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EXAMES COMPLEMENTARES NA IC

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EXAMES COMPLEMENTARES NA IC 
Raio X de tórax 
· Cardiomegalia – aumento do índice cardiotorácico = área cardíaca ocupa mais que 50% do tórax 
· Cefalização da trama – pela gravidade, a tendencia é que os vasos sanguíneos sejam vistos nas bases do pulmão, mas com a IC é possível ver os vasos no ápice devido a congestão 
· Congestão peri-hilar – o hilo do pulmão fica muito dilatado
· Linhas B de Kerley – quando o paciente tem IC, é possível ver linhas horizontais na periferia (cisurite), que indica congestão na periferia 
Ultrassom 
· POCUS pulmonar – point of care – não precisa ser radiologista pra fazer o exame, o próprio clinico consegue fazer. 
· O normal é ter linhas A, que são paralelas a pleura. Se tiver congestão vai ter as linhas B ou em rabo de cometa que são verticais.
Ecocardiograma – exame fundamental para fazer em todos os pacientes 
· Auxilia no diagnóstico ao determinar a função ventricular 
· Auxilia no prognóstico
· Auxilia para descobrir a etiologia 
BNP/NT-proBNP 
· Produzido principalmente pelos cardiomiócitos dos ventrículos 
· A molécula precursora (Pro-BNP) vai para a periferia e é clivada em uma molécula ativa chamada BNP e em outra molécula inativa, NT-pro-BNP.
· Quando tem duvidas se o paciente tem IC ou não, é importante fazer esse exame, pois o estimulo para liberação é o aumento da pressão dentro dos ventrículos, com ação de natriurese e vasodilatação.
· Uso clínico: diagnostico diferencial da dispneia e prognóstico na IC ambulatorial 
· Dispneia aguda: se BNP estiver < 100 e NT-proBNP < 300 – consegue excluir a IC. Se BNP estiver > 400 e NT-proBNP > 900 – diagnóstico de IC. Se estiver no meio, precisa de outros exames complementares para diferenciar as duas patologias. 
· No ambulatório: BNP >50 e NT-proBNT > 125 (paciente não está descompensado) 
· Cuidado com o BNP – pode ser mais alto que o esperado em DRC e idosos, assim como pode ser mais baixo que o esperado em pacientes obesos 
ETIOLOGIAS DA IC
· Isquêmica – pós infarto. Nem sempre o paciente vai falar que infartou, por isso precisamos levar em consideração se ele tem fatores de risco (HAS, DM, dislipidemia, tabagismo, histórico de infarto), onda Q no ECG e alteração segmentar no ECO (paredes hipocinéticas).
· Hipertensiva – paciente com HAS mal controlada, refratária/resistente (usa mais de 4 medicações e não controla) e má aderência ao tratamento. No ECO é possível ver uma hipertrofia concêntrica.
· Valvar – muito comum no Brasil, porque tem muita febre reumática. É possível auscultar sopro e vir relatado uma doença valvar no ECO.
· Chagásica – pensar quando tem epidemiologia (região rural, Minas, Paraná, Bahia), casas que não são de alvenaria. Analisar o ECG e se tiver bloqueio de ramo direito + bloqueio divisional antero-superior e no ECO pode ter aneurisma apical (é comum ter hipomotilidade difusa, diferente da causa isquêmica que atinge apenas uma parede). 
CLASSIFICAÇÕES 
Local da congestão 
· Direita – congestão será sistêmica – turgência jugular, edema de MMII, hepatomegalia, ascite, RHJ. 
· Esquerda – crepitações pulmonares, ortopneia, dispneia paroxística noturna. 
Débito cardíaco 
· Baixo débito – quase todas as etiologias 
· Alto débito – relacionada a situações de alta demanda (anemia, sepse, tireotoxicose) e situações de shunt (ejeta na artéria, mas passa pra veia, então precisa de volume maior de sangue pra compensar) – béri-béri (deficiência de vitamina B1), cirrose e fístulas artério-venosas.

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