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Análises Ambientais
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Fernando Perna
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Poluição da Água e Métodos de Controle
Poluição da Água e 
Métodos de Controle
 
 
• Reconhecer os principais impactos das atividades humanas sobre a qualidade da água e a 
legislação pertinente;
• Conhecer as características das principais doenças veiculadas pela água;
• Conhecer as formas de poluição, contaminação e preservação de recursos naturais;
• Conhecer os métodos de controle físico-químico da água;
• Conhecer os métodos de controle microbiológico da água.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Qualidade da Água;
• Doenças Veiculadas pela Água;
• Controle Físico-Químico da Água;
• Controle Microbiológico da Água.
UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
Qualidade da Água
A alteração de quaisquer condições do meio ambiente e/ou dos elementos presentes 
nesse em consequência de eventos naturais ou de atividades humanas (antrópicas) 
é denominada impacto ambiental. Os impactos ambientais podem ser positivos ou 
negativos, sendo que o impacto negativo corresponde a uma quebra no equilíbrio 
ecológico, que provoca prejuízos ao ambiente.
A maioria das atividades humanas requer estudos de impacto ambiental. São 
necessários e obrigatórios para projetos de grande porte, sendo normalmente acom-
panhados de medidas de atenuação, compensação, conservação ou restauração.
Diversas atividades humanas acarretam impactos no ambiente. Geralmente a ação 
humana compromete as fontes hídricas; por este fato, somado ao propósito desta 
Unidade, serão discutidas apenas as atividades com impacto negativo sobre a água.
Figura 1 – Usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (Altamira, PA)
Fonte: ecoamazonia.org.br
A sua construção foi cercada de polêmicas devido aos impactos ambientais 
e socioeconômicos.
Agricultura
A agricultura é uma atividade humana que altera profundamente os ecossistemas 
naturais, ocupando uma proporção significativa da superfície terrestre. Os impactos 
ambientais da agricultura contemporânea vão além dos ecossistemas agrícolas, 
incluindo a poluição da água e do ar e a contribuição para o aquecimento global.
A agricultura é o setor da economia que mais utiliza água: em média, 70% da 
água doce consumidos no mundo são destinados à agricultura; no Brasil, esse índice 
foi de 66,1% em 2019 e de 68,4% em 2018.
A produção de uma tonelada de grãos necessita de 1.000 toneladas de água.
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Figura 2 – A irrigação faz da agricultura a atividade humana que mais consome água
Fonte: Getty Images
A importância do consumo de água no mundo originou o conceito de água virtual, 
que associa a intermediários de produção ou a bens de consumo a quantidade de 
água necessária à sua fabricação.
Globalmente, estima-se que 10% da água utilizada na irrigação provenham de 
aquíferos, muitos cujos conteúdos não podem ser repostos e, portanto, são recursos 
não renováveis. Com o aumento da área plantada, espera-se também o aumento da 
escassez de água em vários países.
A agricultura moderna utiliza grandes quantidades de pesticidas e adubos. Pro-
dutos de degradação desses materiais, chorume e excremento, que contêm impor-
tantes nutrientes, como nitrogênio e fósforo, acabam carregados para os corpos 
de água. Isso causa aumento do nível de nutrientes, levando à grande proliferação 
de algas e plantas aquáticas, criando uma cortina verde na superfície do corpo de 
água; esse processo é chamado de eutrofização.
• Aquífero: é a formação de rochas que pode armazenar água subterrânea;
• Chorume: é o líquido escuro com alta carga poluidora proveniente de material orgânico 
em decomposição.
Figura 3 – Eutrofi zação da água: algas em lago no Norte da Alemanha (agosto de 2009)
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
Aguapés no Rio Poti (Teresina, PI, novembro de 2019), detalhe da planta em flor. 
Disponível em: https://bit.ly/3iex8l1 e https://bit.ly/2VxLJhx 
A eutrofização bloqueia a passagem de luz. Na sua ausência, as plantas que ficam 
no fundo do corpo de água não conseguem fazer fotossíntese e o nível de oxigênio 
dissolvido torna-se cada vez menor, causando a morte de muitos organismos aquá- 
ticos; o processo de decomposição desses organismos mortos também é prejudicado, 
pois utiliza oxigênio. Quando a quantidade de oxigênio na água cai abaixo do limite 
de detecção, considera-se que o lago ou a lagoa chegou ao estado de anóxia – com-
pleta ausência de oxigênio. A eutrofização também leva à redução da transparência, 
alteração na cor e no odor da água, produção de mau cheiro e de substâncias tóxicas 
por algumas algas e incapacidade do uso da água para consumo, recreação, turismo, 
paisagismo, irrigação e em hidrelétricas.
O uso de agrotóxicos e a adubação química são grandes poluidores das águas. 
Materiais não degradados infiltram-se no solo, atingindo as águas subterrâneas; a 
chuva os arrasta para os rios e lagos, contaminando as suas águas.
A erosão de solos agrícolas causa turbidez em rios, estuários e zonas marinhas; 
em casos mais acentuados, ocorre o assoreamento de rios e lagos.
Assoreamento: é o aumento da elevação de terra em um sistema aquático devido à depo-
sição de sedimentos.
 Trecho de assoreamento no Rio Araguaia, disponível em: https://bit.ly/31uSsMZ
Pecuária
A pecuária tem grande impacto ambiental: implica no consumo de água (cerca de 
8% da água doce do mundo) e de energia, libera gases do efeito estufa (CO2, CH4, 
N2O) e afeta a qualidade da água.
A pecuária gera dejetos animais ricos em nitrogênio e fósforo, que causam o sur-
gimento de plantas denominadas nitrófilas, como a urtiga e o dente-de-leão, que se 
desenvolvem melhor em terrenos ricos em nitratos; levados para os corpos de água 
pela lixiviação do solo, esses dejetos causam a sua eutrofização.
Lixiviação: é a extração ou solubilização dos constituintes químicos de uma rocha, mineral, 
solo ou depósito sedimentar, entre outros, pela ação de um fluido.
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Adicionalmente, o desmatamento de mata nativa para a geração de pastos resulta,
entre outros efeitos, na erosão do solo e no consequente aumento de turbidez e asso-
reamento de rios e lagos.
Turvação das águas do Rio da Prata (Presidente Olegário, MG) devido ao acúmulo de material
particulado trazido pela erosão (março de 2018), disponível em: https://bit.ly/2VxYLf5
• Defina impacto ambiental;
• Cite exemplos de atividades humanas em que o estudo do impacto ambiental é obriga-
tório. Explique;
• Qual é o setor da economia que mais utiliza água? Explique o porquê;
• O que é eutrofização e qual é o impacto ambiental causado por esse processo? Cite duas 
atividades econômicas que causam esse processo;
• Explique o impacto ambiental causado pelo uso de agrotóxicos e adubação química 
na agricultura;
• Cite e explique duas atividades econômicas que podem resultar em assoreamento de rios e lagos.
Mineração
A mineração corresponde à extração de minerais acumulados no solo ou subsolo. 
É uma das atividades mais antigas da humanidade – desde os tempos pré-históricos 
o homem vem usando vários minerais para fabricar ferramentas e armas.
O uso de produtos químicos em processos de mineração pode causar a contami-
nação de águas subterrâneas e superficiais.
Um dos mais graves impactos ambientais da mineração é a drenagem ácida de 
minas, que corresponde ao vazamento de água ácida de minas de metais ou de 
carvão. Esse líquido geralmente contém metais, como cobre ou ferro; combinados 
com um potencial Hidrogeniônico (pH) reduzido, têm um impacto prejudicial nos 
ambientes aquáticos dos riachos. Embora diversos processos químicos contribuam 
para a drenagem ácida de minas, a oxidação da pirita (FeS2) é a principal causa; a 
equação geral para esse processo é:
4 FeS2 + 15 O2 + 14 H2O → 4 Fe(OH)3 + 8 H2SO4 (1)
A drenagem ácida é importante fonte de poluição para o ambiente, em particular 
para áreas úmidas, ambientes aquáticos e aquíferos.Em casos mais graves, pode 
liberar várias toneladas de compostos metálicos no sistema hidrográfico.
Os metais dissolvidos são tóxicos ao metabolismo e bioacumuláveis a quase todas 
as espécies animais, inclusive ao homem e à maioria das plantas.
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UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
Figura 4 – Mancha amarelada de hidróxido de ferro (III) [Fe(OH)3] 
em um córrego afluente do Rio Missouri, Estados Unidos, que 
recebe drenagem ácida de uma mina de carvão
Fonte: Wikimedia Commons
A presença simultânea de vários metais pode causar toxicidade maior que a de 
cada metal separado; por exemplo, zinco, cádmio e cobre são tóxicos em meio ácido 
e atuam sinergicamente inibindo o crescimento de algas e afetando peixes.
Outro efeito da drenagem ácida é a acidificação da água, responsável pela alta 
mortalidade de populações de peixes e microcrustáceos e por distúrbios nas taxas 
de crescimento e reprodução; quase nenhuma espécie sobrevive em pH abaixo de 5.
Finalmente, os sulfatos, presentes em alto teor, induzem a uma pressão osmótica 
significativa, que desidrata os seres vivos aquáticos.
Osmose: corresponde ao movimento espontâneo das moléculas de um solvente através de 
uma membrana semipermeável a partir de uma região de maior concentração de soluto 
para outra de menor concentração de soluto.
As usinas de minério geram grandes quantidades de resíduos, que podem ser tóxicos. 
Normalmente, tais resíduos estão na forma de uma pasta, sendo depositados em lagoas 
protegidas por barragens; se essas barragens se romperem, milhares de toneladas de 
rejeitos serão lançadas em águas superficiais e subterrâneas, com elevadas concentra-
ções de ácidos, mercúrio, arsênio, chumbo, cádmio, ferro, cianetos etc.
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Você Sabia?
Que a mineração produz rejeitos em quantidades variáveis, mas normalmente grandes? 
Por exemplo, a obtenção de 1 kg de cobre produz 99 kg de resíduos, e a obtenção de 5,3 g
de ouro resulta em 200 mil toneladas de resíduos.
Em 5 de novembro de 2015, Bento Rodrigues, um subdistrito de Mariana, MG, foi des-
truído após o rompimento da barragem de Fundão, administrada pela empresa Samarco. 
A onda de detritos de mineração atingiu 18,20 m de altura e matou 20 pessoas.
O rompimento dessa barragem é considerado o desastre industrial que causou 
o maior impacto ambiental da história brasileira e o maior do mundo envolvendo 
barragens de rejeitos, com um volume total despejado de 62 milhões de metros 
cúbicos. A lama chegou ao Rio Doce, cuja bacia hidrográfica abrange 230 muni-
cípios dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, muitos dos quais abastecem 
as suas populações com a água do rio; chegou ao Oceano Atlântico 17 dias depois, 
atingindo o Litoral Sul da Bahia em janeiro de 2016.
Águas do Rio Doce, na Cidade de Colatina, MG, antes e depois do rompimento da barragem 
de rejeitos de mineração em Mariana, MG (novembro de 2015).
Disponível em: https://bit.ly/2Brkrmj
Figura 5 – Rio Doce, ES, após o rompimento da barragem em Mariana, MG: 
imagem de satélite dos últimos quilômetros do curso do rio (novembro de 2015)
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
Figura 6 – Foto aérea da foz (Linhares, ES, novembro de 2015)
Fonte: Wikimedia Commons
• Cite e explique como ocorre o impacto ambiental mais grave causado pela mineração;
• Quais são os efeitos nocivos da drenagem ácida de minas?
• Qual é o impacto ambiental gerado pelo rompimento de barragens de mineração? Explique 
e cite exemplos.
Barragens
Barragem é uma barreira artificial construída em cursos de água para reter grandes 
quantidades de água. Destina-se ao abastecimento de água, à produção de energia 
elétrica ou à regularização do fluxo de água. Apesar de sua importância, a construção 
de barragens tem aspectos negativos, pois inevitavelmente afetam o ambiente.
A inundação permanente de grandes áreas de vegetação é o efeito ecológico mais 
óbvio de uma barragem. A qualidade da água é deteriorada pela grande produção e 
decomposição de matéria orgânica.
A redução da correnteza dos rios resulta na deposição dos sedimentos dentro dos 
reservatórios, e a água represada torna-se turva ao longo do tempo.
O represamento das águas de um rio em um reservatório leva ao aumento consi- 
derável do teor de nutrientes por causa da lixiviação do solo inundado e da decom-
posição da vegetação terrestre afogada. Isto pode aumentar a concentração de 
nutrientes até um ponto em que se observa a eutrofização do lago, com o surgimento 
de vegetação aquática (algas e macrófitas aquáticas). Com a proliferação das macrófitas, 
há aumento de biomassa diretamente proporcional ao déficit de oxigênio da água, que 
favorece a formação de H2S e diminui o pH, afetando todo o ecossistema aquático.
Acúmulo de aguapés no reservatório da barragem da hidrelétrica de Barra Bonita, SP, 
no Rio Tietê (agosto de 2015). Disponível em: https://bit.ly/2YLhyFK
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Águas represadas tendem a ter baixas concentrações de oxigênio dissolvido, com 
forte hipóxia, ou até mesmo anóxia, nas camadas mais profundas; podendo acumular
gás sulfídrico (H2S), que é tóxico.
• Macrófitas aquáticas: são plantas aquáticas que vivem em brejos e em ambientes verda-
deiramente aquáticos, incluindo corpos de água doce, salobra e salgada.
• Hipóxia: corresponde à baixa concentração de oxigênio.
Os reservatórios de barragens são poluentes. A vegetação submersa morta decompõe-se em 
um ambiente com baixa concentração de oxigênio, liberando metano (CH4) para a atmosfera 
– importante gás do efeito estufa.
Certos metais pesados (mercúrio em particular) podem acumular ou ser bioacu-
muláveis nos sedimentos dos lagos das barragens e, em particular, nos reservatórios 
dos complexos hidrelétricos e na base das barragens.
Essas duas condições favorecem a formação de metilmercúrio (CH3Hg), forma 
mais tóxica do mercúrio e altamente bioacumulável, mediada por bactérias sulforredu-
toras, que proliferam. Bactérias presentes no sedimento também podem desmetilar o 
metilmercúrio, formando o íon Hg2+; o balanço das reações de metilação e desme-
tilação determina se o ambiente atuará como fonte ou sumidouro de metilmercúrio.
• O que é e qual é a finalidade de barragens de água?
• Quais são os impactos ambientais causados pela construção de barragens?
• Como você explica o acúmulo de aguapés em reservatórios de barragem hidrelétrica?
Turismo
O turismo é um dos maiores setores econômicos no mundo. Estima-se que atual-
mente o turismo represente 10% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Segundo 
a Organização Mundial de Turismo, as receitas internacionais de turismo foram de 
1,7 trilhão de dólares em 2018.
Apesar de buscar preservar o ambiente e a biodiversidade, inevitavelmente o turismo
os afeta. Os deslocamentos inerentes à atividade turística lançam grandes quantidades 
de gás carbônico na atmosfera, intensificando o efeito estufa.
Por vezes, o turismo incentiva a superlotação ou destruição de habitats, ambientes 
naturais ou terras cultiváveis. O turismo gera poluição, degradação ou destruição de 
ecossistemas e paisagens, em particular nas áreas costeiras (assoreamento).
A água potável é um dos recursos essenciais mais atingidos. A indústria turística 
usa em excesso os recursos hídricos em hotéis, piscinas e para uso pessoal. Isso leva 
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UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
ao aumento do uso e da necessidade de abastecimento de água potável, gerando 
grande volume de resíduos e contaminando corpos de água (saturam a rede de esgoto 
ou, quando esta não existe ou o volume de esgoto não tratado aumenta, contaminam 
o lençol freático).
Qual é o impacto ambiental causado pelo turismo? Explique as causas e consequências.
Indústria
Por sua própria natureza, em maior ou menor grau, a atividade industrial é polui-
dora. Diversas indústrias geram resíduos que podem representar risco ambiental; a 
indústria petrolífera é o principal exemplo: vazamentos de petróleo no mar comu-
mente têm consequências desastrosaspara a fauna marinha local.
A atividade industrial pode ser grande poluidora por causa da não utilização de 
sistemas adequados de tratamento de efluentes e o consequente descarte de resíduos 
não tratados em águas subterrâneas ou cursos de água. Depósitos indevidos de resí-
duos sólidos também são poluidores, pois a sua lixiviação pela água das chuvas polui 
o solo e meio aquático.
A indústria têxtil é outro exemplo: quando os seus efluentes não são tratados, 
despeja em rios corantes e outras substâncias químicas de seus processos.
• Poluição do Rio Yang-Tsé por efluentes de indústrias têxteis na Cidade de Chongqing, Sudo-
este da China (setembro de 2012). Disponível em: https://bit.ly/3dJy6lS
• Mancha de poluição no Rio Taquari (Lajeado, RS), gerada pelo lançamento de efluente de 
uma indústria alimentícia (novembro de 2017). Disponível em: https://bit.ly/3dGIACo
As características dos efluentes variam de acordo com a atividade industrial. O lan-
çamento de efluentes não tratados de indústrias em geral em rios causa turbidez, mau 
cheiro, intoxica os seres vivos do local e prejudica os habitantes da região; a turbidez 
diminui a penetração da luz do Sol na água, afetando a fotossíntese de plantas e al-
gas; metais pesados eventualmente presentes nos efluentes, como cádmio, chumbo e 
mercúrio, são altamente tóxicos, acumulam-se nos organismos e contaminam a cadeia 
alimentar, podendo chegar ao ser humano e causar sérios problemas de saúde.
A intoxicação por cádmio é conhecida como doença de “itai-itai”. O termo, de origem japo-
nesa, deve-se ao envenenamento em massa por cádmio ocorrido na Cidade de Toyama, no 
Japão, em 1912, e significa “dói-dói” ou “ai-ai”, em referência à principal queixa do paciente: 
dor causada por fraturas nos ossos.
A intoxicação por chumbo recebe o nome de “saturnismo”, derivado de saturnus, denomi-
nação dos alquimistas para o chumbo.
A intoxicação por mercúrio é chamada de “doença de Minamata” por causa do envenena-
mento de centenas de pessoas por esse metal na Cidade japonesa de Minamata, em 1956.
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• Qual é a importância do tratamento de efluentes em indústrias? 
• Cite exemplos de intoxicação humana decorrentes de atividades industriais cujo 
tratamento de efluentes foi ineficaz ou inexistente. Cite exemplos de outros 
impactos ambientais.
Atividades Domésticas
A falta de cuidado com o que é jogado na pia pode ser prejudicial às fontes de 
água. O esgoto contendo dejetos, detergente e óleo de cozinha contamina os corpos 
de água onde é lançado, sendo a principal causa de poluição da água.
A falta de saneamento básico é importante causa de contaminação. Ligações 
clandestinas de esgoto para rios, lagos e similares contaminam seriamente essas 
fontes de água, que se tornam turvas e anóxias, afetando a vida aquática.
Esgoto residencial lançado diretamente em córrego na Zona Oeste da Cidade do Rio de 
Janeiro, disponível em: https://bit.ly/2NDZtTE
Você Sabia?
Que um litro de óleo de cozinha pode contaminar até 25 mil litros de água?
O detergente também causa problemas, pois pode alterar o crescimento de algas 
e fitoplâncton, além de quebrar a tensão superficial da água, alteando a disponibili-
dade de oxigênio e afetando a vida aquática. Além disso, detergentes não biodegra-
dáveis permanecem muito tempo no ambiente, formando grandes blocos de espuma 
na superfície dos corpos de água onde são lançados.
Fitoplâncton: corresponde a um conjunto de organismos aquáticos microscópicos com ca-
pacidade fotossintética que vivem dispersos, flutuando na coluna de água; encontra-se na 
base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos.
SO3 ]Na-
SO3 ]Na-
Cadeia não rami�cada – biodegradável Cadeia rami�cada – não biodegradável
Figura 7 – Microrganismos aquáticos degradam apenas compostos de cadeias lineares (não ramifi cadas),
não sendo capazes de degradar moléculas com cadeia ramifi cada, que se acumulam no ambiente
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UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
Acúmulo de espuma no Rio Tietê na cidade de Pirapora do Bom Jesus (Grande São Paulo) devido 
a detergentes não biodegradáveis (junho de 2015). Disponível em: https://bit.ly/2BOlM6u
Quais são as principais causas de poluição da água decorrentes de atividades domésticas?
Legislação
A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) n.º 1, de 23 de ja-
neiro de 1986, trata dos critérios básicos e das diretrizes gerais para avaliar um impacto 
ambiental. Segundo a Resolução, impacto ambiental é qualquer alteração nas proprie-
dades físicas, químicas e biológicas do ambiente, causada por qualquer forma de matéria 
ou energia resultante de atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem:
• Saúde, segurança e bem-estar da população;
• Atividades sociais e econômicas;
• Biota;
• Condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
• Qualidade dos recursos ambientais.
Biota: é o conjunto de todos os seres vivos de um ambiente ou período.
A Resolução define impacto ambiental de forma ampla, não se limitando às alte-
rações causadas na natureza, mas incluindo as que produzem consequências na vida 
das pessoas e na economia de regiões.
Em linhas gerais, a Resolução n.º 1/86 estabelece que devam ser feitos estudos 
ambientais prévios para qualquer atividade ou obra que apresentar riscos de degra-
dação ambiental significativa; as formas mais conhecidas e completas desses estudos 
são o Estudo do Impacto Ambiental (EIA) e o seu Relatório de Impacto Ambiental 
(Rima). Uma vez finalizados, tais relatórios devem ser amplamente divulgados, sendo 
vedada qualquer forma de sigilo.
A Resolução também impõe aos responsáveis pela atividade o custeio da elabora-
ção dos relatórios EIA/Rima, de eventuais obras para a prevenção dos danos que vie-
rem a ocorrer e de análise pelo órgão ambiental competente para obter a licença. Se a 
atividade já estiver em funcionamento, sem a prévia obtenção das licenças necessárias, 
os responsáveis deverão obter os licenciamentos devidos em caráter corretivo.
Importante!
A Resolução n.º 1/86 foi alterada, em parte, pelas resoluções n.º 11/86 (que fez modifi- 
cações nos incisos XVI e XVII do Artigo 2º) e n.º 237/97 (que revogou o Artigo 3º).
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A Resolução n.º 237 do Conama, de 19 de dezembro de 1997, classifica o po-
tencial de degradação da atividade a ser realizada e o porte da empresa responsável. 
Dependendo da sua magnitude, o impacto ambiental pode gerar diferentes conse-
quências ao ambiente; conforme o grau de impacto, a legislação prevê dois tipos de 
ação para que os seus efeitos negativos sejam minimizados, tratando-se de medidas:
• Mitigadoras: tomadas enquanto um projeto é realizado a fim de que a ação 
exerça o menor impacto possível;
• Compensatórias: tomadas após a ocorrência de um dano ao ambiente, com o 
objetivo de remediar ou compensar o prejuízo causado.
Finalmente, a Lei Complementar n.º 140, de 8 de dezembro de 2011, fixa normas 
sobre a cooperação entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações 
administrativas decorrentes do exercício da competência comum e referentes à proteção
de paisagens naturais, proteção do meio ambiente, combate à poluição de qualquer 
tipo e preservação de florestas, fauna e flora.
• Defina impacto ambiental de acordo com a Resolução n.º 1 do Conama, de 23 de janeiro 
de 1986;
• O que são e qual é a finalidade dos Estudos do Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de 
Impacto Ambiental (Rima)?
• Quais são as contribuições da Resolução n.º 237 do Conama, de 19 de dezembro de 1997?
• O que estabelece a Lei Complementar n.º 140, de 8 de dezembro de 2011?
Doenças Veiculadas pela Água
A água é uma substância essencial à vida: é capaz de dissolver grande variedade 
de substâncias, permitindo o seu transporte; pode existir em diferentes estados físi-
cos em pressões e temperaturas relativamente amenas; ajuda a estabilizar tempera-
turas; participa de reações metabólicas.
A água também pode ter um papel negativo, sendo um importante vetor para 
grande variedade de doenças causadaspelo seu consumo ou pelo contato, normal-
mente uma consequência da poluição. A maior incidência de doenças de veiculação 
hídrica tem relação direta com a falta de saneamento básico.
É grande o número de enfermidades transmitidas pelo contato com água conta-
minada. Nesta Unidade serão abordadas as principais.
Ascaridíase
A ascaridíase, conhecida também como lombriga, é uma verminose causada 
pelo parasita Ascaris lumbricoides, igualmente entendido como lombriga. Trata-se 
de um verme de corpo longo e cilíndrico (nematódeo) que habita, desenvolve-se e se 
multiplica no intestino.
19
UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
Casal de vermes Ascaris lumbricoides adultos; o macho pode atingir 30 cm de comprimento, 
e a fêmea, 40 cm, disponível em: https://bit.ly/2VwBhXz
A forma de contaminação mais comum é a ingestão de água e alimentos conta-
minados com ovos do parasita. As fezes de pessoas contaminadas contêm ovos, que 
permanecem no solo ou podem ser levados para corpos de água.
Você Sabia?
Que a ascaridíase é conhecida desde a Antiguidade? Foram encontradas múmias do Egito 
Antigo infectadas com o parasita, assim como os seus ovos em coprólitos humanos no 
Peru, datados de aproximadamente 2277 a.C.
Ciclo biológico do Ascaris lumbricoides, disponível em: https://bit.ly/2ZoEKIR 
Os principais sintomas são dor abdominal, enjoo, cólicas, perda do apetite, vômito, 
dificuldade em evacuar, diarreia e presença dos vermes nas fezes.
O tratamento é feito com o uso de medicamentos antiparasitários, que deve ser 
feito conforme orientação médica.
Cólera
A cólera é uma infecção do intestino delgado causada pela bactéria Vibrio cholerae, 
que pode contaminar água e alimentos. Normalmente, essa infecção é assintomá-
tica, mas uma toxina de natureza proteica produzida pela bactéria é responsável 
pelo aparecimento dos seus sintomas, que se manifestam como uma diarreia leve 
em 80% dos casos; contudo, há casos graves, com episódios constantes de diarreia 
aquosa e com vômitos ocasionais, que podem levar a pessoa infectada a perigosos 
quadros de desidratação; verifica-se também dor abdominal e câimbra.
Figura 8 – Bactéria Vibrio cholerae
Fonte: semanticscholar.org
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Você Sabia?
Que seres humanos são os únicos animais para os quais a bactéria da cólera pode ser 
patogênica? – Nem todas as cepas o são.
Se não houver tratamento rápido, os sintomas podem evoluir para desidratação, 
acidose, problemas circulatórios e insuficiência renal. É importante que a doença 
seja identificada o mais rapidamente possível para que sejam evitadas complicações, 
como a desidratação grave e morte.
Acidose: corresponde à diminuição do pH do sangue para valores inferiores a 7,35.
A cólera é causada por dois sorogrupos específicos (O1 e O139) da bactéria Vibrio cholerae. 
Outros sorogrupos e indivíduos dos sorogrupos O1 e O139 que não produzem toxinas não 
causam a doença; podem causar diarreia, porém, menos severa que a cólera e sem poten-
cial epidêmico.
O tratamento para a cólera concentra-se em evitar a desidratação; por isso, realiza-se 
a hidratação oral e, nos casos mais graves, intravenosa. Pode ser necessária a internação 
e o tratamento com antibióticos.
Disenteria
A disenteria é um tipo de gastroenterite que causa diarreia com sangue. Pode 
ser acompanhada por febre, dor abdominal e sensação de defecação incompleta, 
podendo levar à desidratação. A doença é contagiosa.
Você Sabia?
Que a disenteria é conhecida desde, pelo menos, o tempo de Hipócrates (séc. V e IV a.C.)?
A diarreia deve-se a microrganismos presentes na comida e/ou água conta-
minadas. Os causadores mais comuns da disenteria são bactérias do gênero Shi-
gella (shigelose) ou, na maioria dos casos, o protozoário Entamoeba histolytica; 
outras causas menos frequentes são a exposição a alguns produtos químicos (por 
exemplo, antibióticos, laxantes, quimioterápicos, gorduras não absorvidas, grandes 
quantidades de adoçantes), vermes parasitas e outros tipos de bactérias e protozo-
ários. Ocorre devido à inflamação do estômago e intestino, sobretudo na região 
do cólon.
21
UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
Figura 9 – Bactérias do gênero Shigella (esquerda) e protozoário 
Entamoeba histolytica (direita), dois dos causadores da disenteria
Fontes: Adaptado de Wikimedia Commons
Diarreias leves quase sempre acabam por si em uma semana, mas é importante 
ingerir líquidos em abundância ou uma solução de reidratação oral para evitar 
a desidratação, que representa maior risco para crianças e idosos; em alguns 
casos, podem ser administrados antibióticos. Embora não se recomende o uso 
isolado de medicamentos para diminuir a diarreia, estes podem ser usados em 
conjunto com antibióticos.
Doenças diarreicas agudas são importantes causas de mortalidade no Brasil e em países 
subdesenvolvidos.
A prevenção é feita lavando as mãos com frequência e aplicando medidas de se-
gurança alimentar em áreas de elevado risco.
Esquistossomose
A esquistossomose é uma doença causada por vermes platelmintos do gêne-
ro Schistosoma; no Brasil, predomina o Schistosoma mansoni. Esses vermes 
penetram pela pele quando há contato com água contaminada e se alojam em 
vasos sanguíneos de órgãos importantes, como o fígado e intestino, que podem 
se romper.
Vermes platelmintos: são parasitas de corpo achatado.
A doença provoca dores de barriga, diarreia, sangue nas fezes, emagrecimento 
e problemas em outros órgãos do corpo. O diagnóstico é feito pela identificação de 
ovos do parasita na urina ou nas fezes da pessoa contaminada; alternativamente, 
pode ser confirmada pela identificação de anticorpos contra a doença no sangue. 
É também conhecida como barriga de água por causa do acúmulo de fluidos na 
região abdominal.
22
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Você Sabia?
Que o gênero Schistosoma envolve grande número de espécies? Muitas infectam seres 
humanos em diferentes partes do mundo. Juntos, os vermes S. mansoni, S. haematobium, 
S. intercalatum, S. japonicum e S. mekongi infectaram mais de 200 milhões de pessoas 
em todo o mundo, incluindo um número considerável de turistas.
Casal de vermes Schistosoma mansoni adultos; o macho é mais grosso e têm uma calha 
longitudinal no corpo, onde a fêmea se aloja permanentemente.
Disponível em: https://bit.ly/3dHceY5 
Os ovos do parasita são eliminados pelas fezes do hospedeiro infectado. Na água, 
originam pequenas larvas ciliadas e chamadas de miracídios, que penetram em 
caramujos do gênero Biomphalaria, chamados de planorbídeos. No interior dos 
caramujos, reproduzem e se transformam em outro tipo de larva, as cercárias, que 
deixam os caramujos e nadam livres na água até contaminarem as pessoas que en-
trarem em contato com as quais.
Ciclo biológico do Schistosoma mansoni, disponível em: https://bit.ly/38c1YpO 
A prevenção da doença é feita em duas frentes: a instalação de sistemas de esgoto 
e o combate ao caramujo hospedeiro. O tratamento às pessoas contaminadas é feito 
com medicamento antiparasitário.
A esquistossomose deixou de ser um problema em muitas áreas devido ao uso de água tra-
tada, mas ainda é frequente no Brasil, especificamente em regiões pobres e onde as pessoas 
dependem de água de poço, lagos e rios.
Figura 10 – Regiões de incidência de esquistossomose (em vermelho), prevalente em áreas tropicais 
e subtropicais, em comunidades carentes, sem acesso à água potável e sem saneamento adequado
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
Febre Tifoide
A febre tifoide é uma doença infecciosa relacionada à falta de sistemas adequa-
dos de tratamento de água e esgoto. É causada pelo consumo de água e alimentos 
contaminados pela bactéria Salmonella typhi, ou pelo contato com as mãos de uma 
pessoa doente ou portadora.
Figura 11 – Bactéria flagelada Salmonella typhi
Fonte: Wikimedia Commons
O sintomas são mal-estar, tosse seca, manchas róseas na pele, dores de cabeça e 
barriga, febre alta, perda de apetite, vômito, prisão de ventre ou diarreia, perda de 
peso,aumento do volume do baço, bradicardia; se não tratada adequadamente, a 
febre tifoide pode levar à morte.
Bradicardia: é a diminuição na frequência cardíaca.
Importante!
Febre tifoide e tifo são doenças distintas, causadas por microrganismos diferentes. A pri-
meira é transmitida pela Salmonella typhi; a segunda, por bactérias do gênero Rickettsia.
Após o diagnóstico, o tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível; o 
paciente deve receber hidratação e antibióticos, conforme orientação médica. Existe 
vacina contra a doença, mas só é indicada em casos específicos, pois não garante 
imunidade por muito tempo.
Giardíase
A giardíase é uma infecção do aparelho digestivo, principalmente da porção su-
perior do intestino delgado, causada pelo protozoário Giardia lamblia. A sua trans-
missão é feita pelo consumo de água ou alimentos contaminados por fezes contendo 
cistos do parasita.
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Figura 12 – Protozoário fl agelado Giardia lamblia
Fonte: Wikimedia Commons
A maioria das infecções é assintomática, podendo ocorrer tanto em adultos quanto
em crianças. Os principais sintomas são dor abdominal, fadiga, febre, náusea, fra-
queza, diarreia e perda de peso.
O tratamento é feito com medicamentos que combatem o protozoário, sob orien-
tação médica, sendo também recomendado o consumo de líquidos; pode ser neces-
sária a hidratação intravenosa no caso de desidratação grave devido à diarreia.
Hepatite
A hepatite é uma inflamação do fígado que possui diferentes causas infecciosas e 
não infecciosas. As formas infecciosas são de natureza viral, podendo ser causadas 
por outras infecções, como a dengue e febre amarela; a forma não infecciosa é cau-
sada pelo abuso de bebidas alcoólicas, alguns medicamentos, toxinas e doenças au-
toimunes, que geram anticorpos que atacam e matam as células do fígado. Existem 
cinco principais tipos de hepatite viral: A, B, C, D, E.
Se não tratadas devidamente, as hepatites B e C podem evoluir para casos de cirrose he-
pática, que é irreversível e pode ser fatal; nos casos mais graves, é necessário realizar um 
transplante de fígado.
Representações dos vírus causadores das hepatites A a E, mostrando as suas capas proteicas 
e os seus materiais genéticos, disponível em: https://bit.ly/3eHzruF 
As hepatites A e E são transmitidas por água e alimentos contaminados. As hepa-
tites B e D são transmitidas por via sexual (principalmente) e pelo contato com sangue 
infectado; a hepatite C também pode ser transmitida pelo sangue infectado. A hepa-
tite D só é importante se associada à hepatite B, pois a potencializa.
25
UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
Figura 13 – Regiões de incidência de hepatite A
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
O tratamento da hepatite é medicamentoso e, se seguido corretamente, o índice de cura é 
superior a 95% dos casos.
A hepatite A, altamente contagiosa, é a principal forma da doença. Caracteriza-se 
por inflamação do fígado que, apesar de geralmente ser leve, em alguns casos pode 
evoluir de forma grave e fatal se não for tratada. A doença pode ser assintomática, 
porém, uma pequena parcela das pessoas infectadas apresenta perda de apetite, fa-
diga, amarelamento da pele e mucosas, febre, calafrios, sensação de fraqueza, dores 
musculares, icterícia, náusea, vômito, urina escura e fezes claras.
Amarelamento dos olhos e da pele (icterícia) típico de pessoa sofrendo de hepatite, disponível 
em: https://bit.ly/3dNM5a4 
O tratamento para a hepatite A tem como objetivo aliviar os seus sintomas. 
A pessoa deve manter repouso absoluto, podendo vir a usar analgésicos e anti-infla-
matórios; é recomendada a ingestão de líquidos. Existem vacinas que possibilitam a 
prevenção contra os vírus das hepatites A e B.
Importante!
Qualquer pessoa infectada, mesmo que assintomática, pode transmitir o vírus da 
hepatite A, denominado VHA.
Pessoas que contraíram hepatite não podem doar sangue, pois o vírus pode per-
manecer no organismo, mesmo que de forma assintomática.
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Leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa causada por um grupo de bactérias do 
gênero Leptospira, encontradas na urina dos ratos de esgoto, que se acumula em 
locais sem saneamento básico. Outros animais, como cães, gatos, bois, porcos, ca-
bras, ovelhas e cavalos também podem disseminar a doença.
Figura 14 – Bactérias Leptospira interrogans, uma das espécies causadoras da leptospirose
Fonte: Wikimedia Commons
A infecção é transmitida pela ingestão de água contaminada e de alimentos lava-
dos com essa ou pelo contato com pele ou as membranas mucosas; o contágio entre 
pessoas é raro. É uma doença muito comum depois de enchentes, pois as pessoas 
entram em contato direto com águas contaminadas. A sua ocorrência resulta de con-
dições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados.
A doença pode ser assintomática em alguns casos. Quando se manifestam, os 
principais sintomas são febre intensa e alta, forte dor de cabeça, dores musculares, 
perda de apetite, vômito, diarreia e calafrios; podem ser observados amarelamento 
de pele e olhos, vermelhidão nos olhos e erupções na pele. Se a leptospirose não for 
tratada, o paciente pode sofrer danos nos rins, meningite e problemas respiratórios 
em casos mais graves, pode levar à morte do paciente. Como muitos dos sintomas 
podem ser confundidos com outras doenças, é importante que seja feito um exame 
médico detalhado, incluindo testes de laboratório de sangue ou de urina.
O tratamento para a leptospirose deve ser orientado pelo médico, sendo normal-
mente recomendado o uso de antibiótico para combater a bactéria e analgésicos 
para aliviar a dor e febre.
A prevenção é feita pela vacinação de animais domésticos, pois não existe vacina 
para o ser humano no Brasil, pela administração de medicamentos que previnam 
a infecção em situações de risco e pela adequação de redes de saneamento básico.
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UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
• Cite e explique como ocorrem 8 doenças causadas pela falta ou ineficácia de saneamento básico;
• Relacione o ciclo de vida dos parasitas listados no item anterior com a importância do tra-
tamento da água.
Poluição e Contaminação da Água
A água é um recurso natural fundamental para todos os seres vivos. Para a hu-
manidade, a relação com a água é maior que a fisiológica: desde os seus primórdios, 
sociedades tendem a surgir e se desenvolver próximas a fontes de água, que propor-
cionavam alimento, transporte e comércio.
Você Sabia?
Que civilizações inteiras floresceram em torno de grandes rios, tais como a egípcia (Rio 
Nilo), mesopotâmica (Rio Tigre e Rio Eufrates), hindu (Rio Indo e Rio Ganges) e chinesa 
(Rio Amarelo e Rio Yang-Tsé)? Essas antigas civilizações são comumente chamadas de 
civilizações hidráulicas.
Apesar da sua abundância, apenas uma pequena fração da água está disponível 
para o consumo. A sua poluição é um problema crescente e de amplitude global, que 
agrava a escassez de um recurso que já é limitado.
Os poluentes da água têm diversas fontes. Gases como o dióxido de carbono 
(CO2) e o trióxido de enxofre (SO3) lançados na atmosfera reagem com a água, 
contaminando a água da chuva e outras formas de precipitação atmosférica (granizo, 
neve), alterando as suas características físico-químicas.
Efluentes industriais líquidos não tratados lançados em cursos de água normalmente 
contêm grandes quantidades de produtos químicos nocivos, incluindo os perigosos 
metais pesados. Esses rejeitos desequilibram o ecossistema onde se encontram, 
gerando eutrofização e fornecendo criadouro para diferentes agentes patogênicos. 
Tais agentes poluidores também podem atingir lençóis freáticos, que são importan-
tes fontes de abastecimento de muitas populações humanas.
A água que escorre de lavouras, produto da lixiviação do solo, carrega uma quan-
tidade considerável de sais minerais, sedimentos e resíduos de pesticidas e adubos 
químicos, que turvam a água e a contaminam (inclusive a água subterrânea).O esgoto residencial não tratado possui elevado teor de matéria orgânica 
que, similarmente aos resíduos industriais, favorece a eutrofização e propaga-
ção de doenças.
Em todos os casos, a água contaminada torna-se turva e a vida aquática é afetada 
– surgem os “rios mortos”, cuja carga poluidora é tão elevada que inviabiliza a exis-
tência de seres vivos porque o nível de oxigênio dissolvido na água é baixo.
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Figura 15 – Trecho do Rio Tietê que atravessa a Cidade de São Paulo
 Fonte: Getty Images
A descarga de resíduos industriais e residenciais torna-o um “rio morto” 
por 122 km, percurso em que apenas bactérias anaeróbicas persistem em 
suas águas.
Para evitar a contaminação das fontes de água, é essencial adotar medidas que levem 
à redução dos impactos ambientais das atividades humanas e que ajudem a preservar a 
biodiversidade. Algumas medidas que podem ser adotadas com esses objetivos são:
• Aplicar políticas de preservação de mananciais;
• Evitar a erosão dos solos;
• Preservar a mata ciliar;
• Diminuir o uso de compostos químicos que se acumulem no ambiente;
• Aplicar políticas de reuso de água;
• Tratar os efluentes industriais a fim de eliminar as substâncias tóxicas 
que contiverem;
• Ampliar as redes de coleta e de tratamento de esgoto;
• Educar a população sobre a importância da preservação dos recursos hídricos e 
sobre as atitudes a serem adotadas.
O Brasil possui leis ambientais avançadas, entre as melhores do mundo, mas é 
necessário garantir que sejam efetivamente aplicadas para que se colham os seus 
benefícios. Para isso, é preciso que as autoridades competentes realizem a devida 
fiscalização. Nesse contexto, o papel da população é importante.
• Como a poluição atmosférica causa efeitos de contaminação da água?
• Qual é o impacto da contaminação de lençóis freáticos e quais são as possíveis causas?
• Cite medidas que podem ser adotadas com o objetivo de reduzir os impactos ambientais 
das atividades humanas e ajudar a preservar a biodiversidade. Qual é o papel da população 
nesse contexto?
29
UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
Controle Físico-Químico da Água
Corresponde a análises para o controle de parâmetros importantes para determi-
nar a qualidade da água, principalmente para verificar a sua potabilidade. Diversos 
parâmetros são analisados:
• Oxigênio dissolvido: utilizado para caracterizar a capacidade de sustentar vida 
e o nível de poluição de um sistema aquático;
• Demanda Química de Oxigênio (DQO): corresponde à quantidade de oxigê-
nio necessária para oxidar por meios químicos a matéria orgânica presente na 
água; indica a quantidade de matéria orgânica presente na água;
• Potencial Hidrogeniônico (pH): representa a concentração de íons de hidro- 
gênio em uma solução, responsáveis pela sua acidez; determina se a água é 
ácida ou alcalina;
• Cor: esteticamente indesejável, deve-se à presença de matéria orgânica (ácidos 
húmicos, taninos), de íons metálicos (ferro e manganês) e resíduos industriais 
coloridos; mede-se a intensidade da coloração da água;
Ácidos húmicos: são produtos de biodegradação da matéria orgânica morta; são os prin-
cipais componentes orgânicos do solo e de diversos corpos de água. Já ácidos taninos são 
compostos secundários do metabolismo vegetal, de natureza fenólica, cuja coloração varia 
de amarela a marrom escura.
Praia da Lua, às margens do Rio Negro (Manaus, AM); elevadas concentrações de ácidos 
húmicos conferem coloração escura às águas do rio. Disponível em: https://bit.ly/3dMoF54 
Figura 16 – Soluções aquosas
Fonte: semanticscholar.org
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Soluções aquosas de corante verde de diferentes concentrações (numeradas 
de 1 a 6) comparadas à água deionizada (não numerada); a intensidade da 
coloração de uma solução é diretamente proporcional à concentração da 
substância colorida.
• Turbidez: deve-se à presença de materiais sólidos em suspensão, que reduzem 
a transparência da água; mede-se o grau de opacidade da água;
Da esquerda para a direita, padrões de Unidades de Turbidez (UNT) de 5, 50 e 500.
Disponível em: https://bit.ly/3eNwjxs
• Gás carbônico: o seu teor deve ser conhecido e controlado porque pode con-
tribuir significativamente para a corrosão de estruturas metálicas e de materiais 
à base de cimento de um sistema de abastecimento de água;
• Cloro residual livre: a medição é importante para controlar a sua dosagem e 
variação de concentração aplicada no tratamento da água;
• Cloretos: concentrações elevadas podem restringir o uso da água devido ao 
sabor e efeito laxativo que podem provocar;
• Sulfatos: provocam amargor na água e podem causar diarreias e vômitos caso 
estejam presentes em altas concentrações;
• Espécies iônicas: medem as concentrações de íons específicos de importância, 
como fe3+, mn2+ (conferem cor e sabor à água), al3+ (neurotóxico), f– (usado na 
prevenção de cáries, mas pode ser prejudicial se em excesso, causando fluorose);
Figura 17 – Água límpida (esquerda) e contendo ferro (direita)
Fonte: luz.mg.gov.br
• Dureza total: corresponde à soma das concentrações de íons cálcio e magnésio 
na água, expressos como carbonato de cálcio;
• Alcalinidade total: é a soma das diferentes fontes de alcalinidade existentes na 
água, ou seja, é a soma das concentrações de hidróxidos, carbonatos e bicarbo-
natos, expressa como carbonato de cálcio.
31
UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
• Quais são os objetivos do controle físico-químico da água? Quais são os parâmetros avaliados?
• O que é Demanda Química de Oxigênio (DQO)? Qual é a diferença entre DQO e oxi-
gênio dissolvido?
• Qual é a importância de detectar teor de gás carbônico, cloro residual livre, cloretos, sulfa-
tos e flúor?
• O que mede o parâmetro “dureza total”?
Controle Microbiológico da Água
O monitoramento da carga microbiológica da água tem um impacto importante 
na sua qualidade, dado o seu papel como veículo de transmissão de doenças. A água 
potável não deve conter microrganismos patogênicos, devendo também estar livre de 
organismos que indiquem a ocorrência de contaminação fecal – bactérias que pertencem 
ao grupo dos coliformes; o principal representante desse grupo é a Escherichia coli.
Grupo de bactérias multiflageladas Escherichia coli, disponível em: https://bit.ly/2BQ6ZIr
Nesse sentido, deve-se considerar:
• Demanda Biológica/Bioquímica de Oxigênio (DBO): mede o grau de po-
luição orgânica da água. Corresponde à quantidade de oxigênio dissolvido 
requerida por microrganismos aeróbicos para degradar a matéria orgânica 
presente na água. Quanto maior a DBO, maior a quantidade de matéria orgâ-
nica presente no meio que, por sua vez, requere maior quantidade de oxigênio 
para degradá-la. Caso a matéria orgânica seja abundante, haverá escassez de 
oxigênio e a decomposição passará a ser anaeróbia, resultando em produtos 
tóxicos, tais como metano, amônia, mercaptanas, entre outros;
Como é medida a DBO?
• Amostras são coletadas de locais onde se deseja analisar a qualidade da água; 
• Garrafas de água contendo alto teor de oxigênio são semeadas com bactérias que 
degradam matéria orgânica;
• Em seguida, essas garrafas são incubadas com as amostras coletadas (ou diluições 
das mesmas);
• Ocorre uma medição no dia 0 de incubação, para mensurar a quantidade inicial 
de oxigênio;
• As amostras são incubadas por 5 dias no escuro e a 20 oC;
• A diminuição da quantidade de oxigênio dissolvido na água é medida por testes químicos;
• Análise do resultado: quanto mais oxigênio for consumido pelas bactérias, maior será a 
quantidade de matéria orgânica degradada. Em outras palavras, quanto maior a DBO, mais 
poluída é a amostra de água analisada (maior a quantidade de matéria orgânica inicial).
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33
• Coliformes termotolerantes ou fecais: assim denominados por tolerarem 
temperaturas superiores a 40 °C: bactérias capazes de fermentar a lactose 
a 44-45 °C em 24 horas, reunindo bactérias dos gêneros Escherichia (prin-
cipal), Klebsiella e Enterobacter; destas, Escherichiacoli é a única de origem 
exclusivamente fecal, presente em grandes concentrações em fezes humanas, 
de mamíferos, pássaros e raramente encontrada em outros locais isentos de 
contaminação fecal;
Figura 18 – Cultura contendo colônias de Escherichia coli em ágar
Fonte: Wikimedia Commons
• Coliformes não fecais: bactérias capazes de fermentar a lactose a 35-37 °C entre 
24 e 48 horas, pertencentes aos gêneros Klebsiella, Enterobacter e Citrobacter. 
Algumas espécies dessas bactérias não são encontradas nas fezes e sim em outros 
ambientes, tais como água com alta concentração de matéria orgânica. 
Quando se detecta “coliformes totais”, computa-se a presença de coliformes fecais 
e não fecais.
Os testes de coliformes envolvem as seguintes etapas:
1. Verifi car a presença de coliformes na amostra de água;
2. Confi rmada a existência de coliformes, identifi car o tipo de coliforme 
presente – fecal ou não fecal;
3. Identifi cado o tipo de coliforme, determinar a carga bacteriana.
O conhecimento da existência ou não de coliformes fecais é importante para 
avaliar a qualidade microbiológica da água: a sua presença indica que a água foi 
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UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
contaminada por material fecal, o que pode implicar na presença de microrganis-
mos patogênicos e em um risco potencial para a saúde de indivíduos expostos a 
essa água.
Leia o tópico intitulado “Papel dos microrganismos na qualidade da água”, capítulo 27 
do livro “Microbiologia, de Tortora, Funke e Case”, publicado pelo Grupo A, em 2017 (e-book 
disponível na Biblioteca Virtual).
• Qual é a importância do monitoramento da carga microbiológica da água?
• Por que são medidas as quantidades de bactérias Escherichia coli em análises de água?
• O resultado positivo em um exame de detecção de coliformes totais significa obrigatoria-
mente que a amostra está contaminada por coliformes fecais?
• Pesquise como atua o profissional biomédico habilitado na área de análises ambientais. 
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Grande Reportagem – Poluição das Águas
https://youtu.be/bgnyH9cCApQ
 Leitura
Associação entre Condições Socioeconômicas, Sanitárias e de Atenção Básica e a Morbidade Hospitalar
 por Doenças de Veiculação Hídrica no Brasil
O texto trata da influência de diferentes fatores sobre a mortalidade causada 
por doenças de veiculação hídrica.
https://bit.ly/2ZtKTn4
Cartilha de Orientação para Controle e a Prevenção de Doenças de Veiculação Hídrica
Cartilha orientativa sobre as principais doenças transmitidas pelo contato com a 
água, com ênfase para os métodos de prevenção.
https://bit.ly/3gs6DqH
Poluição da Água: Tipos, Causas e Consequências
O texto discorre sobre diferentes tipos de poluição da água e como evitá-los.
https://bit.ly/3eSjVfx
Pesquisa Infecta Humanos com 20 Vermes da Esquistossomose
O texto trata do desenvolvimento de uma vacina contra a esquistossomose.
https://bit.ly/2CYuoYS
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UNIDADE Poluição da Água e Métodos de Controle
Referências
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quality: a review. Journal of the American Water Resources Association, 
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docs/lshs/end-notes/livestock%20grazing%20management%20impacts%20on%20
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ALVES, S. G. S.; ATAÍDE, C. D. G.; SILVA, J. X. Análise microbiológica de 
coliformes totais e termotolerantes em água de bebedouros em um parque público de 
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AZEVEDO NETTO, J. M. Novos conceitos sobre a eutrofização. DAE, v. 48, n. 
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BARRETO, L. V. et al. Eutrofização em rios brasileiros. Enciclopédia Biosfera, 
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