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Gremaud - Capitulo 15

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Capítulo 15 – Da crise ao milagre (1960 – 1973)
Crise dos anos 60
Queda no crescimento e aumento da inflação (63/64) decorrentes do Plano de Metas de JK.
Causas (diferentes pontos de vista – político ou econômico):
Instabilidade política: Jânio Quadros ( Jango (parlamentarismo e presidencialismo) ( Golpe militar – impede manutenção de política econômica consistente e inibe investimentos.
Crise do Populismo: ameaça à posição das elites – populismo: apoio das massas urbanas com concessões restritas.
Polílica econômica restritiva: controle dos gastos públicos e do crédito para controlar inflação.
Estagnacionismo: crise do processo de substituição de importações – política concentradora de renda restringia o mercado e demanda não era suficiente para continuar impulsionando substituições.
Crise cíclica endógena: inter-relação entre setores da economia afetada pela queda de investimentos em bens de capital, supridos pelo Plano de Metas.
Inadequação institucional: ausência de mecanismos de financiamento adequado – era necessário expansão do mercado consumidor e criação de instrumentos de política monetária-fiscal.
Os governos militares e o Paeg (1964 – 1968)
Paeg (Plano de Ação Econômica do Governo): controle inflacionário; atenuação de diferenças setoriais e regionais; aumento do investimento e empregos; equilíbrio externo.
Medidas de combate à inflação do Paeg
Inflação causada por excesso de demanda.
Metas:
Redução do défict público – redução dos gastos e reforma tributária.
Restrição do crédito e aperto monetário – aumento das taxas de juros causaram falências que geraram capaciade ociosa.
Política salarial – reajustes causaram redução nos salários reais.
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Aspectos:
Inflação é inevitável – deve-se apenas diminuir seus impactos através de correção monetária ou indexação.
Combate gradual da inflação – controle e ganhos graduais.
De 64 para 68, a inflação diminuiu de 90% a.a. para 20% a.a. às custas da retração nas taxas de crescimento.
Reformas institucionais do Paeg
Necessária a redução das taxas de inflação e criação de mecanismos que possibilitassem o crescimento econômico com inflação moderada.
Principais Reformas:
Reforma tributária
- Correção monetária;
- Imposto sobre o valor adicionado;
- Redefinição dos espaço tributário (quem recebe cada imposto: país, estados ou municípios) e redistribuição justa da arrecadação.
Maior arrecadação e centralização de decisões.
Reforma monetária-financeira
- Criação do Banco Central e de bancos de investimento e desenvolvimento.
Maior independência à política monetéria e disponibilidade de crédito.
Reforma da política externa
- Incentivos fiscais;
- Modernização e dinamização dos órgãos públicos ligados ao comércio internacional;
- Eliminação de limites quantitativos de importação e utilização apenas da política tarifária como forma de controle;
- Simplificação e unificação do sistema cambial;
- Reaproximação da política externa norte-americana e renegociação da dívida externa.
Melhorar o comércio externo brasileiro e atrair capital estrangeiro.
Redução das taxas inflacionárias e viabilização da retomada do crescimento.
O milagre econômico (1968 – 1973)
Maiores taxas de crescimento do PIB – superiores a 10% a.a.
Estabilização da inflação – entre 15% e 20% a.a.
Desenvolvimento para legitimar/justificar regime militar
Principais fontes de crescimento:
- Retomada do investimento público em infra-estrutura;
- Aumento do investimento das empresas estatais;
- Demanda por bens-de-consumo duráveis;
- Crescimento das exportações.
Dívida externa:
- Transformação do sistema financeiro internacional – eurobancos (expansão internacional dos bancons americanos fugindo das restrições de seu país);
- Ausência de mecanismos de financiamento na economia brasileira – expansão da demanda doméstica por crédito levava à captação de recursos no exterior;
- Endividamento de empresas multinacionais e bancos de investimento estrangeiros.
Intervenção do Estado na economia:
- Controle dos preços (câmbio, salários, juros, tarifas)
- Maior parte das decisões de investimento através da administração pública e empresas estatais.
Concentração de renda:
- Aumentar a capacidade de poupança e financiar investimentos para o crescimento econômico, que beneficiaria a todos;
- “Teoria do Bolo” = crescer primeiro para depois dividir.
Modernização agrícola
Mecanismos:
- SNCR (Sistema Nacional de Crédito Rural) – linhas de crédito subsidiadas;
- PGPM (Políticas de Garantias de Preços Mínimos) – garatir renda mínima dos produtores;
- AGF (Aquisição do Governo Federal) – compras feitas pelo Governo a preços prefixados;
- EGF (Empréstimos do Governo Federal) – financiar etocagem do excedente.
Impedir flutuação muito grande dos preços agrícolas.
Características:
- Aumento do grau de mecanização e quimificação das fazendas – aumenta a demanada por mercadorias industriais;
- Aumento da produção de forma intensiva (cresce produtividade na mesma quantidade de terras – mecanização) e extensiva (aumento da área plantada – expansão da fronteira agrícola na direção da região Centro-Oeste);
- Aumenta produção de produtos exportáveis e para o mercado interno;
- Crescimento da agroindústria.
Aumento da concentração fundiária e de renda;
Utilização de mão-de-obra temporária – aumento lento do pessoal ocupado.

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