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Fígado É a maior glândula e o segundo maior órgão do corpo humano. Localiza-se no hipocôndrio direito (abaixo do tórax e acima da cintura) e pequena porção do hipocôndrio esquerdo, sob o diafragma e seu peso aproximado é cerca de 1,3-1,5 kg no homem adulto e um pouco menos na mulher. Em crianças é proporcionalmente maior, pois constitui 1/20 ( 0,05%) do peso total de um recém nascido. Em algumas espécies animais o metabolismo alcança a atividade máxima logo depois da alimentação; isto lhes diminui a capacidade de reação a estímulos externos. Em outras espécies, o controle metabólico é estacionário, sem diminuição desta reação. A diferença é determinada pelo fígado e sua função reguladora, órgão básico da coordenação fisiológica. Algumas das funções do fígado: produção de bile; síntese do colesterol; conversão de amônia em uréia; desintoxicação do organismo; síntese de protrombina e fibrinogênio (fatores de coagulação do sangue); destruição das hemácias; síntese, armazenamento e quebra do glicogênio; emulsificação de gorduras no processo digestivo, através da secreção da bile; lipogênese, a produção de [triacilglicerol] (gorduras); armazenamento das vitaminas A, B12, D, E e K; armazenamento de alguns minerais como o ferro e o cobre; síntese de albumina (importante para a osmolaridade do sangue); reciclagem de hormônios; DIVISÃO DO FÍGADO O fígado é uma glândula dividida em 4 lobos: *direito *esquerdo *quadrado *caudado IRRIGAÇÃO: É um órgão importante no metabolismo e armazenamento dos nutrientes. Ele é o responsável por: Glicogênese: transformação da glicose em excesso no organismo em glicogênio, sendo armazenado no fígado e músculos para posterior utilização. Glicogenólise: transformação do glicogênio armazenado em glicose para manutenção da glicemia. Gliconeogênese: formação de glicose a partir da mobilização de lipídios e proteínas para a manutenção da glicemia, quando a quantidade de glicose armazenada sob a forma de glicogênio não é suficiente. Transaminação e desaminação das proteínas: são 2 caminhos que convertem os aminoácidos à substratos utilizados na produção de energia e de glicose, bem como na síntese de aminoácidos não essenciais. Transformação de amônia em uréia (excretada pelos rins), síntese de proteínas plasmáticas vitais como albumina, transferrina e lipoproteína, síntese de triglicerídeos, fosfolipídeos, colesterol e sais biliares, armazenamento, O fígado é o único órgão do corpo humano capaz de reconstituir até 75% de seus tecidos. Quando retiramos parte do fígado, os vasos sanguíneos não se recuperam plenamente e a circulação fica comprometida. Outro problema é que o tecido regenerado costuma ser fibroso, mais duro que o original.Isso aumenta as chances de o doador ter cirrose hepática, uma doença que pode fazer com que o órgão pare de funcionar, levando à morte. De qualquer forma, o transplante de fígado é o típico caso em que os benefícios compensam os eventuais problemas. VESÍCULA BILIAR A vesícula biliar é um órgão muscular responsável pelo armazenamento da bile e está presente na maioria dos vertebrados. No ser humano é um saco membranoso no formato de pêra, que se situa abaixo da superfície do lóbulo direito do fígado, logo atrás das costelas inferiores. Armazena até 50ml de bile, que é utilizada no sistema digestivo, não sendo responsável por sua produção. A vesícula biliar tem cerca de 7–10 cm de comprimento em humanos e tem uma aparência verde-escuro devido ao seu conteúdo (bile), não ao seu tecido. É conectada ao fígado e ao duodeno através do trato biliar. Função A função da vesícula é armazenar a bile segregada pelo fígado, que chega nela através dos condutos hepático e cístico e lá permanece até ser solicitada pelo aparelho digestório. Funcionamento Quando funciona dentro da normalidade, a vesícula esvazia seu conteúdo através do conduto biliar no duodeno para facilitar a digestão, favorecendo assim, os movimentos dos intestinos e a absorção dos nutrientes. Além disso, evita a putrefação e emulsiona as gorduras Problemas da vesícula O problema mais freqüente da vesícula biliar é a presença de cálculos, cuja forma e tamanho varia desde o tamanho de um grão até o tamanho de uma pêra. São formados por sais biliares e são mais freqüentes nos diabéticos, em pessoas negras, mulheres, especialmente nas que sofrem de obesidade e aquelas que já passaram por múltiplas gestações. Sabe-se que sua incidência aumenta com a idade. As principais razões para a formação dos cálculos são a existência de quantidade excessiva de cálcio e colesterol na bile e a retenção de bílis na vesícula durante um período prolongado. O tratamento mais habitual para este problema é a remoção dos cálculos através de cirurgia, porém, a casos nos quais a intervenção cirúrgica pode ser substituída por outros tratamentos que só poderão ser indicados pelo médico. PÂNCREAS O pâncreas é uma glândula de aproximadamente 15 cm de extensão do sistema digestivo e endócrino dos seres humanos que se localiza atrás do estômago e entre o duodeno e o baço. Ele é tanto exócrino (secretando suco pancreático, que contém enzimas digestivas) Quanto endócrino (produzindo muitos hormônios importantes, como insulina, glucagon e somatostatina). Divide-se em cabeça, corpo e cauda. O pâncreas é um órgão produtor de enzimas, proteínas que aumentam a rapidez das transformações químicas. Pâncreas endócrino: Formado por círculos claros - ilhotas de Langerhans que secreta hormônios que regulam os níveis de glicose sanguíneos Pâncreas exócrino: Formado por tecido escuro circundante ou ácino pancreático que produz enzimas que digerem o alimento. O pâncreas endócrino é composto de aglomerações de células especiais denominadas ilhotas de Langerhans. O "cansaço" crônico destas células leva ao aparecimento do diabetes no pâncreas. Existem quatro tipos de células nas ilhotas de Langerhans. classificadas de acordo com sua secreção: CÉLULAS BETA: Produzem cerca de 50-80% da Insulina e Amilina (enzima que atua na digestão do amido) que reduz a taxa de açúcar no sangue. CÉLULAS ALFA : Produzem cerca de 15-20% de Glucagon que aumenta a taxa de açúcar no sangue. CÉLULAS DELTA: Produzem cerca de 3-10% da Somatostatina que inibe o pâncreas endócrino CÉLULAS PP: Produzem cerca de 1% do Polipeptídeo pancreático(estimula a secreção gástrica) DIABETES: TIPOS DM Tipo 1 - insulino dependente : existe deficiência na produção de insulina. Destruição auto imune das células produtoras de insulina situadas no pâncreas. Não ocorre a formação da insulina. Ocorre principalmente na infância e adolescência e não tem relação com a obesidade (5% a 10% dos casos) DM Tipo 2 - não insulino dependente: problema nos receptores de insulina e glicose nos tecidos. As células do organismo vão se tornando resistentes a insulina e o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente. Este tipo de diabetes ocorre principalmente a partir dos 40 anos de idade. O Ministério da Saúde classifica os valores de referência para a glicemia: Glicose (mg/dl): Normal : até 100 mg/dl - -Elevado: 100 a 125 mg/dl-- Diabetes : maior que 126 mg/dl Em 1985 estimava-se que existissem 30 milhões de adultos com DM no mundo; esse numero cresceu para 135 milhões em 1995, atingindo 173 milhões em 2002, com projeção de chegar a 300 milhões no ano 2030. O numero de indivíduos diabéticos esta aumentando devido ao crescimento e ao: envelhecimento populacional urbanização crescente prevalência de obesidade sedentarismo maior sobrevida do paciente com DM. Para iniciar a sessãode exercícios com segurança a glicemia capilar não deve estar menor do que 80mg/dl (hipoglicemia) ou maior que 240 mg/dl (cetoacidose e coma). A cetoacidose é um tipo de acidose metabólica que é causada por altas concentrações de cetoácidos, formados pela desaminação dos aminoácidos. Ela é mais comum na diabetes mellitus tipo 1 não tratada, quando o fígado quebra a gordura e proteínas em resposta a uma necessidade percebida de substrato respiratório. Ela também pode ocorrer em pessoas que passam muita fome, por mais de três dias, ou pessoas quase morrendo de fome, já que o corpo é forçado a quebrar a gordura para se manter, devido à falta de nutrição externa. A cetose, que é um dos processos normais do corpo para o metabolismo da gordura corporal. Na cetoacidose o acúmulo de cetoácidos é tão severo que o pH do sangue é substancialmente reduzido. É uma decorrência de uma deficiência insulínica grave e de um estado de resistência a insulina, e tem como critérios clínicos: Glicemia maior que 300 mg/dl. TRANSPLANTE DE PÂNCREAS O transplante de pâncreas isolado para pacientes com tipo 1, com comportamento instável do diabetes, ou seja, com mais facilidade de ter hipo e hiperglicemia sem equilíbrio, com função renal normal, hipoglicemias assintomáticas e crises convulsivas e dependência de terceiros para conseguir sair do momento de queda de açúcar no sangue“. A sobrevida de pacientes é de cerca de 85% nos transplantes duplos ( rim e pâncreas) e quase 100% para os transplantes apenas de pâncreas. Mais de 80% terão o pâncreas funcionando, sem a utilização de insulina, após o primeiro ano do procedimento cirúrgico e 60% a 70% em até cinco anos“.
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