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AULA [A Relação entre a Mente e o Corpo na Filosofia de Bergson - Um estudo de Matéria e Memória]

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS 
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA 
PROF. DR. EVALDO SAMPAIO 
 
 
 
Tópicos de História da Filosofia Contemporânea (2013.2) 
 
 
A Relação entre a Mente e o Corpo na Filosofia de Bergson: 
Um estudo de Matéria e Memória 
 
I. Proposta 
Há um alentado acordo de que a psicologia científica data da publicação, em 1860, dos 
Elementos de Psicofísica de Gustav Fechner. Nessa obra, Fechner, com base num campo de 
investigação previamente explorado pelo fisiólogo alemão Ernst Weber, propõe o que ficou 
conhecido como “lei Weber-Fechner” segundo a qual qualquer sensação seria diretamente 
proporcional ao logaritmo de seu estímulo. O principal objetivo dessa lei era estabelecer uma 
equivalência entre fenômenos psicológicos e fenômenos físicos e, desse modo, ser capaz de 
quantificar aqueles por meio de sua equiparação com estes. A proposta da equivalência entre 
estados psicológicos e estados físicos passa então a ser conhecida como “tese paralelista”. A 
tese paralelista se tornou, nas décadas seguintes, o referencial metodológico para concepções 
reducionistas e eliminativistas da mente, ou seja, procedimentos de investigação para os quais 
os estados mentais são redutíveis aos estados cerebrais ou meros epifenômenos destes. Assim, 
para a nova ciência da mente, que articula biologia e neurologia, a “mente e o cérebro são 
inseparáveis” e “a mente é um conjunto de operações desempenhadas pelo cérebro, do mesmo 
modo que andar é um conjunto de operações desempenhadas pelas pernas, exceto pelo fato de 
ser radicalmente mais complexa” (KANDEL, 2006, p. 9-10). Contudo, o paralelismo 
psicofísico também se tornou o ponto de inflexão para uma concepção bastante distinta sobre 
a relação entre a mente e o corpo e, por conseguinte, sobre os fundamentos filosóficos dos 
processos cognitivos. Essa concepção foi desenvolvida por Henri Bergson num de seus mais 
famosos livros, Matéria e Memória: Ensaio sobre a Relação entre o Corpo e o Espírito 
(1896), obra na qual se elabora uma hipótese sobre a relação entre a mente e o corpo que 
permite reinterpretar os dados obtidos nas pesquisas empíricas sobre tópicos como percepção, 
memória, representações mentais, a constituição da identidade pessoal, dentre outros. Esse 
Curso pretende, por uma leitura histórico-conceptual de Matéria e Memória, reconstituir as 
críticas de Bergson ao paralelismo psicofísico, tendo nesse debate o ponto de partida para 
tratar com alguns dos principais temas e problemas da Filosofia contemporânea. 
 
II. Metodologia 
Aulas expositivas, análise histórico-conceptual de bibliografia primária e secundária. 
 
III. Avaliação 
Trabalho em grupo; prova dissertativa ao final do semestre. 
 
IV. Programa 
Aula I Introdução aos problemas histórico-conceptuais da Filosofia contemporânea 
Aula II A Relação entre a Mente e o Corpo na Filosofia Antiga (“A Recepção do 
De Anima de Aristóteles”) 
Aula III A Relação entre a Mente e o Corpo na Filosofia Moderna (“A Distinção Real 
entre a Mente e o Corpo na Filosofia Cartesiana”) 
Aulas IV-V Leitura crítica: “Bergson ou os Dois Sentidos da Vida”, 
introdução (Frédéric Worms) 
Aulas VI- VII Matéria e Memória: Prefácio 
Aulas VIII- XIV Matéria e Memória: Cap. I (“Da Seleção das Imagens para a Representação: 
O Papel do Corpo”) 
Aulas XV- XXI Matéria e Memória: Cap. II (“A Memória e o Cérebro”) 
Aulas XXII- 
XXVII 
Matéria e Memória: Cap. III (“A Memória e o Espírito”) 
Aulas XXVIII- 
XXXII 
Matéria e Memória: Cap. IV (“Percepção e Matéria, Alma e Corpo”) 
Aula XXXIII Avaliação dissertativa 
Aula XXXIV 
 
Considerações Finais 
 
 
V. Referências Bibliográficas 
ARISTÓTELES. Metafísica. 3 vols. São Paulo: Loyola, 2007. 
_____________. De Anima. São Paulo: Editora 34, 2006. 
BERGSON, H. La Pensée et Le Mouvant. Paris: Puf, 2009 [Édition Critique]. 
____________. L’énergie Spirituelle. Paris: Puf, 2009 [Édition Critique]. 
____________. Ensaio sobre os Dados Imediatos da Consciência. Lisboa: Edições 70, 1988. 
____________. Matéria e Memória: Ensaio sobre a Relação do Corpo com o Espírito. 4ª. ed. São 
Paulo: Martins Fontes, 2011. 
____________. A Evolução Criadora. São Paulo: Martins Fontes, 2005. 
____________. A Energia Espiritual. São Paulo: Martins Fontes, 2009. 
____________. O Pensamento e o Movente. São Paulo: Martins Fontes, 2006. 
____________. As Duas Fontes da Moral e da Religião. Lisboa: Almedina, 2005. 
____________. Duração e Simultaneidade. São Paulo: Martins Fontes, 2006. 
____________. Cursos Sobre a Filosofia Grega. São Paulo: Martins Fontes, 2005. 
BERTHOZ, A. Lições sobre o Corpo, o Cérebro e a Mente. Florianópolis: Edusc, 2005. 
BORBA, S.; KOHAN, W.; LECERF, E. Imagens da Imanência – Escritos em Homenagem de Henri 
Bergson. São Paulo: Autêntica, 2007. 
BRAUNSTEIN, J.; PEWZNER, E. História da Psicologia. Lisboa: Instituto Piaget, 1999. 
CARNEIRO, M.; GENTIL, H. Filosofia Francesa Contemporânea. São Paulo: Cultura Acadêmica, 
2009. 
CHURCHLAND, P. Matéria e Consciência: Uma Introdução Contemporânea à Filosofia da Mente. 
São Paulo: UNesp, 1998. 
DAMÁSIO, A. O Erro de Descartes. Cia das Letras, 1996. 
DELEUZE, G. Bergsonismo. São Paulo: Editora 34, 1999. 
EVERSON, S. “Psychology”. In: BARNES, J [Org]. Aristóteles. Aparecida: Ideias & Letras, 2009. 
FRANÇOIS, A. Bergson, Schopenhauer, Nietzsche: Volonté et Realité. Patis: PUF, 2008. 
GALLOIS, P.; FORZY, G. [Orgs]; Bergson et la Neurosciences. Paris: Institut Synthélabo, 1997. 
GARRET, B. Metafísica (conceitos-chave em filosofia). Porto Alegre: Artmed, 2008. 
GRIGGS, R. Psicologia: Uma Abordagem Concisa. Artmed, 2009. 
GUERLAC, S. Thinking in Time: An Introduction to Henri Bergson. Ithaca/ London: Cornell 
University, 2006. 
GUTTIN, G. French Philosophy in the Twentieth Century. Cambridge: Cambridge Univ. Press, 2001. 
KANDEL, E. Em Busca da Memória: O Nascimento de uma Nova Ciência da Mente. Cia das Letras, 
2006. 
LACEY, A. Bergson. London: Routledge, 1989 [The Arguments of the Philosophers]. 
LE POIDEVIN, R; SIMONS, P.; MCGONICAL, A.; CAMERON, R. The Routledge Companion to 
Metaphysics. London: Routledge, 2011. 
MADELRIEUX, S [Org.]. Bergson et James: Cent ans Après. Paris: PUF, 2011. 
MORATO PINTO, D.; MARQUES, S. (Orgs.) Henri Bergson: Crítica do Negativo e Pensamento em 
Duração. São Paulo: Alameda, 2009. 
NICODELIS, M. Muito Além de nosso Eu. São Paulo: Cia das Letras, 2011. 
PRADO JR., B. Presença e Campo Transcendental: Consciência e Negatividade na Filosofia de 
Bergson. São Paulo: Edusp, 1989. 
_____________. “Wittgenstein e Bergson”. In: Analytica – Revista de Filosofia, Vol. 9, n. 2. Rio de 
Janeiro, 2005. 
PINTO, T. O Método da Intuição em Bergson e sua Dimensão Ética e Pedagógica. São Paulo: 
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RIQUIER, C. Archéologie de Bergson: Temps et Metaphysique. Paris: Puf, 2009. 
ROBINSON, T. A Psicologia de Platão. São Paulo: Loyola, 2007. 
____________. As Origens da Alma: Os Gregos e o Conceito de Alma de Homero a Aristóteles. Rio 
de Janeiro: Annablume, 2010. 
ROSSETTI, R. Movimento e Totalidade em Bergson. São Paulo: Edusp, 2004. 
SANTOS, T. O Método da Intuição em Bergson e sua Dimensão Ética e Pedagógica. São Paulo: 
Edições Loyola, 2010. 
SAYEGH, A. Bergson – O Método Intuitivo. São Paulo: Humanitas, 2009. 
__________. Bergson – A Consciência Criadora. São Paulo: Humanitas, 2010. 
SCHACTER, D. Os Sete Pecados da Memória. Rio de Janeiro: Rocco, 2003. 
SCHIFFMAN, H. Sensação e Percepção. 5ª. ed. Rio de Janeiro: LCT Editora, 2005. 
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STERNBERG, R. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Lerning, 2012. 
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VIEILLARD-BARON, J. Compreender Bergson. Petrópolis: Editora Vozes, 2007. 
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