínico como centralizador das informações a respeito dos medicamentos e suporte à
equipe.
3. CENTRO DE INFORMAÇÕES DE 
MEDICAMENTOS
▪ A implantação do primeiro CIM que se tem notícia ocorreu em 1962 nos Estados Unidos como medida
estratégica para reduzir os erros associados ao uso de medicamentos.
▪ No Brasil, o primeiro centro surgiu em 1979 e foi instalado no Hospital Universitário da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal.
▪ Podem estar inseridos em diversos níveis de atenção à saúde, como postos de saúde e atenção básica,
hospitais de grande porte, secretarias de saúde, organizações de saúde e instituições filantrópicas.
3. CENTRO DE INFORMAÇÕES DE 
MEDICAMENTOS
▪ Os principais objetivos do CIM envolvem:
a) Responder perguntas relacionadas ao uso de medicamentos (informação reativa).
b) Participação efetiva em comissões, tais como de Farmácia & Terapêutica e de Infecção Hospitalar.
c) Publicação de material educativo / informativo, como boletins, alertas, colunas em jornais, etc.
d) Educação: estágio, cursos sobre temas específicos da farmacoterapia.
e) Revisão do uso de medicamentos.
f) Atividades de pesquisa sobre o uso de medicamentos.
g) Coordenação de programas de farmacovigilância.
3. CENTRO DE INFORMAÇÕES DE 
MEDICAMENTOS
CIM mostra-se eficiente para 
prover informações por meio de 
evidências científicas 
selecionadas como confiáveis. 
As principais fontes são:
3. CENTRO DE INFORMAÇÕES DE 
MEDICAMENTOS
CIM mostra-se eficiente para 
prover informações por meio de 
evidências científicas 
selecionadas como confiáveis. 
As principais fontes são:
3.1 IMPACTOS DO CIM EM HOSPITAIS
4. ELABORAÇÃO DO PERFIL 
FARMACOTERAPÊUTICO
4. ELABORAÇÃO DO PERFIL 
FARMACOTERAPÊUTICO
▪ O perfil farmacoterapêutico é a materialização de toda a informação coletada a respeito do histórico de
tratamentos e diagnósticos que o paciente já passou.
▪ O Conselho Federal de Farmácia (CFF), definiu o perfil farmacoterapêutico como o registro cronológico das
informações relacionadas à utilização de medicamentos, permitindo ao farmacêutico realizar o acompanhamento
de cada usuário, de modo a garantir o uso racional dos medicamentos (CFF, 2001).
▪ Sendo assim, inclui os medicamentos receitados pelos médicos ou odontólogos, os produtos prescritos pelos
demais profissionais de saúde e farmacêuticos e o consumo de plantas medicinais e outros dados importantes
como: regimes dietéticos; consumo de bebidas alcoólicas; cigarros; chá; café e outras bebidas, reações adversas ou
hipersensibilidade a alguns medicamentos e demais fatores que podem alterar a relação paciente-medicamento
(CRF, 2014).
4. ELABORAÇÃO DO PERFIL 
FARMACOTERAPÊUTICO
▪ Ao estudar o perfil farmacoterapêutico, o profissional conseguirá traçar um perfil a respeito do paciente.Para isso,
procura respostas para perguntas como:
a) Historicamente, que tipo de tratamento é mais efetivo?
b) Costuma aderir bem à tratamentos mais longos?
c) Tem costume de fazer uso de medicinas alternativas?
d) Qual o nível de conhecimento que o paciente tem a respeito de hábitos saudáveis?
e) Tem capacidade de assumir responsabilidade sobre o seu tratamento?
▪ Ao responder cada uma dessas questões, o farmacêutico poderá contribuir efetivamente na construção de um plano
terapêutico que consiga adequar-se não apenas ao diagnóstico do paciente mas também ao seu perfil.
▪ O perfil farmacoterapêutico não está limitado só à farmácia hospitalar.
▪ Ele pode ser utilizado também em diversas áreas de atuação do farmacêutico, inclusive em drogarias comerciais, onde
ele já vem sendo aplicado como forma de acompanhar e fidelizar o cliente.
▪ A rede primária também tem o feito como estratégia de melhorar o acompanhamento do paciente com um caráter
ambulatorial, em consultas farmacêuticas domiciliares.
▪ No ambiente hospitalar, as informações coletadas também possuem diversas aplicabilidades, como, por exemplo:
i. Avaliar o paciente em relação a possíveis problemas da terapêutica farmacológica (reações adversas ou
alergias).
ii. Promover conciliação medicamentosa.
iii. Identificar os pacientes que necessitem de consulta farmacêutica na alta.
4.1 APLICABILIDADE
5. IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS DA 
FARMACOTERAPIA E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
5. IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS DA 
FARMACOTERAPIA E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
▪ O As reações adversas e a falta de efetividade dos
medicamentos devem ser encaradas como o
resultado de algum problema no processo de
trabalho (como a distribuição ou administração
incorreta) ou mesmo no uso inadequado de algum
medicamento.
5. IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS DA 
FARMACOTERAPIA E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
▪ O Conselho Federal de Farmácia elencou os principais pontos do acompanhamento do paciente. São eles:
a) Falhas de acesso aos medicamentos (medicamento não disponível no estabelecimento, problemas no ciclo de
aquisição ou sistema de distribuição de medicamentos ineficiente ou desorganizado).
b) Uso incorreto ou desnecessário de medicamentos.
c) Interações medicamentosas (envolve dois momentos principais: implementação inicial da conduta
farmacoterapêutica e reavaliação de prescrição).
d) Falhas na comunicação da equipe.
e) Falhas no monitoramento do tratamento (identificar necessidades de substituição, inclusão ou descontinuidade
de medicamentos).
5.1 ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO EM PROBLEMAS 
FARMACOTERAPÊUTICOS
OBRIGADA
Profa. Dra. Karen Yasmim 
Pereira dos Santos Avelino
E-mail: 
karen.avelino@sereducacional.com
Docente Universitária
Farmacêutica Analista 
Clínica

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