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2.2 Exercícios resistidos. Paralelamente a hipertrofia muscular, os exercícios resistidos promovem estímulos para várias qualidades de aptidão física. No que diz respeito à destreza, como toda atividade regularmente repetida, os exercícios resistidos desenvolvem coordenação neuromuscular específica. Um importante aspecto de coordenação desenvolvido pelos exercícios com pesos é a consciência corporal. Os exercícios localizados, com movimentos relativamente lentos, são provavelmente os ideais para promover estímulo dos proprioceptores capsulares, nos diferentes graus de amplitude das articulações. Assim sendo, observa-se que o praticante desenvolve a capacidade de perceber a posição exata de seu próprio corpo no espaço, habilidade importante para a manutenção do equilíbrio do corpo. Com relação à flexibilidade, a maioria dos estudos realizados sobre os efeitos dos exercícios resistidos demonstrou aumento ou manutenção deste parâmetro de aptidão. A grande proliferação de tecido conjuntivo que acompanha a hipertrofia, mesmo quando obtida com exercícios parciais, aumenta a elasticidade do músculo esquelético. Encurtamento e hipertonia musculares não ocorrem com a hipertrofia induzida por exercícios. Assim sendo, efeitos benéficos em distúrbios posturais somente podem ser explicados pelo alongamento muscular que acompanha a hipertrofia, e não por efeitos de tração constante. Da mesma forma, efeitos de alinhamento e de estabilização articulares somente podem ser explicados por maior eficiência das forças geradas durante a contração muscular. Alguns estudos transversais que demonstraram pouca flexibilidade em alguns levantadores de peso basistas levantam como possíveis causas à seleção de biotipo mais adaptado para as provas, e talvez algum obstáculo mecânico produzido por grande hipertrofia muscular. Esta última hipótese, no entanto não encontram respaldo em estudos com atletas de musculação competitiva e levantadores de peso olímpicos, todos com grandes volumes musculares, e com flexibilidade acima da média. A flexibilidade dos levantadores olímpicos, frente a outros atletas, somente é inferior à de ginastas. Estudos longitudinais bem conduzidos não demonstraram redução da flexibilidade durante o treinamento com pesos. Por outro lado, numerosos estudos documentam aumento de flexibilidade induzido pelos exercícios com pesos, na ausência de exercícios específicos para esta finalidade. Os exercícios com pesos forçam os limites das amplitudes das articulações, o que em conjunto com a proliferação de tecido conjuntivo, explica os efeitos estimulantes desses exercícios sobre a flexibilidade. Somente a inatividade, a imobilização, processos inflamatórios, processos neoplásicos, doenças espásticas, e descompasso entre o crescimento longitudinal dos ossos e o dos músculos podem produzir encurtamento muscular, absoluto ou relativo. Posso lês afirmar que as maiorias dessas condições podem ser adequadamente tratadas apenas com exercícios resistidos. Quando analisamos os exercícios resistidos lembramos, que este não se resume somente aos exercícios de força, mas também outras diversas qualidades de aptidão física, na qual abordaremos a velocidade, a potência e a resistência aeróbia. VELOCIDADE - A velocidade de contração dos músculos esqueléticos é uma característica com grande dependência genética. Maiores velocidades de contração são esperadas em pessoas que apresentam predominância de fibras brancas. O treinamento com exercícios resistidos não altera a velocidade da contração muscular quando não existe resistência aos movimentos. Por outro lado, o grande aumento da capacidade contrátil dos músculos induzido pelos exercícios resistidos pode aumentar significativamente a velocidade dos movimentos com resistência oposta. Assim sendo, o treinamento com pesos aumenta a capacidade de aceleração, com conseqüente aprimoramento do desempenho em provas de "velocidade", que na realidade são provas de potência. POTÊNCIA - Assim como no caso da força e da resistência anaeróbia, o aprimoramento da potência é uma das características marcantes dos atletas treinados com pesos. A potência depende basicamente da velocidade, da força, e da resistência, envolvendo portanto aspectos neuromusculares, contráteis e metabólicos. Considerando que a velocidade dos movimentos sem carga sofre pouca influência dos exercícios, o treinamento com pesos para potência deve objetivar o aumento da capacidade contrátil e metabólica dos músculos, sendo geralmente usadas séries com cerca de dez repetições. No caso da potência instantânea ou explosiva, o aspecto da resistência é desconsiderado e o treinamento costuma enfatizar apenas a capacidade contrátil, com repetições entre cinco e dez. Preconiza-se que as maiores capacidades contrátil e metabólica adquiridas por meio dos exercícios resistidos sejam adaptadas para as necessidades específicas das diversas modalidades esportivas com a prática da própria atividade. Alguns treinadores preconizam no treinamento com pesos para potência a utilização de movimentos mais rápidos do que o habitualmente utilizado em treinamento para hipertrofia, mas os trabalhos disponíveis até o momento não permitem afirmar que esta proposta seja a mais eficiente. Por outro lado, movimentos explosivos com pesos são potencialmente mais lesivos para o aparelho locomotor. RESISTÊNCIA AERÓBIA - Durante muito tempo se considerou que esta qualidade de aptidão não fosse aprimorada pelos exercícios resistidos, devido à constatação de que o VO2 máximo não aumenta com esse tipo de treinamento. No entanto, verificou-se que corredores e ciclistas apresentaram melhora no desempenho em provas de fundo da ordem de 11 a 13 %, apenas com a inclusão do treinamento com pesos. Tais resultados foram atribuídos aos aumentos nos níveis do limiar anaeróbio. Duas hipóteses tentam explicar o aumento do limiar anaeróbio que acompanha a hipertrofia muscular. Uma delas preconiza que atletas mais fortes poderiam realizar determinadas intensidades de esforço apenas com fibras vermelhas, enquanto que atletas mais fracos utilizariam fibras vermelhas e brancas, produzindo lactado. A outra hipótese considera que em determinadas intensidades de esforço atletas mais fortes utilizariam menos do que 40 % da sua capacidade contrátil, enquanto que atletas mais fracos utilizariam maior número de fibras, ocluindo parcialmente a circulação e dificultando o metabolismo aeróbio exclusivo. 2.2.1 Determinantes dos exercícios resistidos. Noções dos Cálculos Vetoriais Grandezas não são definidas, mas são subdivididas em: - Físicas Escalares – ficam perfeitamente definidas quando ao lado do valor numérico coloca- se a unidade de medida. (Ex: 2 kg, 5 m). Vetoriais – não ficam perfeitamente definidas, apenas com o valor numérico. É necessário colocar direção e sentido de aplicação (Ex: força, velocidade, aceleração, campo eletromagnético etc.). OBS: a ACELERAÇÃO tem que ser usada estrategicamente, tática e tecnicamente, pois está ligada diretamente com o gasto energético. (quanto maior a aceleração, maior será o gasto energético). Características dos vetores: - Linha de ação - Intensidade - Direção - Sentido - Ponto de aplicação 1. Módulo ou intensidade É o valor numérico independente do sinal. Representa o número de vezes que determinado vetor contém um outro vetor de valor unitário, da mesma natureza. Nada mais é do que uma escala 2N 2N 2N 2N 2N 10 N É representada pelo próprio indivíduo. 2. Linha de ação Linha sobre a qual o vetor atua. Podem ser concretas (linha de trem, ruas, raias de pistas de atletismo) ou abstratas (rotas de tráfego aéreo, salto em distância...). São representações de direção. Mesma linha de ação B CA C 3. Direção Ângulo formado entre o vetor (ou seu prolongamento) com um eixo de referência qualquer. Não é orientado (só o sentido é), pois podem ter mesma intensidade, direção e linha de ação, mas sentidos opostos. Vetores com a mesma linha de ação têm a mesma direção Vetores com a mesma linha de ação têm a mesma direção, podem não ter mesmo sentido. Linhas de ação paralelas têm a mesma direção direção Eixo de referência 4. Sentido Orientação que um vetor tem sobre uma linha de ação. B Mesma linha de ação, mas sentidos diferentes. A 5. Ponto de aplicação Local no espaço onde o vetor exerce sua ação (tracionar, empurrar, mudar a trajetória etc.). Ex: nadadores na piscina S V A I Í R D A A D A D • C A Ponto de aplicação comum A única característica em comum desses vetores é o ponto de aplicação B Vetores eqüipolentes são aqueles que se equivalem. Mesma direção, sentido e intensidade. (não significa que devam ter a mesma linha de ação, mas sempre que tiverem também terão a mesma direção). Único que não é eqüipolente Vetores diretamente opostos devem ter a mesma intensidade, sentidos contrários e a mesma linha de ação (ATENÇÃO!!! Já está implícita que é a mesma direção, mas o contrário NÃO) - Concêntricos (Ex: queda de braço, atleta de judô). A B Mesma intensidade, sentidos contrários e mesma linha de ação. - Cabo de guerra (excêntrico) A B o Alavancas Biológicas 1. Interfixa 2. Inter-resistente 3. Interpotente Vm = BP/BR * Vantagem mecânica = Braço de potência sobre braço de resistência Mo = F X Dist X Sen Variáveis 1. Apoio ou Fulcro representado numa articulação (principal) ou centro de gravidade. ( ) INTERFIXA Fp CG Fr Bp Br Bp Fp INTERRESISTENTE Fr Br Fp INTERPOTENTE (maioria em nosso corpo) Articulação Fr Bp Br 2. Forças Antagônicas (Fp) Força Potente (na inserção funcional do músculo – extremidade que se desloca mais). Força exercida pelo músculo. É representada na inserção. (Fr) Força Resistente (no ponto de aplicação da resistência – “peso”) ou no centro de gravidade do segmento, quando for membro livre. É a carga a ser vencida. Sempre se opõe a força potente e é sempre no mesmo sentido da gravidade. (Bp) Braço de Potência – distância do ponto de aplicação da força potente ao apoio considerado. (Br) Braço de Resistência – distância do ponto de aplicação da força resistente ao apoio considerado. Obs: Critério para nomear as alavancas – nome da alavanca sempre em função da alavanca que está no meio. A maior ou menor eficiência de um músculo depende de seu braço de força Força Potente força do músculo, representado em seu ponto de inserção. 1) Alavancas Interfixas: • Coluna cervical representa uma alavanca interfixa, nos movimentos da cabeça apoiados na coluna (flexão lateral). • Elevação de peso põe uma das mãos inclinando o corpo para o lado oposto (flexão lateral contra uma resistência). 2) Interresistente: • Movimento de ficar na ponta dos pés. 3) Alavancas Interpotentes • Abdominal (na posição acima). • Braço sob ação do Supra-espinhal em abdução. VM= BF BR • O Deltóide tem maior facilidade na abdução em função de seu braço de potência ser maior. Qual dos dois músculos, Supra-espinhal ou Deltóide, é mais importante no início do movimento? O Deltóide, em função de sua vantagem mecânica. Num movimento mais rápido tanto o Deltóide quanto o Supra espinhal são exigidos. • Antebraço sob ação do Braquial. • Perna sob ação do Quadríceps Que tipo de ação biológica representa o pé nas seguintes situações: a) Movimentando-se livre no ar atmosférico (dorso-flexão, flexão plantar, inversão e eversão). - dorso-flexão: interpotente - flexão plantar: interfixa - inversão e eversão: interpotente 1. INTERFIXA: 2. INTERPOTENTE: OBS: O BR varia de acordo com a posição dos braços. A FR estará localizada de acordo com o centro de gravidade. Caso bíceps se rompa, o Bq terá que realizar uma força maior, pois BPBq< BPB . O primeiro a ser requisitado será o BPBqr, pois é o maior BP 3. INTERRESISTENTE: Tipos de Contração Muscular /Mo/pot contra /Mo/res momento momento potente resistente = = Fp x Bp Fr x Br Força potente Força resistente Braço potente Braço resistente Fa = 10N Ba = 0,2m /Mo/a = 10N x 0,2m = 2N.m Fb = 5N Bb = 0,6m /Mo/b = 5N x 0,6m = 3N.m concêntrica /Mo/pot > /Mo/res Isotônica excêntrica /Mo/pot < /Mo/res (também movimento negativo) Contração em que se mantêm umas tensões iguais em todos os arcos de movimento (Utopia). • Concêntrica – encurtamento muscular pela aproximação entre origem e inserção. • Excêntrica – apesar da contração ocorre o afastamento entre origem e inserção. Isométrica - /Mo/pot = /Mo/res O músculo mantem a mesma medida, o mesmo comprimento entre origem e inserção. As isotônicas concêntricas e isométricas só podem ser ativas. A isotônica excêntrica pode ser passiva ou ativa. Ex: Movimento de apoiar copo sobre mesa ativa Movimento de carregar peso acima da capacidade, abaixando o braço – não consegue recrutar um número de unidades motoras que vençam o momento potente motor passiva. A contração isométrica sempre participa da outras, antecedendo ou durante as demais. Os músculos com inserções mais distantes, mais superficiais são mais claros em função de suas fibras serem rápidas. As fibras quanto mais superficiais, mais claras são, já as profundas, mais escuras. Vm ilp = Bp ilp :. Br = Bp ilp Br Vm ilp Bp ilp = < Bp rf Vm ilp < Vm rf Vm rf = Bp rf :. Br = Bp rf (mais força) Br Vm rf Comparando = Vm = Bp incompleto Br Para qualquer músculo Vde contração = E :. V = arco :. Arco = 0 x r T TV = 0 x r T V ilp = 0 ilp x r ilp T ilp Comparando-se: 0 ilp = 0 rf T ilp = T rf r ilp < r rf V ilp = 0 rf x r rf T rf Então V rf > V ilp Planos e eixos de movimento Cada movimento é feito apoiado numa superfície plana e em torno de um eixo. Eixo (é perpendicular ao plano) passa na articulação que permite o movimento. Plano é localizado na trajetória do segmento que se move. Planos de Delimitação (planos Tangenciais) • Paredes infinitas, imaginárias que delimitam o corpo. • Anterior, Frontal ou Ventral – passa pela parte anterior do corpo. • Posterior, Dorsal ou Caudal. • Lateral Direito. • Lateral Esquerdo. • Superior, Cranial ou Cefálico. • Inferior, Plantar ou Podálico. FORMAM UM PARALELEPÍPEDO Planos de Corte (Secção) • Mediano – divide em metade direita e esquerda. • Sagitais – divide em partes esquerda e direita (diversos). • Coronal – secciona em parte anterior e posterior do corpo passando no nível da sutura coronal (região em que se colocavam as coroas). • Transversais – podem ser paralelos, passando em várias partes. Eixos • Linhas imaginárias em torno das quais realizamos movimentos de rotação. • São sempre perpendiculares aos planos. • O eixo só tem direção, não tem orientação. • Latero-lateral. • Antero-posterior. • Vertical. Verificar a correspondência entre eixos e planos, por exemplo: - eixo Antero-posterior: Planos frontal, caudal e coronal 1- LATERAL DIREITO 1- LATERO-LATERAL 2- SUPERIOR 2- VERTICAL 3- INFERIOR 3- ANTERO-POSTERIOR 4- LATERAL ESQUERDO 5- CAUDAL 6- FRONTAL Ações Musculares Um músculo se contrai no sentido longitudinal de suas fibras, a fim de entrar na trajetória do movimento. A trajetória do movimento fornece a superfície do plano. Os eixos são pontos. Desloca a extremidade que oferece menor resistência. Para alongar um músculo deve-se realizar um movimento antagônico ao que realiza. Variáveis que influenciam na amplitude de movimento (estabilidade): - Modelo das superfícies articulares e acessórios (discos, meniscos). - Cápsula articular - Ligamentos capsulares - Ligamentos extra-capsulares - Músculos - Condição neurológica - Consciência corporal - Estado emocional - Estado de treinamento - Idade - Sexo - Membrana interóssea (aumenta a área de fixação muscular, transferência de forças entre os ossos do antebraço), - Sinergismo concorrente: quando dois músculos antagônicos provocam um terceiro movimento. Ex: serrátil e trapézio sobre a escápula Variáveis determinantes do treinamento •Escolha do exercício e do equipamento. A escolha do exercício envolve grandes decisões, como a ação muscular e a escolha do equipamento a ser utilizado no exercício. O equilíbrio entre a musculatura agonista e antagonista é importante para a menor incidência de lesões articulares e dos tecidos musculares e conjuntivos. Seguindo esta hipótese, se houver um desequilíbrio entre agonista e antagonista, haverá uma facilitação para o surgimento de futuras lesões. A amplitude de movimento nos exercícios geralmente deve ser total, garantindo a força e a potencia em todos os ângulos articulares, não afetando negativamente a flexibilidade. Os equipamentos de forma guiada (aparelhos com polias, guias e placas de peso) ou livre (barras, halteres e anilhas) também tem influencia na prescrição adequada dos exercícios. Nos guiados, o individuo realiza o movimento padrão dado pelo equipamento, exigindo que a postura seja adequada para a realização eficaz do exercício; nos livres é necessário utilizar toda a musculatura para estabilizar a realização do movimento. Portanto é necessária uma análise critica para avaliar os pontos altos e baixos de cada tipo de exercício, determinando o melhor tipo de equipamento e utilizando recursos que promovam o aumento da performance e a diminuição do risco de lesões. •Ordem dos exercícios. A ordem dos exercícios devem ser bem estudada para que os objetivos sejam alcançados de forma mais eficiente. Muitos priorizam inicialmente, exercícios específicos para uma determinada modalidade e outros iniciam com exercícios para grandes massas musculares, multiarticulares ou de prioridade estética. Como iniciar a sessão do treino 1. Exercícios multiarticulares e monoarticulares 2. variabilidade 3. Grandes grupos musculares e pequenos grupos musculares 4. Número de exercícios por grupo muscular 5. Montagem de programas e métodos de treinamento Formas básicas para montagem do programa Existem algumas formas básicas para montagem do programa de treinamento, descrita por Bittencurt (1986), baseado na anatomia e biomecânica humana para atingir os objetivos procurados. As formas básicas para montagem do programa de treinamento são: alternada por segmento, localizada por articulação (agonista-antagonista e completo), associada à articulação adjacente (pré-exaustão); direcionada por grupo muscular; mista. Portanto, quando pensarmos em ordem de exercício é necessário avaliarmos muito bem qual exercício deve ser priorizado, pois com uma simples mudança de ordem podemos mudar o rumo do tratamento ou do treino. •Volume dos exercícios. O volume esta relacionada com a quantidade de exercício realizado, como, por exemplo, realizar um volume de 5.000 Kg (5 séries X 10 repetições X 100 Kg) em uma sessão. O volume também pode ser expresso pelo número de series por repetições. Normalmente o tratamento deve começar com períodos curtos de alto volume, evoluindo para uma diminuição deste volume e para o aumento da intensidade. O propósito desta fase de alto volume e preparar o atleta, no aspecto fisiológico, para que ele possa tolerar exercícios de alta intensidade. No treinamento de hipertrofia muscular, os fisiculturistas geralmente usam grandes volumes e intensidades de moderada a alta. O numero de series (como as outras variáveis) e de grande importância para o resultado final. Geralmente, são usadas de 3 a 6 series, mas em fisiculturistas pode se chegar ate 25 series por grupo muscular. •Intensidade dos exercícios. Para atingir a força ou potencia muscular adequada, a cara deve ser máxima ou próxima da máxima. Pacientes que necessitam de altos níveis de força e potencia muscular durante as praticas das atividades diárias devem ser submetidos ao mais próximo de 100 % de uma repetição máxima (1 RM ). •Repetição e peso. As repetições e pesos estão intimamente ligados. Essas são as principais variáveis quando se trata de aumento da força e da resistência muscular. Uma das formas de prescrever o peso para um exercício e o uso de repetição máxima (RMs), pois e o peso exato para um determinado numero de repetições. Essa e uma das formas mais fácies de determinar a carga de trabalho. Isso não significa que o praticante não deva trabalhar sempre no seu Maximo em todos os exercícios e sessões para obter os exercícios desejados. Outra forma de determinar a forma de trabalho e o uso de um certo percentual sobre uma repetição máxima (% de um RM) para um determinado exercício. Essa forma e pouco praticada no dia a dia por que e necessário à determinação do peso Maximo em cada exercício queserá trabalhado, por meio do teste RM, alem da necessidade de ajustar os pesos de 1 RM periodicamente, afim de que a intensidade seja ideal para cada objetivo. A utilização de percentual de força máxima e mais freqüente em treino de potencia, como no levantamento olímpico. Essa forma de quantificar a carga de trabalho deve ser bem rígida, pois ao utilizar o percentual (%) de 1 RM, alguns itens como o tipo de equipamento (forma livre ou guiada), grau de treinabilidade do paciente (fase aguda ou crônica) e grupo muscular a ser requisitado – grande (peitoral maior) ou pequeno (bíceps braquial) – podem ter influencia direta sobre o treino fazendo com que muitas vezes a carga seja inadequada para uma adaptação ideal. Se eu lhe perguntasse qual o número ideal de repetições para se obter hipertrofia o que você me responderia? Seria 10? Ou 8? Algo em torno de 12? Infelizmente muita gente ainda acredita em um número lendário de repetições considerado ideal. Quem nunca fez uma série de "três de dez" (3 X 10)? Parece que há um limite mágico a partir do qual a hipertrofia começa a surgir (geralmente 8) e acima do qual ela magicamente é interrompida (normalmente 12), parece que o músculo possui um contador implacável acionando os sinais de hipertrofia quando se supera a sétima repetição e os interrompendo a partir da décima terceira. Definitivamente o referido contador não existe, e esta rigidez numérica é totalmente desprovida de comprovações confiáveis. Não me entendam mal, o número de repetições é um fator fundamental, mas jamais deve ser analisado isoladamente dentro do complexo contexto que origina a hipertrofia muscular, para sermos mais precisos devemos analisar a velocidade da contração tanto excêntrica quanto concêntrica, tempo de pausa na contração e no alongamento, ênfase dada em determinados ângulos etc... A fim de ilustrarmos o contexto multifatorial seguem dois exemplos (pense na rosca bíceps direto realizado com o protocolo clássico de 3 x 10, variando a carga de acordo com série): 1. Na primeira série imagine-se levando um segundo para realizar cada repetição, na segunda aumente o tempo de cada repetição para 6 “e na terceira suba para 15". No primeiro caso sua série estaria acabada em 10 segundos, no seguinte ela levaria 1 minuto, já no último você demoraria algo em torno de 2 minutos e meio. Aqui há notáveis diferenças entre as vias metabólicas necessárias para manter o exercício, no primeiro caso recorreria-se prioritariamente à via anaeróbia alatina (utilizando prioritariamente os fosfatos de alta energia), já a segunda série entraria em maiores escalas no metabolismo anaeróbio de glicídios, provavelmente aumentando as concentrações de lactado e reduzindo o pH, e o terceiro provavelmente já começaria a entrar no metabolismo oxidativo. Do ponto de vista neuromuscular os três protocolos produzirão diferentes estímulos e distintos padrões de recrutamento das unidades motoras. Portanto ocorreriam adaptações diferenciadas para cada caso. 2. Agora imagine que você sempre leva 6 segundos para realizar cada repetição, sendo que na primeira série "sobe" o peso em 1 segundo e o "desce" no mesmo tempo, mantendo o peso na posição de descanso durante os 4" restantes, na série seguinte a cadência seria de 1 segundo na subida e 5 na descida, com o contrário na terceira 5" para subir e 1" para descer ambas sem nenhum descanso na fase inicial/final do movimento. Aqui teríamos novamente três trabalhos distintos, com diferentes respostas adaptativas bioquímicas e morfológicas. Sim, creio que consegui convencê-los que existem diferenças entre as diversas maneiras de executar um movimento, mas (o que realmente interessa) como manipular tudo isto para ficar "grande"? Bem... Sinto decepcioná-lo, mas não posso dar a fórmula mágica (nem vendê-la), não...não pare de ler o texto e nem apague minha página da sua lista de favoritos, permita-me explicar. Antes de sair por aí dizendo que existe um número ideal de repetições para hipertrofia é necessário que se conheça os prováveis mecanismos de hipertrofia (não se preocupe, não vou explicar isso detalhadamente... agora). Respostas hormonais Tempos de contração moderados a altos e descasos curtos entre as séries produzem maiores picos de GH, porém lembre-se que é discutível a influência deste hormônio na hipertrofia muscular. Já os treinos de cargas altas com períodos longos de descanso, liberam maiores quantidades de testosterona. Hidratação celular; para que se consiga um melhor fluxo sangüíneo local é recomendável não prolongar muito os descansos e manter tempos de contração suficientes para originar os desequilíbrios na homeostase necessários a ocorrência desta reação (diminuição do pH, elevação do lactato...). Microlesões As microlesões são geradas principalmente por contrações excêntricas, então "SEGURE A DESCIDA!". Agora algumas pequenas provocações: pergunte-se (e a pessoa que lhe falou sobre o assunto): 1) Por que as contrações excêntricas geram mais microlesões? Supondo que as microlesões causam hipertrofia ("através da supercompensação") 2) Por que cada vez que você se machuca (por exemplo, um rompimento, distensão, corte...) esta supercompensação não é visível? 3) Seria, então, possível induzir hipertrofia por outros meios (impactos cortes)...? 4) Como uma lesão pode gerar esta supercompensação? Tempo de contração x repetições Note que eu falei em tempo de contração e não repetições, prefiro usar este termo e livrar- nos desta prisão algébrica e da famigerada 3x10. Muitos autores atribuem a hipertrofia ao tempo em que o músculo permanece sob tensão e não somente a determinados algarismos. Segundo VERKHOSHANSKY (2000) "a chave para o tamanho muscular é levantar um peso de cerca de 80% do máximo por 8-12 repetições durante 40-60 segundos" (p.27). POLIQUIN por exemplo, refere-se há tempos entre 20 e 70 segundos como ideais para ganhos de massa muscular. Este autor propõe uma perspectiva de análise onde se leva em conta o tempo da fase excêntrica, da pausa e da fase concêntrica, por exemplo, realizar agachamento com 3 séries de 6 repetições com tempo 321, significa que você levaria 3 segundos para descer, pararia no "fundo" do agachamento durante 2 segundos e subiria em 1 segundo (o primeiro digito se refere à fase excêntrica o segundo a pausa e o terceiro a fase concêntrica). Esqueça a fórmula mágica, esqueça "o número ideal de repetições", esqueça o que você leu em revistas "especializadas" e esqueça as séries imutáveis. Para alcançar seus objetivos é imprescindível usar racionalmente todas as estratégias. Segundo boa parte dos verdadeiros especialistas tempos de contração próximos há 60 segundos, com repetições durando entre 4 e 6 segundos (tempos 301 a 402) seriam indicados para compor a maior parte da elaboração dos treinamentos de hipertrofia, porém esta metodologia não deve ser a única. Prender-se a números de repetições pode até prejudicar seu desenvolvimento. O segredo está em manipular todas as variáveis de acordo com o músculo, características individuais e o objetivo do treino. Deve-se organizar tudo adequadamente dentro de um planejamento em curto prazo, que deve estar devidamente estabelecido no planejamento de médio prazo, o qual por sua vez é componente do planejamento em longo prazo. A montagem e prescrição de séries são fatores muito complexos e o menor detalhe deve ser visto sempre como componente desta estrutura intrincada e potencialmente instável, o sucesso tem muito a ver com o conhecimento e manipulação destas variáveis, daí a importância de ter um bom profissional lhe acompanhando. •Freqüência de treino. A freqüência depende da divisão de rotina de treinamento. Para iniciantes 3 sessões semanais trabalhando o corpo inteiro geralmente são os mais indicados; sessão separada porum intervalo de 48 H parece ser adequada para uma boa recuperação. Sistemas de treinamento de 3 ou mais dias consecutivos, seguidos por 1 dia de descanso são característicos de fisiculturistas. No entanto, quando o número de sessões aumenta é necessário um planejamento mais detalhado para que haja a recuperação adequada, dividindo assim os músculos a serem trabalhados em dias diferentes. •Intervalo. No treinamento de força, diversos fatores são influenciados pela duração do intervalo de descanso entre as séries, como: recuperação das fontes de energia, concentrações sangüíneas de lactato, quantidade de trabalho realizado (carga x repetições) e capacidade neural. Séries com números elevados de repetições e curtos intervalos de descanso apresentam maior acúmulo de lactato. Com relação ao número de repetições, Abernethy & Wehr (1997) demonstraram que protocolos que utilizaram 15RM apresentam maiores concentrações de lactato no sangue quando comparado com 5RM. Resultados similares foram encontrados por Kraemer et al. (1990) ao comparar treinos de 10 e 5RM. Ao analisar os efeitos de diferentes intervalos entre as séries, Kraemer et al. (1990) verificaram que a realização de séries de 10RM com um minuto de intervalo promove um maior acúmulo de lactato em comparação a séries com três minuto. Deste modo, é possível inferir que a utilização de intervalos curtos (1 minuto) favoreça um maior acúmulo de metabólitos, o que pode ser benéfico para se promover ganhos de força e hipertrofia. Desta forma, pode-se sugerir intervalos curtos entre as séries com estímulos metabólicos, pode ser uma estratégia eficiente mesmo que sejam utilizadas cargas relativamente baixas (Takarada & Ishii, 2002). Por outro lado, ao considerarmos os fatores neurais, recomenda-se um maior intervalo de descanso entre as séries para haja uma melhor recuperação do sistema nervoso e energético, o que possibilitará ativar uma quantidade suficiente de unidades motoras capazes de suportar a mesma carga e realizar o mesmo trabalho na próxima série (Kraemer e Hakkinen, 2004). Neste caso, para minimizar a fadiga e aumentar a capacidade de desenvolver força, alguns autores sugerem intervalos de dois a quatro minutos (Woods et al., 2004), no entanto esta recomendação pode chegar a oito minutos em treinos específicos de atletas de força e potência muscular (Verkhoshansky, 1998). De fato é verificado que intervalos curtos de descanso dificultam, ou até mesmo impossibilitam que se realize o mesmo trabalho nas séries subseqüentes. Richmond & Godard (2004), verificaram que intervalos mais longos possibilitam que as séries seguintes sejam realizadas com maior número de repetições, contribuindo para um maior volume de trabalho. Kraemer (1997) verificou que três minutos de descanso entre as séries foi suficiente para que atletas de futebol americano completassem 10RM no Leg Press e no Supino com a mesma carga da série anterior, no entanto o mesmo não ocorreu com um minuto de intervalo. Por outro lado, ao avaliar homens moderadamente treinados Willardson & Burket (2005), concluíram que mesmo com cinco minutos de intervalo não foi possível realizar o mesmo trabalho em quatro séries de supino ou agachamento com carga de 8RM. Resumindo, treinos com características metabólicas são mais eficientes com intervalos curtos de descanso entre as séries, pois o objetivo é aumentar as concentrações de metabólitos. Já treinos com características tensionais o intervalo deve ser longo para se obter uma recuperação neural adequada (Gentil, 2005). Entretanto, é essencial que haja uma manipulação cuidadosa do intervalo de descanso para evitar um estresse inadequado e desnecessário. •Formas de controle de carga: - Aumentar a sobrecarga do exercício; - Aumentar as repetições; - Aumentar as séries; - Diminuir o intervalo entre as séries e os exercícios; - Diminuir a velocidade de execução; - Realizar os exercícios com grande amplitude articular; - Fazer exercícios para o mesmo grupo muscular; - Usar métodos de treinamento que utilizem pouco ou nenhum intervalo. •Tipos de respiração no treinamento de força. RML, FORÇA, FORÇA PURA ou POTÊNCIA. • Treino leve (resistência muscular) – Utilizar respiração continua, de forma livre, sem a preocupação de coordenar a respiração com os movimentos. • Treino moderado (treino de hipertrofia) – Utilizar a respiração que na fase concêntrica haja a expiração e na fase excêntrica a inspiração se chama foram passiva de respiração. Pode-se também fazer ou contrário na fase concêntrica inspira e na excêntrica expira que recebe o nome ativo. A sua escolha vai ficar de acordo com o seu objetivo. • Treino muito intenso (treino de força pura ou potência) – Esses normalmente usam a manobra de valsava, pois está permite um maior suporte para o alinhamento da coluna vertebral, entretanto é importante atentar que esta altera a hemodinâmica. Treinamento neuromuscular: Como iniciar uma sessão de treino: • Exercícios multiarticulares e monoarticulares; • Variabilidade; • Grandes grupos musculares e pequenos grupos musculares; • Número de exercícios por grupo muscular; • Montagem de programas e métodos de treinamento. Volume de exercício: Esta relacionada à quantidade de exercício realizado V= rep. x séries x peso Correlação entre percentual de força e número de repetições RM % FORÇA 01 100 02 93,1 04 84,5 06 77,1 08 69,5 10 61,4 12 52,3 14 44,3 16 37,7 18 31,7 20 27,7 Formas de treinamento: • Força pura ou máxima – deve-se trabalhar o mais próximo dos 100% de 85 para cima; as repetições devem ser inferiores a 6; o número de séries devem ser maior que 4; o intervalo entre as sessões entre 48 a 72 horas; intervalos entre as séries devem ser superior a 3 minutos; a velocidade de execução deve ser lenta nas duas fases de contração. • Hipertrofia – entre 67 a 85% da força máxima; a média de repetições fica entre 6 e 12; número de séries maior que 3; intervalo entre as sessões entre 48 a 72 horas em média; intervalo entre as séries deve ser menor que 1,5 minuto; a velocidade de execução deve ser lenta nas duas fases de contração. • Resistência – abaixo de 65% da força máxima; as repetições devem ser de 15 a 50; números de séries devem estar entre 2 a 3; o intervalo entre as sessões de 24 a 48 horas; intervalo entre as séries de 30 segundos a 2 minutos; a velocidade de execução deve ser moderada. • Potência muscular – deve-se trabalhar entre 30 a 90% vai depender da modalidade escolhida; as repetições geralmente são inferiores a 10; número de séries deve ser maior que 4; intervalo entre as sessões de 48 a 72 horas; intervalo entre as séries superior a 3 minutos; a velocidade de execução deve ser rápida. Métodos de treinamento: -nome Obj. Recomend. séries repetições peso Interv. Múltiplas séries H. todos 4 10 67 a 85% 1.30 Múltiplas séries FM todos 6 4 90 a 100 3 Pirâmide crescente H e FM todos 7 12,10,8 e 6,4,2,1 90 a 100 1.30 Pirâmide decrescente H e FM todos 7 1,2,4,6, e 8,10,12 90 a 100 1.30 Pir. Truncada cresc. H e FM todos 7 12,10,8,6 90 a 100 1.30 Pir. Truncada decres. H e FM todos 7 6,8,10,12 90 a 100 1.30 Bi - set H Inter. Avan 3 12 67 a 85% 1.30 * Tri - set H avançado 3 10 67 a 85% 2 min* Sup. série (mesmo g) H avançado 3 10 67 a 85% 2 min* // (agonista/antag.) H Inter. Avan 4 12 67 a 85% 1.30 * Treinamento em circ. R todos 2 15 a 30 40 a 60% = 15” Pré- exaustão H todos 4 12 67 a 85% 1.30 Exaustão R,H,F avançado 3 10 61,4% 30 a 3 Isométrico H e FM todos 2 ---------------------- 67 a 85% 2 min Excêntrico H e FM avançado 5 4 a 6 67 a 85% 3 Blitz H avançado 4 8, 10, 12 67 a 85% 2 Decrescente H avançado 6 6, exaustão 67 a 85% 2 Roubada H avançado 4 8 67 a 85% 2 e 3 Repetição forçada H e FM Inter.Avan 3 6 + 4 67 a 85% 2 e 3 superlento H avançado 2 5 (12 seg cada rep) 67 a 85% 2 min Ondulatório H e FM avançado 8 15,6,15,6 e = 67 a 85% 2 min 2.3.2 Tipos de exercícios. 1. DELTÓIDE: AÇÃO: - Feixe Anterior: flexão do braço, rotação medial - Feixe médio (acromial): abdução - Feixe posterior (espinhal): extensão, rotação lateral - como um todo: circundução 2. MANGUITO ROTADOR: - Músculos que auxiliam na estabilidade da articulação escapulo-umeral - Mantém o úmero na cavidade glenóide - Contribui nos movimentos da articulação - Sub-escapular, supra espinhal, infra-espinhal e redondo menor SUB-ESCAPULAR: - Rotação medial (interna) - Adução - Extensor do braço - Estabilizador articulação ombro SUPRA-ESPINHAL: - Abdução (posição anatômica) - Flexão do braço - Estabilizador INFRA-ESPINHAL: - Rotação lateral (como um todo) - Abdução horizontal anterior (remada, puxada) - Porção superior (abdução até 30° na posição anatômica) - Flexão até 30° REDONDO MENOR: - Rotação lateral - Adução - Extensão - estabilizador 3. SERRÁTIL ANTERIOR: - Protração: movimento para frente da escápula (movimento final do supino, final da braçada de natação ou cortada no vôlei) - Colabora na abdução com o elevador da escápula ALONGAMENTO: 4. TRAPÉZIO: Como um todo: elevação com retração Trapézio superior: - elevação - retração Trapézio médio: - retração (principal) - pequena colaboração na elevação Trapézio inferior: - depressão - pequena colaboração na retração EFEITO ARCO DE CORDA SOBRE A ESCÁPULA: - Para ajudar deverá alongar o Peitoral Menor O efeito arco de corda tem como objetivo corrigir a posição da escápula alada. 5 ROMBÓIDES: - RETRAÇÃO DA ESCÁPULA (como um todo) - Adução, Elevação (MENOR) e Rotação para baixo (MAIOR) da Escápula 6. LATÍSSIMO DO DORSO: - Rotação medial - Adutor - Extensão - Junto com redondo maior (músculos dos nadadores) - Braçada do craw: adução, rotação medial e extensão ALONGAMENTO: - DE JOELHOS - ELEVA O BRAÇO - ROTAÇÃO LATERAL BRAÇO - BRAÇO PARA FRENTE Inspiração: parte inferior, devido a Elevação das costelas. Expiração: parte superior 7. REDONDO MAIOR: - mesmas funções do latíssimo do dorso 7. PEITORAL MAIOR: COMO UM TODO: ROTAÇÃO MEDIAL Feixe Superior (CLAVICULAR): - Flexão e abdução, Pcp no Plano Sagital - (Supino 45) Feixe Médio (EXTERNO COSTAL): - Adução horizontal anterior e rotação medial - (supino reto) Feixe Inferior (ABDOMINAL): Adução e Extensão até Posição Anatômica Flexão partindo do braço bem estendido Supino 135 8 PEITORAL MENOR: - Fixador da Escápula - Auxilia no movimento de respiração 9. CORACOBRAQUIAL: Rotação Medial, partindo de posições extremas: Até posição natural Rotação Lateral, partindo de posições extremas: Até posição natural Adução do braço com rotação interna Flexão de braço Adução no plano horizontal anterior Flexão sobre o braço Supinação ( forçada ) sobre o antebraço Diferenças Braquial - Mais externo, maior vantagem mecânica Alavanca maior Contração rápida ( + fibras brancas ) Início do movimento Escápula Alada: ângulo inferior afastado para os lados. - Dar força de sustentação ao serrátil, rombóide maior e menor e trapézio - Alongar peitoral menor Escápula em protração: - Dar força de sustentação ao trapézio e rombóides - Alongar serrátil prioritariamente e o peitoral menor secundariamente Escápula com ângulo inferior proeminente na escápula: - Dar força de sustentação ao trapézio e rombóides - Alongar o peitoral menor prioritariamente e o serrátil secundariamente 10 TRÍCEPS BRAQUIAL: PRINCIPAL EXTENSOR Porção Longa : Extensão também do braço Porção Medial : Extensão de antebraço Porção Lateral: Extensão de antebraço 12. ANCÔNEO: EXTENSÃO DE ANTEBRAÇO Muito utilizado pelos tenistas COTOVELO: Articulações: - Rádio – Ulna (Rádio-ulnar) - Pronação e Supinação – Articulação pivô - Úmero – Rádio (Rádio-Umeral) - Pronação e Supinação / Flexão e Extensão – Articulação condilar - Úmero – Ulna (Úmero-Ulnar)- Flexão e Extensão – Articulação dobradiça Músculos: Obs: Os músculos que saem p/ o Pulso do Epicôndilo Medial do Úmero - Flexores Epicôndilo Lateral do Úmero- Extensores 13. BRAQUIAL: Flexão do antebraço sobre o braço Diferenças do Bíceps: Alavanca menor Contração lenta ( + fibras vermelhas ) Sucessão do movimento Sobrecarrega outros músculos flexores (maior dificuldade no movimento) VARIÁVEIS QUE FACILITAM A ROSCA DIRETA EM SUPINAÇÃO: - Músculos flexores do punho (a quantidade é maior que dos extensores) economizam a cadeia cinética dos músculos flexores do cotovelo - Vantagem mecânica do Bíceps (momento de força) – não sobrecarrega os demais músculos - O pronador redondo em pronação auxilia menos na flexão do antebraço 14. BRAQUIORADIAL: - Flexão do antebraço sobre o braço - Auxilia na Supinação 15. PRONADOR REDONDO: - Pronação (entra depois) - Flexão de antebraço - Antagonista do braquioradial 16. PRONADOR QUADRADO: - Pronação (início do movimento) - Exercício sem resistência: só ele trabalha PULSO Movimentos: - Flexão Dorsal ou Extensão - Flexão Palmar ou Flexão - Flexão Ulnar ou Adução - Flexão Radial ou Abdução Músculos: Obs: Os que saem do Epicôndilo Medial do Úmero >Flexão Palmar Lateral do Úmero >Extensão - Flexores - Radial do Carpo - Flexão, Abdução (Flexão Radial) Ulnar do Carpo - Flexão, Adução (Flexão Ulnar) Palmar Longo - Flexão - Extensores - Radial do Carpo - Extensão, Abdução Ulnar do Carpo - Extensão, Adução INFLAMAÇÕES RELACIONADAS AOS ESPORTES Epicondilite Medial : inflamação do epicôndilo medial, devido a tensão na origem dos músculos flexoresnessa área - maneira que o golfista bate na bola > Flexores Epicondilite Lateral: inflamação do epicôndilo lateral, devido à tensão na origem dos músculos extensores nessa área. - quando o tenista bate de backhand > Extensores Solução: - Alongamento Muscular (flexores e extensores) - Gelo local após treino muito forte ou está voltando à atividade (preventivo) - Variar peso taco / raquete (1ª preocupação – verificar o peso do material que está sendo utilizado) - Variar espessura da empunhadura (avaliar o diâmetro da empunhadura mais confortável) - Utilizar mecanismos de absorção de impactos / vibrações - Trabalho progressivo de força (preventivo) - Gestual bem adaptado (técnica aferida) - Bracer (tensor para cotovelo): muda o ponto de tensão PELVE, QUADRIL, ARTICULAÇÃO COXO-FEMURAL Definições: - Quadril - Existe um direito e um esquerdo, portanto a pessoa possui dois quadris - Segmento Sacro-Coccígeno - Junção das últimas vértebras - Cintura Pélvica - Conjunto dos dois quadris - Pelve - Cintura Pélvica + Segmento Sacro-Coccígeno Movimentos da Pelve (dinâmico): - Báscula Anterior - Mov em torno do Eixo Latero-Lateral Apoiada nos Fêmures Espinha-Ilíaca-Antero-Superior desloca-se p/ frente e p/ baixo - Báscula Posterior - Espinha-Ilíaca-Antero-Superior desloca-se p/ trás e p/ cima - Báscula Lateral Direita – Mov. da Pelve em torno do Eixo Antero-Posterior Pelve Direita desce - Báscula Lateral Esquerda - Pelve Esquerda desce - Rotação Lateral Direita - Em torno do Eixo Vertical Para a direita - Rotação Lateral Esquerda- Para a esquerda Posições da Cintura Pélvica (padrões posturais): - Anteversão - Posição normal ( natural ) – inclinada para frente - gerada pela pelve em báscula anterior - Anteversão Acentuada - Espinha Ilíaca Postero Superior > elevada - Espinha Ilíaca Antero Superior > abaixada - Retroversão - Posição contrária a anteversão acentuada (inclinada para trás) - Costa Plana - Posição neutra, porém não é natural - Antepulsão - Eixo do Ilíaco (de Rotação ) à frente do Centro de Gravidade (pelve impulsionada a frente) - Retropulsão - À retaguarda do CG (pelve impulsionada a frente ) - Latero pulsão: direita/ esquerda ARTICULAÇÃO COXO FEMURAL Ligamentos: - Ílio Femural - Mantém a articulação - Limita - Extensão da Coxa Rotação Lateral - Pubo Femural - Limita - Rotação Lateral Abdução - Ísquio Femural – Limita - Extensão - Redondo ou da Cabeça do Fêmur - Limita a distensão dos vasos sanguíneos que irrigam a cabeça do Fêmur. Importância clínica > acompanhar luxações no Quadril. Não tem muita função estabilizadora. FÊMUR Recursos para Dissipar Forças e Aumentar sua Resistência: Variáveis que aumentam a capacidade de resistência do fêmur: - Biomecânicos > Ângulo de Descarga ou Diafisário ou de inclinação - Dissipar força +- 125 Graus > Ângulo de Torção- Dissipar força +- 15 Graus > Convexidade Anterior - Dissipar força > Arquitetura Trabecular do osso esponjoso - Absorve as forças pela organização das células ósseas. Passível de treinamento através de impactos (saltos), importante para evitar osteoporose e fratura por Stress. Organização Longitudinal das Células. - Estrutural > Linha Áspera ou Rugosa do Fêmur (acúmulo maior de tecido ósseo)-Reforça estrutura óssea 17. GLÚTEO MÉDIO E MÍNIMO: Como um todo: Abdução da Coxa Fixador da Pelve na marcha Feixe Anterior: Flexão da Coxa Rotação Medial Feixe Médio: Abdução da Coxa Feixe Posterior: Extensão da Coxa Rotação Lateral Sintomas de Problemas – Marcha Claudicante (mancar), arrasta o membro do lado oposto ao lado lesionado. 18. GLÚTEO MÁXIMO: Como um todo: Extensão da Coxa (mais potente) Rotação Lateral Báscula Posterior da Pelve Feixe Inferior: Adução contra resistência Feixe Superior: Abdução Solicitação Máxima: Extensão Coxa de 45 Graus para cima Encurtar os Posteriores da Coxa Exercícios: Corrida Longa > Diminui gordura sobre Corrida Curta > Hipertrofia e enrijecimento Lesão: repercute na subida de escada 19. ROTATOR LATERAL DA COXA: Cj dos Músculos: Piriforme Gêmeo Superior e Inferior Obturatório Externo e Interno Quadrado da Coxa (Quad Femural) 20. BÍCEPS FEMURAL: Cabeça Longa: Coxa - Extensão (eixo látero-lateral) - Rotação Lateral (eixo vertical) - Abdução (ligeiro) Pelve - Báscula Posterior JOELHO - Duas cabeças: Perna - Flexão e Rotação Lateral TENSOR DA FÁSCIA LATA: Coxa: -Flexão (pcp função) -Rotação Medial -Abdução Pelve: -Báscula Anterior -Fixa a Pelve, na marcha -Tensiona a Fáscia Lata (potencializa ação dos músculos da coxa). Dá mais Firmeza e coesão Joelho : Estabiliza a articulação do joelho (através do Trato Ílio-Tibial) ALONGAMENTOS: 22. QUADRÍCEPS: Reto-Femural: Porção Bi-Articular do Quadríceps Coxa - Flexão Pelve - Báscula Anterior Perna - Extensão (todo o quadríceps) Quadríceps (Mais potente extensor de perna) (Músculo do chute) Reto-Femural Vasto Intermédio Vasto Lateral Vasto Medial: bem mais forte, pois sua porção distal tem os feixes mais oblíquos, visando segurar a Patela quando da extensão da perna, já que os outros 03 músculos tendem a puxa-la lateralmente (Interpressão Patelar Lateral). Um trabalho nos últimos 10 Graus da extensão, pcp excêntrico é o mais adequado Obs: Osteoporose densidade óssea se forma, cerca de 80%, entre os 15 e 16 anos. Daí é reforçada a importância de atividades físicas até esta idade e boa alimentação. Os 20% restantes encerram nos 30, 32 anos. Vantagem – quando a pessoa chegar na fase de desmineralização óssea (osteoporose), tendo sido armazenada muita substância óssea, não sentirá tanto os efeitos desta debilidade, que normalmente é agravada pelo sedentarismo, fumo, refrigerantes, café, álcool) Quando a reposição de cálcio necessário (importante para a contração muscular) é insuficiente, este é retirado dos ossos ocasionando debilidade precoce. Os homens têm densidade óssea maior que as mulheres, em função de características genéticas, e os negros maior que os brancos. MENISCOS ARTICULARES Função: - Aumenta Superfície Articular de contato - Proporciona Congruência Articular (Completamento, de forma a firmar) – maior encaixe - Aumenta a estabilidade - Absorve forças - Diminui o impacto, protegendo as superfícies articulares - Proporciona melhor distribuição do Líquido Sinovial e Potencializa sua função - Manter o Alinhamento Fisiológico Articular (linha articular) - Evitar o pinçamento da Cápsula Articular - Melhora a qualidade do movimento Obs: Funções do Líquido Sinovial - Nutrir (aminoácidos) extremidades intra- articulares Lubrificar a articulação Absorver forças sobre as extremidades intra- articular Componentes para cada menisco: - O2 cornos (anterior e posterior) - Pontas dos meniscos - 02 Ligamentos Internos (anterior e posterior) - Ligam cornos aos ossos - 02 Ligamentos Transversos(anterior e posterior) - Ligam os cornos dos 02 meniscos - 01 Ligamento Externo - Ligam menisco ao Ligamento Colateral Estruturas Limitantes (desejáveis) / Bloqueadoras (indesejáveis) dos Mvt do Joelho: - Flexão - Tendão Patelar e Quadríceps Cápsula Articular Anterior Ligamento Cruzado Anterior Musculatura Posterior (volume muscular) de coxa e perna (contato dos músculos posteriores da coxa e perna) Meniscos Articulares (nos movimentos fortes) - Extensão - Cápsula Articular Posterior (Ligamentos Oblíteo e Arqueado) Ligamento Cruzado Posterior Ligamento Colateral Fibular Musculatura Posterior da Coxa e Perna Ligamento Colateral Tibial (Feixes Posteriores) - Rotação Medial - Ligamento Colateral Tibial (Feixes Anteriores) Cápsula Articular (toda) Ligamento Cruzado Anterior Ligamento Cruzado Posterior (aumenta a tensão do Anterior) – devido ao fenômeno do entrelaçamento dos 2 ligamentos cruzados Estruturas Laterais do Joelho (musculatura) - Rotação Lateral - Ligamento Colateral Fibular Cápsula Articular (toda) Ligamento Cruzado Posterior Ligamento Colateral Tibial (Feixes Posteriores) Músculos mediais do joelho ( Pata de Ganso + Gastrocnêmios) Obs: As rotações do joelho só acontecem quando o mesmo está flexionado, a rotação lateral é cerca de 4 vezes maior que a medial porque na rotação medial há o entrelaçamento dos ligamentos cruzados posterior e anterior. Ligamentos: - cruzado posterior: ajuda bloquear a abdução e a rotação lateral (maior amplitude de movimento, pois não existe o entrelaçamento dos ligamentos cruzados - cruzado anterior: ajuda bloquear a adução e a rotação medial (menor amplitude devido ao entrelaçamento) • PRINCIPAL FUNÇÃO DOS LIGAMENTOS CRUZADOS: impedir o movimento de gaveta de sizalhamento. • Na descida o cruzado posterior é o mais prejudicado OBS: Quais são os 3 músculos fixadores da pelve na marcha? - Glúteo médio - Glúteo mínimo - Tensor da fáscia lata Qual a condição sinequanom para se ter rotação lateral e medial da perna? - A perna deve estar flexionada (não necessariamente 90º) - Maior amplitude de movimento: 90º de flexão 23. TRÍCEPS SURAL: Gastrocnêmios (2 cabeças cruzam o joelho) + Solear, não cruza o joelho Perna - Flexão (Só os Gastrocnêmios) Pé - Flexão Plantar (Mais potente flexor plantar) (músculo dos saltadores) ALONGAMENTO: DORSO FLEXÃO: - com joelho estendido: alonga o gastrocnêmio - com joelho flexionado: alonga o sóleo 24. FLEXÃO PLANTAR: - Tibial Posterior - Flexão Plantar - Inversão - Flexor Longo do Hálux - Flexão Plantar - Eversão - Flexão do Hálux - Mais importante flexor plantar para os saltadores, pois é o último músculo a agir em contato com o solo. Lesão: interfere na manutenção do equilíbrio quando desequilibramos para frente (meia ponta) - Flexor Longo dos Dedos: - Flexão Plantar - Inversão - Flexão do 2 ao 5 dedo 24. PSOAS ILÍACO: -Flexão da coxa (maior responsável) AÇÃO PARADOXAL DO PSOAS ILÍACO: Definição - Capacidade do músculo Flexionar (componente anterior) e Extender (componente longitudinal), simultaneamente a Coluna Lombar. Ação de Chicote, indesejável e nociva. - Pode acontecer em diversos exercícios Causas: - Flexão - Componente Anterior - Extender - Componente Longitudinal (vertical) Variáveis Facilitadoras da Ação Paradoxal: - Posição Corporal - Flexão abdominal c/ Apoio do Tronco Flexão abdominal c/ Apoio da Coxa Flexão da Coxa c/ Corpo em Suspensão - Peso do Tronco (momento de resistência a ser vencido) - Componentes Anterior e Longitudinal do Psoas Ilíaco - Debilidade da Musculatura Antero-Lateral do Abdome - Deficiência na Consciência Corporal - Encurtamento Estrutura Muscular/Ligamentar–Região Sacro-Lombar/Anterior do quadril (posição de anteversão da pelve) - Velocidade de execução - Estágio de treinamento Como Evitar a Ação Paradoxal (Minimizar): - Flexão de Coxa - diminui a lordose - Apoio dos Braços na Flexão do Tronco - Idem COLUNA VERTEBRAL Definição - Eixos ósseos, rígidos e flexíveis, formados pela sobreposição de ossos, chamados vértebras (33,34). - Cervicais 7 Torácicas 12 Lombares 5 Sacrais 5 Coccígenas 4 ou 3 Recursos Biomecânicos da Coluna para suportar peso: - Curvaturas - Vértebras c/ corpos vertebrais maiores nas regiões mais inferiores Curvaturas: - Índice de Resistência > R = N 2 + 1 > Normal > R = 17 - Classificação - De acordo com posição da curvatura Referência – Convexidade Posterior, na Fase Intrauterina 2 Primárias - Torácicas e Sacral-Coccígena 2 Secundárias - Cervical e Lombar Vértebras c/ Corpos Vertebrais Crescentes: - Quanto mais inferior maior o Corpo, suportando maiores pressões. ARTICULAÇÕES ENTRE AS VÉRTEBRAS Disco Vertebral: - Núcleo Pulposo - Anel Fibroso Articulações Intervertebrais: - Unidade Cinética - Denominação funcional do Cj das 3 Articulações entre as Vértebras - Articulações - 1 Entre os Corpos Vertebrais Intersomática 2 Entre as Apófises Interapofisária Finalidades dos Discos Intervertebrais: - Separadores Fisiológicos - União entre Corpos Vertebrais (Estabilizadores) - Influir na Amplitude do Movimento (Quanto mais alto – maior a amplitude) - Amortecedor de Impactos - Núcleo Pulposo é o Centro de Movimentação (Centro Cinético) 2.2.2 Precauções e contra-indicação. • Precauções: 1) Precauções Cardiovasculares A manobra da valsalva é vista mais comumente quando o paciente esta executando um exercício isométrico ou de alta resistência. Pacientes com historia de doenças cardiovasculares devem ser observados de perto e podem precisar evitar exercícios isométricos ou exercícios com resistência pesada. 2) Sobrecarga mecânica Quando um exercício é realizado com um peso muito acima do que o paciente consiga realizar o movimento com coordenação, faz com que este paciente gaste muito mais energia, compensando com outras estruturas, aumentando assim a chance de provocar uma nova lesão. 3) Fadiga Fadiga é um fenômeno complexo que afeta o desempenho funcional e precisa ser considerado em um programa de exercícios terapêutico. ➢ A fadiga muscular local é a diminuição da resposta de um músculo a um estimulo repetido. Isto é uma resposta fisiológica normal do músculo e é caracterizada por uma diminuição na amplitude de potenciais da unidade motora. A fadiga pode ocorrer durante contrações musculares tanto dinâmicas como estáticas e toda vez que um exercício de alta intensidade ou de baixa intensidade é executado em um determinado período de tempo. Esse processo pode levar a uma sensação desconfortável dentro do músculo ou até dor ou espasmo. Quando fatigado, a resposta do músculo pode ser mais lenta ou a amplitude do movimento desempenhado por ele, menor. ➢ A fadiga Geral (corporal total) é a diminuição da resposta de uma pessoa durante uma atividade física prolongada, tal como andar ou correr. Esta fadiga se da em exercícios muito prolongados mais relativamente de baixa intensidade é provavelmente devido: diminuição dos níveis de açúcar (glicose) no sangue; uma diminuição das reservas de glicogênio no músculo e fígado; uma depleção de potássio, especialmente no paciente idoso. Por isso, pode-se considerar esta fadiga como importante na prescrição dos programas de resistência a fadiga e condicionamentocardiorepiratório. ➢ A fadiga associada a doenças clinica especificas pode ocorrer mais rapidamente ou em intervalos previsíveis em certas doenças associadas com disfunções neuromotoras ou cardiopulmonares; na esclerose múltipla o paciente normalmente acorda descansado e funcionalmente bem de manhã. No meio da tarde o paciente alcança um pico de fadiga e torna-se evidentemente fraco. No inicio da noite a fadiga diminuem e a força melhora. Pacientes com doenças cardíacas, disfunções vasculares periféricas e doenças pulmonares tem déficits que comprometem o sistema de transporte de oxigênio. Esses pacientes cansam-se mais rapidamente e requerem um período mais longo de tempo de recuperação de fadiga. 4) Recuperação da fadiga É preciso colocar em cada programa de exercício resistido um temo adequado para a recuperação da fadiga. Após o exercício vigoroso, o corpo precisa ter um período de tempo para recuperar o estado que existia antes do exercício exaustivo. 5) Exaustão ➢ Os programas de exercícios resistidos para pacientes com certas doenças neuromusculares precisam de uma progressão muito cuidadosa para evitar a exaustão ➢ Exaustão é um fenômeno que realmente causa deterioração passageira ou permanente da força como resultado do exercício. ➢ Uma deteriorização progressiva de força devido à exaustão tem sido observada clinicamente em pacientes com doenças não progressivas do neurônio motor inferior que participam de programas vigorosos de exercícios resistidos ➢ Programas de exercícios resistidos iniciados precocemente após lesão nervosa periférica, o retorno da força muscular funcional era retardado. Foi sugerido que isto poderia ser devido a uma decomposição excessiva de proteínas no músculo desenervado. ➢ A exaustão pode ser evitada se a intensidade, duração e progressão dos exercícios forem conservadas. ➢ A reavaliação periódica da força do paciente irá ajudar o terapeuta a determinar se a força do paciente esta aumentando como resultado do programa de exercícios resistidos. 6) Movimentos substitutivos (compensações) Quando os músculos estão fracos devido à fadiga, paralisia ou dor, o paciente tentará realizar os movimentos desejados que esses músculos fracos normalmente realizariam, do meio que for possível. Por exemplo, se o músculo deltóide ou supra- espinhal estão fracos ou a abdução do braço é dolorosa, o paciente irá elevar sua escápula (levanta o ombro) e fletir lateralmente o tronco para o lado oposto. Pode parecer que o paciente está abduzindo o braço, mais na verdade não esta. 7) Osteoporose A osteoporose é uma condição que leva a perda de massa óssea. Esta mudança torna o osso suscetível a fraturas patológicas. • Contra - indicações: ➢ Inflamação Exercícios resistidos não são indicados quando um músculo ou articulação está inflamado ou edemaciado. O uso de resistência pode levar a um aumento do edema e mais lesão no músculo e articulações. ➢ Dor Se o paciente sente dor articular ou muscular grave durante o exercício resistido ou por mais de 24 horas após o exercício, a resistência deve ser inteiramente eliminada ou substancialmente diminuída. Uma avaliação cuidadosa da causa da dor deve ser feita pelo terapeuta. Resistência manual (aula prática). Exercício com resistência manual e uma forma de exercício resistido ativo na qual a força de resistência e aplicada pelo terapeuta contra uma contração muscular dinâmica ou estática. Quando o movimento articular e permitido, a resistência e aplicada ao longo da amplitude de movimento à medida que o músculo se encurta. A resistência controlada pode também ser aplicada para levar a uma contração com alongamento do músculo. O exercício e executado nos planos anatômicos de movimento ou nos padrões diagonais na facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNF). Um músculo especifica pode também ser fortalecido aplicando se a resistência maneira descrita nos procedimentos para teste muscular manual.
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