Atividade Doencas do Trabalho

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NOME DA DISCIPLINA: O Ambiente e as Doenças do Trabalho 
 
Grupo: 16 
Nome: Fábio Akio A Suzuki Yagyu RGM: 30781868 
Nome: Marcos Vinicius Espindola Pereira RGM: 30789508 
Nome: Jamile Jullie Severino Gonçalves RGM: 29273935 
Nome: Diego Alisson Sinões RGM: Digite aqui 
Nome: Eduardo Ciudi Oliveira RGM: Digite aqui 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNTESE DA ATIVIDADE 
Todos do Grupo nos juntamos em 2 reunições via plataforma “ZOOM” para nos ambientar e 
responder aos questionarios. 
 
O Assunto ja estava sendo tratado pelo aplicativo WhattsApp, logo, as reuniões foram 
produtivas . 
 
 
 
 
 
 
AUTORREFLEXÃO DO GRUPO 
Um dos pontos maias relevantes foi o comprometimento do grupo em responder as 
questões (previamente) para nas reuniões sermos mais produtivos, outro ponto foi a 
convergência entre as respostas antes mesmo das reuniões. 
 
 
 
 
 
 
 
1. Elabore um quadro apontando os setores e as atividades que usam a sílica como 
produto final, subproduto ou matéria-prima em vários processos industriais? 
 
Setores Atividades 
Indústria Extrativista • Nas operações de lavra por explosivos e na mineração 
contínua; 
• Nas operações de perfuração, corte e retirada de 
minérios da frente de lavra; 
• Nas operações de transporte, britagem, moagem, 
peneiramento e ensacamento de minérios. 
Agricultura • Na aragem do solo; 
• No uso como insumo de combate a pragas e resistência 
vegetal. 
Indústria Farmacêutica • No uso como excipiente de medicamento; 
• No processo de fabricação de cosméticos. 
Indústria Alimentícia • Aditivo alimentar de alimentos em pó. 
Indústria Eletroeletrônica • No processo produtivo de condutores, semicondutores e 
placas de circuito. 
Indústria Química • Nas operações que utilizam materiais contendo sílica na 
fabricação de tintas e inseticidas; 
• Nos processos de produção de polidores e abrasivos 
domésticos e industriais; 
Indústria Naval • No Jateamento, manutenção e limpeza de componentes. 
Industria de Cerâmica • Como insumo de fabricação de pisos, azulejos, louças 
sanitárias, louças domésticas e outros. 
• Nos processos de acabamento de materiais cerâmicos; 
Indústria de Cimentos • No processamento de matéria prima como argila, areia, 
pedras e terra diatomácea. 
Beneficiamento de 
Minério 
• Nos processos de marmoraria, lapidação e corte de 
pedra. 
Fundição • No processo de esmerilhamento e de polimento; 
• Nas operações de moldagem e desmoldagem com areia; 
• Em processos de trocas, reparos e corte de revestimentos 
refratários. 
Construção Civil • Em várias etapas da obra como nas fundações, 
acabamento, corte de azulejos e de pedras, misturas de 
cimento e areia. 
Perfuração de Rochas • Construção de túneis, barragem e estradas 
Fabricação de Vidros • Na preparação como matéria prima; 
• No uso de jateamento de areia usado para opacificação. 
Outros • Produção de próteses; 
• Execução de trabalhos diversos, artesanatos e 
acabamento em mármore, ardósia, granito e outras pedras. 
• Moagem de quartzo e pedras - para diversos fins. 
 
 
2. Quais são as Formas de exposição no ambiente de trabalho? Descreva um exemplo: 
 
No ambiente de trabalho, a exposição à sílica pode ocorrer de atividades ocupacionais de 
forma direta ou por contaminação ambiental indoor para outros setores ou postos de 
trabalho de uma mesma empresa, ou pela contaminação do ambiente no entorno. 
A exposição ocupacional ocorre através da inalação da poeira que contem sílica leve e 
cristalina. As poeiras são partículas que apresentam formas irregulares, com diâmetros 
inferiores a 10 micrometros (10 µm = 0.01 mm), e podem permanecer no ar por longos 
períodos e percorrer grandes distancias. Dependendo do tamanho da partícula, ao ser inalada 
pode se depositar em diferentes pontos do sistema respiratório: 
• Inaláveis - partículas menores que 100 μm 
• Torácicas - partículas menores que 25 μm 
• Respiráveis - partículas menores que 10 μm 
A poeira da sílica é desprendida através das atividades como cortar, serrar, moer, polir, 
esmagar, da subdivisão de materiais e de atividades de jateamento de areia. 
Exemplo: 
Industria de cerâmica 
Em diferentes fases do processo de fabricação dos materiais cerâmicos existem operações e 
procedimentos que geram a dispersão de poeira nas áreas industriais, com composição 
variável em função das fontes geradoras. Dependendo das condições de armazenamento, 
manuseio e processamento das matérias-primas a poeira também pode contaminar o 
ambiente adjacentes e externo. Assim, um trabalhador que está ligado diretamente ao 
processo produtivo e está usando equipamentos de proteção individual de forma correta, 
mas a empresa não dispõe de medidas de proteção coletiva como, por exemplo, exaustão 
localizada ou umidificação do ambiente, levará a contaminação e a exposição da sílica a 
outros envolvidos que não estão ligados diretamente à atividade produtiva. 
 
 
 
 
3. Quais são os principais efeitos à saúde dos trabalhadores? 
 
Na exposição ocupacional, a inalação normalmente ocorre de forma intensa e duradoura, 
ultrapassando a capacidade de reparação do organismo. Essa exposição associa-se à tosse, 
falta de ar e casos mais graves como a silicose, ao câncer de pulmão, à tuberculose e a diversas 
doenças autoimunes. 
A silicose é uma doença respiratória causada pela inalação de poeira de sílica que produz 
inflamação seguida de cicatrização do tecido do pulmão. É uma das mais antigas doenças 
provocadas pelo trabalho, sendo que atualmente, no Brasil, é a principal doença pulmonar de 
origem ocupacional (pneumoconiose). E pode apresentar-se de 3 formas: 
• Aguda - Os sintomas aparecem mais precocemente, em especial uma intensa dispneia, 
perda de peso e hipoxemia. 
• Subaguda - O aparecimento de falta de ar e tosse é precoce e limitante. Associa-se a 
um risco aumentado de comorbidades, notadamente a tuberculose e doenças 
autoimunes. 
• Crônica - As alterações radiológicas (opacidades nodulares) tendem a surgir antes dos 
sintomas clínicos e evoluem com a progressão da doença 
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) da Organização Mundial de Saúde 
(OMS) considera a sílica livre cristalina inalada como um cancerígeno do Grupo 1. O 
mecanismo do câncer pela exposição à sílica se dá pela liberação de partículas fraturadas 
levando a ativação de macrófagos que persistente a inflamação. 
 
 
4. Elencar em um quadro as medidas (barreiras de segurança) de controle preventivas 
e protetivas: 
 
 
• Umidificação do ambiente com lavagem constante do piso; 
• Exaustão localizada; 
• Ventilação local ou geral; 
• Enclausuramento total ou parcial do processo produtor de poeiras; 
• Mudanças de “layout” da empresa; 
• Substituição de matérias primas patogênicas por outras menos tóxicas e, 
• Alterações do processo produtivo 
• Sinalização e rotulagem 
• Monitoramento da exposição ambiental 
• Treinamento 
• Aparelhos purificadores (máscara a filtro) 
• Aparelhos de isolamento 
• Controle médico dos trabalhadores expostos 
 
 
 
5. Descreva quais os impactos de preventivas e protetivas para as instituições da Saúde 
e previdência e consequentemente para a sociedade? 
 
No Brasil, a Previdência Social concede os benefícios referentes a acidentes e a doenças e 
concentra os registros atinentes aos trabalhadores contribuintes. Considerando que o custo 
de prevenção é menor do que o custo de mitigação, o impacto direto seria financeiro, gerando 
um menor custo relacionado aos tratamentos e pagamentos de benefícios. Em contra partida, 
os profissionais da área da saúde precisam receber treinamentos adequados para detectar 
doenças relacionados à silicose com mais facilidade. Os ganhos para a sociedade e 
principalmente para o trabalhador, que muitas vezes valorizam apenas necessidades 
imediatas, estão ligados diretamente à criação deprotocolos, decretos, estratégias, leis e 
sistemas que visam o controle de doenças, a promoção da saúde e a vigilância ambiental. 
 
6. Aponte caminhos para a redução do adoecimento por exposição de sílica no Brasil: 
 
As ações e estratégias governamentais devem trabalhar em conjunto, visando a saúde do 
trabalhador, a vigilância ambiental e a promoção da saúde. Para isso, deve: 
• Não se considere a sílica como matéria prima ou produto final de tecnologias e processos 
industriais isolados; 
• Evitar a produção da sílica em fases intermediarias ou de manutenção do processo produtivo; 
• O padrão de estética e de valorização social para utensílios e materiais de acabamento diversos 
não deve se pautar em recursos que demandem consumir a saúde do trabalhador ou impactar 
negativamente o ambiente; 
• A preocupação com a preservação da natureza, de ambientes rurais ou urbanos adequados à vida 
deve constranger e impedir que a exploração de minérios se sobreponha a estes valores; 
• A sociedade precisa ter clareza de que a exposição potencial à sílica por si só já representa risco e 
pode produzir danos à saúde; 
• Sensibilizar as instâncias de governo (Ministérios e Secretarias) e a sociedade; 
• Privilegiar os registros e as avaliações de risco; 
• Incrementar o sistema de notificação de expostos; 
 • Iniciar o debate sobre o impacto socioambiental da extração de sílica; 
 • Reduzir o nível de exposição permitido em legislações; 
• Proibição de tecnologia danosa à saúde; 
• Vigilância Epidemiológica: notificação de casos ao SUS 
 • Vigilância Ambiental e dos Processos de Trabalho: cadastrar e atuar sobre as fontes e empresas 
que utilizam, comercializam ou reaproveitam produtos capazes de produzir sílica cristalina