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Codigo de etica de Fisioterapia

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Código de Ética dos fisioterapeutas 
O primeiro Código de Ética Profissional da Fisioterapia foi aprovado pela Resolução COFFITO 10, de 3 de julho de 1978. Após 35 anos, foi atualizado pela Resolução n. 424, de 8 de julho de 2013. Dividido em 11 capítulos, suas normas devem ser seguidas por todos os fisioterapeutas, sob o risco de sofrerem penas disciplinares.
Responsabilidades Fundamentais:
(COFFITO,2013)
- inscrever-se no Conselho Regional da circunscrição em que atua e manter seus dados atualizados;
- portar sua carteira profissional quando estiver no exercício profissional (ela é a prova de que ele é um profissional habilitado);
- prestar assistência ao ser humano em todos os níveis de atenção à saúde, sem discriminação e obedecendo ao sistema de saúde vigente (o SUS);
- proteger seu cliente de imperícia, negligência ou imprudência, vinda de qualquer membro da equipe de saúde; o que significa apenas aceitar um trabalho quando se sentir apto e advertir terceiros quando não estiverem cumprindo essa norma.
- comunicar ao chefe imediato ou equivalente caso saiba de fato que se configure em crime, contravenção ou infração ética; e
- atualizar-se sempre, participando de congressos, feiras e lendo os avanços da área nas revistas científicas.
Negligência é sinônimo de desleixo, descuido, desatenção, menosprezo, indolência, omissão ou inobservância do dever em realizar determinado procedimento. Imperícia é a falta de técnica necessária para realização de certa atividade. Imprudência significa falta de cautela, de cuidado, é mais que falta de atenção, é a imprevidência acerca do mal, que se deveria prever, porém, não previu.
Deveres do Fisioterapeuta
(COFFITO, 2013)
- assumir responsabilidade técnica por serviço de fisioterapia, em caráter de urgência, quando designado ou quando for o único profissional do setor;
- exercer sua atividade com zelo, probidade e decoro e obedecer aos preceitos da ética profissional, da moral, do civismo e das leis em vigor, preservando a honra, o prestígio e as tradições de sua profissão;
- utilizar todos os conhecimentos técnico-científicos a seu alcance e aprimorá-los contínua e permanentemente, para promover a saúde e prevenir condições que impliquem em perda da qualidade da vida do ser humano;
- confidencialidade
- colocar seus serviços profissionais à disposição da comunidade em caso de guerra, catástrofe, epidemia ou crise social, sem pleitear vantagem pessoal incompatível com o princípio de bioética de justiça; 
- oferecer ou divulgar seus serviços profissionais de forma compatível com a dignidade da profissão e a leal concorrência;
- cumprir os Parâmetros Assistenciais e o Referencial Nacional de Procedimentos Fisioterapêuticos normatizados pelo COFFITO.
- cumprir e fazer cumprir os preceitos contidos neste Código, independente da função ou cargo que ocupa, e levar ao conhecimento do Conselho Regional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional o ato atentatório a qualquer de seus dispositivos, salvo as situações previstas em legislação específica.
Proibição ao fisioterapeuta
(COFFITO, 2013)
- negar a assistência ao ser humano ou à coletividade em caso de indubitável urgência; 
- recomendar, prescrever e executar tratamento ou nele colaborar, quando for desnecessário, proibido por lei ou pela ética profissional, atentatório à moral ou à saúde do cliente e praticado sem o consentimento formal do cliente ou de seu representante legal ou responsável, quando se tratar de menor ou incapaz;
- praticar qualquer ato que não esteja regulamentado pelo Conselho Federal de Fisioterapia;
- autorizar a utilização ou não coibi-la, mesmo a título gratuito, de seu nome ou de sociedade que seja sócio, para atos que impliquem na mercantilização da saúde e da Fisioterapia em detrimento da responsabilidade social e socioambiental; 
-Trabalhar em empresa não registrada no CREFITO;
-divulgar, para fins de autopromoção, declaração, atestado, imagem ou carta de agradecimento emitida por cliente ou familiar deste, em razão de serviço profissional prestado; 
-deixar de atender a convocação do Conselho Regional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional à que pertencer ou do Conselho Federal de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional;
-usar da profissão para corromper a moral e os costumes, cometer ou favorecer contravenções e crimes, bem como adotar atos que caracterizem assédios moral ou sexual;
-induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas e religiosas quando no exercício de suas funções profissionais e
-deixar de comunicar ao Conselho Regional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional, recusa, demissão ou exoneração de cargo, função ou emprego, que foi motivada pela necessidade de preservar os legítimos interesses de sua profissão.
Relacionamento com o cliente
O fisioterapeuta deve buscar fornecer a melhor assistência possível a seus clientes, pacientes ou usuários dos serviços de saúde, sendo responsável pelo diagnóstico fisioterapêutico, elaboração do plano de tratamento e concessão da alta. Quando necessário, deve encaminhá-los a outros profissional.
Deve zelar pelo sigilo das informações que constam nos prontuários dos pacientes, não deixando que pessoas de fora da equipe tenham acesso a ela.
Durante seu exercício profissional deve sempre respeitar a vida humana, a dignidade e os direitos humanos, assim como o pudor (vergonha) e a intimidade do cliente. Deve respeitar os princípios da Bioética, e sempre manter uma comunicação aberta e clara com o paciente acerca do seu tratamento.
O COFFITO (2013) também indica as proibições ao fisioterapeuta, no que se refere ao relacionamento com cliente, paciente ou usuário. 
· abandoná-lo ao longo do tratamento; 
· dar consultar ou prescrever tratamento à distância;
· divulgar e prometer terapia infalível, secreta ou descoberta cuja eficácia não seja comprovada;
· inserir em anúncio ou divulgação profissional, bem como expor em seu local de atendimento/trabalho, nome, iniciais de nomes, endereço, fotografia, inclusive aquelas que comparam quadros anteriores e posteriores ao tratamento realizado, ou qualquer outra referência que possibilite a identificação de cliente/paciente/usuário.
Relacionamento com a equipe
Os principais pontos sobre as orientações do Código de Ética acerca do relacionamento com a equipe são (COFFITO, 2013):
- empenhar-se para desenvolver uma relação de trabalho harmônica, tratando os demais membros da equipe com respeito;
- assumir a sua responsabilidade. Erros cometidos pela equipe serão apurados na medida de culpabilidade de seus membros;
- reprovar quem infringir a ética profissional; e 
- ao receber cliente de colega, em razão de impedimento deste, reencaminhá-lo ao colega quando cessar o impedimento.
Entidades de Classe
- Conselhos: regulamentação e fiscalização
- Sindicatos: defender os profissionais
- Associações: funções de caráter científico
Honorários
Pagamentos provenientes por seus serviços. 
O Código indica o uso do Referencial Nacional de Procedimentos Fisioterapêuticos (RNPF) para fixar os honorários. Esse referencial está na sua 4ª edição, e consta da Resolução no 482, de 1º de abril de 2017 (COFFITO, 2017). Fundamenta a remuneração de acordo com a complexidade das alterações funcionais e as incapacidades delas decorrentes.
Essas mesmas características regionais permitem negociar os valores para até 20% a menos do que está fixado. Além disso, prevê acréscimo de 50 a 100% dos valores casos os atendimentos sejam feitos fora do horário comercial ou aos domingos e feriados.
Há algumas situações em que é permitido ao fisioterapeuta não cobrar por seus serviços. São elas:
- atendimento a familiares e companheiros;
- atendimento a outro fisioterapeuta e/ou seus dependentes; e 
- serviços voluntários voltados para pessoas e comunidades sabiamente sem condições de arcar com o tratamento.
Tabelas com valores podem ser afixadas apenas em lugares internos, como as recepções dos serviços de saúde. É proibido fixar valores fora do local de assistência, como cartazes, folders, anúncios em revistas oujornais, sites etc.
Docência,preceptoria, pesquisa e publicação
Os fisioterapeutas que trabalham com o ensino também seguem as normas previstas no Código. São algumas delas:
· ao fazer qualquer comentário ou crítica sobre uma técnica, o fisioterapeuta não deve criticar o autor da mesma;
· caso o fisioterapeuta queira utilizar fotos, imagens ou outros dados do paciente em aulas ou apresentações de caso, deve obter autorização escrita dele ou de seu representante legal. Lembre-se do sigilo profissional;
· é importante que o fisioterapeuta oriente seus alunos sobre a proibição de plágio durante os trabalhos acadêmicos. Segundo o Código Penal, plágio é um crime;
· os estágios devem contribuir para a formação dos alunos, e não se configurar exercício ilegal da profissão. Portanto, devem seguir as normas específicas do Conselho Federal de Fisioterapia;
· fisioterapeutas só podem ensinar os conhecimentos próprios da profissão para alunos do curso de Fisioterapia;
· ao realizar pesquisa, que envolva ser humano, deve fazer o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e submeter o projeto de pesquisa a um Comitê de Ética em Pesquisa e
· também nas pesquisas, não deve manipular dados para beneficiar a si ou a empresa em que trabalha nem deve permitir que seu nome conste de trabalho de pesquisa que efetivamente não tenha participado.
Divulgação Profissional 
Dessa forma, são algumas das recomendações (COFFITO, 2013):
· na divulgação impressa ou por meio eletrônico devem constar o nome do profissional e o número de sua inscrição no CREFITO, podendo ainda exibir título de especialista;
· reconhecido pelo COFFITO, título strictu sensu, informações do local de trabalho (endereço, telefone, convênio, instalações, tratamentos oferecidos) e uso de logomarca própria, de entidade ou associação ou ainda do símbolo da Fisioterapia e
os serviços podem ser oferecidos em anúncios coletivos, caso o fisioterapeuta trabalhe em serviço multiprofissional.

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