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Profissao e carreira na era digital

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DIREITO: PROFISSÃO E CARREIRA NA ERA DIGITAL
CURSO DE GRADUACÃO EM DIREITO
Prof. Esp. Leandro Dantas de Queiroz
INCLUSÃO DIGITAL NA ÁREA JURÍDICA
INTRODUÇÃO:
OS DIREITOS FUNDAMENTAIS NA SOCIEDADE DIGITAL
Escorço histórico:
Os direitos fundamentais, também conhecidos como direitos humanos foram concebidos a partir dos ideais advindos do Iluminismo dos séculos XVII e XVIII, garantindo assim uma proteção ao homem do poder do Estado. (MARMELSTEIN, 2008, p. 35).
É importante mencionar, contudo, que os primeiros documentos que visaram à limitação do poder estatal surgiram na Idade Média, que reconheceram os direitos aos súditos, como condição para que os monarcas pudessem continuar em seus tronos. (DANTAS, 2009, p. 118).
Os direitos personalíssimos, direitos da personalidade, no campo do Direito Privado, são aqueles que guarnecem ao cidadão, isenções e privilégios, onde o poder soberano, por meio de sua Carta Magna, se responsabiza pelo seu bem estar social. Descreve Paulo (2009, p. 89) que o Título II da Constituição Federal de 1988 trata, em cinco capítulos (arts. 5º a 17), do “Direitos e Garantias Fundamentais” assegurados em nossa Federação pelo nosso ordenamento jurídico.
A existência de direitos individuais, tiveram seu destaque no ano de 1789, com uma enorme repercussão, através da Revolução Francesa e da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e das Declarações de direitos formuladas pelos Estado Americanos. (CANOTILHO, 2003, p. 393).
CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E AS GERAÇÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
O Conceito:
Os Direitos Humanos Fundamentais visam garantir ao ser humano, entre outros, o respeito ao seu direito à vida, à liberdade, à igualdade e à dignidade; bem como ao pleno desenvolvimento da sua personalidade. (MORAES, 2003, p. 22).
As características dos direitos fundamentais:
Referente às características dos direitos fundamentais, Moraes (2003, p. 41) sintetiza como principais características dos direitos fundamentais as seguintes:
As características dos direitos fundamentais
a) imprescritibilidade (os direitos fundamentais não desaparecem pelo decurso de tempo);
b) inalienabilidade (não há possibilidade de transferência dos direitos fundamentais a outrem);
c) irrenunciabilidade (em regra, os direitos fundamentais não podem ser objeto de renuncia);
d) inviolabilidade (impossibilidade de não observância por disposições infraconstitucionais ou por atos das autoridades públicas);
e) universalidade (devem abranger todos os indivíduos, independente de sua nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção político-filosófica);
f) efetividade (a atuação do Poder Público deve ter por escopo garantir a efetivação dos direitos fundamentais);
g) Interdependência (as várias previsões constitucionais, apesar de autônomas, possuem diversas intersecções para atingirem sua finalidades; assim a liberdade de locomoção está intimamente ligada à garantia do habeas corpus, bem como à previsão de prisão somente por flagrante delito ou por ordem da autoridade judicial);
h) Complementaridade (os direitos fundamentais não devem ser interpretados isoladamente, mas sim de forma conjunta com a finalidade de alcançar os objetivos previstos pelo legislador constituinte).
AS GERAÇÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
PRIMEIRA GERAÇÃO
Os direitos de primeira geração realçam o principio da liberdade, conforme destaca o doutrinador Paulo (2009, p. 93):
“Caracterizam-se por impor ao Estado um dever de abstenção, de não fazer, de não interferência, de não intromissão no espaço de auto-determinação de cada indivíduo. São as chamadas liberdades individuais, que têm como foco a liberdade do homem individualmente considerado, sem nenhuma preocupação com as desigualdades sociais”.
SEGUNDA GERAÇÃO
Descreve também o autor em relação aos direitos de segunda geração, são os que se identificam com as liberdades positivas reais ou concretas, e acentuam o princípio da igualdade entre os homens (igualdade material). (PAULO, 2009, p. 93).
“Foram os movimentos sociais do século XIX que ocasionaram, no início do século XX, o surgimento da segunda geração de direitos fundamentais, responsável pela gradual passagem do Estado Liberal, de cunho individualista, para o Estado social, centrado na proteção dos hipossuficientes e na busca da igualdade material entre os homens (não meramente formal, como se assegurava no Liberalismo)”.
AS GERAÇÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
TERCEIRA GERAÇÃO
Os de terceira geração, afirma Paulo (2009, p. 94) que consagram os princípios da solidariedade e da fraternidade. Reforça seu entendimento analisando da seguinte forma:
São atribuídos genericamente a todas as formações sociais, protegendo interesses de titularidade coletiva ou difusa. São exemplos os direitos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, à defesa do consumidor, à paz, à autodeterminação dos povos, ao patrimônio comum da humanidade, ao progresso e desenvolvimento, entre outros. Sua titularidade é difusa ou coletiva, haja vista que têm por preocupação a proteção de coletividades, e não do homem individualmente considerado. Representam uma nova e relevante preocupação com as gerações humanas, presentes e futuras, expressando a ideia de fraternidade e solidariedade entre os diferentes povos e Estados soberanos.
QUARTA E QUINTA GERAÇÃO
Segundo Oliveira Junior (1996. p. 18), haveria ainda, mais duas gerações de direitos, assim definidos:
a) Direitos de Quarta Geração: direitos de manipulação genética, da
biotecnologia, da bioengenharia, que envolvem o debate sobre a bioética; e
b) Direitos de Quinta Geração: direitos da realidade virtual, da informática e da internet. (Incluído pela EC 115, de 10/2/22)
GLOBALIZAÇÃO, SOCIEDADE DIGITAL E A PROTEÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
A sociedade da informação:
O termo sociedade da informação designa a sociedade marcada pelo avanço tecnológico no tratamento da informação.
“Sociedade da informação é um estágio de desenvolvimento social caracterizado pela capacidade de seus membros (cidadãos, empresas e administração pública) de obter e compartilhar qualquer informação, instantaneamente, de qualquer lugar e da maneira mais adequada. (GASPARETTO JUNIOR, 2002, p. 16)”.
Seguindo este pensamento:
A expressão sociedade da informação é entendida no contexto dessa sociedade pós-industrial, no que ela apresenta de qualitativamente relacionado à informação. Isso significa que não engloba toda a sociedade contemporânea, na medida em que muitas regiões e populações estão hoje excluídas do ambiente informacional, mas sim aquele setor dominante do mundo globalizado, o qual se caracteriza pela informação, comunicação pelo domínio da tecnologia de ponta. (SIQUEIRA JR. 2009, p. 123).
GLOBALIZAÇÃO, SOCIEDADE DIGITAL E A PROTEÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS (Cont.)
O fenômeno da globalização
Vislumbre-se dizer que a globalização iniciou-se com as grandes navegações, quando Portugal lançou-se busca de novas terras, novos mercados, tornando-se mais evidente para nós, a partir da metade só século XX com a expansão das multinacionais e do comércio. (MARZOCHI, 2000, p. 59).
O acesso à informação é requisito principal para se falar em desenvolvimento. E o desenvolvimento passa necessariamente pela educação. Um já não pode existir sem o outro. (MARZOCHI, 2000, p. 59).
GLOBALIZAÇÃO, SOCIEDADE DIGITAL E A PROTEÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS (Cont.)
O impacto da revolução tecnológica na sociedade contemporânea
A literatura indica três marcos no desenvolvimento social, que são a revolução agrícola, a industrial e a tecnológica. Melo (2000, p. 22) alude acerca dessas mudanças que:
Por intermédio de três paradigmas: agrícola, industrial e digital. A revolução agrícola inseriu o homem no sistema produtivo. Com relação à revolução industrial verificou-se novos tipos de energia e, finalmente, a revolução tecnológica traz a informação como produtora de riqueza.
GLOBALIZAÇÃO, SOCIEDADE DIGITAL E A PROTEÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS (Cont.)
O direito digital
O legado do Direito, sempre foi por meio da história proporcionar aos indivíduosas garantias individuais e sociais, devido ao impacto das transformações ocorridas em nossa sociedade.
Com isso a informação já não pode ser dispensada, quer pela qualidade, quer pela quantidade, pois se transformou em novo bem jurídico, de primeiríssima ordem, para o homem contemporâneo. (PAESANI, 2000, p. 18).
A descoberta de uma nova “galáxia” sistêmica e a emergência de um novo “paradigma” estão associados a questionamentos científicos, metódicos, sociais e culturais da chamada pós-modernidade. (CANOTILHO, 2003, p. 1290). Seguindo este raciocínio:
A consciência projectante dos homens e a força conformadora do direito permanecem como background filosófico-politico do constitucionalismo moderno. A constituição de um estado de direito democrático terá de continuar a propor uma melhor organização da relação homem-mundo e das relações intersubjetivas (entre e com os homens) segundo um projecto-quadro de “estruturas básicas da justiça”. (CANOTILHO, 2003, p. 1294).
GLOBALIZAÇÃO, SOCIEDADE DIGITAL E A PROTEÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS (Cont.)
Os direitos fundamentais na era digital
A Revolução tecnológica, que estamos vivenciando, está causando diversas mudanças em nossa sociedade, que deve estar preparada para elas. Seguindo essa ótica, Pinheiro (2007, p. 301) relata o seguinte:
Acreditamos que a educação digital deve ser promovida simultaneamente à inclusão digital dos usuários, seja dos indivíduos que estão tendo o primeiro contato com as máquinas somente no ambiente de trabalho, seja da nova geração que já nasceu dentro de uma sociedade totalmente informatizada. Este último grupo necessita de orientação especial, já que crianças e adolescentes estão passando pelo amadurecimento de seus conceitos éticos, morais e de cidadania.
A Microsoft Brasil (2009), cumprindo sua função social, estimula programas como o descrito, na sequencia, fortalecendo os direitos fundamentais por meio da inclusão digital.
Reunidas no programa Potencial Ilimitado, as ações de cidadania da Microsoft Brasil são orientadas por sua missão de capacitar pessoas empresas a atingir seu potencial pleno. Todos os esforços são concentrados no objetivo de estender a um número cada vez maior de cidadãos os benefícios da Tecnologia, que precisa ser relevante, disponível e economicamente acessível. Estabelecida em 2007, a meta global é incluir digitalmente mais de 1 bilhão de pessoas até 2015.
A INCLUSÃO DIGITAL COMO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO
A inclusão digital é uma necessidade que se caracteriza a partir do fato de que a maior parte da sociedade ocupa um universo de inacessibilidade aos benefícios tecnológicos difundidos na sociedade da informação. (GUERREIRO, 2009, p. 5).
Conceitua Gasparetto Júnior (2002, p. 35), inclusão digital:
É o processo de alfabetização tecnológica e acesso a recursos tecnológicos, no qual estão inclusas as iniciativas para a divulgação da Sociedade da Informação entre as classes menos favorecidas, impulsionadas tanto pelo governo como por iniciativas de caráter não governamental.
Particularmente relevante é acompanhar a revolução provocada pelas chamadas Tecnologias da Informação e Comunicação, (COSTA, 2007, p. 9), assim quatro categorias de recursos concorrem para que as TIC´s ajudem na redução da exclusão social:
a) Recursos físicos: acesso a computadores e a redes de telecomunicações.
b) Recursos digitais: disponibilidade on-line de materiais digitais (conteúdo e língua).
c) Recursos humanos: educação e alfabetização (inclusive digital).
d) Recursos sociais: suporte institucional, da comunidade e das estruturas sociais.
A INCLUSÃO DIGITAL COMO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO (Cont.)
A INCLUSÃO DIGITAL COMO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO (Cont.)
A inclusão digital é uma necessidade para a inclusão social e é esta, em última instância, que irá promover o cidadão através da facilidade de acesso a emprego, relações sociais, maior acesso à informação, qualificação profissional etc. (SILVA NETO; CARVALHO, 2007).
Isto é, educar para a inclusão social na economia digital requer, segundo Guerreiro (2009, p. 3) principalmente:
• Preparar os indivíduos para melhor se adaptarem as condições globalizadas de mercado, a partir da eficiência operacional e a qualificação múltipla;
• Ensinar como operar com os meios tecnológicos de produção e comunicação, discernindo criticamente a relação entre minimizar custos para maximizar o lucro;
• Reforçar a individuação na modernidade e a autonomia, sem negar o capital relacional humano como condição para seu desenvolvimento;
• Sinalizar atentamente para o processo de unificação da cultura de consumo na parcela de menor poder aquisitivo e a sua diversificação na parcela com maior poder aquisitivo na sociedade, que acaba por legitimar os mecanismos de apartheid social;
A INCLUSÃO DIGITAL COMO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO (Cont.)
• Observar cuidadosamente os princípios da desterritorialização e do transnacionalismo global, criando recursos de promoção da identidade local enquanto referência para o desenvolvimento cultural humano na modernidade;
• Descaracterizar as telecomunicações e a informática como os grandes e únicos agentes propulsores da inclusão econômica e social na sociedade da informação; 
• Apresentar as redes sociais como um dos mecanismos organizadores dos interesses coletivos, sem negar a articulação presencial do movimento social como o principal promotor dos valores da cidadania;
• Apontar a racionalidade como a lógica que justifica os avanços tecnológicos, mas sem perder de a sensibilidade como o motor da evolução humana na sociedade da informação;
• Colocar a tecnologia como mediador e decodificador do problema de inclusão digital, reforçando o debate sobre a relação entre a consciência de si e a consciência coletiva do indivíduo, enquanto sujeito social de responsabilidades e comprometimentos;
• Evitar a desideologização dos indivíduos quanto aos impactos das ações institucionais estatais e privadas sobre a realidade social, econômica, política, cultural e ambiental.
A INCLUSÃO DIGITAL COMO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO (Cont.)
O direito ao acesso à internet
A velocidade do avanço na internet não deixou margem para escolha, limitando as trajetórias de desenvolvimento de modo a privilegiar apenas aquelas nações que optarem pela educação digital de sua população, afirma Castells (1999, p. 51).
No novo paradigma gerado pela sociedade da informação, temos:
A universalização dos serviços de informação e comunicação é condição fundamental, ainda que não exclusiva, para a inserção dos indivíduos como cidadãos, para se construir uma sociedade da informação para todos. É urgente trabalhar no sentido da busca de soluções efetivas para que as pessoas dos diferentes segmentos sociais e regiões tenham amplo acesso à internet, evitando assim que se crie uma classe de “info-excluídos”.
A INCLUSÃO DIGITAL COMO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO (Cont.)
Observando-se as iniciativas governamentais de inclusão digital, Costa (2007, p. 10), diz que se pode-se agrupá-las em pelo menos uma de quatro grandes linhas de atuação genérica, quais sejam:
• fornecimento de acesso à internet;
• recuperação e reaproveitamento de equipamentos de informática;
• treinamento ou capacitação, e finalmente;
• fornecimento de infra-estrutura para acesso à internet em localidades não servidas por meios de telecomunicações.
Nesse sentido, é imprescindível promover a alfabetização digital que proporcione a aquisição de habilidades básicas para o uso de computadores e da internet, mas também que capacite as pessoas para a utilização com responsabilidade e senso de cidadania. (TAKAHASHI, 2000, p. 31).
A INCLUSÃO DIGITAL COMO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO (Cont.)
Entre 2007 e 2008, percentual de domicílios, ligados à internet sobe de 20% para 23,8%, conforme divulgou o IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD):Em 2008, 17,95 milhões de domicílios brasileiros (31,2%) possuíam microcomputador, sendo 13,7 milhões (23,8%) com acesso à internet. Mais da metade dos domicílios com computador (10,2 milhões) estavam no Sudeste, dos quais 7,98 milhões tinham com acesso à internet. Apesar da evolução em relação a 2007, o gráfico abaixo mostra que persiste a desigualdade regional quanto ao acesso à internet. (IBGE, 2009).
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2008 investigou 391.868 pessoas em 150.591 domicílios por todo o país a respeito de sete temas (dados gerais da população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimento), tendo setembro como mês de referência. (IBGE, 2009).
A INCLUSÃO DIGITAL COMO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO (Cont.)
A INCLUSÃO DIGITAL COMO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO (Cont.)
A informação provendo à cidadania
É importante entender que cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la, é votar em quem quiser, é devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta, é o direito de ser negro sem ser discriminado, de praticar uma religião sem ser perseguido. (DIMENSTEIN, 1999, p. 29).
A socialização do acesso à internet significa a necessidade de romper as barreiras que impedem o exercício ampliado da cidadania com igualdade e liberdade. Sua efetivação contribuirá para o exercício da cidadania na sua dimensão política. (MELO, 2007, p.273).
As tecnologias de informação e comunicação, segundo Takahashi (2000, p. 45), devem ser utilizadas para integrar pois:
A inclusão social pressupõe formação para a cidadania, que significa que as tecnologias de informação e comunicação devem ser utilizadas também para a democratização dos processos sociais, para fomentar a transparência de políticas e ações de governo e para incentivar a mobilização dos cidadãos e sua participação ativa nas instâncias cabíveis.
A INCLUSÃO DIGITAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SUA EFETIVIDADE
O presidente Luís Inácio Lula da Silva, em visita a São Tomé e Príncipe, declarou: “Tomei a iniciativa de transformar a inclusão digital em política pública (...) É preciso estender as redes e as novas tecnologias da informação para as regiões rurais e mais remotas de nossos países (...) [para que] a inclusão seja completa.” (FOLHA DE SÃO PAULO, 2004).
É importante salientar que a preocupação com a infoinclusão tem permeado os programas de governo dos sucessivos grupos que vêm se alternando no poder no País, sobretudo em nível federal. (NAZARENO, 2007, p. 27) 
No entanto, complementa:
Embora a inclusão digital se constitua em tema recorrente dos discursos de representantes de todas as matizes ideológicas, a percepção dos especialistas em geral é de que a atitude governamental e legislativa em relação ao assunto é lenta e insuficiente, fruto da falta de engajamento da maioria da classe política e dos governantes na solução do problema da infoexclusão.
INCLUSÃO DIGITAL E O PAPEL DO PODER PÚBLICO
As políticas públicas de inclusão digital:
O governo Lula, apoiando-se em novas concepções no campo social e nos avanços tecnológicos, passou a dar maior prioridade à questão da divisão digital. Com a preocupação voltada para a inclusão social, redefiniu a política de inclusão digital brasileira. (MARCARO, 2006, p. 33).
O Observatório Nacional de Inclusão Digital (ONID) é uma importante ferramenta para os gestores de políticas públicas e iniciativas nessa temática, disponibiliza à sociedade informações detalhadas sobre os telecentros existentes em todo o país. (ONID, 2009).
O Decreto Nº 6.991, de 27 de Outubro de 2009, institui o Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades - telecentros.br, no âmbito da política de inclusão digital do Governo Federal, e dá outras providências. Dispõe o Art. 1o:
Fica instituído, no âmbito da política de inclusão digital do Governo Federal, o Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades - Telecentros.BR, coordenado pelos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão, das Comunicações e da Ciência e Tecnologia.
Parágrafo único. O Programa Telecentros.BR tem como objetivo desenvolver ações que possibilitem a implantação e a manutenção de telecentros públicos e comunitários em todo o território nacional.
INCLUSÃO DIGITAL E O PAPEL DO PODER PÚBLICO
Casa Brasil: programa interministerial que visa a criação de um equipamento público com módulos de atividades sobre inclusão digital e sociedade da informação. http://casabrasil.gov.br/; · 
Centros de Inclusão Digital: são laboratórios de informática que visam promover a inclusão digital de pessoas moradoras em comunidades carentes que ficam próximas às escolas. Os alunos da fundação são os monitores no programa. Conta com parceiros como Intel, Microsoft, Cisco e o MediaLab, o laboratório de mídias do Massachusetts Institute of Technology – MIT, dos Estados Unidos. http://www.fb.org.br/Institucional/AcoesComunitarias/CentrosDeInclusaoDigital/;
Computador para Todos: o projeto visa facilitar a aquisição de computadores através da isenção fiscal para a indústria e em crédito para o consumidor. http://www.computadorparatodos.gov.br;
Computadores para Inclusão: projeto promovido pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do MPOG, o Ministério do Trabalho e Emprego e o da Educação para promover o recondicionamento de computadores descartados pelo governo, empresas estatais e iniciativas privada, para serem usados em telecentros comunitários, escolas e bibliotecas. · CGI
INCLUSÃO DIGITAL E O PAPEL DO PODER PÚBLICO
CGI - Comitê Gestor da internet no Brasil: através de sua coordenação visa integrar os serviços internet no país. Realiza pesquisas sobre internet no Brasil de forma a contribuir para o melhor caminho a ser seguido. http://www.cgi.br/; 
Gesac - Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão: programa federal que visa levar equipamento, conexão, serviços e metodologias de trabalho para comunidades carentes. http://www.idbrasil.gov.br/menu_interno/docs_prog_gesac/institucional/oque egesac.ht ml;
Rede Saci: promove a difusão de informações sobre deficiência, visando a estimular a inclusão social e digital das pessoas com deficiência. http://www.saci.org.br;
Rede Jovem: promove através de centros de acesso à internet a troca e solução coletiva de problemas comuns à juventude. É uma iniciativa da ong Comunitas e é implantado em periferias de metrópoles oferecendo aos jovens acesso as novas tecnologias. www.redejovem.org.br;
Pontos de Cultura - Cultura Digital: fornece meios para promover o compartilhamentodas produções geradas pela ação em rede dos Pontos de Cultura federais, promovendo troca de experiências.
http://www.cultura.gov.br/programas_e_acoes/cultura_viva/programa_cultur a_viva/cultura_digit al/index.php;
INCLUSÃO DIGITAL E O PAPEL DO PODER PÚBLICO
Programa Banda Larga nas Escolas;
Programa Computador Portátil para Professores;
Programa Estação Digital;
Programa SERPRO de Inclusão Digital - PSID;
ProInfo - Programa Nacional de Informática na Educação;
Projeto Computadores para Inclusão;
Quiosque do Cidadão;
Territórios Digitais;
TIN - Telecentros de Informação e Negócios;
UCA - Projeto Um Computador Por Aluno. (ONID, 2009).
LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO AMBIENTE ONLINE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
INTRODUÇÃO:
É evidente que a Constituição Federal de 1988, aquele que garante a autodeterminação entre tantos direitos fundamentais, garantiu aos cidadãos brasileiros, a dignidade humana e a democracia e a possibilidade de exercício da Liberdade de Expressão.
Entende-se por Liberdade de Expressão a possibilidade que todo indivíduo possui de emitir opiniões acerca dos mais variados temas, na busca da verdade, sem que com isso possa sofrer censura.
Assim, em razão desta liberdade, considera-se o espaço virtual um campo aberto para que haja a emissão destas opiniões.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO AMBIENTE ONLINE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
O ESPAÇO VIRTUAL:
O termo “espaço virtual” traz em si mesmo o seu significado real por setratar de uma nova tecnologia, que não se apresenta como tão nova assim, mas ainda causa curiosidade e necessidade de compreensão de muitos. Ainda que grandemente utilizado, o termo possui difícil conceituação, principalmente no que se refere ao público leigo.
Rede telemática é o conjunto das tecnologias de informação e de comunicação que culmina na reunião entre as tecnologias de telecomunicação como satélite, fibra ótica e telefone e de informática como redes, softwares e computadores, permitindo o processamento, a compressão, o armazenamento e a comunicação de grandes quantidades em curto prazo de tempo, entre usuários localizados em qualquer ponto do planeta.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO AMBIENTE ONLINE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
CONCEITO:
É o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo.(Pierre Lévy, em sua obra “Cibercultura”, utiliza a nomenclatura “cyber espaço”.)
Pode-se, portanto, entender que o espaço virtual é o meio de comunicação que se origina da conexão existente na rede mundial de computadores. As tecnologias digitais são a infraestrutura do espaço virtual e a internet faz parte deste bojo de tecnologias.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO AMBIENTE ONLINE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
LIBERDADE DE EXPRESSÃO: UM BREVE CONCEITO
A Constituição da República Federativa do Brasil consagra “em seu rol de Direitos Fundamentais um dos pilares para a concretização do Estado Democrático de Direito, que é a Liberdade de Expressão”.
art. 5°, IV, assim prevê: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”.
E esse Direito Fundamental está intimamente ligado ao processo de concretização da democracia, que se desdobra na possibilidade do cidadão expressar suas opiniões.
Felipe Chiarello de Souza Pinto e José Luis de Almeida Simão assim asseveram sobre sua importância:
Tendo como norte a proteção desses importantes valores sociais, a liberdade de expressão foi positivada de forma bastante ampla no texto constitucional, com menção expressa em diversos dispositivos, tanto no rol de direitos e garantias individuais quanto no capítulo dedicado à comunicação social
LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO AMBIENTE ONLINE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
LIBERDADE DE EXPRESSÃO E ADPF’S 130 (LEI DE IMPRESA) E 187 (MARCHA DA MACONHA)
há de se salientar que a Liberdade de Expressão, em caso de ponderação em caso de colisão de Direitos Fundamentais, tem prevalência sobre os outros direitos. Tanto é que, no julgamento da ADPF 130288 (Lei de Imprensa), o Min. Rel. Ayres Brito foi enfático no seu voto ao declarar que a Liberdade de Expressão tem “posição preferencial” em relação aos outros direitos fundamentais.
Ainda, em turno da ADPF 187289 (Marcha da Maconha), O Min. Rel. Celso de Mello entendeu que “liberdade de expressão só pode ser proibida quando for dirigida a incitar ou provocar ações ilegais iminentes”.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO AMBIENTE ONLINE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
LIMITAÇÕES À LIBERDADE DE EXPRESSÃO E A PROIBIÇÃO CENSURA
Ainda que exista a cautela em restringir os discursos que extravasem alguns limites, a Liberdade de Expressão não deve ser tolhida por qualquer motivo. Tanto é que a própria Constituição Federal, em seu artigo 5°, IX, proíbe a censura.
Assim, ainda que a Liberdade de Expressão possa ser relativizada por outros direitos fundamentais, como a honra, imagem e intimidade, é certo que as manifestações não podem sofrer censura, mas apenas a responsabilização dos seus emitentes, em um momento posterior.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO AMBIENTE ONLINE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Esta ideia nasceu na Inglaterra e, segundo a Suprema Corte Americana, é dever apenas a responsabilização após a publicação do ato. Neste sentido:
Existe uma distinção honrada pelo tempo entre proibir uma expressão no futuro e penalizar expressão passada. A doutrina da restrição prévia se originou no common law da Inglaterra, onde as restrições prévias à imprensa não eram permitidas, mas tão somente a penalização depois da publicação. 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO AMBIENTE ONLINE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
No Brasil, conforme prescrição constitucional, a censura é inadmissível. Contudo, há de se notar que a responsabilização daqueles que extrapolam a Liberdade de expressão é evidente. Sarlet e Robl Filho, analisando a jurisprudência do Supremo tribunal Federal, demonstram:
Nesse contexto e de acordo com a precisa e oportuna síntese de Daniel Sarmento, muito embora a posição adotada pelo Ministro Carlos Ayres de Britto no julgamento da ADPF n. 130, quando sustentou que nenhum limite legal poderia ser instituído em relação à liberdade de expressão, pois as limitações existentes seriam apenas aquelas já contempladas no texto constitucional, cabendo tão-somente ao Poder Judiciário fazer as ponderações pertinentes em caso de tensões com outros direitos, o Ministro Gilmar Ferreira Mendes, no voto condutor que proferiu no Recurso Extraordinário n. 511.961/SP, observou que as restrições à liberdade de expressão em sede legal são admissíveis, desde que visem a promover outros valores e interesses constitucionais também relevantes e respeitem o princípio da proporcionalidade. 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO AMBIENTE ONLINE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E O MARCO CIVIL DA INTERNET
O artigo 3°, I, da Lei 12.965/2014 prescreve que:
Art. 3º A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:
I - garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição Federal. 
O Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), que teve por objetivo precípuo regulamentar o uso da internet por usuários e provedores, normatizou direitos, deveres, princípios e garantias, dentre eles a Liberdade de Expressão. 
Assim, para que se evite a prática de censura, principalmente pelos provedores de internet, a Lei 12.965/2014 garante a sua não responsabilização por conteúdo gerado por terceiros. Assim, permite-se que os provedores não se sintam na necessidade de fiscalizar os conteúdos que hospedam. 
Tanto é que Willis Santiago Guerra Filho e Henrique Garbeline Carnio expõem que o Marco Civil da Internet foi criado com base em 3 pilares que são a neutralidade da rede, a privacidade dos usuários e, o que interessa ao presente ensaio, a Liberdade de Expressão.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO AMBIENTE ONLINE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
E para a garantia da Liberdade de Expressão na internet, conforme já dito acima, a referida lei criou mecanismos para coibir a censura, principalmente por parte dos provedores, ao desonerá-los da responsabilidade do conteúdo gerado por terceiros. 
O artigo 18 da Lei 12.965/2014 assevera que “o provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros”. 
Além disso, para garantir a Liberdade de Expressão e evitar a censura, ainda, prescreve a Lei em turno de seu artigo 19:
Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário. 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO AMBIENTE ONLINE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
O provedor de internet só será responsabilizado por conteúdo de terceiro caso não respeite ordem judicial no sentido da retirada do conteúdo da rede. Ainda, conforme o artigo 21, também será responsabilizado subsidiariamente o provedor que disponibilizar conteúdo que viole a intimidade de outrem, após o pedido de retirada.
Art. 21. O provedor de aplicações de internetque disponibilize conteúdo gerado por terceiros será responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação, sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notificação pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo. 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO AMBIENTE ONLINE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
FAKE NEWS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
O termo fake news definitivamente ganhou as redes sociais ou na imprensa televisiva ou impressa. É o assunto do momento. A força deste “fenômeno” é tamanha que já creditaram a ele vitórias em eleições como nos Estados Unidos e no Brasil. 
As fake news, diferentemente das notícias que aparentemente se apresentam como mentira, possuem potencial prejuízo à sociedade e à democracia. Não há que se confundir fake news com notícias com fundo humorístico e nem aquelas que são acometidas de erro. As notícias jornalísticas que possuem erros não são notícias falsas, e sim notícias com erros de checagem apenas. 
Quando fake news é criada, apresentada e divulgada para obter vantagens econômicas, prejudicar imagem/honra ou para enganar deliberadamente o público ou uma pessoa específica, suscetível de causar um prejuízo, possibilita ao Poder Judiciário o seu controle. Caso não haja o nexo entre falsidade e dano, por intermédio do dolo (vontade de promover o dano), o Direito não deve se manifestar. Passando disso, estar-se-á falando de censura. 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO AMBIENTE ONLINE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Por fim, com a constatação de uma notícia fraudulenta, ainda que não haja censura, é passível a responsabilização posterior do produtor deste tipo de conteúdo. E esta reponsabilidade alcança tanto a ordem civil, com o pedido judicial de retirada da internet do conteúdo fraudulento, bem com a reparação por danos morais. 
Também, existe a responsabilidade criminal, notadamente nos artigos 138 a 140 do Código Penal e também do tipo penal chamado de fake news eleitoral, previsto no artigo 326-A do Código Eleitoral (com a alteração trazida pela Lei 13.834 de 4 de junho de 2019). 
MARKETING DIGITAL
DESENVOLVIMENTO DO MARKETING DIGITAL
 Conceito:
O marketing digital é o conjunto de estratégias de marketing e publicidade, aplicadas a Internet, e ao novo comportamento do consumidor quando está navegando. Não se trata de um ou outra ação, mas de um conjunto coerente e eficaz de ações que criam um contato permanente da sua empresa com seus clientes. O marketing digital faz com que os consumidores conheçam seu negócios, confiem nele, e tomem a decisão de compra a seu favor.
DESENVOLVIMENTO DO MARKETING DIGITAL
Entendendo o consumidor online:
O marketing digital está se tornando cada dia mais importante para os negócios e para as empresas. Não por uma questão de tecnologia, mas uma mudança no comportamento do consumidor, que está utilizando cada vez mais a Internet como meio de comunicação, informação, relacionamento e entretenimento.
Imagine suas ultimas compras. Quantas vezes você usou o Google para encontrar um artigo de comparativo entre smart-phones, ou uma análise entre as diferenças da TV LCD e LED, ou ainda para encontrar uma opinião sobre um local ou um hotel de férias. A grande maioria dos consumidores usa a Internet como fonte de informação para construir sua imagem sobre produtos e serviços, antes de tomar sua decisão de compra.
DESENVOLVIMENTO DO MARKETING DIGITAL
Para seu empreendimento cresça e se desenvolva, ele tem que estar onde o seu cliente está, assim sua empresa têm que estar presente na Internet, e desenvolver uma estratégia de marketing digital eficiente. Se você observar o que falei até aqui, verá que seu consumidor:
Pesquisa nas ferramentas de busca por conteúdo.
Utiliza as mídias sociais e é afetado por elas.
Propaga as informações que recebe de outros para seus amigos quando julga interessante
Utiliza o e-mail, mas é muito seletivo em relação ao que recebe em sua caixa postal.
É, afetado pela publicidade online, embora em pequena escala.
DESENVOLVIMENTO DO MARKETING DIGITAL
As Sete Estratégias do Marketing Digital:
Observando o comportamento do consumidor online, e uma visão prática de marketing, de expor sua marca, manter contato com os consumidores, e se relacionar com eles, é que a literatura fala em Sete Estratégias do Marketing Digital:
I - Marketing de conteúdo; II - Marketing nas mídias sociais. III - Marketing viral. IV - E-mail marketing; V - Publicidade online; VI - Pesquisa online e VII - Monitoramento.
Com este conjunto de estratégias sua empresa pode trabalhar ações de marketing digital, integradas no contexto do seu negócio, com as ações de marketing e publicidade convencionais.
ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL
Dicas de marketing de conteúdo:
O marketing de conteúdo é o conjunto de ações de marketing digital que visam produzir e divulgar conteúdo útil e relevante na Internet para atrair a atenção e conquistar o consumidor online.
O marketing de conteúdo envolve diversas técnicas e ações, desde a correta concepção do site, otimização do site para ferramentas de busca (SEO), construção de um blog, e inúmeras outras, que visam tornar seu site visível para as ferramentas de buscam, como o Google, e atraente para o seu consumidor.
Para tanto, defina seu público-alvo, de forma clara e específica, planeje o conteúdo, não pense em produtos ou serviços, pense em informações úteis.
SEO é a sigla de Search Engine Optimization (otimização de mecanismos de busca) e é o conjunto de técnicas usadas, geralmente divididas entre tecnologia, conteúdo e autoridade, para alcançar bom posicionamento de páginas de um site no Google e em outros buscadores, gerando tráfego orgânico.
ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL
Dicas de marketing de conteúdo:
Algumas perguntas devem ser respondidas:
Quem é o público-alvo?
O que se pretende do público-alvo?
Como se comporta o público-alvo?
Que informação o público-alvo busca?
Que conteúdo produzir para o público-alvo?
Como produzir esse conteúdo?
ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL
Dicas de marketing de conteúdo:
Respondidas as perguntas anteriores, ponha-as em pratica:
Alocando recursos.
Crie Blogs.
Divulgue-os.
Conteúdo útil e relevante.
Foco é tudo.
Monitore seus resultados.
ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL
Dicas de marketing nas mídias sociais:
O marketing nas mídias sociais é o conjunto de ações de marketing digital que visam criar relacionamento entre a empresa e o consumidor, para atrair a sua atenção e conquistar o consumidor online.
O marketing nas mídias sociais envolve basicamente relacionamento com seus clientes através da Internet. Esqueça a publicidade. Um dos grandes erros das empresas nas mídias sociais é querer fazer propaganda de seu produtos e serviços sem ao menos criar relacionamento com seu público.
Traçadas tais premissas, use seu blog, crie Twitter, Instagram, Facebook e Orkut (srsrsrsrsrs), faça um mapa, crie seu perfil/identidade nas redes sociais, interaja com seus consumidores/clientes, promova ações e as divulgue, tudo com a estrita finalidade de impulsionar o processo de divulgação e alcance dos seus produtos pelo clientes.
FERRAMENTAS PARA MARKENTING DIGITAL E DISCIPLINA DO CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB
Código de ética da OAB: novas regras de publicidade para advogados
No dia 17/06/2021 a OAB aprovou o uso de marketing por escritórios e advogados. O foco é sobre o que pode ser feito nos meios digitais.
Os conselheiros bateram o martelo sobre dois artigos:
“é permitido o #marketingjurídico, desde que exercido de forma compatível com os preceitos éticos e respeitadas as limitações impostas pelo Estatuto da Advocacia, Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina”;
Estabelece alguns conceitos. O conceito de marketing jurídico definido é: “…consistente na utilização de estratégias planejadas para alcançar objetivosdo negócio no ramo da advocacia”.
QUAL O TIPO DE PROPAGANDA QUE O ADVOGADO PODE FAZER?
Mesmo com as novas diretrizes que permitem a propaganda digital segue proibida a utilização de marketing para captar clientes pela indução à contratação dos serviços de advocacia e estímulo ao litígio.
“A publicidade profissional deve ser sóbria, discreta e informativa”.
Entenda neste conteúdo como fazer propaganda de forma sóbria, discreta e informativa sem ferir os preceitos legais da OAB.
Código de ética OAB 2022: limite da publicidade na advocacia
MARKETING DE CONTEÚD
O Código de Ética da OAB possui uma restrição severa em relação à utilização da publicidade por advogados e escritórios de advocacia através da Internet. O Art. 46 do documento explicita como deve ser feito o uso da rede mundial pelos profissionais, em se tratando da questão da publicidade, como podemos observar abaixo:
Art. 46. A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios eletrônicos deverá observar as diretrizes estabelecidas neste capítulo.
Parágrafo único. A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou representem forma de captação de clientela.
CÓDIGO DE ÉTICA OAB 2022: LIMITE DA PUBLICIDADE NA ADVOCACIA
MARKETING DE CONTEÚDO
Mesmo tendo sido proibido o oferecimento de serviço, ou a captação de clientes por meio da Internet, este trecho autoriza que pode-se utilizar um método específico de publicidade, que nada mais é do que o marketing de conteúdo. A informação é corroborada pelo Art. 39:
Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.
Desse modo, o marketing de conteúdo está autorizado. Mas o que é o marketing de conteúdo? É a criação de conteúdo informativo relevante, e que seja capaz de atrair a atenção de um público determinado na esfera da Internet, gerando uma imagem de autoridade para a sua empresa.
O QUE DIZ O CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB 2022 SOBRE A PUBLICIDADE NA PROFISSÃO?
PROIBIÇÕES
Veiculação de publicidade através de cinema, rádio e televisão, e o uso de outdoors, painéis luminosos ou qualquer outro tipo de publicidade proveniente deste método, assim como inscrições em espaços públicos como muros, disponibilizar dados de contato como telefone e email em artigos literários, jurídicos e culturaisos, paredes, veículos e elevadores, bem como a participação de advogado em eventos como programas de radio ou de televisão, e em matérias ceiculadas pela internet, com com clara referência a elementos que caracterizem publicidade para captação de clientela.
PERMISSÕES
Utilização de placas, painéis luminosos e inscrições nas fachadas, se e apenas eles possuírem caráter informativo, com toda a discrição e sobriedade exigidas pelas determinações da legislação, igualmente permitido participação do advogado em meios diversos de comunicação, desde que essa presença não esteja condicionada a induzir o leitor com a clara intenção de promover captação de clientela para o seu negócio.
COMO UM ADVOGADO PODE ESTAR PRESENTE NA MÍDIA RESPEITANDO O CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB?
TV
Ao participar de programas de televisão, seja para dar entrevistas ou realizar manifestações profissionais, o advogado só pode falar de objetivos que sejam unicamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem nenhum tipo de promoção pessoal ou profissional.
Rádio
Assim como na televisão, o advogado só pode participar de programas de rádio se for para dar entrevistas sobre assuntos ilustrativos, educacionais e instrutivos. Como o item acima, fica vedada toda e qualquer abordagem referente a promoções pessoais e profissionais.
Eventos
Segundo o novo Código de Ética da OAB, o advogado (ou o escritório de advocacia) pode patrocinar eventos ou publicações de caráter jurídico. Essa regra pode ser aplicada a boletins, tanto por meio físico ou eletrônico, de matérias relacionadas aos interesses dos advogados, desde que estejam direcionados única e exclusivamente a clientes ou interessados do próprio meio profissional.
COMO UM ADVOGADO PODE ESTAR PRESENTE NA MÍDIA RESPEITANDO O CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB?
Jornais
O advogado pode utilizar os jornais como ferramenta de comunicação, no sentido de divulgar o seu trabalho (e seu escritório) ao público, desde que as informações contidas nele não tragam um caráter totalmente mercantil. De todo modo, os anúncios não são proibidos pela OAB.
Email MKT
É autorizado o uso do email, pelo advogado ou escritório de advocacia, como um veículo de publicidade profissional. A Ordem dos Advogados do Brasil permite isso, desde que os emails sejam enviados aos colegas de trabalho, clientes e a todas as pessoas que solicitaram ou autorizaram, de maneira antecipada, o envio.
Whatsapp Business
Apesar do Código de Ética da OAB não se posicionar de maneira clara sobre o uso do Whatsapp para advogados, a sua utilização deve seguir as normas já existentes. Ou seja, o advogado (ou escritório) deve prezar pela cautela, sem fazer apologia dos serviços oferecidos.
COMO SABER SE NÃO ESTOU INFRINGINDO O CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB COM PUBLICIDADE?
Pode-se veicular anúncios da sociedade de advogados, desde que esteja inserido os nomes e o registro da OAB dos profissionais, assim como o número de registro da sociedade de advogados, endereço eletrônico e o horário de atendimento;
O advogado pode ter website, além de veicular anúncios na Internet. Mas ele deve utilizar a mesma moderação que é aplicada em jornais e revistas especializadas;
A OAB permite a divulgação, pelo escritório de advocacia ou pelo advogado, do endereço do site na internet, além da publicação de anúncios do website em outros sites pela rede;
Logotipos são permitidos, desde que estejam compatíveis com a sobriedade exigida pela advocacia;
Os advogados e os escritórios de advocacia podem veicular publicidade em página de revista jurídica na Internet;
COMO SABER SE NÃO ESTOU INFRINGINDO O CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB COM PUBLICIDADE?
É permitido ao advogado participar de revistas jurídicas na Internet;
A participação em páginas de cadastro de profissionais jurídicos na Internet é permitida;
Referências a títulos, qualificações profissionais, especialização técnico-científica, endereços, horário de expediente e meios de comunicação também são permitidas;
Se existir reportagem jornalística sobre a participação de advogados em seminário jurídico, desde que seja apenas informativa e moderada, a autorização é permitida;
 A publicidade do advogado ou do escritório de advocacia só pode ocorrer em veículos especializados;
COMO SABER SE NÃO ESTOU INFRINGINDO O CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB COM PUBLICIDADE?
O advogado pode utilizar revistas e jornais especializados em Direito, para veicular anúncios de serviço de apoio a profissionais do mesmo campo profissional;
O advogado ou escritório pode mencionar a sua especialidade nos anúncios;
Respeitando a sobriedade do campo advocatício, podem ser utilizadas fotografias nas home pages;
Os profissionais de advocacia podem comparecer em eventos nos quais serão premiados, pois eles são considerados consequências do evento;
O advogado pode divulgar os eventos nos quais irá participar como palestrante.
O QUE MUDOU NO CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB EM 2022?
A conduta do advogado em suas atividades profissionais deve sempre estar relacionada à busca de soluções ou redução de litígios;
A advocacia pro bono (prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos) deve sempre ser aplicada para instituições sociais sem fins econômicos, e às pessoas assistidas por elas, principalmente quando os beneficiários não possuírem recursos para a contratação de advogados;
O advogado que tiver a ajuda de colegas para a realização de serviços advocatícios não pode tratar os mesmos como subalternos, ou oferecer remuneração incompatível com a Tabela de Honorários;
Se ocorrer a instauraçãode processo disciplinar, ela deve se dar em função do conhecimento do fato, quando obtido por meio de fonte idônea ou em virtude de comunicação da autoridade competente. Essa representação deve ser formulada pelo Presidente do Conselho Seccional ou pelo Presidente da Subseção, por escrito ou verbalmente, sendo reduzida a termo após esse procedimento;
O QUE MUDOU NO CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB EM 2022?
São admitidas, como forma de publicidade, as seguintes modalidades: patrocínio de eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, e divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, de matéria cultural de interesse dos advogados, contanto que sua circulação fique restrita aos clientes e aos interessados do meio jurídico;
Telefonia e internet podem ser usadas como meios de publicidade, desde que não ofereçam serviços ou possibilidades de captação de clientes.
VALE INVESTIR EM REDES SOCIAIS SEM PODER IMPULSIONAR?
Mesmo sendo a forma mais acessível e barata para utilizar a publicidade, principalmente em se tratando de um advogado iniciante, é preciso cautela antes de contratar o serviço de impulsionamento. Conhecer o posicionamento do TED ao qual o advogado é ligado é importante para verificar se esse procedimento vale a pena.

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