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Exames Bioquímicos - esse tipo de exame é um exame de rotina na clínica médica, cirurgia, reprodução - para detectar alteração em algum sistema, coisa que o hemograma não faz, hemograma nao fala onde está o problema, só indica que tem um problema - dosagem de enzimas bioquímicas para o exame bioquímico ENZIMAS - ureia/creatinina (sistema renal) - noradrenalina/adrenalina - glicose/LDH (diabete) - T3/T4/GGT/pepsinogênio (tireóide) - ALT/FA/AST - bilirrubina - amilase/lipase - CPK/colesterol - amônia/cortisol/albumina - fósforo/cálcio MATERIAIS PARA COLETA - seringa de 5 ou 10 ml (volume maior para bioquímico do que para hemograma, pois as enzimas estão soltas na parte líquida do sangue, que é o que interessa para fazer o bioquímico, quando faz a centrifugação metade é celular e metade líquido, por isso deve ser maior o volume) - tubo de armazenamento de tampa vermelha (não contém nada dentro; mais barato) - tubo de armazenamento de tampa amarela (sua parede possui partículas sílica para acelerar a coagulação e gel no fundo para separar o líquido do coágulo) - glicose usa o tubo de tampa cinza - agulhas para grandes animais 40/12 (rosa) e a 40/16 (branca) - agulhas para pequenos animais 25/7 ou 25/8 (cinza) e a 30/7 ou 30/8 (verde) - vaso de escolha é a jugular, cachorro de porte grande dependendo pode até ser a veia cefálica ARMAZENAMENTO - o ideal é coletar e processar imediatamente - armazenar na temperatura de 8ºC por até 24 horas (quanto mais horas se passam, mais alteração hormonal ocorre) - é melhor centrifugar, coletar só o plasma e armazenar separado na geladeira ANÁLISE - feita por meio de aparelhos bioquímicos - os mais comuns são os aparelhos portáteis - o do meio é o do HV - são divididos em automatizados e semi automatizados ENZIMAS BIOQUÍMICAS - raramente específicas - determinada enzima não está presente em um só sistema, pode estar presente em vários sistemas simultâneos (ex, pode estar no intestino, estômago, rim, portanto quando há o aumento na circulação, pode ser qualquer um desses lugares que está com dano - por isso se faz a dosagens de mais de uma enzima para ir somando os resultados para tentar chegar perto do problema - os hormônios são um pouco mais específicos, como hormônio da tireóide, onde pode ser a tireoide ou a glândula que controla - predominância em alguns órgãos de algumas enzimas - ALT em pequenos animais possui grande concentração no hepatócito, está presente em outros locais, mas hepatócito é predominante - mesmo com a célula íntegra algumas enzimas bioquímicas conseguem ir para circulação, por isso existe valor de referência para enzima bioquímica na corrente sanguínea Aumento - lesão de órgão - ruptura - necrose - proliferação celular - essa situações geram um grande aumento na corrente sanguínea além dos valores de referências Diminuição - algumas são de grande importância - hormônios são de extrema importância, alterações hormonais gera uma cascata de desregulação - pode ocorrer por erro de armazenamento ENZIMAS HEPÁTICAS - bilirrubina, ALT (alanina aminotransferase), AST (aspartatoaminotransferase), FA (fosfatase alcalina) e albumina - albumina é a principal proteína do organismo, corresponde a 75% da atividade osmótica, é sintetizada exclusivamente pelo fígado (imagem 1) Fígado com cirrose hepática (intoxicação medicamentosa) e fígado normal Aumento de Enzimas Hepáticas - doenças hepáticas primárias - hepatites de maneira geral, geralmente ocorre por sobrecarga do órgão, o mais rotineira é a intoxicação medicamentosa - gardenal e doxiciclina são extremamente hepatotóxicos - doenças hepáticas secundárias - causadas por processos virais, choque séptico - diagnóstico diferencial de icterícias - bilirrubina direta e indireta - aumento de direta: indica problema antes do fígado, hemólise, quebra de hemácias - aumento de indireta: indica problema depois do fígado - sinais de desvios no metabolismo idiopático - alteração no sistema porta (shunt portossistêmico - prognóstico - ver se é possível fazer tratamento e a melhora Hepatócito - ALT está solto no citoplasma, se há lesão na parede do hepatócito, o ALT vai para corrente sanguínea - FA está na parede do hepatócito, se há qualquer lesão, é uma das primeiras a cair na circulação - em menor concentração, a AST está na parede da mitocôndria do hepatócito, se há aumento no sangue, a lesão foi mais séria AST - Aspartato Aminotransferase - presente em vários sistemas - os 4 sistemas que há grande concentração: - parede da hemácia - musculatura esquelética (nas fibras mais superficiais grande concentração) - fígado, hepatócito (FA e AST alto) - mais comum na rotina - musculatura cardíaca - verificação de lesão muscular em pequenos animais - não é indicada para grandes animais - não é indicado para avaliação hepática em equinos (usa GGT (gama GT) associada a bilirrubinas; também em bovinos) ALT - Alanina Aminotransferase - em abundância dentro do fígado - específica em pequenos animais - quando há lesão no fígado, é uma das primeiras enzimas que mais aumenta - não é específica em grande animais - aumento = casos agudos - leve aumento já têm importância clínica - está dentro do citoplasma, não é para "escapar" - lesão muscular grave gera aumento, pois está presente nas camadas mais profundas das musculaturas esqueléticas - rabdomiólise (miopatia de esforço) - animal não possui bom condicionamento físico e é submetido a um grande esforço (urina cor de coca cola) - trombose ilíaca em gatos - formação de trombos na bifurcação, interrompendo a circulação, impedindo a chegada de sangue e O2 no membro (sinal clínico é a paralisia do membro) - hipertireoidismo em gatos - hiper agitado - pode apresentar lesão séria por utilizar demais FA - Fosfatase Alcalina - presente na parede do hepatócito - primeira a aparecer na lesão no fígado - sinais clínicos: diarréia, vômito e icterícia - muito presente nas células que compõem o sistema digestório, principalmente intestinal, em ID e IG - sinais clínicos: vômito e diarreia - presença dentro dos osteoblastos (formam o sistema ósseo) - sinais clínicos: claudicação - em grandes animais sempre associar testes com enzimas GGT e bilirrubinas aumento - doenças hepatobiliares - parede que formam os ductos biliares e fígado possuem bastante FA, lesão em qualquer um gera aumento - hiperadrenocorticismo - superprodução de cortisol pela glândula adrenal, geralmente ocasionado por neoplasias de adrenal ou hipofisárias, produz muito corticóide - administração de glicocorticóides - anticonvulsivantes - fraturas - aumento 3x maior em cães - filhotes possuem aumento fisiológico de FA, pois estão em desenvolvimento ósseo (limites máximos dos valores de referência) - patologias ósseas que geram aumento (há lise óssea e liberação da FA) - raquitismo - osteomalacia - hiperparatireoidismo - osteossarcoma - geralmente na porção distal dos ossos longos, e uma maior incidência em membros anteriores - diagnóstico diferencial de osteossarcoma é osteomielite, uma infecção do tecido ósseo, as fngicas provocam uma imagem muito parecida ao osteossarcoma, para saber, é realizada a biópsia - metástase óssea de carcinoma não esquelético (tumores de mama, podem gerar metástase) ex: FA está alta, como diferenciar se é patologia óssea ou patologia hepática? Realiza dosagem de ALS e AST, se estiverem aumentadas é fígado, se não está não é. Sempre associar dosagens de enzimas, pelo fato de normalmente não serem específicas ALBUMINA - representa 30 a 50% do total das proteínas séricas - é a principal proteína do organismo - > reserva orgânica de proteínas - principal carreadora de aminoácidos (importante na nutrição celular) - 75% da atividade osmótica (importante para manter pressão intravascular) - produzida/sintetizada no fígado - se albumina tiver baixa, o fígado está insuficiente -dosagem serve para avaliar funcionamento hepático, não mostra inflamação (para inflamação, as outras) - hipoalbuminemia (acúmulo de líquido no abdômen, barriga d'água) ENZIMAS RENAIS ● os animais apresentam muitos problemas renais ● faz parte do cotidiano dos veterinários ● ureia e creatinina são as duas enzimas renais avaliados no exame sanguíneo ● auxilia no diagnóstico de doenças renais ● a ureia a creatinina são provenientes do metabolismo celular, do metabolismo nutricional… São duas enzimas extremamente agressivas e muito tóxicas, são consideradas nitrogenados metabólitos, ou seja é tóxico para o organismo, necessitando de eliminação, porém quando o rim é lesionado ele perde a capacidade de seletividade e muitas vezes vai perder o que é essencial e vai reter o que deveria eliminar, como o caso da ureia e da creatinina ● no exame clínico é observado vômito intermitente, melena, ulcerações ● as duas enzimas são extremamente corrosivas para as mucosas, gera lesões ulcerativas e a mucosa perde a integridade, e ocorre a ruptura de vasos e o animal deglute esse sangue (causa do melena) ● o aumento de ureia e creatinina na circulação confere diagnóstico de insuficiência renal, aumento de creatinina é patognomônico, é insuficiência renal ● importante mensurar a densidade urinária por meio da urinálise para identificar se é crônica ou aguda ● aumento da ureia não é exclusivo em doenças renais, pode ser pré - renal, comprometimento renal e pode ser pós-renal (problema de ureter, bexiga) UREIA ● entra como um composto nitrogenado ● sempre que ver metabólito nitrogenado lembrar que é tóxico ● é extremamente tóxica e agressiva ● do fígado a ureia formada cai pro plasma e chega no rim, onde parte é absorvida e parte é excretada URÉIA - AUMENTO PRÉ-RENAL fatores alimentares ● outros fatores podem provocar o aumento de uréia e não somente problemas renais (quando há aumento isolado) ● diversos fatores podem provocar sangramento intestinal ● o sangue tem muita proteína, por isso sangramento intestinal e ingestão de sangue causam aumento ● o que encarece a ração é o tipo de proteína utilizada, pois nas mais caras é utilizada a de fácil absorção ● tem as de qualidade inferior que a proteína é de difícil absorção (geralmente não absorve nem 20%) ● o animal que recebe proteína alimentar de baixa qualidade, vai começar a quebrar músculo para buscar proteína, gerando aminoácidos e aumento da ureia ● deficiência de carboidrato não gera glicose que é a primeira fonte de energia, o corpo vai buscar em outros locais, quebrando aminoácidos e gerando aumento de ureia fatores raciais ● cavalo de sangue frio (cavalo não utilizado para esporte, cavalos que não apresentam explosão) ● yorkshire ● não se tem explicação para a ocorrência fatores metabólicos ● neoplasias ○ principalmente em neoplasias que ocorrem sangramento em sistema digestório, o sangue vai ser absorvido e a proteína também vai ser ○ quando a neoplasia meça a se desenvolver no organismo do animal, ele tenta eliminar o processo neoplásico de alguma forma, normalmente não consegue e isso vai acelerar todo o metabolismo, onde ocorre muito gasto de energia, começando a quebrar outras fontes energéticas como a proteína ○ muitas neoplasias liberam agentes pró-inflamatórios, eles inibem o centro da fome, e então o organismo começa a ter falta de energia pois o animal não come, havendo quebra de tecido gorduroso e quebra de tecido muscular ● perfusão renal diminuída ○ processos de insuficiências cardíacas, distúrbio circulatório (coração e rim dependem um do outro), o problema no rim é um reflexo dessa alteração ○ hipovolemia, dentro da cardiopatia, processo de desidratação URÉIA - AUMENTO RENAL ● disfunção renal URÉIA - AUMENTO PÓS-RENAL ● obstrução uretral ○ dependendo do tamanho de tempo, pode causar uma lesão renal, evoluindo para a insuficiência renal ○ lesão renal secundária ● ruptura de bexiga ○ mais comum em pets ○ atropelamento ○ o conteúdo cai no abdome e a uréia é reabsorvida UREIA - DIMINUIÇÃO fatores alimentares ● deficiência proteica ○ alimentação de baixa qualidade, proteína de baixa absorção, não há formação de aminoácidos, não forma ureia ○ em momentos or exemplo de troca de ração fatores metabólicos ● idiopático ○ causa desconhecida ● insuficiência hepática ○ fígado não trabalha direito, e é lá que é formada a ureia, como não funciona, a ureia não é formada corretamente ○ mensuração de albumina para ver insuficiência hepática ● cirrose hepática ○ fibrose do parênquima ○ se torna afuncional ● falha no ciclo da ureia CREATININA - é uma enzima que quando aumentada na circulação indica problema renal - seu aumento não é influenciado por nenhum outro fator (racial ou alimentar) - o aumento significa a dificuldade dela ser eliminada - ela é produzida através da desidratação/quebra da creatina que está presente na musculatura esquelética, é produzida e eliminada na circulação de maneira constante - a creatinina é uma substância nitrogenada que precisa ser eliminada, é extremamente tóxica, causando inúmeras lesões no organismo do animal, dentre eles ulcerações de sistema digestório (paciente sangra, perde muito sangue) - quadros semelhantes à intoxicação afetando diretamente SNC, paciente vomita muito - quando o rim perde a capacidade de filtração, há uma disfunção completa dessas enzimas e gera acúmulo na corrente sanguínea, e esse acúmulo mostra perda da função renal - não é influenciada pela dieta ou metabolismo hepático - aumento mais rápido que a uréia - diminui mais rápido quando ocorre melhora do quadro - aumento de creatinina acima dos valores de referência no bioquímico é sinal de insuficiência renal - valor de referência creatinina até 1,7 é considerada normal para cão (na tabela ta 1,5) e para gato 2,1 - úlceras na cavidade oral (estomatites) - necrose de língua - ulcerações podem ocorrer em todo trato digestório - sangramento em trato super superior, apresenta melena - sangramento em parte baixa, hematoquesia - azotemia X uremia (aumento da dosagem de ureia e creatinina) - azotemia: paciente com aumento de ureia e creatinina mas não manifesta sinal clínico do problema - uremia: aumento de ureia e creatinina associado a sinais clínicos (vômito intermitente, úlceras em sistema digestório alto (cav oral até duodeno) sangue sai na forma de melena, sangramento no terço médio do intestino delgado, região do íleo, ceco, o sangue sai como hematoquezia/sangue vivo, crises convulsivas (devido ao acúmulo de creatinina e uréia, que causam quadro de intoxicação) - o que determina azotemia ou uremia é geralmente o tipo, aguda manifesta mais fácil que crônica - não tem como detectar só com bioquímico se é aguda ou crônica (crônica é pior) - para detectar se é aguda ou crônica, deve-se realizar a urinálise, um parâmetro fundamental é a densidade urinária GLICOSE - é muito importante - principal fonte energética das células - duas dosagens padrão de glicose, o glicosímetro onde é colocada uma gota de sangue, sendo um teste emergencial e a outra dosagem é a bioquímica, quando se tem mais tempo - o glicosímetro, possui um limite de glicose para dosar, sendo o bioquímico "mais específico" - utilização de mais de uma via para manter a glicemia - a glicose é gerada através da quebra do carboidrato - normal de cachorro em jejum é de 70 a 110 em quais situações avaliar? - suspeitas - hiperglicemias (não é só diabetes que causa hiperglicemia) (pode matar, porém de maneira crônica) - hipoglicemias (é grave, mata rápido) - intervir o mais rápido possível como coletar - jejum de 8 a 12 horas para coletar a glicose e ter um parâmetro bom (mais que isso pode gerar diminuição que não é o parâmetro real do animal) - coletar um volume maior em um vaso mais calibroso, vaso de escolha: jugular - cães é a espécie com mais problema relacionado a glicemia - raríssimo em animaisde grande porte armazenamento - no tubo de tampa cinza (possui um pó branco chamado fluoreto, protegendo a molécula de glicose de degradação e utilização) - se for coletado e processado imediatamente pode ser no tubo vermelho - se for demorar mais de 30 minutos para ser analisado o material, deve-se utilizar o tampa cinza - a glicose precisa manter a sua linha de concentração equilibrada, não pode ficar oscilando - o organismo mantém o nível de glicose o mais equilibrado possível FASE PÓS-ABSORTIVA - carboidrato é absorvido no ID, passa pelo sistema porta e vai para o fígado, é quebrado e transformado em glicose, parte dela é armazenada no fígado e parte na musculatura esquelética JEJUM - o organismo usufrui de outras fontes energéticas e outras maneiras de produzir energia - aproximadamente de 12 a 16 horas já há interferência de fontes energéticas - no paciente em jejum, começa a ter mobilização de carboidratos para gerar glicose (estoque baixo e sem reposição; patologias que geram dor) - não tem carboidrato, há glicogenólise hepática - não deu ainda para encher, utiliza lipólise, quebra de gordura para gerar energia (não é bom, forma corpos cetônicos) - e por último, ocorre a gliconeogênese, formação de glicose através da retirada de componentes de musculatura esquelética INANIÇÃO PROLONGADA - tudo que ocorre no jejum - há um agravamento na lipólise - há proteólise (quebra de musculatura esquelética) - associação de lipólise e proteólise é muito ruim - caquético é o pior animal para realizar tratamento de diabetes *curiosidade* - tudo que o animal precisa para manter a linha equilibrada - os hormônios (em verde) são antagonistas dos receptores de glicose, muitas vezes competem com o sítio de ligação da insulina na célula, se a insulina não se liga a glicose não entra - além disso, aceleram ou diminuem a produção de insulina (glucagon, acelera; os demais diminuem) - em situações de estresse, há liberação de adrenalina e glicocorticóides, e aí a glicose não age na célula, pois está competindo com o sítio de ligação da insulina e reduzindo a produção de insulina HIPERGLICEMIA NÃO DIABÉTICA refeição rica em carboidrato - geralmente animais que não possuem refeições regradas, e comem além da ração (ração é equilibrada, mesmo que o animal coma a mais, não gera isso) exercício de disparo - recebe carga de adrenalina que compete cm sítio de insulina e a glicose fica em excesso pois nao entra na célula stress - uma situação diária, não é uma única vez - stress crônico - liberação de glicocorticóides endógenos, que competem e diminuem a insulina terapias com glicocorticóides síndrome de cushing - também conhecida como hiperadrenocorticismo - produção exacerbada de glicocorticóides pela glândula adrenal (ocasionada por, tumor de adrenal, tumor hipofisário ou iatrogênico, que é quando o mv causa o problema do animal, por exemplo prescreve altas doses de corticóide, e tira de uma vez, certo é ir retirando ao poucos) fluidos intravenosos DIABETES TIPO I (insulino dependente) - pâncreas produz quantidade muito baixa de insulina ou não produz - pode ser algum problema congênito - pode ser algum problema imunomediada, onde o pâncreas para de funcionar - é o tipo mais comum na veterinária DIABETES TIPO II (não insulino dependente) - acúmulo de glicose na circulação pela competição pelos sítios de ligação da insulina (hormônios, glicocorticóides, glucagon, adrenalina, hormônio de crescimento) HIPERGLICEMIA Sinais Clínicos (bem característicos) - poliúria - açúcar atrai água, então acúmulo de glicose nos túbulos contorcidos renais, esse acúmulo não deixa a água ser reabsorvida, gerando alta quantidade de urina - urina incolor, inodora (xixi da vovó) - polidipsia - para compensar a perda de água - polifagia (come em excesso) - pois a glicose não está sendo absorvida, célula está com "fome", não recebe energia da glicose - emagrecimento - procurando outras formas de energia - cataratas (opacidade do cristalino) - existe acúmulo de açúcar na circulação, gerando a formação de sorbitol, que entra no cristalino, como o açúcar é osmótico ele atrai água para o cristalino e começa a ocorrer lesões e gera a cicatrização, ocasionando a opacidade do cristalino - acontece de repente - quando associada a diabete é chamada de catarata diabetogênica - cefaleia - dor de cabeça - porém animal não consegue falar - boca seca CETOACIDOSE DIABÉTICA - se não há glicose, o ciclo de krebs é alterado - ocorre quebra de proteína e gordura, gerando energia de péssima de qualidade, essa energia são os corpos cetônicos, sendo o pior deles a molécula de acetona, formada pela quebra do músculo e da gordura HIPOGLICEMIA - tomar muito cuidado, isso mata rápido - causada por: - jejum - induzida por insulina - hipoglicemia idiopáticas de raças toy (causa desconhecida) - hipoglicemia da doença aguda - pacientes com dores (não comem, anorexia, gerando hipoglicemia) - hipoglicemia induzida pelo álcool Induzida pela Insulina - superdosagem em pacientes diabéticos - por erro de aplicação - dose errada - aplicar mais do que o indicado por dia - insulinomas - neoplasias que afetam as células beta do pâncreas, e essas neoplasias estimulam a produção de uma concentração muito grande de insulino, os tumores estimulam a produção, gerando alta absorção de glicemia, causando a hipoglicemia - hiperplasia das células da ilhota (no pâncreas) - por causa desconhecida ocorre aumento da célula e gera hiperatividade das mesmas, gerando alta produção de insulina - consumo de tabletes hipoglicêmicos Sinais Clínicos - dor de cabeça (cefaleia) - náusea (lambe o ar, lambe o chão, saliva, mastiga ar) - vômito - incoordenação motora - ataxia - prostração - se for intensa, pode haver crises convulsivas CREATINOCINASE - CK OU CPK - avaliação para lesão muscular em todas as espécies - três tipo de CK (1, 2 e 3) - MM (musculatura esquelética) - MC (musculatura cardíaca) - BB (musculatura sistema nervoso) - a importante é a presente em musculatura esquelética (CK-MM) - a presente no miocárdio nos animais (CK2) ela não é liberada na circulação, principalmente nos gatos, é visto no infarto, mas dificilmente os animais apresentam infarto (possuem um sistema de emergência colateral, que quando a coronária por exemplo é obstruída, os vasos ao redor imediatamente conseguem promover a irrigação local - a presente na inervação e no sistema nervoso central, também não tem importância na med vet, pois por mais que o animal tenha uma lesão encefálica a CK não consegue ultrapassar a barreira hematoencefálica e fica presa ali - AVC na med vet ocorre, existem dois, o vascular encefálico isquêmico e os hemorrágicos (animal apresenta paresia e ataxia) CK-MM - Musculatura Esquelética - lesões musculares generalizadas graves, geram ruptura das células e consequentemente liberam CK na circulação Trombose Ilíaca Nos Gatos - artéria ilíaca na região do íleo é uma ramificação final da aorta, e que se divide em ilíaca interna (irriga região pélvica) e externa (desce e se torna artéria femoral); na bifurcação, o fluxo turbulento de sangue pode desenvolver coágulos (que também podem ser formados em câmaras cardíacas) e param nessa bifurcação → obstrui o fluxo sanguíneo para os membros pélvicos → células musculares param de receber o aporte de oxigênio - assim, a necrose por lesão graves nas células dos membros pélvicos liberam CK na circulação - apresentam como sinais clínicos paresia e paralisia dos membros pélvicos - pode ocorrer em um animal sem histórico de trauma e que vive em apartamento - diagnóstico é feito a partir de exame clínico, o animal terá CK alta e no ultrassom vê-se o trombo na bifurcação da artéria ilíaca - diagnóstico diferencial para lesão de coluna, se fosse somente lesão de coluna, o aporte sanguíneo estaria normal nos membros pélvicos, não haveria necrosedas células e aumento da CK Rabdomiólise (miopatia de esforço) - animal que não possui condicionamento físico e de repente exerce um esforço exacerbado e gera lesão muscular generalizada - a liberação da mioglobina (presente nas células musculares) causa lesão renal, lesão cardíaca (a pior, provocando até uma parada) e lesão em sistema nervoso central - como há uma lesão da musculatura, há liberação de CK - checar histórico clínico se o animal teve esse esforço demasiado sem preparo - sinais clínicos: urina com cor de coca-cola CK-MB - Musculatura Cardíaca - utilizado em humano (infarto do miocárdio) - dependendo do calibre afetado, não é 100% fatal CK-BB - Cérebro - não é analisada de forma específica - a CK não passa da barreira hematoencefálica nos animais obs: CK ligeiramente elevada é típica de hipotireoidismo, pois o catabolismo de CK é aparentemente promovido pela tiroxina (tabela de referência) - se a CK estiver próximo ao valor de referência e o animal não tiver histórico de lesão muscular, avaliar a tireóide → possível hipotireoidismo - isso pois o hipotireoidismo, gera produção reduzida de tirosina, que cataboliza a CK, podendo gerar um aumento de CK - sinal clínico: animal preguiçoso, sonolento, come bastante, obeso, lesões de pele (hipotricose), perda de pelo do rabo BILIRRUBINAS - é muito importante - ela é uma substância presente no organismo a partir da degradação de uma hemácia, tudo começa na degradação da hemácia - existem dois tipos, a indireta (não conjugada) e a direta (conjugada) - o aumento da bilirrubina na circulação é denominada hiperbilirrubinemia - o principal sinal clínico de hiperbilirrubinemia é a icterícia - o aumento de bilirrubina na circulação pode ocorrer por problemas pré-hepáticos (circulação sanguínea), por problemas hepáticos (no fígado) ou pós-hepáticos (canalículos biliares, ducto colédoco e vesícula biliar) - a dosagem importante para saber onde o problema (pré, fígado ou pós) Ciclo da Bilirrubina 1. ocorre a degradação da hemácia, ao fim do seu ciclo de vida, os macrófagos identificam que ela está e velha e não tem mais funcionalidade e fagocita ela 2. o macrófago quebra a hemoglobina que está dentro da hemácia em hemo, que volta para a medula e compõem o estoque de ferro para formar novas hemácias, e em globina, a qual é metabolizada e jogada na circulação como bilirrubina indireta (não conjugada) 3. a bilirrubina indireta na circulação, não gosta de água (hidrofóbica), e para se manter estável ela se liga na albumina e usa ela como transporte 4. a albumina transporta ela para o fígado, e ela precisa de ajuda para entrar na parede do hepatócito, a proteína lignina presente na parede pega a bilirrubina indireta e joga ela dentro do hepatócito 5. dentro do hepatócito, existe a enzima glicuronil transferase, que pega a molécula de bilirrubina indireta e modifica sua estrutura 6. quando ela é modificada, a bilirrubina indireta se transforma em diglicuronato de bilirrubina, ou bilirrubina direta 7. o hepatócito carregado de bilirrubina direta precisa descarregar ela, então ela sai do hepatócito e cai nos canalículos biliares (parênquima hepático), onde a bilirrubina é armazenada na vesícula biliar (nos cavalos vai direto para o intestino) 8. é armazenada na vesícula biliar, quando ela estiver repleta, começa a escoar a bilirrubina (auxilia na digestão de gordura), passa pelo ducto colédoco e cai na região do intestino delgado, próximo ao duodeno 9. no ID faz todo o processo que deve ser feito, e parte dela vai para o IG e parte volta para corrente sanguínea 10. no intestino grosso vai ser degradada e depois transformada em estercobilina e é ela que dá a coloração castanha para as fezes 11. a que volta para a corrente sanguínea ela se transforma em urobilinogênio, e ele não pode ficar acumulado, é eliminado pelo sistema renal, sofrendo uma alteração e saindo como urobilina, que dá pigmentação amarela a urina Aumento Pré-Hepático (aumento indireta) - liberação na grande circulação - hiperbilirrubinemia pré-hepática - quanto mais hemácias quebradas, mais bilirrubina é produzida - patologias como babesiose e anaplasmose aceleram a degradação das hemácias e hemoglobinas, gerando icterícia - outra patologia é a leptospirose (variando com o sorovar) que libera a toxina leptospirina na circulação e ela provoca lise das hemácias - a transfusão sanguínea incompatível também pode acelerar o processo de lise de hemácias - é possível dosar bilirrubina indireta, direta e total - se dosar indireta e direta, só a indireta estará aumentada, indicando problema pré-hepático Aumento Hepático (aumento indireta e direta) - quando ocorre alguma falha no ciclo dentro do hepatócito, falha de conjugação (transformação de indireta e direta) - hiperbilirrubinemia hepática - fígado não está trabalhando corretamente - o fígado não consegue processar a bilirrubina indireta - há acúmulo de bilirrubina pois o fígado está sobrecarregado (processo inflamatório, obstruído, o que produz está preso dentro dele) - bilirrubina indireta presa na circulação - a conjugada precisa sair de algum jeito, e acaba indo para circulação - patologias que acometem o fígado - neoplasias - inflamação hepática (hepatite) - insuficiências hepáticas Aumento Pós-Hepático (aumento direta) - deficiência na secreção - acúmulo no organismo - hiperbilirrubinemia pós-hepática - obstrução dos ductos, principalmente o ducto de escoamento (colédoco) - neoplasia - inflamação (colangite) - cálculos vesicais - o fígado produz mas não escoa, e gera acúmulo no fígado, porém o problema não é no fígado, como não consegue escoar, vai para corrente sanguínea e há aumento de bilirrubina direta - o fígado consegue processar mas não escoa - como o ducto está obstruído, a bilirrubina não chega no intestino, e a estercobilina nas fezes reduz, gerando fezes pálidas (há também esteatorréia, gordura nas fezes) CASO CLÍNICO
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