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Joseph_Schumpeter-Inovacao_e_desenvolvimento_tecnologico

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FACULDADE DE INFORMÁTICA E ADMINISTRAÇÃO PAULISTA
CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
JULIANA MARIA LOPES
ADRIANO CODONHO
FABIO ROBERTO PIERRE
FERNANDO DELAGO
MARCOS ANTONIO LINS
MILTON TERRA
JOSEPH SCHUMPETER: INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO 
TECNOLÓGICO
São Paulo
2
2006
JULIANA MARIA LOPES
ADRIANO CODONHO
FABIO ROBERTO PIERRE
FERNANDO DELAGO
MARCOS ANTONIO LINS
MILTON TERRA
JOSEPH SCHUMPETER: INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO 
TECNOLÓGICO
Monografia apresentada como exigência 
parcial para obtenção do título de 
pós-graduação Lato Sensu no Curso de 
Gestão de Tecnologia da Informação.
São Paulo
3
2006
JULIANA MARIA LOPES
ADRIANO CODONHO
FABIO ROBERTO PIERRE
FERNANDO DELAGO
MARCOS ANTONIO LINS
MILTON TERRA
JOSEPH SCHUMPETER: INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO 
TECNOLÓGICO
Monografia apresentada como exigência 
parcial para obtenção do título de 
pós-graduação Lato Sensu no Curso de 
Gestão de Tecnologia da Informação.
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________
4
Prof.(o) Gutenberg de Araújo Silveira
RESUMO
Este trabalho procura realizar uma revisão da teoria de Schumpeter destacando as 
principais contribuições desse autor à teoria econômica, mostrando sua visão de 
desenvolvimento econômico notadamente para análise do processo de inovação 
tecnológica. Em seguida, apresenta a importância da difusão tecnológica e o papel 
da P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) e outras atividades tecnológicas para 
concepção da inovação e reciclagem de idéias. Na finalização deste ensaio, é 
comentado como a teoria de Schumpeter ainda influência a economia mundial e 
críticas de economistas tradicionais. É também feita uma prévia do destino do 
capitalismo sob o olhar schumpeteriano.
Palavras-chave: Joseph Schumpeter; Desenvolvimento Tecnológico; Inovação 
Tecnológica.
5
ABSTRACT
This work wants to carry out a revision of Schumpeter's Theory, detaching the main 
contributions of this author to economic theory, showing your vision of economic 
development for analysis of technological innovation process. After that, this presents 
the importance of technological diffusion and the role of the R&D (Research & 
Development) and other technological activities for innovation conception and 
recycling of ideas. At the finishing of this attempt, it's commented how the 
Schumpeter's Theory still matters the world-wide economy and critical of traditional 
economists. Also, it’s make a previous of the destination capitalism under look of 
Schumpeterism.
Key-words: Joseph Schumpeter; Technological Development; Technological 
Innovation. 
6
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Fluxo Circular da Renda .......................................................................... 16
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
1. BIOGRAFIA 09
2. A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 12
3. SURGIMENTO DO CONCEITO DE INOVAÇÃO 
TECNOLÓGICA 15
4. A IMPORTÂNCIA DA DIFUSÃO TECNOLÓGICA E 
CRITICAS A TEORIA DE SCHUMPETER 19
5. O PAPEL DE P&D E FUTURO 22
CONCLUSÃO 26
REFERÊNCIAS 28
8
INTRODUÇÃO
Neste trabalho, observaremos as contribuições do economista Joseph Schumpeter à 
sociedade contemporânea com sua teoria de Desenvolvimento Econômico e o 
conceito de inovação tecnológica.
Também, serão ressaltadas a importância da Inovação Tecnológica no modelo 
econômico atual e formas de obtenção da mesma por meio de Pesquisa e 
Desenvolvimento (P&D). Neste ensaio, foram incluídas diversas visões e criticas de 
economistas e autores sobre Schumpeter. 
A visão do futuro de acordo com as organizações e governos é apresentada neste, 
como forma de apoio a futuros investimentos em Inovação.
Este trabalho visa contribuir com uma explicação de como poderá ser obtida a 
Inovação Tecnológica por meio de Pesquisas e Desenvolvimento por meio da visão 
Schumpeteriana.
Para a elaboração do mesmo foram utilizados conceitos teóricos obtidos por 
pesquisas bibliográficas a diversos autores e a própria obra de Joseph Schumpeter. 
9
DESENVOLVIMENTO
1. BIOGRAFIA
Segundo (WIKIPEDIA, 2006) Joseph Alois Schumpeter foi um dos mais importantes 
economistas do século XX.
Nasceu na cidade de Triesch, em 1883, no mesmo ano da morte de Karl Marx e do 
nascimento de John Maynard Keynes. Começou a lecionar antropologia em 1909 na 
Universidade de Czernovitz (hoje na Ucrânia) e, três anos mais tarde, na 
Universidade de Graz.
Em março de 1919, assumiu o posto de Ministro das Finanças da República 
Austríaca, permanecendo por poucos meses nesta função. Em seguida, assumiu a 
presidência de um banco privado, o Bidermannbank de Viena, que faliu em 1924. A 
experiência custou a Schumpeter toda a sua fortuna pessoal e deixou-o endividado 
por alguns anos. Depois desta passagem desastrosa pela administração pública e 
pelo setor privado, decidiu voltar a lecionar, desta vez na Universidade de Bonn, 
Alemanha, de 1925 a 1932. Com a ascensão do Nazismo, teve que deixar a Europa, 
e assim sendo, viajou pelos Estados Unidos e pelo Japão, mudando-se, em 1932, 
para Cambridge (Massachusetts, EUA), onde assumiu uma posição docente na 
Universidade de Harvard. Permaneceu ali até sua morte em 08/01/1950. 
10
De acordo com (NET SABER, 2006) Schumpeter é uma das figuras mais 
destacadas da teoria econômica moderna. Depois de estudar Direito em Viena 
(1901-1906), trabalhou como advogado no Tribunal Internacional do Cairo. Em 1909, 
graduou-se em Viena com um estudo sobre a metodologia sistemática da ciência 
econômica. Ficou famoso em 1912 com a sua "teoria do desenvolvimento 
econômico". Schumpeter considerava que as crises conjunturais não obedeciam 
apenas a fatores externos (guerras, más colheitas), mas estavam igualmente 
relacionadas com a atividade empresarial, com o sistema de créditos e com a 
tecnologia que, em sua opinião, eram causas diretas do desenvolvimento 
econômico. Após ser professor em Graz, entre 1919 e 1920, foi ministro das 
Finanças da Áustria. De 1925 até 1932, quando emigrou para os Estados Unidos, 
ministrou aulas em Bonn e, a partir de 1932, na Universidade de Harvard. Em seus 
escritos Sobre as Formas Econômicas e Sociais do Capitalismo, Os Ciclos 
Econômicos (1939) e Capitalismo, Socialismo e Democracia (1934), prognosticou a 
transição em longo prazo para um socialismo marxista não-dogmático, por força da 
crescente monopolização, que acabaria por debilitar a capacidade de inovação das 
empresas. Deixou inacabada a sua obra História da Análise Econômica.
Apesar de Schumpeter ter encorajado alguns jovens economistas matemáticos, e ter 
sido presidente-fundador da Sociedade de Econometria (1933), ele não foi um 
matemático, mas um economista que sempre foi um entusiasta da integração da 
Sociologia como uma forma de entendimento de suas teorias econômicas. Das 
correntes de pensamentos atuais é discutido que as idéias de Schumpeter sobre 
ciclos econômicos e desenvolvimento econômico não podiam ser assimiladas com a 
11
matemática de seu tempo - elas precisam de uma linguagem de sistemas dinâmicos 
não-lineares para serem parcialmente formalizadas.
Suas principais obras foram:
• A natureza e a essência da economia política (Das Wesen und der 
Hauptinhalt der Nationaloekonomie), de 1908;
• Teoria do desenvolvimento econômico (Die Theorie der Wirschaftlichen 
Entwicklung), de 1911;
• Ciclos econômicos (Business cycles), de 1939;
• Capitalismo, socialismo e democracia (Capitalism, socialism and democracy), 
de 1942;
• História da análise econômica (History of economic analysis), publicado 
postumamente em 1954.
Schumpeter esteve em Harvard durante o período da "grande depressão" de1930 a 
1940, quando Samuelson, Tobin, Tsuru, Heilbroner, Bergson e Metzler, foram seus 
alunos.
12
2. A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
A teoria do Desenvolvimento Econômico consiste na observação de que as longas 
ondas dos ciclos do desenvolvimento no capitalismo resultam da conjugação ou da 
combinação de inovações, que criam um setor líder na economia, ou um novo 
paradigma, que passa a impulsionar o crescimento rápido dessa economia.
(SCHUMPETER, 1984) define que o impulso fundamental que inicia e mantém o 
movimento da máquina capitalista decorre de novos bens de consumo, dos novos 
métodos de produção ou transporte, dos novos mercados, das novas formas de 
organização industrial que a empresa capitalista cria.
(SCHUMPETER, 1984) ainda complementa que a abertura de novos mercados — 
estrangeiros ou domésticos — e o desenvolvimento organizacional, da oficina 
artesanal aos conglomerados ilustram o mesmo processo de mutação industrial que 
incessantemente revoluciona a estrutura econômica a partir de dentro, 
incessantemente destruindo a velha, incessantemente criando uma nova. Esse 
processo de Destruição Criativa é o fato essencial do capitalismo. É nisso que 
consiste o capitalismo, é assim que têm de viver todas as empresas capitalistas.
Para Schumpeter, o capitalismo desenvolvia-se em razão de sempre estimular o 
surgimento dos empreendedores, isto é, de capitalista ou inventores extremamente 
criativos - os inovadores - que eram os responsáveis por todas as ondas de 
prosperidade que o sistema conhecia.
13
O pensamento econômico de Schumpeter parece ter sido bastante influenciado por 
Marx e pelas descobertas que marcaram época na história econômica.
O fato de ter sido o primeiro neoclássico a tentar uma explicação para o processo da 
variação econômica, distingue-o dos demais economistas da época. Por essas 
formulações revolucionárias, o pensamento schumpeteriano tem uma enorme visão 
contemporânea.
Na formulação de sua teoria, Schumpeter discorda dos economistas tradicionais, 
onde desses consideram apenas as determinantes imediatas da produção de uma 
economia.
Para os pensadores econômicos da época, o nível tecnológico, a quantidade e 
qualidade da força de trabalho, a quantidade e composição do estoque de capitais e 
a natureza das condições dos recursos naturais são os quatro pilares de suporte ao 
desenvolvimento econômico. Conseqüentemente se pensava que o ritmo de 
desenvolvimento depende do grau de utilização e de taxa de aumento desses vários 
tipos de fatores produtivos. Esta conclusão, porem, acarretou algumas dificuldades 
como, por exemplo, o problema da quantificação de muitas características dos 
fatores produtivos, considerados relevantes no processo de produção. Essa 
dificuldade aumenta ao se tentar determinar as causas das variações entre os 
diferentes fatores produtivos.
14
Segundo (MORICOCHI, 1994) Schumpeter caracteriza o processo de produção 
como uma combinação de forças produtivas que incluem coisas em parte materiais 
e imateriais. No nível material, têm-se os fatores originais da produção, isto é, terra e 
trabalho de onde procedem todos os bens. As forças imateriais seriam "fatos 
técnicos" e "fatos de organização social" ou meio ambiente sócio-cultural. Mais 
especificamente, o meio ambiente sócio-cultural representaria todo o complexo 
social, cultural e institucional da sociedade do ponto de vista econômico, esse "meio 
ambiente" especifica as regras dos jogos institucionais que devem ser observadas 
na alocação e distribuição. “Isso indica, por exemplo, se a economia é 
principalmente competitiva ou monopolista, capitalista ou socialista”.
Ainda Segundo (MORICOCHI, 1994) para Schumpeter esses cinco fatores não 
teriam os mesmos efeitos sobre a produção: os três primeiros termos seriam para 
Schumpeter os "componentes de crescimento" que apresentam não somente uma 
variação contínua no sentido matemático como também que essa variação ocorre a 
uma taxa que se modifica lentamente. Os dois últimos fatores, S e U, são os 
"componentes de desenvolvimento" que são responsáveis pelos "saltos" e 
"repentes" que se verificam no sistema econômico, sendo, portanto, os fatores mais 
importantes na concepção Schumpeteriana de desenvolvimento econômico.
15
3. SURGIMENTO DO CONCEITO DE INOVAÇÃO 
TECNOLÓGICA
A Teoria da Inovação vincula-se, enquanto legado teórico, a Joseph Schumpeter. 
Foi dele a observação de que as longas ondas dos ciclos do desenvolvimento no 
capitalismo resultam da conjugação ou da combinação de inovações, que criam um 
setor líder na economia, ou um novo paradigma, que passa a impulsionar o 
crescimento rápido dessa economia (KLEINKNECHT, 1990). 
Segundo ele, os investimentos nas novas combinações de produtos e processos 
produtivos de uma empresa repercutem diretamente em seu desempenho 
financeiro, de modo que o moderno empresário capitalista deve ocupar ao mesmo 
tempo um papel de liderança econômica e tecnológica. O comportamento 
empreendedor, com a introdução e a ampliação de inovações tecnológicas e 
organizacionais nas empresas, constitui um fator essencial para as transformações 
na esfera econômica e seu desenvolvimento no longo prazo (SCHUMPETER, 1982).
Em 1936, Schumpeter, além de refinar e aprofundar a Teoria do Investimento do 
Capital de Kondratieff (HALL, 1985), analisou a depressão de 1930, baseando-se 
nas depressões ocorridas em 1825 e 1873, e formulou uma Teoria sobre os Ciclos 
dos Negócios, lapidando-a a partir dos conceitos de: inovação, revoluções técnicas, 
setor líder da economia, novas firmas, novas formas organizacionais, mudanças 
institucionais, oceano competitivo, destruição criativa, racionalização do trabalho 
(PIRES, 1996). 
16
Segundo (CAMPANARIO, 2002) as abordagens tradicionais incorporam importantes 
contribuições para o entendimento da tecnologia como fator que interfere na 
estrutura dos mercados. Uma representação dessa contribuição pode ser 
visualizada através do Fluxo Circular da Renda, representado no diagrama a seguir.
Figura 1 – Fluxo Circular da Renda
Fonte: CAMPANARIO, MILTON DE ABREU. Tecnologia, Inovação e Sociedade. [S.I]: 2002. 
Disponível em http://www.campus-oei.org/salactsi/milton.htm. Acesso em 22/04/2006
Por esse esquema analítico, os mercados de bens e serviços e de fatores de 
produção caminham para um equilíbrio de fluxos de recursos, com padrões 
pré-definidos de consumo, gastos de governo, alocação de recursos ou fatores 
produtivos e tecnologia. Esse fluxo é um padrão não dinâmico de produção e 
distribuição da renda. Não existem incertezas ou riscos, estando o comportamento 
dos agentes rotinizado. Schumpeter denomina esses fluxos de norma. A inovação 
17
tecnológica é uma quebra dessa norma, pois ela interfere na dinâmica de geração 
de renda das empresas, afetando diretamente a estrutura dos processos produtivos, 
a rentabilidade das operações e a aceitabilidade de produtos pelo mercado. A rigor 
essa norma é quebrada pela importância que o empresário deposita na inovação 
tecnológica como meio de atingir maiores ganhos em seu empreendimento.
Ainda de acordo com (CAMPANARIO, 2002) as inovações geram fenômenos 
dinâmicos na economia, tanto nos seus aspectos macro quanto microeconômicos. 
No plano macroeconômico, as inovações para serem efetivadas demandam a 
aplicação de recursos para investimentos produtivos. A implementação de novos 
processos de produção exige a realização de investimentos na esfera da produção. 
Portanto, uma nova onda de inovações gera uma onda de investimentos em 
tecnologia que ocorremao longo do tempo. Também é verdade que esse 
comportamento dos investimentos tecnológicos não é linear, mas sim oscilante, 
embora haja uma tendência de crescimento no longo prazo.
Schumpeter, considerado o pai da inovação, a categorizava como a “introdução de 
um novo produto ou um novo método de produção; a abertura de um novo mercado; 
a descoberta ou conquista de uma nova fonte de matéria-prima ou a introdução de 
uma nova estrutura de mercado” (apud BERNARDES; ALMEIDA, 1999). O que se 
observa é que existem duas ramificações: área mercadológica – foco do usuário – e 
área produtiva – novidades nos processos, produtos e serviços.
O que parece ser consenso é que inovação é a inserção de um novo produto, 
serviço ou processo no mercado, independente da inserção de tecnologia. (KIM E 
18
NELSON, 2005) argumentam que a inovação é uma “atividade precursora, 
originalmente enraizada nas competências internas da empresa, para desenvolver e 
introduzir um novo produto no mercado pela primeira vez”. É uma realização original 
de natureza econômica, um termo que ainda está em transição para a consolidação.
19
4. A IMPORTÂNCIA DA DIFUSÃO TECNOLÓGICA E 
CRÍTICAS A TEORIA DE SCHUMPETER
Para (MARTÍNEZ E ALBORNOZ, 1998) difusão tecnológica é o processo de 
propagação de uma inovação técnica entre usuários potenciais (adoção de uma 
nova técnica) e seu melhoramento e adaptação contínua. Os processos de inovação 
e difusão, particularmente de novas tecnologias, são interdependentes e se 
determinam simultaneamente estimulados pela interação de usuário e produtor.
(ROGERS, 1995) afirma que difusionismo tecnológico é o processo pelo qual uma 
inovação é comunicada através de certos canais ao longo do tempo entre os 
membros de um sistema social. É um tipo especial de comunicação, em que as 
mensagens são relacionadas a novas idéias.
De acordo com (WIKIPEDIA, 2006) difusionismo é a teoria que trata do 
desenvolvimento de culturas e tecnologias, particularmente na história antiga. A 
teoria sustenta que uma determinada inovação foi iniciada numa cultura específica, 
para só então ser difundida de várias maneiras a partir desse ponto inicial.
No difusionismo, presume-se que uma inovação maior (como por exemplo, a 
invenção da roda) foi criada num tempo e local particular para então ser passada 
para populações vizinhas através de imitação, negociação, conquista militar ou 
outras maneiras. Dessa forma, a inovação irradia lentamente de seu ponto de 
partida.
20
O conceito de inovação tecnológica e difusionismo tecnológico são sinônimos. Sua 
importância e relevância podem ser amplamente observadas por meio de pesquisas 
e desenvolvimento. 
(MEIER & BALDWIN, 1968) e (BARAN & SWEEZY, 1966) criticam o fato de 
Schumpeter considerar as inovações como a principal causa das crises. (MEIER & 
BALDWIN, 1968) consideram a explicação de Schumpeter inadequada e 
argumentam que nos últimos anos têm ocorrido inovações que, quantitativamente, 
talvez tenham sido mais importantes do que as inovações que, ocorreram nos 
últimos 200 anos, e que parecem ter contribuído para a formação do pensamento 
Schumpeteriano. No entanto, o impacto econômico foi bem menor, porque as 
empresas modernas são bem maiores e subdivididas em várias unidades 
econômicas que conseguem assim amortecer os efeitos destruidores da inovação.
Para (FURTADO, 1961) a teoria de Schumpeter seria mais uma teoria do lucro do 
que uma explicação do progresso econômico. Schumpeter ao afirmar que o 
crescimento é gradual enquanto que o desenvolvimento se faz por saltos, dá uma 
idéia um pouco vaga do desenvolvimento. É mais uma teoria do lucro porque explica 
que o mesmo aparece no deslocamento do sistema de um plano para o outro 
através das inovações. Por outro lado, não é muito claro o conceito de "novas 
combinações ou inovações", uma vez que considera uma situação de monopólio 
como uma "nova combinação". Portanto, não é um conceito envolvendo 
necessariamente a idéia de redução de custos, aumento de produtividade, inovação 
tecnológica, etc.
21
(BARAW & SWEEZY, 1966) também afirmam que no capitalismo monopolista existe 
pouco da "destruição criadora" de Schumpeter: "... no capitalismo monopolista o 
ritmo pelo qual as novas técnicas substituirão as velhas será mais lento do que a 
teoria econômica tradicional nos leva a supor... Há muito pouco da destruição 
criadora" que Schumpeter considera a principal força dinâmica da economia 
capitalista".
22
5. O PAPEL DE P&D E FUTURO
(WIKIPEDIA, 2006) define que a frase pesquisa e desenvolvimento (ou P&D) têm 
um significado comercial importante que é independente da associação tradicional 
com pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Em geral, atividades de P&D são 
conduzidas por unidades especializadas ou centros de pesquisa de empresas, 
universidades ou agências do Estado.
No âmbito comercial, "pesquisa e desenvolvimento" normalmente se referem a 
atividades de longo prazo e/ou orientadas ao futuro, relacionadas à ciência ou 
tecnologia, usando técnicas similares ao método científico sem que haja resultados 
pré-determinados, mas com previsões gerais de algum benefício comercial 
(WIKIPEDIA, 2006).
O papel da área de Pesquisa e Desenvolvimento a cada dia torna-se mais 
importante e já é tomado como um fator crítico de sucesso. Podemos perceber a 
forte tendência do mercado para investimentos futuros em pesquisa e 
desenvolvimento, o que conseqüentemente, promove a inovação.
Segundo (SHIMIZU, 2006) o ministro Luiz Fernando Furlan afirma que a inovação 
tecnológica é o caminho para chegar ao mercado mundial e as empresas que 
decidirem investir seus esforços nesse caminho terão forte apoio do BNDES.
23
De acordo com o BNDES, as políticas operacionais foram definidas com base nas 
diretrizes estabelecidas pela Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior. 
Lançada pelo MDIC em março de 2004, trata-se de um plano de ação para 
aumentar a eficiência da estrutura produtiva, incrementar a capacidade de inovação 
das empresas brasileiras e expandir as exportações (SHIMIZU, 2006).
Na afirmação da tendência de alta do movimento de apoio a P&D, no ano de 2005, 
foi lançada a Iniciativa Nacional para Inovação (INI) pelo governo brasileiro.
De acordo com (SANTOS, 2005) O objetivo do novo mecanismo é fortalecer a 
interação entre as instituições de pesquisa, desenvolvimento e inovação e a 
indústria, a partir de um planejamento de longo prazo que mobilize a sociedade em 
prol do avanço industrial e tecnológico do país. 
A Iniciativa Nacional para Inovação visa estruturar um sistema articulado de 
inovação, integrando os atores das esferas públicas e privada em torno de políticas 
capazes de promover a melhoria do patamar competitivo da indústria brasileira. 
A INI foi criada nos moldes da National Innovation Iniciative (Innovate América), 
criada pelo Conselho de Competitividade dos Estados Unidos, e da iniciativa de 
inovação da União Européia.
Com o incentivo do governo federal, algumas leis que apóiam a inovação 
tecnológica foram sancionadas.
24
(INOVAÇÃO TECNOLOGICA, 2004) cita a afirmação do Presidente da Republica 
Luiz Ignácio Lula da Silva referente ao desenvolvimento das Ciências e Tecnologia.
"Certamente, o Brasil será outro daqui para frente, sobretudo na área de 
Ciência e Tecnologia. A inovação é a palavra-chave dos nossos tempos".
Ainda de acordo com (INOVAÇÃO TECNOLOGICA, 2004) houve também o 
comentário do Ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos.
"A Lei da Inovação passa a vigorar em umcontexto de desafios e de 
esperanças. Com ela, avançam a ciência, a tecnologia e a inovação 
brasileira. E o governo cumpre, mais uma vez, o seu compromisso de 
mudar esse País, na perspectiva de suas maiorias excluídas e da 
construção de um desenvolvimento soberano, com justiça social", declarou.
O aumento da preocupação com a Pesquisa e Desenvolvimento a fim de promover a 
Inovação, também é observada como uma tendência mundial. Em 2005, a ONU 
reuniu-se em uma Conferência para discutir sobre o relatório denominado 
"Investindo no Desenvolvimento: Um Plano Prático para Atingir os Objetivos de 
Desenvolvimento Millennium".
Segundo (BIOETHICS, 2005) o relatório apresentado recomenda aos países que:
• Criar e ampliar instituições de aconselhamento em ciência e tecnologia em 
níveis nacionais e internacionais;
• Utilizar instituições avançadas de ensino, como as universidades, diretamente 
a serviço do desenvolvimento da comunidade;
• Reforçar os programas nacionais que tenham por objetivo promover o 
desenvolvimento de negócios;
25
• Criar projetos de infra-estrutura como uma forma de promover a inovação 
tecnológica;
26
CONCLUSÃO
Neste trabalho, observamos que a teoria do Desenvolvimento Econômico, criada por 
Joseph Schumpeter, consiste na observação de que longas ondas dos ciclos do 
desenvolvimento no capitalismo resultam da conjugação ou da combinação de 
inovações, criando um setor líder na economia, ou um novo paradigma, passando a 
impulsionar o crescimento rápido dessa.
As observações de longas ondas dos ciclos do desenvolvimento no capitalismo 
resultam da conjugação ou da combinação de inovações, surgindo então o conceito 
de inovação tecnológica. 
Conclui-se, portanto que o economista Joseph Schumpeter foi um pioneiro na 
definição das teorias de desenvolvimento econômico e no conceito de inovação 
tecnológica. Graças a sua moderna contribuição, uma tendência de alta em 
pesquisas e desenvolvimento foi iniciada.
O papel da área de Pesquisa e Desenvolvimento a cada dia torna-se mais 
importante e já é tomado como um fator crítico de sucesso. Podemos perceber a 
forte tendência do mercado para investimentos futuros em pesquisa e 
desenvolvimento, o que conseqüentemente, promove a inovação.
27
Ações de incentivo à Pesquisa e Desenvolvimento já estão sendo tomadas por parte 
de governos e da ONU (Organização das Nações Unidas) contribuindo assim para o 
alcanço da Inovação como um todo.
28
REFERÊNCIAS
BARAN, Paul A. & SWEEZY, Paul M. Capitalismo monopolista. Rio de Janeiro, 
1966.
BERNARDES, R.; ALMEIDA, E. S. de. Nova função empresarial na coordenação 
de redes de inovação. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política, Rio 
de Janeiro, 1999.
BIOETHICS, JOINT CENTRE FOR. Ciência, Tecnologia e Inovação como motores 
do desenvolvimento. [S.I]: 2005. Disponível em 
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010175050114. 
Acesso em 24/04/2006.
BRAGA, WILLIAM DIAS. Teoria do Desenvolvimento Econômico: uma investigação 
sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico, Revista DataGramaZero - 
Revista de Ciência da Informação. [S.I]: 2006. Disponível em: 
http://www.dgz.org.br/fev06/Ind_rec.htm. Acesso em 03/04/2006.
CAMPANARIO, MILTON DE ABREU. Tecnologia, Inovação e Sociedade.[S.I]: 2002. 
Disponível em http://www.campus-oei.org/salactsi/milton.htm. Acesso em 
22/04/2006.
FUCK, MARCOS PAULO. Investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo 
econômico. [S.I]: 2004. Disponível em: 
http://www.comciencia.br/resenhas/2004/08/resenha1.htm. Acesso em 15/02/2006.
FURTADO, Celso. Desenvolvimento e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro, 
1961.
HALL, Peter. The geography of the fifth Kondratieff. In: HALL, P. & MARKUSEN, A. 
(eds.) Silicon Landscapes. Boston, 1985. 
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