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A IMPORTANCIA DA QUALIDADE DA AGUA NA NUTRICAO DE RUMINANTES_AULA_10

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A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA NA NUTRIÇÃO DE R UMINANTES 
RIBEIRO;L 1; BENEDETTI;E.2 
 
1 Zootecnista, Mestre em Produção Animal, Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campos dos 
Goytacazes, (RJ),e-mail: lorenazoo@uol.com.br. 
2 Médico Veterinário, Prof Titular Doutor da Universidade Federal de Uberlândia, e-mail: 
edmundobenedetti@yahoo.com.br. 
 
RESUMO: Este trabalho tem o objetivo de avaliar a importância da qualidade da água na nutrição de 
ruminantes por meio da ingestão voluntária. Depois do oxigênio, a água é o nutriente mais importante 
para os seres vivos. Muitas vezes os produtores, na maioria das propriedades rurais, não têm muita 
preocupação no que diz respeito à manutenção e a obtenção de água. Cuidar dessa água é fundamental, 
pois os animais, assim como os humanos, precisam da mesma para sobreviver. 
 
PALAVRAS CHAVES : Alimentação animal, bovinocultura. 
 
Importance of water in the cattle nutrition 
 
ABSTRACT : This work has objective to evaluate the value of water in the cattle nutrition for the 
voluntary intake and your quality. After oxygen, the water is the nutrient more important for human 
being. Oftentimes the farmers, in some rural property, don’t present preoccupation about the maintenance 
and obtaining of the water. To reflect this water is fundamental, because the cattle, so the living being, 
need for survive. 
 
KEY WORDS: animal food, cattle. 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
A água é a molécula mais abundante da matéria 
viva. É considerada solvente universal, atuando como 
dispersante de inúmeros compostos orgânicos e 
inorgânicos. A água é, ainda, um importante veículo de 
transporte de substâncias, permitindo o contínuo 
intercâmbio de moléculas entre os líquidos extras e 
intracelulares. Essas considerações, entre outras, 
justificam o fato dela ser um dos componentes abióticos 
de maior importância para o mundo vivo. 
A água doce é um recurso natural finito, cuja 
qualidade vem piorando devido ao aumento da 
população e à ausência de políticas públicas voltadas 
para a sua preservação. 
Um dos desafios mundiais nas próximas 
décadas é proteger os recursos naturais ao mesmo tempo 
em que se produz alimento suficiente para suprir as 
demandas de uma crescente população. O desafio será 
satisfazer o aumento da demanda de produtos 
agropecuários em um nível tecnológico no qual a base 
dos recursos naturais possa se sustentar (HAAN et al., 
2004). 
O contínuo e crescente uso dos recursos 
hídricos em nível mundial, associados a uma gestão 
inadequada, têm ocasionado a degradação das águas em 
relação à sua disponibilidade e qualidade. Muitas 
substâncias manipuladas pelas diversas atividades 
industriais e agrícolas podem ocasionar a contaminação 
dos ambientes aquáticos. A qualidade da água é uma 
variável dependente das características naturais e do uso 
e ocupação do solo na bacia hidrográfica. A noção de 
qualidade muitas vezes está relacionada apenas às 
características organolépticas, como sabor, odor e cor; 
no entanto esses fatores estão ligados apenas à 
sensibilidade humana e não revelam os reais problemas 
de comprometimento da qualidade das águas. 
 
 
 
 
 
A quantidade e a qualidade da água são 
elementos fundamentais para o processo de produção, 
seja qual for o sistema de criação, uma vez que interfere 
diretamente na nutrição dos bovinos pela sua 
composição bem como pelo volume ingerido 
(BIZINOTO, 2002). 
A ausência do controle da qualidade da água 
pode conduzir, fatalmente, a curto ou longo prazos, a 
infecções que podem ter conseqüências imprevisíveis 
para o desenvolvimento das criações (SOUZA et al., 
1983). Assim, torna-se essencial a importância da 
qualidade físico-química e microbiológica da água na 
saúde animal. 
A inutilização da água pode ser proveniente do 
seu próprio uso, como também dos diversos usos do solo 
numa região, notadamente os usos agrícolas, industrial e 
urbano. Assim, influências antrópicas sobre a qualidade 
da água estão fortemente associadas ao crescimento da 
urbanização, da expansão das atividades agropecuárias e 
industriais. No mundo atual, a expansão destas 
atividades engendra alterações deletérias crescentes 
sobre a qualidade das águas. 
Assim, o objetivo deste trabalho é retratar a 
importância da água na nutrição dos ruminantes, 
orientando a necessidade hídrica e o que a qualidade 
dela pode afetar na saúde animal e na ingestão 
voluntária. 
 
DESENVOLVIMENTO 
Disponibilidade de Água na Terra 
A superfície do planeta é composta por, 
aproximadamente, 70% de água, e somente 30% de 
terra, porém, na prática o líquido não é tão abundante 
assim. De toda a água existente no mundo, cerca de 97% 
é salgada e 3% é doce. Além disso, do percentual total 
da água doce existente, a maior parte encontra-se sob a 
forma de gelo nas calotas polares e geleiras, outra parte é 
gasosa e há ainda água subterrânea, de difícil acesso 
estando a mais de 800 m de profundidade. Portanto, a 
água disponível para uso, proveniente principalmente de 
rios e lagos, representa apenas 0,01% de toda a água do 
planeta. 
O Brasil possui uma das maiores reservas 
hídricas do mundo, concentrando sozinho perto de 15% 
da água doce superficial disponível no planeta. No 
entanto, grande parte dessa água está no rio Amazonas e 
seus afluentes. 
Além de limitada as reservas de água tem-se 
também uma restrição no uso da água doce, pois 70% 
dela já está contaminada com dejetos humanos e de 
animais, defensivos agrícolas, lixo, produtos químicos, 
esgotos industriais, entre outros. Cuidar dessa água é 
fundamental, pois os animais, assim como os humanos, 
precisam da água para sobreviver. 
 
Uso da água 
Na atividade pecuária, a água, além de ser 
usada para o consumo das pessoas que trabalham e dos 
animais, também é necessária para o manejo do solo, do 
rebanho e para a limpeza dos equipamentos e 
instalações. 
O uso da água nos estabelecimentos rurais é de 
grande importância não somente do ponto de vista 
nutricional, mas também nas atividades relacionadas 
com o manejo da ordenha e a higienização das 
instalações e equipamentos. 
Fonte de água nas propriedades 
Os estabelecimentos rurais envolvidos com a produção 
animal obtém água basicamente sob duas maneiras, ou 
originada de minas, geralmente não protegida, que 
através de bomba de recalque a água é bombeada para as 
instalações e residências para consumo, ou por meio de 
poços (escavado ou artesiano). 
 
Importância da Água 
A água é um bem essencial à vida, necessária 
em todas as atividades da produção animal. A vida 
depende da água. Ignorar sua importância e descuidar de 
seu tratamento, além de gerar problemas de saúde, 
atrapalham a tão necessária qualidade na produção 
pecuária. 
Infelizmente a ingestão de água pelos animais 
não é, frequentemente, considerada um fator limitante 
potencial para a produção nas fazendas modernas. Muito 
mais atenção é dada a outros nutrientes da dieta, sendo a 
quantidade e qualidade da água desconsiderada. No 
entanto, a baixa ingestão de água aumenta os valores de 
 
 
 
 
 
hematócrito e a concentração de uréia no sangue, reduz a 
taxa respiratória e a contratilidade ruminal, diminui o 
peso vivo e a produção de leite e pode provocar 
agressividade dos animais em torno de bebedouros. 
Embora os ruminantes possam suportar água de 
pior qualidade que os humanos, são afetados por 
substâncias presentes na água, que em determinadas 
concentrações, podem ser fatais. Dependendo da 
concentração dessas substâncias na água, os bovinos 
podem não apresentar sinais clínicos, mas o crescimento, 
a lactação e a reprodução podem ser afetados, causando 
perdas econômicas para o produtor. 
A água constitui aproximadamente 98% de 
todas as moléculas do organismo e tem as mais variadas 
funções: sendo necessária para o crescimento, 
reprodução, lactação, digestão, metabolismo, excreção, 
hidrólises de proteínas, carboidratos, gorduras; regulação 
de homeostasia mineral; transportes de substâncias;lubrificação de juntas, amortecimento de sistema 
nervoso, além de ser um excelente solvente para glicose, 
minerais, aminoácidos, vitaminas hidrossolúveis e 
transportes metabólitos do corpo. Ela participa de todas 
as funções vitais do organismo vivo, sendo essencial 
para que qualquer atividade fisiológica ocorra com 
sucesso 
 
Restrição de Água 
A privação de água é um estado insalubre 
(MURPHY, 1992). A limitação no consumo de água 
diminui o desempenho animal, mais rápido e 
drasticamente, do que a de qualquer outro nutriente. 
Os animais podem sobreviver por mais tempo, 
com a ausência de qualquer outro nutriente essencial, do 
que privados do acesso a água. Pode-se perder 
praticamente todo lipídio e 50% da proteína, mas se 
perder 10% da água pode ser fatal (LANA, 2005) Assim, 
toda a restrição de água que venha ocorrer é 
acompanhada de baixo desempenho zootécnico. 
A importância de um suprimento adequado de 
água é melhor entendida levando-se em consideração as 
conseqüências da restrição hídrica nos animais: 
diminuição na ingestão de alimentos, diminuição do 
ganho de peso e da taxa normal de crescimento, danos à 
termorregulação, redução da excreção renal de produtos 
do metabolismo, ingestão de outros líquidos que podem 
ser críticos no que se refere à higiene, problemas 
comportamentais e, em casos mais graves, em que a 
perda da água corporal atinja valores entre 10 e 12%, 
ocasione a morte do animal (KAMPHUES, 2000; 
CAMPOS, 2001; NRC, 2001). 
Andersson e Lindgren (1987), estudando os 
efeitos do acesso restrito à água e ao alimento e a 
hierarquia social na performance e no comportamento de 
vacas leiteiras observaram que as vacas dominantes 
bebem mais água, produzem mais leite e são mais 
pesadas do que as vacas subordinadas. O acesso restrito 
à água pode ser especialmente negativo para vacas em 
posições hierárquicas inferiores e vacas secas. 
Alguns produtores acabam não dedicando 
tempo suficiente para se certificarem que suas vacas 
estão bebendo água em quantidade e qualidade 
adequadas. Não é incomum se observar nas fazendas a 
oferta de água de pouca qualidade, em bebedouros sujos 
e de difícil acesso, ou ainda com tamanho inadequado e 
baixa pressão de água, o que impede a rápida reposição 
do volume consumido. O resultado final é o baixo 
consumo de água pelas vacas, o que não faz sentido uma 
vez que o leite é composto em média por 87% de água, 
tornando sua produção dependente da ingestão de água. 
A água só perde para o oxigênio na ordem de 
importância para a vaca. 
O consumo de água é positivamente 
correlacionado com a ingestão de matéria seca e 
aumenta com a maior quantidade de fibras na dieta. De 
acordo com Hatendi et al. (1996), animais com 
disponibilidade diária de água bebem mais do que 
aqueles com água fornecida apenas a cada três dias. 
Sendo assim, ao se deparar com produções 
abaixo do esperado, confira o fornecimento de água, pois 
em muitos casos a solução de problemas relacionados à 
quantidade e qualidade da água permite aumentos de 
produção da ordem de 10 a 20%. 
Qualidade da Água 
Atualmente observam-se grandes avanços nas 
técnicas relativas ao balanceamento de dietas, 
monitoramento da ingestão de matéria seca, verificando 
os níveis de energia, fibra, minerais, vitaminas, proteínas 
e até aminoácidos na alimentação dos animais. Por outro 
lado ocorre certa desatenção quando o assunto é o 
 
 
 
 
 
fornecimento de água de qualidade na alimentação 
animal, na higienização de equipamentos e instalações. 
Não existe na natureza água quimicamente 
pura, exceto nos laboratórios. Sua composição e 
qualidade são muito variáveis e estão determinadas pelo 
substrato do solo por onde a água escorre ou onde está 
armazenada. Desta forma quando se refere aos padrões 
de qualidade da água não se refere a um estado de 
pureza e sim em condições físicas, químicas e 
microbiológicas adequadas, seja para uso humano ou 
animal. 
Segundo Rimbaud (2003) pode-se encontrar na 
água vários elementos, entre eles: metais: Na, Ca, Mg, 
K, Fe, Mn, Cu, Pb, Es, Li, Va, Zn e Al e não metais; Cl, 
S, carbonatos, silicatos, nitratos, nitritos e amônio. Sais e 
óxidos incrustantes e gases 
A qualidade da água, além de seu fornecimento, 
também é muito importante num sistema de produção 
(VIEIRA, 2003). Os principais fatores que a afetam são: 
salinidade, acidez ou alcalinidade, contaminação por 
bactérias, elevado crescimento de algas tóxicas, bem 
como resíduos de produtos como pesticidas e 
fertilizantes (MARKWICK, 2002). Segundo Landefeld e 
Bettinger (2002), a qualidade da água pode afetar o 
consumo de alimentos e a saúde dos animais, transmitir 
doenças e, conseqüentemente, colocar em risco a 
segurança dos produtos de origem animal que servem de 
alimento aos humanos. Pode também, afetar seu próprio 
consumo pelos animais. Por exemplo, a ingestão de água 
pode ser reduzida quando ela contém altos teores de 
excremento (WILLMS et al., 2002), ou quando há alto 
teor de sulfatos presentes (LONERAGAN et al., 2001). 
Qualidade da água na visão dos produtores rurais 
Em um estudo realizado por Barros 2010, todos 
os produtores questionados não mencionaram problemas 
com a qualidade da água que consumiam com 80% deles 
afirmando que a água era de boa qualidade e 20% que a 
água era de ótima qualidade. Mas nenhum produtor se 
baseou em informações laboratoriais para justificar sua 
posição em relação a água de consumo. Haviam 
produtores que utilizavam destas águas a mais de 30 
anos sem conhecer se a água utilizada estava em 
conformidade com os padrões de potabilidade. 
Conforme Chiodi (2009), para a maioria das 
famílias entrevistadas, a água de poço artesiano é que 
fornece a garantia de qualidade, pois para elas, essa água 
é protegida, por que fica embaixo da terra e livre de 
lançamento de dejetos, de lixo e de agrotóxicos, apesar 
das famílias dizerem não ter conhecimento da qualidade 
dessa água, porque nunca foram realizadas análises de 
potabilidade da mesma. 
A ausência de controle da qualidade da água 
deve conduzir, fatalmente, a curto ou a longo prazos, a 
infecções e envenenamentos, que podem ter 
conseqüências imprevisíveis para o desenvolvimento do 
local de criação (VON DER, 1971). 
As doenças transmissíveis que ocorrem nos 
animais domésticos, principalmente em bovinos, suínos 
e aves, representam fatores importantes à economia e à 
saúde pública, pois podem acarretar prejuízos 
econômicos, às vezes elevados, e muitos dos seus 
agentes causais podem ser transmitidos ao homem. 
 
Padrões de potabilidade da água no Brasil 
O Ministério da Saúde normatiza o padrão de 
potabilidade da água pela portaria número 1.469 de 
2000. 
A classificação das águas interiores do território 
nacional estabelece os parâmetros microbiológicos para 
mananciais, determinando uma tolerância, em relação ao 
número mais provável por 100 mL (NMP/100 mL) de no 
máximo 20.000 coliformes totais e até 4.000 coliformes 
de origem fecal, para as águas a serem utilizadas na 
dessedentação animal (CONAMA, 1986). 
 
Avaliação da qualidade - Análises laboratoriais 
Conforme orientação de Fernandes, 2007 deve-
se realizar análises bacteriológicas e físico-químicas da 
água, pelo menos uma vez no período de chuva e uma no 
de seca, para conhecer sua composição química e sua 
potabilidade, pois as condições da água podem variar 
mensalmente devido as oscilações do nível do poço, da 
fonte, além de outros fatores. 
Essas análises podem ser feitas em laboratórios de 
universidades, empresas municipais ou estaduais de 
saneamento ou em laboratórios particulares. 
Mas antes de começar pela análise da água, 
tente medir seu consumo. Na maioria dos casos, quando 
a qualidade é ruim, o consumo é baixo. Todavia, muitas 
 
 
 
 
 
vezes se perde muito tempo e dinheiro em análises sem 
conseguir respostas para os reais problemas. Antes de 
mandar uma amostra para análise, se nada pode ser feito 
para melhorara disponibilidade da água e 
conseqüentemente seu consumo. 
Se necessário, encontre uma maneira de 
fornecer água de alguma fonte reconhecidamente boa 
por uma semana e veja se isto faz diferença. Se a 
produção aumentar saberá que identificou o problema. 
Daí então poderá investir dinheiro na melhor solução. 
A qualidade da água pode ser avaliada por suas 
características físicas, químicas e biológicas. A 
incorporação de impurezas diversas define a qualidade, 
tanto por suas características de solvente quanto por sua 
capacidade de transportar partículas. 
 
Aspectos Químicos 
Um fator determinante como parâmetro de 
análise da água é o seu aspecto químico. Na averiguação 
deste critério devem ser levados em consideração os 
sólidos dissolvidos totais (SDT), pH, dureza e a presença 
de nitrato, nitrito entre outros minerais. 
 pH 
O conhecimento dos valores de pH da água 
permite definir a necessidade de aumento ou redução das 
dosagens dos produtos de limpeza. O melhor pH para se 
trabalhar em um sistema de limpeza de ordenhadeiras é 
aquele que se encontra o mais perto possível de neutro 
(7,0). Desta forma, encontra-se muita facilidade em 
utilizar tanto os produtos alcalinos clorados como os 
ácidos com sucesso. 
O pH estando alterado poderá impedir a ação 
dos sanitizantes, como também danificar tubulações e 
equipamentos utilizados na sala de ordenha. O pH 
estando num intervalo de 6,5 a 8,5 pouco interfere na 
qualidade, entretanto, pode influenciar nas reações 
químicas envolvidas com o tratamento da água. Um pH 
alcalino, prejudica a ação germicida do cloro e um pH 
ácido pode comprometer a conservação de tubulações e 
equipamentos usados. 
Salinidade 
 A salinidade refere-se à quantidade total de sais 
minerais dissolvidos na água e pode ser determinada 
como sólidos totais dissolvidos (SDT) ou como sais 
totais dissolvidos. Conceitualmente o SDT quantifica a 
soma de matéria inorgânica dissolvida em uma amostra 
de água. (PATIENCE, 1992). 
À medida que o SDT aumenta a qualidade da 
água piora, causando repulsa no consumo de água e 
perda de desempenho zootécnico. 
A problemática relacionada com a salinidade da 
água depende, principalmente, da concentração total em 
sais minerais, sendo as águas de superfície as mais 
atingidas devido aos fenômenos de evaporação e 
deposição de sais. Os íons que surgem mais 
frequentemente em águas salobras são o cálcio, 
magnésio, sódio, bicarbonato, cloreto e sulfato, pois são 
estes os mais solúveis na água. Os sais provêm de 
diversas fontes, como esgotos quer urbanos quer de 
explorações pecuárias, de fertilizantes usados na 
agricultura e ainda provenientes da atmosfera. 
A tolerância dos animais à salinidade varia com 
a espécie, a idade, a necessidade de água e com suas 
condições fisiológicas (TAB. 1). De modo geral, 
mudanças abruptas na qualidade da água, de pouco para 
muito salina, são mais prejudiciais aos animais que 
mudanças graduais. 
TABELA 1. Uso potencial de fontes de água com 
diversos níveis de salinidade 
Sais Totais 
Dissolvidos
ppm
1.000 Baixo nível de salinidade; pode ser fornecida a qualquer animal
1.000 - 4.999
Satisfatória para bovinos e ovinos; pode causar diarréia temporária ou ser 
inicialmente recusada por animais não adaptados, porém não irá prejudicar seu 
desempenho.
5.000 - 6.999
Pode ser utilizada para bovinos e ovinos, porém seu consumo por animais em 
estágios avançados de gestação ou animais lactantes deve ser evitado.
7.000 - 10.000
De modo geral, seu consumo deve ser evitado. Em situações excepcionais, pode ser 
fornecida a animais adultos que não estejam em condições de estresse. Não deve ser 
fornecida para vacas em gestação ou em lactação, cavalos, ovinos, animais jovens 
ou sujeitos a elevados níveis de estresse térmico ou perda de água.
> 10.000 Elevando nível de salinidade ; uso não recomendado
> 35.000 Salmoura; uso não recomendado
Comentários
Fonte: Badley et al. (1997) 
Níveis muito elevados de salinidade inibem o 
consumo de água pelos animais e, conseqüentemente, 
seu consumo de alimentos. Outros sintomas também 
observados são sede excessiva, dor abdominal, vômito, 
diarréia, sinais nervosos (tremor, cegueira, andar em 
círculos ou para trás, etc.), convulsões e morte. Os 
 
 
 
 
 
efeitos prejudiciais da salinidade são decorrentes, 
principalmente de seu efeito osmótico. 
O nível de salinidade da água tende a aumentar 
nas épocas mais quentes e secas do ano devido à maior 
evaporação da água. 
Ferro (Fe) 
A análise de água possibilita determinar as 
quantidades em ppm (parte por milhão) de ferro 
presentes na água das propriedades. O que poderá alterar 
os níveis de dureza da água, interferindo na limpeza dos 
equipamentos. Além disso, pode-se encontrar colorações 
marrom - avermelhadas nas mangueiras e demais peças 
de borrachas do equipamento de ordenha, deixando, 
além de um mau aspecto, um ambiente propício para 
posteriores deposições de materiais orgânicos. 
Um excesso de ferro resulta em depleção de 
vitaminas (como a vitamina E) e outros minerais 
(devendo a dieta ser suplementada com selênio, zinco e 
cobre). 
Altos níveis de sulfato (acima de 250 ppm) e 
ferro (acima de 0,3 ppm) são freqüentemente 
constatados na água. Algumas bactérias são conhecidas 
por se multiplicarem melhor na presença de enxofre e 
ferro. Estes minerais também reduzem a palatabilidade 
da água e a absorção de outros minerais da dieta. 
De acordo com Socha et al. (2003), alguns 
pesquisadores acreditam que o ferro presente na água é 
mais reativo e mais aproveitável pelos animais que o 
ferro presente em alimentos ou em suplementos. 
Magnésio (Mg) 
Do ponto de vista da salinidade, águas com 
altos teores de sais, assim como aquelas que contém 
elementos tóxicos, representam perigo para os animais, 
podendo afetar a qualidade da carne e do leite 
produzidos, a ponto de torná-los inadequados ao 
consumo, como também provocar distúrbios fisiológicos 
e morte dos animais, com conseqüentes perdas 
econômicas (Ayers e Westcot, 1991). Segundo os 
mesmos autores, entre os elementos químicos 
normalmente presentes nas águas naturais que podem 
causar esses distúrbios, o principal é o magnésio (Mg). 
Que para o gado bovino tem tolerância máxima de Mg = 
400 mg L-1, enquanto para os ovinos de Mg = 250 mg 
L-1. 
 
Nitritos e Nitratos 
Altos níveis de nitrato (NO3
- acima de 100 
ppm) podem diminuir a capacidade de transporte de 
oxigênio do sangue causando problemas reprodutivos. 
Altos teores de nitrito (NO2 acima de 4 ppm) podem 
matar vacas. 
A presença de níveis anormais de nitrito e 
nitrato na água em geral são originários de intensa 
fertilização dos solos que podem acarretar problemas 
nutricionais e desordens reprodutivas aos animais. 
O nitrato (NO3
-) é a principal forma de 
ocorrência de nitrogênio (N) na água, sendo possível sua 
presença nas águas naturais superficiais. Nelas, as 
concentrações se situam normalmente entre 0 e 18 mg/L, 
e variam com a estação do ano, podendo aumentar 
quando o rio é alimentado por aqüíferos ricos em 
nitratos. Nas águas subterrâneas, sobre condições 
aeróbicas, são de poucas mg/L, sendo que não foram 
encontradas concentrações que excedessem 9 mg/L nos 
EUA. O nitrato é fixado por plantas durante o seu 
crescimento, reduzindo sua concentração na água ( 
WHO, 1993). 
Existe um amplo uso de nitratos nos 
fertilizantes inorgânicos utilizados em plantios, também 
usados como agente oxidante na produção de explosivos 
e de vidros. As concentrações de nitrato em águas 
precipitadas de regiões industriais podem ser de 5 mg/L 
sendo inferiores em áreas rurais. Em águas superficiais 
podem atingir centenas de mg/L como resultado do 
escoamento em áreas de agricultura, de lixões e de 
contaminação por dejetos humanos e de animais. O 
aumento do uso de fertilizantes artificiais, a disposição 
de lixo e mudanças no uso do solo para pastagens são os 
principais fatores responsáveis por um progressivo 
aumento nos níveis de nitratona água. 
A recomendação da Organização Mundial da 
Saúde (OMS) para a concentração de nitrato na água 
potável é 10 mg/L (WHO, 1993). Este é o valor limite 
para todas as classes de usos de águas doces 
estabelecidos pela resolução 357 (CONAMA, 2005), 
bem como é o padrão estabelecido pelo USEPA nos 
EUA. Quando superiores a 5 mg/L já podem indicar 
condições sanitárias inadequadas, por exemplo, devido 
a dejetos de humanos e animais. Concentrações 
 
 
 
 
 
superiores a 10 mg/L indicam contaminação por 
fertilizantes e águas residuárias de esgotos. 
A presença de nitrito na água pode ser oriunda 
naturalmente como parte dos ciclos biogeoquímicos. 
Mesmo assim, a verificação da presença dele servirá, por 
exemplo, como indicativo se a água subterrânea já está 
sendo contaminada por esgotos domésticos, efluentes 
industriais e fertilizantes. 
Dureza 
A água é chamada de “dura” quando contém 
cálcio e magnésio em excesso. Nessa condição, ela 
facilita a formação de incrustações nos equipamentos, 
criando “pedras de leite” que se tornam fonte de 
contaminação do leite se não forem eliminadas. 
Identificar a dureza da água, portanto, é importante para 
poder usar produtos adequados e quantidades corretas 
que evitam essas incrustações. 
Referente aos aspectos de dureza da água os 
estudiosos apontam que este critério não interfere 
diretamente na saúde animal e sim na manutenção de 
tubulações, devido ao acúmulo de cálcio e magnésio nos 
sistemas de condução de água (RIMBAUD, 2003) 
Com base na dureza da água é possível avaliar 
quais produtos para limpeza e suas dosagens. Sabendo 
essa informação você estará economizando em produtos 
químicos e potencializando em muito a eficiência da 
limpeza do equipamento de ordenha. 
 
Aspectos Físicos 
Analisando os aspectos físicos da água, 
ressalta-se a temperatura, cor e turbidez como fator 
diferencial na busca da qualidade 
Cor e Turbidez 
As análises laboratoriais para examinar a cor e a 
turbidez da água são parâmetros que indicam a presença 
de poluentes ou não nos mananciais. 
A turbidez representa o grau de interferência 
por partículas, principalmente por materiais sólidos em 
suspensão. Ela é expressa por uma medida arbitrária 
adotada por uma determinada unidade, sendo 
normalmente utilizada a Unidade Nefelométrica de 
Turbidez (UNT). Águas superficiais tendem a ser mais 
turvas que as subterrâneas (WHO, 1993). 
A turbidez anormal da água é observada pelo 
despejo de efluentes de origem urbana, animal ou 
industrial que com certeza terão intercorrências 
negativas na produção animal. 
O aumento de turbidez na água pode alterar 
suas características organolépticas como aparência, cor, 
sabor e odor e lhe conferir rejeição para fins de 
potabilidade. A elevação da turbidez relaciona-se 
indiretamente com a fotossíntese, alterando a cadeia 
trófica aquática e influenciando comunidades biológicas 
na água, podendo levar à mortandade de peixes. Uma 
das causas freqüentes da elevação da turbidez é a erosão 
do solo nas margens dos corpos de água, muitas vezes 
devido às práticas agrícolas inadequadas. 
A turbidez da água tende a mascarar a presença 
de possíveis organismos patogênicos, estimulando o 
crescimento de bactérias, pois nutrientes são absorvidos 
nas partículas. Além disso, elevada turbidez dificulta 
processos de desinfecção da água (WHO, 1993) 
 
Aspectos Microbiológicos 
Do ponto de vista microbiológico a água pode 
conter vários microrganismos contaminantes como 
Salmonella spp, Vibrio cholera, Leptospira spp, 
Escherichia coli, Pseudomonas, podendo transportar 
protozoários patogênicos assim como ovos e cistos de 
vermes intestinais (PATIENCE, 1992) 
As doenças de veiculação hídrica são causadas 
principalmente por microrganismos patogênicos de 
origem entérica, animal ou humana, transmitidos 
basicamente pela rota fecal-oral, ou seja, são excretados 
nas fezes de indivíduos infectados e ingeridos na forma 
de água ou alimento contaminado por água poluída com 
fezes (GRABOW, 1996). 
No meio rural, as principais fontes de 
abastecimento de água são os poços rasos e nascentes, 
fontes bastante suscetíveis à contaminação (AMARAL 
et al., 2003). 
A água contaminada é aquela que pode 
transmitir germes nocivos ou doenças infecciosas, ou 
 
 
 
 
 
que possui organismos patogênicos, substâncias tóxicas 
ou radioativas em teores prejudiciais à saúde humana. 
As fontes de poluição das águas podem ser 
divididas em fontes pontuais e fontes não pontuais. 
Fontes pontuais são aqueles em que os poluentes são 
lançados de modo concentrado e o meio de transporte 
dos poluentes pode ser identificado, como por exemplo, 
canos, tubos, tubulações, condutos dentre outros 
(UNITED STATES ENVIRONMENTAL 
PROTECTION AGENCY – USEPA, 1995 citado por 
LIBOS, 2002). Normalmente, são consideradas fontes 
pontuais de poluição as redes de lançamentos pluvial e 
de efluentes industriais. 
As fontes não pontuais, também denominadas 
fontes difusas, não têm um ponto definido de entrada no 
corpo d’água receptor. Os poluentes são transportados 
pelo escoamento superficial nos meios urbano e rural. A 
identificação, medição e controle de fontes não pontuais 
são mais difíceis que as pontuais, pois podem envolver 
áreas extensas e o transporte de poluentes ocorre de 
modo disperso nas superfícies. Áreas onde se 
desenvolvem práticas agrícolas ou utilizadas para 
pastagens são consideradas fontes não pontuais de 
poluição. 
Em trabalho realizado por BARROS, (2010) foi 
demonstrado que em 100% das propriedades rurais 
analisadas a qualidade da água está fora dos padrões de 
potabilidade definidos pelo ministério da saúde e, 
portanto inapto para consumo. 
Quando utilizamos o termo "qualidade de 
água", é necessário compreender que esse termo não se 
refere, necessariamente, a um estado de pureza, mas 
simplesmente às características químicas, físicas e 
biológicas, e que, conforme essas características, são 
estipuladas diferentes finalidades para a água. Assim, a 
política normativa nacional de uso da água, como consta 
na resolução número 20 do CONAMA (Conselho 
Nacional do Meio Ambiente), procurou estabelecer 
parâmetros que definem limites aceitáveis de elementos 
estranhos, considerando os diferentes usos. 
 
Influência da qualidade da água na sanidade 
Segundo DIESCH (1970), tem aumentado o 
interesse pela reavaliação do papel desempenhado pela 
água na transmissão de agentes causais de zoonoses, 
sendo tal fato devido à escassez de estudos com a 
finalidade de determinar as fontes de infecção. Porém, 
há casos registrados de doenças infecciosas de origem 
animal no homem e nos animais, relacionados à 
transmissão pela água e, principalmente, associadas a 
agentes bacterianos. Por outro lado, é pouco conhecido o 
papel da água como veículo de transmissão de vírus e 
outros agentes provenientes dos animais. Podem ser 
veiculados pela água os agentes de muitas das doenças 
de animais, tais como: carbúnculo, salmoneloses, 
leptospiroses, brucelose, tifo aviário, paratifo dos 
bezerros, colibacilose, tuberculose, erisipelóide, febre 
aftosa, peste suína, peste aviária, anemia infecciosa 
equina, cinomose, panleucopenia felina, peste suína 
africana, eimeriose e helmintíases. 
Por isso, é indispensável a utilização de água de 
qualidade em todas as etapas de produção: para o 
consumo dos animais, para a limpeza dos tetos, para a 
lavagem e desinfecção dos vasilhames e equipamentos 
de ordenha e para a higienização das instalações. 
Conforme NEIVA, 2008, diz que as fontes 
naturais, quando contaminadas com matéria orgânica, 
por exemplo, podem trazer riscos à saúde dos bovinos. 
“Não é incomum encontrar reservatórios naturais ou 
artificiais de água com uma coloração verde. Essa água 
contém algas que podem ser tóxicas, capazes de produzir 
componentes altamente nocivos para os bovinos”. 
A falta de higiene do bebedouro pode afetar a 
saúde do animal em razão da presença de 
microrganismos indesejáveis, que podem trazerproblemas à saúde do rúmen e comprometer a qualidade 
microbiológica e a composição do leite. 
O manejo geral nas propriedades influencia de 
forma direta ou indireta o perfil de saúde dos rebanhos 
por prevenir ou expor os animais a fatores de risco. De 
outra forma, a saúde influencia nos índices de produção 
e produtividade ao tornar os animais mais ou menos 
precoces. 
Coliformes 
De acordo com Surber et al. (2004), organismos 
como coliformes fecais e estreptococos encontram-se 
sedimentados no fundo das fontes de água, porém, a 
entrada de animais nestes locais faz com que fiquem 
novamente suspensos, o que diminui a qualidade da 
água. O fato de os bovinos usarem as margens de 
córregos e riachos para pastar, se deslocar e ingerir água 
 
 
 
 
 
pode aumentar o desmoronamento de sedimentos na 
água, diminuindo a vida útil destas fontes bem como 
reduzindo seu potencial de habitat de peixes e outras 
espécies aquáticas (HILLIARD; REEDYK, 2003). 
Outros aspectos relacionados com ecossistemas e 
aguadas naturais são os caminhos preferenciais que os 
bovinos fazem acompanhando o declive do terreno, que 
podem ser o início de processos erosivos; e a dificuldade 
de manutenção de matas ciliares. 
A presença dos coliformes, dentre as quais a 
Escherichia coli, serve como indicador da contaminação 
da água por microrganismos (DOMINGUES; 
LANGONI, 2001). Embora estes indicadores não sejam 
sempre patogênicos e não sejam correlacionados 
diretamente com outros patógenos, eles são os mais 
fáceis e com menor custo para detectar. 
A mensuração é expressa pelo número mais 
provável (NMP) e representa a quantidade mais provável 
de coliformes existentes em 100 ml de água da amostra, 
sendo considerada como normal encontrar até 1.000 
coliformes fecais por mililitro de água. 
A Escherichia coli tem uma característica 
notável de crescimento e sobrevivência em diversas 
condições ambientais. No solo, a E. coli é capaz de 
sobreviver mais de 60 dias à 25ºC e 100 dias à 4ºC 
(BOGOSIAN et al., 1996). A luz do sol tem sido 
considerada como o fator de maior detrimento para a 
sobrevivência da E.coli na água. Outros fatores que têm 
sido mostrados ou sugeridos como relacionados à 
sobrevivência de bactérias, são: temperatura, pH, 
nutrientes, predadores, tipo de solo, época do ano e 
competição com outros organismos (FERGUSON et al. 
2003). 
A presença de coliformes fecais na água 
significa que essa água recebeu matérias fecais, ou 
esgotos. Por outro lado, são as fezes das pessoas doentes 
que transportam, para as águas ou para o solo, os 
microrganismos causadores de doenças. Assim, se a 
água recebe fezes, ela pode muito bem estar recebendo 
microrganismos patogênicos. Por isso, a presença de 
coliformes na água indica a presença de fezes e, 
portanto, a possível presença de seres patogênicos. 
Indiretamente, a água pode ainda estar ligada à 
transmissão de algumas verminoses, como 
esquistossomose, ascaridíase, taeníase, oxiuríase e 
ancilostomíase. 
Na verificação das condições sanitárias de água 
de abastecimento, os coliformes, em especial os fecais, 
têm sido úteis para a mensuração da ocorrência e do grau 
de poluição fecal, uma vez que são habitantes normais 
do intestino de animais de sangue quente (GELDREICH, 
1966). 
 
Salmonelas 
Os animais mitigam a sede em qualquer local 
onde se acumula água. Sabe-se que microrganismos 
causadores de diferentes enfermidades animais podem 
ocorrer na água durante algum tempo e serem por ela 
transmitidos, como é o caso da salmonelose. A 
capacidade das salmonelas sobreviverem fora dos 
hospedeiros, por períodos relativamente longos, 
proporciona outro dado importante ao se considerar a 
cadeia epidemiológica das salmoneloses. 
Dependendo do tipo de exploração 
agropecuária, a dessedentação de animais feita em lagos, 
ribeirões, açudes, reservatórios ou mananciais que têm 
contato estreito com a própria pastagem pode constituir-
se num risco de contaminação por salmonelas. Esses 
locais, freqüentemente, apresentam o inconveniente de 
serem poluídos com excretas humanos e/ou animais. 
O controle da salmonelose é dificultado devido 
a existência de animais portadores de salmonelas, 
eliminando-as constantemente com as fezes e poluindo 
desta forma o meio ambiente. Assim sendo, os 
bebedouros podem constituir importantes fontes de 
infecção, considerando-se não só os hábitos dos animais 
durante o ato de beber água, como também as 
características dos bebedouros que podem ser de 
diferentes tipos, contribuindo assim para o aumento da 
incidência de salmonelose. 
 
Mastite 
Em propriedades rurais destinadas à produção 
leiteira, a água também se destaca como via de 
transmissão de agentes causadores de mastite. O 
Staphylococcus aureus é provavelmente o agente mais 
isolado em casos de mastite (FERREIRO, 1978). A 
infecção da glândula mamária por Staphylococcus 
coagulase negativa é de alta incidência e longa duração, 
e pode afetar a composição e a produção do leite. Esses 
 
 
 
 
 
fatores justificam a atenção dada a esses microrganismos 
como agentes etiológicos da mastite bovina (TIMMIS, 
SCHULTZ, 1987). 
A importância da água na transmissão da 
mastite é enfatizada pelo fato de o Staphylococcus 
aureus e os Staphylococcus coagulase-negativa nela 
sobreviverem por 30 dias e a Escherichia coli, também 
importante agente etiológico da mastite, por 300 dias 
(FILIP et al., 1988). 
Entretanto, a água utilizada no processo de 
obtenção do leite pode ser fonte potencial de cepas de 
Staphylococcus aureus resistentes a antimicrobianos 
comumente utilizados no tratamento da mastite bovina. 
Isso evidencia a necessidade de controlar a qualidade da 
água para auxiliar no controle da mastite e diminuir os 
riscos de intoxicações alimentares. 
 
 
Coccidiose 
A coccidiose é uma doença parasitária que tem 
como agentes etiológicos várias espécies de 
protozoários, inclusive da família Eimeridae do gênero 
Eimeria que parasita aves, ruminantes, eqüinos e 
coelhos. 
Eimeria ssp. é um protozoário que parasita 
bovinos e outros animais de produção, gerando prejuízos 
econômicos decorrente da mortalidade e desempenho 
insatisfatório do animal. Em sua fase patogênica causa o 
rompimento de células intestinais levando a 
desidratação, sendo que animais jovens são mais 
suscetíveis à doença. A maior probabilidade de 
contaminação de Eimeria ssp., se dá por ser um período 
úmido. Para evitar a propagação desse protozoário deve-
se ter cuidado com a forragem fornecida, qualidade da 
água, condições do ambiente dentre outras medidas. 
Os bovinos se infectam pela ingestão de 
oocistos esporulados junto com alimentos e água 
contaminados por fezes. Os animais jovens são mais 
susceptíveis a doença e geralmente apresentam os 
sintomas mais acentuados da eimeriose. A mortalidade é 
maior nessa faixa etária. Os animais que se recuperaram 
desenvolvem imunidade contra as espécies que se 
infectaram. Esta imunidade não é absoluta e os animais 
são frequentemente reinfectados. (VIDOTTO, 2005) 
 
Questão Ambiental x Qualidade da água 
A qualidade da água ao redor do planeta Terra 
tem se deteriorado de forma crescente, especialmente 
nos últimos 50 anos. Problemas relacionados com a 
poluição da água se intensificaram no mundo, 
principalmente após a Segunda Guerra Mundial, quando 
foram observados aumentos significativos nos processos 
de urbanização e de industrialização. 
Em estudo realizado por Barros et al, 2010 constatou-se 
que os produtores que utilizam de água de mina, estão 
bastante vulneráveis a ação de contaminantes devido ao 
escorrimento superficial provocado pelas chuvas, 
conduzindo portanto resíduos agrícolas 
(agrotoxicos/fertilizantes), dejetos e efluentes gerados 
pelo sistema de produção animal. Outra evidência 
constatada é a falta de cobertura vegetal necessária para 
a devida proteção e manutenção desta fonte de 
abastecimento. Das propriedades estudadas, 60% não 
dispõe de estruturas adequadas (esterqueiras) paraestocagem de dejetos e efluentes gerados pela atividade 
pecuária, favorecendo a contaminação das fontes de 
abastecimento. Sendo assim, principalmente as águas 
superficiais, estão vulneráveis a ação de contaminantes 
físicos, químicos e microbiológicos. 
 
Formas de contaminação da água 
Os animais também podem afetar a qualidade 
da água com a contaminação urinária e fecal. Os animais 
em sistema de pastejo, por exemplo, podem afetar 
negativamente a qualidade da água em cursos d’água 
devido a contaminação com patógenos, nitrogênio, 
fósforo e material orgânico. Já com animais em 
confinamento, a qualidade da água é ainda mais afetada 
devido à superpopulação e a água ser consumida em 
bebedouros menores. 
Dentre os patógenos que ocorrem com a 
contaminação fecal, incluem a Escherichia coli 
O157:H7, Campylobacter jejuni, Salmonella spp, Vibrio 
cholerae. Outros patógenos bacterianos que podem ser 
transmitidos pela água incluem a Listeria, Leptospira, 
Brucella, Coxiella e Mycoplasma. Patógenos não 
bacterianos incluem fungos e protozoários. Todos esses 
patógenos afetam negativamente o desempenho dos 
animais por causa da patologia que provocam devido à 
 
 
 
 
 
redução do apetite, sintoma comum nos animais doentes, 
com conseqüente redução na ingestão de alimentos e 
perda de peso. Além disso, os animais ainda sofrem com 
o estresse provocado com o manejo sanitário, agravando 
ainda mais a situação. Tudo isso resulta em prejuízo 
econômico para o produtor decorrente do maior gasto 
com produtos e serviços veterinários e o 
comprometimento dos índices zootécnicos da fazenda. 
Com práticas de manejo simples pode-se evitar esse 
problema: mantendo os bebedouros sempre limpos e 
com água de boa qualidade. 
 
Estratégias para o manejo de dejetos 
Basicamente a água utilizada nos locais de ordenha 
possuem dois destinos. A maioria escorre pela superfície 
do estábulo e do solo, sem qualquer estratégia de 
armazenamento. O outro destino das águas e verificado 
são as esterqueiras. 
Atualmente, mais de 50% da água utilizada pelos 
produtores rurais brasileiros não passa por nenhum tipo 
de desinfecção. Estudos apontam que a água de poços e 
nascentes está cada vez mais contaminada. Em Santa 
Catarina (SC), por exemplo, são 100% das fontes, em 
Minas Gerais (MG), 95% estão contaminadas. Conforme 
SANTOS, 2010 muitas das doenças adquiridas pelos 
animais têm origem na água consumida em locais não 
apropriados. A desinfecção é um processo preventivo 
para diversas doenças. E muitos custos podem ser 
evitados ao se tratar a água, afirma. A partir da 
avaliação, os parceiros devem procurar um profissional e 
solicitar as orientações para tratar a água e não 
prejudicar a produção de leite. A desinfecção é um 
processo que deve ser adotado independentemente da 
qualidade apresentada, pois mesmo que não esteja 
contaminada na fonte, esta água será contaminada no 
processo de uso, colocando em risco a qualidade final do 
produto. 
Para que o controle microbiológico das águas 
de consumo se efetive é necessário que medidas e ações 
sejam adotadas. O tratamento de dejetos animais antes 
de sua incorporação ao solo, o saneamento básico e a 
manutenção do sistema de armazenamento e distribuição 
de água domiciliar, constituem o primeiro passo. 
No caso de análises bacteriológicas indicarem 
contaminação na água das nascentes ou dos poços, é 
necessário providenciar a desinfecção dos reservatórios 
que geralmente é feita com altas dosagens de cloro. Nos 
bebedouros, o momento de maior consumo de água 
ocorre após a ordenha, quando a vaca pode ingerir até 
50% das suas necessidades hídricas diárias. Isso torna a 
saída da sala de ordenha um dos pontos estratégicos para 
a localização dos bebedouros, de preferência em locais 
frescos e de fácil acesso. Além disso, o bebedouro deve 
ter espaço suficiente para que os animais não entrem em 
disputa pela água. 
Segundo AMARAL, 2003 são necessários 
vários cuidados para evitar o uso de água contaminada. 
“Muitas propriedades rurais usam poços rasos e 
nascentes. Principalmente os poços com menos de 20 
metros de profundidade são bastante susceptíveis à 
contaminação por sujidades, microorganismos ou 
substâncias químicas”, explica Amaral. Ele diz que é 
preciso proteger nascentes, facilitar a recarga das sub-
bacias, avaliar a vazão do manancial e trabalhar para 
reduzir ao máximo a matéria orgânica que se deposita na 
água. E como as fazendas têm características diferentes, 
é necessário um estudo específico para cada uma para 
definir as formas de preservação e utilização da água. 
Entende-se que essas solicitações são justas, já 
que todos concordam que a água é um bem precioso e 
que precisa ser utilizada racionalmente 
Algumas técnicas e equipamentos, de acordo 
com SILVA e MAGALHÃES (2001) destacam-se para 
o tratamento e/ou disposição dos resíduos de animais, 
como: biodigestores, esterqueiras e bioesterqueiras, 
compostagem e vermicompostagem (adubação), 
reutilização como ração, lagoas de estabilização, etc. 
Finalmente, é importante considerar que a redução do 
uso de agroquímicos e o manejo adequado de dejetos de 
animais constituem práticas também essenciais para 
reduzir os problemas de poluição da água. No primeiro 
caso, é preciso direcionar os esforços para resgatar o 
conhecimento de tecnologias menos intensivas no uso de 
agroquímicos e mais intensivas no uso do conhecimento 
agronômico e da compreensão das interações dos 
ecossistemas agrícolas. Esse conhecimento é 
fundamentado em princípios como rotação de culturas, 
manejo integrado de pragas, uso de adubos verdes, etc. 
Ao analisarem o efeito do tratamento da água no 
desempenho dos animais, observaram que o 
fornecimento de água de melhor qualidade (água fresca), 
propiciou melhores desempenhos do que os outros 
tratamentos. De acordo com os autores, a diferença no 
desempenho animal pode ser decorrente da presença de 
 
 
 
 
 
matéria orgânica fecal, que promoveu alteração negativa 
no cheiro e na palatabilidade da água, resultando em 
diminuição na sua ingestão com conseqüente diminuição 
da ingestão de matéria seca. 
Apesar do aparente custo elevado na instalação 
de bebedouros numa propriedade, este investimento é de 
fundamental importância, pois além de possibilitar o 
fornecimento de água de qualidade para os animais, 
aumentando os índices zootécnicos, também faz com 
que reduza os riscos de erosão e assoreamento de 
córregos e nascentes de rios, provocados pelos trilheiros 
dos animais, quando estes vão em busca das fontes 
naturais de água. 
Na maioria das propriedades rurais, costuma-se 
esquecer da importância da limpeza periódica dos 
bebedouros, sendo uma ação simples, mas com grande 
impacto na produtividade animal. 
Particularmente, em áreas rurais e em períodos 
de intensas chuvas, a proteção insuficiente dos poços 
pode levar à contaminação. O produtor deve se 
preocupar em fazer periodicamente vistorias nos 
reservatórios de água para verificar a presença de fendas, 
pois estas podem ser a porta de entrada para os 
patógenos. 
Não permitir o acesso do rebanho às minas, 
lagos, riachos e rios é também importante por evitar a 
contaminação da água por fezes e urina. Essa medida 
também contribui para a preservação das fontes naturais, 
já que o pisotear do rebanho compacta o terreno e destrói 
a vegetação ao redor. 
Conforme KRAVITZ et al (1999) defendem que 
a proteção das fontes de abastecimento pode preservar a 
qualidade da água no meio rural onde a desinfecção não 
é realizada, sendo que cada fator de proteção tem sua 
importância, e a ausência de um deles já é motivo de 
preocupação. GELDREICH (1998) afirma que a água de 
escoamento superficial é o principal fator que modifica a 
qualidade microbiológica da água subterrânea, tornando 
- a de risco à saúde. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Pode-se afirmar que a água é um insumo barato, 
que traz grandes benefícios ao rebanho. Todavia com a 
pressão ambiental cada vez maior, a água napecuária vai 
precisar ser usada de forma mais eficiente e racional e 
será cobrado do produtor que ele não polua rios e 
córregos com dejetos, levando-o a disciplinar o uso da 
água em sua propriedade. 
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