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A forca da torcida

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A força da torcida
Levantamento aponta que o rendimento das equipes que jogam em casa caiu sem a torcida nos estádios.
O campeonato brasileiro 2021 está só começando, ainda estamos na terceira rodada, e ainda tem muitas rodadas por vir, a competição é uma das mais difíceis do mundo, por conta de toda sua imprevisibilidade e por ter grandes concorrentes. Com todo esse cenário, uma das coisas que pode se quase ter certeza, é que será mais um campeonato sem a presença do publico nas arquibancadas, assim como brasileirão 2020, analisando o momento atual do país com a situação da vacinação, é bem possível que não teremos esse contato, mesmo que alguns clubes e dirigentes nacionais forçam uma volta dos torcedores com mais veemência, mas sem sucesso.
 Mas até que ponto a ausência da torcida pode influenciar no rendimento técnico, tático ou psicológico dos times, conversamos com alguns profissionais ligados a essas características para analisar um fator que parece obvio, mas alguns ainda insistem e negar; os times caíram seus aproveitamentos nos jogos em casa sem a torcida.
No campeonato de 2019, foi o ano que tivemos a melhor media de publico nos estádios, nunca se teve tantos torcedores nas arquibancadas na época dos pontos corridos, são 38 rodadas, e em 2019 os mandantes tiveram um aproveitamento médio de 48%, restando 26% dos visitantes e os mesmos 26% os jogos terminaram empatados. Já no ano de 2020, esse sim sem a torcida para apoiar os jogadores e constatamos uma queda no aproveitamento dos mandantes, que tiveram 45% das vitorias, com 27% dos visitantes e 28% dos empates.
O mestrando em ciência da atividade física na USP, Ítalo Vinicius explicou que acredita no teor desse trabalho, e explicou o porquê, “acredito que nós temos algumas evidências na literatura, estudando o fator casa que é quando um atleta ou um ex-atleta, quando eles atuam nos seus domínios, com incentivo da torcida nessa pressão positiva que a torcida impõe aos seus atletas, parece que existem alguns fatores relevantes no esporte, por exemplo, a auto eficácia, ou seja, o atleta ele acredita que ele está mais eficaz para realizar determinadas tarefas”. Também conversamos com Thales Neher, pós-formado em psicologia na PUC-RIO, confrontamos sobre a possibilidade de o estimulo por parte da comissão técnica influenciaria mais do que os torcedores pelo fato de conviver diariamente com os atletas, sabendo que nesses tempos sem torcida, os gritos que mais se ouve nos estádios são desses profissionais da comissão, ele nos explicou que “Não tem como separar se o incentivo da comissão técnica é maior do que o incentivo da torcida na arquibancada, mas prefiro dizer que o verbo distinguir um complementa o outro, a diferença é no afetar o atleta, então é algo que vem de fora e vai ativar o jogador como, por exemplo: heranças familiares, lembranças e outros registros, mas o que vem de fora de que maneira os atletas irão reagir, se irão reprimir ou se vão compartilhar”.
É unanimidade entre os profissionais relacionados de áreas distintas que englobam o futebol que a torcida ajuda bastante durante um jogo, campeonato, além de deixar o espetáculo mais bonito, e enquanto a tão aguardada vacina não chega ao acesso de todos, vamos apreciando o futebol pela TV, em casa, nos protegendo e na esperança que o quanto antes os torcedores possam estar presentes nos estádios incentivando seus times nas conquistas.
Rio de janeiro 17 de junho de 2021
Universidade Estácio de Sá 
Redação para mídia impressa
Professora: Tatiane Mendes 
Alunos: Bruno dos Anjos, Bryan Ramos, João Victor Coelho e Mateus Passeri. 
Fontes: www.globoesporte.com
www.ogol.com.br
Colaboradores: Ítalo Vinícius – mestrado em ciência da atividade física USP 
Thales Nehrer – pós-formado psicologia PUCRio.

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