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História do Direito e IED (1)

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(11/03/2022 – 1ª Aula)
1. Introdução ao Estudo do Direito: Apresentação das noções básicas e fundamentais para a compreensão do fenômeno jurídico. 
É um sistema de ideias gerais estruturado para atender às finalidades pedagógicas.
2. Objeto da Introdução ao Estudo do Direito: quer fornecer uma visão geral, global do Direito. a) Conceitos gerais do Direito; b) visão de conjunto do Direito; c) os lineamentos da técnica jurídica.
“Além de descortinar os horizontes do Direito pelo estudo dos conceitos jurídicos fundamentais, a Introdução lança no espírito dos estudantes, em época própria, os dados que tornarão possível, no futuro, o desenvolvimento do raciocínio jurídico a ser aplicado nos campos específicos do conhecimento jurídico”.
3. Outros sistemas de ideias gerais do Direito:
Filosofia do Direito – estudo do direito levando-se em conta a condição humana, a realidade objetiva e os valores da justiça e segurança. Disciplina de reflexão sobre os fundamentos do direito. Preocupa-se com o melhor direito, com o direito justo. Necessário conhecer a natureza humana e o teor das leis.
Teoria Geral do Direito – disciplina que apresenta conceitos à compreensão de todos os ramos do direito.
Sociologia do Direito – estudo entre as relações da sociedade e o direito. Estuda a convergência entre o direito e a sociedade.
a) Adaptação do direito à vontade social;
b) Cumprimento pelo povo das leis vigentes e a aplicação destas pelas autoridades;
c) Correspondência entre os objetivos visados pelo legislador e os efeitos sociais provocados pelas leis.
Enciclopédia jurídica – conjunto variado de conhecimentos indispensáveis à formação cultural do cidadão.
4. O direito como processo de adaptação social:
A adaptação humana – realização de projetos de vida (sociais / individuais) – submissão às leis da natureza e construir seu mundo cultural.
A própria vida em sociedade constitui um processo de adaptação. O homem precisa participar da vida em sociedade.
5. Direito e adaptação:
Ordenamento jurídico é elaborado como processo de adaptação social e deve se ajustar ao meio. O direito estabelecido cria a necessidade de o povo adaptar o seu comportamento aos novos padrões de convivência.
Se o homem em sociedade não está disposto a acatar os valores fundamentais do bem comum, de vivê-los em suas ações, o Direito será inofensivo, impotente para realizar sua missão.
6. Direito Natural: uma ordem de justiça que a própria consciência humana ensina aos homens pelas vias da experiência e da razão, não pode ser admitido como um processo de adaptação social.
4.Direito Positivo: ordem jurídica imposta pelo Estado à sociedade. Na expressiva síntese de Cosentini, “... o Direito não é uma criação espontânea e audaciosa do legislador, mas possui uma raiz muito mais profunda: a consciência do povo... O Direito nasce da vida social, se transforma com a vida social e deve se adaptar à vida social.”
5.Sociedade e Direito: Busca por aproximação entre os seres humanos. Em qualquer época ou local onde o homem se encontre há o estabelecimento de convívio social.
“...o homem é um ser sociável, pois tem a propensão para viver junto com os outros e comunicar-se com eles, torná-los participantes das próprias experiências e dos próprios desejos, conviver com eles as mesmas emoções e os mesmos bens”. (MONDIN, Battista.O homem, quem é ele?, São Paulo: Paulinas, 1986).
Quanto mais complexa a sociedade, quanto mais se desenvolve, mais se sujeita a novas formas de conflito e o resultado é o que hoje se verifica, como já se afirmou, em que “o maior desafio não é o de como viver e sim o da convivência”.
A característica fundamental da sociedade é a submissão de um agrupamento de pessoas a iguais leis sem o que não poderia haver entendimento e convivência.
(18/03/2022 – 2ª Aula)
6.Fato social e Direito: O direito não existe por conta própria. Ele existe por causa da sociedade. A sua causa está nas relações da vida. A sociedade é fonte criadora e área de ação do Direito.
Fatos sociais são criações históricas do povo, que refletem costumes, tradições, sentimentos e cultura.
Cada povo tem a sua história e seus fatos sociais. 
Se os fatos sociais forem contrários à natureza social do homem, o Direito não deve acompanhá-los no erro. 
Experiência e a razão são fatores indispensáveis à concretização do Direito.
A meta do Direito é promover o bem comum (justiça, segurança, bem-estar, progresso).
A figura humana é garantida além do favorecimento voltado ao progresso, comunicações, elevação do nível cultural do povo, promoção da consciência nacional.
Na visão de Demolombe “A suprema missão do legislador é precisamente a de conciliar o respeito devido à liberdade individual dos cidadãos com a boa ordem e harmonia moral da sociedade”.
7.O Direito: algo criado pelo homem para estabelecer as condições gerais de organização e de respeito interindividual visando ao desenvolvimento da sociedade.
O Direito engloba três elementos:
a) relações sociais (fato);
b) justiça (valor);
c) regras impostas pelo Estado (norma).
8.Norma ou regra jurídica: instrumento de definição da conduta exigida pelo Estado. Esclarece ao agente como e quando deve agir. 
Padrões de conduta ou de organização social impostos pelo Estado.
Norma moral – imposição por si própria;
Norma jurídica – Em determinada condição, situação, deve-se agir de acordo com o que for previsto, sob pena de sanção;
Norma técnica – Para alcançar um fim, necessário adotar um meio;
Norma natural–Ocorrida a causa, ocorrerá o efeito.
9.Fontes do Direito: três espécies – históricas, materiais e formais.
Históricas: época, local, razões que determinaram a sua formação.
Materiais: fatos sociais, problemas que surgem na sociedade.
Formais: meios de expressão do Direito. Formas pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam, são conhecidas. No Brasil, a principal forma de expressão é o Direito escrito (leis e códigos).
A jurisprudência não é fonte do Direito; é o conjunto de decisões judiciais sobre determinada indagação jurídica (sua função é a de interpretar o Direito à luz dos casos concretos).
Jurisprudência em sentido amplo: coletânea de decisões proferidas pelos tribunais sobre determinada matéria jurídica. 
Jurisprudência em sentido estrito: autoridade dos casos julgados de modo semelhante.
Doutrina ou direito científico: estudo, teorias desenvolvidas pelos juristas com o objetivo de interpretar e sistematizar as normas vigentes e conceber novos institutos jurídicos.
Princípios gerais do direito: garantem o critério do julgamento. Não havendo a matéria disciplinada em lei, não havendo analogia de outros casos, deve-se verificar a existência das normas costumeiras.
Direito costumeiro: prática gerada espontaneamente pelas forças sociais de forma inconsciente. Decorre da necessidade social de fórmulas práticas para resolverem os problemas. Sempre oral...
Espécies de costumes: “Secundum legem”: caracteriza-se quando a prática social corresponde à lei.
“Praeter legem”: Artigo 4º da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro – Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
“Contra legem”: caracteriza-se pelo fato de a prática social contrariar as normas jurídicas escritas.
10. O Direito Romano: foi constituído Jus Civile que se aplicava aos cidadãos e era manifesto nos costumes envolvidos por atos religiosos.
As leis tiveram função de complementar as normas consuetudinárias suprindo lacunas ou corrigindo as distorções existentes.
Quando os romanos entraram em contato com outros povos (conquistas militares) surgiu o Jus Gentium que destinava às relações dos estrangeiros e em contato com os do povo.
O Jus Civile era aplicado era aplicado pelo pretor urbano – questões dos cidadãos romanos.
O Jus Gentium era aplicado pelo pretor peregrino – questões dos estrangeiros.
O Direito Romano teve sua formação a partir da Lei das XII Tábuas.
O sistema romano expresso noCorpus Juris Civilis, século VI, constitui o grande legado romano à humanidade.
As lições dos grandesjuristas romanos:
Justiça: é a constante e firme vontade de dar a cada um o que é seu.
Jurisprudência: é o conhecimento das coisas divinas e humanas, a ciência do justo e do injusto.
Preceitos do Direito: viver honestamente, não lesar a outrem e dar a cada um o que é seu.
11. Lei em sentido formal e em sentido material: em sentido formal a lei é o meio que atende aos requisitos da formalidade, ou seja, processo regular de formação (apresentação de projeto; exame das comissões; discussão e aprovação; revisão; sanção; promulgação; publicação). Em sentido material, a lei busca atender os requisitos da forma e possuir a força própria da determinação legal.
Verificar o artigo 61 da CF/1988.
Lei complementar: é aquela que tem como finalidade explicar algo constante na Constituição Federal. 
Lei ordinária: são atos que criam, modificam, extinguem direitos seguindo um processo legislativo.
12. A obrigatoriedade da lei: Artigo 3º da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro - “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”.
13.O Direito como técnica: é o conjunto de meios e de procedimentos que tornam prática e efetiva a norma jurídica – Exemplo: quando o legislador elabora um código, as normas ficam acessíveis ao conhecimento.
(25/03/2022 – 3ª Aula)
14.Direito Comparado
1.Direito Hebraico: conjunto de regras e preceitos religiosos que se alicerça no dogma monoteísta. Trata-se de um direito profundamente vinculado ao sagrado (revelação divina).
Israel – é o Estado;
Judaísmo (religião) – professa a fé do Antigo Testamento;
Hebreu (sentido de nação ) – é o povo judeu. 
O Antigo Testamento é a força principal que condicionou o desenvolvimento doutrinário da cultura hebraica. Formado pelo Pentateuco, Profetas e Escritos. No Pentateuco se pode encontrar a essência da legislação do Israel Antigo.
2. Direito Hindu e o sistema de castas indiano: estabelecido por meio de castas que ditam as regras de comportamento das pessoas.
Código de Manu: sistematização enciclopédica da cultura hindu como um todo compacto e definitivamente consolidado. Retratoda maneira de organização da sociedade hindu, relacionada intimamente com a religião.
Formado por 12 livros que tratam de diferentes matérias.
As penas do Código de Manu são cruéis e degradantes.
Exemplos: “Derramamento de óleo fervendo na boca e na orelha se alguém tiver a imprudência de dar conselhos aos brâmanes relativamente ao seu dever.”
O direito indiano relaciona o jurídico e o sagrado de forma bastante íntima.
Castas – brâmanes (elite sacerdotal); ksatryas (guerreiros); vaisyas (comerciantes); sudras (excluídos, indesejados, maltratados).
Direito Chinês: Lao Tsé, pensador chinês diz que: “a necessidade de uma ordem jurídica é o reflexo imediato da perda da inocência humana...”.
Há diferença entre Direito (Lei) e Justiça. A lei deriva da vontade humana, contendo a obrigatoriedade da força por parte do Estado. 
“A Justiça se liga à virtude da generosidade no agir e no falar, modéstia e simplicidade, desapego, condenação às ambições causadoras de diversos males que atormentam a sociedade...”. 
Direito Japonês:Muito marcado pela influência chinesa, principalmente por intermédio da filosofia de Confúcio.
Durante o reinado do príncipe Shotoku (Preceptor do Direito) – leis conhecidas como “As Dezessete Máximas”: código de ética profissional para altos funcionários imperiais. Previstas penas reeducativas para os delitos leves e para os delitos graves eram reservadas punições mais rigorosas, com a finalidade de que a severidade contribuísse para educar os demais.
Durante a era Meiji o Japão se modernizou e para isso rompeu com as velhas estruturas feudais. Estreitaram laços com o Ocidente.
15.Grécia – o berço da filosofia
Atenas foi a responsável por ter apresentado e presenteado o mundo com o germe da democracia. A inquietação pelo saber marcou profundamente a civilização grega.
Não se tem muita informação sobre o direito grego. As fontes do direito helênico se apresentam de forma fragmentada, desconexa e não sistematizada.
Sabe-se que o direito grego é consuetudinário, ritualístico, fundado no culto aos antepassados, desenvolvido no seio da própria família.
Em escavações arqueológicas descobriu-se documento onde é possível perceber clara distinção entre homicídio doloso e culposo.
O adultério era considerado crime em Atenas: “Àquele que pega em flagrante o adúltero, não lhe é lícito continuar vivendo com sua mulher; se o fizer, será privado de seus direitos civis. E à mulher que cometeu adultério não é dado assistir ao sacrifício público; se o fizer, poderá sofrer qualquer castigo, com exceção da morte, e quem lhe aplicar o castigo não sofrerá qualquer punição”.
Esparta: uma das mais belicosas e militaristas civilizações que o mundo conheceu.
O serviço militar começava aos sete anos de idade. As leis da cidade permitiam e autorizam que os pais rejeitassem os filhos portadores de alguma deficiência. 
16.O Direito Feudal e o Direito Canônico – Idade Média
Compreende a Idade Média: Declínio do Império Romano (476) e a queda de Constantinopla (1453.)
Alta Idade Média – séculos V a X.
Baixa Idade Média – séculos XI a XV.
Direito Feudal: feudo está associado à ideia de propriedade.
Relação estreita entre um senhor nobre (suserano) e seu servo (vassalo), pertencente à uma classe menos favorecida.
Cada feudo possuía regras próprias de convivência. Leis que não eram escritas.
As mais importantes fontes do Direito Feudal são os contratos de homenagem (pacto entre o nobre e o servo que era consolidado por uma cerimônia religiosa solene).
Direito Canônico medieval:normas estabelecidas pela Igreja Católica Romana que regulamentava a conduta de clérigos a serviço da instituição e orientar os crentes. 
Cristianismo: Direito Canônico;
Judaísmo: Direito Talmúdico;
Islamismo:Direito Muçulmano.
Direito influenciado pelo Direito Romano, Jesus Cristo (o cristianismo anunciou um norte à intensa produção normativa ocorrida nos países europeus após o declínio do sistema feudal).
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Formação dos Estados Nacionais:
Absolutismo: o poder absoluto pertencia somente ao soberano sobre toda a nação. O Estado não possuía nenhum limite sobre o povo.
Iluminismo: novas formas de pensar o mundo, a sociedade, as instituições.
Contrato Social: Governo e governados necessitam estabelecer limites de conduta. 
Thomas Hobbes: o homem nasce mau, o que ocasiona conflitos sociais, já que o homem busca apenas seus próprios interesses. 
John Locke: o homem não é mau nem bom. O Estado deve criar leis para impor limites aos homens.
Jean Jacques Rosseau: os homens são bons. A sociedade é que os corrompe.
Separação dos poderes – Montesquieu: a liberdade política existe quando ninguém é obrigado a fazer as coisas que a lei não obrigue, ou a não fazer as que a lei permita.
“Todo o homem que tem Poder é levado a abusar dele; vai até encontrar os limites”.
A divisão de Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) existe para que cada Poder freie o outro; impeça o abuso por parte do outro.
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(29/04/2022 – 5ª Aula – matéria da prova do 2º bimestre a partir daqui)
O Direito na era moderna (1453 a 1789): surgimento de correntes filosóficas que acentuam as capacidades humanas, antropocentrismo, fortalecimento do Estado-nação.
O Iluminismo foi responsável pelo processo de secularização do poder público, ou seja, a ideia de um Estado laico, onde irrompeu o constitucionalismo (existência de uma Constituição; garantia de direitos fundamentais e limitação do Estado ).
Nomes de peso no Iluminismo –John Locke (1632 - 1704), Montesquieu (1689 - 1755), Voltaire (1694 - 1778), Jean Jaques Rosseau (1712 - 1778).
O século XVIII foi um período relevante para o Direito Civil pelo surgimento de codificações sobre a matéria.
A Idade Moderna marcou a luta pelo reconhecimento dos direitos civis e liberdades individuais.
O Direito na Inglaterra e o common law:sistema jurídico onde as decisões judiciais surgema partir de outras decisões dos tribunais.
O Direito não decorre das leis, mas, sim, da jurisprudência (principal fonte do Direito).
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03 – Seção 1: Direito, Normas e Hermenêutica jurídica. Fontes e princípios do Direito.
Direito deve ser entendido como produto tipicamente humano e social.
O homem é percebido como um ser ambíguo, ao mesmo tempo um ser que, pela sua ação, cria, modifica e transforma as estruturas do mundo, e delas faz parte como simples elemento estrutural.
Direito Positivo tem valia a partir da força de uma decisão (legislativa, judiciária, administrativa). 
Assim, “todas as valorações, normas e expectativas de comportamento na sociedade têm que ser filtradas através de processos decisórios antes de poder adquirir a validade”. Ou seja, adequação do Direito à realidade em rápida mutação.
Por exemplo: a rescisão de um contrato de locação de imóveis pode ser proibida, de novo permitida, dificultada.
O ser humano é o objeto central do Direito.
O ser humano por seu comportamento entra em conflito, cria normas para solucioná-lo, decide-o, renega suas decisões.
1. Relação entre conflito e decisões (possibilidades de decisões para um conflito possível) – Direito como um sistematizador de regras para a obtenção de decisões;
2. Relação entre hipótese do conflito e a hipótese de decisão (verificação dos significados da ação humana) – Direito como atividade interpretativa, compreensivo do comportamento humano;
3. Busca das condições de possibilidade de uma decisão hipotética para um conflito hipotético – Direito como um investigador das normas de convivência – ou seja, sistema explicativo do comportamento humano controlado por normas.
Teoria da norma: Vejamos a definição de Direito por von Jhering (Teoria Imperativista da Norma): direito é o conjunto de normas coativas válidas num Estado.
Conteúdo da norma é uma proposição, um pensamento, uma orientação para a ação humana. 
Norma é uma regra a qual devemos nos guiar.
Caráter de orientação que visa a ação humana (moral).
Relação entre vontades – imposição de orientações de comportamento.
Relação de império – são interpessoais, não existem na natureza.
Norma: imperativo abstrato dirigido ao agir humano.
Teoria da interpretação (Hermenêutica):Não existe norma sem interpretação. 
No século XIX (1814), havia o entendimento de que a interpretação era a determinação do sentido textual da lei. 
Interpretação gramatical –sentido vocabular da lei;
Interpretação lógica – sentido proposicional;
Interpretação sistemática – sentido global;
Interpretação histórica – sentido genético.
Após 1814, surge a questão: Qual é o paradigma para se reconhecer que uma interpretação do texto da lei é autêntica?
Savigny afirma que interpretar é compreender o pensamento do legislador manifestado no texto da lei.
Doutrina subjetivista: toda a interpretação é basicamente uma compreensão do pensamento do legislador (interpretação “ex tunc” – desde o aparecimento da norma).
Doutrina objetivista: a interpretação não depende até certo ponto do sentido que quis o legislador (interpretação “ex nunc” – situação atual em que ela se aplica). 
Técnicas interpretativas: servem para interpretar textos e suas intenções visando a uma finalidade prática.
O jurista deve conhecer tendo em vista as condições de aplicabilidade da norma.
Fontes e princípios do Direito – meios pelos quais o Direito se manifesta em um ordenamento jurídico.
Fontes formais (expressões do Direito): lei e costume (fontes formais diretas, primárias ou imediatas), doutrina, analogia, os princípios gerais do Direito, equidade e jurisprudência (fontes formais indiretas, secundárias ou mediatas). Instrumentos pelos quais o Direito se manifesta perante a sociedade.
Fontes materiais (autoridade que emite o Direito): instituições ou grupos sociais que possuem capacidade de editar normas tais como o Congresso Nacional, Poder Executivo, as Assenbleias legislativas estaduais.
O estudo das fontes é matéria da Filosofia e da Sociologia do Direito. 
A Lei:
No sistema brasileiro (sistema romano-germânico) - a lei prepondera como centro gravitador do Direito. As outras fontes se sujeitam à lei.
Todo o raciocínio jurídico terá sempre em mira a codificação.
Os códigos representam a legislação integral ou principal dos campos do Direito.
No sistema Common Law (países de língua inglesa – Inglaterra, Austrália, Nova Zelândia, Índia e Quênia) – a lei é vista como uma das fontes do Direito. Aqui o juiz produz o Direito independentemente da obra do legislador, pois a lei não é seu ponto central de raciocínio.
O juiz românico parte da lei para qualquer reflexão, recorrendo às outras fontes como complemento de sua convicção.
03 – Seção 1: Direito, Justiça, Ciência e Sociedade
O fim do Direito é buscar permanentemente a justiça. Essa é a finalidade que define e justifica o Direito. A Justiça deve ser vista como um valor, como uma realidade axiológica. 
Os valores, como vimos, são qualificações que nascem das pessoas. O ser humano atribui valores positivos e negativos às coisas e às pessoas. Quando algo é indiferente à pessoa, não há valor que lhe seja atribuído, ou, quando muito, esse valor é neutro, pois o bem ou a coisa não é importante nem desimportante. A partir de certa relevância, há valores que passam a ser considerados: ocorre a valoração.
O domínio dos valores pressupõe escolha de um caminho, atribuição de um qualificativo, uma seletividade, ou seja, uma tomada de posição. “Um valor inferior deverá nomeadamente ser sacrificado para a consecução dum valor superior” (Ascensão, 2003:183). A cultura em geral surge como uma realização de valores.
Há, por outro lado, valores próprios do Direito. Nesse sentido, há que se deduzir que nos valores há uma polaridade, valores positivos ou negativos e uma hierarquia, como vimos, uma escala de valores.
 Valores mais ou menos importantes. Também o desonesto ou transgressor da lei possui sua própria escala de valores, valores não protegidos pelo Direito e pela Justiça e não aceitos pela maioria da sociedade, mas, sem dúvida, valores. 
Assim, as organizações criminosas, inclusive as de colarinho branco que se enraízam pelo País, possuem valores próprios, rebaixando por vezes ao máximo a importância atribuída à vida e à dignidade humana.
 Para o homicida contumaz, a vida está colocada nos últimos degraus de sua escala de valores; para o desonesto, corrupto e corruptor, a conduta proba se coloca nesse mesmo patamar ignóbil.
O homem virtuoso coloca os valores como a família, a paz, a dignidade humana, o respeito mútuo, o trabalho, a conduta honesta e conforme o Direito no cume de sua escala de valores. Cada um de nós escolhe na verdade o seu caminho, mais ou menos trilhado, mais ou menos conhecido. Escolher um caminho significa dar proeminência mais a um valor do que a outro. A palavra axios, do grego, significa apreciação, estimativa. Trata-se, destarte, de uma avaliação axiológica.
Justiça:
Interessa-nos a Justiça referente à conduta humana. Cuida-se da justiça como conduta ética e essencialmente social. A justiça, por esse lado, pode ser examinada sob o prisma exclusivamente objetivo, como no brocardo: dar a cada um aquilo que é seu.
“O seu objeto é, precisamente, o direito de cada um, quer dizer, o que é devido a uma pessoa e por esta pode ser exigido”(Chorão, 2000:79). Essa noção é essencialmente jurídica e confunde-se quase que completamente com o Direito. A questão desloca-se na maioria das oportunidades não simplesmente em dar a cada um aquilo que é seu, mas em o que deve ser atribuído a cada um, como veremos (Nader, 2003:101).
No entanto, a Justiça como virtude extrapola a acanhada fronteira das normas e do Direito para se projetar no âmago da conduta social, na atitude de cada ser humano. Sob esse aspecto, a noção de Justiça é muito mais ampla do que a de Direito.
Lembra Mário Bigotte Chorão que no ambiente judaico-cristão enraíza-se a noção de justiça como “plenitude moral e observância da vontade divina”, carreando a ideia dejusto ao homem virtuoso (2000:77). Essa ideia, na verdade, sempre acompanhou desde então a cultura ocidental.
Há, portanto, aspectos particulares de cada indivíduo ou grupo social que devem ser levados em conta para a correta aplicação da justiça. Há desigualdades sociais que devem ser tratadas desigualmente. Esse também é o sentido de igualdade que se encontra na justiça.
“A justiça, como o direito, não é uma simples técnica da igualdade, da utilidade ou da ordem social. Muito mais do que isso, ela é virtude da convivência humana. E significa, fundamentalmente uma atitude subjetiva de respeito à dignidade de todos os homens” (Montoro, 2000:126).
Não pode ser vista a justiça como o sentimento que cada um tem de si próprio, sua ideia de bem-estar ou felicidade, mas sim o reconhecimento de que cada um deve respeitar o bem-estar, a existência e a dignidade dos outros membros da sociedade.
(06/05/2022 – 6ª Aula)
Origem e evolução dos Estados:
Teoria da origem familiar – o Estado deriva de um núcleo familiar cuja autoridade pertencia ao patriarca. Grécia, Roma e Israel tiveram essa origem, conforme a tradição.
O Estado nasce da família em seus mais básicos elementos: unidade de poder, primogenitura, inalienabilidade do domínio territorial.
O Estado se forma pela reunião de várias famílias – Ex.: Grécia: grupos de clãs – gens – fratria – tribo – Estado-Cidade (polis). 
Teoria da origem patrimonial – Platão disse que o Estado se origina da união das profissões econômicas.
Cícero dizia que o Estado podia ser explicado como uma organização destinada a proteger a propriedade e regulamentar as relações de ordem patrimonial.
Teoria da força – chamada de origem violenta do Estado. Dominação dos mais fortes sobre os mais fracos. “o Estado é inteiramente, quanto à sua origem, e quase inteiramente, quanto à sua natureza, durante os primeiros tempos da sua existência, uma organização social imposta por um grupo vencedor a um grupo vencido, destinada a manter esse domínio internamente a proteger-se contra ataques exteriores”.
Origem do Estado: Teoria da origem familiar – matriarcal; patriarcal.
Teoria patrimonial.
Teoria da força.
O poder do governo sempre precisou de crenças para legitimar o comando quanto para legitimar a obediência.
O Estado observado em face da evolução da humanidade:
a) Sobrenatural (Estado divino);
b) Da lei ou da razão (Estado humano);
c) Da história ou da evolução (Estado social).
Justificação do Estado – Teorias teológico-religiosas: Teoria do direito divino sobrenatural e Teoria do direito divino providencial.
Teorias racionalistas: Jusnaturalismo; Contratualismo de Hobbes e Contratualismo de Rousseau. 
Teorias idealistas: Panteísmo; Organicismo e Neopanteísmo.
Teorias socialistas: Totalitárias.
Teorias sociais democráticas.
Teoria do direito divino sobrenatural:
Estado fundado por Deus através de ato manifesto por Ele próprio. O rei é sacerdote, representante de Deus e governador civil – Índia, Pérsia, Egito, China, Japão, Assíria. 
A concepção teocrática de poder não continuou no mundo medieval (cristianismo), mas ressurgiu no fim da Idade Média (absolutismo monárquico).
Teoria do direito divino providencial: 
Dominante na Idade Média e nos tempos modernos (mais racional). 
Deus dirige providencialmente todas as coisas, inclusive a formação do Estado, ou seja, o poder vem de Deus através do povo.
Jusnaturalismo: 
Produto da razão humana.
O Estado nasceu de um acordo consciente entre os indivíduos. Aqui, vê-se que o direito divino dos reis cede lugar ao direito humano.
...“acima do direito positivo, contingente, variável, estabelecido pela vontade dos homens, há um direito natural, imutável, absoluto, independente do tempo e do espaço, decorrente da própria natureza humana...”.
Estado é uma realidade perfeita de homens livres que tem por finalidade a regulamentação do direito e a consecução do bem-estar coletivo.
Contratualismo de Hobbes: deve haver uma submissão física e espiritual ao poder diretivo, em benefício da paz social e da segurança de todos. O homem deve se sujeitar ao Estado. Delegação ao Estado do direito necessário à manutenção da paz e segurança do povo.
Contratualismo de Rousseau: 
O Estado resulta da vontade do povo. Vontade manifesta pela maioria dos indivíduos. O povo é maior que o rei. Não existe direito divino da coroa.
A soberania nacional é ilimitada, total e inconstrangível. 
O governo é instituído para promover o bem comum do povo, e somente é suportável enquanto justo.
Panteísmo:
Sistema filosófico que integra em uma só realidade: Deus e o mundo.
O sujeito e o objeto são identificados no absoluto – o absoluto manifesta-se em todas as coisas, inclusive no Estado. O direito é inerente a Deus e é manifesto através do Estado.
Organicismo: 
O Estado é um organismo natural semelhante aos organismos vivos sujeito às mesmas leis biológicas. Trata-se de um superser, um ser coletivo.
Indivíduos – membros do Estado;
Alma, religião, cultura – órgão pensante;
Braços – funcionalismo;
Pés – comércio, trabalho;
Aparelho digestivo – economia;
Sistema circulatório – produção e consumo;
Pátria – entidade moral;
Território – estrutura física;
A paz é a saúde do Estado.
As crises políticas e sociais correspondem aos processos que podem levar o Estado à perda da saúde e à morte.
O organismo é o Estado ou a sociedade?
Neopanteísmo:
A comparação agora é com organismos psicológicos ou éticos.
______________________________________________________
Formas de Estado
 População, território e governo.
Classificações de Estado – Estado nacional: Japão; Estado plurinacional: Grã-Bretanha; Estado central: Paraguai; Estado marítimo: Chile.
(13/05/2022 – 6ª Aula)
Teorias socialistas:
Socialismo utópico: visava a uma sociedade perfeita, sem injustiças e com distribuição das riquezas. Platão, em A República, manifestou esse tipo de sociedade. Baseava-se no ideal de Morus (ilha não existia a propriedade privada e nem o poder da religião). Autogoverno dirigido por trabalhadores organizados em cooperativas. 
Anarquismo: todo o ser humano é capaz de autogovernar-se através da convivência comunitária. Estrutura sem regras, autoridades, hierarquias. Valorizava-se a liberdade natural de cada indivíduo. São contra qualquer tipo de Estado.
Socialismo científico: Karl Marx, seu fundador. As lutas de classes que transformam a sociedade. 
Teorias sociais democráticas:
Quais são as características de uma sociedade democrática?
Uma teoria sustenta que a democracia exige três princípios fundamentais: 1) a soberania reside nos níveis mais baixos de autoridade; 2) igualdade política e 3) normas sociais pelas quais os indivíduos e as instituições só consideram aceitáveis atos que refletem os dois primeiros princípios citados.
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Para pensar: Num Estado sem direitos fundamentais e sem divisão de poderes não existe Constituição.
Estado democrático de Direito:
Diz-se que o surgimento do estado democrático de direito se deu quando se conseguiu por limites à atividade estatal por meio da lei. O Estado se submete às próprias leis por ele criadas. 
Estado de direito: Estado submetido ao Direito. Seu poder e atividades estão submetidos à lei.
O Estado deve atender às exigências abaixo:
a) Império da lei – expressão da vontade geral;
b) Divisão de poderes – legislativo, executivo e judiciário;
c) Legalidade da Administração – atuação conforme a lei;
d) Direitos e liberdades fundamentais – garantias jurídicas legais. 
Modelos de Estado de Direito:
Concepção liberal de Estado – atendia às exigências da burguesia – atendia apenas aos interesses de uma classe social. Modelo unilateral. Ocorreram na Rússia e na China do século XX.
Estado social de Direito – visava à correção do individualismo liberal. Não conseguiu realizar a democratização econômica e social.
Estado Democrático de Direito – integração dos valores da liberdade, igualdade e democracia.
Objetivos do Estado Brasileiro: artigo 3º da /CF/1988.
Atingimento do bem comum: proteção (segurança,ordem e paz) do indivíduo e a promoção (avanço e aperfeiçoamento) do indivíduo.
O povo como elemento constitutivo do Estado:
Povo – elemento subjetivo, pessoal. Possui vínculo jurídico. Conjunto de cidadãos de um Estado.
População – expressão numérica, demográfica, econômica – conjunto de pessoas que estão no território de um Estado.
Para pensar: Povo e população não podem ser considerados sinônimos.
Nação – designa laços históricos e culturais de uma sociedade (língua comum, identidade de crenças).
Povo na perspectiva subjetiva é elemento essencial do Estado – partícipe do poder público do Estado.
Na perspectiva objetiva, povo é o destinatário da atuação estatal e sofrerão os efeitos das decisões do Estado.
Direito de nacionalidade: requisito pertencente ao elemento humano (povo) do Estado (art. 12, CF). O povo (residente) tem as mais diversas relações com o território onde está situado.
Nacional: pessoa vinculada ao território estatal onde reside por nascimento ou naturalização. (Nacionalidade sem cidadania) – Exemplos: menor de 16 anos e o condenado criminal com trânsito em julgado. Brasileiro naturalizado não alistado.
Cidadão: é o nacional (por nascimento ou naturalização) no gozo dos direitos políticos, ou seja, os participantes da vida política do Estado (arts. 1º, II e 14 da CF).
O cidadão participa do governo e possui direito de ser ouvido por seu representante político. (Cidadania sem nacionalidade) – Exemplo: português equiparado que vota e pode ser votado no Brasil, mas que não se naturalizou (art. 12, § 1º, CF).
(20/05/2022 – 7ª Aula)
Direito de Cidadania – gozo dos direitos políticos – poder popular
Cidadania requer o gozo dos direitos políticos e a participação na vida política do Estado (necessário que seja eleitor). O cidadão participa direta ou indiretamente do governo, da organização e do funcionamento do Estado.
A participação do povo (cidadania) no governo (vida política) através de seus representantes (candidatos eleitos) exigiu a estruturação de um conjunto de normas jurídicas (direitos políticos) que regula a atuação da soberania popular (arts. 14 a 16,CF). 
Soberania popular (art. 1º, § único, CF): o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente. (Regime representativo e a democracia participativa – Direito Constitucional).
Somente os nacionais e o português equiparado podem exercem a soberania popular se estiverem no gozo dos direitos políticos.
Natureza do poder popular: relacional, ou seja, estabelecida entre os sujeitos. Um deles detém o poder, o outro a ele se submete. 
Exercício efetivo da soberania popular, poder popular: É o povo através do voto quem escolhe seus representantes legais.
Estado e Democracia
Não há Estado sem um correspondente regime de governo.
A democracia é possível no Estado contemporâneo?
No passado:
“a virtude política, que é a sabedoria para mandar e obedecer, só pertence àqueles que não têm a necessidade de trabalhar para viver, não sendo possível praticar-se a virtude quando se leva a vida de artesão ou de mercenário” – Aristóteles.
Democracia na Antiguidade: liberdade de opinião ou de expressão (isagoria), igualdade de todos perante a lei sem diferença de grau, classe ou riqueza (isonomia), livre acesso de todos ao exercício das funções públicas (isotimia).
A democracia somente se afirmou a partir do século XVIII no mundo ocidental.
A democracia implica na consciência do povo que ”quem detiver o poder legislativo ou o poder supremo de qualquer comunidade, obriga-se a governá-la mediante leis estabelecidas, promulgadas e conhecidas do povo, e não por meio de decretos que surpreendam o povo”.
Características do Estado Democrático do século XVIII:
1. Supremacia da vontade popular, com a possibilidade de participação do povo na tomada de decisões do governo;
2. Preservação da liberdade, com o reconhecimento de direitos e a não interferência do Estado na esfera particular;
3. Igualdade de direitos, com a proibição de tratamento diferenciado em razão de classes ou motivos econômicos. 
Democracia (regime de governo) no tempo presente: 
O que é democracia? 
Democracia direta: poder exercido diretamente pelo povo (não há intermediários ou representantes). Como seria isso na prática? Cidadãos congregados para fazer leis, administrar...
Democracia indireta ou representativa: poder exercido pelo povo indiretamente, ou seja, através de representantes eleitos. O povo confere a alguns, mandato para o exercício do poder político.
 A Democracia indireta ou representativa, somente é eficaz quando o povo tem plenas condições de compreender o debate e as opções apresentadas.
Democracia semidireta (direta + indireta): a atuação do povo não se limita à eleição de representantes, compreende também a tomada de decisões pelo povo. Exemplos: referendo (perguntar ao povo se ele confirma ou não uma decisão já tomada por seus representantes); plebiscito (após o resultado da opinião do povo é que serão adotadas as medidas legislativas ou administrativas); iniciativa popular (propositura de novas leis ou emendas à Constituição por um número determinado de eleitores); veto popular (parcela do eleitorado requer que uma lei já publicada seja submetida à aprovação ou rejeição); revogação (promoção pelo povo de antecipar o término de mandato eletivo).
 Verificar na CF/1988 – artigo 14, I e II - Democracia semidireta.
Plebiscito e referendo no Brasil – Lei nº 9.709/1998.
Iniciativa popular - CF/1988 – artigo 61, §2º / artigo 29, XIII. 
Democracia do futuro: crise na legitimidade dos partidos políticos e fragilidade dos institutos de manifestação direta do povo.
a) Partidos Políticos: entes intermediários entre a sociedade e o Estado – artigos 5º, XVII; 17, CF e lei 9096/95.
Características:
1. Organização durável (estabilidade): superior à de seus dirigentes no poder;
2. Organização local bem estabelecida;
3. Vontade de chegar ao poder não simplesmente para influenciá-lo;
4. Preocupação de buscar o suporte popular.
Função: visam à alteração do exercício do poder estatal.
Regime jurídico e Natureza jurídica: Pessoa jurídica de Direito Privado.
Existência no mundo jurídico: Registro no Serviço de Registro Civil de Pessoas Jurídicas e registro do Estatuto no TSE.
(27/05/2022 – 8ª Aula)
O modelo democrático representativo é um ambiente de promessas não cumpridas.
1. Vontade geral como centro do poder;
2. Busca os interesses de alguns;
3. Manutenção das oligarquias;
4. Poder do povo é limitado;
5. Atuação duvidosa dos representantes eleitos;
6. Problema da cidadania – povo apático e desinteressado. 
Democracia participativa: “A democracia está em crise, não mais nos sentimos representados, não mais o povo é invocado de maneira autêntica, ora é mero ícone, ora é apenas faceta do que deveria ser um todo. Necessário um novo pressuposto, calcado em possibilitar o máximo desenvolvimento das garantias individuais e de assegurar que o Estado cumpra suas funções constitucionalmente estabelecidas. É a participação irrestrita que caracterizará a democracia participativa, mesclando-se com o amplo acesso ao Poder Judiciário – que surge no cenário democrático como autêntico protagonista. Nessa senda, como meio de inclusão de qualquer cidadão, o processo adquire relevo em seu aspecto político (para além do jurídico), como instrumento que possibilita ao juiz avaliar os múltiplos interesses hierarquizados pela sociedade e, por fim, dar vida ao direito, concretizando, assim, o pressuposto democrático”.
Formas de Estado: Estado Federal/Federação, Estado Unitário.
Sistema de governo: Parlamentarismo, Presidencialismo, Semipresidencialismo.
Formas de governo: Monarquia, República.
Formas de Estado: 
Estado Unitário: o poder é centralizado em uma única esfera. Não há descentralização administrativa. Único centro de poder onde se concentram as funções legislativa, executiva e judiciária. Ex: Vaticano, Mônaco. 
Estado federal (Federação): Estado soberano pela união perpétua e indissolúvel de Estados-membros (entes federativos) sob a égide de uma Constituição.Artigo 1º, CF/88; artigo 60,§4º, I, artigo 18, CF/88.
Vantagens: maior proximidade do cidadão com o Poder Público e a divisão do Estado em entes federativos diminui a possibilidade de concentração do poder.
Desvantagens: Maior burocracia e possíveis problemas orçamentários.
Confederação: União permanente de dois ou mais Estados soberanos que se reúnem para determinado fim (defesa, econômico ou político).
	
	Natureza jurídica
	Forma de criação
	Natureza jurídica dos membros
	Possibilidade de secessão 
	Relacionamento com o cidadão
	Federação
	Estado soberano
	Constituição
	Estados-membros
	Vedada
	Direto entre o Estado e o cidadão
	Confederação
	União entre os Estados
	Tratado, pacto, convenção
	Estados soberanos
	Permitida
	Confederação não se relaciona diretamente com o cidadãos dos Estados
Formas de governo: se relaciona entre governantes e governados.
Governo: conjunto de órgãos do Estado que colocam em prática as deliberações legislativas.
Para o historiador Políbio, as formas de governo são: monarquia, tirania, aristocracia, oligarquia, democracia, oclocracia (governo das massas).
Para Maquiavel – forma de governo bipartida: república (aristocracia e democracia) e principado (monarquia).
República – república parlamentar e presidencialista.
Monarquia – absolutista, constitucional / parlamentar.
Para Thomas Hobbes – o governo consiste na existência de um poder soberano indivisível e responsável pela condução do Estado.
Para Jean Bodin – formas de governo: monarquia, aristocracia e democracia (república popular).
Para Montesquieu – república (povo possui o poder soberano de governar); monarquia ou principado (o pode é governado por um indivíduo mediante normas preestabelecidas); despotismo (poder é governado ao prazer de um indivíduo sem a observância de normas).
Sistemas de governo (presidencialismo, semipresidencialismo, parlamentarismo): tipos de exercício das funções do poder político para o funcionamento político de um Estado.
O sistema de governo se relaciona entre os Poderes.
1. Presidencialismo – sistema de governo nascido nos EUA. Presidente eleito por meio do voto. Exerce as funções de chefe de Estado e de Governo.
1.1. Escolha do presidente deve ocorrer através de eleições populares;
1.2. O Presidente não pode ser demitido pelo voto parlamentar.
1.3. O Presidente chefia o governo.
Artigos 84 a 86 da CF/1988. 
2. Semipresidencialismo – mescla entre o presidencialismo e o parlamentarismo. Sistema originário na França.
O poder é compartilhado entre o primeiro-ministro e o presidente. Presidente exerce a função de chefe de Estado e o primeiro-ministro exerce a função de chefe de governo.
3. Parlamentarismo – sistema de governo representativo. Originário no Reino Unido (Revolução Inglesa). 
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	Presidencialismo
	Parlamentarismo
	Definição
	O presidencialismo é um sistema de governo em que o presidente é o Chefe de Estado e Chefe de Governo. Este presidente é o responsável pela escolha dos ministros e deve submeter seus projetos de lei ao parlamento.
	Parlamentarismo é um sistema de governo em que o Poder Legislativo (parlamento) define o representante do Poder Executivo. Todos os projetos, leis e outras decisões do governo são submetidos a votação do parlamento.
	Poder executivo
	Exercido pelo Presidente da República.
	Primeiro-Ministro (em alguns países é chamado de Chanceler, Presidente do Conselho de Ministro, Presidente do Governo).
	Escolha do representante
	Por meio de voto direto do povo. Nos Estados Unidos, o presidente é eleito por um colegiado.
	O primeiro-ministro é escolhido pelo parlamento, por meio da maioria de votos internos. Ele também pode ser escolhido pelo Chefe de Estado através de uma lista fornecida pelo parlamento.
Por sua parte, o parlamento é escolhido pelos cidadãos.
	Tempo de mandato
	Depende do país. No Brasil, o mandato é de 4 anos, já na França é de cinco anos.
A possibilidade de reeleição também depende das leis de cada país.
	Indefinido.
Em certos países há eleições a cada quatro ou cinco anos.
	Onde surgiu
	Estados Unidos
	Inglaterra Medieval
	Função do parlamento
	Fiscalizar, debater leis que sejam sugeridas pelo Executivo e ser um contrapeso aos atos do mesmo.
	Todas as decisões do governo passam pelo parlamento. Ele também é responsável pela escolha do Chefe de Governo.
	Chefia de Estado
	Está concentrado na mesma pessoa que exerce a chefia de governo.
	O chefe de Estado (rei ou presidente) é exercido por outra pessoa e esta não possui responsabilidades políticas.
	Interrupção do governo
	Em caso de falecimento ou por meio do Impeachment. Este só acontece apenas em casos de crimes de responsabilidade, cassação por crime eleitoral ou crime comum durante o mandato.
	O parlamento tem o poder de substituir o Chefe de Governo. Em caso de suspeita de corrupção, pode ser aprovado o voto de censura.
	Exemplos
	Brasil, Estados Unidos, Argentina, Uruguai
	Canadá, Inglaterra, Suécia, Itália, Alemanha, Portugal
	Divisão de Poderes
	No presidencialismo, o presidente exerce o Poder Executivo, enquanto os outros dois poderes (Legislativo e Judiciário) possuem autonomia.
	O Poder Executivo necessita da aprovação do parlamento para ser formado.
No entanto, há independência entre os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo.
	Em qual regime de governo pode ser aplicado?
	República
	Monarquia e república
1. Formas de Estado (Estado Federal/Federação, Estado Unitário), Sistema de governo (Parlamentarismo, Presidencialismo, Semipresidencialismo), Formas de governo (Monarquia, República), são fundamentais para a existência de um Estado propriamente dito. Diante das alternativas a seguir, marque a CORRETA. 
a) Em países de regime parlamentarista, como no Brasil, o Chefe de Estado é o Ministro das Relações Internacionais e o Chefe de Governo é o Presidente da República, que como função precípua representar o Estado Federal na comunidade internacional e da unidade do Estado, em nível interno. 
b) O Brasil adota um sistema de governo presidencialista, no qual o principal representante do Executivo é o presidente da República, que desempenha o papel de chefe de Estado e de Governo. 
c) A Forma de Governo relaciona-se com o modo como interagem o Poder Executivo e o Poder Legislativo nas funções governamentais. São formas de governo o Presidencialismo e o Parlamentarismo.
d) Têm-se como Forma de Governo um conjunto de instituições políticas, por meio das quais um Estado se organiza, a fim de exercer seu poder sobre a sociedade. A Forma de Governo pode assumir Confederação, Estado Unitário ou Federação. 
e) No Brasil, o Regime de Governo é a democracia, tendo um poder central exercido por um Presidente, que reparte sua governança entre os Estados Federados. 
3. O sistema de freios e contrapesos permite que um poder fiscalize e controle os demais poderes, de forma que nenhum deles seja mais forte que os outros. 
Certo ( ) 
Errado ( ) 
4. Com relação ao presidencialismo, julgue o item a seguir. O sistema de governo nos estados e municípios brasileiros adota a mesma organização e estrutura formal do sistema adotado na esfera federal. 
Certo ( ) 
Errado ( ) 
5. Dada a duração dos mandatos do presidente da República e dos parlamentares, o que estabelece regra mais previsível para governo e oposição, é correto afirmar que há uma relação positiva entre o sistema presidencialista, de um lado, e estabilidade política e democracia, de outro. 
Certo ( ) 
Errado ( ) 
6. Nos governos presidencialistas, a separação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo é tênue porque o governo procura compor uma maioria de parlamentares no Congresso, que sirva de base às políticas governamentais. 
Certo ( ) 
Errado ( ) 
7. Saber a forma de governo de determinado Estado é o mesmo que saber quem deve exercer o poder e como este se exerce. 
Certo ( ) 
Errado ( ) 
_______________________________________________________
1. Formas de Estado, Sistema, Forma e Regime de governo, são fundamentais para a existência de um Estado propriamente dito.Diante das alternativas a seguir, marque a CORRETA:
a) Em países de regime parlamentarista, como no Brasil, o Chefe de Estado é o Ministro das Relações Internacionais e o Chefe de Governo é o Presidente da República, que como função precípua representar o Estado Federal na comunidade internacional e da unidade do Estado, em nível interno.
b) O Brasil adota um sistema de governo presidencialista, no qual o principal representante do Executivo é o presidente da República, que desempenha o papel de chefe de Estado e de Governo.
c) A Forma de Governo relaciona-se com o modo como interagem o Poder Executivo e o Poder Legislativo nas funções governamentais. São formas de governo o Presidencialismo e o Parlamentarismo.
d) Têm-se como Forma de Governo um conjunto de instituições políticas, por meio das quais um Estado se organiza, a fim de exercer seu poder sobre a sociedade. A Forma de Governo pode assumir Confederação, Estado Unitário ou Federação.
e) No Brasil, o Regime de Governo é a democracia, tendo um poder central exercido por um Presidente, que reparte sua governança entre os Estados Federados.
2. Levando em conta a diferença doutrinária entre formas de Estado, formas de governo e regimes de governo, assinale a alternativa que corresponde à forma de governo adotada na Constituição Federal de 1988 (CF):
a) Federação.
b) Parlamentarismo.
c) República.
d) Presidencialismo.
e) Confederação.
3. No que se refere aos princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item seguinte.
República é uma forma de governo fundamentada na igualdade formal entre as pessoas, na qual o poder político é exercido por meio de representação, em caráter eletivo e por um período determinado de tempo:
Certo ( )
Errado( )
4. A República, Federação e Presidencialismo são, para a Constituição de 1988, respectivamente:
a) Forma de Governo, Forma de Estado, Sistema de Governo.
b) Forma de Estado, Sistema de Governo, Regime de Governo.
c) Sistema de Governo, Regime de Governo, Forma de Estado.
d) Forma de Estado, Regime de Governo, Sistema de Governo.
e) Sistema de Governo, Forma de Estado, Sistema de Estado.
5. Sistema de governo pode ser definido como a maneira pela qual se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. Acerca da organização e estrutura do Estado, assinale a alternativa CORRETA:
a) O Brasil adotou como sistema de governo a República, o presidencialismo como forma de governo e a Federação como forma de Estado
b) O Brasil adotou como forma de governo a Monarquia, o parlamentarismo como sistema de govemo e a Federação como forma de Estado.
c) O Brasil adotou como forma de Estado a República, o presidencialismo como forma de governo e a Federação como forma de governo.
d) O Brasil adotou como forma de governo a República, o presidencialismo como sistema de governo e a Federação como forma de Estado.
6. Um regime é presidencial se o chefe de Estado é eleito pela população, lidera ou dirige os governos que nomeia, e não está sujeito a afastamento por voto parlamentar:
Certo ( )
Errado ( )
7. O conceito de Democracia é central na teoria e na prática política. Os seguintes enunciados referem-se a essa noção. Assinale a opção correta:
a) A adoção de sistemas de representação permite que os representados participem diretamente dos processos decisórios.
b) A democracia contemporânea herdou da democracia grega a mediação política, os processos eleitorais e as instituições parlamentares como representantes dos eleitores.
c) O regime democrático, como entendido no mundo ocidental contemporâneo e pelas principais correntes teóricas da Ciência Política, afasta-se, sob muitos aspectos de forma irreconciliável, do sentido em que o termo era originalmente empregado na Grécia antiga.
d) A construção da democracia só é possível mediante um processo de educação política conduzida pela elite política, como sustentaram, no século passado, os governos militares latino-americanos.
e) Para os gregos, o sufrágio pelo sorteio é da natureza da democracia; enquanto o sufrágio pela escolha é da natureza da aristocracia.
8. De acordo com a doutrina, um dos elementos essenciais da Federação:
a) centralização político-administrativa.
b) possibilidade de intervenção.
c) participação das vontades parciais na vontade geral.
d) existência de um só órgão legislativo com jurisdição nacional.
e) autonomia legislativa.
9. São consideradas finalidades básicas do princípio da indissolubilidade do Estado Federativo:
a) não secessão e a necessidade de coexistência harmoniosa.
b) normatização interna própria e a autonomia relativa.
c) capacidade de auto-organização e a soberania relativa.
d) soberania mitigada e a repartição territorial.
e) unidade nacional e a necessidade descentralizadora.
10. O Estado Federado Brasileiro compreende a União, com soberania, e as seguintes entidades estatais, com autonomia política, administrativa e financeira:
a) os Estados
b) os Estados e os Municípios
c) os Estados e o Distrito Federal
d) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
11. A República Federativa do Brasil tem por meta construir:
a) o equilíbrio nos cofres públicos.
b) o futuro pacífico da nação.
c) a paz e a fortuna entre os Estados.
d) uma sociedade livre, justa e solidária.
12. Todo cidadão é um nacional:
a) e também todo nacional é um cidadão.
b) mas nem todo nacional é cidadão.
c) desde que tenha pais brasileiros.
d) o inverso é verdadeiro.
13. Cidadão é o nacional que:
a) é filho de pais brasileiros.
b) nunca sofreu condenação no estrangeiro.
c) está na fruição dos seus direitos políticos.
d) residiu a vida toda no Brasil.
14. Quаndо о сіdаdãо ехеrсе ѕеu dіrеіtо роlítісо реlо vоtо, dіzеmоѕ quе ѕе trаtа dе um(а):
a) Dеmосrасіа rеvоluсіоnárіа
b) Моnаrquіа соnѕtіtuсіоnаl
c) Rерúblіса раrlаmеntаrіѕtа
d) Dеmоcrасіа rерrеѕеntаtіvа
15. “A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”.
(DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14)
De que maneira uma pessoa pode ter impedido o seu direito à cidadania política?
a) Exercendo seu direito à liberdade de expressão.
b) Através do voto ou da participação em sindicatos e movimentos sociais.
c) Não estando filiada a um partido político.
d) Não tendo garantido os direitos políticos ou os meios necessários para uma participação efetiva.
16. O chefe de governo da forma de governo denominada república deve, obrigatoriamente, ser escolhido de forma direta pelo povo, por meio do sufrágio. 
Certo ( ) 
Errado ( )
17. Corresponde à forma de Estado, à forma de governo e ao sistema de governo brasileiros, respectiva e corretamente: 
a) Estado unitário, República e presidencialismo.
b) Federação, República e presidencialismo. 
c) República, Federação e parlamentarismo. 
d) Monarquia constitucional, Estado unitário e parlamentarismo.
18. As noções de democracia e cidadania são intimamente relacionadas, mas designam conceitos diferentes. Nesse sentido, assinale a alternativa que melhor relaciona o conceito de cidadania com o de democracia:
a) O indivíduo só pode ser considerado cidadão se inserido num regime democrático, não se podendo falar em cidadania em outras formas de governo.
b) O cidadão que vota, vota unicamente para eleger os seus representantes, por isso não se pode confundir os conceitos de democracia e cidadania.
c) A relação entre cidadania e democracia reside na ideia de que, ao exercer a sua participação na vida política do seu país, o indivíduo age em prol da coletividade e para dar melhor destinação às coisas públicas.
d) O regime democrático impõe sempre a obrigatoriedade do voto. Assim, não se pode falar em exercício da cidadania nos países em que o voto não é obrigatório.
 19. Marque Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) Democracia direta significa o poder exercido diretamentepelo povo.
( ) Democracia indireta ou representativa é aquela cujo poder é exercido pelo povo indiretamente, ou seja, através de representantes eleitos.
20. Marque Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) A Democracia indireta ou representativa somente é eficaz quando o povo tem plenas condições de compreender o debate e as opções apresentadas.
( ) A Democracia semidireta representa a atuação do povo que não se limita apenas à eleição de representantes, compreende também a tomada de decisões pelo povo.

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