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CASO HEPATITES: Paciente do sexo masculino, chega ao OS pelo SAMU Robson, 55 anos, Rio Verde-GO, solteiro, desempregado, pardo QP: “vômitos com sangue há 3h” HDA: Paciente relata quadro semelhante há 1 ano. Afirma que o quadro iniciou com náuseas, evoluiu para vômitos com restos alimentares e sangue, seguido de vômito de sangue vivo. Nega febre e mialgia. Paciente relata distensão abdominal gradativa no decorrer de 1 ano. Afirma astenia e diminuição do apetite. Nega diarreia e ressecamento. Nega uso de medicações, nega alergias, nega cirurgias prévias. Não possui cartão de vacinas. Histórico social: Fumante há 15 anos (1,5 maço/dia), etilista (12 latas por final de semana), era usuário de drogas há 1 ano (cocaína injetável por 10 anos). Possui tatuagens. Relata ter vida sexual ativa, sem parceiro fixo, não usa sempre preservativos História familiar: pai infarto, mãe HAS e DM Sinais vitais PA: 100 x 70 ; FR: 25 ; FC:130 ; pO2: 92% ; afebril no momento Ectoscopia ictérico (+/++++), desidratado (+/++++), TEC 4 segundos, Glasgow 14, torpor leve, ausência de linfonodomegalias. Abdome globoso, distendido, com presença de circulação colateral tipo cabeça de medusa Ausculta RHA + Percussão piparote +, presença de semicírculo de Skoda e no HD presença de macicez a 6 cm do rebordo costa direito sugestivo de hepatomegalia Palpação indolor a palpação Ausculta tórax sem alterações MMII presença de edema (+/++++), rarefação de pelos e presença de talangectasias. Ausência de dor à mobilização articular. Laboratório: TGO 173 (aumentado) TGP 98 (aumentado) Bilirrubina total 1,7 Hemograma leucograma (leucócitos 13800 [aumentado]); plaquetas 200000 (normal); hemoglobina 9,5 (diminuída); hematócrito 35 (diminuído); bastões 6% (aumentado) Sorologia para HIV não reagente EDA presença de varizes esofágicas com sangramento, cordões varicosos de médio e pequeno calibre de coloração azulada DIAGNÓSTICO HEPATITE CRÔNICA COM EVOLUÇÃO PRA CIRROSE E ASCITE COMPLICADA POR HDA VARICOSO Fazer ligadura elástica para cessar sangramento Paracentese da ascite estudo do líquido CASO SD. SJOGREN: Maria, 50 anos, professora QP: “ardência nos olhos há 6 meses” HDA: Paciente refere ardência no olho e sensação de corpo estranho bilateral. Relata ainda secura na boca e dificuldade para engolir devido ao ressecamento. Nega hábito de ingesta de água durante a noite. Nega uso de colírios e afirma que aplica soro fisiológico nos olhos. Nega taquicardia, tontura e cefaleia. Afirma desconforto respiratório esporadicamente Revisão de sistemas Nega queixas urinárias e intestinais, afirma diminuição da libido, afirma dor nas articulações há 3 meses Hist. Pessoal Tireoidite de Hashmoto, HAS (losartana e hidroclorotiazida). Nega hábito de exercícios físicos, nega tabagismo e etilismo. Afirma uso de ar condicionado Hist. Familiar irmã linfoma ; mãe diabetes, HAS e bronquiolite ; irmã síndrome de sjogren Exame físico: - Ectoscopia ressecamento importante da mucosa oral - Inspeção cervical aumento doloroso das parótidas bilateralmente - Tórax sem alterações - Ausculta cardíaca sem alterações - Ausculta pulmonar estertores creptantes em bases - Abdome doloroso à palpação profunda solicitar TC abdominal - MMII presença de múltiplas petéquias vasculite - Teste de Shiler < 5mm em papel quadriculado - Teste da saliva 0,1 ml/min - Teste de coloração reagente Exames laboratoriais: Hemograma hemoglobina 10,5 (baixa), leucócitos normais, plaquetas normais Anti-Ro reagente Anti – La reagente FAN 1:640 pontilhado fino Fator reumatoide 40 (reagente) C3 normal C4 normal TSH deve-se pedir exames da tireoide devido a tireoidite T4 livre deve-se pedir exames da tireoide devido a tireoidite Diagnóstico SS primária Tratamento: Evitar cafeína e açúcar Solução salivar Orientação odontológica evitar cáries Colírio com acetilcisteína Lubrificante / hidratação vaginal Hidroxicloroquina Trocar hidroclorotiaziada por captropil Pulsoterapia de glicocorticoides CASO ESCLEROSE SISTÊMICA: Ana Dias Lopes, 42 anos, branca, advogada QP “parou de fazer xixi há mais de 24h” HDA: Paciente afirma anúria e edema em MMII há 24h. Afirma enrijecimento da pele das mãos e dos braços. Relata ter usado anti-histamínicos e corticoides sem recomendação médica. Afirma ainda cefaleia Revisão de sistemas: MMSS pele enrijecida e pequenas feridas nas pontas dos dedos. Afirma fenômeno de Raynald nas mãos e pés Face pele enrijecida e afinamento, lábios endurecidos Tórax sem alterações Afirma disfagia, regurgitamento e pirose Afirma mialgia Afirma diminuição do hábito intestinal e ressecamento HPP quadro de trombose venosa na perna há 1 ano, usou anticoagulante e parou há 10 dias Hist. Familiar mãe osteoporose ; pai HAS; irmã trombose Hist. Gestacional G3P0A3 Sinais vitais FC 114; PA 220 X 120; FR 24; O2 90%; T° 36,8°C; Glasgow 12 Exame físico: Ectoscopia pele endurecida, difícil pregueamento, score de Rodman 9, fenômeno de Raynold, ausência de calcinose, dentes expostos Ausculta pulmonar estertores creptantes grossos ao fim da inspiração Abdome timpânico a percussão Osteoarticular limitação osteoarticular das mãos, edema em MMII (+++/++++) Laboratório: FAN 1:1280 padrão nuclear homogêneo Anti-citocromo negativo Anti- sintetase reagente Anti-lúpico reagente Hemograma hemoglobina baixa, hematócrito baixo, leucócitos alto, plaquetas alta TC tórax áreas de atenuação em vidro fosco bilateral Diagnóstico esclerose sistêmica difusa e SAF CASO GOTA E PSEUDOGOTA: Paciente queixa de dor no hálux, tornozelo e joelho. Relata HAS com uso de hidroclorotiazida. Relata vermelhidão na região e temperatura elevada. Afirma uso de AINES. Sem queixas urinárias Idade? Trabalho? Ectoscopia? Início, intensidade e característica da dor? Hábito alimenta? Tabagista? Etilista? Doenças pregressas? Medicações? Atividade física? História familiar? Frequência de uso de AINES? Sinais vitais: PA 120 x 80, FC 71 ; spO2 90%. T° 36,5°C Exame físico: Abdome sem alterações Respiratório sem alterações Hálux direito sem alterações, hálux esquerdo com edema, calor local, dor intensa Joelho direito sinal da bochecha +, calor local e dor intensa Laboratório: Ureia 74mg/dl (aumentada) Creatinina 2,1 mg/dl (aumentada) Artrocentese (1º diagnóstico) Ácido úrico no sangue e na urina RX Hemograma (verificar se há quadro inflamatório) VHS e PCR (verificar atividade inflamatória) CASO LES: Júlia, 22 anos, estudante, parda QP “dor nas juntas há 4 meses” HDA: Paciente relata que a dor teve início nos dedos das mãos, irradiando para o punho, atingindo no momento também os joelhos. Paciente refere rigidez matinal. Afirma uso de dipirona e ibuprofeno durante episódios de dor. Paciente relata alterações na urina (urina espumosa). Afirm anorexia, fraqueza, fadiga, mialgia, perda ponderal considerável (10kg) no último mês. Relata não realizar exercícios físicos devido as dores. Afirma manchas na pele quando há exposição solar, relata rash malar com ardor. Afirma queda de cabelo sem falhas considerável. Afirma que quando está frio as mãos variam entre palidez – cianose – eritema (fenômeno de Raynalds). Afirma dor ao respirar bilateralmente nas bases pulmonares. Nega queixas GI nega queixas urinárias além da urina espumosa (proteinúria). Afirma presença de aftas na boca - MMII edema nos membros inferiores bilateralmente - Cervical nega alterações no pescoço - Olhos apresenta inchaço matinal sem pruridoH. medicamentosa afirma uso de ACO há 4 anos e leftiroxina. Nunca fez cirurgias e nega traumas Hist. Familiar mão tem tireoidite de Hashmotok, pai hipertenso, 2 tias com lúpus, 1 irmã DM1 e 1 irmã com artrite reumatoide. Exame físico: Abdome plano, atípico, flácido, indolor a palpação, sem visceromegalias MMII edema +++/++++ Pele presença de rash malar e fenômeno de Raynalds Sinais vitais FC 79, FR 28, O2 89%, T° 36,7°C Laboratório: Creatinina 2,1 Ureia 73 VHS 45 PCR 3 Urianálise leucócitos urina 150000, proteínas +++/++++, EAS negativo; presença de dismorfismo urinário TGO 30 TGP 39 Anti-Ro negativo Anti –La negativo Anti – DNA reagente Fator reumatoide reagente FAN 1:1280000 C3 55 C4 7 HEMOGRAMA hemoglobina 9,5 ; hematócrito 28; HCM 29; leucócitos 2500; plaquetas 90000 Proteinúrina/24h DIAGNÓSTICO LES CASO HANSENÍASE: José Carlos, 60 anos, Urgência QP “7 episódios de vômitos há 3 dias” HDA: Paciente relata aparecimento de uma mancha dolorosa há 1 ano no nariz, avermelhada e com sensibilidade aumentada. Afirma ainda aparecimentos de manchas nos braços há 8 meses anestésicas. Relata diminuição da sudorese, ressecamento da pele e queda da libido. Nega alergias. Afirma uso de antieméticos e sensação de febre (38,5°C SIC). Afirma câimbras em MMIII e dores em MMII, edema em mãos, queda de cabelos e pele do rosto mais fina. Nega etilismo e tabagismo Hist. Familiar: mãe DM pai HAS Exame físico: Sinais vitais PA 110 X 70 ; FC 98 FR 18 T° 38,5°C O2 95% Glasgow 15 Ectoscopia Lúcido e orientado, corado, hidratado, anictérico, acianótico, eupneico, edema elástico e indolor em MMII, febril no momento Inspeção cutânea mais de 5 placas com halo hipocrômico, lesão bem delimitada em região malar Teste de sensibilidade hipersensibilidade no trajeto do trigêmeo, espessamento em nervo radial, anestesia térmica, tátil e dolorosa e por pressão em MMSS, hiperestesia térmica, tátil, dolorosa e por pressão na região malar direita Laboratório: Baciloscopia positiva Reação de Mitsuda negativa Diagnóstico hanseníase dimorfa Tomou a BCG? CASO DII: Márcia, 25 anos, Santa Helena-GO, chega ao PS com queixa de dor na barriga e diarreia há 15 dias HDA: Paciente relata início de distensão abdominal há 15 dias, que evoluiu com dor do tipo cólica e diarreia. Afirma ter usado floratil. Afirma febre não aferida durante a tarde com calafrios, dores articulares principalmente nos tornozelos e joelhos. Perda ponderal de 5kg. Afirma aparecimento de manchas pequenas e escurecidas na pele. Boa ingesta hídrica e abuso de fast-food. Tabagista há 10 anos (1maço/dia), nega etilismo e uso de drogas ilícitas História familiar: pai HAS e DM, mãe DM, nega histórico de CA e trombose História gestacional: G2P2A0 (cesáreas) Exame físico: Sinais vitais FC 83 PA 120 X 80 FR 14 O2 97% Ectoscopia REG, desidratada (+/++++), acianóstico, anictérico, afebril Ano-retal presença de abscesso perianal, com nodulação e secreção purulenta Abdome doloroso a palpação superficial e profunda em todo o abdome, sem massas palpáveis Cardíaco BNF em 2T sem sopros audíveis Respiratório Murmúrio vesicular uniformemente audível sem ruídos adventícios Laboratório: Hemograma hemoglobina reduzida, hematócrito reduzido, leucograma aumentado, plaquetas normais Calprotectina fecal + VHS 50 (aumentado) PCR 15 (aumentado) Colonoscopia padrão heterogêneo com características de pedra em calçamento ASCA IgG e IgA reagentes P-ANCA - Pedir sorologias DST’s (perda de peso e febre) Diagnóstico Doença de Crohn Tratamento: Não medicamentoso hidratação VO, cessar tabagismo, não usar AINE Medicamentoso corticoide tópico e supositórios e azatioprina. Tratar abscesso perianal com drenagem e ATB CASO DRGE: Maurício, 45 anos, deu entrada no ambulatório com queixa de queimação e dor no peito HDA: Paciente relata pirose há 5 anos, com dor torácica associada e mais comum durante a noite. Afirma piora há 1 ano após ganho de 16kg. Afirma não realizar atividade física. Afirma piora após ingesta alimentar de grande volume. Afirma regurgitação, tosse seca e chiado, nega odinofagia e disfagia. Relata uso de medicações antiácido e xaropes para tosse. Nega alergias, comorbidades, uso de medicações contínuas e cirurgias. Historico familiar nega histórico de CA de estômago Hab. Alimentares dieta desregulada, baseada em carboidratos e proteínas, alta ingesta de refrigerantes Exame físico: Sinais vitais PA 120 X 80; FC 75; FR 21; O2 93%; T° 36,5°C Ectoscopia BEG, LOTE, acianótico e anictérico Respiratório tórax atípico, expansibilidade simétrica e preservada, sem cicatrizes, murmúrio vesicular com presença de sibilos Cardíaco BNF 2T sem sopros audíveis Abdome globoso, ausência de circulação colateral e cicatrizes, indolor a palpação e sem visceromegalias palpáveis, RHA normoativos MMII e MMSS sem alterações - Pedir EDA Diagnóstico DRGE e asma relacionada à DRGE Tratamento: Não medicamentoso não ingerir líquidos durante as refeições Medicamentoso pantoprazol 1x/dia 40mg 30 min antes da 1ª refeição por 2 meses CASO CIRROSE E SUAS COMPLICAÇÕES: Ronaldo, 55 anos, trazido pelo SAMU, apresenta confusão mental, acompanhado pela esposa QP “fadiga e fraqueza” HDA: Esposa que acompanha paciente relata que as queixas se iniciaram há 6 meses, mas houve piora do quadro há 2 dias. Afirma astenia, fadiga e perda ponderal. Paciente alcoólatra por tempo indeterminado, nega tabagismo. Afirma hábitos alimentares ruins e ausência de exercício físico. Possui diagnóstico anterior de Hepatite B. Relata parada da evacuação há 5 dias e oligúria, além disso febre (SIC), icterícia, falta de ar principalmente quando em decúbito, dor ao respirar, telangectasias nos MMII e manchas eritematosas nas palmas das mãos. Alérgico a dipirona. Exame físico: Sinais vitais PA 160x90; FC 96; FR 29; O2 88%; T° 39°C Ectoscopia REG, desorientado, leves alterações extrapiramidais, edemas em MMII ++/++++, presença de eritema palmar, telangectasias, desnutrição Tórax ictus não visível, taquicárdico, BNF em 2T Respiratório dispneia, uso de musculatura acessória leve, padrão respiratório tóraco-abdominal, expansibilidade diminuída bilatetalmente, FTV diminuído em bases, MV pouco audível e presença de estertores bolhosos (derrame pleural) Abdome globoso, presença de circulação colateral, hérnia umbilical. RHA audíveis nos 4 quadrantes. A percussão presença de semicírculo de Skoda e Piparote +. Indolor a palpação e fígado palpável a 6 cm do rebordo costal direito (normal 2-4cm) Laboratório: TGO 80 (aumentado) TGP 50 (normal) FA 300 (aumentado) Bilirrubinas totais 3,5 (aumentado) Bilirrubina direta 3 (aumentado) Albumina 2 (diminuída) GAMA-GT 100 (aumentado) TAP 22,4 (aumentado) Creatina sérica 1,8 (aumentado) Ureia 86 (aumentado) Hemograma Hb 7; Hc 28; Lc 14700 - Paracentese de alívio líquido com característica serosa, retirado 3,5L, enviado para análise - Encefalopatia hepática estimular evacuação para eliminar amônia lactulona - Fazer estadiamento pelos critérios de Child-Pugh - Medidas comportamentais dieta normoproteica, redução do sódio - Medidas medicamentosas 2 diuréticos (furosemida e espironolactona) CASO TB: Luís, 42 anos, casado há 20 anos, Rio Verde-GO, trabalho rural, 68kg QP “cansaço e falta de ar há 2 meses” HDA: Paciente relata cansaço há 2 meses, de início apenas ao esforço físico com evoluçãopara também em repouso. Afirma tosse de início há 2 meses com tosse seca e atualmente produtiva com secreção amarelada. Relata calafrios, sudorese noturna, astenia, perda ponderal e perda de apetite. Afirma dor torácica ao tossir Revisão de sistemas: nega dor ocular, disfagia, hemoptise e sem queixas urinárias Hábitos: ex tabagista (fumou por 10 anos, parou há 12 anos), ingere água filtrada, ingere leite do gado porém fervido, nega viagens recentes HPP usou 3 xaropes para tosse (não se recorda quais), não ter alergias, sem doenças conhecidas, nunca fez cirurgias His. Familiar nega queixas familiares Exame físico: Sinais vitais PA 120x70; FC 90; FR 24; O2 92% T°38,4°C Ectoscopia MEG, hipocorado (+/++++), acianótico, anictérico, TEP < 3s Inspeção tórax atípico, sem cicatrizes, sem tiragem, ictus cordis visível Percussão tórax sem alterações Ausculta cardíaca BNF em 2T sem sopros audíveis Ausculta pulmonar MV rudes bilateralmente, creptantes em ápice direito e roncos e sibilos difusos bilateralmente Abdome RHA presentes e normoativos MMSS ausência de baqueteamento digital Linfonodos ausência de linfonodomegalias Vacinação não sabe informar Laboratório: Hemograma HB 12,0; Ht 46; leuco 8700, bastões 0%, plaquetas 280000 Rx tórax inversão da trama pulmonar, cavitação pulmonar Baciloscopia de escarro positiva +++/++++ Teste HIV reagente Diagnóstico TB pulmonar Tratamento RIPE por 6 meses CASO HIV: QP “dificuldade para engolir e dor no peito há 2 meses” Maurício, 43 anos, relata disfagia com alimentos sólidos e líquidos, afirma cansaço e fadiga, associada a falta de ar. Relata início dos sintomas há 6 meses com piora há 2 meses. Relata perda ponderal (8kg em 6 meses). Afirma ser tabagista há 20 anos (1 maço/dia). Nega uso de drogas. É solterio, nega parceiros fixos, é heterossexual, afirma uso infrequente de preservativo. Relata febre de 38°C (SIC) durante a última semana. Calendário vacinal normal de acordo com PNI. Nega alterações de pele e linfadenomegalias. Afirma tosse seca com piora há 1 mês, associada a dor torácica com ausência de chiado. Afirma o uso de amoxicilina e nimesulida sem prescrição médica há 15 dias. Não possui tatuagens e não recebeu transfusão HPP: nega comorbidades pregressas, nega alergias, traumas e histórico de neoplasias. Nega conhecimento de DST’s pregressas ou de parceiras com DST’s Hist. Familiar: Pai HAS, mãe HAS e DM Exame físico: Sinais vitais PA 128x84 fc 90; fr 28; St 92% T° 38,4°C Ectoscopia REG, LOTE, hipocorado +/++++, TEP < 3s, acianótico Oroscopia placas esbranquiçadas com bases eritematosas na orofaringe Linfonodos ausência de linfonodos aumentados ou dolorosos Respiratório expansibilidade levemente reduzida com padrão respiratório tóraco-abdominal. Creptações finas em bases bilaterais Cardiaco ictus não visível e não palpável Abdome plano, sem alterações, com hepatimetria dentro da normalidade Laboratório: Hemograma Hb 12,0; Ht 48,0; leuco 4500; 21% linfócitos, 70% neutrófilos, plaquetas 141000 Rx tórax infiltrados difusos bilateralmente (pneumonia) Glicemia de jejum 83 Creatinina 0,9 Ureia 17 Prova tuberculínica não reagente Baciloscopia não reagente EDA lesões esbranquiçadas com bases eritematosas em toda cavidade orofaríngea sugestiva de candidíase oral Teste rápido para HIV reagente nas 2 amostras TCD4+ 84 linfo/mm³, carga viral 1.054.000 Diagnóstico: AIDS Tratamento: Tenofovir (inibidor da transcriptase reversa análogo de nucleotídeo) + Lamivudina (inibidor da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo) + Dolutegravir (inibidor de integrasse) CASO DUP: ANAMNESE Identificação: - J.L.R.S - 40 anos - Sexo masculino - Pardo - Motorista de caminhão - Solteiro - Natural e procedente de Santa Helena-GO QP: “Dor muito forte na barriga” HDA: Paciente relata que há 10 dias iniciou quadro de epigastralgia leve, que piorava cerca de 2h após ingesta alimentar ou à noite, e melhorava parcialmente com o uso de analgésicos e antiácidos comuns, associada à pirose retroesternal. Refere nunca ter procurado o médico devido a essas queixas, pois elas eram frequentes e recorrentes, mas logo melhoravam. No entanto, durante a madrugada (há cerca de 08 horas) sentiu piora do quadro com dor abdominal difusa de intensidade moderada, que aumentou gradualmente até o momento, se apresentando com grave intensidade (10/10), difusa, irradiação para o ombro direito, sem fatores de melhora, associada a taquicardia, taquipneia leve, náuseas e vômitos, sudorese fria e febre. Chega ao PS com fácies de dor, torpor leve e mantendo-se em posição antálgica. **geralmente após comer lembrar da doença do refluxo e ulcera duodenal A diferença é na gástrica vai ter piora na alimentação e duodenal vai ter melhora IS: - Geral: Febre, hiporexia, náuseas, astenia. - Cabeça e pescoço: Nega cefaleia, tontura ou adenomegalias. - Pele: NDN - Boca e olhos: NDN - Ouvidos/nariz: NDN - ACV: Refere palpitações. - AR: Refere Taquipneia - TGI: Vide HDA - TGU: NDN - OA: NDN - Sistema nervoso: Torpor leve Antecedentes Familiares: - Mãe viva com diagnóstico de HAS. - Pai vivo com diagnóstico de HAS, DM e Dislipidemia. Antecedentes Pessoais: - HAS (Uso de losartana 50mg 2x/dia); Hipotireoidismo (Uso de puran T4 50mcg 1x/cedo) - Refere acompanhamento psiquiátrico devido a TAG(ansiedade generalizada), mas sem tratamento medicamentoso - Nega cirurgias prévias - Nega traumatismos - Nega alergias medicamentosas Hábitos de vida: - Tabagista 20 maços/ano; Etilista com alta ingesta de cerveja aos finais de semana - Nega uso de drogas ilícitas - Sedentário - Uso frequente de medicamentos sem prescrição médica. - Alimentação rica em carboidratos e lipídios.-gordura é absorvido nesses locais, pois os ácidos graxos podem piorar os sintomas - Motorista de caminhão EXAME FÍSICO Ectoscopia: - Geral: REG, fácies de dor, torpor leve-fora de si, pode ser sonolento, LOTE, hipocorado 1+/4+, hidratado, acianótico, anictérico, TEC 3s(pedir pra apertar a mao enormal ate 3s pra voltar), Sinais Vitais: FC= 112 bpm / PA= 110x70 mmHG / FR= 24 irpm / SatO2= 94% a.a. / T: 38,3°C Exame segmentar: - ACV: RCR 2T BNF sem sopros - AR: Tórax atípico, expansibilidade reduzida,MV fisiológico presente sem RAs, FTV normal, som claro pulmonar à percussão, sem tiragens - Abdome: Globoso, distendido, em tábua, RHA hipoativos, dor intensa à palpação superficial e profunda em todo o abdome, sem visceromegalias ou massas palpáveis, Blumberg positivo, espaço de traubehipertimpânico(normal timpânico, com ar- sinal de jobert) à percussão - MMII: Sem edemas, panturrilhas livres **sindromeinflamatoriasistemica mais inflamacao é sepse **surviving sepse 1) Diagnostico sindrômico -Síndrome dispéptica (náusea, vomito, epigastralgia, pirose, esofagite); -abdome agudo perfurativo(causado pela DUP, neoplasia, divertículo, apendicite, megacólon toxico, crohn, Beceht- por causa da área timpânica e sinal de Blumberg, senão poderia ser AAinflamatorio), -SIRS (síndrome da resposta inflamatória sistêmica, por causa de foco infeccioso, AIDS, gastroenterocolite); -síndrome febril (sai da cavidade peritoneal que não era pra sair: sangue, acido gástrico, ar, bactérias, bolo fecal, comida). 2) Diagnostico diferencial Peritonite bacteriana 3) Conduta Estabilizar, sepse= aceso venoso periférico e soro com volume para fazer expansão e observar a cada 100-150 ml auscultando, passar sonda pra ver a diurese; pedir exame pra ver qual bactéria é: hemocultura 3 amostras, urocultura; antibiótico EV; Tratar a ulcera- RX de abdome e tórax, não pedir endoscopia, uréase pois é paciente grave já; abordagem cirúrgicaCASO MENINGITE: Renata, 14 anos, chega a UPA acompanhada de sua mãe Maria QP “dor de cabeça intensa há 1 dia” HDA: Mãe que acompanha filha em atendimento relata que a filha apresentou dor de cabeça intensa e febre (39°C SIC), acompanhada de prostração e confusão mental. Nega melhora com uso de analgésicos e antitérmicos. Nega quedas e traumas. Afirma sintomas gripais há 1 semana. Nega vômitos e náuseas. Afirma petéquias não pruriginosas H. familiar nega comorbidades familiares HPP nega comorbidades e internações pregressas Não tem alergias Exame físico: Sinais vitais FC 125; FR 25; PA 100x70, T°40°C; O2 93%, Glasgow 13 Ectoscopia REG, hipocorada +/++++, desidratada ++/++++ Pele e fâneros presença de petéquias em MMII Neurológico desorientada em tempo e espaço, Kerning e Budisinsk + Tórax ausência de uso de musculatura acessória, ictus não visível porém palpável, sem demais alterações Abdome plano, atípico e sem demais alterações Laboratório: RX tórax sem alterações Punção lombar turvo, leitosa, glicose < 40, proteínas > 500, cultura positiva para Neisseria meningitis Hemograma leucócitos aumentados, bastões aumentados com desvio (clássico de infecção bacteriana) TC de crânio edema cerebral difuso Diagnóstico: Meningite bacteriana por N.meningitis Tratamento: Penicilina G cristalina por 7 a 10 dias