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1
Programa de Doutoramento em Gestão
(3º Ciclo)
ANO LETIVO 2021/2022
TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO
Prof. Doutor Mário J. B. Franco (mfranco@ubi.pt)
Departamento de Gestão e Economia
INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA
- Questionário –
2
6. O QUESTIONÁRIO
6.1. UTILIZAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
6.2. LINHAS GERAIS DO QUESTIONÁRIO
6.3. CONSTRUÇÃO DO QUESTIONÁRIO
6.4. RESPOSTAS E ESCALAS DE MEDIDA
6.5. TÉCNICAS ESTATÍSTICAS
Razões para a utilização:
- Aceder a informação sobre uma grande variedade de comportamentos de 
um mesmo indivíduo;
- Quando a observação direta de certos comportamentos pressupõe uma 
intimidade frequente e, em termos práticos, inaceitável de um ponto de 
vista deontológico;
- O questionário aparece como substituto de uma observação muito difícil 
ou impossível.
Como Inquirir?
. A esta questão pode-se responder de forma diferente consoante as técnicas 
usadas.
. É habitual reservar o termo “entrevista” para as técnicas menos diretivas e 
designar por “questionário” as formas de inquirir em que as questões são 
formuladas antecipadamente.
6.1. UTILIZAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
3
Tipos de Questionário:
i) Questionário aberto: a formulação e a ordem das questões são fixas, mas a 
pessoa pode dar uma resposta longa quanto desejar e pode ser incitada por 
insistência do entrevistador (Um questionário que só contenha perguntas 
abertas);
ii) Questionário fechado: a formulação das questões, a sua ordem e gama de 
resposta possíveis são previamente fixadas (Um questionário que só 
contenha perguntas fechadas.
iii) Um questionário que contenha perguntas abertas e perguntas fechadas 
(misto).
6.1. UTILIZAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
O tipo de questionário aberto é especialmente útil em três situações (Hill e 
Hill, 2007):
a) Quando o ideal seria efetuar entrevistas mas o investigador não tem tempo 
nem facilidade para as fazer.
b) Quando não há muita literatura sobre o tema de investigação, ou quando a 
literatura não dá indicação das variáveis mais relevantes, ou importantes, e 
o investigador pretende fazer um estudo preliminar (“pilot study”) para 
encontrar tais variáveis.
c) Quando o questionário pretende obter informação qualitativa (em vez de 
informação quantitativa).
6.1. UTILIZAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
4
O tipo de questionário fechado é especialmente útil em três situações (Hill e 
Hill, 2007): 
a) Quando o investigador conhece muito bem a natureza das variáveis mais 
relevantes, e mais importantes, na área da investigação e quer obter 
informação quantitativa sobre elas.
b) Quando o investigador quer utilizar um conjunto de perguntas para criar 
uma nova variável. 
Por exemplo, quando quer desenvolver uma nova variável “Satisfação 
global no emprego” e pretende criar esta variável a partir de um conjunto 
de perguntas sobre vários aspetos, ou “componentes”, da satisfação já 
conhecidos
O tipo de questionário misto é útil quando o investigador quer obter 
informação qualitativa para complementar e contextualizar a informação 
quantitativa obtida pelas outras variáveis.
6.1. UTILIZAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
Como Administrar o Questionário?
- Um processo completo de inquirição deve começar por uma fase 
qualitativa, sob a forma de um conjunto de entrevistas não diretivas ou 
estruturadas, a que se segue uma fase quantitativa.
- A aplicação de um questionário a uma amostra permite uma inferência 
estatística, através da qual se verificam as hipóteses elaboradas no 
decursos da primeira fase. Aquelas completam-se por recurso às 
informações recolhidas e codificadas. 
- Por vezes, e contrariamente à ordem habitual, pode ser útil depois de um 
inquérito quantitativo, realizar uma fase qualitativa complementar para, 
por exemplo ajudar a interpretar certos resultados inesperados.
- Pode-se ainda concluir que a fase qualitativa não é necessária porque 
dispomos desde logo de todos os atributos que ela poderia trazer.
6.1. UTILIZAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
5
Objetivos do Questionário:
Os objetivos dos questionários podem ser resumidos a um pequeno número de 
propósitos:
. Estimar certas grandezas “absolutas”;
. Estimar grandezas “relativas”;
. Descrever uma população ou sub-população;
. Verificar/validar hipóteses
Este último objetivo é em geral o mais importante
6.1. UTILIZAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
6.2. LINHAS GERAIS DE UM QUESTIONÁRIO
Um questionário é, por definição, um instrumento rigorosamente estandardizado 
tanto no texto das questões, como na sua ordem. Este procedimento garante a 
comparabilidade das respostas de todos os indivíduos.
Apesar da sua importância, a redação do questionário continua dependente do saber-
fazer e da experiência do investigador.
Atualmente, não é possível enunciar regras de construção de um questionário e o 
modo de redação das questões!
Na melhor das hipóteses, podemos enumerar um determinado número de cuidados e 
fornecer uma lista de pontos sobre os quais é bom refletir:
. O texto das questões;
. A ordem pelo qual as questões são colocadas;
. A coerência no conteúdo das questões;
. A variedade na forma das questões;
. A duração aceitável de um questionário (nunca mais de 45 min.)
6
6.2. LINHAS GERAIS DE UM QUESTIONÁRIO
A construção do questionário e a formulação das questões constituem uma fase 
crucial do desenvolvimento de um questionário.
Não podemos deixar certos pontos imprecisos, dizendo que mais tarde, perante as 
respostas, os tornamos mais precisos.
Qualquer erro, qualquer inépcia, qualquer ambiguidade, repercutir-se-á na totalidade 
das operações ulteriores até às conclusões finais (Pré-teste).
6.2. LINHAS GERAIS DE UM QUESTIONÁRIO
Tipo de Questões:
No que respeita ao conteúdo das questões, podemos distinguir duas grandes 
categorias de questões:
1- Aquelas que se debruçam sobre os factos, em princípio suscetíveis de serem 
conhecidos de outra forma sem ser através de inquérito;
2 – Aquelas que se debruçam sobre opiniões, atitudes, preferências, impossíveis de 
conhecer de outra forma (a chamada questão psicológica ou subjetiva).
7
6.2. LINHAS GERAIS DE UM QUESTIONÁRIO
No que respeita à forma das questões, estas podem ser:
1 – Questões abertas, às quais a pessoa responde como quer, utilizando o seu 
próprio vocabulário;
2 – Questões fechadas, onde se apresenta à pessoa, depois de se lhe ter colocada a 
questão, uma lista preestabelecida de respostas possíveis dentre as quais lhe pedimos 
que indique a que melhor corresponde à que deseja dar.
Por exemplo:
Pergunta aberta: “Em que medida está satisfeito ou insatisfeito com o seu chefe de secção?”
Resposta: “Em geral estou satisfeito com ele, muito embora ele tenha os seus favoritos na secção e nem 
sempre esteja disponível quando necessário. Mas, geralmente, dá suporte aos
empregados— há chefes piores”.
Pergunta fechada: “Em que medida está satisfeito ou insatisfeito com o seu chefe de secção?”
Respostas alternativas:
Muito Insatisfeito Insatisfeito Nem Satisfeito nem Insatisfeito Satisfeito Muito Satisfeito
6.2. LINHAS GERAIS DE UM QUESTIONÁRIO
Fonte: Hill e Hill (2007)
8
6.2. LINHAS GERAIS DE UM QUESTIONÁRIO
Como escrever (e como não escrever) perguntas?
- Atender aos objetivos gerais das perguntas.
- É preciso pensar cuidadosamente sobre o objetivo geral (o tipo de informação 
que quer solicitar) de cada uma das perguntas que está a inserir no questionário.
- Nem sempre é possível evitar o uso de termos técnicos mas, sempre que o seja, 
devem escrever-se perguntas curtas, usar palavras simples e usar sintaxe simples.
- Convém verificar sempre que as perguntas escritas não são perguntas múltiplas 
(perguntas que contém duas ou mais perguntas) - subjetivas
6.2. LINHAS GERAIS DE UM QUESTIONÁRIO
Como escrever (e como não escrever) perguntas?
Por exemplo:
Imagine que é gestor de uma empresa. A sua empresa não tem gestor de recursos 
humanos, mas está a promover cursos de formação. 
Qual será a sua resposta à seguinte pergunta:
Q1: Na sua empresa, o gestor de recursos humanos está a promover cursos de 
formação? 
Sim:_______ou Não:______
9
6.2. LINHAS GERAIS DE UM QUESTIONÁRIO
Esta última pergunta é uma pergunta múltipla.
A pergunta pode ser reescrita da seguinte forma:
Se respondeu SIM, responda à pergunta seguinte:
SIM NÃO
A sua empresa tem gestor de recursos 
humanos?
A sua empresa tem cursos de formação
SIM NÃO
É o gestor de recursos humanos que 
promove os cursos de formação?
6.2. LINHAS GERAIS DE UM QUESTIONÁRIO
Como escrever (e como não escrever) perguntas?
Convém evitar escrever perguntas que contenha uma mistura de conjunções e 
disjunções
Por exemplo: Os produtos da sua empresa vão para França e Alemanha ou Itália?
O que significa a resposta SIM? É ambígua!
SIM NÃO
10
6.2. LINHAS GERAIS DE UM QUESTIONÁRIO
Em suma:
- É necessário controlar a estrutura lógica da questão;
- É necessário evitar que uma mesma resposta possa ser dada por razões diferentes;
- Não se deve, em caso algum, introduzir duas ideias na mesma questão;
- Quando propomos às pessoas uma escolha entre várias respostas, é indispensável 
garantir antecipadamente que a lista cubra efetivamente todas as posições 
possíveis.
6.3. CONSTRUÇÃO DO QUESTIONÁRIO (Hill e Hill, 2007)
Segundo Hill e Hill (2007):
1) Introdução
. Um pedido de cooperação no preenchimento do questionário
. A razão da aplicação do questionário
. Uma descrição curta da natureza geral do questionário.
. O nome da instituição (faculdade, centro de investigação).
. Uma declaração formal de que a informação fornecida pela empresa ou pelas 
pessoas individuais será tratada confidencialmente, e que no seu relatório sobre 
os resultados da pesquisa não vai identificar nem empresas, nem instituições, 
nem pessoas individuais.
. Uma declaração formal da natureza anónima do questionário.
11
6.3. CONSTRUÇÃO DO QUESTIONÁRIO
Segundo Hill e Hill (2007):
2) “Layout”
. Clareza e tamanho do questionário
. As secções e as perguntas do questionário
. Instruções
. A aparência estética do questionário
6.4. RESPOSTAS E ESCALAS DE MEDIDA
Se o questionário contiver perguntas fechadas é necessário escolher um conjunto 
de respostas alternativas para cada uma destas perguntas.
Convém associar números às respostas para que estas possam ser analisadas 
posteriormente por meio de técnicas estatísticas.
Os números associados a cada conjunto de respostas apresentam uma escala de 
medida e são vários os tipos de escalas.
Tipos de Escalas ( Hill e Hill, 2007):
Os dois tipos de escalas frequentemente usados em questionários são:
(i) Escalas nominais
(ii) Escalas ordinais
12
6.4. RESPOSTAS E ESCALAS DE MEDIDA
Outros Tipos de Escalas:
Há, no entanto outro tipo de escalas menos utilizadas em questionários. Este tipo 
de escala são escalas métricas e apresentam duas formas:
. Escalas de Intervalo
. Escalas de Rácio
6.4. RESPOSTAS E ESCALAS DE MEDIDA
i) ESCALAS NOMINAIS:
Este tipo de escala consiste num conjunto de categorias de resposta 
qualitativamente diferente e mutuamente exclusivas. 
Por exemplo:
. Sim, Não
. Masculino, Feminino
. Gerente, Técnico, Administrador, Operário
Note-se que é possível atribuir um número a cada categoria para codificar as 
respostas. Mas os números não implicam diferenças em quantidade. Só servem 
para identificar a categoria qualitativa.
Não é razoável calcular um valor médio com este tipo de escala. Só é razoável 
calcular frequências (número de respostas) em cada uma das categorias.
O valor médio é uma estatística “absurda” quando se usa uma escala nominal para 
medir uma variável.
13
6.4. RESPOSTAS E ESCALAS DE MEDIDA
ii) ESCALAS ORDINAIS
Estas escalas admitem uma ordenação numérica das suas categorias, ou seja, das 
respostas alternativas, estabelecendo uma relação de ordem entre elas.
Num questionário é possível escrever dois tipos de perguntas que utilizem 
respostas dadas numa escala ordinal, e é importante perceber a diferença entre 
eles porque os métodos para analisar as respostas podem ser diferentes.
Pergunta tipo 1: são apresentados um conjunto de itens e o respondente tem de 
avaliar uns em relação aos outros. Ou seja, tem de dar uma ordenação aos itens.
Pergunta tipo 2 – o respondente tem de avaliar um só item em termos de uma 
variável.
6.4. RESPOSTAS E ESCALAS DE MEDIDA
ii) ESCALAS ORDINAIS (cont.)
Exemplos:
Pergunta tipo 1: “ponha por ordem os itens seguintes em termos do grau de 
importância que lhes atribui”
(atribua o número 5 ao item mais importante, 4 ao item de importância seguinte, 
etc.)
Neste tipo de pergunta só há uma variável: “importância atribuída”. Os cinco itens 
são características fixas.
Item Grau de Importância
Ter trabalho interessante 4
Ter ordenado elevado 3
Ter chefe simpático 1
Ter bons colegas no trabalho 2
Ter segurança no trabalho 5
14
6.4. RESPOSTAS E ESCALAS DE MEDIDA
ii) ESCALAS ORDINAIS (cont.)
Pergunta tipo 2: “Em que medida está satisfeito ou insatisfeito no seu emprego?”
(assinale com um circulo o número associado à resposta que quer dar)
Aqui a variável é “satisfação” e o item a avaliar é o emprego.
Muito
insatisfeito
Insatisfeito Nem satisfeito
Nem insatisfeito
Satisfeito Muito
satisfeito
1 2 3 4 5
6.4. RESPOSTAS E ESCALAS DE MEDIDA
iii) ESCALAS DE INTERVALO
Estas escalas têm a característica de uma escala ordinal em que um valor numérico 
mais elevado na escala indica uma quantidade maior da variável medida.
Mas tem uma característica adicional – as diferenças entre valores numéricos 
adjacentes na escala indicam diferenças iguais na quantidade da variável 
medida.
Isto significa que se fizermos uma transformação linear dos valores, os intervalos 
entre valores adjacentes na escala permanecem iguais após a transformação.
Exemplo: as escalas de temperatura: centígrada e Fahrenheit
A temperatura na escala Centígrada pode ser transformada em temperatura na 
escala de Fahrenheit por meio de transformação linear:
ºF = ºC 9/5 + 32
15
6.4. RESPOSTAS E ESCALAS DE MEDIDA
iii) ESCALAS DE INTERVALO (cont.)
As escalas de intervalo são muito úteis mas têm uma limitação: O valor zero da 
escala é arbitrário e não indica a ausência total da variável medida pela escala.
Por exemplo, o valor 0 ºC não indica que não haja nenhum calor (atividade 
molecular) presente. E 0º Centígrada é igual à temperatura 32º Fahrenheit, o 
que indica a presença de algum grau de calor.
Este problema do valor zero arbitrário faz com que não seja possível fazer 
inferências sobre os rácios de valores na escala. 
Por exemplo, uma temperatura de 40º C não indica 4 vezes mais calor do que uma 
temperatura de 10 º C, embora o rácio entre os dois valores seja 4:1, porém na 
escala de Fahrenheit o rácio entre estas temperaturas é de 2,08:1
6.4. RESPOSTAS E ESCALAS DE MEDIDA
iv) ESCALAS DE RÁCIO
Estas escalas têm todas as características das escalas de intervalo e mais uma 
característica adicional:
O valor “zero” não é arbitrário – é absoluto ou “real”.
Por causa disto, é possível fazer inferências sobre um rácio entre valores numa 
escala de rácio.
OBS.: Nas ciências sociais, variáveis vulgarmente medidas por meio de escalas de 
rácio são: tempo, distância, dinheiro, numerosidade, etc.
16
6.5. TÉCNICAS ESTATÍSTICAS
Existem diversas técnicas estatísticas para analisar as respostas obtidas dos 
questionários. 
A adequação das técnicas depende, mais uma vez, do tipo de escala que foi 
utilizada para medir a resposta.
Assim, temos técnicas para as escalas nominais, escalas ordinais, escalas de 
intervalo e escalas de rácio.
6.5. TÉCNICAS ESTATÍSTICAS
ESCALA NOMINAL:
As escalas nominais fornecem dados na forma de frequências. Isto significa que o 
que tem são o número de respostas em cada categoria da escala.
Portanto, as análises estatísticas adequadas são as técnicas não-paramétricas.
Os testes não-paramétricos (ou de distribuição livre) são assim designados porque 
não dependem de qualquer caracterização da forma precisa da distribuição da 
população de onde saiu a amostra estudada.
17
6.5. TÉCNICAS ESTATÍSTICASESCALA ORDINAL:
Pergunta do tipo 1:
O tipo de análise mais vulgar para este tipo de pergunta é a Análise de Variância de 
Friedman
Esta análise testa a hipótese de os totais serem iguais para as categorias usadas.
A análise produz uma estatística que poder tratada como a estatística do Qui-
quadrado (χ2) .
Note-se que um valor significativo para esta estatística só indica que as avaliações 
dos itens não são iguais, não indica como é que eles diferem significativamente 
entre si.
Portanto, a análise não é muito útil e sempre que possível é melhor evitar utilizar 
perguntas do tipo 1.
6.5. TÉCNICAS ESTATÍSTICAS
ESCALA ORDINAL:
Pergunta do tipo 2:
Para analisar as respostas dadas do tipo 2 nas escalas ordinais, usam-se 
normalmente métodos paramétricos (por exemplo, teste t, ANOVA, 
correlações do tipo Pearson e mesmo análises multivariadas . Análise fatorial, 
análise discriminante, etc.)
Os testes paramétricos são assim designados porque a sua utilização pressupõe que 
se assume que se conhecem certas características da população de onde a 
amostra foi retirada.
Se se quiser analisar respostas deste tipo por meio de métodos paramétricos, é 
muito importante verificar se os dados estão mais ou menos de acordo com os 
pressupostos dos métodos paramétricos:
Distribuições relativamente normais; Homogeneidade de variâncias ou relações 
lineares entre variáveis no caso de correlações de Pearson ou regressão linear.
18
6.5. TÉCNICAS ESTATÍSTICAS
ESCALA DE INTERVALO:
- É legítimo aplicar todos os métodos paramétricos e não-paramétricos a variáveis 
medidas neste tipo de escala.
Mas é preferível usar métodos paramétricos porque são mais poderosos.
ESCALA DE RÁCIO:
- É possível utilizar todos os métodos paramétricos – mas, como sempre, na 
aplicação destes métodos é preciso verificar que os dados satisfazem 
razoavelmente bem os pressupostos dos métodos aplicados.
36
ASPETOS A CONSIDERAR NA ANÁLISE DO PAPER (Trabalho de Grupo):
. Apresentar o título/tema do paper
. Descrever o enquadramento do problema e identificar o gap/lacuna na literatura
. Descrever o objetivo/propósito/questões do estudo
. Mencionar as) principal(ais) teoria(s)
. Fazer uma breve síntese acerca da revisão da literatura
.. Mencionar os procedimentos metodológicos usados
- Tipo(s) de abordagem de investigação
- Base temporal e geográfica
- Unidade(s) de análise(s)
- Tipo de “amostragem”/Seleção de casos
- Fontes de recolha de informação
- Instrumentos de análise da informação
. Principais resultados e forma de os apresentar
. Principais conclusões, contribuições, limitações e linhas futuras do estudo

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