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Aula Fiapp2 2023 olhares críticos Propostas dos olhares críticos Oliveira e Mario. Estudos críticos em avaliação de políticas públicas: principais contribuições para o campo. Revista Brasileira de Políticas Públicas e Internacionais. https://periodicos.ufpb.br/index.php/rppi/issue/view/2964 ALINE A KAIO GABRIEL: Lobato L de VC. Avaliação de políticas sociais: notas sobre alguns limites e possíveis desafios. Trab educ saúde [Internet]. 2004Mar;2(1):95–106. Available from: https://doi.org/10.1590/S1981-77462004000100006 KAREN A MURILO: JANNUZZI, P. de M. Mitos do Desenho Quase-experimental na Avaliação de Programas. NAU Social, [S. l.], v. 9, n. 16, 2018. DOI: 10.9771/ns.v9i16.31419. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/nausocial/article/view/31419 NATALIA A WILSON: Boullosa, Rosana de Freitas, Oliveira, Breynner Ricardo de, Araújo, Edgilson Tavares de, & Gussi, Alcides Fernando (2021). Por um antimanual de avaliação de políticas públicas. Revista Brasileira de Avaliação, 10(1), e100521. https://doi.org/10.4322/rbaval202110005 Denúncias dos problemas da visão mainstream de avaliação racional-positivista que prima pelo método científico-experimental Denúncias Propostas Desassociarão entre valores e técnicas Problematizar como as avaliações influenciam as implementações, a descontinuidade e a inovação em políticas públicas. A escolha do desenho metodológico deve ser ancorada em um quadro de valores explicitados pela equipe da avaliação – articular sentidos, conceitos, valores, intenções e práticas. Valores podem ser democráticos, de combate às desigualdades... Observar o contexto brasileiro, evitando usar modelos padronizados Usar os métodos conforme a necessidade Oliveira e Mario 2023 Bollousa et al. 2021 Lobato 2004 https://periodicos.ufpb.br/index.php/rppi/issue/view/2964 pois quali e quanti não são incompatíveis Avaliadores neutros Os sujeitos envolvidos nas práticas avaliativas devem explicitar matrizes de valores – são SUJEITOS POLÍTICOS Campo é empobrecido pois falta “reflexão-na- ação” – só a reflexitividade gera posicionamento. Jannuzzi: dados e indicadores são escolhas políticas – objetos científicos são construídos a partir dessas escolhas. Oliveira e Mario 2023 Bollousa et al. 2021 Melhores métodos são os advindos das Ciências Naturais – mito do método experimental Forja-se a ideia de que existe um método científico universal, com mais status científicos do que outros. Fetiche da técnica Método determina a pergunta de avaliação que será feita Supervalorização da avaliação de impacto, em detrimento às avaliações de contexto e processo. Negligência de avaliação formativa em um país que é muito importante sustentar políticas sociais. É importante deixar de considerar manuais que pré-definam técnicas e considerar a possibilidade de usar leque de técnicas e instrumentos (movimento antimanual) Modelos de avaliação devem ser customizados, e não padronizados, observando o estágio de maturidade dos programas; análise do grau de avaliabilidade do programa. Importante avaliar contexto e considerar dimensões complexas das políticas públicas. Oliveira e Mario 2023 Jannuzzi (2016) Adoção de abordagens plurais e relacionais Oliveira e Mario 2023 Avaliações racionais-positivistas não garantem a continuidade Oliveira e Mario 2023 Faria 2005 das políticas nem as tornam mais efetivas Avaliação é uma atividade política, que gera impactos políticos – e isso é constantemente ignorado na prática comum dos avaliadores Prática avaliativa reflexiva: É preciso que os avaliadores pensem sobre o seu papel e sobre os significados das suas análises – deveria se ver como sujeitos políticos que aprendem, facilitam diálogos, influenciam debates, produzem insumos para narrativas públicas. Indivíduos tem subjetividades - não são somente beneficiários. Oliveira e Mario 2023 Bollousa et al. 2021 Lobato (2004) É preciso explicitar que a avaliação que prioriza a eficiência é aquela que legitima o modelo neoliberal de Estado; A eficácia procedural é o cerne de avaliações de auditorias, pareceres e recomendações. A efetividade é a dimensão que visa garantia de direitos e justiça social. A efetividade social deveria ser o valor máximo a ser buscado no desenho de avaliações. Sistemas de avaliação têm limites – é preciso superá- las e fazer avaliações mais substantivas – olhar para estruturas de poder, questões comportamentais Lobato: avaliações devem ser multidimensionais (3 Es e substantiva) Jannuzzi 2016 Lobato 2004 As avaliações deveriam ser participativas visando se constituir como instrumentos de controle social e mecanismo de responsabilização do gestor, sobretudo em contexto de concessões e terceirizações. Oliveira e Mario 2023 Há especificidades da avaliação de políticas sociais que são ignoradas Avaliação deve ser mais ampla acoplada à ciência política – visão mais precisa sobre o policy making e o papel dos interesses Lobato 2004 Estudo da causalidade na avaliação de políticas sociais é complexo Políticas mais complexas e diversas não é possível determinar as causalidades Cidadão entendido como cliente é um problema Cidadão é o dono da coisa pública – avaliação deve olhar para isso Lobato 2004 Opções metodológicas Avaliação em profundidade: Olhar antropológico e construção de indicadores socioculturais 4 bases: - conteúdo delimitado na formulação: qual é o paradigma que orienta a política? - contexto socioeconômico, político e legal de formulação da política. - trajetória institucional do programa: quais são os diferentes significados dos atores envolvidos em cada espaço institucional – estudo de narrativas dá conta de entender as ideias e as percepções dos atores envolvidos. “descrição densa” da trajetória do programa permite que o avaliador entenda todos os sentidos gerados por diferentes sujeitos com relação à política e como entendem seus resultados – a partir de seus referenciais culturais. - dinâmicas territoriais: os objetivos se coadunam com especificidades locais? (no caso brasileiro isso é fundamental)
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