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RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIO Prof. Átila Leite Advogado Tributarista Atila Leite Email: adv.atila@gmail.com Fone: (75) 99227-9516 @Atila_Leite RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA: a “linha do tempo” • A relação jurídico tributária pode ser representada por uma linha do tempo, que englobará os momentos demarcatórios do fenômeno tributário. Vejamos: 1. Hipóteses de Incidência 2. Fato Gerador 3. Obrigação Tributária 4. Crédito Tributário RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA: a “linha do tempo” HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA • A hipótese de incidência tributária representa o momento abstrato da lei, hábil e deflagra a relação jurídico tributário. • Logo, significa dizer que, a descrição que a lei faz de um fato tributário, que quando ocorrer, fará nascer a obrigação tributária, ou seja, faz nascer a obrigação de um sujeito passivo ter que pagar o sujeito ativo o tributo correspondente. (Vittorio Cassone) FATO GERADOR X HIPOTESE DE INCIDÊNCIA • “Pois o que gera a relação jurídica tributária é a incidência da lei sobre o fato.” (Luciano AMARO). HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA • CONCLUSÃO: • Hipótese de incidência é a abstração legal de um fato, ou seja, é aquela situação descrita na lei cuja previsão é abstrata, tratando-se, pois, de uma "hipótese" que poderá vir a ocorrer no mundo dos fatos, e que, uma vez realizada, se concretiza como fato gerador. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA - exemplo Auferir renda; Circular Mercadorias Prestar serviço Transmitir bens QUESTÕES: FCC – 2014 – TRF, 3º REGIÃO. CARGO: ANALISTA JUDICIÁRIO. • Sobre a hipótese de incidência, é correto afirmar que: a) é a descrição abstrata de fato que, se acontecer através do lançamento, faz surgir o crédito tributário. b) a mesma norma que descreva a hipótese de incidência deve descrever, objetivamente, as hipóteses de não incidência tributária. c) a não incidência tributária, é hipótese de imunidade qualificada pela interpretação a contrario sensu da hipótese de incidência. d) a norma que descreve os casos de não incidência tributária tem natureza de isenção quando se tratar de lei ordinária, mas tem natureza de imunidade quando se tratar de lei complementar. e) a não incidência não se confunde com a imunidade, pois esta é ausência expressa em norma constitucional de competência, enquanto aquela é um fato que não está descrito em norma como fato gerador de tributo. FATO GERADOR – Fundamentação Legal • Artigo 4º do CTN • Artigo 114º do CTN • Artigo 115º do CTN • Artigo 116º do CTN • Artigo 117º do CTN • Artigo 118º do CTN FATO GERADOR – Fundamentação Legal • Artigo 4º do CTN • Art. 4º: A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: • I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; • II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. FATO GERADOR – Fundamentação Legal • Artigo 114º e 115º do CTN • Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. • Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. FATO GERADOR – Fundamentação Legal • Artigo 116º do CTN • Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: • I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios; • II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. • Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) • http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm FATO GERADOR – Fundamentação Legal • Artigo 117º e 118º do CTN • Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: • I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; • II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio. • Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: • I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; • II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. FATO GERADOR - conceito • O FATO GERADOR é a materialização da HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA. Em outras palavras, é o momento em que o que foi previsto na LEI TRIBUTÁRIA (hipótese de incidência) realmente ocorrerá no mundo real. • O FATO GERADOR é quem define a NATUREZA DO TRIBUTO (imposto, taxa, contribuição de melhoria e etc.) e não a denominação dada ao tributo o que é irrelevante, conforme o Art. 4º do CTN. FATO GERADOR - conceito • Artigo 4º do CTN • Art. 4º: A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: • I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; • II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. RELEVANTES ASPECTOS ESTRUTURANTES DO FATO GERADOR a) Pessoal: Sujeito Ativo Sujeito Passivo b) Temporal: o momento em que ocorre o FATO GERADOR; c) Espacial: Local em que ocorre o FATO GERADOR; d) Material: descrição do cerne da hipótese de incidência; e) Quantificativo: Base de cálculo Alíquotas. FATO GERADOR - exemplos João auferindo renda (IR); Maria Circulando mercadorias (ICMS) FATO GERADOR x obrigação tributária • Fato gerador faz nascer a Obrigação Tributária • Exemplo: • Circula a mercadoria Hipótese Tributária; • Maria Circulou mercadorias Fato Gerador; • Neste momento Maria se tornou devedora do ICMS OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA • A obrigação tributária surgirá quando o fato jurídico-tributário ocorrer no mundo concreto. Ocorrido esse fato, instaura-se AUTOMATICAMENTE e IMEDIATAMENTE a relação jurídico tributária, ou seja, surge a obrigação do Pagamento. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA • Sobre a obrigação tributária, o CTN prevê em seu artigo 113, que pode ser PRINCIPAL OU ACESSÓRIA. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA • Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. • § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. • § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. • § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA • A obrigação principal – tem por objeto o PAGAMENTO de TRIBUTO/MULTA/PENALIDADE. • Consiste em dar DINHEIRO – PAGAR. • ART. 113, §1º CTN. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA • A obrigação acessória – refere-se aos deveres formais que o SUJEITO PASSIVO ESTÁ OBRIGADO, a fim de facilitar a ARRECADAÇÃO E A FISCALIZAÇÃO. • ART. 113, §2º CTN OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA • As obrigações acessórias são POSITIVAS ou NEGATIVAS.• Prestações Positivas: o sujeito passivo além de pagar o tributo tem a obrigação de EMITIR NOTA FISCAL, ESCRITURAR LIVROS, DECLARAR IMPOSTO • Prestações Negativas: o sujeito passivo tem o dever de não receber mercadorias desacompanhadas da devida documentação fiscal. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA • OBSERVAÇÃO A. Pessoa com IMUNIDADE tributária: NÃO TEM OBRIGAÇÃO PRINCIPAL, PORÉM TEM OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA; B. Pessoa com ISENÇÃO tributária: NÃO TEM OBRIGAÇÃO PRINCIPAL, PORÉM TEM OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA; C. Pessoa comum que paga tributo: TEM OBRIGAÇÃO PRINCIPAL e TEM OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA; JURISPRUDÊNCIA • IMUNIDADE – LIVROS FISCAIS. O fato de a pessoa jurídica gozar da imunidade tributária não afasta a exigibilidade de manutenção dos • livros fiscais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO • 250.844, rel. MIN. MARCO AURÉLIO. PRIMEIRA TURMA. Julgado em 29.05.2012, DJe-205, divul. Em 18.10.2012. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PAGAR TRIBUTO OBRIGAÇÃO PAGAR OBRIGAÇÃO PRINCIPAL PENALIDADE TRIBUTÁRIA OBRIGAÇÃO OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA DE FAZER OU NÃO FAZER OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA • Obrigação Tributária possui 4 elementos: 1. Sujeito Ativo 2. Sujeito Passivo 3. Objeto 4. Causa 1. Sujeito Ativo • Quem é o sujeito Ativo da Obrigação Tributária? • É o ENTE CREDOR • CREDOR DE QUE? • DO TRIBUTO/MULTA 1. Sujeito Ativo • No sistema jurídico-tributário, o SUJEITO ATIVO da relação jurídica é o DETENTOR DO DIREITO DE EXIGIR A PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA. 1. Sujeito Ativo • O CTN em seu artigo 119 estabelece o sujeito ativo da obrigação, que é a pessoa jurídica de direito público que é o titular para exigir o seu cumprimento/pagamento. Vejamos: • Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. 1. Sujeito Ativo • Ruy Barbosa nogueira esclarece que SOMENTE A UNIÃO – OS ESTADOS – O DISTRITO FEDERAL – OS MUNICÍPIOS, podem ser SUJEITO ATIVO da relação jurídica tributária, uma vez que somente a pessoa jurídica de direito público é o titular da COMPETÊNCIA para CRIAR OBRIGAÇÃO E EXIGIR O SEU CUMPRIMENTO/PAGAMENTO. Sujeito Ativo • Quem são os entes credores? • São dois tipos de credores a saber: 1. Entes direto: UNIÃO – ESTADOS – MUNICÍPIOS - DISTRITO FEDERAL 2. Entes indireto/parafiscais: Sujeito Ativo - direto • UNIÃO São eles • ESTADOS quem criam • MUNICÍPIOS que instituem • DISTRITO FEDERAL os tributos. • Possuem a COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Sujeito Ativo - parafiscais • Quem são estes entes? • São os entes que arrecadam e fiscalizam o tributo. • Eles NÃO podem criar os tributos Sujeito Ativo - parafiscais • Exemplo: • CREA – CRM – CRO – CRC = pagam anuidade e essa anuidade é Tributo. • Que tipo de tributo é este? • Contribuição Profissional Sujeito Ativo - parafiscais • Neste caso o engenheiro paga para o CREA, só que neste caso quem criou esse tributo foi a UNIÃO. • UNIÃO CRIA O TRIBUTO • CREA FISCALIZA • Neste caso nós temos uma PARAFISCALIDADE Sujeito Ativo • Qual o nome que se dá para esse trabalho de arrecadar e fiscalizar o tributo? • Capacidade Tributária Ativa • Que tipo de poder é este? • Administrativo e delegável 2. Sujeito Passivo • Quem é o Sujeito Passivo? • É o ente devedor. • Devedor do que? • Tributo/ Multa 2. Sujeito Passivo • Logo o SUJEITO PASSIVO da obrigação tributária é a PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA, que levará dinheiro para os cofres do Estado. • O SUJEITO PASSIVO só será identificado APÓS a OCORRÊNCIA DO FATO JURÍDICO TRIBUTÁRIO. 2. Sujeito Passivo • Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. • Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: • I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; • II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. • Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto. • Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. 2. Sujeito Passivo • Quem são sujeitos passivos da obrigação tributária? • São dois os Responsável, a saber: 1. Contribuinte 2. Responsável 2. Sujeito Passivo • Contribuinte É aquele que tem relação pessoal e direta com fato gerador. • Exemplo: João possui um casa, logo João é o CONTRIBUINTE direto para o pagamento do IPTU. 2. Sujeito Passivo • Quem é o RESPONSÁVEL? • Aquele que não possui nenhuma relação pessoal e direta com o Fato Gerador e a lei o chama para pagar o Tributo. Logo, o RESPONSÁVEL, ele esta revestido de condição de contribuinte, MAS POR TER RELAÇÃO INDIRETA com a situação que constitua o FATO GERADOR, porém a LEI lhe atribui o DEVER DE PAGAR. Sujeito Passivo • Exemplo: O menor é proprietário de uma casa e ao ser proprietário deste bem faz a necessidade de se pagar o IPTU, logo quem serão os responsáveis para o pagamento deste tributo? • Artigo 134, I do CTN 2. Sujeito Passivo • Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: • I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; • II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; • III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; • IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; • V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; • VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; • VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. 3. OBJETO • O que é esse objeto? • É a prestação • João realiza o fato gerador, logo ele se torna o Sujeito Passivo da ação e o Fisco o Sujeito Ativo da ação, logo João terá um objeto e esse objeto é a prestação. OBJETO • João auferiu Renda, logo realiza o fato gerador, assim, João se torna o Sujeito Passivo da ação e a União o Sujeito Ativo da ação. Então o João terá que pagar o Imposto sobre a Renda e por fim o João vai ter que entregar uma declaração. • PAGAR E ENTREGAR A DECLARAÇÃO tem nome, e como isso se chama? • PAGAR – Obrigação Principal • Atos Diversos aos pagamento – Obrigações acessórias. OBJETO • OAB, já perguntou em uma de suas provas. • Se o fato de pagar o tributo o contribuinte já estava realizando todo o ciclo da Obrigação Principal? • Errado • É o ato de pagar tributo mais multa. OBJETO • Obrigação Acessórias – são aquelas condutas adversas do pagamento, ou seja, não mexe com o bolso do João. • Exemplo: • Emitir nota • Entregar declaração • Escriturar Livros • Atender a fiscalização e etc. OBJETO - observação • Se o João deixar de cumprir uma obrigação acessória ele terá que pagar multa. • Fundamentação: Art. 113 § 3º , CTN. • Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. • § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. 4. CAUSA • É o vinculo Jurídico. • Exemplo: • João auferiu Renda, logo realiza o fato gerador, assim, João se torna o Sujeito Passivo da ação e a União o Sujeito Ativo da ação. Então o João terá que pagar o Imposto sobre a Renda e o João vai ter que entregar uma declaração. Por causa de que?• João vai pagar o tributo por causa da lei. CAUSA • O ato de pagar o tributo só pode ser por causa da lei. • Principio da Legalidade. • Art. 114 CTN. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. • Art. 115CTN. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. CAUSA • Ato de pagar decorre da Lei Ex: Lei do Imposto de Renda é nesta lei que vislumbro a obrigação do pagamento do IR. • Ato diversos de pagamento decorre da Legislação. • Ex: Regulamento do Imposto de Renda (RIR), portarias, circulares, é nesta legislação que fala sobre os atos diversos. CAUSA • Jamais o ato de se realizar uma obrigação principal – pagamento será através de portaria. DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO • Em direito tributário o domicílio é o lugar onde o sujeito passivo é chamado a cumprir seus deveres de ordem tributária. • O artigo 127 do CTN, podemos depreender que a regra geral do domicílio é a utilização de ELEIÇÃO, ou seja, O CONTRIBUINTE ELEGE O LOCAL DE SUA PREFERÊNCIA. • OBS: Caso o contribuinte não eleja os incisos I, II e III, do referido artigo deverão ser aplicados, na busca da solução. DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO • Domicílio Tributário • Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera- se como tal: • I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade; • II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento; • III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante. • § 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação. • § 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior. DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO • Em caso de impossibilidade de aplicação dos incisos citados, ou na hipótese de Administração recusar, fundamentalmente, o domicílio de eleição será o §1º do Art. 127 deverá ser aplicado. • Tal dispositivo indica que será escolhido como o domicílio O LUGAR DA SITUAÇÃO DOS BENS OU DA OCORRÊNCIA DOS ATOS OU FATOS QUE ORIGINARAM A OBRIGAÇÃO. DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO O §1º do Art. 127 do CTN estabelece ainda que, quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos, considerar- se-á, como DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO do CONTRIBUINTE ou do RESPONSÁVEL, O LUGAR DA SITUAÇÃO DOS BENS OU DA OCORRÊNCIA DOS ATOS OU FATOS QUE DERAM ORIGEM A OBRIGAÇÃO. DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO • O Superior Tribunal de Justiça entende que a modificação de domicílio tributário sem a devida comunicação à autoridade competente pressupõe DISSOLUÇÃO IRREGULAR da sociedade e por esta razão geraria a responsabilidade para o pagamento das dívidas tributárias aos: SÓCIOS – GERENTES, nos termos do art. 135 do CTN. ART. 135 do CTN • Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. IMPORTANTE: Súmula 435 STJ • Súmula 435 - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. Data da Publicação - DJ-e 13-5-2010 QUESTÕES PGE/MT – FCC/2016: A obrigação tributária acessória, relativamente a um determinado evento que constitua, em tese, fato gerador de um imposto, a) não poderá ser instituída, em relação a um mesmo fato jurídico, por mais de uma pessoa política distinta. b) não pode ser exigida de quem é imune ao pagamento do imposto. c) pode ser exigida de quem é isento do imposto. d) poderá ser exigida de quaisquer pessoas designadas pela lei tributária que disponham de informação sobre os bens, serviços, rendas ou patrimônio de terceiros, independentemente de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão por aqueles exercidas. e) não é exigível no caso de não incidência tributária, pois inexiste interesse da arrecadação ou fiscalização tributárias a justificar a imposição acessória. QUESTÕES JUIZ DE FORA. MG - AUDITOR FISCAL - AOCP.2016: Assinale a alternativa correta. a) Ao fato gerador, é aplicada a legislação vigente à época do lançamento. b) A cobrança do tributo é uma atividade administrativa discricionária. c) Ao fato gerador, é aplicada a legislação vigente à época de sua ocorrência. d) As taxas e contribuições de melhoria são tributos não vinculados a uma atuação estatal. e) Os impostos são tributos vinculados a uma atividade estatal específica.
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