Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTRODUÇÃO Em vez de considerar, como faz a escola tradicional, que a criança nada sabe e que ao educador cabe ensinar-lhe tudo – o que é pretensioso e irrealizável – partimos, para o nosso ensino, das tentativas naturais à ação, à criação, ao amor do belo, à necessidade de se exprimir e de se exteriorizar. Ajudamos o indivíduo a realizar-se e a apurar, pela ação, o seu sentido artístico e latente [...] nele preservamos e cultivamos o seu sentido literário, poético, científico, matemático; e, com este expediente, vamos sempre mais alto e mais longe [...]. (FREINET, 1977, p. 237). Bem longe de ser um educador tradicional, Freinet foi um observador sensível e atencioso. Abandonou os manuais escolares tradicionais e criou um modo de trabalho com os seus alunos, procurando responder às indagações, nas diferentes áreas do conhecimento. Freinet sugeriu, criassem seus próprios textos e fichas de estudo para a aplicação das aulas. CÉLESTIN FREINET (1886-1966) Célestin Freinet nasceu em 15 de outubro de 1896, na cidade de Gars, região de Provença, no sul da França. Nos anos 1914 e 1918, no período da Primeira Guerra Mundial, Freinet alistou-se interrompendo seus estudos no magistério. Em 1914, ganhou baixa do exército, pois os gases afetaram seus pulmões para o resto da vida. Antes de concluir o Curso Normal, desenvolveu algumas das suas principais técnicas: a aula-passeio e o livro da vida: Freinet visita escolas consideradas de vanguarda da pedagogia mundial, de Petersen, em Iena; de Altona, em Hamburgo; escolas soviéticas vanguardistas e politécnicas; as escolas de Decroly e de Montessori, respectivamente, na França e Itália; e a Casa dos Pequeninos, criada por Claparède, em Genebra. (ELIAS, 2008, p. 25). Envolvido pelas ideias da Escola Nova e influenciado pelos teóricos que debatiam uma nova concepção de educação, infância e escola, Freinet trabalhou ativamente com seus alunos de forma a construir práticas pedagógicas vivas. Naquele mesmo ano, fundou a Cooperativa do Ensino Leigo, visando ao desenvolvimento e intercâmbio dos instrumentos pedagógicos. Em 1932, o movimento educacional iniciado por Freinet já havia conquistado adeptos na Espanha e Bélgica. Entre 1933 e 1939, , tornando-se alvo de desconfianças dos conservadores franceses e, por causa disto, é exonerado da função de professor em Saint-Paul de Vence, mas continuou trabalhando na cooperativa. Depois de algum tempo, com a ajuda de doações, Freinet abre a sua própria escola: a Escola de Vence, mas o Ministério da Educação não a reconhece oficialmente. Aproveitou para dar aulas aos seus companheiros de prisão e escrever suas obras pedagógicas. A partir dos anos 1950, a Pedagogia Freinet já estava consolidada e, ao falecer, em 1966, com 80 anos, Freinet já era reconhecido mundialmente como crítico da escola tradicional e reformulador das teorias da Escola Nova. Sinopse: Pedagogo humanista, autodidata, político e sindical, sintetizou em sua obra as aquisições da psicologia e da pedagogia, tornando-as aplicáveis às práticas cotidianas em classe. Freinet, através de seu método natural de aprendizagem, deixa um importante legado para a formação de seres íntegros, sociais e políticos, capazes de trilhar seus destinos individual e socialmente na construção de uma sociedade democrática e pacífica. A PEDAGOGIA FREINET Célestin Freinet foi professor primário durante quase toda a sua vida. As propostas pedagógicas de Freinet, desenvolvidas conjuntamente com as crianças, visavam desenvolver o gosto pelo trabalho, pela escola e torná-las cidadãos críticos e conscientes do seu meio social. Entendia que a educação deveria proporcionar à criança a realização de um trabalho existente na vida real. No seu Livro de Notas, que veio a substituir o Diário de Guerra, Freinet anotava todos os dias tudo o que ouvia dos alunos, os termos repletos de poesia, as observações e gestos originais e espontâneos, tudo, enfim, que o ajudasse a conhecer melhor a personalidade de cada criança, seus sucessos e insucessos. Otimista, vê na ação educativa o motor condutor do progresso social e moral da sociedade (ELIAS, 2008, p. 23). A prática pedagógica de Freinet tem por base a cooperação entre educadores, entre estudantes e entre ambos. Sua proposta pedagógica unia a cooperação do trabalho coletivo valorização da produção individual da criança. De acordo com Elias (2008, p. 42): [...] a Pedagogia Freinet pode ser vista como uma prática coletiva, uma vez que tem por objetivo maior o desenvolvimento da compreensão crítica da realidade e a ação participativa na transformação, segundo as necessidades de todos. Portanto, o sujeito da ação coletiva e da educação não é o indivíduo, mas o conjunto de pessoas que participam do processo. Segundo Sampaio (1989), a Pedagogia Freinet conseguia esta cooperação por desenvolver as seguintes capacidades: Freinet criou diversas técnicas, que darão suporte para o professor utilizá-las. Freinet trabalha com uma proposta que privilegia a aprendizagem por meio de experiências. Para ele, se a criança acertar um experimento, irá repeti-lo por diversas vezes até avançar com a cooperação do professor. De acordo com Elias (2008, p. 47): As características da Pedagogia Freinet [...] são a cooperação, a comunicação compartilhada e a tomada de decisões. Empenhada numa atividade que a requisite física e psicologicamente, a criança é naturalmente disciplinada, concentra-se nas atividades e se realiza, ao descobrir suas potencialidades. Na proposta de Freinet, a relação professor/aluno é muito importante no processo de aprendizagem da criança. Além disso, o professor não deve nunca ignorar o aspecto político e social da comunidade onde a escola está inserida, pois sua pedagogia deve preocupar-se com a formação de um ser social atuante e crítico. Sua trajetória, portanto, enquanto professor primário, leva-o a estabelecer um paralelo entre educação e política. Centrado na ideia do trabalho, valoriza o homem, o coletivo, o homem da periferia e das classes trabalhadoras, considerando ser necessário levar o educando a construir a própria realidade histórico-social (ELIAS, 2008, p. 14). Para Freinet (1975), o professor deve mesclar seu trabalho com a vida em comunidade, criando associações, conselhos, eleições, enfim, instigando diversas maneiras de participação e colaboração para a formação do aluno, direcionando sua pedagogia em defesa da fraternidade, do respeito e do crescimento cooperativo e feliz da sociedade. A sua proposta pedagógica exige uma postura frente à vida que difere de tudo o que se ensinava nas escolas. Na prática, procurava seguir o empenho dos alunos e transformá-los no trabalho, por uma vivência coletiva, permeada pelo meio ambiente, pela ação. Para ele, a liberdade faz parte do aprendizado histórico-social (ELIAS, 2008, p. 17). Freinet sempre deu muita importância ao trabalho que, para ele, é o centro das atividades escolares, fazendo com que a criança exerça o seu poder e cresça por meio dele. Por isso sua teoria é muito conhecida como Pedagogia do Trabalho. De acordo com Elias (2008, p. 46): O trabalho é o grande princípio, o motor e a filosofia de sua pedagogia [...], que parte da atividade para chegar às outras aquisições. Para ele, influenciado pela filosofia marxista, a escola pretendida e pensada é a escola do trabalho, perfeitamente integrada no processo geral da vida: a criança torna-se sujeito e o professor, aquele que orienta, estimula e facilita a aprendizagem. O trabalho permite aos homens se estruturar e educar ao mesmo tempo em que transformam a natureza. Para Freinet (1975), o aprender deveria passar pela experiência de vida e isso só é possível pela ação, através do trabalho, que engloba a pesquisa, a documentação e a experimentação. O trabalho desenvolve o pensamento lógico e inteligente. Nele, o ser humano se exprime e se realiza. Não significa educação pelo trabalho manual e sim a união entre intelectualidade e manipulação, pensamento e ação; o desenvolvimento do pensamento até o lógicoe inteligente ocorre a partir de ocupações materiais. E, para chegar ao valor educativo do trabalho, propõe inicialmente a observação, em seguida a expressão, depois a experimentação; o valor educativo destas operações está no resultado da união das três (FREINET apud GADOTTI, 1997, p. 177). De acordo com Elias (2008), a sala de aula é um lugar que convida ao trabalho, e Freinet distingue quatro etapas educativas: pré-ensino, jardins de infância, escola maternal e infantil e escola elementar, que veremos no quadro a seguir: A liberdade também é um aspecto importante nas práticas pedagógicas propostas por Freinet, significando a capacidade de o ser humano vencer as barreiras e obstáculos impostos pela vida. METODOLOGIA Baseia-se em diferentes técnicas pedagógicas, criadas por ele, com o intuito de “[...] envolver todas as crianças no processo de aprendizagem, respeitando seus direitos de crescer em liberdade, independente das diferenças de caráter, inteligência ou meio social” (ELIAS, 2008, p. 13). Cooperativa escolar: Professor e alunos realizam um acordo, definindo os princípios, objetivos e meios que serão utilizados pelo grupo para alcançar as metas. O grupo, que contém um coordenador e um redator, reúne-se para avaliar os objetivos alcançados e o que falta ser feito para alcançar as metas. Planos de trabalho: São elaborados pelos professores e crianças, de forma conjunta, a cada início de ano e geram grande motivação para a aprendizagem do programa. O programa curricular que deve ser cumprido é apresentado às crianças pelo professor, que explica os motivos de estudar tais conteúdos e propõe que seja feito um plano mensal e semanal para cumprir o programa. Texto livre: São escritos, como o próprio nome diz, de forma livre, sem cobranças em relação ao tema ou ao formato, expressando a vontade da criança, sua curiosidade e o que ela considera mais importante. De acordo com Sampaio (1989), só assim o texto apresentará espontaneidade, vida, criação, ligação íntima e permanente com o meio e a expressão profunda de cada criança ou jovem. produzir, percebendo que o que escreve é importante para as outras pessoas, pais, comunidade e outras escolas para onde os jornais e cartas são enviados. Após a escrita individual, o grupo irá escolher um dos textos para ser: [...] aperfeiçoado coletivamente, quer no que diz respeito à verdade do conteúdo, quer na sua forma sintática gramatical e ortográfica. A obra que depois é dada aos pequenos tipógrafos é o resultado do nosso método natural de trabalho, que respeita o pensamento infantil, mas contribui com seu auxílio técnico, enquanto espera que a criança esteja em condições de caminhar pelo seu pé e de nos trazer textos e poemas que só teriam a perder com a nossa intervenção (FREINET, 1974, p. 21). Imprensa escolar: É um tipo de tipografia montada na escola, por meio da qual os alunos imprimem seus próprios textos para envio aos pais, aos membros da comunidade em geral e, por que não, para outras escolas. Jornal na escola: para o jornal, a criança: [...] não escreve apenas o que interessa a ela; escreve aquilo que, nos seus pensamentos, nas suas observações, nos seus sentimentos e nos seus atos é susceptível de interessar os seus camaradas e de vir a interessar os seus correspondentes. (FREINET, 1974, p. 21). O jornal permite a interação com a comunidade, com os pais e com outras escolas, levando a produção gráfica e literária das crianças a diversos lugares. Sua impressão é feita diariamente e reunida no formato de jornal, para ser enviado mensalmente aos correspondentes da escola. Correspondência entre escolas: de acordo com Sampaio (1989), a correspondência abre a escola para a vida, e a vida se mistura com a vida das crianças. É com a correspondência escolar que a criança faz a aprendizagem da vida cooperativa, tão essencial na Pedagogia Freinet. A criança deve contar com os outros e confiar neles. Uma classe se corresponde com outra só depois de os professores terem se comunicado e organizado os pares de alunos correspondentes. Os professores também trocam correspondências e esse vínculo é muito importante. Após a escolha dos pares, as crianças preparam o gráfico para identificar os correspondentes e indicar a periodicidade das cartas enviadas (SAMPAIO, 1989, p.195). Além dos textos e imagens produzidos pelas crianças, a correspondência contém informações sobre a região onde a escola está localizada, fitas com gravações, presentes elaborados pela criança ou pela própria família, receitas de comidas típicas e outras coisas sobre a sua comunidade que a criança tenha interesse em compartilhar. Livro da vida: é um documento em que ficam registrados todos os acontecimentos importantes do grupo. Constitui-se de uma grande folha em que podem ser coladas outras, conforme a necessidade. Nele, as crianças escrevem, colam desenhos, notícias, fotos, recortes, registrando toda a evolução do grupo. De acordo com Oliveira (2005, p. 10), o livro da vida: [...] é o registro dos acontecimentos mais marcantes da classe. Nele, o professor e/ou alunos inserem textos produzidos na classe como também podem registrar um fato importante que ocorreu na turma ou fora dela como um passeio, uma visita, atividade marcante vivida pelo aluno, pelo grupo de alunos, pela família e pela comunidade. Este registro vai se constituindo ao longo do ano como um diário da classe ilustrado com desenhos, fotografias, relatos e depoimentos que passam a fazer parte da memória do grupo. Este documento pode ser lido tanto pelos colegas, quanto pelos pais. É o que, nos dias de hoje, chamamos de portfólio, e que contém o registro de todas as atividades desenvolvidas pela criança, demonstrando a sua evolução durante o período que passou na escola. Fichário escolar: são fichas de assuntos específicos que são elaboradas pelas crianças, substituindo os livros didáticos ou manuais. Os fichários apresentam questões relacionadas à vida das crianças, propostas de atividades e formas de utilização dos materiais. O fichário é classificado por assunto e reunido para publicação e aquisição das outras escolas para uso em sala de aula. As escolas que adquirem os fichários realizam a sua ampliação com as suas próprias experiências. Jornal mural: é onde as crianças expressam seus anseios, desejos, críticas e opiniões em relação ao funcionamento do grupo e da escola, sendo assinado por elas. Configura-se em uma grande folha de papel dividida em três colunas (que deve ser trocada semanalmente), com as frases: eu proponho, eu critico, eu felicito. Fichário autocorretivo: são fichas individuais que propõem problemas e apresentam soluções, favorecendo o ritmo próprio da criança na aquisição do conhecimento e possibilitando que a criança se aproxime da Zona de Desenvolvimento Proximal proposta por Vigotski. Fazem parte deste fichário: • fichas-teste – apresentam problemas a ser resolvidos pelas crianças e permitem avaliar seu desenvolvimento; • fichas-correção – oferecem um trabalho complementar para as crianças que se confundiram ou não souberam resolver as fichas-teste. São uma forma de as crianças vencerem suas limitações individuais com o auxílio de alguém mais experiente. Biblioteca: para Freinet, é um centro de cultura onde estão disponíveis todos os materiais produzidos pelas crianças, os materiais recebidos de outras escolas ou da comunidade por meio da troca de correspondências, os livros, o canto da impressora, do audiovisual, da leitura, um canto para exposições, um escritório e uma sala para reuniões. Cantos das atividades: Freinet divide o espaço escolar em cantos de trabalho com atividades diferenciadas. Em cada canto, as crianças encontram omaterial que necessitam e ao alcance de suas mãos de forma organizada. Há também uma bancada ou mesa para a realização das atividades. Estes cantos absorvem um pequeno número de crianças e estimulam a cooperação, já que elas deverão negociar entre si para poder trabalhar no canto que mais lhe interessa. Com o grupo dividido em grupos menores,o professor não consegue dar atenção a todos ao mesmo tempo, fazendo com que cada grupo procure a solução para os problemas que enfrentam, desenvolvendo a autonomia. Estudo do meio: é a ideia base da Pedagogia do Trabalho proposta por Freinet. Como o próprio nome já diz, é o estudo do meio onde a criança vive, seja ele físico ou social. Por meio dele, a criança é inserida em seu meio ambiente, desenvolvendo um olhar crítico sobre as transformações que realiza nele. Por meio de entrevistas e pesquisas de campo, as crianças procuram documentos para compor um registro ilustrado do local em que vivem. Sempre que fazem novas descobertas, ampliam o registro já existente. Aula-passeio: forma que Freinet encontrou para trazer a alegria e o entusiasmo das crianças para a sala de aula, aproximando o trabalho em sala da vida real das crianças e demonstrando que a educação é muito mais eficiente se baseada no prazer da criança. Para Freinet (1976, p.24), a aula-passeio “[...] não era tempo perdido, pois todas as disciplinas escolares tiravam proveito disso”. Nos passeios realizados pela comunidade, as crianças observavam os animais, as pedras, as plantas e recolhiam pequenos objetos para levar à sala de aula. Assim que retornavam, eles escreviam um resumo no quadro do passeio comentado, transformado e ampliado pelas crianças. Desta forma, Freinet fazia com que suas aulas fossem animadas e vivas e possibilita que as crianças conhecessem o seu meio de forma mais aprofundada, contribuindo para a construção coletiva do conhecimento. De acordo com Elias (2008, p. 46): [...] cabe à escola e ao professor oferecer modelos, estimular experiências, criar uma atmosfera de trabalho, acompanhar e interpretar suas hipóteses pessoais, não reduzindo sua ação a um ensino estreito, acanhado, exclusivamente escolar e individualista. O professor deveria limitar-se apenas: à organização do trabalho, sem imposições ou ameaças. Para Freinet, a capacidade de trabalho valoriza o indivíduo, transformando-o em ator eficaz e responsável perante a comunidade e a própria sociedade (ELIAS, 2008, p. 47-48). Outra função do professor seria a de colaborar para o êxito das crianças. Freinet não via o erro como algo importante didaticamente. Os erros são apenas um acidente de percurso, uma pedra na qual se tropeça, um muro que se pode evitar, uma árvore caída que se desloca ou que se contorna; no entanto, a caminhada continua, estimulada até pelas dificuldades que superamos ou ultrapassamos (FREINET, 1977, p. 35). Para ele, o fracasso desmotiva e deixa a criança instável e insegura. É papel do professor auxiliar a criança a superar o erro de forma afetiva. Para Freinet “[...] só o educador que conhece intimamente a criança e sua natureza psicológica, suas tendências e possibilidades poderá ajudá-la a desenvolver ao máximo sua personalidade, em função das necessidades do meio a que pertence”. (ELIAS, 2008, p. 46). Com relação à avaliação dos alunos, Freinet defendia a avaliação contínua na qual professores e alunos se reúnem semanalmente para discutir os resultados, os conteúdos estudados e verificar o que foi realmente compreendido e se ainda há alguma dificuldade em relação ao que foi estudado. Para Freinet: A escola e o professor necessitam trabalhar as relações no grupo e a responsabilidade de cada um, tendo como meta o crescimento pessoal/ social da classe. Não se deve ter pressa. Se o educador não tiver paciência, não der tempo para o aluno assimilar os conteúdos, não fará mais que um trabalho de superfície, o qual não só pode ser inútil, como perigoso. E, finalmente, reconhecerá que o saber não é um acúmulo de conhecimentos, mas uma maneira de enfrentar qualquer situação para depois analisá-la e comunicá-la (ELIAS, 2008, p. 40-41, grifos no original). questões de reflexão 1 Como você pôde perceber, Freinet criou diversas metodologias, a fim de colocar em prática o que acreditava enquanto professor. E você, utiliza alguma técnica de Freinet em suas aulas? Quais? Descreva de que forma as aplica em sala de aula. 2 Se você ainda não é professor, quais metodologias criadas por Freinet achou mais interessantes? Descreva ao menos três e justifique a sua escolha. AUTOATIVIDADE 1 A Pedagogia Freinet está centrada em 4 eixos. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) ( ) Cooperação, competição, diálogo e afetividade. b) ( ) Cooperação, comunicação, documentação e afetividade. c) ( ) Competição, autonomia, afetividade e registro. d)( ) Autonomia, identidade, registro e criatividade. 2 Freinet distingue 4 etapas educativas, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) ( ) Período pré-ensino, período correspondente aos jardins de infância, a escola maternal e infantil e a escola elementar. b) ( ) Período da educação infantil, do ensino fundamental 1, ensino fundamental 2 e ensino médio. c) ( ) Período da pré-escola, período dos anos iniciais, período dos anos finais, ensino médio. d)( ) Período do infantil 1, do infantil 2, do infantil 3 e do infantil 4. 3 A técnica pedagógica de Freinet, que é uma forma de organização em que todos participam, definindo princípios, objetivos e meios que serão utilizados pelo grupo para alcançar as metas, chama-se: a) ( ) Texto livre. b) ( ) Cooperativa escolar. c) ( ) Planos de trabalho. d)( ) Imprensa escolar.
Compartilhar