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Tcc - Terceirização rev 09-02-17 (1)

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FACULDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 
AMANDA ATAIDE GOMES 
AMANDA CRISTINA DESTRO 
CRISTINA DANTAS DE MAGALHÃES 
GISLAINE DE MATOS MOURA DA SILVA 
LARISSA SANTOS DE OLIVEIRA 
ROBSON ROCHA DE SOUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRATÉGIA DA TERCEIRIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NOS 
COMÉRCIOS DO GRANDE ABC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Bernardo do Campo 
2016 
 
 
AMANDA ATAIDE GOMES 
AMANDA CRISTINA DESTRO 
CRISTINA DANTAS DE MAGALHÃES 
GISLAINE DE MATOS MOURA DA SILVA 
LARISSA SANTOS DE OLIVEIRA 
ROBSON ROCHA DE SOUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRATÉGIA DA TERCEIRIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NOS 
COMÉRCIOS DO GRANDE ABC 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de 
Administração da Faculdade de São Bernardo do Campo, como 
requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel. 
 
Orientador: Professor Mestre Marcello Augusto Utiyama. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Bernardo do Campo 
2016 
 
Amanda Ataide Gomes 
Amanda Cristina Destro 
Cristina Dantas de Magalhães 
Gislaine de Matos Moura da Silva 
Larissa Santos de Oliveira 
Robson Rocha de Sousa 
 
 
 
 
 
ESTRATÉGIA DA TERCEIRIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NOS 
COMÉRCIOS DO GRANDE ABC 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Administração da 
Faculdade de São Bernardo do Campo, como exigência parcial para obtenção do título de 
Bacharel em Administração. 
 
 
__________________ em _____de _________2016. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Professor Mestre Antônio Aparecido de Carvalho 
Fasb – Faculdade São Bernardo do Campo 
 
 
Professor Mestre Reginaldo Braga Lucas 
FASB – Faculdade São Bernardo do Campo 
 
 
Professor Mestre Marcello Augusto Utiyama- Orientador 
FASB – Faculdade São Bernardo do Campo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos esse trabalho a Deus, a todos do grupo, a nossos 
familiares, mestres e amigos, que com o apoio e paciência nos 
ajudaram a realizar este sonho. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Em primeiro lugar agradecemos a Deus, que nos deu força e capacidade para que pudéssemos 
absorver o máximo de conhecimento passado pelos nossos professores, durante essa jornada 
de quatro anos, onde evoluímos pessoalmente e profissionalmente, adquirindo sabedoria e 
experiência. 
 
Aos nossos familiares, amigos e colegas de trabalho que contribuíram com o carinho, 
paciência e apoio, sempre nos motivando a seguir em frente e nunca desistir dos nossos 
objetivos. 
 
Aos professores, pela dedicação e disponibilizadade em nos ensinar, sempre nos incentivando 
a crescermos e alcançarmos voos maiores. Somos gratos ao nosso orientador professor mestre 
Marcello Augusto Utiyama e ao professor mestre Reginaldo Braga Lucas, que nos motivaram 
e nos conduziram no desenvolvimento deste projeto. 
 
A todos que participaram direta ou indiretamente na elaboração deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se 
chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e 
vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis (José de Alencar). 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
Em decorrência das mudanças tecnológicas ocorridas nos últimos anos, as 
organizações vêm sofrendo transformações e por isso necessitam se adaptar a um ambiente 
altamente globalizado. Com a competitividade que se faz presente e um mercado cada vez 
mais fechado, as empresas buscam se destacar, aplicando novas técnicas e inovações para 
assim alcançar resultados mais expressivos. Dentre as estratégias adotadas, a terceirização de 
Tecnologia da Informação merece destaque pela grande quantidade de empresas que vem 
adotando, com base nisso levantamos quais razões levam os comércios a adotarem a 
estratégia de terceirização da tecnologia da informação. O método de amostragem é não 
probabilístico, o questionário foi estruturado com 30 questões, contendo perguntas de 
múltipla escola, as respostas dos questionários foram lançadas em uma tabela do Excel 2010. 
A escolha de um fornecedor adequado e a formalização de um contrato bem elaborado são 
bases para o sucesso na terceirização. Os serviços de Tecnologia da Informação terceirizados 
inicialmente trazem a redução de custos para a organização, pois se torna desnecessária a 
manutenção de uma equipe própria, reduzindo assim gastos como salários, encargos, 
treinamento, espaço ocupado dentro da organização, gastos com equipamentos entre outros. 
Diante do cenário apresentado, o objetivo deste estudo é mostrar as principais estratégias para 
terceirização dos serviços de tecnologia, evidenciando suas vantagens e desvantagens na 
gestão empresarial. 
 
 
Palavras-chave: Estratégia; Terceirização; Tecnologia da Informação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
As a result of recent technological changes, organizations are underling transformations and 
need to adapt in the highly globalized environment. With the competitiveness and an 
increasingly restrict market, the company needs to outstanding, applying new techniques and 
innovations to achieve more expressive results. Among the strategies adopted, the outsourcing 
of Information Technology is worthy of mention because of the large number of companies 
that has been adopting, based on this, the commerce come adopting the outsourcing strategy 
os information technology. The sampling method was non-probabilistic, the questionnaire 
responses were post in a Excel 2010 table. Choose a good supplier and do a well-drafted 
contract are the base of success. The outsourced services of Information Technology brings 
cost reduction to the organization, mainly because becomes unnecessary to maintain a team to 
do the service, thus reducing expenses such as salaries, charges, training, space, equipment 
and others. In view of this important situation, the objective of the study is to show the main 
strategies and highlight the positive aspects of outsourcing, showing the advantages and 
disadvantages in business management. 
 
Key words: Strategy; Outsourcing; Information Technology. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
Ilustração 1 – Atividades terceirizadas ................................................................................. 22 
Ilustração 2 – Principais problemas enfrentados ................................................................... 32 
Ilustração 3 – Pré-requisitos a serem estabelecidos pela organização .................................... 54 
Gráfico 1 – Perfil do respondente ......................................................................................... 60 
Gráfico 2 – Cargo em relação à experiência na implantação da tecnologia da informação .... 61 
Gráfico 3 – Tipo de serviço de TI em relação quantidade de funcionários ........................... 61 
Gráfico 4 – Quais motivos levaram a terceirização de ti em relação ao ramo de atividade .... 62 
Gráfico 5 – Porte da empresa em relação à implantação estratégica da terceirização ti ......... 62 
Gráfico 6 – TI proporciona velocidade na coleta de informações em relação ao cargo .......... 63 
Gráfico 7 – Terceirização ti minimiza riscos e maximiza beneficios em relação a localização
 ............................................................................................................................................ 63 
Gráfico 8 – Requisito de contratação em relação a avaliação geral ....................................... 64 
Gráfico 9 – Tipo de serviço de ti em relação à idade dos gestores .........................................65 
Gráfico 10 – Quantidade de funcionários da empresa ........................................................... 65 
Gráfico 11 – Qual tipo de serviço para área de TI em sua empresa você utiliza .................... 66 
Gráfico 12 – Foi estratégico a implantação da tecnologia da informação .............................. 67 
Gráfico 13 – Alinhamento estratégico da tecnologia da informação com área de negócios ... 67 
Gráfico 14 – Alinhamento estrátegico da tecnologia da informação com área de negócios em 
% .................................................................................................................... ........................68 
Gráfico 15 – Principais experiências na implantação da tecnologia da informação – Ranking - 
% .......................................................................................................................................... 69 
Gráfico 16 - Quais motivos levaram a implantação da tecnologia da informação .................. 69 
Gráfico 17 – Requisito fundamental para a contratação da terceirização ............................... 70 
Gráfico 18 – Alinhamento estratégico e a tecnologia da informação ..................................... 71 
Gráfico 19- Qual avaliação geral da prestação de serviços terceirizados da tecnologia da 
informação na sua empresa .................................................................................................. 72 
Gráfico 20 – Que condições seriam influenciadoras na decisão para a possibilidade da 
terceirização de TI ............................................................................................................... 72 
Gráfico 21 – Qual a probabilidade da implantação da terceirização da tecnologia da 
informação no futuro ............................................................................................................ 73 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
AE Alinhamento Estratégico 
 
CPD Centro de Processamento de Dados. 
 
EUA Estados Unidos da América. 
 
FOFA Forças, Fraquezas, Oportunidades, Ameaças. 
 
IBM Internacional Business Machines 
 
ISSC In-Service Support Contract. 
 
JCJ Junta de Conciliação e Julgamento. 
 
SCD Sistema Cibernético de decisão 
 
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. 
 
SWOT Streegths, Weaknesses, Opportunities, Threats. 
 
TI Tecnologia da Informação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 11 
2 TERCEIRIZAÇÃO E A TEORIA ADMINISTRATIVA ............................................. 17 
2.1 CONCEITUAÇÃO ........................................................................................................ 17 
2.2 HISTÓRICO DA TERCEIRIZAÇÃO ............................................................................ 19 
2.3 TERCEIRIZAÇÃO NO BRASIL ................................................................................... 21 
2.4 TERCEIRIZAÇÃO E AS RESTRIÇÕES JURÍDICAS .................................................. 24 
2.4.1 Contratos ................................................................................................................... 26 
2.4.2 Relação entre cliente e prestador de serviço............................................................. 28 
2.4.3 Sindicatos ................................................................................................................... 30 
2.5 POR QUE TERCEIRIZAR?........................................................................................... 31 
2.6 TIPOS DE TERCEIRIZAÇÃO ...................................................................................... 34 
3 TERCEIRIZAÇÃO ESTRATÉGICA............................................................................ 37 
3.1 VANTAGENS ............................................................................................................... 38 
3.2 DESVANTAGENS ........................................................................................................ 40 
3.3 A TERCEIRIZAÇÃO COMO UMA MODERNIZAÇÃO DE NEGÓCIOS ................... 42 
4 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)..................................................................... 44 
4.1 TERCEIRIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS 
PRIVADAS ......................................................................................................................... 45 
4.2 PROFISSIONAL DE TI ................................................................................................. 46 
4.3 POR QUE TERCEIRIZAR TI? ...................................................................................... 47 
4.4 QUANDO NÃO TERCEIRIZAR ................................................................................... 50 
4.5 ALINHAMENTO ESTRATÉGICO DE TI .................................................................... 52 
5 MÉTODO DE PESQUISA ............................................................................................. 57 
5.1 ANÁLISES DOS DADOS ............................................................................................. 59 
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 73 
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 76 
 
 
 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A terceirização é uma alternativa válida e inevitável para a melhoria da 
capacidade competitiva das empresas. Concentrando-se no seu próprio negócio e liberando a 
energia e talento de seus executivos e técnicos para as tarefas realmente estratégicas, a 
terceirização produz de imediato aumento na produtividade, melhoria dos processos 
decisórios internos, maior qualidade no produto e nos serviços. A empresa torna-se mais 
afiada para cumprir bem o desafio no mercado atual. 
As organizações têm a necessidade de criar e sustentar vantagens competitivas, e 
isso vem, proporcionando a criação de novos negócios com a intenção de reduzir custos e 
aumentar a produtividade, tornando os produtos e serviços capazes de competir no mercado. 
Terceirização, cujo termo em inglês, outsourcing, é formado pelas palavras out e 
source, ou seja, fonte externa, é uma abordagem de gestão que permite delegar a um agente 
externo a responsabilidade operacional por processos ou serviços até então realizados na 
empresa. 
Já na Idade Média, na Europa do século XIV, os comerciantes se utilizavam de 
armazéns construídos em Veneza como locais de armazenamento e distribuição de suas 
mercadorias, servindo também como exemplo da utilização de serviços de terceiros numa 
atividade de negócio, vital em sua época. 
No século XX, mais praticamente na década de 1930, um exemplo menos 
dignificante pode ser encontrado nas atividades clandestinas exercidas pelo famoso 
“gangster” Al Capone, que “terceirizava” o contrabando de bebidas alcoólicas provenientes 
do Canadá. Visando minimizar o risco de roubo e sequestro que frequentemente ocorriam nas 
remessas do Canadá para os Estados Unidos, Capone promoveu alianças estratégicas com 
ambiciosos provedores de serviços, que se responsabilizavam pelo transporte da “mercadoria” 
até o destino final determinado. 
Na verdade, a compreensão da importância do surgimento e crescimento do uso 
de serviços terceirizados, originou-se nos USA, por volta de 1940, quando esse país aliou-se 
aos países europeus para combater as forças nazistas e posteriormente contra o Japão. Ou seja, 
durante o segundo conflito bélico mundial. 
A terceirização foi muito aplicada ao longo da guerra, pois as indústrias da época 
precisavam concentrar-se na produção, cada vez melhor, das armas necessárias para a 
manutenção da superioridade aliada à produção dos armamentos, poderiam ser passadas a 
outrosempresários prestadores de serviços, mediante a contratação desses. Após o término da 
12 
 
conflagração mundial, a terceirização evoluiu e consolidou-se como uma técnica 
administrativa eficiente e eficaz quando aplicada adequadamente. 
Por volta de 1950, no Brasil, a rotina da terceirização foi introduzida pelas 
fábricas multinacionais de automóveis, que, tendo agilidade como meta, nada mais é do que 
montadoras, intencionalmente dependentes da produção de peças entregue a outras inúmeras 
empresas. 
As empresas que iniciaram a prestação de serviços terceirizados no Brasil foram 
às empresas de limpeza e conservação, com atuação desde 1967. 
O objetivo dessas empresas era recrutar mão de obra com custos menores, sem 
furtar às disposições tutelares da legislação trabalhista, a qual visa a proteger a relação de 
trabalho. A preocupação com um modelo de gestão empresarial que permitisse a 
especialização das atividades da empresa, ao possibilitar a concentração de esforços na sua 
atividade-fim e, ao mesmo tempo, garantirem a lucratividade das suas operações e 
aumentando a eficiência. 
A terceirização foi uma das tantas alternativas, para desafogar a empresa de 
tarefas não vinculadas diretamente com o processo de produção e torná-las mais produtivas. 
Terceirização proporciona agilidade nos processos meios, direcionando a visão principal para 
o objetivo principal da empresa, que são os negócios. 
O fenômeno da terceirização tem oferecido resultados muito significativos, onde 
se pode perceber o número maior de empresas que tem adotado este modelo de serviços. Os 
ganhos ocorrem em diversos aspectos, sendo por meio do enxugamento de estruturas 
(downsizing), e com reduções de despesas de atividades que eram realizadas pela própria 
empresa. Ela pode proporcionar muitos benefícios como distribuição de renda, na medida em 
que serve como alternativa estratégica para a permanência de grandes empresas, na medida 
em que estas organizações passam por enxugamento, ao mesmo tempo permite o crescimento 
das pequenas empresas. 
A otimização de recursos, processos e pessoas, ao longo do tempo despertou para 
as organizações o valor agregado e aumento dos índices de resultado, para uma nova forma de 
administrar, provando que a terceirização não se trata de um modismo ou um movimento 
passageiro. 
É um dos instrumentos principais para a diminuição do nível de desemprego dos 
países em desenvolvimento, vez que flexibiliza as relações trabalhistas e possibilita o 
aparecimento de pequenas e médias empresas prestadoras de serviços especializados, 
promovendo o aumento no nível de qualidade, produtividade e competitividade das empresas 
13 
 
terceirizadas. 
Dentro de uma ótica empresarial, as vantagens compreendem as dimensões 
econômicas e administrativas, visando à redução do custo final do produto e a dispersão da 
empresa nos aspectos considerados seu foco ou atividade-fim. 
Na verdade, a eficiência dos elementos de produção está subordinada à maior ou 
menor capacidade da organização em coordená-los e direciona-los segundo sua estratégia em 
relação ao mercado em que atua. Hoje em dia o que diferencia as organizações é seu capital 
intelectual, seu conhecimento acumulado, sua perícia e sua habilidade em alavancar as 
potencialidades de outras empresas em seu benefício e não o volume e o escopo dos recursos 
que ela diretamente detém e gerência. Nenhuma empresa é grande demais ou pequena demais 
para que não possa ou não deva considerar a possibilidade de adotá-lo. 
A terceirização de sistemas de informação teve suas origens no início dos anos de 
1960, através dos anos, enquanto executivos e gerentes assistiam a uma rápida evolução da 
tecnologia e ao crescimento dos custos de sistemas de informação, a terceirização das 
atividades de TI mostrou progressivamente diferentes significados e possibilidades. 
A forma inicial de terceirização de sistemas de informação tratava do 
processamento de um único sistema de aplicação, representando apenas uma pequena parcela 
do orçamento total de sistemas de informação de uma organização. Em meados da década de 
60 havia bureaus de serviços computacionais que processavam sistemas tais como controle de 
inventário, contabilidade, folha de pagamento, etc.. Esta forma inicial de terceirização visava 
primariamente à redução de custos da organização contratante, a utilização de recursos 
humanos especializados nos quais seria injustificável ter internamente ou o acesso a novos 
aplicativos disponibilizados pelo fornecedor. 
Terceirizar é uma ferramenta de planejamento estratégico que integra com relação 
à parte sistêmica da organização, no entanto, o que se aplica a uma empresa pode ser inviável 
para outra. Isto mostra que não há uma regra única para implantação de terceirização, a única 
regra fundamental é que seja uma ação tática inserida num processo de planejamento 
estratégico. De outra forma quando a contratação de serviços terceirizados não recebe os 
devidos cuidados, as consequências atingem diretamente as empresas. Isto ocorre devido à 
falta de experiência dos gestores para lidar com a terceirização. 
Adota-se a terceirização, a uma empresa que concentra suas experiências e 
qualidades direcionadas em uma área específica produtiva, no que é especializada, 
melhorando sua competitividade e a qualidade final do produto ou prestação de serviço. 
Entretanto, no caso de se terceirizar atividades de que não adicionam valor ao 
14 
 
produto final, que variam em função da necessidade da empresa, enquanto os custos fixos 
determinam os riscos operacionais da empresa, pretende-se uma redução de custos, 
principalmente dos custos fixos, transformando-os em custos variáveis, um exemplo muito 
comum é a empresa que fornece a alimentação de seus colaboradores em suas dependências. 
Ao optar em terceirizar esta área de alimentação, ela poderá se desfazer do refeitório, de 
equipamentos e de colaboradores desta área, reduzindo assim seu custo fixo, o qual passa a 
ser custo variável. 
A Tecnologia da Informação, como toda a área empresarial, mais que qualquer 
outra, tem que evoluir crescer, reestruturar-se e renovar-se, porém deve existir coerência nas 
medidas aplicadas. Não pode ser burocrática, nem tradicionalista, o que infelizmente, 
majoritariamente é que temos que acreditar e estarmos conscientes de que os tempos fizeram 
e exigiram mudanças, essas mudanças, devem conter estudos atuais e anteriores. 
As constantes mudanças e a globalização atribuíram novos desafios para a tarefa 
de administrar, onde necessita de novas ferramentas de comunicação, uma preservação de 
clima organizacional, redução de estruturas, exige uma flexibilidade nos conceitos, 
procedimentos e comportamentos. 
A tomada de decisão da organização em optar pela terceirização leva o empresário 
a reconsiderar velhos conceitos. Exige-lhe boa dose de ousadia diante do novo e dos riscos 
das soluções novas, e enfrentar os medos que a novidade traz consigo conviver com atitudes 
coerentes e programadas, na medida em que os métodos ou procedimentos empíricos sejam 
substituídos por outros ditados pela razão e pelos conhecimentos. 
Portanto, pretende-se com esse estudo destacar a importância de pesquisas que se 
preocupem com as contratações de serviços terceirizados no setor de tecnologia da 
informação, avaliando os ambientes internos e externos das organizações. 
Assim sendo, esse estudo parte da seguinte problemática: Que razões levam os 
comércios a adotarem a estratégia de terceirização da tecnologia da informação? 
Portanto, parte-se das seguintes hipóteses: Os comércios que contratam serviços 
terceirizados na área da tecnologia da informação, agregam vantagens diferenciadas. Os 
comércios que terceiriza a tecnologia da informação adquirem maior controle da 
administração, além disso, adquirem dinamismo em suas atividades, permitindo também a 
promover maiores níveis deeficiência, eficácia e efetividade, trazendo melhores resultados. 
Apresentado o problema, o objetivo geral do trabalho ficou definido como: 
Identificar as vantagens e desvantagens, controles das empresas de pequeno porte a partir da 
terceirização da tecnologia de informação. 
15 
 
Já como objetivos específicos têm-se: identificar, analisar e expor as melhores 
alternativas disponíveis para a terceirização de tecnologia da informação e suas atividades, 
com destaque a organização contratante, além de conceituar, de forma qualificada e prática, a 
terceirização, demonstrarem os custos x benefícios, avaliar a importância da tecnologia da 
informação, visando aproveitar da melhor maneira está ferramenta, e a partir das informações 
compiladas frente aos estudos, analisar se a terceirização de tecnologia da informação é viável 
ou não para as empresas contratantes. 
O Trabalho de conclusão de curso tem como finalidade analisar os impactos da 
terceirização de tecnologia da informação na organização contratante. Será realizada a 
pesquisa de campo, aplicada nas organizações que utilizam o serviço de terceirização, desta 
forma obteremos um feedback de quais são os pontos positivos e negativos para a contratante. 
O motivo da escolha do tema deste trabalho é de suma importância, pois, aborda o 
sistema de terceirização nas organizações e seus impactos, além das vantagens e desvantagens 
para as empresas contratantes da área de tecnologia da informação. 
Para atingir o objetivo proposto, aderimos as grandes contribuições de autores 
estudiosos no assunto, como Alfredo Saad, Carlos Alberto Ramos Soares de Queiroz, 
Jerônimo Souto Leiria, Sérgio Pinto Martins, que contribuíram com os estudos e formas de 
gestão estratégica da terceirização de serviços e terceirização da área de tecnologia da 
informação. 
O autor Alfredo C. Saad contribuiu esclarecendo os principais conceitos usados na 
terceirização e nos orientando como fazer uma terceirização benéfica para as partes 
envolvidas; Onde o livro utilizado foi Terceirização de Serviços de TI. 
O autor Carlos Alberto Ramos Soares de Queiroz trouxe a contribução para o 
nosso trabalho que essa negociação de contratado e contratante, onde ambos têm que sair 
ganhando. A tercerização é uma tecnica de transferêcia de atividade de apoio para as 
empresas, sendo assim essas informações serão utilizadas para atividades fim. Havendo esse 
tipo de serviço prestado fica mais facil a substituição de pessoas para essas atividades, não 
ficando engessada em apenas em um único funcionário. 
O autor Lívio Antonio Giosa foi de importante na implementação terceirização 
como uma forma de revolução na busca de qualidade, inovações tecnológicas e 
principalmente redução de custos, através de seu livro Terceirização: uma abordagem 
estratégica ele mostra que não é apenas algo passageiro. 
O autor Sergio Pinto Martins, bacharel em direito, ciências contábeis e 
administração de empresas, mestre em direito tributário, doutor e livre-docente em direito do 
16 
 
trabalho, especialista em direito empresarial e direito do trabalho. É juiz presidente da 33° JCJ 
de São Paulo, contribui a explanação da terceirização com foco de variados aspectos jurídicos 
e a terceirização com aspectos administrativos dentro das empesas. 
Para que se pudesse obter o objetivo principal desse estudo, optou-se por escolher 
a metodologia de pesquisa do tipo descritiva quantitativa, na qual a técnica padronizada por 
ser estruturada de natureza conclusiva e baseada em amostras significativas, objetiva e focada 
na mensuração de fenômenos, utilizando métodos estatísticos, e a coleta de dados a partir de 
dados secundários como: livros, revistas, artigos, apostilas e internet. E também por meio de 
entrevistas com as empresas contratantes. 
A partir de então, esse trabalho foi desenvolvido em seis seções. 
A primeira seção refere-se à introdução, que traz uma visão histórica e geral da 
terceirização de serviços e da terceirização da área da tecnologia de informação, deixando 
claro o quão é importante é o tema do estudo. Ao mesmo tempo é mencionada a justificativa 
do tema proposto, a problemática, hipótese, objetivos, principais autores estudados com 
referências no assunto e metodologia utilizada. 
A segunda seção aborda a terceirização e a teoria administrativa, relatando a 
conceituação e as histórias da terceirização nas organizações brasileiras e mundiais, expõe 
quais os tipos de terceirização e quais os setores de atuação, explana quais as leis que 
favorecem a implantação da terceirização e quais aspectos afetam a elaboração de contrato e 
relações entre prestador de serviço, cliente e sindicatos. 
A terceira seção conceitua a terceirização estratégica, por meio das vantagens, 
desvantagens e a terceirização como uma modernização de negócios e com estas referências 
respondem por que terceirizar. 
A quarta seção apresenta a terceirização da tecnologia da informação nas 
empresas privadas, enfatizando a importância do profissional de ti, o alinhamento estratégico 
da tecnologia da informação, e mensuração de quando não terceirizar. 
A quinta seção explica o método de pesquisa que será utilizado no projeto, 
pesquisa descritiva quantitativa, buscando evidencias conclusivas para explicar os motivos 
que levaram os comércios a buscar a terceirização da tecnologia da informação. 
Por fim, a conclusão que responde ao questionamento levantado durante o 
trabalho e mostra se os objetivos propostos foram ou não atendidos, seguindo das referências 
bibliográficas utilizadas no desenvolvimento do trabalho. 
 
17 
 
2 TERCEIRIZAÇÃO E A TEORIA ADMINISTRATIVA 
 
 
2.1 CONCEITUAÇÃO 
 
 
Os conceitos levantados nos estudos apresentam que há grande diversidade. Onde 
cada autor adaptou o seu conceito para o seu estudo particular. 
Para Queiroz (1992), essa é uma técnica administrativa que possibilita o 
estabelecimento de um processo de gerenciamento de transferência, a terceiros das atividades, 
de apoio ao escopo das empresas, que nada mais é que a sua atividade-fim, permitindo a esta 
concentrar-se no seu negócio, ou seja, no objetivo final. 
Segundo Giosa (1997), terceirização é um processo administrativo pelo qual se 
repassam algumas atividades para terceiros, fincando a administração da empresa concentrada 
apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negócio em que atua. 
De acordo com Pagnoncelli (1993), terceirizar é fazer um planejamento de 
transferência de atividades para serem desenvolvidas por terceiros. 
 Para Romanoschi (1994), terceirização é a transferência de atividades e funções 
específicas a terceiros especializados, ou seja, é a aplicação de serviços de terceiros que estão 
capacitados para execução de terminada atividade. Onde a empresa detém sua atenção voltada 
à atividade-fim; aquela à qual foi destinada mercadologicamente, passando a terceiros a 
administração das atividades-meio. 
 Já Neto (1995), conceitua a terceirização como um processo de repassar 
atividades ou serviços de uma organização para outra, deixando de realizar a atividade com 
seus próprios recursos repassando para a empresa contratada. 
Para Giosa (1997), terceirização é um modelo de atuação que visa à integração da 
empresa moderna com excelência. Ele ainda relata que a terceirização é transferir para 
terceiros atividades que não lhe cabem, que estão fora do seu alcance estabelecendo parcerias 
e ficando para si somente atividades que fazem parte do negócio em que atua. 
Ainda para Giosa (1997), terceirização contempla dois conceitos, conceito do 
processo de gestão, entendido como uma ação sistêmica, processual, que tem critérios de 
aplicação (início, meio e fim), e uma visão temporal (curto, médio e longo prazos) e uma ótica 
estratégica, dimensionada para alcançar objetivos determinados e reconhecidos pela 
organização. E o conceito de parceria entendida como uma nova visão de relacionamento,18 
 
onde o fornecedor migra de sua posição tradicional, passando a ser verdadeiro sócio do 
negócio, num regime de confiança pleno junto ao cliente, refletindo a sua verdadeira e nova 
função de parceiro. 
Segundo Dias (2001), a prestação de serviço de terceiro pode se considerar como 
filosofia de gestão em que se busca direcionar todo conhecimento e atenção da organização 
para o produto (ou negócio), de sua atividade principal, tornando-a cada vez mais consolidada 
no seu ramo específico promovendo terceirizando tudo aquilo que não contribua diretamente 
com a razão de ser da organização. 
Para Dias (2001), a terceirização é um processo planejado de transferência de 
atividades para que estas sejam realizadas por uma terceira. Onde o princípio básico da 
terceirização é delegar atividades a empresas especializadas que possuam domínio das 
atividades terceirizadas. 
 Essas características são fundamentais, para a empresa terceirizada, é necessário 
saber fazer e melhor, é o que permite incluir a terceirização entre os principais instrumentos 
de busca da competividade, da qualidade e da eficiência, somando-se aos esforços 
desenvolvidos pela empresa que procura concentrar toda a sua atividade no objetivo central da 
empresa permitindo que seus métodos de trabalho e produção sejam aperfeiçoar. 
Para Saad (2006), o conceito de terceirização desafia os executivos a repensar o 
conceito de empresas estruturadas verticalmente, transformando-as em organizações muito 
mais flexíveis. Na verdade, a eficiência dos elementos de produção está subordinada à maior 
ou menor capacidade da organização em coordená-los e direcioná-los segundo sua estratégia 
em relação ao mercado em que atua. Neste cenário, os investimentos internos tendem a ser 
priorizados nas áreas que compõem as competências diferenciais da organização, onde 
quaisquer das disciplinas citadas podem ter acesso aos serviços obtidos externamente através 
de contratos de terceirização com provedores especializados, que propiciem parcerias de 
longo prazo mutuamente benéficas. 
Para Araújo (2006), terceirizar significa passar adiante a responsabilidade de 
determinadas atividades ou do conjunto delas e complementa mostrando que no meio 
empresarial o conceito dado à terceirização é vasto, uma vez que as organizações entendem 
que outras empresas especializadas na execução de determinados serviços, podem assumir o 
controle das atividades não essenciais para o negócio. 
A evolução da terceirização: 
 Terceirização convencional, repassar funções de apoio para um fornecedor 
especialista a fim de reduzir custos e concentrar os executivos nas questões centrais. 
19 
 
 Terceirização colaborativa, atualizar processos não centrais com o objetivo de 
reduzir despesas e propiciar maior flexibilidade para responder às constantes mudanças do 
negócio. 
 Terceirização transformacional, transformar a maneira pela qual a empresa 
funciona, de forma a alcançar uma melhoria do desempenho drástica e sustentável por toda a 
empresa. 
 A terceirização pode ser entendida como tudo que não constitui atividade 
essencial de determinado negócio podendo passar para terceiros. 
Conclui-se que o conceito de terceirização é delegar a outras organizações 
serviços, a uma terceira especializada, que proporciona qualidade no desempenho das 
atividades, redução de custo alavancando o crescimento desta contratante. 
Este conceito pode ser considerado uma ferramenta estratégica possibilitando para 
organizações reduções de custo inesperável, mas para alcançar este resultado é necessário, 
habilidade para coordenar, direcionar segundo a atividade de atuação. 
A terceirização pode ser uma estratégia para as organizações, provendo vantagens 
competitivas, nota-se que terceirização é influencia diretamente nas organizações, podendo 
ser utilizado para os novos negócios promovendo crescimento e alavancagem que aumenta a 
arrecadação de impostos e fomenta a criação de micros e pequenas empresas trazendo um 
aumento de mão de obra no mercado. 
 
 
2.2 HISTÓRICO DA TERCEIRIZAÇÃO 
 
 
Segundo Queiroz (1995), o início da terceirização de forma como ela se configura 
na produção hoje, deu-se nos Estados Unidos da América por volta de 1940, quando esse país 
estabeleceu alianças industriais com países europeus para a produção de armamentos, com o 
objetivo de combater o nazismo. No Brasil, a terceirização começou a ser implantada com a 
chegada das empresas multinacionais, principalmente do setor automobilístico. Para este 
autor, os processos de terceirização ganham impulso porque representam a postura do “ganho-
ganha”, ou seja, todas as partes envolvidas tendem a ter vantagens. 
Segundo Giosa (1997), a terceirização originou-se nos EUA, logo após a eclosão 
da II guerra mundial, a técnica de gestão administrativa-operacional corrente nos países 
industrialmente competitivos, as indústrias bélicas tinham como desafio concentrar-se no 
20 
 
desenvolvimento da produção de armamentos a serem usados contra as forças do eixo, e 
passaram a delegar algumas atividades de suporte a empresas portadoras de serviços mediante 
contratação. 
Segundo Saad (2006), a compreensão da importância do surgimento e 
crescimento do uso de serviços terceirizados atualmente observada, começa com o reexame 
do conceito tradicional de “companhia”, definido por empresas gigantes como General 
Motors e DuPont desde as primeiras décadas do século XX. Segundo este modelo, as 
companhias eram de grandes organizações, estruturadas verticalmente, onde estas detinham a 
propriedade e exerciam o controle sobre todos os recursos (mão-de-obra, máquinas, materiais, 
informação, energia e assim por diante) de que necessitavam. Neste modelo, de 
autossuficiência era tida como pré-requisito para o sucesso nos negócios. 
 Devido ao surgimento de novas tecnologias os países começaram a analisar à 
terceirização dos serviços de tecnologia da informação. 
A partir da década de 80, houve o surgimento da descentralização das empresas 
brasileiras, onde o crescimento, o aumento da tecnologia, o início da globalização, e a entrada 
de empresas no mercado mundial, onde à informação ficou disponível, para a pioneira Riocell 
S.A que promoveu o início a terceirização no Brasil. 
Para Hendry (1997), as mudanças tecnológicas (principalmente de informação), é 
uns dos motivos que levaram organizações integradas (verticalizadas) a virarem organizações 
em rede. A primeira terceirização em TI foi constatada em 1989, quando a Kodak anuncia a 
terceirização de sua área de informática interna, contratando a IBM, a digital e a 
Businessland. O escopo da terceirização de sistemas passou por uma transformação radical a 
partir do final da década de 1980, após a decisão da Eastmam Kodak de terceirizar seus 
mainframes, sua rede de telecomunicações e seus computadores pessoais através de um 
contrato com a ISSC (In-Service Support Contract), a subsidiária da IBM voltada para a 
prestação de serviços terceirizados, para a qual foram transferidos cerca de 300 funcionários 
da Eastmam Kodak. A partir daí o assunto tornou-se um dos mais discutidos, analisados e 
debatidos da literatura de sistemas de informação. 
Já no Brasil, segundo Vidal (1993), a primeira empresa que anunciou a 
terceirização de todos os serviços de processamento de dados foi a SHELL em 1992, que 
contra a origem Brasil Participações (de origem holandesa desde 1990 no Brasil) por US$100 
milhões para que a prestação destes serviços sejam, proporcional a oito anos, procurando 
levar a dobrar sua capacidade de mão-de-obra em mais de 200 funcionários. 
 
21 
 
2.3 TERCEIRIZAÇÃO NO BRASIL 
 
 
A terceirização foi implantada em nosso país de forma diferente. O mercado 
estava cada vez mais restrito e com isto as oportunidades diminuíam. Isso resultou que fosse 
necessário encontrar novas abordagens buscando a minimização de perdas. 
Segundo Souza (2014), noBrasil, o nome terceirização originou-se a partir da 
experiência de sua implantação na indústria de papel e celulose Riocell S\A, situada na cidade 
de Guaíba – Rio Grande do Sul. Essa empresa é considerada uma das pioneiras da prática de 
terceirização no país, o que não garantiu a excelência dos processos. Umas das dificuldades 
encontradas foi o modo utilizado para a gestão da terceirização. “Alguns departamentos da 
empresa aplicaram a técnica de forma não sistêmica’’; ou seja, as contratações dos 
prestadores de serviços ou fornecedores eram feitos de maneira aleatória sem um padrão a ser 
seguido. 
Em outras palavras ainda Souza (2014), mostra que a Riocell com sua experiência 
adquirida em alguns anos, já mostrou evolução em sua terceirização como no caso da sua 
divisão florestal, um modelo a ser seguido pelos restantes da empresa, onde se tinha um 
planejamento consistente, baseado em custo, oportunidades e desenvolvimento de parceiros 
sendo este pensamento para prevenção de dificuldades futuras. 
Segundo Leite (1994), a prestação de serviços de informática iniciou-se entre o 
final dos 80 e início da década de 1990, com computadores de segunda geração nos Estados 
Unidos, onde se originou a EDS, neste mesmo período as empresas no Brasil, entre as quais 
algumas tinham portentosos centros de informática, tomaram a coragem ou foram obrigadas a 
contratar serviços externos para grande parcela desta atividade, chegando, muitas vezes a 
terceirizar completamente está função. 
Para Romanoschi (1994), a terceirização é pequena, porém importante, janela que 
as empresas dispõe para contemplar o futuro. “Não adianta terceirizar sem uma visão 
estratégica dos rumos, dos processos, dos programas e das ações a serem desenvolvidos. A 
terceirização consiste em uma ferramenta do planejamento estratégico e, como tal, integra o 
todo sistêmico de uma organização” (ROMANOSCHI, 1994, p. 16). 
Segundo Alverez (1996), no Brasil a terceirização não é um fenômeno atual, onde 
ela desembarcou nos anos 1950 junto com montadoras de automóveis; no entanto, seu 
crescimento só pôde ser sentido mais recentemente. 
22 
 
“São fortes os indícios de que esses resultados observados no Brasil decorram 
principalmente, da inexperiência das empresas com a terceirização. Muitas vislumbram 
reduzir de imediato seus custos, o que nem sempre ocorre” (ALVAREZ, 1996, p. 87). 
Ainda segundo Alvarez (1996), nota-se que a terceirização no meio empresarial 
ainda é menos difundida do que parece, embora seja bastante oportuna para criação de 
emprego e geração de riquezas através do fortalecimento das pequenas empresas. Mas para 
que o país avance em diversos aspectos, e tenha um desenvolvimento econômico é necessário 
o uso desta ferramenta. 
Ainda para Leite (1994), particularmente as atividades terceirizadas para as quais 
as empresas não apresente uma demanda em escala suficiente que justifique manter, 
internamente, uma área própria especializada, no contexto brasileiro, a pesquisa realizada pela 
Coopers & Librand em 1992, mostrou como estava a terceirização em cada uma das diversas 
áreas funcionais nas 105 grandes empresas industriais que faziam parte da amostra: 
A Figura 1 apresenta a seguir as principais atividades terceirizadas pelas organizações: 
 
Figura 1- Fonte compilado: (LEITE, 1994, p. 19) 
Para Giosa (1997), no Brasil a terceirização se introduziu sob outro prisma: 
A recessão como pano de fundo levou também as empresas a refletirem 
sobre sua atuação. O mercado, cada vez mais restrito, acabou determinando 
a diminuição das oportunidades, possibilitando que novas abordagens 
fossem aplicadas para buscar a minimização das perdas. Ao mesmo tempo, a 
terceirização demostrava o outro lado da moeda: fomento para a abertura de 
novas empresas, com oportunidades de oferta de mão-de-obra, restringindo 
assim, de certo modo, o impacto social da recessão e do desemprego. 
(GIOSA, 1997 p. 13). 
Devido ao surgimento de novas tecnologias os países começaram a analisar a 
terceirização dos serviços de tecnologia da informação. 
23 
 
Neste estudo pode observar que a terceirização é vista como uma estratégia de 
otimização de produção e lucratividade que pode ser adotada em diversas áreas. 
Seguindo o pensamento de Saratt (2000), devido as constantes mudanças 
mercadológicas decorrentes da necessidade de adaptação a um mundo globalizado, não é 
possível imaginar uma empresa que não realize alianças estratégicas e que não delegue a 
terceiros parte de seu negócio em busca de maior qualidade e especialização na cadeia de 
relacionamentos, com a geração de melhores resultados. 
Com isto percebe-se que, a princípio o foco da terceirização no Brasil era a 
contratação de prestadores de serviços, para atividade de auxílio à empresa contratante em 
serviço que esta não produzisse. No início da terceirização não havia um planejamento 
adequado acerca da contração, com tudo consta que nos dias atuais as empresas brasileiras 
praticam a terceirização de forma mais organizada. 
Segundo Queiroz (1992), no Brasil a implantação de projetos dessa natureza é 
logisticamente adequada, existindo oportunidade, fica perfeitamente de acordo com a 
legislação em vigor, pelos seguintes motivos: 
 A competitividade empresarial vem crescendo rapidamente, os custos fixos 
aumentam principalmente os referentes aos salários e aos encargos gerados pelas convenções 
coletivas dos sindicatos mais poderosos, que acabam servindo de parâmetro para os menores. 
Crescem também os insumos para as atividades acessórias. A implantação das técnicas de 
terceirização pulveriza a ação sindical que perde o seu poder de aglutinamento. 
 A legislação trabalhista ainda não criou obstáculos para o desligamento de 
trabalhadores das empresas, o que facilita a sua substituição. O assunto vem sendo 
consequentemente veiculado nos meios de informação e proliferação de palestras e seminários 
a respeito, mostram as virtudes dessa nova técnica de administração empresarial. 
 Como o mercado de TI tem apresentado crescimento no mundo inteiro, o que 
parece que o mesmo está acontecendo no Brasil. 
Brasil, segundo dados do (SEBRAE, 1999), o universo de micro e pequenas 
empresas, onde 75% das empresas de pequeno porte estão informatizadas, sendo que desta, 
30% é considerada totalmente informatizada, fazendo comparação com índice encontrado no 
ano de 1997 os dados de 1999 tem um crescimento como mostra o (SEBRAE, 1999), onde o 
nível de informatização cresceu de 57% para 76%. O número de empresas totalmente 
informatizadas também apresenta um crescimento de 16% para 30%. 
Conclui-se que a tecnologia, na realidade brasileira apresenta um alto grau de 
desenvolvimento. O Brasil ainda pode aumentar, e muito, a sua gama de aplicações de TI. 
24 
 
2.4 TERCEIRIZAÇÃO E AS RESTRIÇÕES JURÍDICAS 
 
 
A terceirização no Brasil, em 1973 verificava-se que a locação de mão de obra 
vinha se tornando frequente, na cidade de São Paulo havia mais de 50.000 trabalhadores 
nessas condições, os quais prestavam serviços a 10.000 empresas (ALMEIDA, 1997). 
Segundo Giosa (1999), as empresas deverão tomar alguns cuidados especiais, 
quando a relação se dá entre a empresa mãe com a empresa formada pelo ex-funcionário, são 
eles: 
 A relação entre a empresa e o seu ex-funcionário deverá ser como pessoa 
jurídica e não como autônomo; 
 A empresa formada pelo ex-funcionário não poderá ter empresa-mãe como 
único cliente. É evidente que, na sua formação, isto é inevitável. No entanto, um período 
máximo de 6 (seis) meses é suficiente para conquistar uma carteira de clientes capaz de, em 
hipótese alguma, se caracterizar a relação ainda única de trabalho com a ex-empresa, impondo 
com isso um vínculo e, portanto ensejando a uma eventual ação trabalhista; 
 Caberá à empresa mãe até incentivar a conquista de outros clientes pela 
empresa formada por ex-funcionários, verificando se isto estáocorrendo, para se assegurar 
verdadeiramente da situação; 
 Os sindicatos e os empresários, dentro dos seus limites de relacionamento 
naturais, já avançaram muito na discussão e na interpretação da utilização da terceirização no 
mais variados segmentos. 
Segundo Martins (2000), o objetivo das empresas era conseguir mão de obra mais 
barata, uma vez a legislação trabalhista, que visava proteger o trabalhador, os empregadores 
não podiam se furtar destas disposições. Martins (2000) buscou o marco embrionário da 
promulgação da Lei no. 6.019, baseada no projeto de Lei no. 1.347, onde: 
O deputado João Alves teve a iniciativa da apresentação do projeto de Lei n° 
1.347, que se transformou na Lei n° 6.019/74. “A justificativa do projeto 
mostra que o contingente de trabalhadores é representado, por exemplo, por 
estudantes que não dispõem de um tempo integral para um emprego regular; 
por donas de casa que, apenas em certas horas, ou em dias da semana, 
podem se dedicar a um trabalho para a qual tenham interesse e qualificação, 
sem prejuízos para os seus encargos domésticos; para os jovens em idade do 
serviço militar, que encontram dificuldades de emprego justamente pela 
iminência de convocação; para os trabalhadores com mais de 35 anos, ou já 
aposentados mas ainda aptos e que não encontram emprego permanente, ou 
não o querem em regime regular e rotineiro. Serve, também, àqueles 
trabalhadores que ainda não se definiram por uma profissão definitiva que, 
25 
 
pela oportunidade de livre-escolha entre várias atividades, podem ser 
interessar por uma delas e, afinal, consolidar um emprego permanente. E, 
por outro aspecto, não se deixa atender àqueles que, apesar de já empregados 
desejam, com um trabalho suplementar aumentar seus rendimentos” (Diário 
do Congresso Nacional, 30 de junho de 1973, pág. 3766, MARTINS, 2000, 
p. 17). 
Nesse contexto que surge a primeira norma que efetivamente tratou a 
terceirização, embora não com esse nome, Lei n° 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que regulou 
a prática do trabalho temporário, já utilizando em larga escala no mercado antes da edição 
daquela regra legal, porém sem qualquer normatização (MARTINS, 2000). 
Para Martins (2000), a terceirização por suas características de flexibilidade é, 
portanto um fenômeno que vem sendo largamente utilizado no mundo moderno, 
especialmente na Europa. Em nosso país é que recentemente passou a ser adotada pelas 
empresas. Isso mostra que estamos saindo da era industrial para entrar na era de serviços. 
Segundo Martins (2000), a terceirização flexibiliza as relações laborais, de forma 
a compatibilizar a eficácia econômica com novos métodos de gestão de mão-de-obra e 
também com as inovações tecnológicas, assim verifica-se que a contratação de terceiro para 
prestar serviços à empresa também é uma forma de flexibilização dos direitos trabalhistas. 
Ainda para Martins (2000), a terceirização aumenta a arrecadação de impostos, 
como ISS na área de serviços, o que também é mais interessante para o governo. Há um 
fomento de criação de novas empresas, normalmente micro e médias empresas, inclusive do 
trabalho autônomo, trazendo aumento de mão-de-obra no mercado. 
Segundo Martins (2000), a terceirização tem sido feita principalmente nas 
atividades-meio da empresa, para que a empresa contratante possa dedicar-se mais a sua 
atividade-fim: 
Na prática, as empresas têm terceirizado atividades de vigilância, limpeza, 
conservação, manutenção predial, montagem, fornecimento e entrega de 
cestas básicas, previdência privada, assistência jurídica e contábil, 
assistência médica, seleção de pessoal e recursos humanos, treinamento de 
funcionários, auditoria, fornecimento e preparação de alimentos a 
funcionários (restaurantes), transporte de funcionários, informática, seguros, 
gráfica etc., atividades essas, que não correspondem a sua atividade-fim, mas 
atividade-meio. As atividades a serem terceirizadas pela empresa deveriam 
ser, a primeira vista, apenas as subsidiárias, as atividades-meio. O que será 
difícil admitir é a terceirização da atividade-fim do empreendimento, pois aí 
a empresa não estaria prestando serviços, mas fazendo arrendamento do 
próprio negócio, (MARTINS, 2000, p. 46). 
 
Segundo Martins (2000), o artigo 896 do Código Civil que a responsabilidade 
solidária é decorrente de lei ou de vontade das partes. Assim, só se poderá falar em 
responsabilidade solidária se houver previsão legal para esse fim. Não se pode presumir 
26 
 
responsabilidade solidária, devendo existir previsão legal para tanto. Se não houver imposição 
da lei da vontade das partes, a solidariedade é inexistente. 
2.4.1 Contratos 
 
 
Segundo Martins (1997), o contrato de fornecimento caracteriza-se pelo acordo 
entre duas partes, no sentido do fornecimento, pelo vendedor, e duas mercadorias para 
entregar em um prazo determinado, por um preço que pode ser fixado antecipadamente para 
todas as entregas parciais ou que pode ser fixado antecipadamente para todas as entregas 
parciais ou que pode ser ajustado em cada uma dessas entregas. Não deixa de ser uma forma 
de contratação de terceiros, mediante a descentralização das atividades da empresa. 
Segundo Leiria (1992), para ter validade, o contrato social deve primeiramente 
“casar” a atividade-fim de um com a atividade-meio do outro. Havendo contratos sociais 
compatíveis, o contrato de prestação de serviços revela a “eleição” de um empresário por 
parte de outro empresário. 
Portanto, ambos com Know-how diferentes, então quem compra os serviços não 
deve subordinar o realizador de serviços, sob pena da prestadora dos serviços torna-se mais 
um departamento da tomadora, caso contrário, esta passa da condição de fiadora da 
contratação para o status de responsável, o que significa ser titular dos empregados da 
terceira. Na escolha do contrato, para garantir economia de resultado, é aconselhável fazer um 
estudo do porte de seu patrimônio e acompanhar na prática sua idoneidade com o Estado e 
seus empregados. 
Além disso, é sempre válido incluir uma cláusula de risco, prevendo que, mesmo 
que haja a interpretação de que a tomadora dos serviços é fiadora ou titular de alguma 
obrigação do terceiro, esse último indenizará a contratante pela obrigação seja extra- 
judicialmente ou por via comum processo de execução, na maioria das vezes, a título de 
comportamento, os contratos têm força moral que vincula as partes, lembrando que não 
existe seguro contra má fé, e pode haver também falta de critério na eleição do terceiro. 
Para Leite (1994), o contrato é o instrumento formal que sela os compromissos 
assumidos entre as partes, ele é a peça fundamental de qualquer processo de terceirização. No 
caso da tecnologia da informação, é ainda mais complexo do que em outras situações, na 
terceirização da tecnologia da informação o contrato assume um papel relevante. 
27 
 
No Brasil, o contrato examinado apareceu sob a forma de concessão 
mercantil, como na técnica de distribuição de filmes cinematográficos das 
grandes empresas que detinham a marca dos conceituados estúdios norte-
americanos, passando a ser posteriormente utilizado pela indústria. As 
empresas importadoras de veículos também começaram a utilizar o instituto, 
mediante concessão exclusiva, para a distribuição dos veículos importados 
que ingressassem em nosso país (REQUIÃO, 1977, p. 62). 
Afirma Leite (1994), para o desenvolvimento de um contrato ainda a forma mais 
segura de evitar enormes dores de cabeça posteriores. Multas por cláusulas não cumpridas, 
cessão e transferência de direitos e deveres, fórmula paramétrica de reajuste, bases para 
renovação e condições para rescisão. A partir desta ótica, serão abordados alguns aspectos 
utilizados como vantagens sobre o conhecimento de Leite (1994) referentes a contratação de 
serviços de terceirização: 
 Finalidade; 
 Qualificação das partes; 
 Níveis de serviço; Verificação da qualidade; 
 Planos de contingência; 
 Garantias de confidencialidade; 
 Auditorias; 
 Prazo de validade; 
 Condições de renovação; 
 Preços; 
 Condições de reajustes; 
 Obrigações mútuas; 
 Garantias e penalidades; 
 Condições para rescisão; 
 Garantia de que está cumprindo todas as exigências legais e trabalhistas; 
 Precedentes e inovação; 
 Foro; 
 Testemunhas. 
Leiria (1992) destaca o que se deve observar no contrato: 
 Ao eleger o contratado, é preciso ter a garantia de obter-se a realização do 
objeto do contrato na condição técnica desejada. A contratação deve ser viável nos aspectos 
econômico e jurídico. Não raras vezes a inviabilidade jurídica traz a inviabilidade do 
resultado econômico. 
28 
 
 A pressa operacional jamais autoriza o risco jurídico. Ao agir com imprudência 
a desleixo contratual da atividade, a empresa contratante deixa de administrar, só corre risco. 
Faz, isso sim, má administração. 
Para Saad (2006), o processo de preparação e criação de um contratado de 
terceirização deve ser exaustivo e completo. Por ser extremamente complexo, a mesma 
negociação envolve aspectos díspares tais como o fornecimento dos serviços, a transferência 
de empregados e a transferência de recursos de hardware e software. 
Saad (2006) também ressalta, que existe a diferença entre contratação externa de 
serviços e terceirização. Na contratação externa de serviços, o contratante define qual é o 
serviço a ser executado e como será realizado, enquanto na terceirização, o enfoque será sobre 
qual é o resultado a ser atingido, sendo de responsabilidade do provedor as decisões acerca de 
como o resultado será alcançado. 
Ainda segundo Saad (2006), existem alguns relevantes a serem considerados e 
inseridos no contrato com a emissão de relatórios de acompanhamento e performance; 
negociar e definir as diretrizes dos aspectos financeiros, legais técnicos; definir e detalhar as 
responsabilidades do prestador e do contratante; deve haver um escopo para o contratante dos 
serviços que serão prestados, serviços a serem excluídos, níveis de desempenho e Benchmark; 
o prazo do contrato deve ser definido assim como as condições de renovação. 
A Empresa deverá definir o espaço físico e os equipamentos a serem 
disponibilizados, sendo assim haverá uma lista de requerimento de espaço e equipamentos, e 
as obrigações com relação aos custos de manutenção dos equipamentos e garantias; apresentar 
os preços negociados e acertados e as formas de pagamento. No contrato deve conte as 
condições de recisão e as penalidades por não cumprimentos dos serviços solicitados. 
 
 
2.4.2 Relação entre cliente e prestador de serviço 
 
 
Segundo Leite (1994), em determinados casos é preciso formar o parceiro, se uma 
grande empresa resolve adotar um software que não tem representação no Brasil, pode ser 
interessante estimular o surgimento de pequenas empresas que se comprometam a dar suporte 
e manutenção. Às vezes, compensa até mesmo interceder junto aos grandes fornecedores 
internacionais em favor desses pequenos parceiros, solicitando que lhes sejam concedidos 
uma representação ou uma joint-venture com a empresa estrangeira. 
29 
 
Para Saad (2006), o relacionamento entre contratante – provedor, caracteriza-se 
por ter alto valor agregado e por ser um processo de contínua comunicação entre ambos. 
Deve-se entender os negócios do cliente assim como seus fatores críticos e suas prioridades, 
satisfazendo a requisitos e antecipando as futuras necessidades. 
“Terceirização é a utilização de relações comerciais externas para executar as 
atividades e processos necessários aos negócios da organização em lugar do uso de recursos 
internos” (SAAD, 2006, p. 9). 
“Uma atitude inadequada durante a negociação do contrato pode fazer com que a 
organização contratante perca grande parte de sua capacidade de reagir rapidamente e 
priorizar solicitações especiais ou de emergência” (SAAD, 2006, p. 19). 
Na visão de Baldin (2011), a relação entre o Cliente x Prestador deverá ser 
construída no decorrer da prestação do serviço e para que a relação floresça de forma 
adequada as bases de valores devem ser mantidas mesmo nos momentos de conflitos, pois 
enquanto o cliente deseja o melhor serviço pelo menor custo, o prestador também deseja 
prestar o melhor serviço com o maior resultado possível. Para isso, é necessário haver o 
equilíbrio nesta relação e garantir que ambos os lados estejam satisfeitos, pois, se esse 
equilíbrio não for encontrado a relação do Cliente com o Prestador será temporária e poderá 
acabar dentro de curto ou médio prazo. 
Na concepção de Baldin (2011), o critério que o cliente utiliza no momento de 
contratação do serviço, não serão os mesmos que ele irá utilizar para validar a qualidade do 
serviço entregue. Isso também se aplica na parte de custos. O foco do cliente na compra é o 
mínimo custo com o máximo de serviços e muitas vezes a diminuição do valor a ser pago 
pelo serviço interfere na prestação do mesmo. Na negociação o Cliente abre mão de um 
determinado serviço, que é essencial, e o momento da entrega do serviço é que ele percebe as 
consequências de sua atitude. 
O que se deve buscar com a terceirização não é somente a redução de custos, 
como também uma avaliação de escala do conhecimento, assim permite ao Cliente atingir 
níveis altos dos serviços em prazos curtos de tempo. 
Se esses serviços tiverem relação direta com o negócio fim do cliente, ele poderá 
melhorar seus serviços, em pouco tempo, aumentando sua competitividade (BALDIN, 2011, 
p. 81). 
Ainda para Baldin (2011), a contratação do serviço terceirizado deve ser 
claramente discutida, quanto mais ligado ao negócio, mais clara deve ser a definição do 
modelo de operação do serviço, seja este interno ou externo e é comum o receio de terceirizar 
30 
 
vir de alguém pertencente à estrutura, a pessoa deduz que sua posição estará ameaçada, porém 
nesses casos o que ameaça a estrutura da empresa, como um todo, é a dinâmica dos negócios 
em que ela está inserida, que acabam por buscar soluções, sendo que uma delas pode vir a ser 
a terceirização, ou seja, terceirizar é o meio e não fim, não é uma escolha, mas sim uma 
adequação a uma eventual realidade que o negócio da organização enfrenta. 
 
 
2.4.3 Sindicatos 
 
 
Segundo Queiroz (1992), são duas as correntes sindicais principais do nosso País: 
aquela que diz “voltada para os resultados” e a outra mais radical voltada para o 
“enfrentamento direto”. Ambas estão muito preocupadas com a terceirização e têm 
posicionamentos próximos a respeito. Estas são as premissas básicas: 
 O ideal é que o tomador de serviço defina quais as atividades que vai 
terceirizar, e não simplesmente ouve falar na terceirização, entusiasma-se e de modo leviano 
executa um projeto. 
 É fundamental que o tomador saiba claramente os seus encargos nas atividades 
a serem terceirizadas. 
 O tomador deve saber preparar-se para uma parceria responsável. 
 O público interno, no tomador, precisa saber corretamente como se relacionar 
com os parceiros externos. 
Segundo Queiroz (1992), os sindicatos devem abandonar a postura de 
contraposição radical a terceirização, adotando as seguintes sugestões: 
 Participação, sem cooptação, dialogando sobre a situação atual, do 
desenvolvimento da terceirização. 
 Que se evite a demissão, tentando a reabsorção no prestador. 
 Evite-se a redução dos salários e benefícios. 
 Mantenha-se um bom relacionamento entre as partes. 
 Preocupe-se com a segurança no trabalho. 
 
 
31 
 
2.5 POR QUE TERCEIRIZAR? 
 
 
Segundo Leiria (1992), a contratação de terceiros é encarada como um dos 
caminhos mais avançados da empresa moderna. Para melhor entender o que leva a tal 
alternativa, vale uma rápida passada nas teorias administrativas. 
As empresas podem ser divididas em três tipos, a do primeiro reproduz o 
mecanismoencontrado em instituições milenares como a igreja e as forças militares, 
principalmente no que se refere à estrutura hierárquica e normas. 
Ainda segundo Leiria (1992), a empresa do segundo tipo pode ser descrita como a 
taylorista “desenferrujada”, isto é, ela começa a agregar aspectos participativos, mas nunca 
em sua gestão, pois, assim, não corre risco. 
Chegando ao terceiro tipo e último, a empresa passa por três momentos, em 
princípio, os que detêm o poder conscientizam-se de que é preciso mudar para reagir aos 
aspectos externos, logo depois é feita uma análise de valores (custos e benefícios) de cada 
uma das funções da empresa, mas abandonando a visão segmentada. Finalmente é possível 
identificar o que é estratégico (aderente ou próprio) e o que é acessório, sem o ultrapassado 
receio de perda do poder, é que a terceirização ganha razão de ser. 
Para Leite (1994), alguns problemas são mais frequentes reportados, é a 
dificuldade de fazer com que o fornecedor se adapte aos procedimentos e a cultura da 
empresa, logo em seguida a tal dificuldade, a falta de padrões de qualidade cita-se como o 
segundo maior problema da terceirização. A Figura 2 apresenta a seguir os principais 
problemas enfrentados pelas organizações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Figura 2 - Fonte compilado: (LEITE, 1994, p. 17) 
 
 
Segundo Giosa (1999), a oportunidade que as empresas brasileiras têm hoje é 
muito grande, pois há um ambiente para isso, a maioria do corpo funcional já conhece o 
assunto e a alta administração já começa a ter sensibilidade para entender a necessidade real 
da implantação deste processo, com algumas afirmações pode-se responder, por que 
terceirizar: 
Porque é saudável, a empresa se organiza revisando a sua “saúde” interna por 
meio de mudanças estruturais, culturais e sistêmicas, garantindo resultados e motivando o 
corpo funcional. 
Porque é mais negócio, a empresa com a terceirização, irá voltar-se totalmente 
para sua atividade principal, otimizando os recursos desenvolvendo práticas precisas para o 
atingimento das metas e treinando os seus talentos humanos para conquistar os resultados e 
desafios propostos. 
Porque agiliza, a empresa voltada para sua missão básica, irá estar presente em 
todas as operações que levem-na a se adequar ao novo modelo organizacional, com isso, sem 
preocupar-se operacionalmente com as tidas “atividades secundárias”, as empresas terão mais 
competitividade e agilidade na consecução de suas operações e mais rapidez na tomada de 
decisão em razão dos novos objetivos. 
Entretanto, para Andrade (2016), algumas definições no ambiente empresarial são 
necessárias para facilitar o entendimento de por que terceirizar algum tipo de serviço, 
entende-se por outsourcing a transferência para terceiros da responsabilidade pela execução 
de determinada atividade ou conjunto de atividades. Ou seja, uma função que antes era 
https://blog.contaazul.com/author/marcio-roberto-andrade
33 
 
executada pela “empresa-origem”, passa a ser realizada pela “empresa-destino” 
(subcontratada). 
Algumas empresas optam por terceirizar etapas do processo produtivo, como uma 
montadora de ônibus que contrata a fabricação da carroceria de outra empresa, e outras, 
prefere terceirizar atividades/serviços de apoio, como limpeza e manutenção, alimentação, 
telefonia e transporte. Esse repasse de responsabilidade é incentivado pelo objetivo de 
alcançar maior qualidade, produtividade e o melhor preço, não simplesmente o menor preço. 
Andrade (2016) acrescenta ainda que a terceirização tem como objetivo, certifica-
se no que realmente é necessário para o sucesso, e o crescimento continuo da empresa. Porém, 
se o intuito for utilizá-la apenas com o objetivo de redução de custos, essa estratégia pode 
acabar significando um tiro no pé, pois antes de decidir por um serviço terceirizado, sempre é 
necessário verificar-se: 
 Se há qualificação técnica; 
 Certificação e viabilidade nos demonstrativos de custos e preços dos serviços; 
 Referencia no mercado e boas indicações de outros clientes; 
 Demonstra capacidade e qualidade em entender as necessidades do seu 
negócio; 
 Desenvolvimento de planos e ações conjuntas para o aprimoramento dos 
serviços e atualizações do mesmo. 
 Na iniciativa privada: 
Segundo Leiria (1992), na iniciativa privada dificilmente se imagina qualquer 
empreendimento industrial ou comercial que não possua ramificação ou que não tenha parte 
de seus serviços ou produtos realizados por terceiros, além do mais jamais diminui o número 
de empregos numa comunidade, ao contrário, a criação de novas empresas, com livre atuação, 
estimula cada vez mais a necessidade da mão-de-obra especializada e, portanto, melhor 
remunerada. 
 Na economia estatal: 
 De acordo com Leiria (1992), na economia estatal, destaca que nos últimos anos, 
inspirado nos exemplos do Primeiro Mundo (Estado Unidos e quase todos os países da 
Europa), assim como no México, e no sucesso das empresas privadas, também o setor público 
passou a adotar a nova alternativa de administração, embora de maneira dispersa. União, 
estado e município há muito que usam terceiros na construção de estradas, coleta de lixo, 
transporte público, recebimento de taxas e impostos. 
34 
 
Os benefícios para o setor público, constantemente acusado de ser “máquina 
emperrada” ou se construir em “cabide de empregos”, são claramente detectáveis. 
A terceirização “enxuga” quadros superlotados e sem função, ao mesmo tempo 
que garante à comunidade um serviço eficiente. 
 
 
2.6 TIPOS DE TERCEIRIZAÇÃO 
 
 
Através de um estudo realizado na Bahia em 1995, Druck (1999), definiu a 
existência de cinco modalidades de terceirização dívidas em trabalho doméstico, redes de 
empresas fornecedoras de componentes e peças, a subcontratação de serviços de apoio e 
periféricos, a subcontratação de empresas autônomas e a quarteirização. 
Desde então surgiram novas modalidades, podendo se destacar o trabalho a 
domicílio; as empresas filhotes ou as empresas do “eu sozinho”, que se define quando os 
trabalhadores são pressionados a abrirem uma empresa e seu nome, assumindo os seus 
encargos e transformando-se em uma empresa individual terceirizada, e as cooperativas que 
possuem legislação específica, faz com que as grandes empresas contratantes utilizem de 
contratos, se privando de todos os custos associados aos direitos trabalhistas. 
Segundo Queiroz (1992), a terceirização pode ser dividida através de contratos 
como mão de obra temporária, autônomos, avulsos com prazo determinado, trabalho eventual 
ocasional ou esporádico, venda ou compra de serviços e representante comercial. Sendo assim 
para cada tipo de contrato existe seus ambitos jurídicos. 
Segundo Giosa (1993), enquanto contratados e contratantes estiverem em um 
relacionamento de reciprocidade e de objetivos claros, haverá uma parceria entre ambos, pois 
atenderá ao esperado e o grau de contato e comunicação se tornará periódico e ágil. Definindo 
a terceirização como uma relação entre contratante-contratado, ou seja, as mesmas devem 
estar alinhadas entre si e atendendo as necessidades de ambas as partes. 
“Uma nova visão de relacionamento comercial, onde o fornecedor migra de sua 
posição tradicional, passando a ser o verdadeiro sócio do negócio, num regime de confiança 
plena junto ao cliente, refletindo a sua verdadeira e nova função de parceiro” (GIOSA, 1993, 
p. 15). 
Para Parasuraman, Zeithaml e Berry (1988), os clientes julgam a qualidade dos 
serviços prestados, utilizando cinco dimensões: confiabilidade, responsabilidade, segurança, 
35 
 
empatia e tangibilidade. Assim como para Girardi (1998), que define a decisão de terceirizar 
de uma forma empresarial adequada, através de um relacionamento saudável com 
fornecedores exigindo deles não só preço, mas principalmente, qualidade, prazo, inovação 
tecnológica e parceria. Jána concepção de Pagnoncelli (1993), terceirização é apenas um 
processo planejado de transferência de atividades para serem realizadas por terceiros. 
Para Silveira (2002), a terceirização pode ser classificada quanto a sua forma e 
quanto ao seu objeto. Quanto à forma ele a caracteriza como terceirização externa, 
terceirização interna e a cooperativa de trabalho. E quanto ao objeto, classifica como: 
• terceirização de serviços, em que a responsabilidade do prestador restringe-
se à execução das atividades contratadas, não envolvendo insumos ou 
equipamentos, caracterizada pela pura prestação de serviços; 
• terceirização de serviços e materiais, modalidade que inclui o fornecimento 
de insumos, fazendo com que o terceirizado mude o seu perfil simples 
“fazedor” para “gestor” das atividades, havendo nesta categoria uma maior 
exigência quanto à qualidade; 
• terceirização de serviços e equipamentos, onde o terceirizado fornece todo 
o maquinário e todos os equipamentos indispensáveis à execução correta e 
mais eficiente do contrato; 
• terceirização plena, caracterizada pela transferência de atividades e 
tecnologia, tipificada como a terceirização que define o executante da 
atividade como o responsável pela execução, pela tecnologia empregada e 
pela gestão integral da atividade contratada (OLIVEIRA, 2009, p. 23). 
Saad (2006), define a terceirização como uma técnica administrativa que 
possibilita a transferência de uma atividade escopo, acessória para um terceiro, gerando assim 
novos empregos, permitindo a melhoria e o incremento nas empresas existentes em quesitos 
como especialidade, qualidade e eficiência. 
As empresas vêm adotando a terceirização como uma forma de estratégia, 
buscando melhores resultados, qualidade e eficácia em seus negócios. Ela pode ser abordada 
através de bens materiais ou na forma de serviços, em atividades-meio e atividades-fim. Que 
de modo geral são definidas as atividades-meio como sendo aquelas que não estão ligadas 
com a atividade principal da empresa e como atividades-fim que está diretamente ligada a 
atividade principal da empresa. 
Sendo assim a terceirização pode ser aplicada em todas as áreas da empresa 
definida como atividade-meio, como por exemplo: os serviços de alimentação, serviços de 
conservação patrimonial e de limpeza, serviço de segurança, serviços de manutenção geral 
predial e especializada, engenharias, arquitetura, manutenção de máquinas e equipamentos, 
serviços de oficina mecânica para veículos, frota de veículos, transporte de funcionários, 
serviços de mensageiros, distribuição interna de correspondência, serviços jurídicos, serviços 
de assistência médica, serviços de telefonistas, recepção, digitação, serviços de processamento 
36 
 
de dados, distribuição de produtos, serviços de movimentação interna de materiais, 
administração de recursos humanos, administração de relações trabalhistas e sindicais, 
serviços de secretaria, tecnologia da informação e em serviços especializados ligados a 
atividade-meio do tomador de serviços. 
A terceirização da área de TI segundo Bernstorff e Cunha (1999), é considerada 
estratégica e imprescindível para a competitividade organizacional, uma vez que o orçamento 
é privilegiado devido sua importância, a gestão da tecnologia poderá estrategicamente obter 
ganhos com a redução de custos, com a focalização e flexibilização de suas atividades, um 
maior acesso a novas tecnologias e a obtenção de melhores recursos especializados. 
Definindo assim que algumas das áreas de maior interesse na contratação de 
serviços terceirizados de tecnologia da informação são: 
• Desenvolvimento de sistemas; 
• Implantação, treinamentos e acompanhamentos dos sistemas implantados; 
• Manutenção dos equipamentos e aplicativos; 
• Concepção, implantação e manutenção da rede de computadores na organização; 
• A administração e segurança do banco de dados; 
• Suporte técnico em hardware e software; 
• Segurança do sistema; 
• Microfilmagem; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
3 TERCEIRIZAÇÃO ESTRATÉGICA 
 
 
Atualmente as empresas encontram-se em um mercado acirrado, em constante 
aumento da competitividade entre elas e consequentemente das exigências dos clientes que 
buscam qualidade, tecnologia e preço acessível aos serviços, fazendo com que os gestores 
busquem novos métodos e práticas que ajudem no gerenciamento cada vez mais complexo 
das organizações. Desta forma a terceirização surge como estratégia, fazendo com que a 
empresa cada vez mais se concentre em suas competências básicas e dá espaço aos 
profissionais específicos nas atividades complementares. 
Segundo Bezerra (1994), a terceirização é uma ferramenta adotada pelas 
organizações para as atividades de apoio e também para importantes etapas do processo 
produtivo na empresa, quando se busca a redução de custos. 
Para Saad (2006), todos os elementos do processo de terceirização combinados 
formam uma prática gerencial única. Os provedores de serviços de terceirização são parceiros 
que se delegam muitas das decisões relacionadas à prestação dos serviços no dia-a-dia. O 
valor por eles agregado vem do fato de que devem entender os negócios do cliente (seus 
fatores críticos, suas prioridades, suas idiossincrasias), satisfazer seus requisitos e antecipar 
suas futuras necessidades. 
Segundo Giosa (1999), alguns fatores condicionantes de uma forma ampla e geral 
são determinantes do sucesso, para implantação de processos de terceirização: 
Ambiente estratégico 
 Os motivos da existência da empresa, conhecendo e focalizando a sua 
verdadeira missão, os objetivos e as diretrizes, as políticas gerais e setoriais, a aderência e 
compatibilidade do negócio, além de um conhecimento amplo do mercado e formas de 
comercialização; 
 As vertentes estratégicas que levam a uma maior “aderência” e 
compatibilidade com os sistemas de informação; 
 A necessidade natural do conhecimento amplo dos funcionários sobre o novo 
sistema de gestão que será implantado; 
 Em nível de conflitos, com a revisão dos objetivos, diretrizes, políticas, a 
empresa estará apta a se relacionar com todos os níveis hierárquicos e postos de trabalho, com 
confiança e competência necessária para a ligação; 
38 
 
 A revisão de papéis, funções dos empregados deverá ser clara e 
presumivelmente analisada diante deste novo cenário, com estudos de avaliação; 
 Haverá alteração prevista nas funções dos empregados por meio da 
implantação de políticas setoriais. Assim, os conflitos internos poderão interromper, com a 
presença ou não dos sindicatos, com grande poder de influenciar adequadamente ou não a 
implantação de programas de terceirização nas empresas. 
Segundo Saad (2006), terceirizar uma função que seja ou que possa 
eventualmente tornar-se uma competência diferencial ou um fator-chave de sucesso, apenas 
por uma redução de custos, pode resolver um problema de caixa em curto prazo, mas, 
simultaneamente, pode criar um problema em longo prazo que arruíne a organização. 
O termo empreendedorismo é recente pode ser definido como um processo de 
implementação de novos negócios e/ou mudanças em empresas já existentes. Muitas vezes 
envolvendo a criação de empresas ou produtos novos, inovações e riscos. Pode-se dizer que o 
empreendedorismo é a inovação, a criação de algo novo, que necessita de um planejamento, 
de novas ideias, de dedicação e muito esforço, atingindo assim a recompensa de um 
reconhecimento profissional, um retorno financeiro e a satisfação pessoal. 
Transforma a condição mais significante numa excepcional oportunidade. O 
empreendedor é visionário dentro de nós. O sonhador. A energia por trás de 
toda atividade humana. A imaginação que acende o fogo do futuro. O 
catalisador das mudanças. O empreendedor vive o futuro, nunca do passado, 
raramente do presente [...]. (GERBER, 1996, p. 31). 
Seguindo o pensamento de Dolabela (2000)

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