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ENTRE PLANTÃO PSICOLÓGICO E AÇÃO

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POR ENTRE PLANTÃO PSICOLÓGICO E AÇÃO CARTOGRÁFICA 
CLÍNICA PELOS “CAMINHOS DE FLORESTA” 
 
 
Henriette T.P Morato 
 
 
 
Fichamento 
Plantão psicológico e uma compreensão fenomenológica existencial 
Este tema conta com a explicação sobre o plantão da área clínica para dar a atenção devida 
para o sofrimento que tem uma importância muito grande, já que o sofrimento muitas vezes 
aparece de forma sutil e não muito aparente e essa imprecisão da a ver a urgência. 
Falando sobre a dificuldade que o paciente tem de descrever aquilo o que sente. Cabendo 
ao plantonista comunicar as interpretações que é importante a ser comunicado. Devendo ser 
cuidadoso com aqueles que buscam a atenção e cuidado pelo plantonista. 
Nesta parte é falado sobre o clinicar que para obter o conhecimento a ser feito e ouvir 
quem precisa do cuidado por estar mal, ser clínico é se mostrar o seu jeito de ser com o outro, 
sendo profissionalmente com a preocupação e não com a ocupação. Após passar a experiencia do 
plantão, os alunos que por ele passaram mostram uma certa desconstrução de modos do 
conhecimento legitimo, podendo construir uma visão própria de plantão, além das 
fundamentações teóricas indicadas na sua origem. 
A prática do plantão causa conhecimento, desafios, provocando reflexões por aquilo vivido e as 
tematizações do que é apresentado. 
 A descrição da modalidade de aconselhamento psicológico mudou, mas como a ação 
clínica ainda se mantinha a conduta tradicional, foi visto um possível automatismo da ação, como 
uma linha de praticas com procedimentos que foram previamente determinados, o plantonista que 
se encontra disponível por um espaço de tempo em um certo lugar, compreende a disponibilidade 
da pessoa física, estando totalmente acessível a aquele que solicitou o atendimento. 
 Conforme a prática psicológica foi se deslocando para as instituições era visto a forma 
que ela abria as outras possibilidades de ações, como se por um lado as ações clínicas 
possibilitavam ver a instituição através de seus autores, de outro lado a instituição ia apresentando 
os contornos de como seria importante uma ação clínica nesse mesmo contexto. Assim então o 
plantão passa a ser compreendido, já que situações clínicas vividas conduzem a mudança do 
percurso e das ações, como o atendimento dos adolescentes em uma unidade de internação. O que 
sugeria fazer uma continuação da história, mesmo sendo feito por um outro plantonista ou o do 
cliente na clínica escola que foi atendido por vários plantonistas e supervisores. 
Então assim é compreendida a modalidade que são procedimentos que se criaram de acordo com 
o contexto da clínica escola, quando é marcado os retornos após o plantão mesmo sendo durante 
ao decorrer do semestre. Ao se tratar do retorno ao plantão, é dito de um modo de se encaminhar 
apropriado e responsável da tarefa de cuidar de ser, se direcionando ao encaminhamento, caso 
seja necessário. 
 
 
Uma possibilidade 
 No tema de uma possibilidade, temos o plantão como a metáfora de uma árvore, sendo 
um sentido possível, porque aponta o trânsito da existência humana, ao mesmo tempo em que se 
diz desse modo de desabrigamento, o ser clínico é revelado como desapego, se movendo pelo 
percurso do momento de chegadas e partidas. Neste lado, o plantão não é uma árvore por se ter 
suas raízes fincadas em um determinado lugar, não pode se movimentar sem saber anteriormente 
de onde veio. 
 Passando então ser compreendido como uma reprodutibilidade técnica como em 
encadeamento organizado de ações para obter um resultado de forma eficaz como um processo 
replicável. A técnica é o modo de desvelar o ser e habitar o mundo, o que significa que o modo 
de existir, e se de certo modo os nossos pensamentos e ações se encontram historicamente ligados 
a técnica, não é possível se desvencilhar de certo modo técnico moderno. Se refere a uma questão 
em tensão, que merece ser sempre interrogada pela ação. 
 Após a apresentação do plantão psicológico como uma modalidade prática psicológica 
em instituições, sendo visto como uma aprendizagem significativa, chega o momento de 
aproximar da ação clínica. A cartografia clínica que é constituinte da ação do plantão, dado que 
ela se oferece como elemento possível para essa aproximação. 
 
 
Plantão e Cartografia Clínica 
 No tema do plantão e cartografia clínica, a ação cartográfica é apresentada como uma etapa 
inicial de intervenção em cada projeto, sem ao menos ser encerrada, na medida em que se 
manifesta para o psicólogo como uma atitude clínica cartográfica, desde sua entrada no contexto 
da instituição. 
 É retratado de um modo de se dispor indicando humor ou ação, disposição para agir em 
direção a pessoas, grupos, situações, para aprender e compreender, tratando de uma atenção 
cuidadosa. Assim, referindo mais especificamente de um modo como os plantonistas trazem o 
plantão junto a si de maneira radical, na medida em que sustentam a tensão entre fala e a escuta 
tensional entre ele e o outro, como atitude ao modo clínico de ser junto a. 
 A presença da atitude cartográfica nesses diversos contextos foi então, caracterizando a ação 
clínica como intervenção de prática psicológica em instituições, através de um modo de atenção 
própria e específica do psicólogo que de acordo com MORATO, (2009) é configurado, não apenas 
de busca direta de alguém, mas de forma com que a ação espontânea do sofrimento seja 
legitimado, vivenciado por atores sociais, tanto para questões particulares, como pelo vivido em 
comunidades ou instituições. 
Indo por esse ponto de vista, a escuta não é submetida a interpretação nem à realização de um 
atributo como alternativa ou potencialidade mas está comprometida com o silêncio, o dito para 
ressoar, de modo que o possível possa se figurar e se desfigurar e se refigurar. O que seja deparado 
com um silencio inquietante que convoca o humano em dívida com o que sempre procurou fugir 
para então posteriormente assumir a intransferível responsabilidade de ser a si mesmo. 
 
 
 
Ação clínica e plantão 
 Na ação clínica e plantão é dito que a clínica implica fazer uma reconsideração do mundo e 
seu contexto, que o humano atual é encontrado, já que a modalidade do plantão psicológico em 
instituições se mantém a tenção do diálogo entre as origens construtivas e o contexto atual. Sendo 
oferecido para a ação clínica e socialmente engendrada. No sentido da compreensão a uma atitude 
clínica assim como um modo de dispor e indicando o humor ou ação que pode ser um vestígio a 
ser perseguido para refletir uma articulação possível entre ação clínica e o plantão psicológico. 
 Ao se pensar pela ótica como desapego a uma consideração prévia, “pois a atenção serena 
seria uma disposição de abertura que não exclui por princípio nem mesmo aquela de intervenção 
técnico científica embora aqui já descaracterizada em sua hegemonia e superioridade” (NOVAES, 
2008, p. 9). A atitude clínica pode perseguir a atitude fenomenológica como possibilidade humana 
por ser dirigir também a investigação da experiência pela disposição de serenidade proposta por 
Heidegger. 
 Para Barreto (2008), Na ação clínica o encontro pelo falar e escutar a quem busca por sentido 
de sofrimento vivido em vários contextos sendo eles consultório psicoterápico, instituições de 
saúde ou de educação ou de um hospital. Por esse encontro a dimensão fenomenológica da 
experiência já inicia seu trânsito mesmo ainda em um sentido não desvelado. 
O modo básico a ser compreendido como cuidado e tal cuidado como modo básico de ser do 
Daisen é apenas uma preocupação básica. Enquanto como Daisen é ser com outros no que se diz 
respeito a ocupação, é referido ao equipamento, que pode se mostrar inautenticamente como 
dominando ou aliviando o cuidado do outro por substituição de seu lugar como “pegando-ono 
colo. 
 É possível mostrar como a ação clínica busca pela fala tornar o outro um narrador de si 
mesmo pela escuta atenta e de um dizer “afetadamente” encarnado ao outro agora ouvinte. 
Transitando pela ação cartográfica clínica possibilita ao outro transitar por sua história e 
encaminhar para o seu próprio cuidar de ser. 
 
 
Plantão Psicológico e ação clínica... acontescência para cuidar de ser 
 O tema sobre o plantão e ação clínica, para Barreto (2008), a hermenêutica como escuta da 
linguagem na sua essência poética diz de sua força de abertura e fundação, interpretando a palavra 
sem a esgotar por respeitá-la na sua natureza de permanente reserva. Em sua situação clínica, o 
cliente se compreende nessa relação, para si e para o terapeuta, se abrindo na justa medida para a 
experiência que deseja expressar. A linguagem é essencial ao homem por ser conversação 
envolvendo falante e ouvinte. Então o que possibilita um encontro estável entre eles que pode 
persistir por um fluxo de tempo. 
 O psicólogo, seja em uma entrevista de plantão em clínica escola ou eu uma cartografia por 
uma instituição de saúde ou de educação, se apresenta envolvido no público, entretanto sem 
sentido ao narrador. Em outras palavras, a ação psicológica se conduz a ir por entre os vestígios 
de quem vivenciou para descoutar outras facetas que se mostram nas situações de homens e atores 
institucionais. Nessa medida é compreendido e levado a convencimento como experiência daquilo 
que não se pode compreender, provoca emoções e do prazer, alegria, espanto, horror vivida como 
enigma do impossível. É experiência que exponha uma ferida restando no abismo dessa 
experiência. Ela pode ser testemunhada. Se estruturando a partir da escuta ação psicológica 
amparada na perspectiva fenomenológica existencial, se conduz pela narrativa na prática e na 
pesquisa, já que ambas dizem de experiência e história que surgem o por uma compreensão mais 
ampla. Afinal talvez por isso não seja tão difícil de criar familiaridade com a questão nascida de 
uma verdadeira experiência. Para Heidegger (2002) Para que isso se torne possível é preciso poder 
se espantar diante do simples e assumir esse espanto como morada. 
 
Plantão se revelando pelos “caminhos de floresta” 
 Neste tema, é considerado a metáfora de plantão como uma grande árvore os caminhos de 
floresta se apresentaram. Os caminhos florestais são as atividades do lenhador empenhado em um 
labor. Esses caminhos podem levar ele a nenhum lugar sem que isso seja um problema, já que ele 
já está onde deveria chegar. A floresta é sua morada como que fazendo parte do seu ofício assim 
não há lugares você chegar nem resultados a serem alcançados uma vez que já se fixou morada 
com o que se ocupa (ARENDT, 1087, p. 226-227). 
 Pelo plantão como ação a cartográfica clínica não se busca transmitir conhecimentos e 
conteúdo, mas sim oportunizar condições de caminhada junto às trilhas florestais ainda não 
exploradas. Fundamentalmente é pelo sentido etimológico de aconselhamento e de plantão 
psicológico que nossos projetos de extensão e nossas pesquisas caminham. Afinal a relação entre 
o Narrador e plantonista e sua matéria que a vida humana diz de relação artesanal que é sua tarefa 
é trabalhar a matéria-prima da experiência e sua e a dor dos outros singular ética e politicamente. 
 
Plantão psicológico... ação cartográfica... acontecer clínico... 
 O plantão psicológico, ação cartográfica e o acontecer clínico, para Guimarães Rosa, a cada 
volta do caminho personagens humildes em luta com a expressão procuram definir se tenta 
encontrar o sentido da aventura humana já que “viver obrigação sempre imediata” e “viver seja 
somente guardar o lugar ainda diferente, ausente.” 
 A floresta do plantão psicológico acontecendo e de suas variadas dá a ver possibilidade de 
ambiência necessária ao existir do “homem em tempos sombrios”. Assim não é por uma 
perspectiva nem filosófica nem teórica que os plantonistas se marcam. Mas tendo eu me colhido 
escolhi recolher atentamente e cuidadosamente entre outros que buscaram colher se para 
escolherem recolher cuidar de ser para encaminhar o poder ser precário pelas veredas da vida. A 
travessia do seu clínico implica assinar em branco. Pronto para ser aquilo que puder ser com 
atenção e cuidado. Por entre acontecimentos que lhe vem ao encontro plantonista errante se 
abrindo para recolher legitimando o poder de ser. 
 
 
REFERÊNCIAS 
ARENDT, H. Homens em Tempos Sombrios. São Paulo: Swarcz Ltda, 1987 
 
BARRETO, C.L.B.T. Uma possível compreensão fenomenológica existencial da clínica 
psicológica. In: Anais do VIII Simpósio Nacional de Práticas Psicológicas em Instituições. São 
Paulo: IPUSP, 2008. 
 
HEIDEGGER, M. Ser e tempo. 3. Ed. Tradução de Márcia de Sá Cavalcante. Petrópolis: Vozes, 
1989 
 
MORATO, H. T. P. Algumas considerações da fenomenologia existencial para ação psicológica 
na prática e na pesquisa em instituições. In: BARRETO, C, L T.; MORATO, H. T. P.; CALDAS, 
M. T. (Orgs.). Prática Psicológica na Perspectiva Fenomenológica. Curitiba: Juruá Editora, 2013 
 
NOVAES, R. S. Elementos introdutórios para uma reflexão sobre a atenção nas práticas 
psicológicas clínicas a partir de uma atitude fenomenológica. In: Anais do VIII Simpósio Nacional 
de Práticas Psicológicas em Instituições. São Paulo: IPUSP, 2008.

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