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humanidade e reflexções

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Humanidades Reflexões 
Contemporâneas
Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História
Responsável pelo Conteúdo:
 Prof.ª Dr.ª Ana Barbara Aparecida Pederiva
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Seres Humanos: Sociedades, 
Culturas e História
 
• Conhecer o desenvolvimento das sociedades e culturas ao longo da História;
• Conhecer, resumidamente, as principais características dos homens e das sociedades – da Anti-
guidade até a Contemporaneidade.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História.
UNIDADE Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História
Contextualização
Analise a seguinte charge. Disponível em: https://bit.ly/35sKRPW
Por que será que em diferentes períodos históricos e, infelizmente, até a atualidade, o ser 
humano possui dificuldade em compreender e respeitar o outro, diferente de si?
Nesta Unidade compreenderemos a importância da Antropologia na análise das 
diferentes sociedades e culturas, para que possamos contribuir com a mudança desta 
mentalidade preconceituosa e incentivar o respeito às diversidades. 
Bom estudo!
8
9
Seres Humanos: Sociedades, 
Culturas e História
 Várias são as áreas da Ciência que estudam os seres humanos, mas, especificamente 
nesta Disciplina, verificaremos como as Ciências Sociais, com destaque para a Antropo-
logia, compreende o ser humano.
A Antropologia dedica-se a estudar de forma ampla (com vertentes e métodos espe-
cíficos) o ser humano, por suas características culturais, físicas, biológicas, sua formação, 
culturas, raízes, origens etc., através de grupos sociais específicos. Articula-se com outras 
áreas do conhecimento, tais como a História, Geografia, Sociologia, Filosofia, entre outras.
Nessa perspectiva, compreende o ser humano como “ser cultural”, “fazedor” de cul-
tura e, com isto, analisa as culturas humanas no espaço e tempo para compreender as 
suas diferenças e semelhanças. Compreende que o comportamento cultural humano é 
aprendido socialmente. 
A produção erudita, em sua face científica e/ou artística, vem despertando 
cada vez mais a atenção dos antropólogos, dentro e fora do Brasil. A antro-
pologia das chamadas “sociedades complexas” nos últimos anos arrisca 
enfrentar as sociedades ocidentais, não apenas a partir de seus aspectos 
“marginais”, “alternativos”, “domésticos” ou “privados” (como o xamanismo 
urbano, as curas alternativas, os grupos minoritários, a família, a cultura 
popular, as novas formas de religiosidade etc.), mas também de seus nú-
cleos “centrais”: a ciência, a universidade, a produção cultural e artística, 
o Estado, os partidos políticos, a Igreja Católica etc. [...] Claro está que 
tal empreitada analítica impõe um diálogo estreito e fecundo com outros 
campos do conhecimento – a sociologia, a história, a filosofia, a crítica 
literária, entre outros –, o que não significa a desconsideração da es-
pecificidade e vitalidade da perspectiva antropológica (etnográfica, diria 
Latour) nas análises realizadas nesses novos domínios. 
Fonte: https://bit.ly/3wzNYBq 
Etnografia : é um método de trabalho da Antropologia que, através da observação e des-
crição detalhada – realizadas em trabalhos de campo –, analisa e compreende os seres 
humanos em seu cotidiano. 
Etnografia é também conhecida como: observação participante, pesquisa interpretativa, 
pesquisa hermenêutica, dentre outras. Compreende o estudo, pela observação direta e 
por um período, das formas costumeiras de viver de um grupo particular de pessoas: um 
grupo de pessoas associadas de alguma maneira, uma unidade social representativa para 
estudo, seja ela formada por poucos ou muitos elementos, por exemplo: uma escola toda 
ou um grupo de estudo em uma determinada sala de aula. A etnografia estuda preponde-
rantemente os padrões mais previsíveis das percepções e comportamento manifestos em 
sua rotina diária dos sujeitos estudados. Estuda ainda os fatos e eventos menos previsíveis 
ou manifestados particularmente em determinado contexto interativo entre as pessoas ou 
grupos. Em etnografia, holisticamente, observa-se os modos como esses grupos sociais ou 
pessoas conduzem suas vidas com o objetivo de revelar o significado cotidiano, nos quais as 
pessoas agem. O objetivo é documentar, monitorar, encontrar o significado da ação. 
Fonte: https://bit.ly/3q4xPSn
Como a Antropologia estuda as culturas humanas no espaço e tempo, a sua rela-
ção com a História é permanente. As definições para a História são muitas e distintas, 
9
UNIDADE Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História
mas as mais utilizadas são as que entendem que a História é uma ciência que estuda os 
homens e as suas ações no tempo e, ainda, definem-nas como o estudo das transforma-
ções e permanências nas sociedades ao longo do tempo. 
Tamanha é a riqueza das experiências e das interpretações do tempo através 
do curso da história que se acaba sucumbindo à impressão de que qualquer 
intento de lhe atribuir uma definição que se pretendesse exaustiva revelar-
-se-ia precária e antecipadamente anacrônica. São raros os conceitos que 
podem ostentar uma prodigalidade tão grande de abordagens, todas como 
que a mostrar a inesgotabilidade do tema. (BORNHEIM, 1992, p. 103)
Os pesquisadores no século XIX definiram uma periodização cronológica, onde os pe-
ríodos históricos são os seguintes: Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moder-
na e Idade Contemporânea. Tal divisão foi realizada pelos considerados “acontecimentos 
marcantes”. Mesmo com as várias críticas que ainda são realizadas, essa periodização 
acontece ainda atualmente. Portanto, partiremos dessa cronologia para compreendermos 
os seres humanos, as sociedades e culturas ao longo da História. 
Para saber mais sobre a periodização da História e as suas críticas. 
Disponível em: https://bit.ly/2SxD7cK
Os primeiros ancestrais do homem surgiram aproximadamente há cerca de 4 milhões 
de anos. Os australopitecos eram diferentes dos demais primatas, pois tinham uma postu-
ra ereta, locomoção bípede e uma arcada mais próxima da atual espécie humana. Habi-
taram várias regiões da África e Ásia. Com o processo evolutivo surgiu o chamado Homo 
Sapiens, uma espécie da qual descenderia o Homo Neanderthalensis, que viveu entre 
230 e 30 mil anos atrás. O Neanderthalensis produzia utensílios, armas e realizava rituais 
funerários simples. Já o Homo Sapiens surgiu há cerca de 150 mil anos e já dominava o 
fogo, tendo desenvolvido a linguagem, além de construir diversos instrumentos necessá-
rios para a sobrevivência.
A partir daí formaram-se organizações sociais consideradas mais completas, colocando 
fim ao chamado Período Paleolítico, que terminou em 8000 antes de Cristo (a.C.), dando 
início ao Período Neolítico (8000-5000 a.C.) e a Idade dos Metais, que foi de 5000 a.C. 
até o surgimento da escrita, encerrando a chamada Pré-História.
Australopitecos Homohabilis
Homo
erectus
Homo
sapiens sapiens
Homem
Neandertal
Figura 1
Fonte: Adaptada de Getty Images
10
11
O termo Pré-História foi criado em 1851 e utilizado para se referir ao período da vida hu-
mana que antecede a invenção da escrita. O período pré-histórico durou aproximadamente 
5 milhões de anos. Ele tem início com os primeiros registros históricos e se estende até 
aproximadamente 4000 a.C. Existem estudiosos que não usam o termo Pré-História. Eles 
optam por denominar essa época de história dos povos pré-letrados ou povos ágrafos. 
Devido à ausência de documentos desse período, tudo o que se sabe sobre Pré-História é 
fruto de estudos multidisciplinares das áreas de antropologia, arqueologia e paleontologia. 
Arqueólogos, antropólogos, paleontólogos e geneticistas utilizam fósseis e objetos encon-
trados para realizar estudos a fim de traçar a cultura, os costumes e os credos de humanos 
que viveram na terra nessa época. Com base nas evidências deixadas nas cavernas, como 
as pinturas rupestres, vestígios de utensílios e ferramentas, os pesquisadores chegaram à 
conclusão de quealgumas habilidades humanas foram desenvolvidas durante o período 
pré-histórico. Existe uma divisão da era pré-histórica que classifica os períodos em: Paleolí-
tico ou Período da Pedra Lascada, Neolítico ou Período da Pedra Polida e Idade dos Metais. 
 Saiba mais sobre, disponível em: https://bit.ly/3gE3C8c
A Idade Antiga se iniciou em 4000 a.C., com o surgimento da escrita e seu fim foi 
definido com o declínio do Império Romano do Ocidente, em 476 depois de Cristo (d.C.). 
Entre as diversas civilizações da Antiguidade destacaremos neste breve resumo a mesopo-
tâmica, egípcia, grega e romana. 
A Mesopotâmia, palavra derivada do grego que significa terra entre rios, é uma 
região localizada no Oriente Médio, entre os rios Tigre e Eufrates, que abrange grande 
parte do atual Iraque, parte do Irã, Jordânia, Kuwait, Líbano, Síria e Turquia. Na região, 
os rios, por nascerem nas áreas montanhosas do Norte mesopotâmico com destino às 
planícies, depositam grandes quantidades de aluviões, limo misturado com cal, tornando 
as terras bastante férteis para a agricultura e criação de animais domésticos. Eridu, con-
siderada a primeira cidade da história, foi fundada na região por volta de 5400 a.C. e 
deu início a uma confederação de Cidades-Estados independentes chamada de Suméria. 
Os avanços civilizatórios promovidos pelos sumérios não se limitam à agricultura, 
organização sociopolítica e ao belicismo, mas lançam também os primeiros passos 
da escrita, ciência e do direito. Muitos pesquisadores atribuem aos sumérios várias 
invenções, tais como o molde de tijolo, a roda de oleiro, de carroça, o arado, veleiro, 
arco, cofre, a cúpula e fundição em cobre e bronze. Atribui-se também aos sumérios as 
primeiras religiões. O governo das Cidades-Estados sumerianas era teocrático, ou seja, 
o rei considerado governador supremo era representante da vontade divina. Atribui-se 
a esses povos o primeiro idioma escrito, assim como a escrita cuneiforme.
Os acádios conquistaram a Suméria por volta de 2270 a.C. Com relação à civilização 
babilônica, podemos resumir da seguinte forma: o primeiro reino babilônico (1894-1595 
a.C.) teve o seu apogeu com o reinado de Hamurabi (1798-1750 a.C.) e o período ne-
obabilônico (605-539 a.C.) teve o seu momento de prosperidade durante o reinado de 
Nabucodonosor II (605-562 a.C.). Os babilônios deixaram um vasto e importante legado 
de artefatos artísticos e arquitetônicos. Os amoritas, povos semitas que ocuparam o Sul 
mesopotâmico, estabeleceram-se na Cidade de Babilônia, ao Sul da atual Bagdá. Naque-
le contexto, a cidade de Babilônia foi assumindo o posto de centro cultural e econômico 
e foi lá criado o Código de Hamurabi (PAZ; PEREIRA, 2016).
11
UNIDADE Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História
O Código de Hamurabi foi o primeiro código de leis da história e vigorou 
na Mesopotâmia, quando Hamurabi governou o primeiro império babi-
lônico, entre 1792 e 1750 a.C. Esse código se baseava na Lei do Talião, 
que punia um criminoso de forma semelhante ao crime cometido, ou 
seja, “olho por olho, dente por dente”. O Código de Hamurabi era consti-
tuído por 281 preceitos gravados em uma pedra negra e cilíndrica de dio-
rito. Atualmente, essa pedra está exposta no Museu do Louvre, em Paris 
(França) [...]. Os amoritas foram um dos povos que habitaram a região e 
instalaram um império. De 2000 a 1750 a.C., os amoritas construíram 
o primeiro império babilônico. A cidade de Babilônia se tornou a mais 
importante e o centro do poder amorita na Mesopotâmia. As leis eram 
transmitidas de geração para geração, de forma oral. Com o domínio dos 
amoritas e a diversidade de povos que atravessavam a Mesopotâmia, era 
necessário a criação de um código de leis que ordenassem as relações 
sociais no império babilônico. O Código de Hamurabi foi criado para aten-
der essa necessidade. O rei Hamurabi começou a escrevê-lo em 1772 a.C., 
em uma pedra, por meio da escrita cuneiforme [...]. 
Fonte: https://bit.ly/3gDXGMr
Figura 2 – Código de Hamurabi 
Fonte: Wikimedia Commons
A civilização egípcia se iniciou em 3200 a.C., no Vale do Rio Nilo, quando os reinos 
do Baixo Egito e Alto Egito (o Nilo dividia o Egito em Baixo Egito, ao Norte; e Alto Egi-
to, ao Sul.) foram unificados pelo faraó Menés (fundador da primeira dinastia egípcia). 
12
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As principais características da civilização egípcia foram o politeísmo, governo teocrá-
tico, a criação da escrita (demótica e hieroglífica), do alfabeto e papel. O Egito Antigo 
era dividido em nomos (regiões administrativas), de modo que havia trabalho escravo e 
trabalho compulsório (convocação feita pelo faraó para a construção de obras públicas). 
Figura 3 
Fonte: Wikimedia Commons
A Grande Esfinge com a Pirâmide de Miquerinos ao fundo, parte da Necrópole de Gizé, 
erguida durante o Império Antigo. Estes são alguns dos monumentos mais emblemá-
ticos do Antigo Egito.
A civilização grega era organizada em Cidades-Estados, chamadas de poles (plural 
de pólis) e o conjunto dessas cidades formava a Hélade. As duas pólis mais importan-
tes da Grécia Antiga foram Esparta e Atenas que, por suas rivalidades, deram origem à 
Guerra de Peloponeso.
Os gregos ficaram conhecidos pelas suas contribuições à humanidade, tais como 
o desenvolvimento da filosofia (Sócrates, Platão e Aristóteles), pelo teatro (Eurípedes, 
Sófocles e Aristófanes), entre outras manifestações.
Figura 4 – O Partenon, templo dedicado a Palas Atena, na Acrópolis de Atenas
Fonte: Wikimedia Commons
13
UNIDADE Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História
A civilização romana ocorreu com a união dos povos gregos, etruscos e italiotas 
que habitaram a Península Itálica. Podemos destacar na civilização romana a literatura 
(filosófica, jurídica e política). A civilização romana em sua fase inicial baseava-se na 
agricultura, contudo, em função das dificuldades que esta apresentava por causa do 
solo pouco favorável, aos poucos o comércio passou a ser o setor mais dinâmico. 
Ligada a isso estava a política imperialista que tornou o Mar Mediterrâneo um lago 
romano. Assim, as grandes conquistas territoriais e o consequente afluxo de riquezas 
provocaram profundas alterações, cheias de consequências, na sociedade e na econo-
mia. Como consequências podemos destacar as invasões de outros povos considerados 
“bárbaros”, o enfraquecimento da camada de pequenos e médios proprietários rurais 
e a concentração de terras nas mãos de poucos indivíduos, não havia condições eco-
nômicas e sociais para prosseguirem as conquistas, o sistema escravista e imperialista 
não podia mais se autorreproduzir. Era a crise. Como aquela era uma sociedade urbana, 
naturalmente a crise se manifestava mais claramente nas cidades. Assim, os mais ricos 
se retiraram para as suas grandes sociedades rurais (villae). A questão da mão de obra 
rural foi solucionada por um regime de tripla origem, nascendo o colonato.
A terra passou a ser dividida em duas partes: a reserva senhorial e os lotes campo-
neses. Os lotes eram entregues aos indivíduos em troca de uma parcela do que eles aí 
produzissem e da obrigação de trabalharem na reserva senhorial sem qualquer tipo de 
remuneração – gestação do feudalismo que pode ser considerado naquele contexto, um 
novo sistema de organização social. 
Figura 5 – Loba Capitolina amamenta os gêmeos Rômulo e Remo
Fonte: Wikimedia Commons
Segundo a mitologia romana, Rômulo e Remo são dois irmãos gêmeos, um dos quais, 
Rômulo, foi o fundador da Cidade de Roma e seu primeiro rei. Conta a lenda que Rômulo 
e Remo eram filhos do deus grego Ares, ou Marte, seu nome latino, e da mortal Reia 
Sílvia (ou Rhea Silvia), filha de Numitor, rei de Alba Longa. Saiba mais sobre lendo a 
matéria na íntegra, disponível em: https://bit.ly/3gyN2Yt
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Figura 6 
Fonte: Wikimedia Commons
O fórum romano foi, durante a maior parte do período da Roma Antiga, o centro 
político, jurídico, religioso e econômico da Cidade e o centro nevrálgico de toda a 
civilização romana. 
A Igreja foia única instituição que sobreviveu à crise do Império Romano com a sua 
organização administrativa praticamente intacta. Desde 451, o cristianismo era a religião 
oficial dos imperadores romanos. Suas origens eram urbanas, portanto, expandiu-se, de 
início, conquistando as cidades. A organização da Igreja, depois das primeiras persegui-
ções, tomou como modelo a administração do Império, a sua centralização e hierarquia, 
tornando-se um Estado dentro do Estado romano. A Cidade tornou-se a unidade essen-
cial da administração eclesiástica, sob a liderança do bispo, cuja autoridade incluía o 
território ao seu redor (diocese). 
As dioceses agrupavam-se em províncias. No topo da hierarquia situavam-se os pa-
triarcas, encarregados de um conjunto de províncias e sediados nas cidades mais impor-
tantes. A situação da Igreja em meio à crise do mundo romano pode ser explicada por 
seu papel econômico e social; à medida que as suas necessidades materiais cresciam e 
que o Estado não deixava de lado as suas funções assistenciais, a Igreja passou a fazê-lo. 
Legitimava-se, assim, o seu papel social, sem que o seu enriquecimento fosse conde-
nado, já que os bens eclesiásticos estavam a serviço de Deus para atender aos pobres e 
desvalidos. Ao mesmo tempo crescia a piedade dos fiéis – ricos e pecadores – capazes 
de comprar o perdão através de esmolas e doações territoriais. A sobrevivência da Igreja 
ocorreu também por causa da visão de mundo que veiculava, pois oferecia a milhares de 
homens decepcionados e inquietos a promessa de uma vida melhor, ao mesmo tempo em 
que pregava a libertação e o abandono das preocupações terrenas (MENDONÇA, 1987).
Com o fim do Império Romano, a antiga unidade ocidental foi substituída pelo pluralis-
mo de povos e culturas, leis e reinos. O grande problema para a Igreja Romana passou a 
ser a garantia de sua sobrevivência e a manutenção do cristianismo em meio aos bárbaros.
Bárbaros: pagãos ou cristianizados sob uma modalidade não oficial da religião, o aria-
nismo, que lhes fora transmitido por monges dissidentes da interpretação ortodoxa 
da fé. A conversão dos invasores era a árdua tarefa da Igreja para impor-se no Ocidente.
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UNIDADE Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História
Os rumos do cristianismo medieval ocidental e a sua igreja dependiam da definição 
de uma base temporal de apoio entre os germanos, o que foi conseguido através de 
uma aliança com o reino franco. Assim, quando Clóvis, no século V, unificou as tribos 
francas, fazendo o maior evento da história da França – Gália (dinastia merovíngia) –, o 
maior evento para a história cristã foi a conversão desse soberano à ortodoxia (doutri-
na religiosa tida como verdadeira Igreja Católica) romana pelo batismo. Nesse período 
ocorreu a Cruzada contra o paganismo, a heresia e difusão do cristianismo foi, portanto, 
a grande missão do clero ocidental. A ideia era penetrar na massa da população rural, 
converter os povos pagãos e, com isso, houve multiplicação das paróquias rurais e dos 
mosteiros e das expedições missionárias partindo da Gália. Surgiu, então, forte aristo-
cracia eclesiástica: por tornarem-se grandes proprietários de terras e por serem os sacer-
dotes os funcionários preferidos pela realeza, pois detinham o monopólio da cultura es-
crita, do conhecimento da leitura e das tradições clássicas. Mesmo assim, os bispos eram 
tão controlados quanto qualquer funcionário leigo, sendo até mesmo nomeados pelo rei. 
Não havia ainda uma ideia clara da separação entre Igreja e Estado. O que existia era um 
novo tipo de política, onde ambos se fundiam pela estreita união do poder sacerdotal e 
do poder real, cujo produto seria o Império Carolíngio (MENDONÇA, 1987).
Em 743, Childerico III, da dinastia merovíngia, foi coroado rei. Em 751, Pepino, o 
Breve, com o apoio do Papa, destronou Childerico e se fez coroar rei, dando início à 
dinastia carolíngia. Os reis carolíngios e a Igreja Cristã sempre estiveram ligados. Em 
768, Pepino, o Breve, dividiu o reino entre os seus filhos Carlomano e Carlos Magno. 
Quando Carlomano morreu em 771, Carlos Magno passou a governar sozinho. O rei-
nado de Carlos Magno foi longo e cheio de realizações. Através de campanhas militares 
expandiu o reino e deu-lhe segurança. Em 773 anexou ao reino franco os territórios 
italianos que eram de controle dos bárbaros. O Papa Leão III, ameaçado de morte por 
seus inimigos políticos, percebeu no novo reino e no seu chefe um poderoso aliado, ca-
paz de protegê-lo e de fazer da própria Igreja um império em expansão. No natal do ano 
800 o Papa fez renascer o Império Romano do Ocidente ao colocar sobre a cabeça de 
Carlos Magno a coroa dos antigos imperadores romanos. O Estado e a Igreja estavam 
personificados na pessoa do imperador (MENDONÇA, 1987).
A economia no Império era essencialmente agrícola, mas a segurança militar criou 
condições para o desenvolvimento comercial em direção ao Norte da Europa. Carlos 
Magno cercou-se de homens cultos, professores de gramática, retórica, filosofia, mate-
mática e música. Os nobres eram obrigados a se alfabetizar, pois a maioria não sabia ler 
ou escrever. Os intelectuais sob a proteção de Carlos Magno, traduziram obras antigas, 
romanas e gregas. Esse período ficou conhecido como Renascimento Carolíngio.
A ideia de Império que o Papado emprestou aos carolíngios foi a seguinte: um só po-
der real que, por ser divino, era quase um sacerdócio, governando os homens em nome 
da Justiça de Deus e junto com o Episcopado. Para conseguir controlar um conjunto 
diverso de povos e tradições que foram unificados, Carlos Magno procurou transformar 
a religião no “cimento” da coesão de seu vasto território. Para controlar os rumos da fé 
e o seu território, Carlos Magno restaurou a hierarquia da Igreja e a tornou mais rica, 
dando mais poder aos bispos e criando cargos e instrumentos eficazes de fiscalização: 
visitações (todas as igrejas da diocese) e sínodos (reuniões periódicas dos clérigos). 
A Igreja tornou-se a “espinha dorsal” na construção carolíngia (MENDONÇA, 1987).
16
17
A Idade Média refere-se a uma divisão do tempo que engloba praticamente 1.000 anos 
de história do Continente Europeu. Essa classificação para o período (“Média”) foi uma 
forma de os homens dos séculos XIV e XV, dos reinos italianos, mostrarem que eram 
inovadores, modernos e transformadores. O nome Idade Média, usado para referir-se a 
esse período (entre 476 e 1453 d.C.) foi uma invenção dos renascentistas que acreditavam 
que estavam rompendo com um período culturalmente atrasado do mundo ocidental, 
dominado pelo pensamento da Igreja católica. Portanto, entre a Idade Moderna e a Idade 
Antiga havia uma idade intermediária e assim nasceu o conceito de Idade Média. E ssa 
classificação, na verdade, é uma simplificação preconceituosa, pois “engessa” uma cultura 
como inferior a outra e resume as trajetórias de diversos povos que viviam na Europa 
como uma só história. 
Como vimos, a Idade Média teve como marcos de seu começo e fim duas datas que se 
referem ao Império Romano. Seu início foi marcado pela tomada de Roma pelos germa-
nos: a derrubada do Império Romano do Ocidente que ocorreu no ano de 476 d.C. O fim 
da Era Medieval é dado pelo ataque de Constantinopla, capital do Império Romano do 
Oriente, tomada pelos turcos em 1453 d.C.
Para melhor compreensão desse vasto período, costuma-se usar uma subdivisão tem-
poral entre Alta e Baixa Idade Média. A Alta Idade Média corresponde ao primeiro mo-
mento, quando ocorreu a formação de diversas sociedades na Europa e se passou entre 
os séculos V e X. Foi nesse período que se formaram os feudos, estabeleceram-se as 
relações de suserania e vassalagem e o poder da Igreja Católica constituiu-se e se fortale-
ceu. O período da Baixa Idade Média foi aproximadamente do século X ao XV. A partir 
dessa época, novas ideias e práticas foram surgindo e houve um processo de decadência 
das instituições feudais, que se formaram ao longo dos cinco séculos anteriores.Durante 
a Idade Média podemos destacar o s feudos, que eram extensas propriedades de terras, 
mantidas isoladas para garantir a proteção das pessoas que ali viviam dos ataques de ini-
migos externos. A s relações sociais no feudalismo eram baseadas em “laços de fidelidade” 
e dependência mútua e, como vimos, o poder da Igreja assim se destacava:
• Clero: tinham a obrigação de rezar, cuidar dos órfãos, enfermos e cuidar da educação 
dos filhos dos senhores feudais;
• Reis: nobres que tinham a obrigação de governar (elaboração das leis e execução 
da Justiça);
• Senhores feudais: nobres que tinham a obrigação de defender os que viviam em 
suas terras;
• Servos: pessoas que viviam e trabalhavam em função de seus senhores e que deles 
recebiam proteção;
• Homens livres e/ou vilões: pobres proprietários de uma pequena propriedade 
rural; comerciantes.
A s relações de dependência desde a sua origem tiveram um aspecto econômico. Atra-
vés das pessoas, o senhor queria atingir bens. Existia um ato cerimonial (homenagem), 
onde o senhor feudal (suserano) entregava ao vassalo um objeto que significava um bem, 
por exemplo, a investidura, que era um ramo de folhas. As investiduras funcionavam 
como símbolos das terras concedidas. Depois do século IX o benefício ou feudo deveria 
17
UNIDADE Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História
ser mantido pelo vassalo até a sua morte ou a do senhor. A relação vassálica só perduraria 
à custa da repetição de uma homenagem.
Precária era um contrato de contornos bens definidos, com concessões combinadas 
mediante um pagamento. O benefício era consentido mediante serviço, em proveito das 
pessoas ligadas às casas senhoriais e, principalmente, dos vassalos.
Durante o século IX, quando os copistas pensavam em benefício, pensavam em feudo. 
Assim, feudo significava bem concedido em troca – não de obrigações de pagar, mas de 
obrigações de se fazer, uma instituição que inicialmente tinha um caráter muito geral e 
depois tornou-se instituição de classe. Depois do século IX o benefício ou feudo deveria ser 
mantido pelo vassalo até a sua morte ou a do senhor. A relação vassálica só perduraria à 
custa de uma repetição de homenagem (BLOCH, 1982).
Figura 7
Fonte: Wikimedia Commons
Durante a Alta Idade Média a economia esteve praticamente centrada na agricultura, 
o que ocorria porque os feudos produziam grande parte dos produtos que necessitavam 
consumir e a circulação de pessoas era restrita em uma Europa povoada por fortifica-
ções isoladas umas das outras. No entanto, nem sempre esse cenário correspondeu à 
Europa inteira. 
Com relação aos impostos, no manso senhorial – que eram as terras do feudo de 
uso do senhor e representavam um terço da área total – os servos e vilões tinham que 
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trabalhar vários dias por semana, em uma prática chamada de corveia. No manso 
servil – que eram as terras pertencentes ao feudo, de uso dos camponeses, mas não de 
sua propriedade – parte do que era produzido ia para o senhor feudal (taxa que ficou 
conhecida como talha). 
Os servos também pagavam a banalidade, um imposto pelo uso dos fornos e moi-
nhos que o senhor controlava. Havia também um pagamento relativo ao número de 
servos que moravam nos feudos e era cobrado individualmente, “por cabeça” (ou em 
latim, per capita): era a captação além de herdar a servidão dos pais, quando estes 
morriam, os filhos ainda deveriam pagar a mão morta para continuarem servindo ao 
mesmo senhor.
As relações sociais e de produção não estavam concentradas somente nos feudos, 
com os senhores e vassalos. A partir do século X, os povos que não se encaixavam nesse 
esquema, que viviam de outras atividades, tais como comércio e negócios, começaram a 
morar no entorno dos feudos, nas áreas de passagem e feiras. Como a Idade Média foi 
marcada pela forte influência da Igreja, era de se esperar que quem fosse contrário aos 
seus dogmas e doutrinas era perseguido.
Em meados do século XII a Igreja Romana sentiu-se ameaçada por várias críticas que 
eram feitas aos dogmas sobre os quais se apoiava a doutrina cristã. As críticas iam contra 
a verdade absoluta da mensagem da Igreja, contestavam a doutrina oficial do catolicismo. 
Esses indivíduos eram chamados de hereges. O aumento dessas contestações fez com 
que a Igreja nomeasse bispos para visitarem 2 vezes ao ano as paróquias suspeitas de 
heresia. Os bispos tinham, portanto, o título de inquisidores ordinários. Para que a caça 
aos hereges surtisse efeito, era necessário o apoio do Estado, dos soberanos temporais, 
demonstrando a importância política dessas perseguições, em uma época em que o 
Estado e a Igreja estavam unidos. A Inquisição Medieval foi uma instituição idealizada e 
dominada pelo Papa, mesmo assim, contava com o apoio dos soberanos. Portanto, foram 
cruzadas religiosas contra os hereges nos séculos e contra a ameaça ao poder.
Os lugares onde existiam hereges eram chamados de infectos. Os eclesiásticos que 
eram enviados a esses lugares constituíam a chamada Inquisição Delegada. Domingos 
de Gusmão, criador da ordem dos dominicanos, organizou, em 1219, uma confraria (ir-
mandade, associação religiosa) chamada de Milícia de Jesus Cristo para a preservação 
da pureza do catolicismo. Os milicianos de São Domingos foram os primeiros a utilizar 
técnicas de crueldade e violência. A Inquisição Medieval exterminou comunidades intei-
ras, dizimou populações e queimou milhares de indivíduos. A base da Inquisição era: 
delação, denúncia, rumores etc.
Em 1314 ocorreu o primeiro auto de fé, onde 6 pessoas foram queimadas vivas. Os 
hereges eram punidos de diferentes formas: a excomunhão (exclusão da Igreja), o con-
fisco de todos os bens, exílio, a prisão perpétua, os açoites e a morte na fogueira. Sal-
var a alma era muito importante, mesmo que para isso tivessem que queimar a carne. 
Nicolau Eymerich escreveu um manual que serviu de guia para os inquisidores, criando 
as normas do funcionamento da Inquisição Moderna (NOVINSKY, 1992).
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UNIDADE Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História
Figura 8 
Fonte: Wikimedia Commons
Representação de um “auto de fé” da Inquisição espanhola, que teria sido presidido 
por Domingos de Gusmão, o fundador da Ordem dos Dominicanos. A pintura, de 
Pedro Berruguete, foi encomendada pela própria Inquisição e é, sem dúvida, uma 
cena forjada. Embora muitos dominicanos mais tarde se envolvessem nos processos 
da Inquisição, o fundador da Ordem já era falecido quando aquela foi estabelecida.
No início do século XIV, o Papa Bonifácio VIII proclamou um jubileu para cele-
brar o novo centenário do nascimento de Jesus Cristo e contou com uma multidão 
de romeiros. Nessa época, perturbações de variadas espécies conturbaram a vida 
na Europa: fome, guerra, peste, revoltas camponesas, desordens internas na Igreja. 
Estavam em movimento as forças que marcariam o fim da Idade Média. A insatisfação 
era geral, em cada camada da sociedade havia motivos para insatisfação: servos, bur-
gueses, senhores feudais etc. 
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Eduardo I ocupava o trono da Inglaterra e Filipe, o Belo, reinava na França e os dois 
viviam em permanente disputa pela posse das terras da França, então “nas mãos” dos 
ingleses. Ambos resolveram taxar os bens do clero dentro dos seus reinos. Em 1296, 
o Papa Bonifácio VIII lançou a bula Clericis Laicos, na qual ameaçava de excomunhão 
qualquer governante que taxasse o clero e o homem da igreja, mesmo assim, Eduardo 
e Felipe saíram ganhando.
Alguns meses mais tarde o Papa lançou a bula Unam Sanctam, vaticinando a necessi-
dade de que todos os seres humanos se submetam ao pontífice romano; por este motivo, 
Felipe resolveu depor o Papa, alegando que a sua eleição havia sido ilegal. Pela avançada 
idade, o Papa passou alguns dias em sua terra natal, fora de Roma, de modo que Anagni 
acabou preso por soldados de Felipe, levando à morte do prisioneiro. Em 1305 o Papa 
eleito era um francês, Clemente V. Depois de Clemente, mais 6 papas sucessivos foram 
franceses e nunca pisaramem Roma. O Papado dependia da Monarquia francesa.
Em 1337 teve início a Guerra dos Cem Anos, entre Inglaterra e França e os motivos 
foram acusações de pirataria no Canal da Mancha; os soberanos brigavam por causa da 
suserania mantida pelos ingleses sobre terras da França; surgia o espírito do nacionalismo. 
No mesmo contexto, milhares de pessoas morreram com a chamada Peste Negra
(bubônica). No Norte da França ocorreu a Jacquerie, nome tirado de jacques, apelido de 
camponês. Reunindo-se em bandos, os camponeses incendiaram os castelos e atacaram 
os nobres senhores, mas a insurreição foi esmagada.
A servidão gradualmente ia morrendo e o servo do campo e artesão da cidade forja-
ram uma aliança, isto é, a igualdade humana passou a ser pregada, o igualitarismo. Em 
1453 acabou a Guerra dos Cem Anos com a vitória dos franceses. Os turcos tomaram 
Constantinopla e foi iniciado o período das grandes navegações (FREMANTLE, 1965).
Figura 9 
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História
Na transição da Idade Média para a Moderna ocorreu importante progresso comer-
cial, com o crescimento das cidades e avanço da manufatura. A partir daí, já na Idade 
Moderna, foi possível o desenvolvimento do mercantilismo, sistema comercial que 
estava no cerne do capitalismo. Seguindo a divisão cronológica da História, no contexto 
descrito foi iniciada a Idade Moderna, que se estendeu de 1453 a 1789, um período de 
muitas transformações econômicas, políticas, sociais e culturais.
Você Sabia?
As principais características e acontecimentos da Idade Moderna são:
• As grandes navegações/expansão marítima;
• Capitalismo;
• Mercantilismo;
• Absolutismo;
• Iluminismo;
• Tomada da Bastilha, em 1789.
 Podemos dizer que, em termos econômicos, a Idade Moderna foi considerada o perí-
odo de transição do modo de produção feudal para o de produção capitalista. As práticas 
econômicas do mercantilismo contribuíram para a expansão do comércio europeu, que 
teve relação direta com o colonialismo, estabelecido após a chegada dos europeus à 
América, em 1492.
Para melhor compreender esse processo precisamos retornar um pouco no tempo: 
na Europa no século XII ocorreu a expansão da agricultura e do comércio. A expansão 
agrícola foi resultado de novas regiões cultivadas, com a derrubada de florestas, secagem 
de pântanos e o incentivo da expansão comercial, de modo que o excedente da produ-
ção agrícola poderia ser trocado/comercializado. Houve especialização das funções e 
dos produtos agrícolas em cada região, incentivando o comércio de diferentes produtos 
entre os domínios rurais. A busca de produtos destinados ao consumo de luxo da aristo-
cracia também incentivava a agricultura e o comércio.
A partir do século XIII, as fronteiras da Europa foram se delineando e houve o “nas-
cimento” do Estado como organização política centralizada. Com as Cruzadas houve 
expansão da chamada Europa Cristã e o resultado foi a reconquista de territórios e 
a ocupação de novos espaços geográficos.
Como vimos, a crise do século XIV ocorreu por vários motivos, entre os quais o 
declínio da população, a peste negra, escassez de alimentos por causa das variações 
do clima e as condições do solo. No século XIV houve maior exploração dos campo-
neses e ocorreram várias revoltas. A saída para a crise seria expandir novamente a 
base geográfica e de população a ser explorada, de modo que Portugal e Espanha se 
destacaram – ao menos inicialmente. 
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Figura 10 
Fonte: Getty Images
Os portugueses foram os pioneiros na expansão marítima por vários motivos que 
antecederam as viagens, por exemplo:
• Escola de Sagres e o infante Dom Henrique no incentivo à expansão e às navegações;
• Portugal se afirmava na Europa como um país autônomo e com tendência a voltar-se 
para fora;
• Experiência no comércio de longa distância – envolvimento com o mundo islâmico;
• Posição geográfica, ou seja, país próximo às ilhas do Mar Atlântico e à Costa da África.
A expansão marítima portuguesa foi incentivada por diferentes grupos – enquanto 
projeto nacional:
• Comerciantes: por bons negócios;
• Coroa: por novas fontes de receita e exploração;
• Nobres: para servirem ao rei (prestígio);
• Igreja: para servir a Deus, cristianizando povos “bárbaros ou selvagens”;
• Povo: na tentativa de uma vida melhor.
Os portugueses empenharam-se em desenvolver novos instrumentos e técnicas de 
navegação, tais como as caravelas – leves e velozes –, o quadrante e astrolábio, mais o 
conhecimento baseado na experiência.
Naquele contexto, a atração por ouro e especiarias predominava. Com relação às 
especiarias, podemos dizer que eram produtos raros e utilizados em pequenas quanti-
dades. O alto valor desses produtos se explica pelos limites das técnicas de conservação 
existentes na época e por hábitos alimentares. O ouro era uma moeda de troca confiável 
e utilizada para a decoração de templos, palácios e na confecção de roupas.
Durante a Idade Média, as pessoas não imaginavam que as navegações e os des-
cobrimentos/invasões fossem levar ao desenvolvimento do capitalismo comercial. 
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UNIDADE Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História
Cristóvão Colombo era considerado um louco e as lendas sobre o Novo Mundo eram 
comuns: monstros marinhos, paraíso em terra etc. A arte da navegação era imprecisa, 
com a falta de equipamentos técnicos, de modo que qualquer sinal da natureza era trans-
formado em presságio. As igrejas foram os suportes básicos em que se acentuou todo o 
projeto colonizador. A Igreja não era apenas um lugar de oração, mas um objeto capaz 
de impor ordem a tudo o que estava à sua volta: aldeias, vilas ou cidades. Inicialmente, a 
forma de colonização desejada pela Igreja era antilucrativa. Assim, conflitos entre religio-
sos e colonos ocorriam constantemente (com a distorção nas práticas do cristianismo).
Os portugueses levaram para as colônias símbolos de dominação cultural. Logo, a 
nossa identidade foi forjada ao longo do período colonial, isto é, o “Novo Mundo”, mesmo 
depois das independências, guardava o jeito do “Velho Mundo ibérico”. Podemos destacar 
naquele contexto o processo de assimilação cultural iniciado pelo confronto de culturas. 
Apesar de terem descoberto o Novo Mundo e as suas riquezas, Portugal e Espanha não 
conseguiram transformar as suas economias com vistas à industrialização (SILVA, 1989).
Com relação às transformações no sistema econômico e evolução do capitalismo, 
podemos dizer que o capitalismo é:
[...] a denominação do modo de produção em que o capital, sob suas 
diferentes formas, é o principal meio de produção. O capital pode tomar 
a forma de dinheiro ou de crédito para a compra da força de trabalho 
e dos materiais necessários à produção, a forma de maquinaria física 
(capital em sentido estrito), ou, finalmente, a forma de estoques de bens 
acabados ou de trabalho em processo. Qualquer que seja a sua forma, 
é a propriedade privada do capital nas mãos de uma classe, a classe 
dos capitalistas, com a exclusão do restante da população, que cons-
titui a característica básica do capitalismo como modo de produção. 
[...] As origens do capitalismo são reconstituídas de diferentes formas: 
alguns explicam-nas pelo crescimento do capital mercantil e do comércio 
exterior, outros veem sua causa na difusão das transações monetárias no 
interior do feudalismo pela comutação da renda e das obrigações feudais. 
Esse debate diz respeito à transição do feudalismo para o capitalismo 
e está referido principalmente à experiência da Europa Ocidental, onde 
o capitalismo surgiu originalmente. Quaisquer que sejam as causas a que 
se atribuem tais origens, o período que vai aproximadamente do século 
XV até o século XVIII é geralmente aceito como a fase do capital mer-
cantil do capitalismo. O comércio de além-mar e a colonização realizada 
por monopólios autorizados pelos Estados coloniais desempenharam um 
papel fundamental nessa fase do capitalismo na Holanda, na Espanha, 
em Portugal,na Inglaterra e na França. O comércio marítimo tornou-se 
mais barato que o comércio terrestre graças à invenção de navios rápidos, 
e áreas até pouco sequer conhecidas pela Europa viram-se ligadas por 
um comércio que compreendia escravos, metais preciosos e manufaturas 
simples. A fase industrial teve início com o aparecimento de máquinas mo-
vidas por energia não humana e é conhecida como Revolução Industrial. 
Tendo se iniciado na Inglaterra, na indústria de fiação de algodão, essa re-
volução estendeu-se a diferentes indústrias, universalizando principalmente 
o uso da máquina a vapor, e a diferentes regiões da Europa Ocidental e da 
América do Norte. Essa fase é contemporânea do crescimento da ciência 
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da Economia Política e da ideologia do laissez-faire. Foi marcada pela 
luta no sentido de reduzir ou eliminar o papel do Estado no controle 
do mercado do trabalho, do comércio exterior e do comércio interno. 
As teorias de Adam Smith e David Ricardo foram armas poderosas nessa 
batalha (ver economia vulgar). Pelo menos na Inglaterra, a batalha ideo-
lógica pelo laissez-faire foi vencida na década de 1840 com a revogação 
das Corn Laws, a aprovação do Banking Act e a abolição dos Naviga-
tion Acts. A reforma da Poor Law racionalizou a assistência do Estado 
aos pobres e indigentes, de acordo com as doutrinas do laissez-faire. 
O papel do Estado no capitalismo, embora minimizado na ideologia do 
laissez-faire e modesto na experiência inglesa, continuou substancial no 
desenvolvimento posterior do modo de produção capitalista na França, 
na Alemanha, na Itália e na Rússia. O único outro caso que faz parale-
lo com a experiência inglesa nesse sentido é o dos Estados Unidos da 
América. Há, porém, uma tendência para caracterizar essa fase média do 
capitalismo – capitalismo industrial num período de crescimento rápido e 
de progresso técnico, consistindo em pequenas empresas de propriedade 
individual, com um mínimo de participação do Estado e concorrência 
generalizada – como uma fase de algum modo natural. E assim, fases 
subsequentes foram denominadas de capitalismo monopolista, capita-
lismo financeiro, capitalismo tardio etc. A fase do capitalismo dos mo-
nopólios (capitalismo financeiro) dataria mais ou menos da passagem do 
século, quando os processos industriais de grande escala se tornavam 
possíveis com o advento da Segunda Revolução Industrial. Ora, se é 
fato que cada uma das características acima relacionadas deva ser consi-
derada como um aspecto essencial do capitalismo, vários autores já en-
contraram razões para anunciar o desaparecimento desse sistema. Ideó-
logos do laissez -faire (Friedman, Hayek) assinalaram o desenvolvimento 
da negociação coletiva e da legislação no sentido de regular as consequ-
ências adversas da atividade econômica como indícios do abandono do 
capitalismo clássico. Autores marxistas viram o tamanho crescente dos 
monopólios ou o papel dominante do Estado como sinais da má saúde ou 
do envelhecimento do capitalismo. O papel desempenhado pelos Estados 
nacionais ao darem assistência ao capitalismo na procura de mercados 
no exterior, muitas vezes em colônias controladas politicamente, foi con-
siderado por Lenin como algo que assinalava a fase do imperialismo, que 
chamou de fase superior do capitalismo. O papel, cumprido internamen-
te pelo Estado, de minorar o problema da realização por meio de gastos 
públicos na era pós-keynesiana foi considerado, por economistas liberais 
(SHONFIELD, 1965; GALBRAITH, 1967), o anúncio de uma nova era 
do capitalismo; alguns social-democratas também adotaram esse ponto 
de vista (por exemplo, Crosland, 1956). (BOTTOMORE, 2013)
O mercantilismo (sistema comercial), exclusivo comercial, metalismo, os pactos 
coloniais, monopólios comerciais e a balança comercial favorável estabeleceram os 
alicerces econômicos da transição da Idade Média para a Moderna. O absolutismo era 
uma forma estabelecida de governo, que definia o rei como “eleito de Deus”. O ilumi-
nismo, a Reforma Religiosa, Contrarreforma e Reforma Protestante trouxeram grandes 
transformações sociais e de mentalidades. Ao mesmo tempo, a acumulação do capital 
e o desenvolvimento científico contribuíram para que a Inglaterra desenvolvesse a sua 
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UNIDADE Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História
indústria (Revolução Industrial), provocando grandes mudanças nas relações de trabalho 
e formas de produção. 
O Renascimento Cultural foi muito importante, com intensa produção nas artes plás-
ticas, na literatura e nas Ciências. Naquele contexto, a Revolução Francesa (burguesa e 
liberal) marcou o início do fim do absolutismo e do Antigo Regime em toda a Europa, 
além da ascensão da burguesia ao poder. Os ideais da Revolução Francesa se espalharam 
por toda a Europa e chegaram às Américas. 
Figura 11 – Queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789
Fonte: Wikimedia Commons
Para aprofundar os seus conhecimentos sobre a Idade Moderna, leia estas obras:
ANDERSON, P. Linhagens do Estado absolutista. São Paulo: Brasiliense, 1995.
BURKE, P. A cultura popular na Idade Moderna: Europa 1500-1800. São Paulo: Companhia 
das Letras, 1991.
FERRO, M. História das colonizações. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
HOBSBAWM, E. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
______. A Era do Capital. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1979a.
______. As origens da Revolução Industrial. São Paulo: Global, 1979b.
 Seguindo a cronologia histórica, podemos dizer que a Idade Contemporânea com-
preende, portanto, o período entre a Revolução Francesa à atualidade. Neste contexto, 
podemos destacar a consolidação do sistema capitalista e dos burgueses no poder po-
lítico. Consequentemente, as condições de vida dos trabalhadores urbanos pioravam, 
gerando uma série de manifestações, movimentos sociais, a formação de sindicatos, do 
movimento operário etc. No século XIX, Alemanha e Itália despontaram como países 
fortes e industrializados, levando França e Inglaterra a temerem a perda dos mercados. 
Os países que não possuíam tradição de desenvolvimento das indústrias começaram a 
competir por expansão e mais terras. 
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No início do século XX, o “clima belicoso” estava nos ares das potências capitalistas, 
o que levou à Primeira e Segunda Guerras Mundiais, com imensos prejuízos materiais e 
humanos. Após a Primeira Guerra Mundial os Estados Unidos começaram a se consolidar 
como potência mundial. Ainda nesse contexto, a União Soviética lutava para sobrevi-
ver e o capitalismo principiava uma crise, de modo que após a euforia consumista do 
“american way of life”, tivemos a “quebra” da Bolsa de Valores de Nova Iorque, seguida 
por falências, desempregos etc.
Figura 12 – Crise de 1929
Fonte: adamsmith.org
Com a Modernidade, o ritmo da sociedade mudou, tornando-se mais acelerado. 
Surgiram, então, novas subjetividades e sensibilidades. A rapidez, velocidade e novidade 
passaram a ser valorizadas. Os gostos, costumes, as formas de se expressar, a vestimenta, 
alimentação, ou seja, os estilos de vida foram se alterando, isto é, o conjunto de prá-
ticas que o indivíduo abraça, que dão forma material para as narrativas particulares, 
transformaram-se. O que mudou :
[...] não se situa no âmbito da política, mas no da cultura, e não entendida 
aristocraticamente, mas como os códigos de conduta de um grupo ou um 
povo. É todo o processo de socialização o que está se transformando pela 
raiz ao trocar o lugar de onde se mudam os estilos de vida. (MARTIN-
-BARBERO, 1997)
Surgiu a ideia de que somente nas grandes metrópoles havia privacidade, a chamada so-
lidão na multidão, pois as relações pessoais tornaram-se cada vez mais abstratas e o meio 
de trabalho passou a ser fundamental na adoção de um estilo de vida, na sua definição.
Após a Crise, depois da Primeira Guerra Mundial, das denominadas agitações ope-
rárias (com o crescimento do socialismo e a criação do Partido Comunista), ocorreu a 
formação de grupos de “direita” (Partidos Fascista e Nazista) e a instalaçãode ditaduras 
fascistas (Mussolini na Itália, Hitler na Alemanha e Salazar em Portugal). Posteriormen-
te, após a sangrenta Segunda Guerra Mundial, a Europa ficou destruída e o mundo 
dividiu-se entre capitalismo e socialismo. A tensão entre esses dois blocos resultou na 
denominada Guerra Fria, de modo que nas décadas de 1960, 1970 e 1980 diversos 
movimentos pacifistas clamavam pelo desarmamento no mundo.
Desfile nazista em Munique, em 1923. Disponível em: https://bit.ly/35j26TL
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UNIDADE Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História
 As mudanças do século XX influenciaram as transformações do XXI. Portanto, na 
Contemporaneidade pudemos acompanhar a Terceira e Quarta Revoluções Industriais, 
que possuem como principais características a substituição da mecânica analógica pela 
digital, o uso de microcomputadores, a criação da internet, invenção da robótica, novas 
fontes de energia (nuclear, solar, eólica), o desenvolvimento da engenharia genética, 
biotecnologia, de telefones celulares, sistemas que combinam máquinas a processos digi-
tais, internet das coisas, inteligência artificial, entre outros recursos. O desenvolvimento 
tecnológico foi o principal responsável pelas mudanças nas formas de produção e comu-
nicação dos conhecimentos, afetando diretamente todas as áreas, incluindo o mundo do 
trabalho, a educação, o lazer, os hábitos, valores, as relações interpessoais etc. 
 
PRIMEIRA SEGUNDA TERCEIRA QUARTA
Mecanização,
força hidráulica,
máquina a vapor
Produção em
massa, linha
de montagem,
eletricidade
Computador 
e automação
Sistemas
ciber-físicos
Revoluções Industriais
Figura 13
Fonte: Adaptada de Getty Images
Finalizando esta breve reflexão, podemos perceber que a Antropologia, quando uni-
da à História, Sociologia, Filosofia, Geografia etc., pode proporcionar variadas informa-
ções sobre as sociedades ao longo do tempo, nos diferentes períodos históricos, a fim de 
oferecer o conhecimento das diferentes culturas para que auxiliemos a nossa sociedade 
a compreender a importância do respeito às diversidades.
28
29
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
A recusa da interação: um ensaio historiográfico sobre etnocentrismo e racismo na Grécia Antiga
https://bit.ly/3wvmHQT
Cidadãos e cidadãs na cidade grega clássica. Onde atua o gênero?
https://bit.ly/3gunkEH
Loucura imperial na Roma Antiga 
https://bit.ly/35s92Oo
Gladiadores na Roma Antiga: dos combates às paixões cotidianas 
https://bit.ly/3vzDiBr
Imperialismo, Estado e hierarquização social na Baixa Núbia durante o reino novo egípcio (1550-1070 a.C.)
https://bit.ly/35oKMwP
A senhora da casa ou a dona da casa? Construções sobre gênero e alimentação no Egito Antigo 
https://bit.ly/3vxh5Eh 
29
UNIDADE Seres Humanos: Sociedades, Culturas e História
Referências
BLOCH, M. A sociedade feudal. São Paulo: Edições 70, 1982.
BORNHEIM, G. A invenção do novo. In: NOVAES, A. (Org.). Tempo e história. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
BOTTOMORE, T. Dicionário do pensamento marxista. São Paulo: Jorge Zahar, 2013.
FREMANTLE, A. Ventos de mudança. In: Idade da fé. Biblioteca de história universal 
Life. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1965.
HIGA, C. C. Código de Hamurabi. Brasil Escola. [20--]. Disponível em: <https://brasi-
lescola.uol.com.br/historiag/codigo-hamurabi.htm>.
MARTIN-BARBERO, J. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. 
Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.
MATTOS, C. L. G. A abordagem etnográfica na investigação científica. In: ______.; 
CASTRO, P. A. (Org.). Etnografia e Educação: conceitos e usos. Campina Grande, 
PB: EDUEPB, 2011. p. 49-83. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/8fcfr/pdf/
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MENDONÇA, S. R. O cristianismo medieval ocidental. In: O mundo carolíngio. São 
Paulo: Brasiliense, 1987.
NOVINSKY, A. A Inquisição. São Paulo: Brasiliense, 1992. (Col. Tudo é História).
PEIXOTO, F. A. A Antropologia e seus métodos: o arquivo, o campo, os problemas. 
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PEREIRA, J. R. L.; PAZ, C. D. O Iraque e as ações de proteção ao patrimônio cultu-
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prote%C3%A7%C3%A3o%20do%20patrim%C3%B4nio%20cultural.&text=O%20
legado%20cultural%20mesopot%C3%A2mico%20encontra%2Dse%20em%20
situa%C3%A7%C3%A3o%20de%20risco>.
SILVA, J. T. Introdução e empresa ou epopeia. In: Descobrimentos e colonização. 
São Paulo: Ática, 1989.
30

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