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APS DE PISC 3

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FMU
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPILITANAS UNIDAS
Andreia Alves Figueiredo Almeida RA 2860369
Curso de Enfermagem
APS de PISC
São Paulo 2020
ATIVIDADE 1
Obesidade uma perspectiva plural
 De acordo com a OMS (1998), a obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que produz efeitos deletérios à saúde. Nesse sentido, este artigo tem por objetivo abordar o caráter multifatorial da obesidade, envolvendo a ampla variedade de fatores ambientais e genéticos implicados na sua etiologia a partir de estudos secundários provenientes do trabalho de revisão da literatura nas principais bases de dados e bibliotecas especializadas (WANDERLEY; FERREIRA, 2010). Conforme Wanderley, Ferreira (2010), a abordagem dos aspectos genéticos, metabólicos, psicossociais, simbólicos, culturais e de estilo de vida permitiu fundamentar a obesidade enquanto uma enfermidade plural e a necessidade de criar políticas públicas com ações multidisciplinar e intersetoriais, que valorizem a parceria entre governo e sociedade civil, na prevenção e combate à obesidade e promoção da saúde, possibilitando a participação da comunidade nesse processo, através da responsabilidade e do autocuidado. A compreensão do comportamento da obesidade no Brasil mostra-se essencial para a definição de prioridades e estratégias de ações em saúde pública. Dessa forma, é necessário que sejam incorporadas ações direcionadas para a prevenção e controle desse agravo, assumindo destaque as medidas de educação em saúde e nutrição em âmbito nacional, assim como em todos os segmentos da sociedade. Neste sentido, a garantia dos principais mecanismos de prevenção/intervenção da obesidade deve ser assegurada a todos os indivíduos, incluindo a aquisição de uma dieta digna sob o ponto de vista qualitativo e quantitativo, a prática de atividades físicas de lazer orientada e a assistência multiprofissional para todos os indivíduos (WANDERLEY; FERREIRA, 2010). Para Fischler (1989), a modernização das sociedades desencadeou a reordenação do contexto de vida do homem contemporâneo e fez emergir um novo modo de vida, no qual a oferta e o consumo de alimentos aumentaram expressivamente e todo tipo de gênero tornou-se acessível, notadamente devido ao desenvolvimento de tecnologia alimentar. O estudo de Mondini, Monteiro (1995), constatou modificações no padrão de alimentação da população de alimentação brasileira entre os anos de 1961/63, 1975/76 e 1987/88. As modificações observadas referem-se ao menor aporte de carboidratos no consumo energético total e sua substituição por gorduras, principalmente as de origem vegetal em detrimento das gorduras de origem animal, o consumo excessivo de açúcar e insuficiente de carboidratos complexos e fibras. No que diz respeito à atividade física, ainda segundo esses autores, houve transformações na estrutura das ocupações de trabalho. Os aspectos biológicos da obesidade envolvendo a genética e o metabolismo têm sido discutidos em vários trabalhos. Francischi et al., (2000), destacam em sua revisão que há forte influência genética no desenvolvimento da obesidade, mas seus mecanismos ainda não estão totalmente esclarecidos. Carvalho e Martins (2004), propõem que a obesidade é um estado destoante dos padrões de normalidade na cultura, ou seja, o indivíduo obeso é anormal porque difere do ideal de beleza do corpo magro e/ou musculoso construído pela sociedade. Mas também pode ser compreendida como um estado patológico por gerar impotência do corpo e minimizar as possibilidades de vida do indivíduo no seu ambiente. Em geral, observa-se que dentro da esfera social a obesidade recebe duas definições: a de um estado desviante dos padrões de normalidade na cultura. Assim, o corpo gordo é considerado fora da norma social vigente porque contrapõe o modelo de corpo magro e/ou musculoso tido como socialmente aceitável. A outra definição compreende a obesidade enquanto um estado patológico, uma doença, em função dos inúmeros sinais e sintomas da enfermidade, da sua alta relação com outras comorbidades e ainda por comprometer a qualidade de vida do indivíduo no seu ambiente (CARVALHO; MARTINS, 2004). Segal (2003), acredita que, de todos os fatores envolvidos na obesidade, os patológicos e psiquiátricos possuem mais relevância, não tanto pelo seu papel etiológico e de prognóstico, mas sim por seu papel histórico. Nas primeiras seis décadas do século XX, a obesidade era entendida como resultante de déficits morais e/ou problemas psíquicos. Almeida et al., (2005), relatam que dentre os prejuízos diversos à saúde associados à obesidade estão os aspectos psicológicos, com aqueles relacionados à imagem corporal que envolve diversos fatores que se inter-relacionam, como os emocionais, de atitude e também perceptuais. Um ambiente competitivo, com altas expectativas da adequação a um corpo perfeito, pode criar problemas de realização pessoal para um indivíduo. As sociedades contemporâneas têm seu comportamento progressivamente dietéticos, estéticos, desportivos, eróticos e psicológicos. E que, apesar das diferenças raciais e étnicas, persiste em impor um padrão idealizado e homogêneo de beleza (LINS, 1999). Segundo Dobrow et al., (2006), existem subgrupos de indivíduos obesos que possuem padrões anormais de alimentação: aqueles que têm o transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) e os com a síndrome do comer noturno (SCN). O TCAP é definido como episódios de compulsão alimentar, com ingestão de grandes quantidades de alimentos num curto espaço de tempo, não seguidos de método compensatório. A compulsão alimentar é acompanhada de sentimentos de desconforto físico, angústia, vergonha e culpa. Esse transtorno ocorre em maior proporção na população obesa, embora esteja presente na população com peso normal. Os indivíduos obesos com esse transtorno frequentemente apresentam imagem corporal negativa, sofrem de angústia psicológica com baixa autoestima, depressão, ansiedade, síndrome do pânico e transtorno de personalidade. Mendonça, Anjos, (2004), afirmam que existem vários fatores associados á dieta que poderiam contribuir para a elevação do excesso de peso dos brasileiros ao ocasionarem mudanças nos padrões alimentares tradicionais, que são a migração interna, a alimentação fora de casa, o crescimento na oferta de fast food e a ampliação do uso de alimentos industrializados. Segundo esses autores, estes aspectos estão diretamente vinculados à renda das famílias e às possibilidades de gasto com alimentação, que está associada ao valor sociocultural doas alimentos em cada grupo social. Segundo Nunomura (1998), a maioria dos brasileiros não têm hábito de praticar nenhuma atividade física desportiva regular. Mais recentemente, Monteiro49 revelou que 68% dos adultos que vivem na cidade de São Paulo são sedentários. Almeida et al., (2005), ressaltam que o anúncio de produtos alimentícios ocorre em todos os períodos do dia e que a maioria dos alimentos veiculados possui elevados índices de gorduras, óleos, açucares e sal, o que está em desacordo com uma dieta saudável e balanceada e que, portanto, possibilita o excesso de peso. Segundo Serra e Santos39, a mídia desempenha papel estruturador na construção e desconstrução das práticas alimentares como, por exemplo, o consumo elevado de fast food verificado atualmente e que constantemente tem sido veiculado pela mídia. Reconhecidamente, dieta e atividade física são elementos envolvidos na etiologia da obesidade. Nesta direção, para a Organização Mundial de Saúde1 e o Ministério da Saúde no Brasil, a dieta ocidental e o sedentarismo são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da obesidade atualmente nas sociedades modernas.
Referencias Bibliográficas.
PAIM, J. S. Sistema único de saude ( SUS ) estrutura , princípios e como funciona. Página inicial do ministério da saúde , disponível em saude.gov.br/sistema-único-de-saúde.
Rabello, L.S. promoção da saúde, a construção de um conceito em perpectiva comparada.RJ,Fiocruz 2010
SOUSA, MariaQuitéria L; Campos, Ana Celia C.F. e Ramos , Rubens E . B. Trabalho em equipe .A base da qualidade nas Organizações disponível em:www.pp.ufu.br/cobege2001/trabalhos/EQC003.pdf
Mondini L, Monteiro CA. Relevância epidemiológica da desnutrição e da obesidade em distintas classes sociais: métodos de estudo e aplicação à população brasileira. Rev. bras. epidemiol. 1998; 1:28-39.         
 Fischler C. Gastro-nomia e gastroanomia: sabedoria do corpo e crise biocultural da alimentação contemporânea. In: Contreras J, organizador. Alimentación y Cultura: Necessidades, Custos y Costumbres. Ciences Humanes i Sociales. Barcelona: Universitat de Barcelona; 1995.         
Francischi RPP, Pereira LO, Freitas C S, Klopfer M, Santos RC, Vieira P, Lancha Júnior AH. Obesidade: atualização sobre sua etiologia, morbidade e tratamento. Rev. Nutr. [periódico na Internet] 2000 [acessado 2006 jul 27]; 13(1):[cerca de 12 p.]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1415-52732000000100003&tlng=en& lng=en&nrm=iso    
Carvalho MC, Martins A. A obesidade como objeto complexo: uma abordagem filosófico-conceitual. Cien Saude Colet 2004; 9(4):1003-1012.         
Serra GMA, Santos EM. Saúde e mídia na construção da obesidade e do corpo perfeito. Cien Saude Colet [periódico na Internet] 2003 [acessado 2007 jan 19]; 8(3):[cerca de 11 p]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v8n3/17450.pd
 Dobrow IJ, Kamenetz C, Devlin MJ. Aspectos psiquiátricos da obesidade. Rev Bras Psiquiatr [periódico na Internet] 2002 [acessado 2006 jul 28]; 24(3)[cerca de 5 p.]. Disponível em: http://www. scielo.br/pdf/rbp/v24s3/13975.pdf         
Nunomura M. Motivos de adesão à atividade física em função das variáveis idade, sexo, grau de instrução e tempo de permanência. Rev Brasileira de Atividade Física e Saúde 1998; 3(3):45-58.         
Anjos, LA dos. Obesidade e saúde pública. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2006.       
 Santos LAS. O corpo, o comer e a comida: um estudo sobre as práticas corporais e alimentares cotidianas a partir da cidade de Salvador Bahia [dissertação]. São Paulo (SP): Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; 2006.       
Segal A. Aspectos psiquiátricos da obesidade. ABESO - Órgão Informativo da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade [periódico na Internet] 2003 [acessado 2006 ago 3];12:[cerca de 3 p.]. Disponível em: http://www.abeso.org.br/revista/revista12/aspectos.htm   
www.scielo.br/institutonacionaldesaude      
ATIVIDADE 2 (Portifólio)
Na Disciplina de PISC tive a oportunidade de aprender a como desenvolver um projeto multidisciplinar, e como aplicar esse projeto na comunidade através do Arco de Marguerez, o arco possui 5 etapas sendo elas;
Observação da Realidade;
Pontos Chaves;
Teorização;
Hipótese de solução; 
Aplicação na realidade.
O projeto foi desenvolvido com as equipes multidisciplinar de Enfermagem, Odontologia e Nutrição.
Para dar início ao projeto primeiramente foi discutido sobre o tema a ser desenvolvido, isso não foi muito difícil no início, porém como todo trabalho existe suas dificuldades e diferenças entre as equipes, alguns colaboraram outros não, estava difícil a interação de todos.
Foi feito uma observação por todos os integrantes na sua própria comunidade, devido á pandemia não fomos em lugares afastados, desta forma iniciamos nosso projeto, juntamos todos os lugares observados e achamos os pontos chaves, através dos pontos chaves começamos a desenvolver a teorização do projeto.
Nessa fase todos buscaram artigos baseados no tema do projeto, cada um na sua especialidade, buscando conhecimento para enriquecer o projeto.
Chegamos então na hipótese de solução aqui buscamos soluções para o problema encontrado, ou seja como o projeto está sendo trabalhado em cima da promoção a saúde e o auto cuidado, desenvolvemos soluções para melhorar a saúde das pessoas com obesidade e falta de cuidados com si própria e sua família.
Devido a pandemia nosso projeto não pode ser aplicado na realidade, então para que o projeto alcançasse um número grande de pessoas criamos um página no facebook e divulgamos através de amigos e familiares, na página estamos informando sobre a gravidade da obesidade, sobre aos comorbidades que podem aparecer devido sobrepeso, doenças bucais, má alimentação, falta do autocuidado, também estamos dando orientação sobre práticas de exercícios e alimentação saúdavel, entre outras informações importantes para se ter uma vida saúdavel e melhor.
O projeto teve como líderes eu e minha amiga Elane Neves Vallinhos, como somos amigas a bastante tempo tivemos mais contato para liderar o projeto, nos encontramos diversas vezes, discutimos melhorias e fomos direcionando todos do grupo, tivemos dificuldades com alguns integrantes do mas aos poucos fomos resolvendo tudo.
Pra mim foi uma experiência diferente trabalhar com pessoas que não conheço e mais difícil ainda por ser de modo remoto devido ao momento que estamos passando, mas foi uma experiência gratificante, pois me ensinou a desenvolver um projeto a trabalhar em grupo, a formatar um trabalho, e enriqueceu meu currículo acadêmico.

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