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GRUPO N°: III 1 UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA FACULDADE DE DIREITO DIREITO AMBIENTAL I TRABALHO DE PESQUISA Prof.ª Me Ligia Maria Comis Dutra TEMA: CIDADES SUSTENTÁVEIS – ÁREAS VERDES URBANAS/PLANEJAMENTO AMBIENTAL URBANO e URBANISMO SUSTENTÁVEL Data: 18/03/2022 Trabalho no ( ) 1 (x) 2 ( ) 3 ( ) 4 Disciplina: Direito Ambiental Semestre /Ano: 9º semestre/2022 Período/Ciclo: Noturno Turma: B Sala: M232 Alunos: nome/ n°/ assinatura: 1. Andressa Silvino Cardozo Bezerra ________ n°: 156613 Assinatura: _______________ 2. Gabriele Silva dos Santos________________ n°: 147092 Assinatura: _______________ 3. Gerson Rosa Batista Junior _______________ n°: 153996 Assinatura: _______________ 4. Renata Venâncio_______________________ n°: 160488 Assinatura: _______________ 5. Sthefani Giraldelli de Jesus Oliveira________ n°: 157291 Assinatura: _______________ 6. Suelen Cristina de Sales _________________ n°: 151626 Assinatura: _______________ 7. Thamirys Karolyne de Oliveira Gomes______ n°: 153090 Assinatura: _______________ 8. Victor Sabino__________________________ n°: 199323 Assinatura: _______________ 9. _____________________________________ n°: ________ Assinatura: _______________ 10. _____________________________________ n°: ________ Assinatura: _______________ DADOS DA FONTE: _____________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ Nota/Obs.:_______________________________________________________________________ (preenchimento exclusivo do Professor) 0 UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA FACULDADE DE DIREITO ANDRESSA SILVINO CARDOZO BEZERRA GABRIELE SILVA DOS SANTOS GERSON ROSA BATISTA JUNIOR RENATA VENÂNCIO STHEFANI GIRALDELLI DE JESUS OLIVEIRA SUELEN CRISTINA DE SALES THAMIRYS KAROLYNE DE OLIVEIRA GOMES VICTOR SABINO CIDADES SUSTENTÁVEIS – ÁREAS VERDES URBANAS/PLANEJAMENTO AMBIENTAL URBANO e URBANISMO SUSTENTÁVEL Santos - SP 2022 1 UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA FACULDADE DE DIREITO ANDRESSA SILVINO CARDOZO BEZERRA GABRIELE SILVA DOS SANTOS GERSON ROSA BATISTA JUNIOR RENATA VENÂNCIO STHEFANI GIRALDELLI DE JESUS OLIVEIRA SUELEN CRISTINA DE SALES THAMIRYS KAROLYNE DE OLIVEIRA GOMES VICTOR SABINO CIDADES SUSTENTÁVEIS – ÁREAS VERDES URBANAS/PLANEJAMENTO AMBIENTAL URBANO e URBANISMO SUSTENTÁVEL Trabalho da disciplina de Direito Ambiental da Faculdade de Direito da Universidade Santa Cecília, sob a orientação da Professora Ms. Ligia Maria Comis Dutra. Santos - SP 2022 2 RESUMO O presente trabalho tem por objetivo entender o conceito de cidades sustentáveis, mas principalmente da sua aplicação na urbanização, nas áreas verdes e no planejamento urbano, tais instrumentos são de extrema importância para a sociedade em todos os aspectos. A legislação brasileira possui diversos dispositivos que tutelam o meio ambiente. Analisaremos a doutrina brasileira e a jurisprudência, com o intuito de obter maiores conhecimentos sobre o tema, que é de suma importância para a sociedade. Palavras-chave: urbanismo sustentável; meio ambiente; área verde; planejamento urbano; estatuto da cidade. 3 1. INTRODUÇÃO Neste trabalho abordaremos no Direito Ambiental as Cidades Sustentáveis, entendendo o seu conceito, objeto, objetivos dentro da área verde, do planejamento urbano e do urbanismo sustentável, através de legislações e doutrinas sobre o tema. Importante destacar que a urbanização tomou uma proporção enorme nos últimos 50 anos, colocando na sociedade uma necessidade em traçar estratégias para promover um ambiente sustentável a todos os seres vivos e suas próximas gerações. 4 1. POLÍTICA URBANA E O DIREITO ÀS CIDADES SUSTENTÁVEIS 1.1. CONCEITO A política urbana visa ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais urbanas e das propriedades urbanas, garantindo o direito às cidades sustentáveis. As cidades sustentáveis são entendidas como solo urbano, habitação, saneamento, infraestrutura urbana, transporte e serviços públicos, direito ao trabalho e lazer para as gerações presentes e futuras (artigo 2.º, inciso I, Lei 10.257/2001). 1.2. OBJETO O principal objeto da política urbana é o meio ambiente urbano, visando a melhor qualidade de vida equilibrada (art. 24, I, CF). 1.3. INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO A Constituição Federal dispõe em seus artigos 182 e 183 acerca da Política Urbana que é regulamentada pelo Estatuto da Cidade, estabelecendo diretrizes (Lei 10.257/2001). Ademais, a Lei supracitada, em seu artigo 4º, demonstra instrumentos para serem utilizados objetivando o cumprimento do Estatuto. Sirvinskas (2021) destaca uma plataforma, ou uma agenda de sustentabilidade, lançadas pela Rede Nossa São Paulo, Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis e o Instituto Ethos como o “Programa Cidade Sustentáveis”. Este programa contempla doze eixos: a) governança; b) bens naturais comuns; c) equidade, justiça social e cultura de paz; d) gestão local para sustentabilidade; e) planejamento e desenho urbano; f) cultura para sustentabilidade; g) educação para sustentabilidade e qualidade de vida; h) economia local, dinâmica e sustentável; i) consumo responsável e opções de estilo de vida; j) melhor mobilidade; k) menos tráfego; l) ação local para a saúde e do local para o global. 5 2. ÁREA VERDE 2.1. CONCEITO e OBJETO A área verde é onde há o predomínio de arborização, conforme conceitua Lima (1994), objeto dessa área é de maneira geral onde há predomínio de vegetação arbórea, excetuando áreas que contenham arborização impermeabilizadas (ex: calçada): “Onde há o predomínio de vegetação arbórea, englobando as praças, os jardins públicos e os parques urbanos. Os canteiros centrais de avenidas e os trevos e rotatórias de vias públicas que exercem apenas funções estéticas e ecológicas, devem, também, conceituar-se como área verde. Entretanto, as árvores que acompanham o leito das vias públicas não devem ser consideradas como tal, pois as calçadas são impermeabilizadas.” (p. 549) A arborização urbana integra o meio ambiente natural e desempenha papel importante para todos, trazendo benefícios como a sombra, purificação do ar, redução da poluição sonora, melhorando a qualidade de vida da sociedade em geral, a estética das cidades. Guzzo (199) considera que a função da área verde pode ser ecológica, estética e social. 2.2. INSTRUMENTO DE PROTEÇÃO A União, Estados, Distrito Federal e Munícipios tem competência para legislar sobre a matéria através de disposição em lei complementar, como disciplina o artigo 23, VI, da Constituição Federal: Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 6 Prevê também a Constituição Federal (artigo 225), que todos tem direito à sadia qualidade de vida. Ademais, o Estado de São Paulo possui leis específicas para preservação da arborização urbana, são elas: a) Lei n. 10.365, de 22 de setembro de 1987, que disciplina o corte e a poda de vegetação de porte arbóreo existente no Município de São, lei que foi regulamentada pelo Decreto municipal n. 26.535, de 3 de agosto de 1998; b) Decreto estadual n. 30.443, de 20 de setembro de 1989, que considera patrimônioambiental e declara imunes de corte exemplares arbóreos situados no Município de São Paulo; c) Decreto estadual n. 39.743, de 23 de dezembro de 1994, que dá nova redação ao art. 18 do Decreto estadual n. 30.443, de 20 de setembro de 1989; d) Portaria do DEPRN-44, de 25 de setembro de 1995, que disciplina os procedimentos para a autorização do corte de árvores isoladas em áreas rurais; e e) Portaria do DEPRN-45, de 30 de agosto de 1994, que disciplina os procedimentos para a autorização do corte de árvores isoladas em áreas rurais. 2.3. FORMAS DE AGRESSÃO Apesar da área verde ser de extrema importância para a sociedade, a depredação e a morte natural da poda, ou até mesmo por falta de cuidado, é uma forma de agressão que prejudica esse bem ambiental: "Consta no Guia de Planejamento e Manejo da Arborização Urbana, patrocinado pelo governo do Estado de São Paulo, pela Secretaria de Energia, pelas Centrais Elétricas de São Paulo, pela Companhia Paulista de Força e Luz e pela Eletropaulo, que o número de árvores que morrem após as podas fica no patamar alarmante dos 27,45%, e o índice de depredação de mudas recém- plantadas também é alarmante (de cada 100 mudas plantadas 52 a 82 são depredadas)." (SIRVINSKAS, 2021, p.1907) 7 Infrações administrativas previstas nos artigos 72 a 75 do Decreto 6.514/2008, e as penais, nos arts. 49 e 65 da Lei n. 9.605/98. E também nos arts. 163, 164, 252, 254 e 256 do CP. 3. URBANISMO SUSTENTÁVEL Antes mesmo de conceituar o urbanismo sustentável, é importante entender o seu crescimento nos últimos anos e quais as consequências do urbanismo, assim conceitua Romero; Silva (2011): O urbanismo disperso gera problemas ambientais, face ao espalhamento da cidade sobre a paisagem natural, eliminado florestas, se apropriando dos recursos naturais, aumentando a demanda por consumo e energia, produzindo resíduos em excesso como resultados do modelo de consumo. A dispersão urbana exige intenso uso de veículos para transporte de mercadorias e pessoas (em âmbito local, urbano, regional, nacional e internacional) que acarretam a poluição do ar através da emissão de gases provenientes de combustíveis fósseis nos diversos meios e redes de transporte, bem como da impermeabilização do solo decorrentes da pavimentação excessiva, que além de exercer sérios danos ao ciclo hidrológico, proporciona enchentes face à deficitária infra-estrutura urbana, bem como impacta o clima urbano de forma considerável. Destarte também o crescimento em números da população que provoca esse desenfreado crescimento “a urbanização brasileira nos últimos 50 anos transformou e inverteu a distribuição da população no espaço nacional. Se em 1945, a população urbana representava 25% da população total de 45 milhões, em 2000 a proporção de urbanização atingiu 82%, sob um total de 169 milhões.” (Romero, Silva; 2011) 8 Essa intensa urbanização trouxe problemas sociais, habitacionais e ambientais, tais como o avanço sobre os limites em loteamentos irregulares, ocupações informais, bairros de lata ou favelas. Segundo Mota (2003), estes são alguns dos problemas ambientais: Aumento da precipitação, alterações no nível do lençol freático, aumento da ocorrência de enchentes, poluição de águas superficiais e subterrâneas. JURISPRUDÊNCIA “Administrativo – Direito Ambiental – Regulamento – Padrões de qualidade ambiental – Adoção de critérios inseguros – Decreto 8.468/76 do Estado de São Paulo – Ilegalidade (Lei Federal 6.938/81) – O Decreto 8.468/76 do Estado de S. Paulo – quando adotou como padrões de medida de poluição ambiental, a extensão da propriedade e o olfato de pessoas credenciadas – incidiu em ilegalidade, contrariando o sistema erigido na Lei Federal 6.938/81” (REsp 35.887/SP, Relator Ministro Garcia Vieira, j. 22-11-1993, DJ, 7-2-1994). CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. LIGAÇÃO DE ÁGUA E DE ENERGIA ELÉTRICA. ÁREA VERDE. OCUPAÇÃO IRREGULAR. IMPOSSIBILIDADE. Mesmo em se tratando de bens vitais, como o são a água e a energia elétrica, tal não leva a que as concessionárias sejam compelidas a efetuar ligações em imóvel situado em área verde, objeto de ocupação irregular, por isso carente de autorização municipal, numa autorização judicial à agressão de bem que toca a todos, dando-se intolerável supremacia ao individual em face do coletivo ( Apelação Cível Nº 70079608501 , Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Armínio José Abreu Lima da Rosa, Julgado em 28/11/2018). 9 4. CONCLUSÃO O conjunto de elementos (áreas verdes, planejamento urbano e urbanismo sustentável) juntos melhoram a vida da sociedade desde que tenham consciência e apliquem suas diretrizes para assim alcançar seus objetivos. O princípio a sadia qualidade de vida está previsto no artigo 225, da Constituição Federal, que demonstra a preservação que vai além da atual geração, alcançando também as próximas que virão. Ademais, ressalta-se que este princípio é de suma importância visto que está previsto na Magna Carta, em seu artigo 225 “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê- lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”. Em conjunto com a lei constitucional, a legislação infraconstitucional regula procedimentos para alcançar o previsto no princípio. 10 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 18 de março de 2022. Lei n 10.257 de 10 de Julho de 2001 – Estatuto da Cidade. FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro. 21. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2021. SIRVINSKAS, L. P. Manual de direito ambiental. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2021. E-book. Acesso em: 18 de março de 2022. SILVA, Geovany ; ROMERO, Marta. (2011). O urbanismo sustentável no Brasil: a revisão de conceitos urbanos para o século XXI (Parte 02). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
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