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Aulas - Crimes Contra Pessoa

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CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
Sumário 
Aula 1 – 22/02 .................................................................................................................................. 2 
LESÃO CORPORAL ........................................................................................................................ 2 
LESÃO CORPORAL .................................................................................................................... 2 
LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE ............................................................................ 2 
Aula 2 – 08/03 .................................................................................................................................. 3 
LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVÍSSIMA .................................................................. 4 
LESÃO CORPORAL LEVE – 129 CAPUT................................................................................... 5 
LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE ............................................................................... 5 
Aula 3 – 15/03 .................................................................................................................................. 6 
LESÃO CORPORAL – 129, CAPUT ............................................................................................ 6 
LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE ............................................................................... 6 
LESÃO CORPORAL CULPOSA .................................................................................................. 7 
REVISÃO ..................................................................................................................................... 9 
Aula 4 – 22/03 .................................................................................................................................. 9 
CRIME DE RIXA .......................................................................................................................... 9 
AÇÃO PENAL ................................................................................................................................ 11 
Aula 5 – 29/03 ................................................................................................................................ 11 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL ................................................................................................ 11 
Aula 6 – 05/04 ................................................................................................................................ 14 
AMEAÇA ........................................................................................................................................ 14 
AMEAÇA X ESTADO DE IRA .................................................................................................... 14 
PERSEGUIÇÃO – STALKING ................................................................................................... 15 
Aula 7 – 12/04 ................................................................................................................................ 15 
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA CONTRA A MULHER .................................................................. 17 
DANO PSÍQUICO X DANO PSICOLÓGICO ............................................................................. 17 
Aula 8 – 19/04 ................................................................................................................................ 18 
Aula 9 – 26/04 ................................................................................................................................ 20 
M1 .................................................................................................................................................. 20 
Aula 10 – 03/05 .............................................................................................................................. 20 
Devolutiva da M1 ........................................................................................................................... 20 
Aula 11 – 10/05 .............................................................................................................................. 20 
Sequestro e Cárcere Privado ............................................................ Erro! Indicador não definido. 
Aula 12 – 17/05 .............................................................................................................................. 23 
Sequestro e Cárcere Privado - Continuação.................................................................................. 23 
 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
Aula 1 – 22/02 
LESÃO CORPORAL 
LESÃO CORPORAL 
É um crime de caráter subsidiário, isto é, o indivíduo apenas irá responder se esta lesão 
corporal não for praticada objetivando um crime mais grave. 
 
 Crime preterdoloso – O agente possuía dolo em atingir o resultado lesão corporal, porém 
incidiu com culpa frente ao resultado. (ex.: O agente disfere um soco na vítima, e esta 
perde a consciência, bate a cabeça no concreto e vem a falecer.) 
 Crime preterdoloso: O agente possuía dolo em atingir o resultado lesão corporal, porém incidiu com 
culpa frente ao resultado. (ex.: O agente disfere um soco na vítima, e esta perde a consciência, bate 
a cabeça no concreto e vem a falecer.) 
 A ação se perpetuou para além do objetivo do agente 
 A prioridade do legislador é sempre em relação à prática dolosa. Qual é a intenção do 
agente? 
CONCAUSAS 
Presença de mais uma causa, além da conduta do agente, que influem para com o 
resultado. 
 
LESÃO CORPORAL 
Art. 129 – Ofender a integridade corporal ou a saúde (FISIOLÓGICA / PSÍQUICA) de outrem: 
Pena – detenção, de três meses a um ano. 
LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE 
§ 1º Se resulta – LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE 
 
I. Incapacidade para as ocupações habituais (QUAISQUER), por mais de trinta dias; 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
 O perito indica o prazo que a vítima ficará incapacitada. Caso este período seja 
superior a 30 dias, estamos diante de lesão corporal de natureza grave. 
 O grau da lesão será atestado, necessariamente, pelo perito. 
 Caso não haja um parecer técnico do perito, a situação do agente será atenuada; 
 Este inciso trata de quaisquer tipos de ocupação (trabalho, afazeres domésticos, 
atividades de lazer, academia etc.) 
 Todo crime / contravenção penal que deixa vestígios no corpo da vítima, implica na 
realização obrigatória de exames periciais – CORPO DE DELITO; 
 
 Aula 2 – 08/03 
 
II. Perigo de vida; 
 Perigo de vida real, palpável e imediato decorrente da lesão corporal de natureza 
grave; 
 Também é possível ponderar a questão de a vítima submeter-se a alguma cirurgia de 
risco em razão da lesão corporal; 
III. Debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
 Enfraquecimento / redução da capacidade de exercer uma função. Exemplo: O 
indivíduo leva um golpe de faca na região do abdômen, e, consequentemente, 
comprometeu o funcionamento de um de seus rins. Nesse caso, trata-se de 
debilidade permanente, pois o ser humano possui dois rins. 
 Deve-se analisar a situação da vítima anteriormente à lesão corporal. Isto é, caso, por 
exemplo, a vítima possua os dois membros inferiores, e é acometida pela lesão 
corporal, resultando na perda de um destes, estamos tratando de lesão corporal de 
natureza grave. 
 
IV. Aceleração de parto: 
 A criança deve, necessariamente, nascer com vida. 
 Contudo, caso a criança nasça natimorto, ou, ainda, sobrevenha com vida em 
curtíssimo prazo, e logo depois vem a falecer, em razão da prematuridade, o agente 
irá responder por LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE – em relação à mãe e 
HOMICÍDIO – em relação da criança); 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
 Se a criança nascer saudável,o agente irá responder tão somente por lesão corporal 
de natureza grave – em relação à mãe. Contudo, caso a criança nasça com algum 
problema de saúde, em razão da prematuridade, o agente irá responder por algum 
ilícito penal em relação à criança 
 O tipo penal exige o conhecimento prévio por parte do agente da situação da vítima 
(estar grávida). Se este não sabe, não há como haver dolo em relação à lesão 
corporal; 
 Caso a lesão corporal venha se enquadrar como grave e gravíssima, ao mesmo 
tempo, o Princípio da Consunção atuará neste caso, resultando na absorção da 
natureza grave pela gravíssima. 
Pena – reclusão, de um a cinco anos. 
LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVÍSSIMA 
§ 2° Se resulta – LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVÍSSIMA – QUALIFICADORA 
 
I. Incapacidade permanente para o trabalho; 
 Diferentemente do que prevê o artigo 129, parag. 1º, inciso I, torna-se gravíssima a 
lesão corporal quando dela decorrer incapacidade permanente para o trabalho, ou 
seja, somente a incapacidade laborativa caracterizará a lesão gravíssima com 
fundamento neste inciso (portanto, a incapacidade temporária para o trabalho e a 
incapacidade permanente para outras ocupações, que não o trabalho, tornarão 
grave a lesão); 
 Trabalho que a vítima exerce 
 A ideia de capacidade permanência, trata-se de incapacidade por tempo 
indeterminado; 
 
II. Enfermidade incurável 
 Enfermidade – doença, por exemplo o vírus do HIV; 
 Trata-se da forma dolosa. A forma culposa o código irá especificar. Exemplo: O 
indivíduo é portador do vírus do HIV, e mantém relações sexuais com seu parceiro(a), 
contudo não relata isso. Posteriormente, a vítima acaba adquirindo a doença. 
III. Perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
 Deve-se analisar a situação da vítima anteriormente à lesão corporal. Isto é, caso, por 
exemplo, a vítima possua apenas 1 membro inferior, e é acometida pela lesão 
corporal, resultando na perda deste, estamos tratando de lesão corporal de natureza 
gravíssima. 
 
IV. Deformidade permanente; 
 Alteração permanente no aspecto normal. 
 Além disso, importa na condição da vítima. Exemplo: Um golpe de faca que resultou 
em uma cicatriz é diferente de uma deformidade facial de uma pessoa que use barba 
e a esconda; 
 A possibilidade de reparação por cirurgia plástica não afasta a imputabilidade do 
agente. 
 
V. Aborto: 
 O tipo penal exige o conhecimento prévio por parte do agente da situação da vítima 
(estar grávida); se este não sabe, não há como haver dolo em relação à lesão 
corporal; 
 A vítima é a gestante; 
 Caso a criança venha falecer, o agente irá responder por dois crimes – um em relação 
a mãe e outro pelo bebê. 
Pena – reclusão, de dois a oito anos. 
LESÃO CORPORAL LEVE – 129 CAPUT 
 Critério – exclusão; remanescente 
 Verbo nuclear – Ofender (prejudicar) 
LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE 
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, 
nem assumiu o risco de produzi-lo: 
 O agente não quer o resultado morte, apenas ofender a integridade física; 
 Dolo na conduta (agressão física), culpa no resultado (morte) – CRIME PRETERDOLOSO; 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
 A morte da vítima é fruto de ação / omissão dolosa ou de mero fato culposo?; 
 A arma não necessariamente é o único instrumento capaz de causar a lesão corporal 
seguida de morte 
Pena – reclusão, de quatro a doze anos. 
Aula 3 – 15/03 
LESÃO CORPORAL – 129, CAPUT 
 Sujeito Passivo; 
 Sujeito Ativo; 
 Graus de lesão: 
 Leve (caput); 
 Grave (parag. 1º); 
 Gravíssima (parag. 2º) 
 Elementos subjetivos do crime estão vinculados à TIPICIDADE SUBJETIVA (DOLO, CULPA e 
PRETERDOLO). Exemplo: Lesão corporal 
 
LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE 
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu 
o risco de produzi-lo: 
 Dolo na conduta, culpa no resultado 
 Homicídio culposo (S/ DOLO) ≠ lesão corporal seguida de morte (C/DOLO) 
Pena – reclusão, de quatro a doze anos. 
 
DIMINUIÇÃO DE PENA 
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o 
domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir 
a pena de um sexto a um terço; 
 A ação de grupos civis ante à aplicação da “justiça” com as próprias mãos torna-se complicado 
encaixar em motivo de relevante valor social ou moral. 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
SUBSTITUIÇÃO DA PENA 
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pena de multa, de 
duzentos mil réis a dois contos de réis: 
I. se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; 
II. se as lesões são recíprocas. 
 
LESÃO CORPORAL CULPOSA 
§ 6° Se a lesão é culposa: 
Pena – detenção, de dois meses a um ano – JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL (JECRIM) 
 
 A competência de juízo varia, entre outros critérios, pela quantidade de pena imposta pela 
infração penal; 
 Procedimento mais rápido; 
 Lesão corporal na condução de veículo automotor – art. 302, CTB (PREVISÃO APENAS DE 
FORMA CULPOSA) 
 Lesão corporal culposa – art. 129, § 6° (FORMA CULPOSA); 
 Art. 302, CTB – Homicídio culposo (IMPRUDÊNCIA; NEGLIGÊNCIA e IMPERÍCIA) 
 A presença de dolo modifica totalmente a situação, pois, por exemplo, caso o agente queira 
ferir alguém especificamente, estando na condução de veículo automotor, não será 
aplicado o CTB; 
 
DIMINUIÇÃO DE PENA 
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou 
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz 
pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 
SUBSTITUIÇÃO DA PENA 
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de 
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis: 
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; 
II - se as lesões são recíprocas. 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
Lesão corporal culposa 
§ 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
AUMENTO DE PENA 
§ 7º - Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4º e 6º do art. 
121 deste Código; 
 
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121 
 O agente já sofreu punição severa pelo próprio ato. Exemplo: O indivíduo que deu causa a 
um acidente de trânsito é pai da vítima que veio a falecer. Neste caso, torna-se desnecessária 
a aplicação de pena ao infrator. 
 Violência Doméstica – NÃO NECESSARIAMENTE ESTÁ ASSOCIADA À VIOLÊNCIA COMETIDA 
CONTRA A MULHER 
 
§ 9º - Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, 
ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações 
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade. 
Exemplo: Coabitantes de uma república 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. 
 
§ 10º Nos casos previstos nos §§ 1º a 3º deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9º 
deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). 
 
§ 11º Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido 
contra pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006) 
 
§ 12º Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da 
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, 
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente 
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços. 
 A ideia do legislador pátrio foi evitar o medo de retaliações. Exemplo: executar agentes de 
segurança pública simplesmentepor exercerem a função; 
 Estão incluídos neste rol também os parentes do agente de segurança pública que foram 
vítimas de lesão corporal em razão do exercício de função daquele. 
 
§ 13º - Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, nos 
termos do § 2º-A do art. 121 deste Código: 
 Contexto de violência doméstica / familiar, ou menosprezo à condição de mulher 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro anos). 
REVISÃO 
CONSENTIMENTO DO OFENDIDO 
Causa supralegal de exclusão de ilicitude 
 Legítima defesa; 
 Estado de necessidade; 
 Exercício regular de direito; 
 Estrito cumprimento do dever legal 
 
Culpável – IMPOEX (Imputabilidade; Potencial consciência da ilicitude; Exigibilidade de conduta 
diversa); 
Medida de segurança não é delimitada – EVITA PERIGOS 
Aula 4 – 22/03 
CRIME DE RIXA 
Art. 137 – Participar de rixa, salvo para separar os contendores: 
 Espécie de tumulto; 
 Diferentemente do crime de lesão corporal, não há a identificação de quem é agressor e 
vítima; 
 Exige a participação de no MÍNIMO DE 3 INDIVIDUOS – CRIME PLURISUBJETIVO; 
 Conflitos corporais de torcidas NÃO constituem o crime de rixa, e sim de lesões corporais 
recíprocas, uma vez que os grupos, EM SUA UNIDADE, podem ser identificados como 
agressores / vítimas. Exemplo: A torcida B desferiu agressão contra a torcida C; 
 Em suma, o CRIME DE RIXA VISA PUNIR A CONFUSÃO GENERALIZADA. A briga de todos 
contra todos em que é impossível saber exatamente quem fez o quê. TODOS SÃO, AO 
MESMO, TEMPO AGRESSORES E AGREDIDOS 
 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
OBS: Sendo possível identificar ou definir lados da briga, NÃO estaremos diante do crime 
de rixa, independentemente da quantidade de pessoas que integram cada um desses 
lados; 
 
 Crime de rixa envolve CRIME DE PERIGO DE ABSTRATO, e não de dano. Envolve DELITO DE 
MERA CONDUTA, ainda que não exista resultado / consequência. 
 
 Exemplo: É comum que em shows e festivais de determinados estilos 
musicais formem-se “rodinhas” em que pessoas se reúnem para disferir 
pontapés e/ou “cabeçadas” uns nos outros, de forma CONSENTIDA por 
todos eles. Nestas hipóteses, ainda assim haverá punição pelo crime de 
rixa, pois o crime pune o MERO RISCO de a ocorrência de resultados mais 
graves atingirem outras pessoas; 
 
 Objetividade jurídica – O crime de rixa visa proteger a INCOLUMIDADE FÍSICA | MENTAL da 
pessoa humana. A lei visa proteger aqueles que estão de fora – remotamente, bem como 
dentro do tumulto. 
 Consumação / Tentativa – CONSUMA-SE o crime de rixa com O INÍCIO DO TUMULTO, ainda 
que nenhum resultado decorra deste tumulto. Por se crime de mera conduta, é IMPOSSÍVEL 
A TENTIVA. Exemplo: crime de violação de domicilio; ato obsceno etc. 
 
OBS: Conforme anotado anteriormente, o crime de rixa tem CONCURSO NECESSÁRIO DE 
PELO MENOS 3 PESSOAS, e nessa contagem serão COMPUTADOS EVENTUAIS 
INIMPUTÁVEIS, PESSOAS NÃO IDENTIFICADAS E AQUELAS QUE MORREM NA RIXA. 
● Forma qualificada 
 Parágrafo único – Se ocorre MORTE ou LESÃO CORPORAL GRAVE, aplica-se, pelo fato da 
participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
 Se da rixa resultar lesão grave ou morte, todos os participantes da rixa 
responderão pela FORMA QUALIFICADA, mesmo que tenham deixado a 
briga antes do resultado mais grave acontecer, INDEPENDENTEMENTE 
se o resultado mais grave era pretendido ou não, ou se a vítima integrava 
o tumulto ou não; 
 O PARTICIPANTE da rixa que sofre as lesões graves também responderá 
pela FORMA QUALIFICADA; 
 Se ocorrerem várias lesões graves ou morte, haverá CRIME ÚNICO, e a 
quantidade de lesões graves ou mortes será utilizada no cálculo da pena; 
 Caso seja possível IDENTIFICAR O CAUSADOR da lesão grave ou da 
morte, este responderá TAMBÉM pelo CRIME DE LESÃO GRAVE | 
MORTE; 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
 Aquele que deixar a rixa, antes do resultado mais grave, em regra, 
responderá também pela forma qualificada, SALVO SE A LESÃO GRAVE 
OU MORTE DECORRA DE INCREMENTO IMPREVISÍVEL À GRAVIDADE 
DA RIXA; 
 A MERA PARTICIPAÇÃO em uma briga, que acarreta a morte ou lesão 
corporal grave, responde-se pela forma qualificada, não importando 
sendo a pessoa a vítima da situação, pois esta CONTRIBUIU para o fato; 
AÇÃO PENAL 
A forma prevista em lei para impor a sanção penal. Subdivide-se em: 
 Pública – O Estado incube de processar o indivíduo, por meio do MP – REGRA NO CPP 
 Incondicionada – Não há nenhuma condição – autorização para que haja o 
ajuizamento da ação; 
 Condicionada – Há condições (autorização) para que se processe o indivíduo, quais 
sejam: representação da vítima / requisição do Ministro da Justiça. Exemplo: Crime 
de ameaça e crimes contra a honra do Presidente da República, respectivamente. 
 Privada 
 
 Personalíssima – Apenas a vítima pode processar do agente. Exemplo: Art. 236 – 
ocultar impedimento de matrimônio; 
 Exclusivamente Privada – Aquela em que a vítima ou seu representante legal (C.A.D.I. 
– CÔNJUGE, ASCENDENTE, DESCENDENTE e IRMÃO) exerce diretamente. Exemplo: 
Crimes contra a honra; 
 Subsidiária da Pública – subsidiária pública é proposta pelo titular da ação penal 
privada exclusiva, através de uma queixa. 
Aula 5 – 29/03 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL 
Art. 146 – CONSTRANGER alguém, mediante VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA, ou depois de 
lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, A NÃO FAZER O 
QUE A LEI PERMITE, ou a FAZER O QUE ELA NÃO MANDA. 
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 CRIME SUBSIDIÁRIO, ou seja, o crime de constrangimento ilegal só será aplicado quando tal 
CONSTRAGIMENTO NÃO ELEMENTO DE OUTRO CRIME. Exemplo: Crime de estupro, crime 
de roubo, crime de extorsão; 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
TIPO OBJETIVO 
Consiste em CONSTRANGER mediante violência / grave ameaça, ou depois de diminuir a 
resistência da vítima por qualquer meio (uso de sonífero, entorpecente, álcool etc.) 
 A FAZER algo que a lei não manda. Exemplos: 
 Levar o agente a algum lugar; a fazer uma viagem que não queira; 
 A escrever uma carta; 
 Empurrar a cadeira de rodas de um cadeirante sem que ele queira; 
 Empurrar alguém na piscina; ingerir bebida alcoólica; 
 A dançar com o agente. 
 A NÃO FAZER o que a lei permitir. Exemplos: 
 A não fazer uma viagem; 
 A não ir a uma festa; 
 Te forçar a não ir à aula; 
 A não ir ao banheiro. 
Objetividade jurídica: visa proteger a LIBERDADE DE TOMAR DECISÕES 
 SUJEITO PASSIVO: QUALQUER PESSOA COM CAPACIDADE DE AUTODETERMINAÇÃO, 
portanto estão excluídos os loucos, os menores com tenra idade, os embriagados, os 
drogados etc. CRIME COMUM 
 SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa - CRIME COMUM. 
OBS: Haverá crime de constrangimento ilegal, se o agente constranger a vítima a não 
praticar ATO IMORAL, mas LEGAL. Exemplo: Proibir que a pessoa maior se prostitua. 
 
 Conflito entre IMORAL e LEGAL. 
 A vítima deve estar consciente acerca do que está fazendo; 
 A grave ameaça deve ser verossímil em relação à vítima. Um medo de fato 
 Constranger alguém a não praticar crime, não caracteriza constrangimento ilegal 
 Vias de Fato – É uma contravenção penal acerca de CONFLITO FÍSICO QUE NÃO CHEGA A 
SER UMA LESÃO CORPORAL DE NATUREZA LEVE; 
 Elemento Subjetivo – DOLO. A vontade do agente em constranger a vítima. NÃO EXISTE A 
MODALIDADE CULPOSA. 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
 Consumação – A consumação se dá QUANDO A VÍTIMA NÃO FAZ O QUE A LEI PERMITE, 
ou FAZ O QUE ELA NÃO MANDA.ADMITE-SE TENTATIVA, que se dá quando, após a prática 
da violência ou da grave ameaça ou do meio de diminuição de resistência da vítima, O 
AGENTE NÃO ATINGE A CONSUMAÇÃO POR CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS À SUA VONTADE, 
que impedirama ação omissão da vítima 
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
AUMENTO DE PENA 
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do 
crime, SE REÚNEM MAIS DE TRÊS PESSOAS (4 AGENTES), ou há EMPREGO DE ARMAS; 
 Arma própria ou imprópria (navalhas, facas de cozinha etc); SIMULACRO DE ARMA DE 
FOGO NÃO SERVE; 
 
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência. 
 O constrangimento ilegal mediante violência implica em uma eventual lesão corporal. 
Exemplo: José quando bate em Maria, gerando lesões corporais, porque este não queria 
que esta se prostituísse. Em regra, haveria concurso formal, pois houve uma única conduta 
visando dois resultados. Contudo, neste caso, haverá concurso material, pois o dispositivo 
ordena a cumulatividade das penas – SISTEMA DO CÚMULO MATERIAL 
 
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo – CAUSAS DE EXCLUSÃO DA 
TIPICIDADE (NÃO HÁ FATO TÍPICO) 
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu 
representante legal, se justificada por iminente perigo de vida; 
 Exemplo – Médico que realiza transfusão sanguínea em paciente, com iminente risco 
de vida, sem que haja consentimento, pertencente a um credo específico, o qual não 
se permite. 
II - a coação exercida para impedir suicídio. 
 Aplica-se também à automutilação, portanto não incide frente alguém que impede a 
automutilação, por meio de um suposto constrangimento ilegal. 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
Aula 6 – 05/04 
AMEAÇA 
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de 
causar-lhe mal injusto e grave: 
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação 
 
 Elemento Subjetivo: é o dolo consistente na promessa intencional destinada a 
amedrontar a vítima. Não é necessário, porém que o mal injusto e grave se concretize, 
bastando a mera promessa. 
 Culpa: Como não está prevista no código penal, não se pune a forma culposa. 
 Sujeito Passivo: qualquer pessoa pode ser vítima do crime de ameaça, entretanto, é 
necessário que a vítima tenha capacidade de compreender a promessa. 
 No caso de criança, haverá uma mitigação da gravidade do mal prometido. 
 Consumação: ocorre quando a vítima toma conhecimento da promessa. 
 Tentativa: será cabível somente quando a promessa for por meio escrito. 
AMEAÇA X ESTADO DE IRA 
A doutrina e a jurisprudência divergem sobre o tema. 
Para a doutrina, o estado de ira não afasta a caracterização do crime de ameaça, aplicando o 
disposto no art. 28, inciso I, do código penal, que estabelece que a violenta emoção não 
afasta a imputabilidade. Portanto, nesse sentido mesmo que o agente esteja tomado pelo 
estado de ira (violenta emoção), teríamos um fato típico, ilícito e praticado por agente 
culpável. Restaria, portanto, apenas a aplicação da atenuante genérica equivalente na 
segunda fase da dosimetria da pena. 
Para a jurisprudência, vem sendo entendido que o estado de ira é incompatível com a 
tipificação do crime de ameaça, firmando posicionamento no sentido de que o estado de ira 
afastaria o dolo e não passaria de mera bravata. 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
PERSEGUIÇÃO – STALKING 
Art. 147-A – Perseguir alguém, REITERADAMENTE e por qualquer meio, ameaçando-lhe a 
integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de 
qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. 
(Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021) 
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 O crime de perseguição foge a regra que normalmente se vê na cominação das penas. 
Isso porque, o crime de perseguição tem pena máxima abstrata de dois anos, o que o 
caracteriza como crime de menor potencial ofensivo, geralmente punido com pena de 
detenção, porém no preceito secundário do art. 147-A o legislador cominou a pena de 
reclusão, que é a mais gravosa das penas privativas de liberdade. 
 Tipo Objetivo: é crime habitual pois, o tipo penal incriminador exige a reiteração da 
conduta, ou seja, uma única conduta perseguidora seria fato atípico, pois a lei que 
criou o crime de perseguição, expressamente revogou o art. 65 da lei de contravenções 
penais que tipificava, justamente, a perseguição não reiterada. 
 A revogação do tipo incriminador do artigo 65 da Lei de Contravenções Penais, que 
descrevia a conduta não reiterada, implicou em ATIPICIDADE abolitio criminis. Em 
contrapartida, foi ensejado a criação de um novo tipo penal incriminador, o qual 
estabelece a conduta reiterada – novatio legis in pejus – artigo 147-A do Código Penal; 
 O caso do lança perfume. 
 
A perseguição será caracterizada pela: 
a) Ameaça à integridade física ou psicológica da vítima; 
b) Restrição a capacidade de locomoção da vítima; 
c) Invasão ou perturbação da esfera de liberdade ou privacidade da vítima. 
Aula 7 – 12/04 
Há algumas condutas normalmente verificadas no cotidiano, são elas: a perseguição 
afetiva, a perseguição de idolatria e a perseguição profissional. 
 Perseguição afetiva; 
 Idolatria; 
 Perseguição profissional. 
OBS: E os paparazzi? 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
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A tipificação da conduta dos paparazzi como crime de perseguição dependerá do ambiente 
em que fora praticada a conduta: 
 se praticado em ambiente público, não haverá crime; 
 se praticado em ambiente privado, poderá ser caracterizado o crime de 
perseguição. 
 
 A conduta deve ser REITERADA, sendo assim, uma ÚNICA CONDUTA tornar-se-á fato 
atípico; 
 A reiteração é dada pelo PRÍNCIPIO DA RAZOABILIDADE, logo será analisada CASO A 
CASO 
 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA 
 Crime comum – passivo ou ativo. 
 Não admite forma culposa, elemento subjetivo: dolo de perseguir, não importando o 
motivo. 
 Não admite modalidade culposa. 
 Não se admite modalidade tentada- crime habitual. 
 
§ 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido: 
I. Contra criança, adolescente ou idoso; 
 Não é necessário tão somente o critério etário, o agente deve saber a condição 
da vítima, também, em ASPECTOS FISIOLÓGICOS 
 
II. Contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do 
art. 121 deste Código; 
 
III. Mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma. 
 
 Qualquer tipo de arma, desde que seja utilizada como PORTE OSTENSIVO À 
VÍTIMA – MEIO DE COAÇÃO 
 
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. 
 
§ 3º Somente se procede mediante representação. 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
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 Crime sujeito à AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA à REPRESENTAÇÃO DA 
VÍTIMA 
 
Caso a perseguição se torne lesão, responderá pelos dois crimes. 
 É necessário a representação da vítima. 
 
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
 Não se admite tentativa, pois é um crime habitual. 
 E a consumação se dá com a perseguição reiterada. 
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA CONTRA A MULHER 
Art. 147-B – CAUSAR DANO EMOCIONAL À MULHER que a prejudique e perturbe seu pleno 
desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças 
e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, 
chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause 
prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação: 
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime 
mais grave. 
 
 CRIME DE CARÁTER SUBSIDIÁRIO; 
 CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO (BAIXA LESIVIDADE) PUNIDO NA 
MODALIDADE MAIS SEVERA (PENA DE RECLUSÃO); 
DANO PSÍQUICO X DANO PSICOLÓGICO 
O crime de violência psicológica contra a mulher trata do DANO EMOCIONAL. A diferença 
deste para odano psíquico, é que o DANO PSÍQUICO gera PATOLOGIA MÉDICA, enquanto a 
VIOLENCIA PSICOLÓGICA gera DANO EMOCIONAL, não qualificável como doença. 
 SE DA CONDUTA, DECORRER DOENÇA PSÍQUICA, O CRIME SERÁ DE LESÃO CORPORAL. 
 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
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 O crime de lesão corporal absorveria o crime de violência psicológica, caso a vítima 
deste último delito adquira doença psíquica; 
 
 Sujeito Passivo - Deve ser, obrigatoriamente, MULHER / MULHER TRANS; 
 
OBS: Independe de existência de vínculo afetivo, doméstico ou familiar entre vítima e 
agressor, e, no caso da mulher trans, da cirurgia de transição de sexo. 
 
 Sujeito Ativo – Pode ser QUALQUER PESSOA, INCLSUIVE UMA OUTRA MULHER. 
 Elemento Subjetivo – É o DOLO DE REALIZAR ALGUMA DAS CONDUTAS DESCRITAS NO 
TIPO PENAL, ainda que o agente não tenha a específica vontade de provocar o dano 
emocional 
 
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
 Consumação – A consumação deste tipo penal se dá com o DANO EMOCIONAL, 
comprovado por laudo pericial; 
 Crime material 
 Tentativa – POUCO PROVÁVEL PELA APLICABILIDADE PRÁTICA, em que pese a doutrina 
admita tentativa de forma teórica; 
 
Aula 8 – 19/04 
Violência Psicológica Contra a Mulher 
Art. 147-B. CAUSAR DANO EMOCIONAL À MULHER que a prejudique e perturbe seu pleno 
desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, 
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, 
isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro 
meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação: 
 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime 
mais grave. 
 
CRIME DE CARÁTER SUBSIDIÁRIO; 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
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CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO (BAIXA LESIVIDADE) PUNIDO NA MODALIDADE 
MAIS SEVERA (PENA DE RECLUSÃO); 
 
Dano Psíquico versus Dano Psicológico / Violência Psicológico / Emocional – O crime de 
violência psicológica contra a mulher trata do DANO EMOCIONAL. A diferença deste para o 
dano psíquico, é que o DANO PSÍQUICO gera PATOLOGIA MÉDICA, enquanto a VIOLENCIA 
PSICOLÓGICA gera DANO EMOCIONAL, não qualificável como doença. 
 
SE DA CONDUTA, DECORRER DOENÇA PSÍQUICA, O CRIME SERÁ DE LESÃO CORPORAL. 
 
O crime de lesão corporal absorveria o crime de violência psicológica, caso a vítima deste 
último delito adquira doença psíquica; 
 
Sujeito Passivo - Deve ser, obrigatoriamente, MULHER / MULHER TRANS; 
 
Obs.: Independe de existência de vínculo afetivo, doméstico ou familiar entre vítima e 
agressor, e, no caso da mulher trans, da cirurgia de transição de sexo. 
 
Sujeito Ativo – Pode ser QUALQUER PESSOA, INCLSUIVE UMA OUTRA MULHER. 
 
 
Elemento Subjetivo – É o DOLO DE REALIZAR ALGUMA DAS CONDUTAS DESCRITAS NO 
TIPO PENAL, ainda que o agente não tenha a específica vontade de provocar o dano 
emocional 
 
Consumação – A consumação deste tipo penal se dá com o DANO EMOCIONAL, 
comprovado por laudo pericial; 
 
Crime material 
 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
Prof.ª Carolina Leite Andere e Silva 
 
Tentativa – POUCO PROVÁVEL PELA APLICABILIDADE PRÁTICA, em que pese a doutrina 
admita tentativa de forma teórica; 
Aula 9 – 26/04 
M1 
Aula 10 – 03/05 
Devolutiva da M1 
Aula 11 – 10/05 
Sequestro e Cárcere privado 
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado: 
Pena - reclusão, de um a três anos. 
 
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: 
 
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 
60 (sessenta) anos; 
 
II – se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; 
 
III – se a privação da liberdade dura mais de quinze dias. 
 
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº 
11.106, de 2005) 
 
V – se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005) 
 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
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§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave 
sofrimento físico ou moral: 
 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 
 
NÃO SÃO SINÔNIMOS. Têm a ver com a FORMA DE RESTRIÇÃO DA VÍTIMA; 
 
No SEQUESTRO, a vítima é privada de sua liberdade em local que lhe PERMITE CERTA 
MOVIMENTAÇÃO, ou seja, A PRIVAÇÃO DA LIBERDADE SE DÁ SEM CONFINAMENTO. 
Exemplo: Trancar a pessoa em uma casa, permitindo que ela se movimente em qualquer 
cômodo da casa; impedir que a pessoa saía do sítio; ser deixado numa ilha deserta; 
 
Já no CÁRCERE PRIVADO, a privação de liberdade se dá com confinamento, ou seja, É 
MAIOR O GRAU DE RESTRIÇÃO IMPOSTO Á VÍTIMA. Exemplo: Trancar a vítima em um dos 
quartos da casa; 
 
Pena do cárcere privado > Pena do sequestro; 
 
A diferença reside na perduração do tempo de privação de liberdade. No constrangimento 
ilegal perdura por tempo curto. 
 
Objetividade jurídica – É a LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO (IR / VIR); 
 
Tipo objetivo – Consiste em PRIVAR a liberdade de locomoção de alguém. A privação pode 
ocorrer por QUALQUER MEIO, por exemplo: violência, grave ameaça, uso de sonífero, uso 
de entorpecente etc. A forma de privação pode ser SEQUESTRO / CÁRCERE PRIVADO 
(diferenciados acima). E, ainda, com DETENÇÃO ou DESLOCAMENTO. 
 
DETENÇÃO quando o agente leva a vítima para outro lugar, onde a manterá presa, ou ainda 
mantendo a vítima privada de sua liberdade no próprio local, onde ela se encontra. 
 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
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Elemento Subjetivo – É o DOLO, sem qualquer finalidade específica. NÃO HÁ MODALIDADE 
CULPOSA; 
 
Sujeito Passivo – Qualquer pessoa, inclusive aquelas que não consigam se locomover, 
crianças ou doentes mentais. 
O direito de locomoção não pressupõe o seu exercício, necessariamente e unicamente, por 
parte da vítima. Esta pode ainda o exercê-lo mesmo amparada por auxilio. Exemplo: 
Paraplégico. 
 
Sujeito Ativo – Qualquer pessoa. CRIME COMUM; 
 
Consumação – SE DÁ COM A PRIVAÇÃO DA LIBERDADE DA VÍTIMA POR TEMPO 
JURIDICAMENTE RELEVANTE. É CRIME PERMANENTE que se renova a cada instante, por 
isso, a sua consumação se prolonga no tempo, permitindo, assim, a PRISÃO EM FLAGRANTE 
À QUALQUER MOMENTO até a libertação da vítima. 
 
Tentativa – É possível quando iniciada a execução do delito, e A PRIVAÇÃO DE LIBERDADE 
DA VÍTIMA NÃO SE CONSUMA POR CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS À SUA VONTADE. Exemplo: 
O agente tranca as portas da casa para que a vítima não saía, mas ela consegue sair pela 
porta dos fundos, utilizando uma cópia da chave que o agente não sabia existir. 
 
Obs.: A CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL para este crime começa a correr quando 
CESSAR A PERMANÊNCIA, ou seja, quando a vítima for posta em liberdade. 
 
Obs.: Súmula 711 STF: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime 
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência”. 
 
Não há que se falar em retroatividade, pois a aplicação da lei entra em vigor no momento 
que o crime ainda está se consumando. 
 
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Aula 12 – 17/05 
Sequestro e Cárcere privado – Continuação 
 
Redução a Condição Análoga à de Escravo 
Art. 149 – Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a 
trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes 
de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida 
contraída com o empregador ou preposto: 
Pena: reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência. 
 A objetividade jurídica é a restrição da liberdade individual em todas as suas manifestações. 
Tipo objetivo: o tipo penal vincula a ação do agente, trazendo expressamente descritasas 
condutas caracterizadoras da redução a condição análoga a de escravo: 
a) Submeter a trabalho forçado ou jornada exaustiva; 
b) Sujeitar a condições degradantes de trabalho; 
c) Restringir por qualquer meio a liberdade de locomoção em razão de dívida contraída 
com o empregador ou preposto dele; 
d) Cercear o uso de meios de transporte com intuito de reter a vítima no local de trabalho; 
e) Manter vigilância ostensiva no local de trabalho ou apoderar de documentos ou 
objetos pessoais do trabalhador com o fim de retê-lo. 
 
 Rol Taxativo: ou seja, não permite interpretação extensiva. 
 Crime de Ação Múltipla: a prática de uma das condutas já caracteriza o crime, assim 
como haverá crime único mesmo que o agente pratique mais de uma das condutas 
descritas. 
Elemento subjetivo: dolo 
Consumação: exige que a vítima seja reduzida a condição análoga a de escravo, sendo 
necessário que a situação perdure por tempo razoavelmente longo, caracterizando a 
completa submissão da vítima. Se as práticas descritas forem eventuais poderemos estar 
diante do crime de constrangimento ilegal ou maus tratos. 
Tentativa: é possível

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