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Trabalho Periodontia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO – UNIFTC
BACHARELADO EM ODONTOLOGIA
GIOVANNA TRINDADE
JORDANA LIMA
JULIANE COSTA
MÔNICA BRITO
CONTROLE QUÍMICO DO BIOFILME
Salvador - BA
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO – UNIFTC
BACHARELADO EM ODONTOLOGIA
GIOVANNA TRINDADE
JORDANA LIMA
JULIANE COSTA
MÔNICA BRITO
CONTROLE QUÍMICO DO BIOFILME
Trabalho apresentado à disciplina de Periodontia, com o intuito de analisar sobre o tema abordado.
Prof. Me. Bruno Matos.
Salvador - BA
2022
1. Introdução
Os agentes químicos têm emergido, culturalmente ou por pesquisas, no intuito de habilitar os indivíduos a manter sua saúde bucal. A profissão odontológica, em geral, tem o desafio de aperfeiçoar e também, se possível, desenvolver grandes quantidades de agentes químicos para combater e superar fatores patogênicos, no caso, o biofilme dental. 
É imprescindível lançar a seguinte problemática através das perguntas: Quais agentes químicos têm sido utilizados como auxiliares no modo da limpeza bucal? Quais os seus principais agentes de atuação? O uso desses produtos para higiene bucal contendo agentes químicos é destinado ao controle da placa bacteriana supragengival?
É de grande valor destacar que, a limpeza mecânica dos dentes através da escovação com dentifrício é a forma de higiene oral mais comumente empregada. Entretanto, observa-se na clínica odontológica que muitos pacientes falham na aplicação dessa prática (LOTUFO et al., 2009). Isso supostamente se origina tanto da falha no cumprimento das recomendações sobre a limpeza dos dentes quanto da falta de destreza em relação aos hábitos de higiene oral.
Somado a isso, outros fatores como o nível socioeconômico e o conhecimento sobre o processo de doença também influenciam o padrão e a qualidade da higiene bucal (MENEZES et al., 2020). Desta forma, o uso complementar de agentes químicos tem sido estudado como um modo de superar as deficiências nos hábitos mecânicos de limpeza praticados por muitos indivíduos. Entretanto, a doença periodontal e a cárie dentária são as patologias com maior prevalência na cavidade oral e estão ambas associadas a microrganismos orais (FARIAS et al., 2010). Nas últimas décadas muito se tem aprendido acerca da relação entre a placa bacteriana e a destruição periodontal, visto que a compreensão dos mecanismos dos patogênicos responsáveis por esta doença a tem sofrido grandes avanço os ao longo dos anos.
Nesse sentido, a microflora residente no meio oral consiste numa enorme diversidade de microrganismos, incluindo vírus, bactérias, fungos, micoplasma e, em alguns casos, protozoários. As bactérias, por sua vez, representam o componente predominante da microflora oral. Esses microrganismos em associação com a saliva formam a placa bacteriana (MARTINS et al., 2011). 
Sob esse viés, algumas espécies bacterianas têm a capacidade de aderir às mucosas assim como às superfícies dentárias. Na sequência inicial de colonização, as bactérias multiplicam-se e formam microcolónias, desde que as condições ecológicas sejam adequadas. Se deixadas imperturbáveis, estas microcolónias continuam a proliferar e tornam-se confluentes. Isto resulta, eventualmente, no desenvolvimento de um biofilme, onde os microrganismos estão intimamente associados entre si, encaixados numa matriz de exopolímeros de bactérias e saliva.
 À medida que aumenta a quantidade de placa, a composição bacteriana dentro do biofilme muda. As condições ambientais vão ditar a composição desta comunidade microbiana. Nas superfícies proximais, e fissuras, a microbiota é composta predominantemente por bactérias Gram-positivas, anaeróbios facultativos e espécies ácido-tolerantes. No sulco gengival a composição da placa bacteriana muda para uma microflora muito mais complexa, predominantemente bactérias Gram-negativas (PEDRAZZI et al., 2009).
A deficiente higiene oral e consequente acumulação de placa bacteriana leva ao aparecimento de gengivite, que é a forma mais prevalente de doenças do periodonto (PIVOTTO et al., 2013). Clinicamente, a gengivite tipifica inflamação dos tecidos moles do dente. O contorno normal, firme e regular da gengiva muda para um volume aumentado em vários graus de edema ou de fibrose, em muitos casos de longa duração ou, em certos casos, modificado por condições sistêmicas. Quando a gengivite não é tratada pode desenvolver-se periodontite, que é uma inflamação que se estende para as estruturas periodontais mais profundas, produzindo uma perda de tecido de inserção do dente (MARTINS et al., 2010). 
2. Metodologia
Pesquisar é ampliar o conhecimento sobre determinado conteúdo ao colocá-lo em prática com o intuito de desenvolver um método mais apropriado e viável, tendo como objetivo, a valorização e o aproveitamento máximo do assunto escolhido. Referente ao tema em questão: controle químico do biofilme; é indispensável os estudos a partir da pesquisa bibliográfica descritiva.
Desta forma, este estudo trata-se de uma abordagem qualitativa, elaborada a partir da revisão e reflexão embasada na literatura atual e em documentos oficiais sobre a temática com o incremento das ponderações das autoras de forma crítica e imparcial. Como critérios de inclusão para coleta de dados, utilizou-se textos que versavam sobre o uso de componentes químicos para o controle do biofilme, bem como vasta existência desses respectivos compostos, através de textos originais disponíveis gratuitamente e na íntegra originando o presente estudo. O intervalo de publicação considerado foi de 1997 a 2016, totalizando 14 trabalhos analisados, sendo o periódico predominante a base de dados Scielo.
As fases para elaboração deste estudo foram as seguintes: inicialmente houve a proposição de questões problematizadoras, o objetivo geral e aprofundamento teórico, visando compreender as lacunas do conhecimento já produzido sobre a temática. Após leituras aprofundadas, pôde-se selecionar o que havia de mais consistente na literatura sobre a temática.
3. Referencial Teórico 
3.1. Cloreto de Cetilpiridínio
O cloreto de cetilpiridínio (CPC) é o composto de amónio quaternário mais estudado, sobretudo hoje em dia, sendo amplamente utilizado há mais de 70 anos como colutório em países como os Estados Unidos. O seu efeito inibitório de placa bacteriana do CPC é datado desde 1962. Os agentes pertencentes a esta categoria é aniônica na natureza. Ao serem carregados positivamente tornam-se catiônicos, e se liga com facilidade aos tecidos orais. No entanto, possui substantividade inferior à da clorexidina. 
Segundo a literatura, o cloreto de cetilpiridínio demonstra atividade antimicrobiana contra um amplo espetro de patógenos orais, principalmente em bactérias Gram-positivo e fungos. Este agente pode interagir com a membrana celular bacteriana, resultando na perda de componentes celulares, bem como na perturbação do metabolismo e inibição do crescimento celular e consequente morte celular. Somado a isso, a sua incorporação em pastas dentífricas é prejudicada devido à sua pouca compatibilidade com outros agentes presentes no dentifrício. Agregado a essa realidade, o uso prolongado dessa substância pode acarretar no aparecimento de manchas nos elementos dentários, assim como quando utilizado em altas concentrações pode desenvolver a sensação de ardência (RODRIGUES et al., 2016). 
3.2. Cloridrato de Delmopinol
De acordo com a literatura, o agente surfactante, cloridrato de delmopinol, tem um baixo poder antimicrobiano. In vitro o delmopinol tem o potencial de impedir a formação de placa e dissolve-la caso ela já exista. Então, este composto demonstrou ter eficácia moderada antiplaca e antigengivite, a curto e em longo prazo (ALMEIDA, et al., 2016.).
Em sua maioria, os agentes químicos antiplaca, incluindo a clorexidina, tem sua efetividade baseada na combinação de atividades bactericidas e bacteriostáticas associadas à substantividade na cavidade oral (NASCIMENTO et al., 2008). Desse modo, agentes de 3ª geração começam a emergir e tem por características, a habilidade de inibir ou impedira formação de placa bacteriana demonstrando não possuir efeito sobre a bactéria. O derivado do morpholinoethanol, delmopinol, é um exemplo dessa categoria de novos agentes químicos de controle de placa como afirma o autor supracitado. 
Embora o delmopinol não possua efeito bactericidas e bacteriostáticos como mecanismo de ação, estudos demonstraram que ele possui capacidade de inibir a formação de placa in vitro e in vivo e a gengivite. Essas respectivas pesquisas que envolvem a placa bacteriana e delmopinol revelaram que o biofilme neoformado traz a aderência comprometida, somada a diminuição significativa de Streptoccocos produtores de dextrano (FARIAS et al., 2010). Os mesmos autores trazem, por meio de resultados, que o delmopinol pode interferir na formação da matriz da placa reduzindo a aderência dos principais microrganismos formadores do biofilme ou de bactérias sucessionais. 
Dessa forma, à efetividade do delmopinol juntamente com a sua capacidade em diminuir o potencial de manchamento dos dentes tanto qualitativa quanto quantitativamente quando comparada a clorexidina faz desse composto uma alternativa interessante a clorexidina para o controle químico de placa bacteriana (FARIAS et al., 2010). Enxaguatórios contando delmopinol ainda não são comercializados no Brasil. Nos Estados Unidos e Europa, é comercializado enxaguatórios contendo decapinol, no qual possui o mesmo princípio ativo do mesmo mecanismo de ação do delmopinol,
3.3. Clorexidina
A clorexidina, nomeada Digluconato de Clorexidina é uma substância química com ação antibacteriana contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, a qual vários estudos relatam sua eficácia contra o Streptococcus Mutans, agente iniciador da carie dentária (PEREIRA et al., 2016). Por possuir um bom desempenho diante o controle de formação do biofilme dental, é o agente antimicrobiano mais utilizado e prescrito pelos cirurgiões-dentistas. Em sua composição, está presente grupamentos menores de sais de clorexidina que agem para retardar o desenvolvimento ou eliminar as bactérias de potencial patogênico na cavidade bucal, sendo uma molécula estável que em casos de ingestão é liberada pelas vias normais do corpo. 
Segundo Martins et al. (2010), este agente altera a composição bacteriana do biofilme supragengival produzindo uma redução significante sobre o número de Streptococcus mutans. Quando administrado de forma correta, a clorexidina possui baixa toxicidade e efeitos corrosivos. Entretanto, alguns pontos negativos podem ser citados: seu uso pode haver como efeito colateral o aparecimento de manchas amarronzadas na superfície dentarias; seu sabor é levemente desagradável, o que dificulta seu uso para alguns pacientes mais sensíveis. Sua capacidade de retenção na superfície oral e lenta liberação, configura-se pela sua forma antisséptica junto à adsorção, ou seja, lentamente haverá a interação entre grupos com cargas negativas existentes na cavidade bucal, como dentes, e biofilme, a clorexidina que possui carga positiva se atrai, e com isso ocorre um aumento da permeabilidade celular, que levará ao rompimento do citoplasma, logo, a morte celular (RODRIGUES et al., 2016). 
É de grande valor destacar que ao entrar em contato com as membranas citoplasmáticas das bactérias patogênicas, ocorre o extravasamento do potássio e do ácido nucleico, o que é essencial para interferir a sua adesão nas superfícies dos dentes. Essa dinâmica realizada pela clorexidina, justifica seu uso tão amplo na Odontologia, sendo presente também em enxaguantes bucais e dentifrícios, uma vez que ao ocorrer a retenção da clorexidina à placa, também haverá a diminuição da proliferação microbiana no biofilme. Destarte, os fatores de risco a cárie e a doença periodontal também irão diminuir. Então, essa substancia é de fundamental importância, em razão da sua ação potencializadora para pacientes que não conseguem realizar uma higienização de forma efetiva a alcançarem melhoras na limpeza e manutenção da saúde bucal (PEREIRA et al., 2016).
3.4. Fluoreto
Nos dias atuais, existem diversos agentes químicos incorporados em produtos para uso odontológico que têm a finalidade de ação complementar ao controle mecânico do biofilme supragengival. Um desses agentes antimicrobianos é o fluoreto, no qual proporciona efeitos clínicos antiplaca e anti-inflamatório (LIMA et al., 2005).
Nesse contexto, se tornou relevante o registro da incorporação do fluoreto aos enxaguatórios contendo produtos antibacterianos, uma vez que este íon exerce importante papel na preservação da saúde bucal em face da capacidade de interferir na dinâmica da cárie dental. A ação cariostática do fluoreto decorre da capacidade deste íon de interferir no equilíbrio ecológico da placa bacteriana, sua ação protetora do esmalte resulta da rápida deposição do mesmo na superfície dental devido ao pH relativamente baixo destes enxaguatórios (NASCIMENTO et al., 2008).
O fluoreto ao provocar a inibição de enzimas glicolíticas bacterianas presentes na placa dental humana promove o bloqueio do metabolismo dos carboidratos e reduz a acidogênese bacteriana, consequentemente, contribui, sobremaneira, para estabilizar molecularmente o esmalte dentário, condição que assegura o enfrentamento das fases de desmineralização decorrente de eventuais quedas de pH, sem maiores consequências para esta estrutura. Em paralelo, interfere na biossíntese dos polissacarídeos responsáveis pela adesão dos microrganismos nas superfícies dentárias e contribui, principalmente, para a remineralização do esmalte.
3.5. Hexetidina 
A hexetidina pertence ao grupo dos derivados da pirimidina. É um antisséptico amplo espetro, activo in vitro e in vivo contra bactérias gram-positivas e gram-negativas com ação antibacteriana sobre numerosos microrganismos (Streptococcus, Lactobacillus) e fungos (Candida), empregado na forma de colutório em diferentes patologias bucofaríngeas e odontológicas (NASCIMENTO et al., 2008). A hexetidina apresenta efeito antibacteriano sobre Candida albicans, Streptococcus salivarius, Streptococcus mutans, Streptococcus sanguis, Streptococcus pyogenes, Lactobacillus casei e Lactobacillus acidophilus. Por outro lado, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa demonstraram ser relativamente resistentes a este fármaco (LIMA et al., 2003). Os enxaguatórios bucais com hexetidina diminuem a disfagia resultante de alterações dolorosas da mucosa bucal, aceleram a cicatrização de feridas cirúrgicas e outras lesões bucais produzidas por trauma ou infecção. Além disto, a hexetidina reduz ou elimina a halitose.
3.6. Iodopovidona 
O iodo foi descoberto em 1811 por Bernard Courtois; entretanto seu efeito bactericida foi descrito por Davaine somente em 1880. (FLEISCHER et al., 1997). No início a aplicação clínica de iodo era sob a forma de iodofórmio ou tintura de iodo etílico, limitando assim o antisséptico não possuía estabilidade, manchava, além de causar irritações na pele e mucosas.
 Foi após o desenvolvimento dos iodóforos, iodo ligado a macromoléculas, que iniciou o uso em larga escala, em virtude da diminuição da sua toxicidade para os tecidos humanos, em concordância com os autores supracitados. Ademais, a combinação de iodo com polivinilpirrolidine aumenta sua habilidade de se dissolver em água e álcool, diminui sua irritabilidade e a capacidade de manchar, causados pelo iodo puro. (FLEISCHER et al., 1997). O PVP-I não apenas destrói extensivamente as bactérias como também inibe efetivamente a liberação de fatores patogênicos, tais como exotoxinas, endotoxinas e enzimas destruidoras de tecido. (KONIG et al.,14 1997). 
Além disso, o PVP-I modula reações inflamatórias excessivas em direção ao reparo tissular regular, como afirma o autor supracitado. O fenômeno do aumento da atividade bactericida com a diluição da solução de PVP-I é difícil de se explicar. Suspeita-se que a concentração de iodo contribui para a atividade bactericida da solução de PVP-I. Segundo estudos evidenciado na literatura, os bochechos com PVP-I a 5% durante 30 segundosantes de um procedimento odontológico podem reduzir a quantidade de bactérias na saliva em quase 33. Contudo, ainda não se tem uma terapêutica definida para o uso do PVP-I no tratamento da periodontite, como também não sebe a substantividade desse composto em questão na bolsa periodontal, devendo ser analisado um esquema terapêutico para o tratamento da periodontite e sua relação com outras modalidades de tratamento, bem como outros antissépticos para avaliar as possíveis indicações deste agente na terapia periodontal.
3.7. Óleos essenciais
É fato que, além dos produtos antimicrobianos relatados, a difusão de enxaguatórios bucais contendo óleos essenciais contendo os óleos essenciais, timol, eucaliptol e mentol, estão cada vez mais frequentes, compostos esses que uma vez associados ao salicilato de metila apresentam poder antibacteriano (PIVOTTO et al. 2013).
As substâncias citadas acima, são classificadas quimicamente, como compostos fenólicos, não possuindo carga e tem baixa substantividade e alta capacidade de interação com determinados componentes da placa bacteriana. O método de ação está baseado no poder de alterar a higidez da parede celular, agindo, principalmente, sobre as bactérias gram-positivas e as leveduras. Possuem efeitos adversos, como sensação de sabor ardido e queimação (MARTINS et al., 2010.). Com intenção de interferir na formação dos cristais de fosfato de cálcio, no crescimento dos cristais e na mineralização da placa bacteriana, diminuindo, então, a formação de tártaro, mais recentemente vem sendo acrescentado o cloreto de zinco (LIMA et al., 2002).
3.7.1. Óleo de Malaleuca
É sabido que o óleo de melaleuca tem largo espectro antimicrobiano e anti-inflamatório. Estudos clínicos apontam resposta favorável ao uso desse óleo em infecções superficiais ou condições causadas por fungos, bactérias e vírus. Quando usados em produtos de higiene oral, como dentifrícios, enxaguatórios e gomas de mascar, podem ser usados na manutenção e prevenção das doenças bucais, por apresentar efeitos anti-inflamatórios e antibacterianos, apontam evidências científicas que também preconizaram esse tipo de óleo (PEDRAZZI et al., 2009).
Foi comparada previamente a atividade antimicrobiana das soluções do óleo de malaleuca, alho e clorexidina possuem contra os microrganismos orais. A literatura demonstra que os enxaguatórios com esse óleo em questão, revelou efetiva capacidade de diminuir o número de microrganismos, além de apresentar significativo efeito residual contra eles, apontando que poderiam ser alternativas no controle da cárie e gengivite em longo prazo. Além do mais, também foi revelado que a sua utilização em pacientes com candidíase ou estomatites, que não foram tratadas previamente com nistatina ou outros agentes antifúngicos, proporcionou-lhes melhora no conforto e bem-estar, além de reduzir os custos do tratamento, já que os princípios ativos do óleo duram mais tempo. Somando a isso, o mesmo estudo relatou diminuição dos sintomas clínicos, na remoção dos odores bucais, além de ausência de efeitos colaterais (MENEZES et al., 2020). 
3.8. Triclosan
O triclosan é um antimicrobiano não iônico pertencente aos fenóis e que tem sido largamente usado em vários produtos, incluindo antiperspirantes e sabonetes (MARTINS et al., 2010). Sua ação antimicrobiana abrange bactérias gram-negativas, gram-positivas, fungos e vírus. Hodiernamente, o triclosan tem sido introduzido nos dentifrícios como uma forma de inibição da placa bacteriana e da gengivite e também pode ser utilizado na forma de bochechos. 
Sabe-se que esse efeito antimicrobiano é moderado e tem duração de aproximadamente cinco horas. Quando o citrato de zinco ou o copolímero (PVM ácido éter) é adicionado ao triclosan, sua substantividade é aumentada consideravelmente (Menezes et al., 2020). Em estudos recentes foi comprovado que a incorporação do triclosan em dentifrícios melhora o controle de placa e, consequentemente da saúde gengival. Adjunto a isso, sua ação não atinge só aqueles microrganismos aderidos à superfície dental, mas todas estruturas presente na cavidade oral, como língua e mucosa
4. Considerações Finais
Os profissionais da odontologia devem ter o cuidado de incluir em suas consultas parte dedicada à orientação do paciente e/ou de seus responsáveis, explicando como a doença cárie e periodontal se desenvolvem e como podem ser prevenidas. Nesse sentido, os métodos químicos e mecânicos de higiene oral mostram-se como a melhor maneira de evitar patologias bucais causadas pelo biofilme bacteriano. No entanto, os métodos devem ser empregados de diferentes formas, estando sempre em concordância com o perfil de cada paciente. O controle do biofilme em questão é imprescindível para a manutenção da saúde oral.
5. Referências.
1. ALMEIDA, R. F.; COSTA, A, L. ALVES, R.; CARVALHO, J. F. Cloreto de cetilpiridínio: revisão da literatura. Portugal: Revista portuguesa de estomatologia, medicina dentária e cirurgia maxilofacial, v. 10, n. 9, 2016, p. 76. Disponível em: <https://www.elsevier.es/>. Acesso em: 28 mai. 2022
2. FARIAS, K. T.; SANTOS, A. L. Conhecimento dos cirurgiões-dentistas da capital de um estado do nordeste brasileiro sobre a utilização de agentes químicos como coadjuvantes na terapia periodontal. São Paulo: Revista brasileira de prevenção e saúde, v. 14, n. 2, 2010, p. 12. Disponível em: <https://www.scielo.br/>. Acesso em: 27 mai. 2022.
3. FLEISHER, W.; REIME, K. Molecular effects of povidone iodine on relevant microorganisms; an electron microscopic and biochemical study. United States: Journal of periodontology, v. 48, n. 1, 1997, p. 327. Disponível em: <https://aap.onlinelibrary.wiley.com/>. Acesso em: 28 mai. 2022.
4. LIMA, A. L.; VALENÇA, G.; RESENDE, A. M. Análise do pH e da Viscosidade de Enxaguatórios Bucais Fluoretados. Paraíba: Revista científica da américa latina, v. 5, n. 3, 2003, p. 223. Disponível em: < https://www.redalyc.org/>. Acesso em: 27 mai. 2022.
5. LIMA, M. M.; XIMENES, M. C.; OLÍVIA, S.; SANTOS, M. A. A. The use of povidone-iodine in periodontics. São Paulo: Revista odontológica de Araçatuba, v. 24, n. 2, 2003, p. 09. Disponível em: <https://www.scielo.br/>. Acesso em: 28 mai. 2022.
6. LOTUFO, Z. B.; HASSANI, P. S. Controle químico do biofilme dentário supragengival: revisão da literatura. Rio de Janeiro: Revista periodontia, v. 19, n. 3, 2009, p. 89. Disponível em: <www.interativamix.com.br>. Acesso em: 27 mai. 2022.
7. MARTINS, R. S.; MACÊDO, J. B. Composição, princípios ativos e indicações clínicas dos dentifrícios: uma revisão da literatura. São Paulo: Revista eletrônica do instituto de ciências da saúde, v. 8, n, 1, 2011. Disponível em: <https://repositorio.unip.br/>. Acesso em: 27 mai. 2022.
8. MARTINS, E.; FIGUEIREDO. M. Grau de conhecimento dos cirurgiões-dentistas na prescrição de colutórios e dentifrícios. Rio de Janeiro: Revista periodontia, v. 20, n. 4, 2010, p. 55. Disponível em: <www.interativamix.com.br>. Acesso em: 27 mai. 2022
9. MENEZES, M. L. F. V.; MACEDO, Y. G.; FERRAZ, N. M. P. A importância do controle do biofilme dentário: uma revisão da literatura. São Paulo: Revista eletrônica acervo saúde, v. 55, n. 22, 2020. Disponível em: <https://www.scielo.br/>. Acesso em: 27 mai. 2022.
10. NASCIMENTO, A. P.; FARIAS, G. Eficácia do spray de enxaguatório bucal na inibição da formação de biofilme cariogênico em cerdas de escovas dentais. São Paulo: Revista brasileira de ciências orais, v. 7, n. 24, 2008, p. 98. Disponível em: <://periodicos.sbu.unicamp.br/>. Acesso em: 28 mai. 2022.
11. PEDRAZZI, E. V.; RODRIGUES, R. A.P. Métodos mecânicos para o controle do biofilme dentário supragengival. Rio de Janeiro: Revista periodontia, v. 19, n. 3, 2009, p. 33. Disponível em: <www.interativamix.com.br>. Acesso em: 27 mai. 2022.
12. PEREIRA, N.; MELLO, A. Uma abordagem sobre a clorexidina: ação antimicrobiana e modos de aplicação. São Paulo: Revista gestão e saúde, v. 9, n, 5, 2016, p. 45. Disponível em: < https://www.herrero.com.br/>. Acesso em: 29 mai. 2022.
13. PIVOTTO, A.; LANG, T.;Hábitos de higiene bucal e índice de higiene oral na contemporaneidade: uma revisão da literatura. São Paulo: Revista brasileira de prevenção e saúde, v. 26, n. 4, 2013, p. 61. Disponível em: <https://www.scielo.br/>. Acesso em: 27 mai. 2022.
14. RODRIGUES, J. R.; ANIDO, A. A. Agentes antimicrobianos e seu potencial de uso na Odontologia. São José dos Campos: Revista eletrônica da faculdade de odontologia de são josé dos campos, v. 3, n. 2, 2016, p. 43. Disponível em: <https://www.scielo.br/>. Acesso em: 27 mai. 2022

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