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INTERVENÇÃO EMPRESARIAL: LILI KIDS Felipe D‘Avila, Marina Borssatto e Patrícia Machado 1 Vagner Bertoli de Souza 2 RESUMO O presente trabalho foi desenvolvido através de pesquisa qualitativa executada com a sócia- diretora, Michelle Negrine, da empresa Lili Kids. Tem por objetivo apresentar propostas de melhorias utilizando ferramentas administrativas para a intervenção empresarial, a fim de manter a empresa alinhada e adequada à nova realidade. Devido a grande competitividade, as empresas estão sendo obrigadas a implementar melhorias contínuas em seus processos. É necessário traçar novas estratégias e obter mudanças, com o objetivo do aumento nas receitas e com resultados produtivos, proporcionando assim melhor qualidade de vida de todos os envolvidos. PALAVRAS CHAVES: Intervenção empresarial. Ferramentas administrativas. Competitividade. 1 INTRODUÇÃO Este plano de intervenção empresarial foi elaborado de acordo com a realidade da empresa em questão, buscando corrigir os pontos fracos e por sua vez, potencializando os pontos fortes, além de verificar as oportunidades e ameaças. Diante da necessidade de adequação às exigências do mercado, as empresas estão em busca do aperfeiçoamento de processos, inovação de produtos e serviços. Produtos de qualidade e preços competitivos tornam-se parte do objetivo principal para atender a demanda necessária e as expectativas do público-alvo. A empresa utilizada como objeto de estudo foi a M.P Negrine de Moraes ME, conhecida popularmente pelo nome fantasia de LILI KIDS, fundada em 07 de setembro de 2019, atuando no mercado de confecção infantil e oferecendo uma linha completa de enxoval moda bebê, além de roupas, calçados infantis e moda teen. Localiza-se na Rua Maranguab nº 467 Lj 01 e 02 na cidade de Capão da Canoa – RS. A empresa está enquadrada como ME (Micro Empresa) e é optante pelo Simples Nacional. Com tudo a Lili Kids busca atrair seus clientes oferecendo variedades e qualidade em marcas renomadas, tendo o objetivo de 1Graduando em Administração, VIII semestre 2Professor do Centro Universitário Leonardo da Vinci – Capão da Canoa – RS. Contato expansão para os próximos anos. A LILI KIDS, conta com 02 funcionárias, sendo 01 vendedora e 01 caixa. Os proprietários também fazem parte desse quadro, sendo a Michelle na parte de compras e organização da loja e o Cleiton na parte administrativa. Por meio da pesquisa de método qualitativa analisar e interpretar os dados coletados na empresa, Lili Kids, objeto de estudo finalizando com um diagnóstico simplificado de suas práticas administrativas em seu ambiente interno nas seguintes áreas: Administração de Recursos Humanos, Administração Mercadológica, Administração Financeira, Administração da Produção/Logística. Este estudo foi realizado seguindo dois processos fundamentais, primeiramente foi realizada a pesquisa bibliográfica em livros e artigos, buscando o embasamento teórico de conceitos e aspectos importantes sobre o assunto tratado nesta pesquisa, com o principal objetivo de complementar o conhecimento em relação ao assunto proposto neste trabalho. Na sequência foi realizada a coleta de dados, por meio de questionário com perguntas abertas, que foram aplicados aos entrevistados, colocado à disposição destes via e-mail ou impresso, com a finalidade de responder o problema de pesquisa proposto inicialmente pelo estudo. Este estudo está organizado da seguinte maneira. Primeiramente apresenta-se a fundamentação teórica para demonstrar às estratégias cabíveis dentro da realidade da empresa, apresentando o porquê a empresa deve mudar sua estratégia dentro do mercado, traçar um novo planejamento e ratificar novos ideais na empresa. Na sequência apresenta-se o detalhamento dos pontos fracos e fortes em cada setor e diagnóstico simplificado de suas práticas administrativas em seu ambiente interno. Seguido de sugestões de melhorias para os pontos fracos mais relevantes na visão dos autores. E por fim as considerações finais encerram este estudo. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste item serão apresentados os principais conceitos de Recursos Humanos, Marketing, Gestão financeira, Produção e Logística. É importante destacar que a pesquisa bibliográfica contribui para o entendimento dos conceitos apresentados pelos principais autores da administração e para a etapa seguinte deste estudo compreender como acontece na prática o processo de gestão empresarial em cada setor estudado. 2.1 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Segundo o Gupy (2021), ―Administração de recursos humanos é um conjunto de técnicas que visa gerenciar a comunicação entre pessoas e organizações. Também conhecida como Gestão de Pessoas, objetiva o sucesso do negócio e o bem-estar dos colaboradores.‖ Está voltada ao fator principal que garante o funcionamento de qualquer organização : as pessoas. Toda instituiçaõ deve preocupar -se com a motivaçaõ de seus funcionários , pois eles mantêm a manutenção e funcionamento da empresa. 2.1.1 Recrutamento e Seleção Atualmente, o processo de recrutamento e seleção dentro das organizações é algo muito importante, visto que é nesse momento que é possível monitorar os colaboradores e suas potencialidades. Para o Senior (2019) ―Recrutamento e Seleção de Pessoas nada mais é que um processo da área de recursos humanos que tem a função de atrair e escolher o profissional ideal para um determinado cargo. Ou seja, esse processo é a peça-chave para realizar contratações de sucesso!‖ Esse processo tem como base o planejamento das necessidades da empresa bem como a força de trabalho. 2.1.2 Plano de Cargos e Salários O Plano de Cargos e salários consiste em uma ferramenta que determina e estrutura os cargos, com o objetivo de alcançar o equilíbrio interno. Segundo Rocha (Administradores, 2014): O Plano de Cargos e Salários é uma ferramenta utilizada para determinar e sustentar as estruturas de cargos e salários de uma organização com objetivo de alcançar o equilíbrio interno e externo por meio da definição das atribuições, deveres e responsabilidades de cada cargo e, consequentemente, os seus respectivos níveis salariais. De forma clara, o plano de carreira, além de proporcionar estruturação, permite que a empresa ofereça um plano real e suas possíveis promoções em tempo hábil. https://mindsight.com.br/recrutamento-e-selecao-tudo-o-que-voce-precisa-saber/ 2.1.3 Plano de Carreira O plano de carreira deve unir objetivos, tanto da empresa quanto do colaborador. Nesse caso, além de potencializado o crescimento é de ambos. Segundo Sebrae (2017) ―Plano de carreira é um programa estruturado que estipula o caminho que cada funcionário vai percorrer dentro de uma organização.‖ Esse plano determina o que é necessário para cada posição hierárquica e a expectativa da empresa em relação àquela posição. 2.1.4 Integração e Socialização dos Colaboradores Para Fernandes (2020): Integração de novos colaboradores é o processo de preparar um funcionário para que ele inicie seu trabalho na empresa. Se o treinamento de integração for falho, o colaborador pode se sentir deslocado, não entender como os processos funcionam ou não saber exatamente como realizar seu trabalho. Uma boa integração, quando realizada corretamente, faz com que a empresa retenha novos talentos aproveitando a máxima entrega do antigo e do novo profissional. Conforme informa Kenoby (2020): A integração na empresa é um processo realizado pelas organizações para inserir os novos funcionários no ambiente de trabalho e para engajar os colaboradores antigos a buscarem a qualidade em todos os procedimentos. A integração tem como finalidade reforçar, com os funcionários, a importância de trabalhar em equipe e somar as forças existentes para conquistarresultados satisfatórios e o crescimento da organização. A integração deve acontecer no primeiro dia de trabalho para que os novos funcionários se sintam inclusos desde o primeiro momento, assim facilitará a adaptação dos colaboradores. A integração de novos membros serve para esclarecer a relação entre o novo trabalhador e a organização, para que ele seja socializado por suas regras, visão e cultura. 2.1.5 Cultura e Desenvolvimento Organizacional O conceito de cultura pode ser o mais variado, a partir do ponto de vista de cada autor, e captado de em duas linhas básicas. Conforme Curvello (2012, p. 29): Na primeira, é concebido como sistema de ideias no qual os campos social e cultural são distintos, mas inter-relacionados. Na segunda, é tido como sistema sociocultural, e a cultura é percebida como componente de um sistema social, manifestada em comportamentos e produtos de comportamentos. A Cultura organizacional em outras palavras é o código de conduta da empresa, onde se encontram as regras, filosofias e valores. Ela está ligada ao propósito de existência e, é o molde para nortear todo funcionamento da organização. O desenvolvimento organizacional diz respeito a um conjunto de atividades diferentes realizadas por pessoas diferentes que trabalham em prol da empresa. Para Scatolin (RH PORTAL, 2015): O Desenvolvimento organizacional é uma resposta da organização às mudanças. É um esforço educacional muito complexo, destinado a mudar atitudes, valores, comportamentos e a estrutura da organização, de tal maneira que esta possa se adaptar melhor às novas conjunturas, mercados, tecnologias, problemas e desafios que estão surgindo. O Desenvolvimento Organizacional visa a clara percepção do que está ocorrendo nos ambientes interno e externa da organização, a análise e decisão do que precisa ser mudado e a intervenção necessária para provocar a mudança. Exige a participação ativa, aberta e não manipulada de todos os elementos que serão sujeitos ao seu processo e, mais do que tudo, um profundo respeito pela pessoa humana. A maioria dos autores defende o Desenvolvimento organizacional como valorização do crescimento humano e organizacional. No entanto, a realidade das empresas considera o desenvolvimento organizacional como esforço organizacional, sendo que grande parte das vantagens das organizações deve-se ao grau de sucesso da administração das relações entre a organização e os colaboradores. 2.1.6 Pesquisa de Clima Organizacional A pesquisa de clima serve para medir o clima organizacional da empresa, sabendo que cada organização é única. Também auxilia a empresa a entender se a cultura organizacional atual está apoiando ou prejudicando o ambiente de trabalho, utilizando os resultados para montar um novo planejamento entendendo os pontos fortes e fracos. Para Sólides (2020): Pesquisa de clima organizacional é uma ferramenta utilizada nas empresas para mapear as percepções dos profissionais sobre diferentes aspectos. Em forma de questionário físico ou virtual, o colaborador assinala as questões conforme sua experiência dentro da organização, demonstrando seu grau de engajamento e satisfação nos pontos abordados. Os dados coletados são de extrema importância para que o RH — em conjunto com os gestores e demais lideranças — definam ações de curto, médio e longo prazo. Dessa forma, é possível assegurar um diagnóstico mais preciso do ambiente e das motivações no dia a dia e, principalmente, como instrumento para manter a saúde da empresa. Além de conhecer a impressão que os funcionários têm sobre o ambiente interno, a pesquisa também permite investigar mais a fundo os motivos que repercutem de forma direta nos lucros e nos rendimentos. Toda organização passa por alguns conflitos. Esses momentos, por vezes, deixam os colaboradores desanimados, isso gera um impacto na produtividade alterando os resultados negativamente. Se não for tratado logo, esse tipo de tensão pode gerar muitas consequências. O clima organizacional está ligado ao cotidiano e às percepções e é transformado a partir dos colaboradores. Para Fernandes (TWYGO, 2020): O clima organizacional é um indicativo do bem-estar coletivo da empresa. O clima de uma organização diz respeito às questões cotidianas, a como colaboradores lidam com o que acontece no dia a dia da empresa. É o clima organizacional que diz o que os funcionários pensam da empresa e o quanto estão (ou não) motivados. O clima organizacional impacta diretamente na forma com que os colaboradores vêem a empresa, como eles estão engajados com ela. E, como os colaboradores impactam diretamente na produtividade do negócio, podemos dizer que o clima organizacional de uma empresa está no centro de seus resultados. O clima organizacional varia conforme o momento da empresa. Ele é facilmente alterado por situações diversas como crítica ou mudanças nos processos internos da empresa. https://blog.solides.com.br/como-melhorar-o-clima-organizacional-dicas-para-otimizar-a-sua-empresa/ https://blog.solides.com.br/motivacao-no-trabalho/ https://binds.co/pesquisa/de-clima-organizacional/ https://binds.co/pesquisa/de-clima-organizacional/ https://binds.co/pesquisa/de-clima-organizacional/ 2.1.7 Estilos de Liderança Liderar é ação e não posição é atitude empreendedora. Liderar representa movimentos que inspiram, motivam, orientam e influenciam pessoas para o melhor caminho de crescimento pessoal e profissional. Segundo Siteware (2016), os três principais estilos lideranças são: Liderança autocrática A liderança autocrática é baseada na centralização total da autoridade, na qual o líder foca todas as decisões apenas em si mesmo. Seu cargo vira um instrumento de coerção dos liderados, que trabalham apenas por medo de uma punição ou de uma demissão. Liderança liberal O que é um líder liberal? Ora, na liderança liberal, o líder mostra total confiança na sua equipe. Em sua gestão dá aos seus colaboradores toda a liberdade para tomar decisões importantes e a sua participação no curso dos acontecimentos é quase nula, o que impede a equipe de seguir os exemplos de um líder liberal. Liderança democrática Na liderança democrática ―equilíbrio‖ é a palavra de ordem. Esse modelo permite que cada colaborador tenha liberdade para tomar decisões e compartilhar as suas ideias, mas sem assumir todo o controle da empresa. Todos os tipos de liderança apresentam benefícios e problemas, cabe ao líder entender a necessidade dos colaboradores e os interesses da empresa. 2.1.8 Motivação A motivação é essencial em toda e qualquer organização, pois ajuda os envolvidos a alcançarem suas metas e objetivos. Conforme Ser (2018): Motivação é um conceito utilizado na área de Recursos Humanos e em outras áreas do conhecimento, como a Psicologia. Define um conjunto de processos internos de um indivíduo que o capacitam e assim, estimulam a realizar determinadas tarefas ou alcançar as metas que almeja. Esses processos internos geralmente podem ser estimulados pelo próprio indivíduo ou por fatores externos. Dessa forma, motivar uma pessoa é possibilitar condições necessárias para o seu desenvolvimento e garantir que alcance o máximo de seu potencial. Os principais fatores que englobam a Motivação são: Estimulação, Ação e Esforço, Movimento e Persistência, e Recompensa. Sendo assim, pensando na motivação fator em um processo de engajamento dos profissionais para atingirem objetivos, o ideal é que exista uma relação mútua entre a organização e colaborador. A fim de que o mesmo tenha condições de atingir as suas metas pessoais e profissionais. Ao mesmo tempo em que contribui para que a empresa atinja seus objetivos, alcance sua visão e sua missão de futuro. (grifo do autor) Dentro do papel do RH cabe o olhar crítico sobre cada situação, no que dizrespeito à Gestão de Pessoas, para que os profissionais sejam mantidos motivados alcançando os resultados desejados e seu potencial de crescimento seja elevado. 2.1.9 Treinamento e Desenvolvimento O treinamento e o desenvolvimento têm objetivos diferentes. Treinamento é um aperfeiçoamento das atividades já executadas, enquanto o desenvolvimento prepara o profissional para o que poderá vir a acontecer. Conforme Fernandes (TWYGO, 2020): Treinamento é uma prática de curta duração que tem o objetivo de preparar o colaborador para executar suas atividades com excelência dentro da empresa. Já o desenvolvimento é um conjunto de práticas educacionais de longo prazo para melhorar o desempenho pessoal dos colaboradores. Enquanto o treinamento está ligado a ações pontuais para resolver determinadas necessidades imediatas, o desenvolvimento está mais ligado à aprendizagem contínua e holística, que não possui começo, meio e fim, mas acontece durante todo o período que o colaborador se dedica ao aprimoramento profissional e pessoal, explorando todo o seu potencial de aprendizagem. É possível dizer, inclusive, que o desenvolvimento é obtido a partir da repetição e da continuidade dos treinamentos. A falta de treinamento influencia, gradativa e negativamente, as atividades diárias da empresa e a vida profissional do colaborador quanto aos atendimentos aos respectivos clientes. Os resultados negativos levam os clientes a não terem tanta assiduidade mais naquele ambiente. Logo o desenvolvimento deve ser visto como um investimento estratégico, gerando novos negócios e reduzindo os prejuízos. http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/fatores-de-motivacao-profissional/48877/ 2.1.10 Gestão e Remuneração por Competências A remuneração por competências é adequada aos níveis da organização. Aplicando-se para empresas que operam em ambientes muito competitivos e para as quais a capacidade de inovação é fator crítico de sucesso. Conforme Carvalho (Edools, 2018): A remuneração por competência é uma forma de incentivo para os funcionários de uma empresa. Dentro do mercado de trabalho estas características é um meio de beneficiar os seus colaboradores. Este incentivo pode ocorrer de diversos modos, conforme a estratégia e plano da empresa. Hoje este modelo tem sido muito utilizado entre as empresas e também é conhecido como remuneração por performance. Remuneração por competência é um conhecimento, uma habilidade e uma atitude compatível com o desempenho de uma tarefa específica; e é também a capacidade de colocar este potencial em prática sempre que for necessário. 2.1.11 Avaliação de Desempenho É um método com o objetivo de medir o desempenho dos colaboradores da empresa. Segundo Armbrust (Gupy, 2021): A avaliação de desempenho é uma ferramenta utilizada pelo RH, mais especificamente pela área de gestão de pessoas, para mensurar a performance dos colaboradores ou áreas de uma empresa. Ela pode ser realizada periodicamente de acordo com as necessidades da organização. Essa metodologia também ajuda a entender se o funcionário está abaixo, atende ou excede o desempenho esperado pela organização e, a partir de uma análise de hard skills e soft skills, ou seja, de habilidades técnicas e comportamentais, é possível traçar um plano estratégico de acordo com a necessidade daquele funcionário ou time, como treinamentos, promoção, bonificação, desligamento, etc. Além disso, a avaliação de performance auxilia em uma visão estratégica para a empresa, pois coloca em evidência pontos fortes e pontos de melhoria, tanto no que diz respeito a cada funcionário quanto no que concerne às equipes. Dessa forma, fica mais fácil visualizar formas de aprimorar processos e gerar mais resultados. A avaliação de desempenho ajuda a comparar os resultados apresentados pelo colaborador com os planejados pela organização. https://www.gupy.io/blog/hard-skills-e-soft-skills https://www.gupy.io/blog/hard-skills-e-soft-skills https://www.gupy.io/blog/hard-skills-e-soft-skills https://www.gupy.io/blog/entrevista-de-desligamento 2.1.12 Qualidade de Vida no Trabalho Qualidade de Vida no Trabalho, ou QVT, é o grau de satisfação que um colaborador tem com as funções exercidas e com o local em que trabalha. Segundo Carvalho (Edools, 2018): O que é qualidade de vida no trabalho? Já no ambiente corporativo não tem muito como pensar apenas em ter uma vida social ou hábitos alimentares. Neste caso, a qualidade de vida no trabalho está diretamente ligada ao conjunto de ações que uma empresa prega. Elas devem incluir, mas não se limitam à, condições dignas de trabalho, desenvolvimento humano, bons relacionamentos interpessoais e estímulo de críticas construtivas. Desta forma, essa ―medida‖ está diretamente relacionada ao grau de satisfação de um funcionário com seu cargo e ambiente de trabalho em que ele se encontra. Afinal, já sabemos que o clima de uma empresa causa grande influência na produtividade dos funcionários. Os Programas de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) tem como objetivo central uma instituição mais organizada, mediante um grande de responsabilidade e autonomia de trabalho maior. Também é importante destacar que o colaborar tem o feedback sobre o seu desempenho de forma constante, e suas atividades são variadas, colaborando para o desenvolvimento pessoal de cada indivíduo. 2.1.13 Planejamento de Recursos Humanos Para Guimarães (Gupy, 2021): O planejamento auxilia as empresas na análise das necessidades do departamento de gestão de pessoas, desde o recrutamento até os benefícios e a remuneração. Dessa forma, diversas estratégias vão direcionar as ações para auxiliar na melhoria dos resultados corporativos. O planejamento de RH é de extrema importância para a empresa em seu desenvolvimento logo que sua função é detectar as necessidades relacionadas aos recursos humanos, a fim de criar ações que satisfaçam essas demandas. https://www.gupy.io/blog/gestao-de-pessoas 3 ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA Neste item serão apresentados os principais conceitos de marketing com base em pesquisas bibliográficas. 3.1 Marketing – Conceitos Marketing, segundo Kotler (2011, p. 32), "é o processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros". O marketing está mais presente em nossas vidas do que imaginamos. O marketing tem como finalidade criar valor para as necessidades dos consumidores conseguindo assim a atenção do cliente, criando um relacionamento lucrativo para ambas as partes. 3.1.1 Pesquisa de mercado A pesquisa de mercado é importante para que possamos identificar e analisar as expectativas do público-alvo de diversos tipos de segmentos, podendo assim aumentar o conhecimentos com relação ao mercado na qual as empresas pretendem atuar. Todo e qualquer início se dá com a elaboração de um determinado produto, para Las Casas (2010, p 4-5) o produto precisa vir de encontro com as necessidades e desejos dos consumidores, segundo ele: O primeiro fator é ter um produto para comercializar. O produto deve ser desenvolvido para atender a uma demanda do mercado a ser trabalhado. Com um produto, há necessidade de se ter um preço para criar valor e, consequentemente, uma base para troca. Porém, apenas ter um produto e um preço não são condições suficientes. Há a necessidade de identificar um meio de distribuir o produto. Isto certamente envolverá uma série de decisões estratégicas, como localização dos pontos de venda, tipo de lojas que comercializarão o produto, armazéns para os estoques, entre outras decisões estratégicas. Posteriormente, após a determinação dos principais aspectos para a comercialização dos produtos, é necessário que os empresários pensem em formas dedivulgá-los, pois assim há uma conscientização por parte dos consumidores e as vendas serão mais rápidas. A pesquisa de mercado tem como principal foco o comportamento do consumidor, a relação de comprar ou não determinado produto, por isso ela se torna indispensável à tomada de decisão das empresas. 3.1.2 Ferramentas do marketing De competição de preços para competição de valor: à medida que as empresas empregam mais gestão de marcas, diferenciação de produtos, propaganda e promoções de vendas, elas passam a necessitar de informações sobre a efetividade dessas ferramentas de marketing (KOTLER, 2000, p. 122). 3.1.3 Endomarketing Com uma ação conjunta entre Marketing e recursos humanos, o endomarketing é um conceito vindo da administração aplicado para que o colaborador tenha uma boa visão do ambiente em que trabalha, valorizando assim sua marca de dentro para fora. Brum (2005, p. 49) lembra que ―ninguém gosta daquilo que não conhece; ninguém luta por uma meta que não sabe qual é, e ninguém informa sobre o que não sabe‖. Endomarketing é conhecido também como marketing interno. Com o intuito de Classificação da informação: Uso Interno torná-los facilitadores que estabelecem a imagem da empresa e o seu valor para o mercado, esse conceito estuda as necessidades e os desejos de cada colaborador. 3.1.4 Estratégias de marketing Para buscar alcançar o sucesso no mercado competitivo atual, as empresas precisam ser voltadas para o cliente, isso envolve ganhar o cliente da concorrência se diferenciar dos demais em algum quesito, mantê-los e cultivá-los, porém para se obter sucesso nessa etapa, a organização precisa buscar entender do que o seu cliente precisa e gosta, ou melhor, suas necessidades e desejos. Se o profissional de marketing souber identificar essas necessidades, desenvolver produtos de valor superior, definir bem seus preços e realizar uma boa distribuição e promoção, esses produtos serão vendidos com facilidade (KOTLER; ARMSTRONG, 1998). Para encontrar o melhor mix de estratégias de Marketing, a empresa se engaja na análise, no controle, no planejamento, entre outros. Através dessas atividades ela observa qual estratégia se adaptará ao ambiente e surtirá o efeito planejado. 3.1.5 Composto de marketing O composto de marketing é conhecido também como marketing mix, definido por Kotler (1998, p. 97) como "o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo‖. Para Cobra (2006, p.34) composto de marketing: Significa entender que, para satisfazer as necessidades dos consumidores, é preciso que os produtos ou serviços a ser ofertados tenham boa qualidade, características que atendam aos gostos dos consumidores, com boas opções de modelos e estilos com nome atraente – produto, Preço, Promoção e Place (distribuição). Esses tópicos, bem administrados, são capazes de proporcionar resultados positivos através da satisfação das necessidades dos clientes pertencentes ao escolhido mercado alvo pela organização. Produto: O termo produto pode ser definido como algo que possa ser oferecido para aquisição, uso ou consumo em um determinado mercado que, por sua vez, busca satisfazer ao desejo ou necessidade do consumidor (KOTLER; ARMSTRONG, 1998). Preço: A sobrevivência de uma empresa está necessariamente ligada a esse P. O preço é, na verdade, o valor que será cobrado pela solução que você oferece. Promoção: Na verdade, ela tem o sentido de promover sua marca e suas soluções, fazendo sua mensagem de marketing chegar aos ouvidos certos. Assim, você transforma sua empresa em uma possível solução para necessidades e desejos de um cliente. Praça: Praça envolve as atividades da empresa que disponibilizam o produto aos consumidores alvo. (KOTLER; ARMSTRONG, 1998). As empresas devem tornar os produtos ou serviços disponíveis para os clientes, quando e onde eles desejem comprá-los https://rockcontent.com/br/blog/gestao-de-precos/ 3.1.6 Pós-venda Segundo Rosa e Marion (2004), o processo de pós-vendas é o vínculo continuado com o cliente. Esse processo envolve entrar em contato com o cliente após a compra com o intuito de identificar sua satisfação ou não, com relação ao serviço prestado (KLOTER; KELLER, 2012). Toda organização tem como objetivo satisfazer os desejos e necessidades dos seus consumidores, sempre com o intuito de fidelizar seus clientes, reduzir custos e maximizar sua lucratividade. Não há como superar expectativas sem conhecer o público-alvo e o padrão de comportamento que eles possuem. A chave para criar relacionamentos duradouros com o cliente é criar valor superior à satisfação para ele. Clientes satisfeitos tem maior probabilidade de serem clientes fiéis e conceder as empresas uma participação maior em seus negócios. [...] Valor para o cliente – Atrair e reter clientes pode ser uma tarefa difícil. Com frequência, os clientes têm a sua disposição uma grande variedade de produtos e serviços para escolher. Um cliente compra de uma empresa que lhe oferece o mais alto valor percebido pelo cliente. A avaliação que o cliente faz da diferença entre todos os benefícios e todos os custos de uma oferta ao mercado em relação as ofertas dos concorrentes. (KLOTER; ARMSTRONG, 2007. p.10). Ao pensamento de Barros e Bonfani (2014), o conceito de qualidade é conhecido por todos, mas ainda existe muito a ser estudado. Ao ser adquirido um produto, independente se for roupas, materiais de limpeza, eletrônicos, eletrodomésticos, automóveis, automaticamente pensam em qualidade. Todo consumidor procura qualidade nos produtos adquiridos ou nos serviços contratados, pois desejam consumir o que atenda suas necessidades e supere suas expectativas, por mais diferentes que sejam. 4 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Neste item serão apresentados os principais conceitos de com base em pesquisas bibliográficas. 4.1 Gestão Financeira – Conceitos A contabilidade atual não é mais aquela, que apenas contabiliza os atos e fatos de uma empresa e por consequência, gera suas guias de arrecadação, pelo contrário, como todo bom negócio inovar para não perecer, é a melhor opção. Sob esta perspectiva, a contabilidade e seus profissionais tornaram-se importantes referências na tomada de decisão para os gestores e administradores de empresas. Espera-se então, que a contabilidade das entidades forneça informações suficientes, para que elas tenham oportunidade de analisar dados, transformar e registrar os atos e fatos contábeis de forma lícita e menos onerosa, enquadrando cada empresa adequadamente para um melhor resultado financeiro, cumprindo sempre com as normas e princípios da contabilidade. A atual economia Brasileira exige maior versatilidade dos líderes de empresa, que estão sempre empenhados por uma maior lucratividade das atividades empresariais. Portanto, planejar as formas de atrair novos clientes para área de venda e, junto disso planejar-se administrativamente, tornam-se fatores essenciais para o desenvolvimento pleno e evolução das entidades. Para que a tomada de decisões dentro de uma organização ocorra de maneira eficiente, garantindo que a saúde financeira da empresa não seja abalada frente à concorrência é essencial um bom processo de gestão financeira. Segundo Morais (2010 pg.33) A administração financeira, hoje conhecida como gestão financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da forma eficaz, à concessão de crédito para clientes, planejamento, análise de investimentos e de meios viavéis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da empresa, visando sempre o desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando os melhores ―caminhos‖ para a condução financeira da empresa. Nesse contexto, Fonseca (2009 pg.328) diz que administração financeiraé a utilização dos princípios da microeconomia e de instrumentos financeiros que auxiliam na busca da otimização dos resultados da empresa. O mercado permanece em constante transformação e é isso que possibilita o crescimento ou até mesmo o declínio de determinadas empresas. Mesmo assim, as mudanças são de suma importância quando o assunto é resultado, reconhecimento e impacto aos clientes. As adaptações realizadas nas empresas normalmente abrem inúmeras oportunidades para algumas, porém podem causar grandes transtornos, conflitos e medos para outras. Neste sentido, não é estranho que determinadas mudanças encontrem resistência e barreiras, que em alguns casos tornam-se intransponíveis. Com tanta inovação, as empresas necessitam adequar-se mais rapidamente, pois aquelas que não possuem essa sensibilidade, o tato e a expertise que o mercado exige, podem sofrer sérias consequências como a perca de clientes, a obsolescência e até mesmo, como em muitos casos, o encerramento das atividades (COSTA, 2007 pg.84). 4.1.1 Instrumentos de gestão financeira Para toda e qualquer empresa poder prosperar nos negócios se faz necessário um adequado planejamento financeiro. Para isso, utiliza-se de instrumentos importantes como o Fluxo de caixa, planejamento tributário, ponto de equilíbrio, entre outros. Conforme Marion (2009 pg.25), o Fluxo de Caixa é uma demonstração extraída do BP e da DRE. Ela é uma ferramenta que permite ao administrador extrair informações importantes sobre o comportamento financeiro de seu empreendimento, num determinado período, visualizando com antecedência as possibilidades de investimentos, grau e qualidade do endividamento, montante necessário de capital disponível para honrar seus recursos tomados. Assim, contribui para o acompanhamento das metas estabelecidas a curto, médio ou em longo prazo, a partir das entradas e das saídas de caixa. Contudo, havendo excedentes de liquidez, devem ser devidamente aplicados - Investimentos. Em caso de escassez de recursos, a captação deve ser voltada às fontes menos onerosas - Empréstimos. A DFC ajuda avaliar o potencial da empresa em gerar fluxos futuros de caixa, a honrar seus compromissos, e identificar sua necessidade de recursos financeiros externos. A DFC evidência mais facilmente as razões das diferenças entre o lucro líquido e as entradas (recebimentos) e saídas (pagamentos), bem como os efeitos na posição 36º financeira da empresa resultante das transações financeiras e não financeiras (operações que não afetam o caixa) durante um período (CREPALDI, 2010 pg.295). A Demonstração do Fluxo de Caixa é uma ferramenta conhecida pela sua competência dinâmica de aferição e interpretação das variações dos saldos do Disponível, que permite conhecer o fluxo de caixa e a capacidade de gerar receitas. O Planejamento Tributário trata de uma maneira de se planejar a redução de impostos em uma empresa, o que deverá refletir positivamente ou planejar para pagar mais impostos nos resultados. É uma ferramenta muito importante e que, se faz necessária no dia a dia, devido à extrema competitividade que atinge nossos empreendimento. É uma das ferramentas mais utilizadas para o aumento, em curto prazo, do dinheiro disponível em caixa (FABRETTI, 2012). Conforme Fabretti (2012 pg.28), o planejamento tributário é uma eficiência fundamental para que a administração faça o planejamento de suas ações, exigindo bom senso de quem o planeja. Margem de contribuição é um conceito de extrema importância para o custo variável e para a tomada de decisões gerenciais, para Perez Junior, Oliveira e Costa pode-se entender como uma parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e despesas variáveis e que contribuirá daí seu nome, para absorção dos custos fixos e, ainda para formação de lucro. Segundo Martins (2003 pg.185), ―Margem de Contribuição por Unidade é a diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto o valor que cada unidade efetivamente traz a empresa entre sua receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputada sem erro‖. O ponto de equilíbrio refere-se aquele onde as receitas são apenas suficientes para cobertura dos gastos (custo e despesas), fixo e variáveis. Para Martins (2003), o Ponto de Equilíbrio indica a capacidade mínima que a empresa deve operar para não ter prejuízo. Consiste, portanto, a relação entre o volume de vendas e a lucratividade, determinando o nível de vendas necessário para cobrir os custos operacionais. Vale, o ponto em que a empresa se equilibra, servindo para mostrar a importância dos lucros ou perdas da empresa se as vendas ultrapassarem ou caírem para um nível abaixo desse ponto. Ponto de equilíbrio econômico calcula a quantidade que será necessária para atingir o lucro desejado. Ele distingue dos demais pontos de equilíbrio por ser o único que utiliza a variável ―lucro desejado‖ na fórmula (WERNKE, 2004 pg.53). 4.1.2 Informações contábeis Conforme Tsoca (2018, pag.03): Informações contábeis são ferramentas de apoio indispensáveis para a gestão empresarial. A contabilidade é a ciência que registra e classifica todas as transações e eventos de caráter financeiro de uma empresa. também é a arte de fazer relatórios significativos, análises e interpretações dessas transações e eventos, e com muito, critério, comunicar os resultados aos gestores e empresários responsáveis pelas tomadas de decisões mais importantes da corporação. A contabilidade pode e deve ser utilizada como uma das ferramentas de gestão do negócio, dada á importância dos dados por ela levantadas, analisa e armazenados. Gestão é o processo de planejamento, organização, recursos humanos, direcionamento, coordenação e controle das atividades empresariais. Gestão também é definido como técnicas de liderança, tomadas de decisões e coordenação de equipes, processos e fluxos estratégicos e operacionais. As informações contábeis se forem utilizadas como ferramenta de gestão, podem trazer grandes resultados para a empresa. Elas são responsáveis por fornecer dados fundamentais sobre a saúde financeira do negócio.4.1.3 Receitas – Vendas e Serviços Segundo Hendriksen e Van Breda (1999 pg.142), as receitas são entradas ou aumento de ativos de uma organização, que decorre da entrega de um bem ou serviço. Conforme Ribeiro (2010 pg.03), Demonstração de Resultado de Exercício é um dos relatórios contábeis que tem como objetivo evidenciar o resultado formado num determinado período de uma operação de uma empresa, isto é, saber se a empresa apurou lucro ou prejuízo durante um determinado período correspondente. Porém, é no DRE que se verifica o confronto das receitas e as despesas da empresa, sendo conhecido como o resultante do exercício ou Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício. O DRE é gerado, normalmente, no final de cada exercício e tem como finalidade demonstrar a formação do resultado periódico, completar o Balanço Patrimonial com o saldo resultante do exercício, sendo contabilizado na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados (IUDÍCIBUS, 2009 pg.10). A receita pode ser proveniente da venda de bens ou de serviços, de modo que ela só pode ser reconhecida quando os riscos e benefícios já foram identificados como sendo transmitidos ao comprador. A receita e as despesas relacionadas à mesma transação são reconhecidas simultaneamente; esse processo está vinculado ao princípio da confrontação das despesas com as receitas (regime de competência). As despesas, incluindo garantias e outros custos a serem incorridos após a entrega dos bens podem ser confiavelmente mensuradas quando as outras condições para o reconhecimento da receita tenham sido satisfeitas. Porém, quando as despesas não possam ser mensuradas confiavelmente, a receita não pode ser reconhecida. Em tais circunstâncias, quaisquer valores já recebidos pela venda dos bens serão reconhecidos como um passivo. (CPC 30, 2009) Já a prestação de serviços se caracteriza na venda de um produto, sem que se tenha posse de algum bem. A receita, nesse caso, só pode ser reconhecida quando ela puder ser exatamente estimada, de acordo com o serviço prestado e o momento contábil. ―A receita referente a prestação de serviços deve ser reconhecida com base no estágio de execução da transação no período, quando o desfecho de uma transação pode ser estimado com segurança.‖ (NPC 14, 2001, Item 23) 4.1.4 Custos e Despesas operacionais Os custos diretos ou indiretos comportam-se conforme a relação e o desígnio com a unidade produtora. Estes custos classificam-se dentro de outras duas categorias: Custos Fixos Custos e Variáveis. O primeiro é aquele que tende a manter-se constante dentro de uma capacidade de produção ou venda. De modo geral, Padoveze (2004 pg.54) expõe que custos fixos são despesas necessárias para manter um nível mínimo de atividade operacional e também denominada de custo de capacidade. São fixos, dentro de uma determinada escala de produção, podendo variar em função de grandes oscilações no volume de produção, por exemplo, salários, aluguéis, entre outros. Custos variáveis são aqueles que variam proporcionalmente ao volume da produção, quando ela aumenta os custos variáveis também tendem a aumentar, por exemplo, insumos agrícolas, combustíveis, impostos, entre outros. O autor chama a atenção para a diferença entre o custo variável e o custo direto. Segundo ele, ―um custo é variável se ele realmente acompanha a proporção da atividade com que ele está relacionado. Um custo direto é aquele que se pode medir em relação a uma atividade ou ao produto‖ (PADOVEZE, 2004 pg.55). Cita o exemplo da mão-de-obra, quando contratada em relação a determinado volume ela é custo fixo em relação àquele volume, mas é custo direto em relação ao produto. As despesas se diferenciam dos custos pelo fato de estarem relacionadas com a administração geral da empresa ao passo que os custos estão ligados com a produção. Conforme Marion (2005 pg.26) as despesas também são classificadas em dois grupos que são as Despesas Fixas e Despesas Variáveis. As Despesas Fixas são os gastos com consumo de recursos que não variam diretamente e proporcionais com o volume de vendas. Representa os gastos da estrutura fixa de uma empresa, exemplo: água, luz, salário administrativo, seguros, etc. Despesas Variáveis são gastos com consumo de recursos diretamente relacionados com o volume de vendas, exemplo: comissões, impostos sobre venda, e outros. São valores consumidos e não identificados com a produção, refere-se às atividades não produtivas da empresa. Gastos relativos à venda de mercadorias e administração da empresa, aplicados diretamente na obtenção das receitas. 4.1.5 Planejamentos financeiro e orçamentário Conforme Frezatti (2009 pg.44), orçamento é uma importante ferramenta administrativa que fornece aos gestores a possibilidade de realização do planejamento estratégico. De fato, quanto mais fidedigno o plano estratégico, mais coerência e consistência terá o orçamento. Para Carneiro e Matias (2011), o orçamento é normalmente lembrado pelo seu uso comum, ou seja, o ato de realizar um levantamento de preços a ser gasto com determinado investimento a ser realizado. Mas não seria apenas esse o propósito de orçamento no mundo empresarial, inclusive para esse nicho, significa a projeção das receitas e gastos futuros, para um melhor planejamento das entidades. Essas projeções são realizadas dentro do período de um ano. Diante do que o autor define como orçamento e levando em conta que as empresas operam prospectando a lucratividade, realizar um planejamento estratégico e utilizar o orçamento como ferramenta, é apropriado dizer que, quando temos uma estimativa das receitas e gastos logo estamos estimando também a possibilidade dos lucros, por isso o orçamento é tão importante para o planejamento. 4.1.6 Gestão de Contas a Receber As contas a receber são consideradas de extrema importância dentro da empresa, pois elas se referem aos valores de entradas que são originárias das vendas a prazo realizadas ao cliente. Iudícibus, Martins e Gelbcke (2002) afirmam que as contas a receber provenientes de vendas a prazo de mercadorias e serviços a clientes, representam um dos ativos mais importantes das empresas. Segundo Almeida (1996 pg.25), as contas a receber são consideradas direitos adquiridos ao realizar vendas a prazo, sejam elas de bens ou de serviços. Segundo o autor, as contas a receber englobam: adiantamentos (férias, viagens, 13º salário) e empréstimos a empregados, administradores, acionistas e empresas controladas e coligadas; impostos a recuperar (ICMS e IPI); depósitos compulsórios; bancos conta vinculada; sinistros a receber e contas retificadoras (provisão para devedores duvidosos, duplicatas descontadas). 4.1.7 Gestão de Contas a Pagar Um controle de contas a pagar e receber de qualidade permite ao seu administrador uma visão simplificada e detalhada da gestão financeira da empresa, além de transmitir informações para importantes tomadas de decisões, é de obrigação do administrador da empresa estar a par dos direitos e obrigações que tem a receber e a pagar. 4.1.8 Controle de Receitas Segundo Iudícibus (2012 pg.39), as receitas englobam os ganhos das vendas ou trocas de ativos, juros e dividendos ou acréscimos ao patrimônio. Através da Demonstração do Resultado do Exercício é possível identificar os lucros e prejuízos da empresa, e assim controlar a receita. Além disso, o Balanço Patrimonial é outra ferramenta que auxilia no controle das receitas. Conforme Olak e Nascimento, (2010 pg.68) o balanço patrimonial é uma demonstração imprescindível para qualquer tipo de organização, que tenha ou não atividade lucrativa. É um retrato da organização em cada momento, mostrando a situação financeira, econômica e patrimonial da mesma. Conforme o autor citado acima o Balanço Patrimonial para ser benéfico aos seus usuários deve ser tempestivo e demonstrar qualitativamentea situação patrimonial das entidades se for contraditório perdera seu valor. Logo, o Balanço Patrimonial é composto pelo ativo, passivo e patrimônio líquido. Para Bulgarimet. al (2012), o ativo é um recurso que tem por finalidade o resultado de eventos passados. O benefício econômico futuro do ativo é o seu potencial para contribuir diretamente ou indiretamente para o fluxo de caixa e equivalentes de caixa para a organização. O passivo é uma obrigação atual da entidade, como resultado de eventos passados, cuja liquidação resulta na saída de recursos econômicos. O Patrimônio Líquido é o valor restante dos ativos da entidade após a dedução de todos os passivos da organização. 4.1.9 Indicadores de Rentabilidade Os indicadores de rentabilidade, na análise empresarial apresentam os aspectos econômicos das empresas, sendo indicadores da situação econômica da empresa, mostrando qual foi a rentabilidade do capital investido. De acordo com Marion (2009 pg.131), ―A rentabilidade é medida em função do investimento. As fontes de financiamento do ativo são o capital próprio e capital de terceiros. A administração adequada do ativo proporciona maior retorno para a empresa.‖ Esses indicadores são os que demonstram a rentabilidade do capital que fora investido. Segundo Matarazzo (2003 pg.39), ―os índices de rentabilidade mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é quanto renderam os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa‖. 4.1.10 Planejamento estratégico relacionado a área de Gestão Financeira Estratégia é o método utilizado para que uma meta ou objetivo seja alcançado, ou seja, é um conjunto de ações aos quais os interessados se utilizam para a conquista do que foi planejado. O planejamento estratégico requer certo envolvimento e modo de pensar mais apurado e habilidoso, voltado para o que se tem interesse de colocar em prática. Esta forma de pensar deve ser estruturada para se obter respostas a questionamentos como: o que, onde, para quem, quando e como fazer? Neste caso, também é necessária certa habilidade daquele que toma as decisões do planejamento a ser realizado e isto implicará no sucesso do objetivo. Ainda que em condições de incerteza, o autor faz uma reflexão sobre planejamento estratégico, afirmando que o mesmo faz parte de uma atividade administrativa da empresa, com o intuito de dar resultados positivos, de longo prazo e sustentáveis. Segundo Tavares (2004 pg.35), o termo planejamento estratégico é amplamente conhecido, seja no ensino médio, superior ou especializações, porém muito pouco utilizado, principalmente em empresas de pequeno e médio porte. A dificuldade da implantação de um planejamento se dá, por conta dos inúmeros fatores externos, fazendo com que as instituições trabalhem muito mais provisionando o futuro, do que realmente detendo-se a um planejamento. Essa programação refere-se também a todas as questões relacionadas à prosperidade da empresa em curto, médio e longo prazo. Sabe-se que o esperado é que a instituição tenha lucro, cresça acima da média e se solidifique no mercado. No entanto, para que isso ocorra conforme o esperado é necessário uma série de medidas e táticas para auxiliar a empresa a provisionar seus resultados e impactos no futuro. Qualquer tipo de planejamento deve ser sustentado pelos conceitos científicos, lógicos e éticos. Dessa forma, programar o funcionamento de uma instituição não deve se restringir ao que se pode calcular, padrões matemáticos e financeiros. É de suma importância que o imprevisível seja levado em conta e ter consciência de que podem surgir situações inesperadas e que se deve sempre estar pronto para o caso de mudanças repentinas. Mesmo levando em conta as possíveis falhas é necessário seguir algumas diretrizes que podem trazer mais qualidade ao processo, como o comprometimento do corpo administrativo, diminuindo os riscos. A adaptação organizacional também é um item importante, pois a empresa precisa estar preparada para a execução do planejamento e cada área deve assumir as responsabilidades e trabalhar para o êxito da empresa. 5 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO/LOGÍSTICA Neste item serão apresentados os principais conceitos de com base em pesquisas bibliográficas. 5.1 Produção/Logistíca Área da produção é a atividade responsável por desenvolver produto e/ou serviços onde seu principal objetivo é agregar qualidade à entrega final, de forma a organizar, da melhor maneira possível, os recursos disponíveis para atender às vontades e às necessidades dos clientes. Para Slack et al. (2009, p. 56) ―a função produção produz os serviços e bens demandados pelos consumidores. [...] Para qualquer organização que deseja ser bem-sucedida a longo prazo, a contribuição de sua função é vital.‖ 5.1.1 Capacidade Produtiva Capacidade produtiva é o número máximo de produtos e serviços que uma empresa consegue produzir com uma determinada quantidade de recursos, em um determinado período. Se trata da forma como as empresas se organizam para produzir seus produtos e serviços e atender as exigências dos clientes. Nas palavras de Slack et al (1999, p. 253) ―um equilíbrio adequado entre capacidade e demanda pode gerar altos lucros e clientes satisfeitos, enquanto o equilíbrio ‗errado‘ pode ser potencialmente desastroso‖ Segundo Slack (2007) para se manter competitiva no mercado e conseguir atender sua demanda de forma adequada, mantendo os clientes satisfeitos, é necessário obter a capacidade produtiva de todos os setores da empresa, visto que é há uma ligação entre setores, de nada adianta a empresa ter um setor atuando com sucesso se no próximo posto de trabalho existe um que não se consegue produzir a tempo, gerando atrasos em todos os processos seguintes. Cada setor deve controlar suas atividades de forma a ser satisfatória entre todos no final do processo, a fim de atender a demanda e contribuir para a redução de custos nos processos. 5.1.2 Planejamento Das Compras O Planejamento das compras agiliza o processo de aquisição e permite que um projeto possa seguir em frente sem problemas. O planejamento das compras é um processo sistemático. Ele remete para identificação precisa das necessidades de aquisição, pesquisa de mercado exaustiva, cálculos complexos de necessidade de estoque, a compreensão inteligente da demanda e da oferta, a proficiência na manutenção de padrões de qualidade, e melhora a capacidade de decisão de compra. 5.1.3 Controle E Gestão De Estoque O controle de estoque é de suma importância para a empresa, controla os desperdícios, desvios, apura-se valores para fins de análise. O setor de estocagem tende a ajudar na redução de gastos, pois o mesmo tem função de manter uma quantidade mínima de insumos ou produtos. Estoque pode ser definido como qualquer item físico que está parado sem estar sendo utilizado, seja um produto que ainda não teve saída ou como a matéria-prima e insumos que ainda não foram utilizados para produção (BALLOU, 2012; BORGES, 2010). Uma gestão aprimorada de estoques, provenientes de práticas aguçadas da logística, é peça fundamental que auxilia na redução dos custos intrínsecos inerentes aos produtos armazenados. A representatividade de um produto armazenado frente aos custos logísticos varia de acordo com o volume de utilização dele. Se a intensidade for alta, pode representar mais da metade dos custos logísticos e podem impactar diretamente um quarto do custo total do item (BALLOU, 2012). 5.1.4 Jit, Lean Manufacturing, Kanban, e Gestão de Qualidade Total. A técnica Kanban também faz parte do Sistema Toyota de Produção, ela serve como um aporte ao Just In Time. É uma técnica que auxilia o gerenciamento das atividades da empresa, visando entregar um produto final de qualidade e na hora certa. O Lean Manufacturing é uma filosofiade gestão que consiste em aumentar a produção com a menor quantidade de recursos possíveis. Também chamado de produção enxuta ou produção puxada, porque a ordem de fabricação é liberada conforme a demanda solicitada, o conceito tem como características a eliminação de desperdícios e a adoção de estoques mínimos. Cada produto possui sua fabricação especifica, podendo ser caracterizada por produção empurrada ou produção puxada como descritas abaixo: Produção Empurrada: É determinada pelo comportamento do mercado, baseado nas vendas do ano anterior, é recomendada para empresas que precisam de quantidade de produtos, que não tenha interferência de sazonalidade, a informação dos modelos de produtos a serem produzidos é gerada a partir da Programação da Produção, que é orientada pela previsão da demanda, é feita a produção em lotes de tamanho padrão, é necessário grande eficiência dos gestores pois se houver uma produção muito alta terá estoque parado ou se produzir menos terá insatisfação no fornecimento. Produção Puxada: No sistema puxado da produção possui os estoques reguladores, no qual é predominante a existência de matéria-prima, produto em processo e produto acabado (CUNHA, WANDERLEY E FILHO, 2002). Técnicas que auxilia o gerenciamento das atividades da empresa, visando entregar um produto final de qualidade e na hora certa. 5.1.5 Sistemas Informatizados Os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que ligam as atividades logísticas em um processo integrado, combinando hardware e software para medir, controlar e gerenciar as operações logísticas. Estas operações tanto ocorrem dentro de uma empresa específica, bem como ao longo de toda cadeia de suprimentos. Podemos considerar como hardware desde computadores e dispositivos para armazenagem de dados até instrumentos de entrada e saída do mesmo, tais como: impressoras de código de barras, leitores óticos, GPS, etc. Software inclui sistemas e aplicativos / programas usados na logística. Os sistemas de informações logísticas possuem quatro diferentes níveis funcionais: sistema transacional, controle gerencial, apoio à decisão e planejamento estratégico. 5.1.6 Departamento de Compras e Fornecedores A área de compras é responsável pela aquisição e gestão do fluxo de materiais, seja para a produção ou para a manutenção da rotina da organização. Os objetivos principais da área são diretamente ligados à obtenção de materiais e serviços. Para a efetivação das compras, a área deve estabelecer boas relações com fornecedores. Dessa forma, as aquisições serão realizadas no tempo e na quantidade ideal e com o menor custo possível. A área segue o Ciclo de Compras, ou seja, o passo-a-passo desde a solicitação de aquisição de determinado produto ou serviço até a aprovação do pagamento para o fornecedor. 5.1.7 Sistemas Mrp e Erp Os sistemas de planejamento MRP e MRPII auxiliam as empresas a planejar e controlar suas necessidades de recursos com o apoio de sistemas informatizados. O MRP (Material Requirements Planning) permite que as empresas calculem quantos materiais de determinado tipo são necessários e em que momento. Para fazer isso, ele utiliza os pedidos em carteira, assim como uma previsão para os pedidos que a empresa acha que irá receber. Segundo Buettgen (2011 p. 212): Um sistema de administração da produção precisa necessariamente estar conectado aos objetivos estratégicos da organização, portanto o MRP tem uma aplicabilidade maior nas organizações que têm como foco estratégico aspectos técnicos ligados ao cumprimento de prazos e redução de estoques. Até os anos 60, as empresas sempre tiveram que executar esses cálculos manualmente, de modo a garantir que teriam disponíveis os materiais certos nos momentos necessários. Entretanto, com o advento dos computadores e a aplicação de seu uso nas empresas a partir dos anos 60, surgiu a oportunidade de se executarem esses cálculos detalhados e demorados, com o auxílio de um computador, de forma rápida e relativamente fácil. O MRP II é um descendente direto do MRP I que também tem foco no controle e no planejamento. A grande diferença é que o MRP II está voltado para os impactos futuros da produção sobre os setores de engenharia e de finanças. Corrêa e Gianesi (1993, pág. 113) afirmam que: Com a popularização do uso da técnica de cálculo de necessidades de materiais e com mais pesquisas sendo feita quanto à aplicação prática dos princípios do MRP a situações práticas de produção, não tardou que alguns pesquisadores percebessem que a mesma lógica de cálculo de necessidades poderia, com pouco esforço adicional, ser utilizadas para o planejamento de outros recursos de produção (como as necessidades de mão-de-obra e equipamentos), além dos materiais. Esse sistema é empregado para viabilizar o planejamento da expansão, o aumento da produção ou a adequação da demanda, garantindo que, quando for preciso, a empresa terá disponíveis os materiais necessários para suprir uma mudança na linha de produção. 5.1.8 Sistemas Logísticos Os Sistemas de Informação Gerencial (SIG)é um conjunto de pessoas e softwares que fornece as informações necessárias aos gestores e tomadores de decisão. A seguir, alguns exemplos, conforme Rezende e Abreu (2013, p. 114-115): A) Planejamento e controle de produção: quantidade total produzida; - B) Faturamento: valor do faturamento do dia, valor acumulado do mês; C) Contas a pagar: número de títulos a pagar do dia, valor total a pagar do dia, número de inadimplentes; D) Estoque: percentual de estoque distribuído por grupo de materiais; E) Folha de pagamento: valor acumulado de salários, valor total dos encargos sociais; F) Contabilidade fiscal: valor acumulado de impostos a recolher por mês. 5.1.9 Planejamento Estratégico Voltado A Área De Produção/Logística O planejamento estratégico é a ferramenta que auxilia gestores a pensar a longo prazo, a sua função antecipar o que a organização deverá fazer e quais objetivos deverão ser atingidos, definição das estratégias que ajudarão a colocar em prática a execução dos objetivos e também a sobrevivência da organização em longo prazo. Para Buettgen (2011, p. 173): O Planejamento da produção é um dos pontos nevrálgicos de qualquer sistema produtor. Cabe a ele definir como será colocado em prática tudo o que foi imaginado para a operação quando da elaboração do planejamento estratégico, lidar com as incertezas de tudo o que está envolvido. Afinal, tudo está conjugado no tempo futuro. Alguns itens e passos cruciais para o plano estratégico são: missão, visão, valores, objetivos, metas, criação de planos de ação e seu posterior acompanhamento. 6 MATERIAIS E MÉTODOS Este estudo foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica exploratória qualitativa descritiva. Para a construção deste estudo foi adotado o seguinte procedimento metodológico. Realizou-se pesquisa bibliográfica em livros, sites e artigos científicos, bem como um questionário executado com um dos gestores da empresa Lili Kids, com o intuito de coletar informações, uma vez que foi necessário investigar as falhas e pontos fortes para a realização da intervenção. 7 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS Neste item serão apresentados os principais pontos fortes e os fracos com base no levantamento de dados do setor. De maneira linear, sem um maior aprofundamento em questões particulares da empresa, apresentam-se os pontos fortes e fracos identificados no ambiente interno, verificados principalmente na maneira com que os gestores da referida organização tem executado suas tarefas. Este tipo de análise é muito importante para que o conhecimento teórico possa ser comparado às práticas administrativas do dia-dia, e então levantar informações, sobre as estratégias aplicadas e aindaidentificar falhas no processo administrativo. Quadro 01 – recursos humanos PONTOS FORTES PONTOS FRACOS Métodos de Treinamento e desenvolvimento. Sem pesquisa de clima organizacional. Planejamento estratégico bem elaborado, buscando parcerias com escolas infantis da cidade. Sem avaliação de desempenho. Flexibilidade em receber sugestões dos colaboradores. Empresa não possui manual do colaborador. Fonte: Autores (2021). O setor de recursos humanos na empresa Lili Kids está organizado da seguinte maneira: No Quadro 01 foram destacados os pontos fortes e pontos fracos do setor de RH, com base nos dados levantados na empresa que servirão como base para sugestões de melhoria. Destacando como pontos fortes os métodos de treinamento e desenvolvimento, o planejamento estratégico bem elaborado buscando parcerias com as escolas infantis e a flexibilidade em receber sugestões dos colaboradores. E como pontos fracos destaca-se a falta de pesquisa de clima organizacional, de avaliação de desempenho e do manual do colaborador. Como sugestão de melhoria apresenta-se a seguir as principais ações que podem ser implementadas como PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NO SETOR DE RECURSOS HUMANOS. Quadro 02 - PLANO DE AÇÃO para o setor de RH O QUÊ POR QUE QUEM ONDE QUANDO COMO QUANTO 1 2 3 4 Pesquisa de Clima Organizacional Para melhor entendimento dos gestores de como seus colaboradore s se sentem fazendo parte da empresa Setor de RH Na empresa com os colaboradores Quando necessário Utilizando um software onde deixe o colaborador anônimo Gratuito Avaliação de Desempenho Importante para medir o grau de contribuição e envolvimento de cada colaborador na execução de seus objetivos individuais e como empresa Setor de RH Na empresa A cada 30 dias Individual, mas com identificaçã o de cada colaborador Gratuito Manual do colaborador Para mostrar o caminho sobre regras e normas da empresa Gestores Entregar para cada um individual No ato da contratação Disponibiliz ar on-line via e-mail, what‘sApp e/ou impresso Baixo custo Fonte: Autores (2021). 1.1. OPORTUNIDADES DE MELHORIA Com base nos dados coletados destaca-se no setor de RH a necessidade de implantação de um setor de RH, no qual se dará responsável desde o recrutamento e seleção até a contratação possibilitando a empresa estar mais alinhada às necessidades como executar a Pesquisa de clima organizacional, a avaliação de desempenho e em destaque o manual do colaborador. O manual do colaborador é de extrema importância para as empresas e seus colaboradores, pois é um instrumento para entender as normas e fazer a coisa certa até quando não há ninguém observando. Segundo Machado (Coaching Consultores, 2021): O manual do colaborador é um instrumento de fundamental importância no processo de comunicação, sendo utilizado para nortear as ações, definir normas e regras, atividades e objetivos propostos pela empresa, bem como a forma que estes devem ser executados, quer seja individualmente ou em conjunto. Através do manual do colaborador a empresa vem a estabelecer seus princípios morais e éticos, desenvolvendo regras relacionadas ao ambiente de trabalho, à convivência entre os colaboradores que visam orientar sua atuação quanto às condições de seu contrato de trabalho e os benefícios que estão à sua disposição, além de procedimentos para as circunstâncias do seu dia-a-dia. Torna-se fundamental o conhecimento e o uso do manual do colaborador, uma vez que este instrumento facilita e torna a comunicação interna mais eficaz, possibilita o conhecimento da cultura da empresa estabelecendo critérios que buscam a organização, o conhecimento dos direitos e deveres dos colaboradores e o cumprimento dos objetivos propostos pela empresa. O fornecimento de informações sobre as regras da empresa evita muitos erros. Quadro 03 – Financeiro Pontos fortes: Pontos fracos: A empresa conta com o software de gestão, auxiliando em vários pontos da gestão financeira como controle de vendas, lucratividade, cobrança etc. A empresa possui uma linha de crédito que é realizado por uma financeira, assim a própria financeira faz a consulta para efetuar o cadastro, havendo inadimplência, a financeira reembolsa o dinheiro. Métodos de análise, a empresa busca analisar o mercado e a as necessidades de cada setor antes de fazer qualquer investimento visando melhorias e rentabilidade evitando correr riscos de perder o capital investido. Difícil aprovação de crediário por parte da financeira. Parcelamento em poucas vezes. Empresa não possui planejamento estratégico. Fonte: Autores (2021). O setor de financeiro na empresa Lili Kids está organizado da seguinte maneira: No Quadro 03 foram destacados os pontos fortes e pontos fracos do setor Financeiro, com base nos dados levantados na empresa. No setor financeiro, apresentado no quadro 03 os principais pontos fortes em destaque são: A empresa conta com o software de gestão. A empresa possui uma linha de crédito que é realizado por uma financeira, assim a própria financeira faz a consulta para efetuar o cadastro, havendo inadimplência, a financeira reembolsa o dinheiro. Métodos de análise, a empresa busca analisar o mercado e a as necessidades de cada setor antes de fazer qualquer investimento visando melhorias e rentabilidade evitando correr riscos de perder o capital investido. E como pontos fracos no setor de Produção que servirão como base para sugestões de melhoria na próxima etapa deste estudo destaca-se a difícil aprovação do crediário, parcelamento em poucas vezes e falta de planejamento estratégico. Como sugestão de melhoria apresenta-se a seguir as principais ações que podem ser implementadas como PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NO SETOR FINANCEIRO. Quadro 04 - PLANO DE AÇÃO para o setor financeiro O QUÊ POR QUE QUEM ONDE QUANDO COMO QUANTO Parcelamento em poucas vezes. Para impulsionar as vendas Financeiro Setor do caixa Prioridade Criando campanhas onde quanto mais alto o valor da compra, em mais vezes pode parcelas Sem custo Difícil aprovação de crediário por parte da financeira. Para alcançar maior satisfação e fidelizar o cliente Contratação de funcionário para setor financeiro Setores de caixa e financeiro Imediatamente Financeira própria Empresa não possui planejamento estratégico financeiro Criar estratégias para investimentos e melhorias futuras Gestores Empresa geral 2021 Elaborar planejamento estratégico Avaliar conforme planejamento Fonte: Autores (2021). 2.1. OPORTUNIDADES DE MELHORIA Com base nos dados coletados destaca-se no setor Financeiro a necessidade de implantação de um setor financeiro, onde será feito pela própria empresa a análise e possibilidade do crediário próprio com a loja, onde a cobrança será feita por estar mesma pessoa, centralizando dentro da empresa a gestão financeira. Para Schrickel (2000) a análise de crédito é um instrumento para estudar os riscos que a empresa terá por um empréstimo com esse crédito liberado. Através dessa análise, pode-se chegar a conclusões sobre o cliente e saber que tipo de empréstimo fazer. Conforme Santos (2003) O objetivo do processo de analisar o crédito é o de conhecer o cliente, ou seja, conhecer a idoneidade do cliente e a capacidade do mesmo de honrar suas dívidas. Para realizar a análise, as empresas utilizam duas técnicas: a técnica subjetiva que analisa a pessoa para qual será liberado o crédito e a técnica objetiva que utiliza os procedimentos estatísticos. Quadro 05 – Marketing Pontos fortes Pontos fracos A empresa faz a divulgação da loja física e também vendas online,através de redes sociais como instagram, facebook what‘sApp, e conta com parcerias de digitais influêncer para divulgação dos seus produtos A empresa conta com um brechó virtual onde os cliente colocam suas peças usadas para venda e o valor é convertido em produtos da loja, o brechó só funciona online, e as funcionárias são as responsáveis pela página e pelas vendas através das mídias sociais Planejamento estratégico a empresa costuma fazer uma campanha para cada época do ano. Traçar uma estratégia de pós vendas pois hoje a empresa não conta com nenhum tipo de pesquisa ou atendimento pós venda para cada cliente Pesquisa de mercado, buscar resultados através da pesquisa, como quais os pontos que a concorrência está se destacando e que posso melhorar, traçar melhorias com o estudo do mercado. Fonte: Autores (2021) O setor de marketing na empresa Lili Kids está organizado da seguinte maneira: No quadro 05 foram destacados os pontos fortes e pontos fracos do setor de Marketing, com base nos dados levantados na empresa. Os principais pontos fortes e fracos no setor de Marketing que servirão como base para sugestões de melhoria na próxima etapa deste estudo. Em destaque a mídias sociais, brechó virtual e planejamento de marketing para cada época do ano. E como ponto fraco a falta de acompanhamento quanto ao pós-venda e empresa sem estratégia de pesquisa de mercado. Quadro 06- PLANO DE AÇÃO para o setor de Marketing O QUÊ POR QUE QUEM ONDE QUANDO COMO QUANT O Pós venda Ter feedback dos clientes Vendedora Na loja Até uma semana após a venda Whats ou ligação Sem custo Pesquisa de mercado Saber onde o que a concorrência está fazendo diferente da Lili Kids Gestores Com clientes, mídias digitais e visita aos concorrentes Semestralmente Whats, instagram, pessoalmente e ligações Sem custo orçado até o momento Fonte: Autores (2021). 3.1 OPORTUNIDADES DE MELHORIA Com base nos dados coletados, destaca-se no setor de Marketing o ponto fraco principal sendo a pós venda e a pesquisa de mercado. Sendo assim de suma importância a manter o contato com o cliente após a venda, assim ter o feedback da compra e dos gostos do cliente, para então ter uma nova oportunidade de venda. De acordo com DIAS (2003, p.7), ―o marketing de fidelização ou retenção é o primeiro nível do marketing de relacionamento‖. Nutrir o cliente e cativá-lo ainda custará menos do que conseguir um novo cliente. Quanto a pesquisa de mercado vimos a necessidade de implementar está ferramenta na empresa, o estudo de mercado, surge como algo essencial para minimizar riscos e identificar oportunidades em qualquer estágio de vida de uma empresa, afim de obter informações para auxílio na tomada de decisões, diminuindo as incertezas e consequentemente os riscos. Para a obtenção dessas informações, a empresa pode buscar opiniões junto aos seus clientes atuais, fornecedores, parceiros e até mesmo de concorrentes. Para se conseguir sucesso no mercado competitivo, as empresas precisam ser voltadas para o cliente, isso envolve ganhar o cliente, mantê-los e cultivá-los, porém para se ter sucesso nessa etapa, a organização precisa entender do que o cliente precisa e gosta, ou melhor, suas necessidades e desejos com isso. Quadro 07 - Pontos fortes e fracos do setor de produção/logística Pontos fortes: Pontos fracos: Brechó entre as clientes, onde o valor das mercadorias só pode ser usado na loja. Consignado; onde a cliente escolhe as roupas na sua casa. Pouco estoque. Falta de controle de estoque. Fonte: Autores (2021) No quadro 07 foram destacados os pontos fortes e pontos fracos do setor de produção/logística, com base nos dados levantados na empresa. No setor de produção/logística, apresentado no quadro 03 os principais pontos fortes em destaque são: A empresa conta com um brechó entre clientes, onde o valor das mercadorias só pode ser usado na loja, outro ponto forte é a questão do cliente conseguir levar algumas peças para experimentar na sua residência, atendimento personalizado para clientes que estão com um pouco de pressa na hora de escolher algumas peças na loja. E como pontos fracos no setor de Produção/logística que servirão como base para sugestões de melhoria na próxima etapa deste estudo destaca-se o pouco estoque e a falta do controle de estoque principalmente nas peças que tem mais saída. Como sugestão de melhoria apresenta-se a seguir as principais ações que podem ser implementadas como PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NO SETOR DE PRODUÇÃO/LOGÍSTICA. Quadro 08 - PLANO DE AÇÃO para o setor produção logística O QUÊ POR QUE QUEM ONDE QUANDO COMO QUANTO Pouco estoque Para ter o controle do que é vendido e não correr o risco de faltar modelos no estoque para venda, Estoquista Setor de estoque Prioridade Investir um pouco mais nas peças e modelos de mais saída, para que não corra riscos de faltar produtos já que a logística é Avaliar conforme planejamento evitando assim o deslocamento desnecessário na falta de algum produto gerando mais custos para a empresa terceirizada, pois em caso de falta de produto teria um custo adicional fazendo a própria empresa se deslocar para buscar as peças. Falta de controle de estoque Controlar o estoque e analisar as demandas de cada produto e suas coleções Contratação de funcionário para setor de estoque Setor de estoque Imediatamente Colocando alguém para ser responsável pelo setor, com uma analise mais detalhada e assertiva no controle de estoque, isso também ajuda nas vendas e evita correr riscos de falta de produto Avaliar conforme o planejamento Fonte: Autores (2021). 4.1 OPORTUNIDADES DE MELHORIA Com base nos dados coletados destaca-se no setor de produção e logística a necessidade da contratação de uma pessoa responsável pelo setor de estoque analisando os pontos a melhorar e também focando na questão dos pedidos e demanda dos produtos. Trazendo em conta que a logística de entrega das coleções é terceirizada, e dificilmente se consegue a entrega só das peças vendidas para reposição. Ficando somente a opção de se deslocar até o fornecedor. Segundo Slack (2007) para se manter competitiva no mercado e conseguir atender sua demanda de forma adequada, mantendo os clientes satisfeitos, é necessário obter a capacidade produtiva de todos os setores da empresa, visto que é há uma ligação entre setores, de nada adianta a empresa ter um setor atuando com sucesso se no próximo posto de trabalho existe um que não se consegue produzir a tempo, gerando atrasos em todos os processos seguintes. Cada setor deve controlar suas atividades de forma a ser satisfatória entre todos no final do processo, a fim de atender a demanda e contribuir para a redução de custos nos processos. Como uma atividade complexa e ampla, a produção/logística é de grande influência na economia. De forma macro, viabiliza que os produtos adquiridos sejam entregues aos clientes, proporcionando assim o fluxo de informações e pedidos. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a conclusão deste trabalho verificou-se a importância do alinhamento das áreas citadas acima na empresa Lili Kids, objeto alvo deste estudo, o qual mostrou-se que cada área específica desempenha um papel estratégico para alcançar o objetivo traçado. Na área de Recursos Humanos constataram-se diversos pontos positivos como, por exemplo, Métodos de Treinamento e desenvolvimento, Planejamento estratégico bem elaborado buscando parcerias com escolas infantis da cidade e a Flexibilidade em receber sugestões dos colaboradores. Foi possível a visualização de alguns pontos a serem aprimorados, tais como: a falta
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